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Abr. | Mai. | Jun. 2015 Nº 273 Boletim Informativo dos Cooperantes Boletim Informativo dos Cooperantes

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Boletim Informativo dos Cooperantes

Boletim Informativo dos Cooperantes

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A edição deste número do Boletim Informativo da Dos Cooperantes da Lacticoop coincide com um momento difícil que o sector do leite em Portugal está a atravessar. Embora fosse expectável que com a abolição do sistema de quotas na União Europeia o mercado do

leite e lacticínios poderia caminhar para uma situação de excesso da oferta de matéria-prima, provavelmente a maioria dos responsáveis políticos da União Europeia e seus Estados membros, não esperariam que acontecesse este ”Boom” na produção tão rapidamente. Bastaram três meses sem o regime de quotas para que o mercado do leite na EU ficasse completamente “encharcado” em leite. Afinal as organizações de produtores nacionais tinham razão quando alertavam os responsáveis pela tutela para serem tomadas medidas que pudessem minimizar os efeitos da liberalização da produção de leite.Agora que estamos confrontados com esta realidade, teremos que continuar a trabalhar em conjunto com os produtores, as cooperativas e a indústria e encontrar a melhor forma de contornar as dificuldades actuais, procurando criar condições para a manutenção de um sector sustentável.Uma forma generalizada, simples e eficaz de darmos um contributo positivo é consumir leite e produtos lácteos portugueses, porque temos a garantia da qualidade dos mesmos desde a produção até ao consumidor e estamos a proteger o que é nosso.Contamos com a colaboração de todos os agentes envolvidos!

Joaquim Cardoso(Presidente da Direcção)

Editorial

A NÃO PERDER

Árvore do Mês - Castanheiro-da-Indiapag. #4

Informações Úteispag. #9

Actividade Sexual Bovinapag. #10

C.N.L Confraria Nacional do Leitepag. #12

Comunicado FENALACpag. #14

O que os tetos das vacaspodem estar a dizerpag. #16

Candidatura PDR2020pag. #22

Joaquim Cardoso

// LACTICOOP | EDITORIAL

Ficha TécnicaBoletim Informativo Redacção:

Av. de Oita, 7 r/c - Apartado 923810-143 Aveiro - EC AVEIROTelef. 234 377 280Fax 234 377 281

Tiragem:850 Exemplares

Periodicidade:Trimestral

Depósito legal:217931/04

Recepção de anúncios:Todos os textos, publicidade e imagens devem ser entreguesaté ao dia 15 de cada Mês.

Colaboraram neste número:Fernandes da SilvaFernando CardosoFernando TaveiraHenrique MoreiraHerminio CatarinoIsmael MachadoLeonor LopesMário CupidoNuno Cardoso

Execução Gráfica:Ocupa Cowork AveiroBusiness center, Design & WebRua José Afonso 9 3800-438 AveiroTlf.: 234 346 130 | [email protected]

ImpressãoLitoprintZona indust. 3 MarcosVale do Grou - Apartado343754-908 Aguada Cima-ÁGUEDATelef.: 234 600 330

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// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS

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// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS

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Nem é castanheiro nem é da Índia, mas é uma árvore magnífica que por todo o hemisfério norte se cobre de grandes e perfumadas flores no mês de Maio, tão elegante que nem parece frondosa, tão ornamental que esquecemos a

sua quase inutilidade.

18/04/1944 - “ O nosso castanheiro já está verde e vêem-se aqui e acolá, nascer-lhe os seus pequenos cachos.”

13/05/1944 - ”O castanheiro está coberto de flores e acho-o ainda mais belo do que no ano passado. “

( Diário de Anne Frank O que via da exígua janela do refúgio de Amesterdão)

Nome científico: Aesculus hippocastanumNome vulgar: Castanheiro-da-Índia Família: HippocastanaceaeGénero: Aesculus

Características botânicas

Folhas: Caducas, grandes como a palma duma mão, digitadas, pecioladas, apresentam 5 ou 7 folíolos sésseis, lanceolados, serrados e com a página superior glabra e a inferior tomentosa. Ostentam um verde brilhante e com o aproximar do outono começam a amarelecer.

Flores: Hermafroditas, agrupadas em panículas eretas em forma cónica e muito aromáticas com produção de néctar abundante. As pétalas são brancas podendo apresentar tons

amarelados. Um hibrido próximo desta espécie (Aesculus Carnea) apresenta as flores mais vistosas em tom vermelho escarlate.

Frutos: Cápsulas verdes e eriçadas de pelos espinhosos com um diâmetro de 6 cm que contém de uma a 3 sementes – as castanhas.

Castanheiro-da-ÍndiaÁrvore sedutora

Caule: Normalmente ereto e bem definido apresenta a casca parda com tonalidades avermelhadas e ferruginosas e fissuras profundas que definem placas destacáveis.

Perfil: Árvore frondosa, que atinge frequentemente mais de 25 metros de altura, apresenta copa larga e abobadada o que cria sombras perfeitas.

