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Conselho Regional do Norte - Câmara dos Solicitadores Edição 26 2010.Maio.31. BOLETIM INFORMATIVO Projecto para formação profis- sional 2 Plano de formação - 2010 3 Duvidas técnicas 5 O Pólo Sul 6 CRNorte inaugura instalações 8 Nesta edição: Crónica Nova sede 10 Divulgação Sessão de esclare- cimento 11 EDITORIAL José M. Antas Presidente Regional do Norte Caros Colegas, I No passado dia 31 de Maio o Conselho Regional do Norte promoveu a inauguração/apresentação das suas novas instalações. Estiveram presentes cerca de 100 convidados entre solicitadores dirigentes e formadores, o que muito nos apraz. De entre os convidados contamos com o Sr. Pre- sidente da Câmara, Sol. António Gomes da Cunha e com uma representação da CPEE. A direcção do CRNorte cumpriu uma promessa e deu resposta aos anseios de várias décadas para que tivéssemos uma sede digna dos créditos que os Solicitadores são merecedores e, ao mesmo tempo os serviços tivessem condições mínimas de qualidade de trabalho. Conforme foi afirmado nos discursos, pretende- se rentabilizar o espaço para a formação contí- nua quer dos solicitadores quer dos seus funcio- nários, pelo que está já em marcha a preparação de um programa para levar a cabo durante os próximos meses. Em conclusão estas são umas instalações que apesar de estarem afectas ao CRNorte são de todos nós, os Solicitadores de Portugal. II No passado dia 28 de Maio a Delegação de Círculo de Vila Nova de Gaia promoveu mais umas jornadas de esclarecimento e trabalho com vista à uniformização de procedi- mentos junto dos tribunais. Como vem sendo hábito nesta Delegação, a Cole- ga Ana Sousa, a quem desde já endereçamos os nossos agradecimentos por mais este evento, que contou com a presença do Presidente do Colégio de Especialidade e com Exmo. Sr. Dr. João Jorge Almeida com oradores. Na mesma senda de promoção de eventos do género sabemos que estão a ser organizados outros encontros idênticos, congratula-se o CRNorte por poder contar com Delegações acti- vas e atentas aos tempos que os solicitadores vivem. Para aqueles colegas menos atentos que dizem desconhecer o que são as delegações, para que servem e o trabalho que fazem, fica como exem- plo a seguir entre muitos outros, a Delegação de Círculo de Vila nova de Gaia. Aceitem Colegas um forte abraço de amizade. Delegação V.N.Gaia Organi- zou sessão de esclarecimento 12 Legislação 12

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Conselho Regional do Norte - Câmara dos Solicitadores Edição 26

2010.Maio.31.

BOLETIM INFORMATIVO

Projecto para formação profis-sional

2

Plano de formação - 2010 3

Duvidas técnicas 5

O Pólo Sul 6

CRNorte inaugura instalações 8

Nesta edição:

Crónica Nova sede 10

Divulgação Sessão de esclare-cimento

11

EDITORIAL

José M. Antas

Presidente Regional do Norte

Caros Colegas,

I

No passado dia 31 de Maio

o Conselho Regional do

Norte promoveu a inauguração/apresentação

das suas novas instalações. Estiveram presentes

cerca de 100 convidados entre solicitadores

dirigentes e formadores, o que muito nos apraz.

De entre os convidados contamos com o Sr. Pre-

sidente da Câmara, Sol. António Gomes da Cunha

e com uma representação da CPEE.

A direcção do CRNorte cumpriu uma promessa e

deu resposta aos anseios de várias décadas para

que tivéssemos uma sede digna dos créditos que

os Solicitadores são merecedores e, ao mesmo

tempo os serviços tivessem condições mínimas

de qualidade de trabalho.

Conforme foi afirmado nos discursos, pretende-

se rentabilizar o espaço para a formação contí-

nua quer dos solicitadores quer dos seus funcio-

nários, pelo que está já em marcha a preparação

de um programa para levar a cabo durante os

próximos meses.

Em conclusão estas são umas instalações que

apesar de estarem afectas ao CRNorte são de

todos nós, os Solicitadores de Portugal.

II

No passado dia 28 de Maio a

Delegação de Círculo de

Vila Nova de Gaia promoveu mais

umas jornadas de esclarecimento e

trabalho com vista à uniformização de procedi-

mentos junto dos tribunais.

Como vem sendo hábito nesta Delegação, a Cole-

ga Ana Sousa, a quem desde já endereçamos os

nossos agradecimentos por mais este evento,

que contou com a presença do Presidente do

Colégio de Especialidade e com Exmo. Sr. Dr.

João Jorge Almeida com oradores.

Na mesma senda de promoção de eventos do

género sabemos que estão a ser organizados

outros encontros idênticos, congratula-se o

CRNorte por poder contar com Delegações acti-

vas e atentas aos tempos que os solicitadores

vivem.

Para aqueles colegas menos atentos que dizem

desconhecer o que são as delegações, para que

servem e o trabalho que fazem, fica como exem-

plo a seguir entre muitos outros, a Delegação de

Círculo de Vila nova de Gaia.

Aceitem Colegas um forte abraço de amizade.

Delegação V.N.Gaia Organi-zou sessão de esclarecimento

12

Legislação 12

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Pág ina 2 BOLETIM INFORMATIVO Ed ição 26

Caros Colegas, Convidados e Amigos,

É para mim uma grande honra participar, na concretização deste projecto!

Trata-se da concretização de uma velha ambição colectiva!

A ambição dos Solicitadores, por umas instalações condignas e funcionais, que possam contribuir para melhorar a eficiência dos serviços e a eficácia do desem-penho profissional dos seus membros.

Muitos são os projectos para utilização destas instalações que consideramos excelentes!

- Esperamos que partilhem da nossa opinião!

De todo o modo, mais do que a qualidade das mesmas, interessa a qualidade da sua utilização!

