internacionalmarço 2015

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A FNE representou mais uma vez Conferências Albert Borschette um sistema de formação basea-

Portugal no encontro do grupo da Comissão Europeia, em do na experiência de uma

de trabalho do Diálogo Social Bruxelas, no dia 9 deste mês, sob atividade profissional, com

Setorial Europeu na Educação, o lema Educação em prol do formação no local de trabalho e

que envolve representantes de emprego. também em contexto de sala de

sindicatos europeus do CSEE aula. Esta aprendizagem dual Da agenda de trabalhos constou (Comité Sindical Europeu da permite ainda aos profissionais o debate sobre qual é o papel dos Educação), da federação dos de várias áreas validarem a sua parceiros sociais europeus da empregadores europeus (EFEE) e formação, conferindo-lhes graus educação no que respeita à da Comissão Europeia (CE), reconhecidos a nível europeu, Aprendizagem - Apprenticeship - r e a l i z a d o n o C e n t r o d e regulamentando a profissão.

Diálogo Social Setorial Europeu na Educação

FNE DEBATE EM BRUXELAS UMA ALIANÇA EUROPEIA PELAS APRENDIZAGENS

Agnes RomanCSEE

Sigve BjorstadComissão Europeia

Bianka StegeEFEE

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O ponto de partida foi dado por Por sua vez, Agnes Roman, do janeiro, CSEE e EFEE comprome-Sigve Bjorstad, da unidade de CSEE, abordou o tema da teram-se a aprofundar este Educação e Formação Vocacional cooperação entre a educação tema, objetivo que foi alcançado da CE, que introduziu o tema, vocacional, a formação e o nesta reunião do diálogo social referindo o ponto de situação mercado de trabalho, mencio- s e t o r i a l d a e d u c a ç ã o . atual, os desafios que temos pela nando o importante papel dos Desenvolvimentos futuros serão frente e ainda a questão fulcral sindicatos e evocando o relatório anunciados em breve. Mas a da criação de uma Aliança do CES (Confederação Europeia discussão vai já continuar entre Europeia pelas Aprendizagens. de Sindicatos), de 13 de janeiro 14 e 17 de abril próximo, no Para Bjorstad, esta aliança é deste ano, que trata da criação programa de formação Melhorar urgente, muito mais se tivermos dum quadro para uma aprendi- as Competências de Professores em conta o desemprego no zagem de qualidade e onde esta e Formadores de Educação e segmento jovem entre os 15 e os organização sindical teve a Formação Vocacional, organiza-24 anos, que está nos 22 %. Neste participação do CSEE e da EFEE. O do pelo ETUI (Instituto Europeu momento a europa tem 5 relatório do CES aborda diversas Sindical) e com encontro marca-milhões de jovens desemprega- questões sobre como melhorar a do para a cidade de Barcelona.dos, um em cada três no desem- qualidade das aprendizagens,

prego de longa duração e 7.5 como utilizar as ferramentas da

milhões de jovens NEET's (NEM União Europeia (EU), avaliação

NEM, em português – jovens que das aprendizagens, o melhora-

nem estão no mercado de mento das condições de ensino e

trabalho, nem na educação, nem de formação destes cursos

em formação), o que correspon- profissionalizantes, a formação

de a uma percentagem de 40 % inicial de professores e formado-

na Croácia, Espanha, Itália e res ou o desenvolvimento da

Grécia e 10 % na Alemanha, carreira profissional dos profes-

Áustria e Países Baixos. sores do ensino vocacional. Em

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Os parceiros sociais europeus da Para a FNE, é importante que a O último ponto da ordem de

educação debateram ainda a Escola seja um espaço de trabalhos incluiu um debate

iniciativa da CE Abrindo a conhecimento, mas também de sobre o Apoio A Uma Nova

E d u c a ç ã o , r e f e r e n t e à partilha, de colaboração, de Geração de Educadores, Foco na

Aprendizagem Digital 2020, experiências significativas e de Área da Educação e Formação

tentando abrir caminhos de descoberta. Só é possível 2020, versando alíneas como o

futuro nesta área. Neste particu- promover a Inovação com uma desenvolvimento da carreira de

lar, a FNE fez uma apresentação Escola Inovadora. Os professores professores e líderes escolares,

oral sobre dois casos práticos de devem assim ter consciência de uma efetiva educação inicial de

sucesso na educação digital que a tecnologia deve servir a professores, o apoio a professo-

portuguesa, um de uma escola aprendizagem e não tomar res em início de carreira ou o

pública de Ponte de Lima, outro aquela como apenas um fim a estímulo ao desenvolvimento de

de um estabelecimento de alcançar. comunidades de aprendizagem.

