boletim pedro e paulo - outubro 2014

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e dë ao sacerdote o dinheiro necessário para restaurar aquela igreja. Tomando uma decisão radical renunciou a herança paterna, e seguia pelas vias de Assis, acolhendo os leprosos, pobres e reconstruindo capelas e oratórios. Aos poucos reuniu seguidores atrás de si. Sua nova Ordem recebera a aprovação do Papa ainda quando S. Francisco estava vivo. No dia 03 de Outubro de 1226 Francisco morreu e foi canonizado dois anos depois em 1228. Neste mês também reinauguramos a nova Igreja da Comunidade S. Francisco de Assis, da Vila Olivinia. Que este Santo nos ensine a verdadeira humildade, amor a Igreja e aos pobres. Dois anos atrás, ainda como nova paróquia assumimos o desafio de construir o centro de Pastoral e a nova Igreja de S. Francisco. Graças a providência de Deus e ajuda de todas comunidades, podemos ver os frutos do trabalho e do suor de cada um. A semente lançada caiu em terra boa e deu frutos. Deus abençoe a todos que se esforçaram nessa empreitada. A todos paroquianos, a todas pessoas de boa vontade e coração, pessoas de outros lugares que se doaram nesta construção. Que esta obra, nos faça aumentar a fé e ter consciência de que Deus nunca abandona seus filhos e quando a obra é d’ Ele sempre será levada a um bom final segundo Sua vontade. Estejamos abertos aos novos desafios e sonhos de Deus, que virão ainda para nossa paróquia. Deus proteja a todos! Pe. Carlos Eduardo de Souza Roque Palavra do mês, palavra do padre Celebramos neste mês de outubro, São Francisco de Assis, um dos santos que abalaram o mundo através da sua radicalidade evangélica, vivendo a caridade, a pobreza e o desprendimento pelo reino dos céus. Francisco, nasceu no ano de 1181/82 em Assis – Itália e recebeu por nome de batismo Joao (Giovanni). Pertencia a uma rica família de comerciantes, os Bernardone. Seu pai mudou-lhe o nome para Francisco, em homenagem a França donde desenvolvia sua atividade de comerciante. O jovem Francisco, recebeu uma formação crista da família. Mas, a medida que cresce passa a ser considerado um líder entre seus jovens companheiros, participando de festas, banquetes e músicas. No ano de 1201 Francisco partiu para guerra dos senhores feudais contra a Comuna de Assis. Numa tarde de inverno foi feito prisioneiro em Perugia, estando preso por alguns meses. As humilhações e sofrimentos da prisão produzem algumas mudanças e inquietudes em Francisco. Partindo para participar de uma Cruzada, teve de retornar devido a uma grande febre, e uma voz que lhe dizia que deveria retornar a Assis. Retornando a Assis, começa uma nova inquietude: o que Deus quer de mim? As festas, honras e aplausos não mais lhe satisfazem. No ano de 1205 faz uma viagem a Roma e retorna a Assis cada vez mais transformado na oração e no silêncio. Frequentava sempre uma pequena Igreja (S. Damião) que estava em ruínas. Certo dia em oração nesta Igreja ouve de Jesus no crucifixo: “Francisco, vai e e restaura a minha Igreja que esta em ruínas”. Retornando a sua casa, vai desfazendo-se dos seus bens São Francisco de Assis, rogai por nós!

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Page 1: Boletim Pedro e Paulo - Outubro 2014

e dë ao sacerdote o dinheiro necessário para restaurar aquela igreja.

Tomando uma decisão radical renunciou a herança paterna, e seguia pelas vias de Assis, acolhendo os leprosos, pobres e reconstruindo capelas e oratórios. Aos poucos reuniu seguidores atrás de si. Sua nova Ordem recebera a aprovação do Papa ainda quando S. Francisco estava vivo. No dia 03 de Outubro de 1226 Francisco morreu e foi canonizado dois anos depois em 1228.

Neste mês também reinauguramos a nova Igreja da Comunidade S. Francisco de Assis, da Vila Olivinia. Que este Santo nos ensine a verdadeira humildade, amor a Igreja e aos pobres.

Dois anos atrás, ainda como nova paróquia assumimos o desafio de construir o centro de Pastoral e a nova Igreja de S. Francisco. Graças a providência de Deus e ajuda de todas comunidades, podemos ver os frutos do trabalho e do suor de cada um. A semente lançada caiu em terra boa e deu frutos.

Deus abençoe a todos que se esforçaram nessa empreitada. A todos paroquianos, a todas pessoas de boa vontade e coração, pessoas de outros lugares que se doaram nesta construção. Que esta obra, nos faça aumentar a fé e ter consciência de que Deus nunca abandona seus filhos e quando a obra é d’ Ele sempre será levada a um bom final segundo Sua vontade.

Estejamos abertos aos novos desafios e sonhos de Deus, que virão ainda para nossa paróquia. Deus proteja a todos!

Pe. Carlos Eduardo de Souza Roque

Palavra do mês, palavra do padreCelebramos neste mês de outubro, São Francisco de

Assis, um dos santos que abalaram o mundo através da sua radicalidade evangélica, vivendo a caridade, a pobreza e o desprendimento pelo reino dos céus.