Compete-me pronunciar ao nível da formação:

A este nível, somente ficaremos satisfeitos quando conseguirmos uma utilização de 6 a 8 horas diá-rias incluindo sábados, distribuída pelas várias áreas do conhecimento de intervenção privilegia-da dos Solicitadores e Agentes de Execução;

Propomo-nos:

- Organizar mensalmente seminários temáti-cos de superior interesse para os Solicitadores, Agentes de Execução e Estagiários, convidando oradores de reconhecido mérito;

- Organizar tertúlias mensais, alternadamente para Solicitadores e Agentes de Execução, a decorrer na primeira sexta-feira de cada mês em horário pós - laboral, sobre temas previamente anunciados, acompanhados por dois observadores convidados que se pronunciarão a final sobre as con-clusões da observação técnica e comportamental;

- Criar uma equipa de formadores “SOS” que, sujeita a marcação prévia, possa rapidamente intervir, no auxílio de Solicitador ou Agente de Execu-ção, formando e resolvendo determinada dificuldade, contribuindo, desse modo, para o bom desempenho profissional;

- Manter um plano para formação contínua sobre SISAAE, organizada por módulos, dirigida aos Agentes de Execução, Solicitadores, Estagiários ou Funcionários Forenses inscritos neste Conselho, mediante inscrição;

- Organizar - em datas próximas de exames - sessões para preparação das matérias de exame, destinadas a todos aos Solicitadores matriculados no Ensino Superior, contribuindo e incentivando à conclusão das licenciatu-ras;

- Organizar acções de formação de interesse geral, nomeadamente: infor-mática; inglês, francês; técnicas de expressão oral e escrita; contabilidade geral de entre outras;

A todos os que contribuíram para a concretização deste projecto manifestamo-nos reconhecidos. No entanto, queremos publicamente agradecer aos colabora-dores do Conselho Regional do Norte que tudo fizeram ao longo destes últimos dois meses – excedendo largamente as suas funções e horário de trabalho, ultra-passando limites razoáveis de cansaço – contribuindo decisivamente com o seu empenho e dedicação para que, hoje, tudo esteja perfeito, sem descurar o normal funcionamento dos serviços, o apoio aos 3 estágios em curso – representando cerca de 650 estagiários - e ainda a organização desta sessão de inauguração.

Sem esquecer o nosso dedicado Director de Serviços, Sr. Amadeu Monteiro, cha-mo a Chefe de Secção, Dª. Paula Lopes para, em representação de todas as suas colegas, receber do Sr. Presidente Regional do Norte uma singela, mas demons-trativa lembrança, da maior consideração e respeito dos dirigentes pelo excelen-te trabalho realizado.

A todos vós, o nosso reconhecimento e queremos que saibam que é enorme o privilégio de poder contar com o vosso profissionalismo, empenho e dedicação ao Conselho Regional do Norte e aos Solicitadores em geral.

Por fim, antecipadamente, agradecemos o empenho, a dedicação e profissionalis-mo de todos quantos chamados a colaborar, contribuirão para que atinjamos os nossos objectivos formativos:

- Contribuir para a eficácia e competência dos Solicitadores e A. E;

- Intervir eficazmente na resolução de dificuldades concretas da sua vida profissional;

- Contribuir para a eficácia dos seus escritórios, formando o seu pessoal;

- Continuar a protocolar com Estabelecimentos de Ensino Superior, incentivando os Solicitadores a terminarem licenciaturas, a frequentarem pós-graduações e Mestrados, elevando-se a qualidade da formação em geral;

- Sobretudo, contribuir pelo esforço, dedicação e competência de todos, por merecer e poder exigir o respeito pela nossa profissão!

Estamos cientes que os Solicitadores saberão aproveitar a dinâmica da formação e a vontade de vingar, honrando a nossa profissão pela competência.

A todos vós, muito obrigado pela vossa presença.

Discurso de Inauguração das instalações do C.R.Norte

�Projecto para Formação

Profissional

Fernando Rodrigues Vice-Presidente do CRNorte

A este nível, somente ficaremos satisfeitos quando conseguirmos uma utilização de 6 a 8 horas diárias incluindo sábados, distribuída pelas várias áreas do conhecimento de intervenção privilegiada dos Solicita-dores e Agentes de Execução

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Pág ina 3 BOLETIM INFORMATIVO Ed ição 26

Caros Colegas,

O prometido no dia da inauguração das novas instalações do Conselho Regional do Norte da Câmara dos Solicitadores é um compromisso assumido.

Atentos às necessidades dos Solicitadores, dos Agentes de Execução, dos Estagiários e dos Emprega-dos Forenses, se manterem em constante evolução e aperfeiçoamento de competências, pretendemos, aproveitando as excelentes instalações, dinamizar a formação, promover a discussão de ideias entre soli-citadores sobre temas do interesse colectivo e melhorar a prestação dos escritórios intervindo também na formação dos funcionários forenses.

Apesar do escasso tempo de preparação, já é possível sugerir um esboço do plano de actividades para os próximos meses que, no entanto, ainda carece de ser consolidado, admitindo-se que no próximo boletim informativo já seja possível apresentá-lo devidamente estabilizado:

PROPOSTA DE TRABALHO PARA PLANO DE FORMAÇÃO A REALIZAR NAS INSTALAÇÕES DO C. R. NORTE

Para Solicitadores em Geral:

Temas:

1) 10/07/2010 – 10,00 horas - O Processo Disciplinar Laboral:

(Inquérito/ Nota de Culpa/ Decisão/ San-ção/ Prescrição)

2) 09/10/2010 – 10,00 horas - O Secretário de Sociedade

3) 11/12/2010 – 10,00 horas - Meios de divulgação da actividade

(Publicidade própria e Institucional – Apoios)

Para Agentes de Execução:

Temas:

1) 11/09/2010 – 10,00 horas - A falta de pagamento das notas discriminativas de honorários e a acção executi-va;

2) 13/11/2010 – 10,00 horas – A responsabilidade do A. E.:

(Profissional/ Civil/ Depositário)

3) 09/01/2011 – 10,00 horas - O Processo Disciplinar Administrativo:

(Instauração/ Instrução/ Defesa/ Relató-rio/ Decisão)