Originária dos Balcãs e Ásia Menor, depressa invadiu, como árvore ornamental, os parques, ruas e pracetas do norte da Europa, principalmente por aliar a sua resistência ao frio ao porte magnífico e exuberante floração. Em regiões mais meridionais, o efeito do calor faz-se sentir principalmente na folhagem que amarelece e morre antecipadamente. Em termos de solos não é muito exigente, mas vai melhor em terras férteis, húmidas e ligeiramente ácidas. Também não é muito atreita a pragas e doenças, conhecendo-se alguns casos de longevidade de mais de 150 anos. As castanhas embora muito brilhantes e bonitas e ricas em amido não têm praticamente utilização. São amargas e algo tóxicas pelo que se utilizam para combater as traças da roupa colocando-as em arcas e roupeiros. Depois de tratadas para reduzir a toxidade, podem ser utilizadas na alimentação animal. Na Grécia e Turquia eram dadas aos cavalos como estimulante e terapia dos problemas respiratórios, facto que lhe deu o nome (hippocastanum). Também são utilizadas no fabrico de sabões e cosméticos. A madeira não oferece grande resistência pelo que não tem muita utilidade. Sendo no entanto macia e muito leve, adapta-se ao fabrico de utensílios de cozinha e caixas.

Mas é como ornamental que esta bonita árvore é conhecida. Está cada vez mais presente nas cidades europeias, nas suas alamedas, nos seus grandes espaços. Há quem diga que é a sua sedução que torna cidades como Paris tão sedutoras. E é por isso que eu digo que temos que plantar mais castanheiros-da-Índia nas nossas cidades… E isto de ser uma árvore sedutora e enganadora, convém ter presente que é autóctone da Grécia e se já conhecíamos pessoas, agora conhecemos uma árvore…

Mário Cupido

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// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS

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Pioneer Hi-Bred Sementes de Portugal S.A.Campo Pequeno, 48 - 6º Esq. 1000-081 LisboaTel.: 217 998 030 - Fax: 217 998 050

O logótipo da DuPont Pioneer e o símbolo do trapezóide são marcas registadas da Pioneer Hi-Bred International Inc. Des Moines Iowa USA.

Máximo rendimento. Demonstrado!

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A silagem de Sorgo:uma alternativa a explorar

No novo quadro de política agrícola, surge a necessidade de inovar as culturas produzidas. Na maioria dos casos, temos de começar a produzir forragens de produtos dos quais não há tradição nem conhecimento do produto fi nal. Cabe-nos a nós ajudá-lo nesta fase e apresentar-lhe algumas soluções.

O nosso objectivo na produção de forragens é invariavelmente a obtenção da maior qualidade possível, conseguir a maior quantidade de energia produzida pela planta, conservá-la até à sua utilização e tirar o maior partido possível da mesma.

O sorgo apresenta-se como uma solução para cultura alternativa e vale, por isso, a pena explorar e entender o seu potencial e os possíveis produtos fi nais que podemos obter.

Esta planta é uma gramínea de origem tropical, da mesma família da cana-de-açúcar e a sua infl orescência apresenta-se sob a forma de um cacho na extremidade da planta chamado de panícula. O número de folhas depende da duração do ciclo de maturação, compreendendo entre 10 e 20 folhas. Tem um excelente desenvolvimento radicular, conferindo-lhe uma excelen-te resistente à seca.

Comparativamente ao milho:• Apresenta raízes mais fi nas, em maior número e mais fi brosas;• Permite explorar uma maior área de terreno;• Em ambientes áridos apresenta maiores produções mas, em contrapartida, em condições favoráveis tem um potencial

produtivo menor que o milho;• É uma cultura que desgasta mais o solo;• Tem menor energia digestível por quilo de matéria verde;• Há a presença de factores nutricionais (alcalóides) cujo efeito pode ser menorizado com maneio no momento de colheita;• O seu melhoramento genético é lento.

Sorgo de grão

Sorgo x Erva do Sudão

Necessidades Culturais:As exigências ambientais desta cultura passam por uma boa preparação do terreno, dada a pequena dimensão da semente, e uma temperatura do solo de 14o. Adapta-se a terrenos argilosos e pesados com fraca estrutura e a uma grande amplitude de pH ácido (5.5 a 8.0), é também resistente à salinidade.

Comportamento hídrico:As necessidades hídricas da planta são menores pelo facto das suas fol-has apresentarem menos estomas e de menor dimensão e o seu consumo de água unitário é baixo (250l/kg de matéria seca). As suas raízes são profundas e com grande expansão e é capaz de suportar impulsos de desi-dratação e reidratação. As necessidades hídricas totais são de cerca 3000-3500 m2/ha, sendo que para as restantes chegam as águas das chuvas de Julho e Agosto (120-150mm).

Tipos de Sorgo:Sorgo de folha larga (Sorghum bicolor)• Sorgo de grão (1.5 m; o grão corresponde a cerca de 30% da matéria seca), Propósito: alimentação e silagem.• Sorgo forrageiro (> 2 metros; o grão corresponde a cerca 15% da matéria seca); Propósito: consumo em verde.• Sorgo para biomassa.

Sorgo de folha estreita (Erva do Sudão)• Sorgo tipo sudanês.

Sorgo x Erva do Sudão • Sorgo para fazer vários cortes ou ensilar.

Sorgo para silagem

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O Decreto lei nº165/2014 de 05 de Novembro e a Portaria nº68/2015 de 09 de Março vieram abrir novas oportunidades para o licenciamento de explorações pecuárias.

Para conhecer o RERAE – Regime excecional de Regularização das Atividades Económicas Aplicadas ao Setor Pecuário, a Lacticoop em colaboração com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural , Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e a Confagri vai realizar duas sessões de

esclarecimento:Dia 09 de Setembro de 2015 no auditório do Centro Paroquial S. Pedro em Cantanhede pelas 10,30 h.

