boletim informativo gecei 8ª edição

3
1 Checklist para exportação e importação Boletim Bimestral (Edição Especial): Setembro/Outubro 2014 O GECEI foi à Receita Federal de Piracicaba, para buscar maiores informações para os empresários que comercializam com o exterior e/ou pretendem fazê-lo. Assim, nesta edição, o grupo apresenta aos empreendedores um checklist geral dos procedimentos de exportação e importação, promovendo uma difusão deste processo e das fontes de informações para os interessados. Elencamos cinco passos para exportar e importar, aos quais as empresas devem se atentar ao longo do processo: 1) Conhecer a legislação básica de comércio exterior, presente no Regulamento Aduaneiro (RA). Para que o empreendedor não tenha tantas dificuldades, deve procurar orientações nessa legislação, evitando cometer erros simples. 2) Conhecer as MODALIDADES do processo. Tanto para exportação quanto para importação, há diferentes regimes. Na exportação, duas: direta (casos com possível isenção fiscal) ou indireta (por meio de trading companies). Na importação, duas: para consumo (parte de processo produtivo ou revenda) ou como admissões especiais diversas. 3) Conhecer a classificação de mercadorias. Erros na classificação dos produtos exportados ou importados podem bloquear ou atrasar o processo, incorrendo em aumento dos custos da operação. 4) Habilitar-se no SISCOMEX. As operações de exportação e importação, no Brasil, são realizadas pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX). Para que as empresas tenham acesso ao SISCOMEX, há dois procedimentos de cadastro. O primeiro é no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR), onde a Receita Federal do Brasil (RFB) realiza checagens cadastrais e fiscais e coíbe atos ilícitos. O cadastro no RADAR pode ser Simplificado (até três despachos num ano e até US$ 25.000 FOB) ou Ordinário (operadores regulares). O segundo cadastro ocorre automaticamen- te após a primeira operação: trata-se do Registro de Exportadores e Importadores (REI). 5) Conhecer o passo a passo da documentação. Exportação e Importação exigem procedimentos semelhantes para o devido despacho aduaneiro da mercadoria envio ao exterior ou nacionalização da mercadoria. Documentação para exportação: • Registro de Venda (RV): necessário quando são mercadorias negociadas em bolsa. • Registro de Crédito (RC): quando a venda tiver pagamento para mais de 360 dias, o Banco Central entende como financiamento e, por isso, exige controle específico. • Registro de Exportação (RE): após incluir no RE os códigos e principais informações referentes à RV e RC, o exportador (ou representante legal) deve inserir informações comerciais, financeiras, fiscais e cambiais. • Declaração de Exportação (DE): registrada com a carga em presença de órgão fiscal. Com validade de 60 dias, pode conter mais de um RE, desde que do mesmo exportador, na mesma moeda e no mesmo incoterm (condição de venda). • Presença de carga: após realizar a DE, o órgão competente registra a presença de carga no SISCOMEX (o exportador pode registrá-la se não estiver em alfândega). • Parametrização no SISCOMEX: após registrar a DE, o Sistema seleciona um canal de fiscalização verde (recepção dos documentos), laranja (recepção e verificação dos documentos), vermelho (recepção e verificação dos documentos e conferência física da carga). Averbação do embarque: procedimento automático de confirmação de envio. • Comprovante de Exportação (CE): sempre que solicitado, é emitido pela autoridade fiscal ou pelo SISCOMEX. As mercadorias são consideradas exportadas (desembaraçadas). É o fim do processo de despacho aduaneiro. Vale ressaltar que há casos especiais e que exigem outros documentos, por exemplo, se a exportação for relativa a plantas nativas ou animais pode haver legislação específica referente a órgãos como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Figura 1- Documentação para exportação Ano II 8ª Edição Por: Guilherme Augusto Nery de Andrade e Jéssica Juliana Bortoletto Boletim Informativo Piracicaba e região Fonte: Morini et al. (2012)

Upload: geceiesalq

Post on 06-Apr-2016

218 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Boletim Informativo GECEI 8ª edição