SEMINÁRIOS:

Para Solicitadores em Geral:

Temas:

1) 03/09/2010 – 18,30 horas - DPA´s/ Depósito de Docu-mentos/ Roas/

Fiscalidade/Honorários

2) 05/11/2010 – 18,30 horas - O balcão Único: Publicidade/ Parcerias/

Estratégia

3) 07/01/2011 – 18,30 horas - O Futuro da Solicitadoria:

(Estab. de Ensino/Estágios/ Inscrição)

TERTÚLIAS MENSAIS:

Para Agentes de Execução:

Temas:

1) 02/07/2010 – 19,00 horas – Acção Executiva Dec. Lei 226/ com a presença do Presidente do Colégio de Especiali-dade de A.E., Armando Branco e do Dr. Jorge Almeida (Adjunto do Secretário de Estado da Justiça e da Moderniza-ção Judiciária), uma iniciativa da Delegação de Matosinhos – Sol. Ana Lopes;

2) 01/10/2010 – 19,00 horas – 1ª Fase (do saneamento

inicial à notificação da Fase 1 (Valor)

3) 03/12/2010 – 19,00 horas – A Agência de Execução:

(Estratégia nas Parcerias/ Sociedades )

1) GPESE/SISAAE:

- 3ªs feiras: pelas 18,00 horas

2) Matéria Fiscal/Contas/Contabilidade:

- 4ªs feiras pelas 18,00 horas;

3) Documentos Particulares Autenticados/ Registos:

- 5ªs feiras pelas 18,00 horas;

4) Processo Executivo:

- 6ª feiras pelas 18,00 horas;

Att: Sujeitas a marcação prévia pelos interessados, com pelo menos 72 horas de antecedência.

EQUIPA DE FORMADORES “SOS” PRESENTES NA CÂMARA:

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Pág ina 4 BOLETIM INFORMATIVO Ed ição 26

Relativamente aos espaços abertos para debate nos Seminários e nas sessões de Tertúlia, poderão os colegas utilizar o e-mail [email protected] para colocar questões prévias que pretendam ali ver esclarecidas ou debatidas.

Poderão ainda e é desejável que, através do referido e-mail, os colegas sugiram outras matérias a tratar e o formato de abordagem (Seminário, Tertúlia ou Módulos de Formação).

Esperando que à dinâmica da formação - própria e protocolada com algumas Universidades e Institutos Politécnicos – correspondam os Solicitadores, contribuindo em particular para melhorar a qualidade dos serviços prestados, para actualizar conhecimentos e para o bom desempenho das suas competências, e em geral para incentivar à conclusão de licenciaturas, às pós-graduações e aos mestrados, contribuindo todos e cada um por merecer e exigir o respeito pela nossa profissão.

Um forte abraço com Amizade, - Fernando Rodrigues - Vice-Presidente do CRNorte

Julho: Dias 03; 10; 24 e 31 (10/13 e das 15/18 horas)

Setembro: Dias 04; 11; 18 e 25 (10/13 e das 15/18 horas)

Nota: Datas e horários sujeitas a confirmação, face às datas dos exames;

AULAS DE APOIO PARA SOLICITADORES DE INCENTIVO À CONCLUSÃO DE LICENCIATURAS, SOBRE MATÉRIAS

DE EXAME:

ANÁLISE DOS TÍTULOS EXECUTIVOS

REQUERIMENTO EXECUTIVO- MOTIVOS DE RECUSA;

- REMESSA A DESPACHO LIMINAR;

- CONCLUSÕES/ REQUERIMENTOS;

- CONCLUSÕES: INICIO DE TRAMITAÇÃO

- FASE 1/ NOTIFICAÇÃO DA FASE 1

Nota: Datas a designar brevemente;

FORMAÇÃO PARA AGENTES DE EXECUÇÃO E SOLICITA-DORES SOBRE SANEAMENTO INICIAL DO PROCESSO EXE-

CUTIVO:

1) Elaboração de Contratos Particulares/ Termo de Autenticação/ Depósito de documentos/ Registos/ Obrigações Fiscais declarativas e contributivas;

2) Injunções/ Citius/ BNI

Notas: Datas, horários e condições a divulgar brevemente;

FORMAÇÃO PARA SOLICITADORES:

GPESE POR MÓDULOS:

1) Módulo de: Abertura de processo e Configurações (Utilizadores/ Tarefas/ Fiscalidade/ Clientes;

2) Módulo de: Movimentação de processos

3) Módulo de: Comunicações, digitalizações e anexos

4) Módulo de: Correio

5) Módulo de: Agenda e Estatística

6) Módulo de: Conta

7) Módulo de: Contabilidade Geral e Contabilidade do Processo

Nota: Datas, definições dos módulos e condições a divulgar breve-mente;

FORMAÇÃO PARA SOLICITADORES/ AGENTES DE EXE-CUÇÃO E PARA EMPREGADOS FORENSES SOBRE GPESE:

1) Técnicas de Expressão Escrita:

2) Informática:

3) Inglês:

4) Francês:

5) Contabilidade Geral;

Nota: Datas, horários e condições a designar brevemente;

FORMAÇÃO PARA EMPREGADOS FORENSES:

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[email protected]

IVA - TAXA REDUZIDA

Foi-nos colocada a questão de se saber se à verba 2.11 da Lista I anexa ao Código do IVA, mais concretamente numa acção executiva em que o Exequente exige do Executado o pagamento de créditos resultantes da sua relação laboral (salários e indemnizações) se aplica a taxa prevista na al. a) do n.º 1 do art.º 18º do mesmo Código.

Vejamos, então, o que diz a Lei:

Taxas

Artigo 18.º

Taxas do imposto lei:

1 - As taxas do imposto são as seguintes:

Para as importações, transmissões de bens e prestações de serviços

constantes da lista I anexa a este diploma, a taxa de 5 %;

………

LISTA I

BENS E SERVIÇOS SUJEITOS A TAXA REDUZIDA

2 - Outros:

2.11 - Prestações de serviços, efectuadas no exercício das profissões de

jurisconsulto, advogado e solicitador a reformados ou desempregados,

identificados como tais, às pessoas que beneficiem de assistência judiciá-

ria, a trabalhadores, no âmbito dos processos judiciais de natureza labo-

ral, e a qualquer interessado, nos processos sobre o estado das pessoas.