ensino particular do 1º ciclo de É ainda estratégico valorizar o O Tratado sobre o Funciona-Carnaxide, ambos premiados aluno como detentor de conheci- mento da União Europeia, nos internacionalmente. mento, valorizar sobremaneira o artigos 151 a 155, consagra o

conhecimento informal e alterar Diálogo Social como um instru-

os ambientes de aprendizagem. mento vital da democracia e do

Deste modo, a questão essencial progresso. O Diálogo Social

não é sempre uma questão Setorial Europeu na Educação foi

digital. Quanto a nós, a inovação, criado em 11 de junho de 2010 e

embora esteja intrinsecamente foi desde o início impulsionado

ligada à utilização das TIC, deve pela FNE e pelos seus sindicatos.

centrar-se na mudança de O representante da FNE nesta mentalidades, numa mudança reunião foi Joaquim Santos.de paradigmas.

Defesa do direito à greve celebrada em todo o mundo

A jornada mundial em defesa do Sharan Burrow, secretária-geral De acordo com a Internacional

direito à greve, celebrada a 18 de da CSI, declarou: “ os trabalhado- de Educação (IE), entidade que

fevereiro, foi um sucesso. Foram res e trabalhadoras assim como representa organizações de

reportadas à Confederação as suas comunidades estão professores e trabalhadores de

Sindical Internacional (CSI) mais unidos na defesa do direito à educação em todo o mundo, a

de uma centena de atividades greve e contra as ações concerta- própria base jurídica do direito e

realizadas nos quatro cantos do das que pretendem acabar com sua transposição para a legisla-

mundo. Os sindicatos de mais de os direitos dos trabalhadores”. ção nacional tem sido frequente-

60 países organizaram uma série mente quest ionada pelos Reconhecido internacionalmen-de iniciativas, beneficiando do empregadores, que se mostram te há mais de 50 anos em apoio, em muitos casos, de determinados a encontrar aproximadamente 90 países, o responsáveis polít icos, de maneiras de suprimir o direito à direito à greve tem sido cada vez organizações de defesa dos greve, e evitar que os tribunais m a i s q u e s t i o n a d o n a direitos humanos e de outras nacionais exerçam a jurisprudên-Organização Internacional do organizações. cia da OIT.Trabalho (OIT) por representan-

tes dos empregadores.

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Em causa oportunidades de aprendizagem na Europa

Educação e formação de adultos devem ter acesso mais alargado

A Comissão Europeia e o EURYDICE acabam de publicar o mais recente relatório sobre a educação e formação

de adultos na Europa, na sequência da apresentação dos primeiros resultados do inquérito sobre

Competências dos Adultos, pilar central do Programa de Avaliação Internacional das Competências dos

Adultos – PIACC, que foram divulgados no relatório Skills Outlook 2013, da OCDE.

O relatório intitulado “Educação e formação de

adultos na Europa: alargar o acesso às oportunidades

aprendizagem“ lembra que perto de 25% dos adultos

entre os 24 e os 64 anos no seio da União Europeia –

que totalizam cerca de 70 milhões de pessoas – não

frequentaram qualquer ciclo de educação para além

do ensino básico. Cerca de 6,5% destes indivíduos

abandonaram o sistema educativo no final do 1º

ciclo.

No capítulo do financiamento o relatório revela que

na Alemanha, na Estónia, nos Países Baixos e na

Noruega os adultos com baixas qualificações não

conseguem pagar cursos de formação. Em simultâ-

neo, adultos com elevadas qualificações em

Portugal, Bélgica, Dinamarca, Malta e Polónia não

têm condições financeiras para investir em formação.

O documento, divulgado no final do mês de fevereiro

passado, reafirma a importância do papel dos

professores em todo o processo de aprendizagem, ao

mesmo tempo que divulga bons exemplos em que os

governos e as organizações sindicais contribuíram

para o aumento das competências nos adultos.

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envolvendo 800 mil trabalhadores do setor público

alemão. Cerca de um quarto destes trabalhadores

públicos trabalham numa escola pública ou numa

universidade pública. Nestas negociações está o GEW,

sindicato dos professores e membro do CSEE, que

reclama um aumento salarial de 5,5%.