1

Checklist para exportação e importação

Boletim Bimestral (Edição Especial): Setembro/Outubro 2014

O GECEI foi à Receita Federal de Piracicaba, para buscar maiores informações para os empresários que comercializam com o exterior e/ou pretendem fazê-lo. Assim, nesta edição, o grupo apresenta aos empreendedores um checklist geral dos procedimentos de exportação e importação, promovendo uma difusão deste processo e das fontes de informações para os interessados. Elencamos cinco passos para exportar e importar, aos quais as empresas devem se atentar ao longo do processo: 1) Conhecer a legislação básica de comércio exterior, presente no Regulamento Aduaneiro (RA). Para que o empreendedor não tenha tantas dificuldades, deve procurar orientações nessa legislação, evitando cometer erros simples. 2) Conhecer as MODALIDADES do processo. Tanto para exportação quanto para importação, há diferentes regimes. Na exportação, duas: direta (casos com possível isenção fiscal) ou indireta (por meio de trading companies). Na importação, duas: para consumo (parte de processo produtivo ou revenda) ou como admissões especiais diversas. 3) Conhecer a classificação de mercadorias. Erros na classificação dos produtos exportados ou importados podem bloquear ou atrasar o processo, incorrendo em aumento dos custos da operação. 4) Habilitar-se no SISCOMEX. As operações de exportação e importação, no Brasil, são realizadas pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX). Para que as empresas tenham acesso ao SISCOMEX, há dois procedimentos de cadastro. O primeiro é no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR), onde a Receita Federal do Brasil (RFB) realiza checagens cadastrais e fiscais e coíbe atos ilícitos. O cadastro no RADAR pode ser Simplificado (até três despachos num ano e até US$ 25.000 FOB) ou Ordinário (operadores regulares). O segundo cadastro ocorre automaticamen-te após a primeira operação: trata-se do Registro de Exportadores e Importadores (REI). 5) Conhecer o passo a passo da documentação. Exportação e Importação exigem procedimentos semelhantes para o devido despacho aduaneiro da mercadoria – envio ao exterior ou nacionalização da mercadoria.

Documentação para exportação: • Registro de Venda (RV): necessário quando são mercadorias negociadas em bolsa. • Registro de Crédito (RC): quando a venda tiver pagamento para mais de 360 dias, o Banco Central entende como financiamento e, por isso, exige controle específico. • Registro de Exportação (RE): após incluir no RE os códigos e principais informações referentes à RV e RC, o exportador (ou representante legal) deve inserir informações comerciais, financeiras, fiscais e cambiais. • Declaração de Exportação (DE): registrada com a carga em presença de órgão fiscal. Com validade de 60 dias, pode conter mais de um RE, desde que do mesmo exportador, na mesma moeda e no mesmo incoterm (condição de venda). • Presença de carga: após realizar a DE, o órgão competente registra a presença de carga no SISCOMEX (o exportador pode registrá-la se não estiver em alfândega). • Parametrização no SISCOMEX: após registrar a DE, o Sistema seleciona um canal de fiscalização – verde (recepção dos documentos), laranja (recepção e verificação dos documentos), vermelho (recepção e verificação dos documentos e conferência física da carga). • Averbação do embarque: procedimento automático de confirmação de envio. • Comprovante de Exportação (CE): sempre que solicitado, é emitido pela autoridade fiscal ou pelo SISCOMEX. As mercadorias são consideradas exportadas (desembaraçadas). É o fim do processo de despacho aduaneiro. Vale ressaltar que há casos especiais e que exigem outros documentos, por exemplo, se a exportação for relativa a plantas nativas ou animais pode haver legislação específica referente a órgãos como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Figura 1- Documentação para exportação

Ano II 8ª Edição

Por: Guilherme Augusto Nery de Andrade e Jéssica Juliana Bortoletto

Boletim Informativo

Piracicaba e região

Fonte: Morini et al. (2012)