Dia 11 de Setembro de 2015 no auditório da Caixa de Crédito Agrícola de Entre Tejo e Sado na delegação em Vendas Novas pelas 10,30 h.

Aguardamos desde já a presença de todos os produtores de leite.

Pioneer Hi-Bred Sementes de Portugal S.A.Campo Pequeno, 48 - 6º Esq. 1000-081 LisboaTel.: 217 998 030 - Fax: 217 998 050 - www.portugal.pioneer.com

O logótipo da DuPont Pioneer e o símbolo do trapezóide são marcas registadas da Pioneer Hi-Bred International Inc. Des Moines Iowa USA.

Valores médios de silagens de milho e sorgo(NRC, 2001)

Podemos resumir esta cultura nos seguintespontos-chave:

Vantagens• Planta eficiente na utilização de água.• Grande rusticidade e adaptabilidade.• Bom potencial produtivo (15-25 toneladas de M.S./ha).• Adaptável a diferentes momentos de sementeira.• Possibilidade de fazer um ou mais cortes.• Excelente staygreen.• Poucos problemas de sanidade.

Pontos críticos• Fase de sementeira-emergência• Sensibilidade à acama• Optimização da adubação azotada• Perda de humidade lenta (+70% comparativamente ao milho)• Eficiência do processo de colheita (acama, processamento do grão, pré-fenagem, enfardamento)• Presença de factores anti-nutricionais: - Durante as fases vegetativas mais precoces existe a presença de alcalóides (durrina) capaz de produzir ácido cianídrico (substância nociva) - O híbrido Pioneer® PR877F Nicol tem um baixo teor neste alcalóide e cortado a mais de 60 cm associado ao correcto ensilamento reduz a incidência das substâncias nocivas.• Menor valor nutritivo relativamente ao milho.

Variedades de Sorgo Pioneer®

PR849 F

Sorgo forrageiro Principais caraterísticas:• Elevada produção de matéria seca.• Bom vigor de emergência e rapidez de crescimento.• Tolerância às principais doenças.• Grande capacidade de adaptação a condições de cultura mais

limitantes.

Sorgo híbrido especialmente desenvolvido para silagem• Porte médio alto.• Ciclo médio precoce com capacidade de produção de forragem

de alta qualidade, devido ao volume da sua panícula e grande desenvolvimento de massa verde.• Bom potencial produtivo, mesmo em condições marginais e de

grande stress hídrico.• Dose de sementeira em linha: 12 a 14 kg/ha.

Sorgo x Erva do Sudão (NICOL)Principais caraterísticas:• Híbrido de Sorgo x Erva do Sudão.•Ciclomédio-precoceàfloração.• Planta de estatura média-alta.• Planta com panícula aberta.• Boa tolerância a doenças do caule e raízes e ao morrão.• Rápido crescimento após os cortes ou pastoreio.• Dose de sementeira: 40Kg/ha para pastoreio e 25-30 kh/ha para

silagem.

Alto rendimento quer em pastoreio quer em feno• Rápida instalação da cultura pelo seu bom crescimento inicial.• Alta rusticidade originada pela boa tolerância ao stress hídrico.• Boa apetência do animal, devido aos seus caules tenros e doces.

PR877 F

INFORMAÇÕES ÚTEIS

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PUBERDADE E IDADE ÚTIL DE COBRIÇÃO

O despertar da actividade genital cíclica caracteriza-se pela dupla função ovárica.

1 - Endrocrina – o animal vai ter o “ estro” , “lua “, “cio” - sintomatologia externa; 2 – Gamatogenese – formação do ovocito, pronto a ser fecundado.

Com frequência a puberdade, surge antes do desenvolvimento corporal das fémeas permitir mais tarde o – Parto Normal – e a plenitude da sua capacidade de crescimento e de produção em face do “stress” próprio da gestação e das necessidades para o crescimento do feto. Por isso a Maturidade Sexual deve ser atingida, o que depende não só de factores genéticos mas também das condições de criação (sobretudo alimentares).

Adolescência – é o periodo que separa a puberdade da maturidade sexual.

Embora a idade seja o factor dominante do critério da escolha da oportunidade para o primeiro acasalamento - as vacas selecionadas atingem a maturidade mais cedo – razão por que leva a ter em conta o seu peso (relacionado com a estrutura) nos bovinos.

No caso, por exemplo, das vacas de carne e aleitantes, devemos ter em vista a época mais favorável para os partos.

Primavera – para possibilitar uma melhor subrevivência das crias – Mais Pasto.

Na vaca Holstein-Frisia os animais a acasalar pela primeira vez devem ter 40 a 45% do seu peso em adulto.Em relação à idade, para mim, não se devia acasalar nenhuma

novilha antes dos 16 meses, mesmo que ela antes desta idade tenha já um bom desenvolvimento corporal. É o que eu penso. Ao longo da minha vida profissional tenho apanhado partos dificílimos, que terminam em refugo ou morte do animal quando não se cumpre o que eu penso.Para mim, mesmo o ideal, são os 18 meses.

CICLOS ESTRICOS

Em todos os mamíferos, o aparelho genital feminino apresenta durante todo o período da sua actividade genital, modificações morfológicas e fisiológicas que produzem sempre dentro da mesma ordem e em intervalos periódicos seguindo um ritmo bem definido por cada espécie.Estas modificações chamadas de – Ciclos Estricos – começam no momento da puberdade e têm seguimento durante toda a vida genital de cada fêmea, e só são interrompidas pela – Gestação – para após esta voltarem ao mesmo ciclo.

