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Boletim Olhares CASA DE SAÚDE Nª Sª DA CONCEIÇÃO Nº 32 MAIO / JUNHO 2015 EDITORIAL DO OLHARES Caros Leitores… Nesta 32º edição do Boletim Olha- res, referente a maio e junho de 2015, damos a conhecer algumas das atividades realizadas durante estes últimos meses. Para isso, uten- tes e colaboradores contribuíram, nesta edição, com testemunhos, relatos e expressões pessoais sobre os eventos mais relevantes. Maio foi um mês de muito entusias- mo, pois não só se celebrou o Dia do Trabalhador com a popular exposição dos “maios”, como tam- bém foi o mês do Culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres. Esta tra- dição religiosa, a de maior expres- são na Região Autónoma dos Aço- res, traz, anualmente, residentes de outras ilhas, de Portugal continental e açorianos a viver nos 4 cantos do mundo a regressar à ilha de S. Miguel para “pagar as suas promes- sas” e congregar com as suas famí- lias e amigos neste culto e devoção de dimensão religiosa e cultural bastante significativa. Quanto a junho, celebramos essen- cialmente o início do verão no dia 21 enquanto nos preparamos para acolher utentes, famílias, voluntá- rios, colaboradores, estagiários e parceiros na “Festa da Família”, evento que este ano se irá realizar a 3 de julho de 2015. Por favor entre em contato connosco para também participar neste evento. Relembramos que poderá consultar todas as nossas atividades, projetos e programas através da nossa pági- na web: www.irmashospitaleiras.pt/csnsc S ão várias as tradições, festivida- des, e eventos, religiosos e culturais, que marcam o dia-a-dia na Casa de Saúde Nª Sª da Conceição. Mas qual a sua importância em saúde mental? O impacto positivo deste tipo de ati- vidades, há muito, é compreendido e promovido neste estabelecimento de saúde. Primeiro, porque as celebra- ções facilitam a integração dos uten- tes, familiares, colaboradores, volun- tários, estagiários, parceiros, entre outros. Aliás, ao formarmos memó- rias coletivas de momentos de diver- são, convívio e devoção estamos também a fortalecer os laços, a ami- zade, o sentimento de pertença a uma comunidade e a partilha de uma missão em comum. Adicionalmente, estas atividades esti- mulam as competências cognitivas, físicas e relacionais dos utentes e promovem o bem-estar e o otimis- mo, dimensões essenciais na promo- ção da saúde mental e na diminuição do sofrimentos físico, mental e espiri- tual. Mas também os sons, as músicas, as imagens, e as emoções positivas, muitas vezes associadas a momentos e memórias da infância, adolescência e vida adulta, ajudam utentes e seus familiares a (re)lembrarem-se dos momentos felizes passados em famí- lia (ou com amigos e vizinhos). Isto facilita à continuidade da sua narrati- va de vida e a minimizar perceções de perda associadas ao tratamento. Como resultado, é evidente a melhor aceitação do contexto de vida, do tratamento e das limitações e poten- cialidades de cada um. Para a instituição, é também isto que nos distingue no acolhimento aos utentes e seus familiares, pois permi- te-nos aumentar e fortalecer a “Família Hospitaleira” e expressar o valor da HOSPITALIDADE de forma integrada com a cultura e comunida- de que nos rodeia. Irmãs Hospitaleiras - Casa de Saúde Nª Sª da Conceição - preservam as tradições e celebrações com ganhos na saúde mental e na qualidade de vida das pessoas assistidas

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Boletim Olhares

CASA DE SAÚDE Nª Sª DA CONCEIÇÃO Nº 32 MAIO / JUNHO 2015

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O O

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ES

Caros Leitores…

Nesta 32º edição do Boletim Olha-

res, referente a maio e junho de

2015, damos a conhecer algumas

das atividades realizadas durante

estes últimos meses. Para isso, uten-

tes e colaboradores contribuíram,

nesta edição, com testemunhos,

relatos e expressões pessoais sobre

os eventos mais relevantes.