Não restam, pois, quaisquer dúvidas de que os serviços prestados por Solicitadores se enquadram na verba 2.11 da Lista I transcrita.

A Colega que colocou a questão foi, porém, mais minu-

ciosa na sua questão, ao referir que não constava dos autos que o Exequente era reformado ou desempregado e que não tinha requerido apoio judiciário.

Reside, aqui, a dúvida da Colega, ou seja, a de se saber se a norma se aplica a todos os trabalhadores ou só aos reforma-dos, desempregados, ou em estado de carência económica.

Salvo melhor opinião, e na parte que a Colega questio-

na, é nosso entendimento que os serviços prestados por Soli-

citadores a trabalhadores, no âmbito dos processos judiciais

de natureza laboral, estão sempre sujeitos à taxa reduzida do IVA, não havendo necessidade de qualquer prova, pois a mes-

ma advém do título executivo que deu origem à causa.

Consultor Vitor Silva

MOD. 11 DO IRS Foi-nos colocada a seguinte questão:

“Os Solicitadores são ou não obrigados a entregar o

modelo 11 (correspondente aos actos notariais)?

Se sim, quais os procedimentos?”

Cingindo-nos à questão fiscal, pois creio ser esse o seu alcance, vejamos o que diz o Código do IRS:

Artigo 123.º Notários, conservadores, oficiais de justiça e entidades e profis-

sionais com competência para autenticar documentos particu-lares

Os notários, conservadores, secretários judiciais, secretários técnicos

de justiça e entidades e profissionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem actos ou con-

tratos sujeitos a registo predial são obrigados a enviar à Direc-

ção-Geral dos Impostos, preferencialmente por via electrónica, até

ao dia 10 de cada mês, relação dos actos por si praticados e das deci-

sões transitadas em julgado no mês anterior dos processos a seu car-

go, que sejam susceptíveis de produzir rendimentos sujeitos a IRS,

através de modelo oficial.

(Redacção dada pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro)

Estamos, pois, a falar dos documentos particulares autenti-cados.

Assim, como é óbvio, a norma não se aplica a todos os Soli-citadores, mas apenas aos que autentiquem os DPA.

Relativamente aos procedimentos burocráticos, aconselho a leitura atenta do Boletim n.º 25, de Abril de 2010, do Conselho Regional do Norte.

Quanto à obrigação fiscal, a mesma será feita, preferencial-mente, por via electrónica, através do sítio das DGCI

https://www.portaldasfinancas.gov.pt

É o que se nos oferece dizer.

Consultor Vitor Silva

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Pág ina 6 BOLETIM INFORMATIVO Ed ição 26

Sendo Portugal um Estado de Direito Democrático, per-mite aos seus cidadãos aceder a um conjunto alar-

gado de direitos e deveres que regulam as suas vidas a nível nacional, entre eles, o Direito ao Voto ou participação do poder político. É sobre este que incide o nosso argumento.

O cidadão português goza do direito de poder escolher livremente e de forma soberana o candidato partidário que desempenhará funções governamentais durante um determinado período, em nome e em honra do país e dos cidadãos. A Constituição da República Portuguesa revela, deste modo, no seu artigo 10º/1 que, cabe ao povo cumprir por sufrágio universal, igual, directo, secreto e periódico, o direito que lhe assiste em participar democraticamente no poder político. O direito de sufrágio é pessoal e a nossa Lei Fundamental faz referência ao facto de que este constitui um dever cívico e, bem assim, um direito político (artigos 49º/2 e 109º da mesma). Assim, enaltece referir que, apenas constitui uma obrigação o recenseamento, para que os cidadãos portugueses possam exercer o direito de voto (artigo 113º/2 CRP).

Posto isto, é importante confrontar o que refere o nosso Estatuto Deon-tológico com a Lei Fundamental Portuguesa.

A Câmara dos Solicitadores é uma associação pública representativa dos solicitadores, que exerce as suas competências e atribuições em todo o território nacional, tal como menciona o artigo 1º/1 do Estatuto da Câmara dos Solicitadores.

Como todas as associações, é representada por órgãos e elementos que são eleitos através de um plano eleitoral, que compete aos próprios soli-citadores eleger através do exercício de voto.

O voto vem consagrado no artigo 18º do Estatuto. Preceitua o seu nº 1 que, têm direito a voto os solicitadores com inscrição em vigor na Câmara. Pois bem, ficam assim excluídos deste âmbito os solicitadores estagiários, bem como os solicitadores que têm a sua inscrição suspen-sa ou cancelada. Já no seu nº2, menciona-se que o voto é secreto, pes-soal e obrigatório. Faz parecer que existe aqui alguma contradição: como pode um direito que nos assiste ser imposto como uma obrigação?

De facto, a ausência do voto por parte de qualquer elemento da Câmara, obriga a que este dirija ao órgão competente a devida justificação com o motivo pelo qual não exerceu o seu “direito” de voto pois que, após a avaliação desse motivo justificativo, pode vir a ser penalizado através do pagamento de multa, ou mesmo pela aplicação de processo discipli-nar (artigo18º/5 do Estatuto).

A questão que se coloca é: porquê obrigar os membros da Câmara a exercer tal direito com obrigatoriedade? Vejamos.

São vários os argumentos utilizados tanto em prol do carácter facultati-vo do voto como do seu carácter obrigatório.

Em benefício do carácter facultativo do exercício do direito de voto

urgem vários argumentos. Por um lado, o voto, deve ser tido apenas como um direito, e não como um dever, e não deve ser exigido por parte de ninguém com obrigatoriedade pois, uma vez exigido, acaba por per-der uma das suas qualidades essenciais, referimo-nos ao facto, claro está, de este consistir na manifestação livre da vontade, ou seja, na manifestação da liberdade de expressão individual. Por outro lado, há quem invoque que o voto voluntário é mais proveitoso para a determi-nação da justeza da votação e para a consciência civil.