Os ciclos dependem pois da actividade ovárica – Hormonas.

Nos Ciclos Estricos temos: 1 – Proestro; 2 – Estro; 3 – Metaestro; 4 – Diestro; 5 – Anestro;

1 – Proestro

Fase que precede o Estro. Caracteriza-se por um aumento acentuado na actividade dos orgãos reprodutores. Dá-se o começo da maturação do ovocito. Há já alguma sintomatologia externa mas sem aceitação do macho. Começa a dilatar-se a vulva.

2 – Estro

É o período fecundo onde o ovocito já está maduro e pronto a receber o espermetozoide. Período em que a fémea aceita o macho. As glândulas uterinas, cervicais e vaginais, segregam

// LACTICOOP | ACTIVIDADE SEXUAL EM BOVINOS // LACTICOOP | ACTIVIDADE SEXUAL EM BOVINOS

Pub.

grande quantidade de muco com alguma consistência. A vagina e a vulva dilatam-se e ficam edematosas (avermelhadas). Baixam a lactação.

3 – Metaestro

Fase a seguir ao Estro. O animal deixa de aceitar o macho. Toda a fase anterior começa a diminuir. O utero começa a preparar-se para a gestação – no caso de haver fecundação

4 – Diestro

Periodo entre dois Estros sucessivos. Glândulas uterinas activas – possível gestação. Cérvix (entrada do utero) contrai-se. Muco vaginal escasso. Mucosa da vagina pálida. Se grávida, este periodo vai até ao parto. Se não, ao fim de 18 dias volta ao Proestro.

5 – Anestro

É o periodo prolongado do descanso sexual. Função ovárica inativa. Utero pequeno e anémico. No caso do ovário estar inativo – pequeno – este periodo pode ser muito longo.

Atenção a este periodo, pois é um factor económico muito importante, que deve ser contrariado – vitaminas, hormonas, melhor alimentação (energia) -. Os produtores têm que ter Controle Reprodutivo. Consoante os ciclos classificamos as fémeas em:Poliéstricas – Cíclos sucessivos e mais ou menos iguais ao longo do ano (vaca, porca).Monoéstrica – Tem 1 a 3 ciclos sexuais durante todo. Após cada ciclo entram em Anestro.

DURAÇÃO DOS CICLOS ESTRICOS

Vaca – 19 a 21 dias (novilha); 21 dias (vaca). Pode haver diferenças máximas de 1 a 3 dias.

PUBERDADE E MATURIDADE SEXUAL EM BOVINOS

Puberdade - 3 a 4 meses Maturidade – 45% do peso em adulta. 350 Kg aproximadamente. Entre 16 a 18 meses. Pode atingir dois anos nas vacas rústicas ou mal alimentadas.

DURAÇÃO DOS CICLOS ESTRICOS BOVINOS

Proestro – 2 a 3 dias; Estro - 12 a 18 horas; Metaestro - 2 a 3 dias; e Diestro - até 18 dias;

Quando o Diestro se prolonga entramos no Anestro, que como digo atrás, deve ser contrariado.

O factor do ciclo Estrico que melhor temos que conhecer é o Estro, pois é nesta fase que se dará a fecundação. Quanto mais correcta for a escolha do tempo certo para a cópula ou inseminação, mais probabilidade temos do animal engravidar.

Como todos os produtores sabem, uma boa gestão na reprodução é um factor importantíssimo na viabilidade das suas vacarias.

Ismael Machado

Actividade Sexual em Bovinos

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A C.N.L. - Confraria Nacional do Leite realizou no passado dia 12 de Julho em Aveiro o seu V Capítulo de Entronização, tendo sido entronizados 28 novos Confrades oriundos de várias regiões do país e que ao longo das suas vidas profissionais deram o seu contributo para o desenvolvimento do sector do leite nacional.

Entre os novos confrades entronizados destacamos os quatro Confrades de Honra -Engº José Ribau Esteves, Presidente da Câmara de Aveiro e da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, Profª Maria do Céu Patrão Neves, consultora para agricultura do Presidente da República, Engª Adelina Martins, Directora Regional de Agricultura e Pescas do Centro e a Drª Isabel do Carmo, médica e endocrinologista. Foi ainda entronizado como Confrade de Mérito o Comendador Francisco Marques, que nesse dia deixou o cargo de Juiz da Confraria, sucedendo-lhe o Senhor Simão Alves.

No discurso de boas-vindas o novo Juíz da Confraria Simão Alves fez questão de relembrar alguns dos objectivos da criação da C.N.L. como sejam:

- Divulgar e promover o produto nacional, o leite, abrangendo fundamentalmente as suas vertentes históricas e culturais, mas também, as económicas, sociais e outras;

- Criação de um espaço de convívio e reflexão entre parceiros, predominantemente focado no leite e no que ele representa no contexto da produção agropecuária nacional.

Agradeceu ainda ao senhor presidente da Câmara Municipal de Aveiro a sua disponibilidade para partilhar com a Confraria aquele momento. De igual modo agradeceu à Profª Maria Do Céu Patrão Neves o seu contributo incansável na defesa da fileira leiteira Nacional, à Drª Isabel do Camo agradeceu a sua persistência na defesa das Boas Práticas Alimentares, nas quais sempre incluiu o consumo de leite e produtos lácteos e à Engª Adelina Martins agradeceu o seu contributo para o desenvolvimento do sector na região.