Maio foi um mês de muito entusias-

mo, pois não só se celebrou o Dia

do Trabalhador com a popular

exposição dos “maios”, como tam-

bém foi o mês do Culto ao Senhor

Santo Cristo dos Milagres. Esta tra-

dição religiosa, a de maior expres-

são na Região Autónoma dos Aço-

res, traz, anualmente, residentes de

outras ilhas, de Portugal continental

e açorianos a viver nos 4 cantos do

mundo a regressar à ilha de S.

Miguel para “pagar as suas promes-

sas” e congregar com as suas famí-

lias e amigos neste culto e devoção

de dimensão religiosa e cultural

bastante significativa.

Quanto a junho, celebramos essen-

cialmente o início do verão no dia

21 enquanto nos preparamos para

acolher utentes, famílias, voluntá-

rios, colaboradores, estagiários e

parceiros na “Festa da Família”,

evento que este ano se irá realizar a

3 de julho de 2015. Por favor entre

em contato connosco para também

participar neste evento.

Relembramos que poderá consultar

todas as nossas atividades, projetos

e programas através da nossa pági-

na web:

www.irmashospitaleiras.pt/csnsc

S ão várias as tradições, festivida-

des, e eventos, religiosos e culturais,

que marcam o dia-a-dia na Casa de

Saúde Nª Sª da Conceição. Mas qual

a sua importância em saúde mental?

O impacto positivo deste tipo de ati-

vidades, há muito, é compreendido e

promovido neste estabelecimento de

saúde. Primeiro, porque as celebra-

ções facilitam a integração dos uten-

tes, familiares, colaboradores, volun-

tários, estagiários, parceiros, entre

outros. Aliás, ao formarmos memó-

rias coletivas de momentos de diver-

são, convívio e devoção estamos

também a fortalecer os laços, a ami-

zade, o sentimento de pertença a

uma comunidade e a partilha de uma

missão em comum.

Adicionalmente, estas atividades esti-

mulam as competências cognitivas,

físicas e relacionais dos utentes e

promovem o bem-estar e o otimis-

mo, dimensões essenciais na promo-

ção da saúde mental e na diminuição

do sofrimentos físico, mental e espiri-

tual.

Mas também os sons, as músicas, as

imagens, e as emoções positivas,

muitas vezes associadas a momentos

e memórias da infância, adolescência

e vida adulta, ajudam utentes e seus

familiares a (re)lembrarem-se dos

momentos felizes passados em famí-

lia (ou com amigos e vizinhos). Isto

facilita à continuidade da sua narrati-

va de vida e a minimizar perceções

de perda associadas ao tratamento.

Como resultado, é evidente a melhor

aceitação do contexto de vida, do

tratamento e das limitações e poten-

cialidades de cada um.

Para a instituição, é também isto que

nos distingue no acolhimento aos

utentes e seus familiares, pois permi-

te-nos aumentar e fortalecer a

“Família Hospitaleira” e expressar o

valor da HOSPITALIDADE de forma

integrada com a cultura e comunida-

de que nos rodeia.

Irmãs Hospitaleiras

- Casa de Saúde

Nª Sª da Conceição -

preservam as tradições e

celebrações com ganhos

na saúde mental e na

qualidade de vida das

pessoas assistidas

Espaço do Utente

Procissão do Senhor Santo Cristo

Fui uma das utentes que levou ao ombro uma repli-

ca do andor e da imagem do Senhor Santo Cristo

dos Milagres. Foi com muita alegria e devoção que

transportei esse andor que resultou de um profícuo

trabalho de colaboradores da Casa de Saúde Nª Sª

da Conceição.

O andor estava repleto de flores e foi bordado a fio

dourado. Com o mesmo fio foi bordada a capa do

Senhor. O andor saiu da Capela, deu a volta ao jar-

dim e entrou na portaria do Centro. Depois percor-

remos as várias unidades. Foi visível a emoção que

as doentes sentiram ao entrar o Senhor Santo Cristo

nos seus quartos da cama. Para muitas senhoras

acamadas foi uma oportunidade única para volta-

rem a ver a Imagem.

Terminada a procissão o Senhor e o andor ficaram

expostos para contemplação e oração de utentes,

familiares e colaboradores.

Lurdes Q.

Fomos à festa

Vários grupos de utentes foram em dias diferentes

participar Campo de Sâo Francisco na Festa do

Senhor Santo Cristo dos Milagres. Vistamos a Ima-

gem no Coro Baixo, Passeamos, lanchamos e fize-

mos algumas compras. Algumas doentes foram de

cadeirinhas de rodas. Gostamos muito e foi uma

tarde bem passada com muita alegria.