Em proveito da obrigatoriedade de voto, levantam-se argumentos que, de um modo geral, estão relacionados com a tradição democrática repu-blicana. Tal significa que o voto não deve ser tido tão-somente como um direito, mas também como um dever cívico. Constitui, em geral, um dever de participar da criação da chamada vontade geral, que almeja o interesse comum, neste caso, o interesse dos solicitadores, da Câmara como um todo. Outro dos argumentos invocados em prol da obrigatorie-dade é o crescente desinteresse pelas votações, o que faz com que o voto obrigatório seja como que a cura para um previsivelmente elevado nível de abstenção que, claro está, obstaria à subsistência saudável desta asso-ciação representativa de toda a classe dos solicitadores. Atente-se, com um propósito meramente comparativo, nos baixos níveis de assiduidade que se têm verificado nas últimas Assembleias/Reuniões – estas referen-tes a assuntos que respeitam a todos os solicitadores na sua conveniên-cia. Não fosse o voto obrigatório, e provavelmente o número de pessoas a votar seria igualmente diminuto em relação ao universo de solicitado-res existentes. Esta abstenção tornar-se-ia um problema grave, visto que, possivelmente, grande parte dos seus elementos exercem o voto por este ser obrigatório, uma vez que, na outra face da moeda, está em observân-cia uma sanção.

Ora, a Câmara, decerto, encara esta obrigatoriedade como forma de manter activo o papel do solicitador nos assuntos da associação, apli-cando o pagamento da multa como forma de demonstrar aos Solicitado-res que o voto protege os seus próprios interesses.

Cremos, quanto a isto, que devemos manter-nos activos e interessados pelos assuntos que realmente nos dizem respeito. Afinal, se não for o Solicitador a zelar e a lutar pela sua classe, ninguém o fará por nós. Temos de ter presente que é necessário ser participativo e estar cons-ciente de que o futuro da Câmara está nas nossas mãos e resulta da nos-sa dedicação a ela, pois o futuro é comprado pelo presente (Samuel Johnson), e o futuro da Câmara dependerá cada vez mais de sua capaci-dade de aprender colectivamente (Peter Senge).

Micaela Pedrosa

Rita Ferreira

Soraia David

O PÓLO SUL

Página de opinião e notícias dos Estagiários do Pólo de Leiria

(des)Obrigatoriedade de Voto

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Pág ina 7 BOLETIM INFORMATIVO Ed ição 26

Durante a passada campanha eleitoral para as

legislativas, o PS (Partido Socialista)

ergueu várias bandeiras, face à necessidade de angariar votos, nas quais

incluiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O PS assumiu esta proposta apesar da mesma ter gerado falta de consenso

quer entre deputados do próprio partido, quer diante os demais deputados

dos restantes partidos. Para além dos partidos, esta proposta gerou contro-

vérsia perante a população em geral, na medida em que, para muitos o casa-

mento entre pessoas do mesmo sexo é algo bizarro em que se está a contra-

riar o que é natural, para outros é algo normal e para outra parte este acto é

indiferente.

Ora, as posições conservadoras não são de pasmar, isto porque nesta pers-

pectiva a ideia de casamento consiste na via para a reprodução, em que o

garante dos valores morais conservadores é a família tradicional, uma vez

que esta é o núcleo mais pequeno da organização da sociedade. Ainda nesta

óptica conservadora e sociológica, a família é definida pelas funções sociais

que se espera que ela exerça, designadamente regular o comportamento

social, agir como grande centro do trabalho produtivo, proteger os filhos e

proporcionar apoio emocional aos adultos. Num sentido mais lato e menos

sociológico, o conceito de família define-se num conjunto de pessoas uni-

das pelos vínculos do casamento, parentesco, afinidade e adopção.

Para os mais conservadores o casamento entre pessoas do mesmo sexo não

é bem aceite, havendo quem defenda que os homossexuais não necessitam

de casar, podendo recorrer à figura jurídica da união de facto, ou até quem

diga que estes podem celebrar um contrato, mas que ao mesmo não deveria

ser dado o nome de casamento. Antagónico a estes pensamentos estão as

posições menos conservadoras, em que o casamento entre pessoas do mes-

mo sexo é aceite.

Face a tanta controvérsia cumpre-nos fazer uma pequena alusão ao tema,

numa perspectiva legal, sem querer ferir susceptibilidades, nem mesmo sus-

tentar uma opinião conservadora ou “open mind”.

A nossa lei fundamental, Constituição da República Portuguesa, designada-

mente no seu artigo 13º, nº 2, consagra que “Ninguém pode ser privilegia-

do, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qual-

quer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de ori-

gem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução situação eco-

nómica, condição social ou orientação sexual.”

Pelo que, por uma questão de coerência com a lei fundamental e porque do

referido preceito legal emerge o princípio da igualdade, os casais homosse-

xuais devem ter igual direito a celebrar um contrato de casamento, benefi-

ciando dos direitos que advém desse contrato.

Todavia, no que concerne ao direito de adopção esse fica somente reserva-

do à família constituída por casais heterossexuais.

A família tradicional há algum tempo que deixou ser como era e tal não se

efectivou devido ao surgimento do casamento entre pessoas do mesmo

sexo.

Apesar dos valores e padrões sociais estarem numa constante mudança, o

casamento entre pessoas do mesmo sexo não poderá ser deslindado face ao

casamento entre pessoas de sexo oposto. E com base no referido princípio

da igualdade está ao alcance dos casais homossexuais fruírem dos benefí-

cios fiscais e de herança, tal como os casais heterossexuais.

Em súmula, evidenciamos que a noção de casamento foi alargada o que

conduziu a uma abordagem diferente do conceito de família. No entanto, o

novo conceito de família não deverá ser discriminado, ou seja, de acordo

com o princípio da igualdade deverá ser aceite. Neste sentido existe uma

máxima que todos devemos ter bem presente, “a minha liberdade termina

quando começa a do outro”.