Na mesa das negociações está uma proposta dos

empregadores que faz depender o acordo salarial da

aceitação, por parte dos sindicatos, de alguns cortes no

atual regime de pensões do setor público.

O GEW definiu como objetivo a elaboração de um Em meados do passado mês de fevereiro, Berlim, acordo coletivo sobre o nível de remunerações dos encetou negociações salariais com os sindicatos, professores.

Sindicato alemão de professores quer aumento salarial de 5,5%

positiva contida na Carta Europeia, nomeadamente

para garantir a estabilidade e permanência do emprego,

o equilíbrio de género, o desenvolvimento da carreira, o

valor da mobilidade e os direitos de propriedade

intelectual para os investigadores na Europa.

Apesar destes aspetos positivos, o CSEE acrescenta que

há muito caminho a percorrer, nomeadamente quanto a

uma efetiva aplicação desta Carta, uma vez que apenas

uma minoria das instituições europeias subscreveram o

documento.

Deste modo, o CSEE incentiva as instituições de ensino

superior e de investigação a assinar a Carta e o Código de Assinalou-se no passado dia 3 de março o 10º Conduta para o Recrutamento de Investigadores. aniversário da Carta Europeia do Investigador e do

Código de Conduta para o recrutamento de Além disso, o CSEE recomenda à Comissão Europeia que

Investigadores com a realização de uma conferência preste o apoio financeiro às instituições de ensino

intitulada Uma Década a Promover Carreiras de superior e de investigação, de forma a que seja viável o

Investigação Atraentes. Por esta ocasião, o Comité desenvolvimento dos trabalhos destas instituições no

Sindical Europeu da Educação (CSEE), braço Europeu da âmbito desta Carta Europeia.

Internacional da Educação, assinalou a mensagem

ETUCE incentiva à assinatura da Carta Europeia do Investigador

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Educação esbate as desigualdades de género

formação; garantir a igualdade no acesso à formação e

educação e caminhar no sentido de aumentar o poder

das mulheres no seio da União Europeia através da

educação.

Os oradores, provenientes de diversas partes da Europa,

enfatizaram a aprendizagem ao longo da vida para as

mulheres mais velhas e a importância de um sistema de

educação inclusivo que permita a igualdade de

oportunidades em todas as áreas.

Por ocasião das comemorações do Dia Internacional da O crescimento do acesso às novas tecnologias de Mulher, o Parlamento Europeu sublinhou a importância informação e comunicação nas escolas foi igualmente da Educação para mulheres e raparigas. A reunião no PE apontado como fator determinante para diminuir as centrou-se em três questões essenciais: a importância desigualdades de género.de eliminar a desigualdade de género na educação e

Parlamento Europeu quer Educação fora do TTIP

Rømer, diretor europeu do CSEE, manifestou forte

apreensão relativamente ao teor deste acordo. Romer

alerta para os potenciais riscos para as políticas

educativas, para as instituições e para professores e

alunos de uma total liberalização de serviços prevista na

atual proposta.

Na missiva, Romer alerta a Comissão Europeia para as

consequências desastrosas caso a Educação venha a

estar integrada neste acordo e encoraja a CE a resistir às

pressões e implementar as medidas necessárias para Num apelo à plena transparência, a porta-voz do proteger o setor da Educação.Parlamento Europeu para as negociações do Acordo de

Comércio e Serviços deixou claro que os serviços Com a oitava ronda de negociações terminada em públicos, incluindo a educação, não estão à venda e por fevereiro, o TTIP tem encontrado um pouco por toda a isso devem ficar de fora destas negociações. Viviane Europa entraves à sua concretização.Reding sugere um acordo pequeno mas forte,

sublinhando a necessidade de excluir o setor da Também a FNE tem alertado, em diversas ocasiões, para

Educação destas negociações.o conteúdo das negociações em curso sobre a parceria

transatlântica entre a União Europeia e os Estados Também o Comité Sindical Europeu para a Educação Unidos, onde a Educação aparece, para já, como um (CSEE) identificou possíveis problemas graves que o bem comercializável e sujeito às normas gerais que setor da educação pode vir a enfrentar na sequência regulam a circulação de bens. A FNE rejeita inteiramente deste acordo atualmente em discussão.esta possibilidade, considerando que o Governo

português, quando intervier sobre esta matéria, adote Numa carta enviada ao responsável pela Unidade de posição idêntica.Comércio e Serviços da Comissão Europeia, Martin

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A exigência feita às escolas de uma prestação de

contas rigorosa está a prejudicar a autonomia

profissional e a qualidade da educação. Esta foi a

mensagem principal deixada na conferência da

Internacional da Educação (IE) sobre Liderança

Escolar, realizada no início de março, em

Amesterdão.