Page 2: Boletim Informativo GECEI 8ª edição

2

Documentos para importação: • Licença de Importação (LI): quando a mercadoria é sujeita a con-trole específico. • Registro de Operação Financeira (ROF): Há três condições sob as quais o ROF é exigido. São elas: importações com prazo de paga-mento superior a 360 dias; arrendamento mercantil, aluguel e fre-tamento; e pagamento antecipado por tecnologia. • Presença da carga: para carga importada pelo modal aéreo, o documento é obtido em um sistema paralelo ao SISCOMEX e, para demais modais, no próprio SISCOMEX. • Declaração de Importação (DI): após a chegada da carga, é emiti-da a DI. Casos especiais preveem que a DI possa ser feita antes da carga chegar: produtos inflamáveis, corrosivos, radioativos, seres vivos, produtos perecíveis, entre outros. Na DI, a carga pode estar sob dois regimes: para consumo ou em condições legais especiais. • Parametrização no SISCOMEX: de forma análoga às exportações, o sistema seleciona um canal para fiscalização – verde, para recep-ção dos documentos; amarelo para recepção e conferência dos documentos; vermelho para recepção e conferência de documen-tos e conferência física da carga; e cinza, para o mesmo controle do canal vermelho quando existe suspeita ou indício de fraude de qualquer tipo. • Comprovante de Importação (CI): após a parametrização, o im-portador emite o CI diretamente no SISCOMEX.

Figura 2 - Documentação para importação

Quadro 1 - Sugestões de fontes para maiores informações

Entraves e barreiras ao comércio internacional

Entrevistado: Fábio de Vasconcellos Aquino Bacharel em Relações Internacionais, Mestre em Desenvolvimento Econômico e Professor Titular do Curso de Negócios Internacionais da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP). Por: Guilherme Augusto Nery de Andrade e Jéssica Juliana Bortolet-to Pergunta 1. Em sua opinião, quais as principais dificuldades en-

contradas por exportadores e importadores, no que se refere as

normas regulamentadoras desses processos? O que se pode espe-

rar de iniciativas, tanto dos órgãos controladores competentes,

como Anvisa e Inmetro quanto dos exportadores e importadores,

a fim de se suplantar tais dificuldades?

Em minha opinião as dificuldades advêm, por um lado, da própria

complicação das normas em si. Nossa sistemática do comércio exte-

rior é informada por um regulamento aduaneiro de mais de 800

artigos, além de um grande número de instruções normativas, por-

tarias e decretos, dispersos pelos diversos órgãos anuentes de nos-

sa estrutura do comércio exterior. Por outro lado, a falta de conhe-

cimento desses meandros burocráticos por parte dos importadores

e exportadores também impõe dificuldades. Portanto, as iniciativas

que devemos esperar são no sentido de se defrontar com esses

dois problemas. Da parte dos órgãos controladores seria de grande

contribuição uma simplificação constante (os meios tecnológicos

devem estar aí para ajudar) em seus processos; uma comunicação

melhor sobre sua atuação; e, ainda, uma tentativa de unificação de

normas dispersas em algo como um Código Aduaneiro (semelhante

aos códigos civil, penal, etc.). Já aos exportadores e importadores

cabe a busca por uma capacitação e melhora constante de seus

conhecimentos e informações sobre a área e suas normas.

Pergunta 2. Depois de valores tímidos nos últimos dois anos prin-

cipalmente no lado das exportações, quais suas expectativas para

o comércio exterior brasileiro?

A meu ver, ainda estamos no rescaldo da crise internacional inicia-

da em 2007, com auge entre 2009 e 2010. O padrão de crescimento

mundial ainda não está bem definido. Os EUA parecem estar recu-

perando seu crescimento, mas muito graças à sua política monetá-

ria expansionista (juros a quase 0%) que o FED já dá sinais de alterar

em breve. A China, apesar de ainda ser o país que mais cresce (e

muito provavelmente continuará sendo), tem dado sinais de dimi-

nuição do seu ritmo de crescimento. Principalmente diante de um

processo eleitoral tão acirrado, é arriscado nos comprometer com

previsões. No entanto, é certo que se o Brasil pretende melhorar

sua posição nas exportações mundiais, necessita tomar um cami-

nho que se aproveite da demanda mundial sempre existente para

commodities, mas que também busque uma participação mais ativa

em setores de maior valor agregado, com maior participação de

exportações industriais.