Célia Gonçalves

Marta Rosa

Telma Susana Silva

O PÓLO SUL

Página de opinião e notícias dos Estagiários do Pólo de Leiria

O Casamento Entre Pessoas do Mesmo Sexo

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Conselho Regional do NorteConselho Regional do NorteConselho Regional do NorteConselho Regional do Norte

Com naturalidadeCom naturalidadeCom naturalidadeCom naturalidade

Inaugura SedeInaugura SedeInaugura SedeInaugura Sede

No passado dia 31 de Maio decorreu, como fora anun-ciado, a inauguração das novas instalações do Con-selho Regional do Norte.

Sem pompa e circunstância, com a naturalidade das coisas sim-ples, foram os cerca de 100 convidados recebidos num digno Salão de razoáveis dimensões. Muitos membros de direcções anteriores, incluindo três Presidentes (José Manuel de Olivei-ra, Fernando Cardoso e Paulo Teixeira) fizeram questão de estar presentes, juntando-se aos actuais membros do Conselho Regional cujo aspecto, embora tranquilo, deixava transparecer a felicidade de quem cumpriu mais um objectivo.

Presente também, como tem vindo a fazer nos últimos tempos, o Presidente da Câmara dos Solicitadores, António Gomes da Cunha, cuja disponibilidade e afabilidade foram muito apreciadas.

Na apresentação, tendo por fundo uma cuidadosa projecção, referindo todos aqueles que anteriormente nos dirigiram e ambicionaram este dia, o Vice-Presidente Regional, Fer-nando Rodrigues, falou dos projectos de formação que virão a funcionar na nova sede: tertú-lias, seminários, sessões de informática, contabilidade e tantos outros que não vamos referir aqui e que o leitor poderá consultar noutro local do Boletim, já devidamente esquematizados e planeados. Depois agradeceu, muito especialmente, aos funcionários, o esforço efectuado, entregando à funcionária Paula Lopes uma pequena lembrança que simbolizava, simultanea-mente, uma merecida homenagem a todas as restantes colegas. Mais tarde, aliás, e já fora da cerimónia, entregaria uma flor a cada uma, símbolo do apreço que toda a direcção sente pelo trabalho desenvolvido.

António Gomes da Cunha referiu de seguida o seu agrado por estar presente neste acto e o seu apreço pelo trabalho, referindo que “no Norte a direcção funciona assim, sem alaridos, mas apresentando trabalho de vulto”.

José Antas, Presidente Regional do Norte, explicou, por fim, os passos dados até ao contrato ser assinado e concluiu explicando as vantagens que a sede nos trouxe: para além de outras, serviços num só local, com benefícios óbvios no trabalho e na coordenação; maior rentabilidade económica devido à existência de sala para aulas e conferências e de parque de estacionamento.

Seguiu-se uma visita guiada às instalações unanimemente consideradas como fun-cionais e adequadas às necessidades. Quem seguiu os colegas José Antas ou Fernando Rodri-gues e as suas explicações pôde verificar que a sede se desenvolve em três pisos: o inferior, com salão para seminários, conferências e formação, uma outra sala de informática, também para formação, e ainda o arquivo; um piso médio, para serviços administrativos, para a Sec-ção Regional Deontológica e processos; e, finalmente, no terceiro piso gabinetes para o chefe de serviços e para elementos da direcção e ainda salas de reuniões.

À visita seguiu-se um porto de honra, cá fora, num excelente espaço destinado a par-queamento. Mas a imaginação dos responsáveis virá certamente a dar-lhe outras utilizações porque, nos fins de tarde, é muito agradável. Que tal utilizá-lo nas tertúlias de Verão e Prima-vera?

Numa palavra final diremos apenas, certamente com justiça, que, com esta inaugura-ção, o actual Conselho Regional do Norte cumpriu praticamente todo o seu programa. E bem.

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LARGO DA PAZ, Nº 41

NOVA SEDE, E VENHA CÁ

D ada a minha inabilidade e carência de recursos expressivos para escrever uma crónica seguindo os cânones da lógica clássica, com a natural

marcação de tempos e o sagrado encarreiramento de assuntos, é natural que venha a ser censurado pelos leitores mais prosaicos, devido à eventual dificuldade que experimentarão com a movi-mentação das cenas ao longo do próprio texto. E, se assim o digo e escrevo, é porque conto que as afirmações em epígrafe me vão garantir, desta vez, um número razoável de leitores.

Um papagaio sem pernas era pouco provável nesta inau-guração, pesem embora as muitas acusações que se têm feito a considerável número de dirigentes da nossa Câmara de, em muito, se assemelharem a esta ave trepadora da família dos psitacídeos. Este papagaio foi o Luís Ribeiro que o trouxe para o parque de estacionamento da nova sede, arvorado em local de convívio no porto de honra, este, diga-se em abono da verdade, bastante mal servido de pastelinhos e tapas, embora razoavelmente servido de… servidoras. O papagaio não tinha pernas e o Luís não expli-cou quem lhas cortou, nem as circunstâncias da ocorrência. Valha a verdade que também não fez piadinhas de mau gosto, insinuan-do semelhanças, quanto à falta de pernas, com boa parte dos nos-sos dirigentes.

Por agora, vamos à inauguração e deixemos o papagaio. Mais para diante voltaremos à sua história se, para tanto, tempo houver. Por mim, tentarei não soçobrar, tomando, no decorrer desta crónica, uma posição eclética, alheia a qualquer parcialida-de.