Ana S.

Dia da Mãe

No primeiro Domingo de Maio celebra-se o Dia da

Mãe, uma data especial pela singularidade e a graça

que representa ser mãe. Numa catequese recente, o

Papa Francisco referiu que uma sociedade sem

mães seria uma sociedade desumana porque as

mães sabem testemunhar sempre, mesmo nos pio-

res momentos, a ternura, a dedicação, a força moral.

Disse ainda que “as mães são o antídoto mais forte

contra o propagar-se do individualismo egoísta.

Ana S.

Tradição dos Maios

O dia 1 de Maio é o dia do trabalhador e neste

dia nós, utentes, na Sasa de Saúde Nª Sª da Con-

ceição, tal como manda a tradição, colocamos

em todos as unidade um “maio”.

Estavam todos muito giros, uns com caricaturas

de enfermeiras, outros com funcionárias, outros

com utentes e ainda alguns com temas livres. Eu

gostei muito de ter sido retratada, na minha uni-

dade, com a minha história de vida. Antigamente

tinha-se muitos filhos e no meu caso era um na

barriga, um ao colo e outro pela mão. No total

tive 6 meninas e 6 meninos. E assim se festejou

mais um dia na nossa casa.

Lurdes F.

Festa do Espírito Santo

Na manhã de sábado do dia 23 de Maio pelas

10h30 decorreu a coroação na eucaristia cele-

brada pelo Pe. Norberto. Foi uma missa muito

bonita e bem animada pelo coro das irmãs.

Todas as utentes coroaram e foi um momento

de grande alegria e emoção.

O senhor padre falou muito com as utentes

sobre o Espírito Santo e seus Dons. No final da

missa foi maravilhoso ouvir o hino do senhor

espírito santo tocado pelos foliões. Não posso

esquecer do lindo quarto todo enfeitado com

uma coroa de flores feitas pelas utentes dos

ateliers ocupacionais, com uma linda bandeira e

os Sete Dons do Espírito Santo. De seguida não

podiam faltar as famosas sopas e massa sovada.

Foi um dia muito bonito e muito bem passado.

Hermínia P.

Semana das Vocações

A Semana das Vocações teve lugar em Maio. A

vocação é um fruto que amadurece no terreno

bem cultivado do amor aos outros, que se faz no

serviço a Deus, no contexto de uma vida eclesial.

Toda a vocação exige sempre um êxodo de si

mesmo para centrar a sua própria existência no

Evangelho e em Cristo.

Ana S.

Página 2 Olhares...

Olhares... Página 3

Quarto do Espírito Santo

Tradicionais passeios à Festa do Sr. Santo Cristo

Saída da Imagem do Sr. Santo Cristo da Capela

Elaboração do andor do Sr. Santo Cristo

Utentes assistem à montagem da Imagem de “Ecce Homo” Saída da Imagem da Capela da CSNSC

Olhares... Página 4

Nascer Diferente

Q uando uma criança nasce com algum

problema, nem sempre é possível que

este seja reconhecido de imediato. Há numerosas

situações que só se evidenciam quando a criança

deixa de desenvolver os comportamentos adequa-

dos a determinada idade. Quando os pais são con-

frontados, pela primeira vez, com a notícia da che-

gada de um bebé diferente, dá-se a rotura de con-

tinuidade entre o sonho do bebé idealizado com o

bebé real.

Se considerarmos todos os aspetos que afetam o

significado da gravidez e do nascimento de uma

criança “diferente”, facilmente podemos com-

preender que este momento constitui um momen-

to traumático para os pais.

O facto da criança ter sido considerada uma parte

integral do self da mãe durante a gravidez, a con-

ceção (e nascimento) de uma criança diferente

afeta profundamente os seus sentimentos e emo-

ções, originando uma diminuição da sua autoesti-

ma, autoimagem e autoconceito.

Estes nascimentos evocam na mãe sentimentos de

fracasso em atingir as suas aspirações narcísicas

em relação à criança, as quais tinham sido reforça-

das durante a gravidez. A mãe pode identificar-se

com o seu filho e, com esta identificação, sentir-se

narcisicamente ferida, o que lhe pode, muitas

vezes, ser intolerável.

