B O L E T I MC O M I S S Ã O D E S E R V I Ç O S D E I N F R A E S T R U T U R A

S E N A D O F E D E R A L CI An

o 2

01

1 -

No 5

w w w . f a c e b o o k . c o m / c i s e n a d o c i _ s e n a d o s c o m c i @ s e n a d o . g o v . b r

A Comissão de Serviços de Infraestru-tura (CI), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) realizaram reunião conjunta com os governadores dos estados produtores de petróleo para discutir sobre a divisão dos royalties entre os estados.

Participaram da reunião os governado-res do Espírito Santo, Renato Casagrande; do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; e de São Paulo, Geraldo Alckmin. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também esteve presente na reunião.

A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), pre-sidente da CI, disse que as receitas prove-nientes do petróleo podem ajudar a reduzir as desigualdades sociais e regionais. “O Brasil é um país de dimensões continen-tais, onde as diferenças regionais existem e decorrem, basicamente, da grande con-centração de riqueza por alguns estados da Federação. Nós, que somos representantes de Estados das regiões menos desenvolvi-das, termos uma legítima preocupação com a descentralização da riqueza no País.

O governador Sérgio Cabral, em sua exposi-ção, disse que é preciso avançar em um acor-do com os estados. Explicou que pelo menos 77% da receita pública do petróleo são desti-nados à União e aos estados não produtores.

Cabral aproveitou também para apresen-tar algumas alternativas para a redistribui-ção dos royalties do petróleo. Na ocasião, o governador defendeu a preservação dos atuais contratos relativos ao pós-sal e, para atender os estados não-produtores, sugeriu a criação de um fundo de transição, já que a produção do pré-sal se tornará signifi cativa somente em 2016 ou 2017.

Renato Casagrande, governador do Espí-rito Santo, falou da importância do governo federal mediar um entendimento entre os representantes dos estados produtores e dos não produtores. Disse também que se alegra em ver a movimentação do governo

em relação a esta causa.Casagrande afi rmou ainda que se o veto

for parar nas mãos do STF, os estados do RJ e ES vão se desorganizar economicamente e poderão até “quebrar”.

Geraldo Alckmin, governador de São Pau-lo ressaltou que é importante se apresentar uma solução política, e não jurídica, para o problema. Ele acrescentou que é preciso buscar uma transição que contemple esta-dos produtores e não produtores. “O Rio de Janeiro não tem como perder 15% da receita corrente líquida ou o Espírito Santo perder 12%. Equacionar da melhor manei-ra é o caminho para o entendimento. É pre-ciso manter o equilíbrio federativo”.

Já Eduardo Campos, que antecipou sua visita à Comissão, pediu consenso e que o acordo seja feito entre os estados e União. Ele defendeu que uma parte dos recursos dos royalties sejam destinados à ciência, tecnologia, meio ambiente, educação e qualifi cação de mão de obra.

9912270380/2010 - DR/BSB

Senado Federal

Remetente: COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA - Senado Federal Anexo II - Plenário no 13 - Ala Alexandre Costa - 70165-900 - Brasília-DF

Foto: Geraldo M

agela / Agência Senado

Governadores de estados produtores discutem divisão dos royalties

D/E: Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; Presidente da CI, Senadora Lúcia Vânia; Presidente da CAE, Senador Delcídio Amaral; Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; Governador do do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande e o Governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos.

“A participação da União nes-ta discussão é fundamental. Nós estamos dispostos inclu-sive a abrir mão de nossas receitas futuras que nós do Rio de Janeiro teríamos. Mas é importante que a União seja

responsabilizada pela atualização monetária da participação especial que seria destinado aos estados e municípios não produtores”.

Francisco Dornelles (PP-RJ)“Acabou o momento do ten-sionamento. Agora é a hora da boa política e não de levarmos para a judicialização. Não con-seguirmos chegar num con-senso neste momento é uma derrota da política, por isso, te-mos que construir um acordo

que passe pela União, pois a União vai ter que abrir mão de alguma coisa”.