Por sua vez os novos Confrades de Honra sublinharam a importância que o sector do leite representa para o país, um dos poucos sectores em que somos auto-suficientes e reafirmaram a sua disponibilidade para continuarem a promover a produção e consumo do leite produzido em Portugal.

No mesmo sentido também o Grão Mestre da Confraria Comendador Manuel Casimiro de Almeida, fez uma reflexão sobre o momento actual do mercado do leite em Portugal, afirmando que todos não seremos de demais para defender a produção e o sector em Portugal.

Depois da missa de acção de graças na Sé Catedral de Aveiro, seguiu-se um almoço de confraternização, durante o qual foi foram cantados os parabéns pela passagem de mais um aniversário à confreira Engª Maria Antónia Figueiredo, Secretária Geral Adjunta da Confagri, que ao longo da sua vida profissional tem sido uma voz permanentemente activa na defesa da agricultura portuguesa e do Cooperativismo Nacional.O evento terminou com um passeio de barco nos canais da cidade, que foi do agrado geral e possibilitou aos confrades disfrutar da beleza da Ria e conhecer um pouco mais da história da cidade de Aveiro.

Este V Capitulo de Entronização contou com cerca de uma centena de participantes, facto que revela a vitalidade da Confraria e a disponibilidade dos seus membros para preservar aquilo que é nosso, neste caso o “ leite”.

Fernandes da Silva

C.N.L. - Confraria Nacional do Leite

Prof. Maria do Céu Patrão Neves

Engº Ribau Esteves Drª Isabel do Carmo

Foto de Grupo Comemorativa

Engª Adelina Martins Novos Confrades

Assembleia de Confrades Missa

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// LACTICOOP | FENALAC

COMUNICADO DE IMPRENSA CRISE NO SECTOR LEITEIRO

Desde o princípio de 2015, o mercado lácteo mundial tem assistido a uma quebra acentuada, em função da acumulação de oferta de leite nas principais regiões produtoras (Europa, EUA, Austrália e Nova Zelândia) e da quebra de procura mundial, em particular devido ao embargo Russo aos produtos lácteos europeus.

Estes factores conjugados originaram uma quebra acentuada dos preços pagos ao produtor em toda a Europa, os quais atingiram em Maio valores perigosamente próximo dos custos de produção e, por essa razão, pouco sustentáveis. Portugal não tem sido uma excepção a este panorama, com a agravante de ser um dos países da UE com maior crescimento da produção (+5% no primeiro trimestre de 2015), facto que pressiona adicionalmente a remuneração da matéria-prima. Com efeito, as nossas estimativas apontam para que 250 produtores de leite já abandonaram a actividade em 2015. Obviamente, o fim do sistema de quotas leiteiras na UE e a consequente liberalização do sector, ocorrido a 31 de março último, contribuiu sobremaneira para o aumento dos excedentes de leite, fragilizando em particular os países periféricos, com condições naturais mais difíceis para a produção de leite.

Os operadores cooperativos associados da FENALAC assumiram uma atitude responsável e proactiva na tentativa de estabilizar o mercado, implementando cortes autoimpostos na produção dos respectivos produtores até ao final de 2015, os quais devem variar entre os -5% e os -10%, em relação ao primeiro semestre de 2015.

Noutra vertente, a FENALAC, em conjunto com os parceiros sectoriais, iniciou a preparação de uma campanha de promoção do leite, visando contrariar a quebra de consumo registada nos últimos anos, cujas causas são de ordem diversa mas que exigem uma acção vigorosa e determinada. Ainda assim, estas medidas carecem de atitudes complementares por parte dos restantes operadores da fileira. Destacámos a Distribuição, na medida em que continua a importar leite e produtos lácteos em grande escala, quando na maior parte dos casos existe disponibilidade nacional para tal. Valores oficiais (INE) indicam que apenas nos 5 primeiros meses de 2015 as importações de produtos lácteos já somam 164 milhões de euros.

Este comportamento é desastroso para a economia nacional, pois representa produção nacional que não é escoada e uma pressão acrescida sobre a rentabilidade da produção comercializada.

Além disso, frequentemente regista-se uma concorrência pouca

leal sobre as marcas nacionais, pois as importações são, em grande medida, excedentes de outros países comercializados com a marca da Distribuição e cujo preço não reflete racionalmente os custos de produção.Noutro plano, importa que a Tutela promova medidas concretas de apoio aos Produtores de leite, a exemplo de outros países da UE, sendo de destacar o pacote de ajuda à pecuária ontem anunciando em França, na ordem dos 600 milhões de euros, além de uma mensagem clara à Distribuição de aposta na produção nacional.

Assistimos com particular perplexidade à passividade da Senhora Ministra da Agricultura e do Mar em relação à actual crise que afecta o sector, a qual traduz uma inexplicável indiferença e insensibilidade. Finalmente, importa que a nível comunitário seja definitivamente iniciado um debate sério quanto à regulação do mercado lácteo europeu, no seguimento da cessação do regime de quotas leiteiras, pois as medidas até agora promovidas são claramente insuficientes.

Sobre o sector do leite Existem em Portugal cerca de 6500 produtores, sendo que a produção de leite representava 730 milhões de euros em 2013, o equivalente a 31% da produção animal e a 13% da produção agrícola. A indústria do leite e lacticínios apresenta um volume de vendas de 1,3 mil milhões de euros, sendo o segmento mais importante (15%) da Indústria Alimentar.A criação de emprego direto e indireto do sector lácteo deverá atingir os 50 mil postos, sendo de destacar que a maior parte dos quais estão em zonas rurais altamente carenciadas do ponto de vista económico e social, reforçando assim a importância dos mesmos na fixação das populações.