Pergunta 3. No que se refere à acurácia no procedimental em co-

mércio exterior, como você avalia o desempenho nacional? O que

citaria como ações de estímulo e de aprimoramento na prática do

comércio internacional?

Em aulas, costumo enfatizar para os alunos as duas grandes etapas

envolvidas no comércio exterior: a negociação e o processo. A pri-

meira, como o nome sugere, diz respeito à negociação em si, envol-

vendo a busca de fornecedores/compradores, as pesquisas de mer-

cados, a busca por apoios, dentre outros. Já a parte de processo é

essa relativa ao procedimental aduaneiro, logístico e de pagamen-

tos. Pensando em procedimental aduaneiro o Brasil, como já apon-

tado em pergunta anterior, possui um sistema administrativo e

aduaneiro para importações e exportações que é informado por

uma legislação complicada. Em termos de sistemática do comércio

exterior o Brasil ainda caminha em direção a um uso da tecnologia

(principalmente integrada no SISCOMEX) que facilite e acelere essa

etapa procedimental. Peguemos o próprio SISCOMEX como exem-

plo: o sistema já possui interfaces em plataforma web, mas que

Fonte: Morini et al. (2012)

Fonte: Elaboração dos autores.

Legislação Básica

Todas as atividades relacionadas às empresas e aos órgãos envolvidos em comércio exterior, no Brasil, são regidas pelo Regulamento Aduaneiro (RA), disponível no link do endereço eletrônico da Receita Federal: http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/decretos/2002/dec4543.htm

Modalidades do processo

O livro consolidado pela Secretaria de Comércio Exterior em parceria com a Editora Aduaneiras: “Normas Administrativas – Importação, Drawback e Exportação” é indicação para os interessados nos diferentes regimes de exportação e importação, com destaque para o regime de Drawback.

Classificação de mercadorias

É possível acessar a instrução normativa do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias por meio do link: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2006/in6972006.htm.

Manuais aduaneiros (SISCOMEX)

Existem manuais no endereço eletrônico da Receita Federal que orientam os importadores, exportadores, transportadores, depositários e demais intervenientes. O “Guia do Siscomex” descreve todos os procedimentos necessários nas diversas etapas do despacho. Esses podem ser acessados pelo link: http://www.receita.fazenda.gov.br/manuaisweb/default.htm

Documentação “Manual de Comércio Exterior” de Cristiano Morini, Regina Célia Faria Simões e Valdir Iusif Dainez. Editora Alínea, 2011.

Page 3: Boletim Informativo GECEI 8ª edição

3

ainda não realiza todas as operações, tornando o uso de versões

anteriores ainda necessário. Na Coréia do Sul, por exemplo, se com-

pleta um despacho de importação via smartphone em pouco mais

de duas horas. O Brasil deveria buscar caminhar nesse sentido: utili-

zar-se da tecnologia para facilitar seus processos (além de, como já

citado, facilitar a parte de normas legais).

Pergunta 4. Em sua opinião, qual a modalidade de barreiras técni-

cas que constitui o maior obstáculo para os exportadores brasilei-

ros e por quê?

A linha que separa o uso de uma barreira técnica como a preocupa-

ção de um país com as diversas dimensões do que seria sua seguran-

ça nacional, do uso como medida para frustrar o livre comércio, é

muito tênue. Assim, mais do que qualificar um tipo de barreira téc-

nica (técnica, propriamente, ou sanitária e fitossanitária) como mai-

or do que outro tipo, prefiro olhar para o quanto as definições espe-

cíficas de cada país receptor de nossas exportações são não-

transparentes, não embasadas em normas internacionalmente acei-

tas ou envolvem procedimentos por demais dispendiosos.

Pergunta 5. Exportações (de produtos básicos) para os mercados

de países centrais, como América do Norte e União Europeia, depa-

ram-se com diversas barreiras, tanto tarifárias quanto técnicas.

Assim, em termos de compliance com as exigências dos principais

mercados, como você avalia a posição dos exportadores brasileiros

em relação a países concorrentes, como China, membros do Mer-

cosul e membros do MIST?