Lindbergh Farias (PT-RJ)

“Nós que somos os estados produtores entendemos a necessidade de fazermos uma distribuição equilibrada desta riqueza porque não pode interessar a nós esta-dos produtores que sejamos ilhas de prosperidade e ri-

queza, rodeados por oceanos de difi culdades.”Ricardo Ferraço (PMDB-ES)

Foto

: Wal

dem

ir Ba

rreto

Foto

: Lui

z Alv

esFo

to: G

eral

do M

agel

a

Anexo II - Plenário no 13 - Ala Alexandre Costa

70165-900 - Brasília-DF

Tel. (61) 3303-4607

Fax: (61) 3303-3286

Tiragem: 500 exemplaresEx

pe

die

nte

Presidente: Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO)

Vice-Presidente: Senador Blairo Maggi (PR-MT)

Secretário: José Alexandre Girão M. da Silva

Jornalista Responsável: Luthianna Hollenbach (0007540/DF)

Editoração Gráfi ca: Randro Gomes

Informativo Semanal da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal

Boletim - Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal No 5 - 2011

Audiência pública debateroyalties do petróleo

Senador Francisco Dornelles (PP-RJ)E/D: Presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli; presidente da CAE, senador Delcídio Amaral (PT-MS); presidente da CI, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO)

Foto: Vador Goularte

Na audiência pública conjunta das Co-missões de Serviços de Infraestrutura (CI), Assuntos Econômicos (CAE) e Desenvol-vimento Regional e Turismo (CDR), des-tinada a debater sobre a repartição dos royalties do petróleo com governadores dos estados não produtores, todos os parlamentares e governadores presentes defenderam um consenso sobre a questão.

Todos os participantes da reunião rea-fi rmaram que a distribuição dos royalties do petróleo da camada do pré-sal precisa levar em consideração o pacto federativo e a igualdade entre os estados.

Participaram da reunião o governador de Goiás, Marconi Perillo e o vice-governador do Pará, Helenilson Pontes. Como exposi-tores participaram os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Wellington Dias (PT-PI).

A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), pre-sidente da CI, comentou a disposição de

CI, CAE e CDR recebem governadores de estados não produtores de petróleo

todos em se chegar ao acordo quanto à repartição dos royalties. “É indispensável uma ação do governo para descentralizar riquezas, o eixo central dessa discussão. Não se pode prejudicar os estados pro-dutores, mas essa riqueza é de todos os brasileiros e é preciso reduzir as desigual-dades em regiões não produtoras”.

O senador Benedito de Lira (PP-AL), pre-sidente da CDR e Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da CAE, também reforçaram a ideia de um entendimento e ressaltaram que nesse clima de concordância será mais fácil chegar a uma solução defi nitiva.

O vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, declarou que este é o momento ideal para o país olhar pela perspectiva de como levar justiça social para o Nor-te e para o Nordeste. Já o governador de Goiás, Marconi Perillo, enfatizou que o Senado necessita aproveitar a discussão

da matéria para analisar o próprio pacto federativo, ao defender o que chamou de “reformulação do pacto”.

“Vamos aproveitar o momento para rediscutir o pacto federativo. Os estados brasileiros poderão falir se o pacto não for debatido e reformulado. Afi rmou ain-da que os estados não produtores não querem “abocanhar” recursos dos esta-dos que produzem petróleo, mas que é preciso distribuir melhor esses recursos.

O senador Wellington Dias, durante sua exposição, defendeu uma proposta que,segundo ele, os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo não vão ter perdas e que os repasses para estados não produtores não irão desequilibrar os cofres da União. Para Dias, se fosse desti-nada uma parcela dos royalties para um fundo social seria possível atender a to-dos os entes federados.

Dornelles propôs que a tabela de participação especial na exploração do petróleo seja atualizada a valores pa-gos em 1998 e que os ganhos na par-ticipação especial e na ampliação dos royalties benefi ciem os estados não produtores.

D/E: Senador Wellington Dias (PT-PI); Governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo; Presidente da CI, Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO); Presidente da CAE, Senador Delcídio Amaral (PT-MS); Senador Benedito de

Lira (PP-AL) e o Vice-Governador do Estado do Pará, Helenilson Pontes