A maioria das mães sente uma responsabilidade

pessoal pelo modo como a criança veio ao mundo,

e culpam-se a si próprias pelo “fracasso” de terem

gerado um filho diferente. Isto origina fortes senti-

mentos de desvalorização, autorecriminação e cul-

pa. A investigação analítica revela que o desapon-

tamento, a vergonha narcísica e a depressão são

as reações mais frequentes que surgem com o

nascimento de uma criança diferente.

Em vez de ser sobrevalorizada como objeto de

amor, muitas vezes a criança é, pelo contrário, des-

valorizada pela mãe, que também se desvaloriza a

si própria.

A criança que os pais tinham imaginado não é a

criança que nasceu…

O período de luto (do bebé idealizado) que se

segue é considerado de extrema importância no

processo de elaboração dos sentimentos relacio-

nados com a criança nascida.

Existem diferentes modos de lidar com este tipo

de problemática. Para sentimentos reprimidos

colocam-se em prática uma série de mecanismos

de defesa contra a “dor emocional”. Para senti-

mentos racionalizados podem ser encontradas

justificações adequadas para as ações e reações.

Se os sentimentos forem projetados, culpam-se os

outros pela própria infelicidade. Também podem-

se sublimar sentimentos de medo e de inadequa-

ção e supercompensá-los, lutando para se trans-

formarem nos melhores pais do mundo. Se a atitu-

de dos pais for a de assumir a corresponsabilidade

no amor incondicional e na defesa da qualidade

de vida do filho, então a sua atitude é a de colabo-

rar de forma empenhada envolvendo a família e os

técnicos de saúde no trabalho a realizar, de modo

a que seja retirada a maior vantagem possível des-

ta situação.

Teresa Martins do Vale, Psicóloga na CSNSC

Página 5 Olhares...

Ecos da Peregrinação da

Família Hospitaleira a Fátima

24 a 26 de junho 2015

Saímos de Ponta Delgada na madrugada de 24 de

junho para Lisboa, cheias de entusiasmo, e tendo

como destino Fátima. A fim de participarmos na

grande festa da peregrinação hospitaleira, com a

presença de todos os Centros da Província Portugue-

sa das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de

Jesus. Ao todo eramos cinco utentes, uma colabora-

dora e duas irmãs sob o lema: “TODA A GENTE TEM

VOCAÇÃO: CAMINH@COM SENTIDO”, visto ser o

ano vocacional hospitaleiro em toda a província. No

dia 25 teve lugar a Eucaristia pelas 11h30, no Santuá-

rio de Fátima. Cabendo ao nosso centro a sua respe-

tiva animação.

Este foi o momento alto da nossa peregrinação onde

fomos desafiadas a deixarmo-nos tocar pelo amor

de Deus para levarmos a luz da hospitalidade a

todos. Em ação de graças e em tom mariano, cada

centro foi convidado a dirigir-se ao altar para reco-

lher uma flor que simbolizava o dom da vocação a

cultivar. Depois cerca das 15.00h no salão do Bom

Pastor decorreu uma linda tarde recreativa onde

cada “Casa” apresentou um tema previamente

ensaiado. O tema que nos foi proposto a nós este

ano foi: “VOCAÇÃO É DOM”.

A nossa apresentação constou de uma mímica

expressiva, com ela ressaltámos em tom colorido e

alegre como toda a vocação é dom de Deus… a feli-

cidade está no desafio de abrir as portas do coração

simbolizadas em cada tecido com a sua cor. Depois

de abertos todos os tecidos as palavras tornarão visí-

vel a alegria de viver, sentir-se chamado, enviado e

comprometido ao jeito de Maria, a grande hospita-

leira, que soube dizer sim ao projeto de Deus. Escu-

sado será dizer que foi uma tarde cheia de cor e ale-

gria, reforçada pela partilha e forte envolvência de

todos os membros da família hospitaleira neste

encontro. Por fim fomos convidados a partir no

“comboio da felicidade” e a viver com sentido a nos-

sa vocação. À noite participámos no terço rezado em

várias línguas seguido da procissão do Santíssimo.