No mês de Maio, a 13 e a 31, anunciavam-se para o Porto dois acontecimentos de suma importância: a visita do Papa e a inauguração da nossa sede. Estou a referir-me, obviamente à sede do Conselho Regional do Norte. À nacional lá iremos, com a cal-ma devida. Diga-se, em abono da verdade, que a visita do Papa passou quase despercebida face à inauguração da nossa sede, pas-se a imodéstia. E a verdade é que, já antes da hora aprazada, começaram a rumar ao número 41 da Rua da Paz, pendurados em vistosas gravatas de seda e embrulhados em fatos de bom corte, os colegas e convidados para esta sessão. E também as colegas e respectivas esposas (dos colegas), todas muito esbeltas e bem ape-raltadas. A receber tão ilustres pessoas, à entrada, esgalgado e muito digno, todo de escuro, acabado de sair de um quadro de El Greco, o chefe de serviços, Amadeu Monteiro. Do chefe de servi-ços, os convidados eram passados, de mão em mão, ao Presidente Regional do Norte, ao Vice-Presidente Regional do Norte, aos restantes membros do Conselho Regional do Norte, aos antigos membros do Conselho Regional do Norte, aos restantes convida-dos e assim sucessivamente.

Chegou então o Sr. Presidente da Câmara. Não, não se preocupem os leitores: prometi não dizer mal e vou cumprir. A verdade é que foi, para mim, uma grande alegria vê-lo nesta inau-guração. O abraço que me deu lembrou-me que nos une uma grande camaradagem, nos planos pessoal e cívico, a qual se man-tém, embora com os diferendos de quem, na tolerância e respeito mútuos que impõem um convívio sincero, não abdica de convic-ções ou atitudes opostas. Tenho, de resto, de reconhecer que, ten-do-o eu, por inúmeras vezes, de diversos modos e sob vários per-

sonagens, criticado e caricaturado neste Boletim, sempre reagiu com o sorriso de quem sabe que não está acima de críticas e as sabe encaixar, sendo, frequentemente, o primeiro a felicitar-me pelos textos publicados. A sua presença na nossa festa, a sua maneira de chegar e estar, a sua simpatia nos gestos e nas pala-vras, terão de ser contadas como um dos aspectos relevantes deste dia.

Mas chegou também o Luís Ribeiro. Não enfatado e engravatado, que o Luís não é do género. Trazia, claro, o papa-gaio, embora eu só desse por isso mais tarde entre um escasso pastelinho e uma descontraída tapa. Estava eu, a Maria João, a Helena Reis e a Márcia Passos que não tem a culpa de ser da Maia e só lhe falta ser solicitadora para ser a melhor e mais sim-pática pessoa do mundo. E chegaram outros, também à volta das tapas e de um golito de branco seco e saíram alguns e chegaram mais alguns outros (Já não se percebe quem é que lá estava, pois não? Então posso continuar sem comprometer ninguém, não vá o diabo tecê-las). Falou-se sobre a festa, sobre os convidados, sobre sedes e, claro, sobre dirigentes actuais e futuros.

Alguém estranhou que, em tempo de pré-campanha, não tivessem por ali passado os candidatos que Lisboa vem anuncian-do. Palavras são como cerejas e um outro afirmou que, na nossa Câmara se passa tudo na sala ao lado. E o Luís ia garantindo que lhe pediram 300 euros pelo papagaio mas que acabou por trazê-lo por 30. Um papagaio que, ao cabo e ao resto não vale nada.

- Como alguns dirigentes – disse alguém.

- Mas o papagaio, mesmo sem pernas, agarra-se bem ao poleiro – foi acrescentando o Luís que, quando quer, também sabe muito bem desconversar.

- E os outros não se agarram? – lhe tornou alguém. – Já agora, como é que o faz, se não tem pernas?

Ficámos então a saber que esta ave rara se prende ao poleiro por um apêndice, não pelo bico, mas por um outro, como pode. E ainda se referiu o Luís a um qualquer episódio que incluía um padeiro ou um leiteiro, não recordo bem. Não, não era, de cer-teza, nenhum dirigente da Câmara, referia-se a alguém que traba-lhava noite e dia.

Foi então que alguém (o Luís? O papagaio? Ou um ausente qualquer?) referiu que a festa o tinha impressionado mui-to bem. E lá foi contando:

- Foi bonito! Quando assomei à esquina do Largo da Paz, vi, à porta do 41, sair de um táxi, o Senhor Presidente da Câmara que se dirigiu à sede. Logo após, não vão acreditar, mas é a pura das verdades, logo após, também destinado à festa, parou um autocarro vazio. De lá de dentro saíram… todos os elementos do Conselho Geral!

Continua pag. seg. �

Nesta crónica não se fala nem da selecção nem do Cristiano Ronaldo…

Nem se diz mal do Senhor Presidente da Câmara dos Solicitadores,

Mas fala-se de um papagaio sem pernas e de trivialidades afins.

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SESSÃO SESSÃO SESSÃO SESSÃO DEDEDEDE ESCLARECIME ESCLARECIME ESCLARECIME ESCLARECIMENTONTONTONTO

Delegação do Círculo de Matosinhos,Delegação do Círculo de Matosinhos,Delegação do Círculo de Matosinhos,Delegação do Círculo de Matosinhos,

Realiza no próximo dia 2 de Julho, pelas 18,30 horas, nas instalações do CRNorte, sitas no Largo da Realiza no próximo dia 2 de Julho, pelas 18,30 horas, nas instalações do CRNorte, sitas no Largo da Realiza no próximo dia 2 de Julho, pelas 18,30 horas, nas instalações do CRNorte, sitas no Largo da Realiza no próximo dia 2 de Julho, pelas 18,30 horas, nas instalações do CRNorte, sitas no Largo da

Paz, nº41, Porto, uma Sessão de Esclarecimento.Paz, nº41, Porto, uma Sessão de Esclarecimento.Paz, nº41, Porto, uma Sessão de Esclarecimento.Paz, nº41, Porto, uma Sessão de Esclarecimento.

Com as presenças confirmadas de Armando Branco, Presidente do Colégio de Especialidade de Agentes de Execução e de Dr.Jorge Almeida, Adjunto do Exmº Senhor Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária.

Temas: Temas: Temas: Temas:

a) A lista Pública de Execuções a) A lista Pública de Execuções a) A lista Pública de Execuções a) A lista Pública de Execuções ---- Armando Branco, Agente de Execução;

b) Uniformização de procedimentos conducentes à agilização da Acção Executivab) Uniformização de procedimentos conducentes à agilização da Acção Executivab) Uniformização de procedimentos conducentes à agilização da Acção Executivab) Uniformização de procedimentos conducentes à agilização da Acção Executiva – Dr.Jorge Almeida, Adjunto do Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária.