Sobre a FENALACA FENALAC é a entidade que representa o sector lácteo cooperativo nacional, sendo constituída por quatro grandes organizações cooperativas – Agros, Proleite, Lacticoop e Serraleite que, em conjunto, agrupam 70 cooperativas de base e apresentam um volume de negócios superior a 352 milhões de euros. O universo da FENALAC foi responsável pela recolha de 863 mil toneladas de leite em 2013 (66% do total do continente), proveniente de 3200 produtores de leite associados.Porto 23 de Julho de 2015

Informações adicionais: Fernando Cardoso – 963 666 077 [email protected]

A Senhora Ministra da Agricultura Drª Assunção Cristas inaugurou no passado dia 10 de Julho as novas instalações pecuárias da Sociedade Agro-Leiteira J. Dias Reis & Filhos Lda, localizada na freguesia da Encarnação no concelho de Mafra e que entrega o leite à Lacticoop através de uma das suas cooperativas agrupadas.As novas instalações foram construídas com o apoio do PRODER e vão permitir passar das 320 vacas em ordenha actualmente para 420 vacas.Na ocasião o sócio-gerente Luis Bexiga transmitiu à senhora Ministra que estão preparados para competir com a produção de leite da União Europeia, mas não com os Governos Regionais.Por sua vez a Ministra da Agricultura confirmou que Portugal é auto-suficiente em leite e aconselhou a aposta na diversificação da produção de queijo, sector em Portugal é ainda deficitário.

- 250 Produtores de leite nacionais já abandonaram a atividade em 2015 - Importações de leite somam 164 milhões de euros- Ministra da Agricultura e do Mar indiferente e insensível à crise que afecta o sector

// LACTICOOP | INAUGURAÇÃO

INAUGURAÇÃO Inauguração das Instalaçõespela Srª Ministra da Agricultura

Luis Bexiga, a Srª Ministra e comitiva na visita às instalações

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// LACTICOOP | GEA FARM TECHNOLOGIES

Pele do teto saudável:o bem mais valioso do produtor de leite.Pode-se facilmente argumentar que a pele do teto é a parte mais valiosa e importante da vaca, tornando-se um bem muito importante o qual o produtor de leite deve proteger. E, o sistema de ordenha é o único equipamento de toda o operação leiteira que funciona sobre um tecido vivo.

Os especialistas classificaram as causas das más condições da pele do teto ou os problemas da extremidade do teto em três amplas categorias:

1. Efeitos da ordenha mecânica 2. Efeitos ambientais 3. Agentes infecciosos

É importante compreender a origem destes efeitos quando se trata de um problema da pele do teto, porque quase todos os gestores das explorações leiteiras querem implementar uma mudança de gestão sempre que as condições da pele do teto começam a se deteriorar. A primeira mudança que muitos querem fazer oué no desinfetante para tetos ou na tetina. Infelizmente, o problema geralmente é muito mais profundo do que uma destas simples respostas. Cada aspecto que afeta a condição da pele do teto deve ser avaliado cuidadosamente, para que possa ser feita uma recomendação completa e correta.

Está amplamente documentado que a pele do teto que não é saudável promove o desenvolvimento da mastite e diminui a qualidade do leite. Portanto, se a saúde da pele do teto ainda não é uma prioridade na sua exploração agrícola, produtora de leite, realmente deveria ser.

Efeitos da ordenha mecânica

O mal funcionamento do equipamento de ordenha e os procedimentos de preparação inadequados no geral sempre levam a problemas da pele do teto e da extremidade do teto. Deve ser verificado regularmente as condições da pele do teto e avaliar as extremidades/pele da extremidade do teto, ao efetuar os procedimentos da ordenha. Além disso, deve-se fazer regularmente as revisões do sistema de ordenha, para se ter certeza de que o equipamento de ordenha esteja a funcionar dentro dos padrões da marca e com a configuração ideal para o seu efectivo.

Efeitos ambientais

O efeito ambiental mais comum na pele do teto são as rachadelas decorrente das condições climáticas do inverno (ou seja, frio, vento) ou do ambiente seco (ou seja, baixa humidade). A pele rachada produz fissuras e rachadelas na superfície da pele

Portanto, é importante que este equipamento opere impecavelmente? É também importante que qualquer produto que entre em contato com o teto faça todo o possível para promover uma pele saudável do teto? A pele do teto protege os tecidos profundos do teto de infecções. Quando sofre danos, a pele pode permitir que os microrganismos invadam o tecido do teto, resultando em uma série de efeitos negativos que reduzem a ordenhabilidade da vaca, aumentam o abate e, mais importante ainda, diminuem os lucros do produtor de leite.

Os tetos das vacas, como os dedos e as mãos dos seres humanos, estão bastante fora da cavidade corporal, tornando-se especialmente suscetíveis a mudanças de temperatura, o que resulta em DESIDRATAÇÃO e RACHADELAS. Então, da próxima vez que o clima mudar, e você estiver colocando loção nas mãos secas, pense em como os tetos das vacas estão precisando do mesmo tratamento, por meio de condicionadores de pele no desinfetante para tetos!