No dia seguinte pela manhã visitámos o museu da

“Vida de Cristo” em Fátima e à tarde partimos rumo

a Lisboa para regressarmos com alegria à nossa

“querida casa” em Ponta Delgada.

Marlene V., Fátima O., Rosa A., Olga M.,

Fátima S., Sandra C., Ir. Mª Graça N. e Ir. Mariana C.

Olhares... Página 6

Por acreditar…

Por acreditar, que a empatia é essencial nos cuidados prestados às utentes e que está diretamen-

te relacionada com a nossa prestação de cuidados, redigi algumas linhas para que juntos possa-

mos refletir sobre as experiências e práticas diárias de cada um de nós, com o objetivo de desen-

volver ou aperfeiçoar o nosso saber, ser e fazer enquanto profissionais de saúde e que isso se

reflita na qualidade do trabalho prestado. ”Empatia, do grego empatheia, designa uma experiên-

cia subjetiva, e acima de tudo um exercício racional (consciência cognitiva) de compreensão do

outro, no que é consequentemente também uma experiência intersubjetiva daquilo que o outro

sente e pensa”.

Muitas das vezes é designada, como a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro. Isso

levanta-nos algumas questões, nomeadamente, será que no nosso dia-a-dia somos capazes de

olhar as utentes como seres plenos de subjetividades? Será que temos em conta o seu contexto

familiar, social e cultural? As suas origens? Será que nos permitimos colocar no lugar do outro? E

daqueles com quem não nos identificamos ou de quem não somos próximos? Devemos refletir

sobre estas questões, e encarar a empatia como uma das habilidades do cuidar, sendo esta, uma

ferramenta fundamental no tratamento dispensado às utentes. É fulcral que nos tentemos colocar

no lugar do outro e usarmos a empatia, como ferramenta terapêutica que nos possibilita, com

respeito e assertividade, experimentar a vivência do outro sem nos envolvermos emocionalmente.

Mostramos assim que o conhecimento científico/teórico e prático/técnico é sem dúvida uma fer-

ramenta importante. Contudo por si só de pouco servirá se não tivermos um bom relacionamento

interpessoal, formos empáticos, atentos e assertivos.

Tânia Sousa, Enfermeira na CSNSC

Investigação

O desenvolvimento e a participação em atividades de investiga-

ção em saúde mental, educação e formação têm sido priorida-

des das Irmãs Hospitaleiras - Casa de Saúde Nª Sª da Conceição.

Depois de, em abril de 2015, a Casa de Saúde Nª Sª da Concei-

ção ter participado no IX Congresso de Psiquiatria S. João de

Deus - organizado numa colaboração entre o Instituto dos

Irmãos S. João de Deus e o Instituto das Irmãs Hospitaleiras - e

de, a 24 de abril, ter recebido o 2º prémio de investigação, a

nível nacional, no V Concurso S. Bento Menni, a equipa técnica

prepara-se agora para a apresentação do poster “Epidemiologia

Psiquiátrica e Grau de Dependência nas ABVD em Programas de

Internamento de Psiquiatria, Psicogeriatria e Deficiência Mental”

no VI Congresso Internacional ASPESM (Sociedade Portuguesa

de Enfermagem em Saúde Mental) que irá decorrer de 8 a 10 de

julho de 2015 em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel.

Este estudo teve como objetivos principais realizar um levantamento epidemiológico da patologia

psiquiátrica e a associação com o grau de incapacidade na realização das atividades básicas e ins-

trumentais de vida diária em utentes em internamento de evolução prolongada.

Olhares... Página 7

PRÓXIMOS EVENTOS & ATIVIDADES

JULHO 01 a 08 > Campo de Férias Hospitaleiro

03 > Festa da Família Hospitaleira

14 > Dia de S. Camilo Lélis (Patrono da Congregação e do Serv. de Reabilitação)

22 > Passeio Anual: atividades recreativas e almoço (local a designar)