Os participantes foram narrando, ao longo da

conferência, de que forma uma abordagem

restritiva da Educação, baseada em regimes de

prestação de contas e de controle, está a prejudicar

a autonomia das escolas e a autonomia profissional

de diretores e professores, desviando os

profissionais para aspetos burocráticos e

descurando outros tão ou mais importantes. Foram

de resto apresentados a lguns estudos

comparativos onde estes fatores foram analisados

com mais pormenor. Os resultados de pesquisas

comparativas de Malta, Países Baixos e Reino Unido

revelaram que os atuais regimes deixam pouco

espaço à autonomia profissional, graças ao alto

nível de controlo dos respetivos governos.

Dennis Sinyolo, coordenador da IE para a Educação

e o Emprego, apresentou uma proposta baseada no

princípio de uma liderança inclusiva, colegial e

sustentada no trabalho de equipa. A proposta foi

bem acolhida pelos participantes nesta

conferência.

Os participantes salientaram o facto de todos os

diretores de escola serem professores, pelo que

devem ter acesso a formação profissional em

liderança. Da conferência saiu ainda um apelo aos

diversos governos, no sentido de garantirem que o

processo de recrutamento de dirigentes escolares

seja baseado num sistema transparente e com

critérios objetivos.

Conferência de Amesterdão debateu liderança escolar

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Um dos momentos mais

e s p e r a d o s e m c a d a

Congresso Mundia l da

Internacional da Educação é

a apresentação dos Prémios

IE, onde são homenageados

indivíduos excecionais. O

Congresso Mundial da IE

agendado para o próximo

mês de julho, em Otava, no

Canadá, não será exceção.

O Prémio Shanker Albert é habitualmente

atribuído a um professor ou trabalhador não

docente em reconhecimento pelo seu trabalho em

prol da Educação. O Prémio Mary Hatwood Futrel

para os Direitos Humanos e Sindicais é atribuído a

um líder sindical nacional ou local, ou a um ativista,

que se tenha destacado na defesa dos direitos

humanos e sindicais.

Os premiados são nomeados pelas organizações

membros da IE no ano anterior ao congresso e os

escolhidos são selecionados pelo Conselho

Executivo da IE, em reunião prévia ao Congresso.

Congresso Mundial da IE vai premiar os melhores

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Alain Mouchoux, o ex-secretário-geral do CSEE,

faleceu na manhã de 22 de fevereiro, aos 77 anos

de idade. A FNE lamenta profundamente a perda de

um amigo e de um importante representante da

educação e do movimento sindical.

Como inspetor da escola primária Alain Mouchoux

tornou-se um membro ativo da união do inspetores

escolares nacionais (SNIDEN), antes de ser eleito

em 1982 como Secretário Nacional de Educação da

Fédération de l'Éducation Nationale (FEN).

Mouchoux também conduziu o trabalho internaci-

onal da sua organização e desempenhou um papel

ativo na criação da Internacional da Educação. Até

1994, foi presidente da "Comité sindical francófono

da educação e da formação (CSFEF)", uma organiza-

ção que representa os sindicatos de educação

francófonos filiados na IE.

Foi eleito secretário-geral do Comité Sindical

Europeu para a Educação, em 1994, cargo que

ocupou até a liderança do CSEE em 2002.

Após a sua aposentação, em 2002, Mouchoux

continuou a trabalhar, tanto a nível nacional como

internacional. Na França, ajudou a criar os

Professores Sem Fronteiras, uma organização que

mobiliza os educadores para passar as suas férias a

ajudar a construir escolas em países em desenvolvi-

mento, e que desempenha um papel ativo no

movimento para a proteção da educação pública e

do secularismo, “Solidarité laïque". Enquanto isso,

continuou a representar a Internacional Educação

no Conselho da Europa como Vice-Presidente da

Conferência de organizações não-governamentais

internacionais (ONG's).