Condições do teto induzidas equipamento

Descoloração

Edema

Congestão

Achatamento

Formação de anéis

Hemorragia

Hiperqueratose

Condições do teto induzidas pelo ambiente

Rachaduras

Feridas provocadas pelo barro

Danos provocadas pela sucção

Picadas de mosca

Outras escoriações e cortes

Danos provocados pelo clima

Reações alérgicas

Fotossensibilidade

Danos provocados por produtos químicos

Condições infeciosas do teto

Pseudovaríola bovina

Herpes mammilitis

Varíola bovina

Papiloma

Febre aftosa

Estomatite vesicular

Micose

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dos tetos, as quais abrigam bactérias e aumentam o risco da mastite.

É altamente recomendado o uso de um desinfetante para tetos de inverno ou rico em emoliente para se combater estes efeitos naturais do clima severo, e para manter a pele do teto suave e saudável.

Agentes infecciosos

Embora as infecções da pele do teto sejam mais uma questão da saúde do rebanho tratada com o seu veterinário, é importante reconhecê-las como uma possível fonte de danos à pele do teto, antes que se ajuste drasticamente quaisquer práticas de gestão.

A pele do teto não tem folículos capilares, nem glândulas sudoríparas e relativamente poucas glândulas sebáceas (oleosidade). Isto significa que a pele do teto é particularmente suscetível ao ressecamento e rachaduras, o que é uma razão de ser necessário o condicionador da pele nos desinfetantes para tetos.

É por isso que uma ferida no teto ou qualquer condição adversa do teto podem ser tão dolorosas para a vaca. No entanto, os nervos estão lá por uma razão. Eles transmitem os estímulos rapidamente ao cérebro para a liberação de oxitocina, permitindo, assim, uma boa descida do leite.

A parede do teto é composta por quatro camadas, cada uma com uma função importante no processo de ordenha e no controle da mastite: elas são a Epiderme, Derme, Músculos e o Revestimento da Cisterna do Teto.

A pele seca se caracterizada por um ou mais dos seguintes sintomas: • Áspera e escamosa • Menos flexível do que o normal • Fissuras ou orifícios

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Epiderme Este é o espesso revestimento externo da pele do teto. A sua superfície é constituída por uma camada de células mortas, que naturalmente produzem um ambiente hostil para o desenvolvimento de bactérias.

Fonte: Mastitis Control in Dairy Herds, by R. Blowey and

P. Edmondson, 1995.

Derme Esta é a segunda camada da parede do teto, e é neste tecido que se encontram os vasos sanguíneos e nervos.

Revestimento da Cisterna do Teto A cisterna do teto é revestida com uma camada dupla de células com forma de cubo. Na vaca normal, elas se mantêm bem juntas, no entanto, em resposta à invasão de bactérias, têm a capacidade de se mover ficando ligeiramente separadas, o que permite a entrada dos glóbulos brancos para combater à infecção.

Músculos Há uma grande variedade de músculos na pele. Durante a ordenha, o teto se alonga e o canal se abre, mas torna-se mais curto. Após a ordenha, a contração muscular leva ao encurtamento geral do teto e alongamento do canal do teto. Quando encurtados, os tetos são menos propensos a traumas físicos, e o canal alongado e fechado reduz o risco de entrada de bactérias.

• Vermelhidão• Rachaduras

O que provoca o ressecamento?

1) Fatores ambientais: O ressecamento se estabelece pela medida do conteúdo de água na pele. Em condições normais, quando o teor de água e a pressão do vapor da água na epiderme (a camada mais externa da pele do teto) são mais elevados do que aqueles no ar circundante, a pele torna-se seca devido à perda excessiva de água da pele do teto, quando:

A) ela está exposta à baixa umidade ou baixos pontos de condensação;

B) não há hidratação suficiente das camadas inferiores da pele, ou;

C) ocorre aumento na circulação de ar.

2) Fatores químicos: A imersão contínua e prolongada em soluções de limpeza e o uso de desinfetantes para tetos comuns provoca a remoção dos lipídios e óleos da superfície da pele, provocando também ressecamento.

3) Fatores de idade: A pele envelhecida resulta em menor capacidade de retenção da água, levando a uma pele mais seca.

Por que os tetos são tão sensíveis?

O teto contém uma quantidade abundante de nervos. Embora os nervos e os vasos sanguíneos se encontrem na derme (a segunda camada da pele) as finas terminações sensoriais nervosas estão realmente localizadas na epiderme (camada externa da pele).

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Além das revisões regulares do sistema de ordenha, as avaliações dos procedimentos de ordenha proporcionam informações que podem ser utilizadas para gerir melhor o rebanho.

Fisiologia básica da pele do teto

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// LACTICOOP | FERTINAGRO

A família PROTECT representa uma evolução no conceito de fertilizante organomineral, potenciando ao máximo a utilização de moléculas de caracter orgânico tais como os TIOESTERES e os ÁCIDOS HÚMICOS.

Outro ponto forte da família FERTASOL PROTECT é a utilização de sulfato de potássio, minorando os problemas associados à utilização de cloreto de potássio.

As principais características do FERTASOL PROTECT 6+9+19cs, são:

1- Tioésteres: facilitam a formação de fosfohumatos que impedem a retrogradação do fósforo e melhoram a sua absorção;

2- Enxofre orgânico: ajuda na correcção do pH e solubilização dos nutrientes;

3- Hidrogranulação: menor impacto ambiental durante a produção;

4- Ácidos Húmicos de Dupla Acção: estimulam as raízes ao promover o enraizamento e a parte aérea da planta, aumento o número de estoma por folha.