Francisco, nasceu no ano de 1181/82 em Assis – Itália e recebeu por nome de batismo Joao (Giovanni). Pertencia a uma rica família de comerciantes, os Bernardone. Seu pai mudou-lhe o nome para Francisco, em homenagem a França donde desenvolvia sua atividade de comerciante. O jovem Francisco, recebeu uma formação crista da família. Mas, a medida que cresce passa a ser considerado um líder entre seus jovens companheiros, participando de festas, banquetes e músicas.

No ano de 1201 Francisco partiu para guerra dos senhores feudais contra a Comuna de Assis. Numa tarde de inverno foi feito prisioneiro em Perugia, estando preso por alguns meses. As humilhações e sofrimentos da prisão produzem algumas mudanças e inquietudes em Francisco. Partindo para participar de uma Cruzada, teve de retornar devido a uma grande febre, e uma voz que lhe dizia que deveria retornar a Assis. Retornando a Assis, começa uma nova inquietude: o que Deus quer de mim? As festas, honras e aplausos não mais lhe satisfazem. No ano de 1205 faz uma viagem a Roma e retorna a Assis cada vez mais transformado na oração e no silêncio. Frequentava sempre uma pequena Igreja (S. Damião) que estava em ruínas. Certo dia em oração nesta Igreja ouve de Jesus no crucifixo: “Francisco, vai e e restaura a minha Igreja que esta em ruínas”. Retornando a sua casa, vai desfazendo-se dos seus bens

São Francisco de Assis, rogai por nós!

Page 2: Boletim Pedro e Paulo - Outubro 2014

Olhando para trás, para a história da comunidade São Francisco de Assis, podemos notar diversos personagens, diversas peças que foram se unindo, construindo e além de tudo esperando Naquele que nos guia e orienta, assim como diz Dona Aureni, uma dessas personagens.

Em 79 chegou a São Paulo, uma senhora que morou em Osasco, depois na Vila Cristina em Carapicuíba, e por fim na Vila Olivina, onde reside até hoje. Neste mesmo tempo sua nora já participava daquela reunião que se tornaria a comunidade S. Francisco e sempre a convidada para que também fizesse parte.

O grupo era formado por pessoas que se dedicavam cada vez mais para que o sonho se tornasse realidade e da dedicação, nasceram frutos, para que pudessem ampliar o espaço, abrigando assim, mais pessoas. Começou com o esforço dos próprios membros, que capinaram o terreno, pediram doações de porta em porta e construíram um barraquinho, onde celebravam as missas, batizavam os novos membros, davam catequese, realizam festas em prol da comunidade, “tudo com a maior satisfação”, lembra.

“A nossa comunidade sofreu, cresceu e viveu, mas venceu! A vitória foi grande, um sonho que se transformou em realidade, porque a esperança é a ultima que morre e nunca morreu. Claro que houve cruzes, dificuldades, mas a graça de Deus nunca faltou”. E é nessa graça que a comunidade vem se desenvolvendo, passou por diversas dificuldades, principalmente financeiras, mas tinham o desejo de ver uma igreja grande, “que tivesse cara de igreja mesmo”, então de um retiro, surgiu à ideia de construir uma capelinha, seguindo o exemplo de São Francisco, que construiu sua igreja pedra sobre pedra. Esta construção inicial foi muito importante para o bairro, que não tinha um espaço próprio para as celebrações.

D. Aureni lembra que chegou em Janeiro e logo no mês de Março teve uma eleição para coordenadores de pastoral, ali ela assumiria a coordenação da liturgia, foi coordenadora de finanças, coordenadora do batismo e ministra da palavra, a messe era grande e os trabalhadores eram poucos, mas que com o tempo foi crescendo. Sempre acreditando que o trabalho para Deus, “não tem preço, quanto mais você faz, mais você quer fazer, sem querer nada em troca, depois é que você olha e vê que Deus lhe recompensa muito bem sem você pedir”.

Vendo a reconstrução da igreja, sente uma imensa alegria, principalmente por saber que lutou tanto com os demais personagens dessa história e, hoje os sonhos se tornaram realidade. “Quando o pe. Ubirajara falou do projeto, ele me disse que eu ainda tinha duas missões, reconstruir a igreja e ver meu neto ordenado. Dou graças a Deus de poder ver em vida, essa igreja linda, mas vê meu neto ser ordenado eu já não sei, pois é Deus quem sabe, ele que determina as nossas vidas, dá força e reanima”.

A cada passo dado, sempre com Deus a sua frente, D. Aureni, tomou sua cruz e seguiu a vontade do Pai, construindo e reconstruindo sua igreja, pois ainda hoje, fez as campanhas que costumava fazer nas primeiras construções, para que assim pudesse angariar recursos financeiros e auxiliar na compra de materiais estruturais e liturgicos.

“Eu nunca desanimei, sempre com todo sofrimento e toda dificuldade, nunca desanimei, de caminhar e trabalhar pra Deus e agora sinto que tem muita importância de se preocupar mais com as coisas de Deus, do que com a nossa própria vida, porque Deus cuida da nossa vida e nós cuidamos do que é de Deus.”

Por Caroline Souza - Pascom Pedro e Paulo

“Deus é quem dá a força e reanima!”