Faleceu Alain Mouchoux

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Em 1992 Alain Mochoux regressa a Portugal, desta Um amigo da FNE e de Portugalvez para participar no 3º Congresso da FNE, onde

deixou uma mensagem de apoio aos sindicatos de Alain Mouchoux manteve ao longo do seu percurso professores e sublinhou a importância dos sindica-sindical uma relação muito estreita com Portugal, e tos da FNE no seio do CSEE.em particular com a FNE. Mouchoux esteve

presente, por diversas ocasiões, no nosso país e Aliás, e por diversas vezes, Alain Mochoux fez

participou em iniciativas promovidas pela questão de marcar presença nas iniciativas da FNE

Federação. Em Outubro de 1990 Mouchoux e dos seus sindicatos. Já em 98, por altura do nosso

presidia ao Comité Executivo do SPIE e escolheu 5º Congresso, Mochoux, na qualidade de secretá-

Lisboa para a realização de uma reunião ao mais rio-geral do Comité Sindical Europeu da Educação,

alto nível e que reuniu na capital portuguesa reforçava, no seu discurso, os laços entre as duas

dirigentes sindicais de 17 países da Europa. Pela organizações. “Estou particularmente feliz por

primeira vez, desde a queda dos regimes totalitá-trazer ao 5º Congresso da FNE as saudações

rios marxistas, estariam juntos à volta de uma mesa fraternais do CSEE e da Internacional da Educação.

com os seus companheiros dos países da Europa O CSEE está também particularmente feliz por

Central e de Leste para, em conjunto, discutirem os poder saudar a FNE após a sua filiação direta na IE e

grandes problemas dos jovens e da Educação.no CSEE, em substituição e no lugar dos seus

sindicatos com os quais trabalhámos ao longo de

numerosos anos”, afirmou o sindicalista no

discurso de saudação aos congressistas.

A FNE sempre considerou Alain Mochoux como um

amigo e um incomparável defensor da Educação. A

sua morte representa uma perda irreparável para o

sindicalismo mundial. O seu trabalho deixou uma

importante marca, impossível de esquecer.

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A Internacional da Educação desmantelou, peça a reformas estruturais. As ações da IFI, em resposta à

peça, a estratégia do Banco Mundial para a desigualdade e os impactos das mudanças

privatização do setor da Educação. A visão climáticas e as políticas da IFI, em relação à criação

alternativa a esta estratégia do Banco Mundial foi de emprego e ao respeito pelas normas

apresentada no passado mês de fevereiro, em internacionais do trabalho, foram também temas

Washington, durante as reuniões regulares entre em discussão.

os sindicatos, o Fundo Monetário Internacional e o Esta reunião constituiu ainda uma oportunidade Banco Mundial. No encontro estiveram presentes para o Banco Mundial apresentar os seus planos os representantes da Internacional da Educação, para o investimento privado em educação. Fred da Confederação Internacional de Sindicatos e Van Leeuwen, secretário-geral da IE aproveitou outras organizações.para revelar uma longa lista de problemas quando

Entre os temas abordados durante as reuniões o setor privado toma conta da educação,

estiveram: as políticas de austeridade; as lembrando a dura realidade dos alunos e das suas

instituições financeiras internacionais (IFI) e o famílias quando não têm capacidade financeira

envolvimento no mercado de trabalho e outras para pagar propinas.

IE partilha visão alternativa à privatização da educação

sociedade civil tiveram pouca ou

nenhuma contribuição sobre o

conteúdo da declaração. Em

resposta, cerca de 1.000 represen-

tantes dos direitos das mulheres,

com base na comunidade na

sociedade civil emitiram uma

declaração de protesto, denuncian-

do a falta de transparência; as

Federações Sindicais Mundiais

subscreveram esta declaração.

As delegações na CSW59 divulgaram

ainda um comunicado chamando os

Estados Membros a fazer um Os sindicatos participantes na 59ª plena, eficaz e acelerada da compromisso mais forte e mais claro Sessão da Comissão das Nações Plataforma de Ação de Pequim para a execução do PAP, especifica-Unidas sobre o Estatuto das (PAP)". mente em relação à capacitação Mulheres (CSW59) em Nova York, económica das mulheres, a garantir

Num a ruptura surpreendente do exigiram um maior compromisso o direito à educação de qualidade e método habitual de trabalho do dos governos com a capacitação à prestação de serviços públicos a CSW, as centenas de mulheres económica das mulheres, com o raparigas.representantes dos sindicatos e da direito à educação e com a qualida-

de dos serviços públicos prestados a

mulheres e crianças, de forma a criar

uma sociedade mais justa e

inclusiva.

A Internacional da Educação (IE), em

parceria com as delegações dos

outros s indicatos globais, a

Confederação Sindical Internacional

( C S I ) e a P u b l i c S e r v i c e s

International (PSI), juntaram-se a

organizações não governamentais

representativas de mulheres para

protestar contra a sua exclusão do

processo de negociação na CSW.