Apesar das barreiras tarifárias e não-tarifárias nos mercados cen-

trais, dada a competitividade da produção agrícola brasileira, nossos

produtos ainda conseguem adentrar – as vezes com mais, as vezes

com menos dificuldades – nesses importantes mercados. Como não

tenho dados que mostrem o deslocamento de exportações brasilei-

ras desses mercados pelos concorrentes citados, devido às questões

relativas a barreiras técnicas, não posso avaliar a posição do Brasil

com relação aos mesmos. O Brasil conta com dois pontos de apoio

com relação a esse tema, e a melhora da compliance brasileira com

tais exigências passa pelo aprofundamento do trabalho de ambas.

Em termos de barreiras técnicas, o Brasil conta, no Inmetro, com o

Ponto Focal de Barreiras Técnicas às Exportações, que não só auxilia

o exportador a conhecer as barreiras existentes (as legais, garanti-

das pela OMC), mas que também serve como canal de contato para

o exportador denunciar alguma barreira (ilegal, exorbitante, não

transparente, não embasada em normas internacionalmente acei-

tas). Já para a questão das barreiras sanitárias e fitossanitárias, con-

tamos com Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agri-

cultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/MAPA) e a Agência Nacional

de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (Anvisa/MS).

Pergunta 6. Como o senhor avalia as barreiras tarifárias e técnicas

adotadas pelo Brasil? Em sua opinião, a imagem de um Brasil pro-

tecionista é obrigatoriamente prejudicial aos exportadores e im-

portadores brasileiros?

O Brasil de fato é um país com um imposto de importação ainda

relativamente alto (diminuindo, mas ainda alto se comparado a ou-

tros países, principalmente emergentes), além de outros tributos

que oneram principalmente as importações. Com relação às barrei-

ras técnicas, o Brasil busca, também através do INMETRO, o cumpri-

mento do Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio da OMC

(TBT). De fato, a imagem de protecionista não é a melhor para os

importadores e exportadores, mas acima de tudo, não é bom para o

Brasil em si, se tomada isoladamente. No entanto, muito do prote-

cionismo brasileiro é uma tentativa de barganha frente ao mundo

desenvolvido que ainda insiste em buscar formas de se proteger das

exportações agrícolas dos países em desenvolvimento. Na minha

opinião, e vocês encontrarão tanto outras a favor como outras con-

tra, uma abertura irrestrita (sem a contrapartida de uma maior libe-

ralização de produtos primários) seria mais prejudicial ao exportador

e importador brasileiro, e ao Brasil em si, do que a manutenção de

certo protecionismo frente um mundo desenvolvido que também

não se abriu completamente às nossas exportações.

Nota

Realização do seminário: “Efeitos da Regulação Técni-ca no Comércio de Produtos Industriais”, com Fernan-do Goulart (INMETRO) e Bruno Lima (FIESP). O evento ocorrerá no dia 05/11/2014, a partir das 19h na sala BM&F- Pavilhão de Economia - Campus da ESALQ/USP. Inscrições até: 03/11/2014, por meio do link: goo.gl/cxCFMQ Para mais informações: [email protected] ou https://www.facebook.com/events/1490131187918650/?fref=ts.

Equipe

Aline Fernanda Soares

Ariane de Oliveira Marcelino

David Henrique Teixeira da Costa

Geiziane Amelia Mendes

Guilherme A. N. de Andrade

Gustavo Vitti

Isabella G. F. de Souza

Jéssica Juliana Bortoletto

Luana Bede Fricks

Marcello Luiz de Souza Jr.

Mariana Tófoli da Silva

Paulo Henrique Trasferetti Rosa

Rodrigo Damasceno

Tarik Canaan Thome Tanus

Agradecimentos a:

Fábio de Vasconcellos Aquino

Contato: [email protected]

É autorizada a transmissão do conteúdo disponibilizado neste informativo, sendo obrigatória a citação da fonte: "Boletim de

Comércio Internacional – elaborado pelo Grupo de Extensão em Comércio e Economia Internacional (GECEI), da Esalq/

USP".

Prof. Coordenadora

Sílvia Helena Galvão de Miranda