Os principais benefícios agronómicos são:

1- Aumento da quantidade de raízes provocado pelos Tioésteres, levando a uma maior capacidade de absorção de nutrientes.

2- Maior eficiência de azoto fornecido em cobertura.

3- Protecção ativa do fósforo, que assim fica disponível para as plantas durante todo o ciclo vegetativo.

4- Maior aproveitamento de unidades fertizantes utilizadas.

5- Maior rendimento económico das culturas.

Fertilizar com FERTASOL PROTECT leva ao máximo rendimento das culturas.

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// LACTICOOP | CANDIDATURAS PDR 2020

No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural, PDR 2020 na sua componente de investimento, estão abertas as candidaturas à Medida 3- “Valorização da Produção Agrícola” nas suas componentes 3.2.1 –“Investimento na exploração agrícola” e 3.3.1- “Investimento de transformação e comercialização de produtos agrícolas“.

Os objetivos previstos para estes apoios visam reforçar a viabilidade das explorações e a competitividade, promovendo a inovação, a formação, a capacitação das organizações e o redimensionamento das empresas. A promoção, expansão e renovação da estrutura agroindustrial potenciando a criação de valor, a inovação, a qualidade e segurança agroalimentar, a produção de bens transacionáveis e a internacionalização do sector, bem como a preservação e melhoria do meio ambiente assegurando a compatibilidade dos investimentos com normas ambientais e de higiene e segurança no trabalho.

Ação 3.2.1. –“Investimento na exploração agrícola”

Podem-se candidatar a esta medida todas as pessoas singulares ou coletivas que se enquadrem nos objetivos acima citados e cumpram os requisitos legais propostos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 159/2014 de 27 de Outubro à data de submissão da candidatura. O custo total de despesas elegíveis deve ser superior a 25.000€.São consideradas despesas elegíveis:• Investimentos materiais: as construções ou adaptações de edifícios diretamente relacionados com as atividades a desenvolver, operações culturais de preparação do terreno, plantações plurianuais, instalação de pastagens permanentes, instalação ou modernização de sistemas de rega, compra de novas máquinas e equipamento incluindo equipamentos informáticos, equipamentos de transporte interno, de movimentação de carga e todos aqueles que visem a valorização de subprodutos e resíduos provenientes da atividade;

• Despesas gerais: no domínio da eficiência energética e energias renováveis, estudos de engenharia, auditorias, projetos de viabilidade, projetos de arquitetura e planos de marketing desde que associados ao investimento a realizar. O teto máximo de despesas gerais a considerar é de 5% do custo total elegível aprovado na rúbrica de investimentos materiais;• Em casos específicos, os investimentos relativos à preparação de produtos agrícolas com origem na exploração até à 1ª venda, sem que ocorra alteração das características originais do produto animal ou vegetal para as operações:o De secagem, trituração e embalamento na produção de plantas aromáticas e medicinais;o De extração e embalamento de mel na atividade apícola;o De armazenagem, calibração, secagem britagem e embalamento de frutos e legumes;

Os critérios de seleção de candidaturas dão primazia aos

agrupamentos ou organizações de produtores, a explorações detentoras de seguros de colheita, a operações de melhoria de fertilidade dos solos, a operações relacionadas com armazenamento de matérias-primas para alimentação animal e operações que visem o recurso a tecnologias de precisão.Os níveis de apoio base são de 30% sendo majoradas 10% em zonas desfavorecidas, 10% se os beneficiários pertencerem a um agrupamentos ou organização de produtores, 5% se estiverem associados seguros de colheita ao investimento. A sobreposição destas majorações pressupõe um limite de 50% em zonas desfavorecidas e 40% nas restantes. No caso de jovens agricultores a majoração total acima referida valor tem acréscimo de 10%. Relativamente aos restantes beneficiários e no que diz respeito à aquisição de tratores e outras máquinas motorizadas matriculadas e equipamentos o apoio è de 40% em zonas desfavorecidas e 30% nas restantes.Também são elegíveis operações em regadio que pressuponham alterações nos sistemas de rega desde que se enquadrem nas orientações técnicas específicas aprovadas, e representem um acréscimo de 5% da eficiência do uso de água. Quadro resumo dos níveis de apoio à medida 3.2.1

I

Taxa Base 30%

Majoração

zonas menos desenvolvidas 10%

organização de produtores ou agrupamentos de produtores 10%

seguro de colheita associado ao projeto 5%

Taxa máximazonas menos desenvolvidas 50%

outras regiões 40%

IIMajorações adicionais às taxas aplicadas em I

jovens agricultores em 1ª instalação 10%

investimentos a realizar no âmbito de fusões entre organizações ou agrupamentos de produtores

20%

III(não aplicável a jovens agricultores)

Taxa máxima aplicável à compra de tratores e outras máquinas motorizadas matriculadas

zonas menos desenvolvidas 40%

outras regiões 30%

Ação 3.2.2. –“Pequenos Investimentos na exploração agrícola”

Podem-se candidatar a esta medida todas as pessoas singulares ou coletivas que se enquadrem nos objetivos acima citados e cumpram os requisitos legais propostos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 159/2014 de 27 de Outubro à data de submissão da candidatura. O custo total de despesas elegíveis deve ser superior a 1.000€e inferior a 25.000€ durante toda a duração do programa.As despesas elegíveis são semelhantes às referidas no ponto anterior sendo o apoio de 50% para despesas elegíveis em zonas menos desenvolvidas e 40% nas restantes.

Candidaturas abertas no âmbito do PDR2020

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