No primeiro dia da sessão, 9 março

de 2015, os Estados-membros da

ONU aprovaram uma declaração

política para assinalar o 20º

aniversário da Quarta Conferência

Mundial sobre a Mulher. Nesta

declaração, os governos comprome-

teram-se a "tomar novas medidas

concretas para garantir a aplicação

Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto das Mulheres instada a ser mais ativa

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REINO UNIDO

NUT e NASUWT: razões eleitorais por detrás da recusa do governo em publicar a revisão sobre o amianto nas escolas.

“Tendo aceite garantias do problema durante a campanha do que "o contínuo atraso da

governo de que os resultados eleitoral. publicação sobre este tema seja

atrasados da sua revisão às impulsionado por considerações Durante o período de nove escolas com amianto seriam de ordem política, tendo priori-meses desde que a revisão publicados no início de 2015, a dade sobre a saúde e o bem-deveria ter sido publicada, NUT considera agora que o estar das crianças e dos jovens, (junho de 2014 foi o prazo Governo agiu de má-fé e que não bem como dos trabalhadores da inicialmente dado), é inevitável há nenhuma intenção de educação”. Sublinhou que este é que alguns funcionários e publicar antes da campanha pré- um assunto sério de saúde, crianças tenham sido desneces-eleitoral "purdah”, período segurança e bem-estar das sariamente exposto às fibras de começa a 30 de março", disse crianças, dos jovens e da força de amianto, colocando-os em risco Christine Blower, secretária- trabalho nas escolas, insistindo de futuras doenças relacionadas geral do Sindicato Nacional dos que o amianto é mortal e que com o amianto. Em termos reais Professores Ingleses (NUT). aqueles que aprendem e confirma-se que 22 professores Christine Blower é também a trabalham nas escolas enfren-morreram de mesotelioma, em p r e s i d e n t e r e g i o n a l d a tam riscos diários de exposição.2012. Internacional da Educação e

membro do Comité Europeu Na mesma linha de ação, Chris para a Educação (CSEE).Keates, Secretária-Geral da

N a t i o n a l A s s o c i a t i o n o f Explicou que os funcionários da Schoolmasters Union of Women escola e os pais estão a sentir-se Teachers (NASUWT) também traídos por esta tentativa cínica escreveu ao Secretário de de impedir que o problema do Estado, Nicky Morgan, lamentan-amianto nas escolas se torne um

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Cerca de uma centena de Durante o percurso, acompanha- "O nosso objetivo é sensibilizar

estudantes da Universidade do por alguns professores e as pessoas, sobretudo os jovens,

Pública de Cabo Verde (Uni-CV) funcionários da ENG, os estudan- para prestarem atenção na

marcharam no passado dia 11 de tes, vestidos maioritariamente quantidade de vidas que esta-

março pelas ruas da Cidade da de branco e laranja, empunha- mos perdendo devido à violên-

Praia em protesto contra a vam cartazes com frases como cia", afirmou, dizendo que,

violência e criminalidade no país "violência para quê?", "caminho “apesar das dificuldades, com

e exigiram medidas do Governo para a violência a 0% é justiça a esforço, dedicação e trabalho,

cabo-verdiano. 100%", "nós universitários consegue-se algo melhor em

queremos a paz", "o futuro está Cabo Verde”, afirmava Sílvia dos Além do protesto contra a sendo destruído" ou "a socieda- Reis, membro da Associação de violência e criminalidade, a de clama por justiça". Estudantes da ENG.m a rc h a , o rga n i za d a p e l a

Associação Académica dos Os estudantes, que gritavam A marcha arrancou em Achada

Estudantes da Esco la de ainda por "mais paz e menos Santo António, o bairro mais

Negócios e Governação (ENG) da violência" e "queremos justiça", populoso da Cidade da Praia e de

Uni-CV, serviu para os estudantes pediram ainda o fim da morosi- Cabo Verde e onde funciona a

homenagearem um colega, dade da justiça, considerado o ENG, percorreu algumas ruas e

Danielson Gonçalves, que foi maior constrangimento do setor terminou no Plateau, centro

assassinado no dia 10 de feverei- no país. histórico da capital cabo-

ro num dos bairros da Cidade da verdiana, com uma paragem em

Praia. frente ao Palácio da Justiça.

Estudantes em Cabo Verde marcharam contra a violência

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