26 > Missa dos Aniversários

AGOSTO

02 > Morte de Maria Angústias, Cofundadora da Congregação

15 > Dia de Nª Sª da Assunção

30 > Missa dos Aniversários

JULHO

03 Maria Filomena C.

04 Hirondina A.

05 Donária L.

05 Donária S.

05 Nélia Rodrigues

06 Maria Gorete C.

07 Natércia O.

07 Ana Cristina O.

07 Maria Gabriela S.

07 Joana B.

10 Benilda O.

15 Maria de Fátima P.

17 Maria Gabriela F.

18 Conceição V.

19 Hália C.

20 Guilhermina M.

22 Adelaide R.

22 Eduina A.

24 Isabel S.

29 Maria A.

30 Ana Fernanda F.

31 Helena Margarida M.

AGOSTO

02 Rosa R.

03 Cidália C.

04 Elisabete M.

04 Carlos P.

04 Glória L.

05 Maria Helena R.

05 Lúcia F.

08 Zélia F.

08 Maria de Lourdes C.

11 Maria Júlia D.

12 Conceição S.

13 Natividade P.

15 Maria dos Anjos P.

17 Teresa B.

17 Madalena V.

18 Maria de Jesus O.

18 Josefina F.

18 Aldora M.

19 Maria João L.

20 Rogéria G.

21 Manuela G.

23 Lígia S.

24 Isabel S.

28 Carla S.

30 Henrique de A.

30 Márcia L.

31 Maria da Luz T.

Aniversários da Família Hospitaleira Atividades e Passeios

de Verão

Julho*

06 e 10 Praia das Milícias/ Pópulo

13 e 17 Parque Séc. XXI

20 e 27 Piscina de S. Pedro

22 Passeio Grande Anual de

Verão

Agosto*

05 Almoço no restaurante

“chinês”

10 Museu Carlos Machado

12 Passeio urbano no Comboio

Turístico “A Lagarta”

14 Gruta do Carvão

17 Passeio de verão

19 Passeio na cidade de P. Delga-

da e lanche nas Portas do Mar

26 Passeio ao Parque Atlântico

31 Piscina de S. Pedro

* Alguns locais e datas a confirmar

Olhares... Página 8

Equipa Técnica

Nuno Nunes (Psicólogo)

Teresa Vale (Psicóloga)

Tatiana Pereira (Assistente Social)

Colaboradores

Ir. Maria da Graça Neves

Ir. Mariana Camacho

Dra. Teresa Vale

Enf. Tânia Sousa

Ana S.

Fátima O.

Fátima T.

Hermínia P.

Olga M.

Lurdes F.

Lurdes Q.

Rosa A.

Sandra C.

Deseja ser Assinante?

Valor Anual= 3.80€ (0.65€ p/ Boletim)

Contactos

Largo do Bom Despacho nº 22

9500-167 Ponta Delgada

Tel. 296306320 | Fax. 296306321

[email protected]

www.irmashospitaleiras.pt/csnsc

HOSPITALIDADE SENSIBILIDADE SERVIÇO

CONSCIÊNCIA ACOLHIMENTO SAÚDE

QUALIDADE HUMANIDADE ÉTICA

SoPa De LeTRaS

É P S Y E S V P W J B R C

T X A C O H L I M E N T O

L B W R I J H Z X L Y V N

S E R V I Ç O C É F H Z S

H W E X V W S F T W U S C

R P L Ã L Y P R I U M B I

A J Z Ç Z R I V C R A L Ê

E Ú C A Y C T J A Y N C N

W X P Ó P X A R S L I O C

C S E N B I L I D A D E I

A A F W I T I B W J A R A

B Ú A P R Z D Z Õ L D H X

Z D C É Y L A R X D E P C

P E L F R R D F E Z P Y I

J R É S X C E S B Ã G X J

V Q U A L I D A D E J C Z

No Entardecer dos Dias de Verão¹

No entardecer dos dias de Verão, às vezes,

Ainda que não haja brisa nenhuma, parece

Que passa, um momento, uma leve brisa...

Mas as árvores permanecem imóveis

Em todas as folhas das suas folhas

E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,

Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...

Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!

Fôssemos nós como devíamos ser

E não haveria em nós necessidade de ilusão ...

Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida

E nem repararmos para que há sentidos ...

Mas graças a Deus que há imperfeição no Mundo

Porque a imperfeição é uma cousa,

E haver gente que erra é original,

E haver gente doente torna o Mundo engraçado.

Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos,

E deve haver muita cousa

Para termos muito que ver e ouvir… ¹ Alberto Caeiro (heterónimo de Fernando Pessoa) in

“O Guardador de Rebanhos”, Poema XLI