Após a intervenção dos oradores, será aberto um período de debate

INSCRIÇÕES até 29 de Junho: Através de Email: [email protected] ; Fax: 22 205 41 40

Conselho Regional do Norte da Câmara dos Solicitadores

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- Ah! Isso não é de admirar. – Retorquiu-lhe um outro. – Basta lembrarmo-nos que estamos a falar de gente obstinada em criar o vazio. Como dizia o Guerra Junqueiro: “morreu a vinha, não dá uvas”. Chegou ao fim. Já não tem condições. É já pretéri-to. E o que é chato, é o pretérito imperfeito.

- Também não será tanto assim! – Respondeu o papa-gaio. – Este Conselho Geral, está longe de criar o vazio. A meu ver, e esta é que é a pura realidade, este Conselho Geral, pela sua actuação deu, até agora, todas as indicações de se estar a preparar para os grandes desafios do século XII.

Mais um pastelinho? Mais uma tapa? Mas onde é que anda o raio da gaja? Bem, paciência. Embora que se faz tarde. O resto da história do papagaio conto-a depois, que daqui a Alcoba-ça ainda é um estirão dos grandes. E o resto da inauguração, os discursos as visitas guiadas aos vários pisos? Isso fica para depois. Ou melhor: leia a narração noutra página do Boletim que houve de certeza um gajo qualquer que contou a história da mes-ma maneira igualzinha a todas as outras:

“ No passado dia 31 de Maio decorreu, como fora anun-ciado, a inauguração das novas instalações do Conselho Regio-nal do Norte.

Sem pompa e circunstância, com a naturalidade das coisas simples, foram, os cerca de 70 convidados, recebidos num

digno Salão de razoáveis dimensões. Muitos membros de direc-ções anteriores, incluindo três Presidentes (José Manuel de Oli-veira, Fernando Cardoso e Paulo Teixeira) fizeram questão de estar presentes, juntando-se aos actuais membros do Conselho Regional cujo aspecto, embora tranquilo, deixava transparecer a felicidade de quem cumpriu mais um objectivo”. Etc., etc., blá, blá, blá.

Ah! A propósito: Se vir por aí um papagaio sem pernas, e com um apêndice enorme que não é o bico, não comece com intenções. Aquilo é o treino de se agarrar ao poleiro. Não fale com ele que tem uma língua venenosa. Já não é do Luís. Vendeu-o à vizinha por 60 euros (o dobro do valor por que o comprou, vejam só!) Parece que se meteu com a leiteira (o papagaio, que não o Luís). Ou terá sido a vizinha que se meteu com o padeiro? Enfim: histórias de papagaios, que, além de brejeiras, nunca aca-bam.

E, já agora, a sede é na zona nobre do Porto, no número 41 do Largo da Paz. Vá visitá-la. Nós já lá fomos.

Timóteo de Matos

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R ealizou-se no passado dia 28 de Maio, no Auditório da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia uma sessão de esclarecimento e de formação, contan-

do com as presenças dos oradores Presidente do Colégio de Especialidade de S.E./A.E., Colega Armando Branco e do Dr. Jorge Almeida (Adjunto do Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária), respectivamente tendo abrangido os assuntos A LISTA PÚBLICA DE EXE-CUÇÕES e a UNIFORMIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS CONDUCENTES À AGILIZAÇÃO DA ACÇÃO EXECUTIVA.

Encontraram-se presentes Colegas das mais varia-das Comarcas (Aveiro, Coimbra, Espinho, Gondomar, Matosinhos, Melgaço, Oliveira de Azeméis, Paços de Fer-reira, Paredes, Porto, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia e Viseu, num número total de 26, bem como uma representante do Sr. Secretário Judicial do Tribunal Judicial de Vila Nova de Gaia, Oficial de Justiça Srª D. Lurdes.

Não podendo deixar de lamentar a pouca adesão dos Colegas do Círculo Judicial, manifesta-mos o sucesso da reunião porquanto foi possível aferir as eventuais divergências estatísticas relacionadas com a acção executiva e bem assim o estabelecimento de metodo-logias conducentes à sua desmistificação e harmonização.

Dadas as singulares características deste Círculo Judicial no que à execução diz respeito, foi manifestada a pretensão de uma “actuação piloto” capaz de servir de exemplo às restantes Comarcas, a qual depende essencial-mente do apoio e colaboração de todos os Colegas.

Muito nos honrou a presença do Exmº 1º Vice-Presidente do Conselho Geral (Fernando Cardoso) e dp Exmº Presidente do Conselho Regional Norte (José Antas) que manifestaram a sua total concordância com as propos-tas apresentadas, tendo em vista a chegada a bom porto das intenções e perspectivas desta Dele-gação.

Ana Sousa - Presidente da Delegação do Círculo de Vila Nova de Gaia da Câmara dos Solicitadores

DELEGAÇÕES DO CRNorte

VILA NOVA DE GAIA

Sessão de esclarecimento

Legislação publicada entre 3 e 31 de Maio de 2010

PORTA 65 –ARRENDAMENTO POR JOVENS

Portaria n.º 277-A/2010. D.R. n.º 99, Suplemento, Série I de 2010-05-21 - Regulamenta o Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de Setembro,

alterado pelos Decretos-Leis n.os 61-A/2008, de 28 de Março, e 43/2010, de 30 de Abril, que cria o programa de apoio financeiro Por-

ta 65 - Arrendamento por Jovens

JULGADOS DE PAZ

Portaria n.º 282/2010. D.R. n.º 101, Série I de 2010-05-25 - Aprova os regulamentos dos procedimentos de selecção de mediadores de

conflitos para prestar serviços de mediação nos julgados de paz e no âmbito dos sistemas de mediação familiar e laboral e revoga a

Portaria n.º 479/2006, de 26 de Maio