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Boletim Extra VI CMATIC 2009 Belém/PA Estação das Docas - 6 a 9 de dezembro

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Boletim ExtraVI CMATIC 2009

Belém/PAEstação das Docas - 6 a 9 de dezembro

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro do Trabalho e EmpregoCarlos Lupi

FUNDACENTRO

PresidenteJurandir Boia Rocha

Diretor ExecultivoEduardo Azeredo Costa

Diretor TécnicoJófilo Moreira Lima Júnior

Diretor de Administração e FinançasHilbert P. Ferreira

Assessoria de Comunicação SocialAlexandra Rinaldi - jornalista enviada

a Belém do Pará

FotosEdson dos Anjos e Leordino Gomes

Arte: Aline SouzaEstagiária da ACS

Durante a solenidade de abertura do VI Congresso Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, realizado de 6 a 9 de dezembro, representantes dos trabalhadores,

dos empregadores e governo reafirmaram a importância de se manter as relações tripartites em prol da segurança e saúde do trabalhador

O Congresso, aberto pelo representante dos empregadores, Fernando José Hoyos Bentes,

do Sinduscon Pará, foi reforçado com a fala de que a participação tripartite deve ser uma constante busca para melhores condições no ambiente de trabalho. Para Bentes, essas relações se reafirmam como “um laço de compromisso e de intercâmbio entre os 3 segmentos”.

A visão do representante dos trabalhadores, Valdemar Pires de Oliveira da CUT, que dedica 20 anos de sua vida profissional defendendo os interesses dos trabalhadores é mais crítica no que se refere às condições de trabalho na indústria da construção. Para Oliveira, o desafio não é só manter as relações tripartites, mas acima de tudo, proteger o trabalhador da terceirização, que por sua vez leva à precarização.

Dados da própria CUT revelam que

64% dos trabalhadores na indústria da construção estão na informalidade. “A nossa defesa será em prol do empresário que defende a vida. Nisso se inclui a defesa por melhores salários e redução na jornada de trabalho, ao invés de obrigar o trabalhador a usar bota e capacete”, colocou Valdemar. E complementa com a qualificação, em alusão ao DVD exibido durante a abertura do Congresso e produzido pela Fundacentro sobre o projeto ENAT – Escola Nacional do Trabalhador, que considera fundamental para a conscientização dos trabalhadores frente aos acidentes do trabalho.

Laércio Fernandes Vicente da Força Sindical, compartilha da mesma visão de dar continuidade ao tripartismo. Para ele, já há uma consolidação dessas três relações, porém, com um diferencial que está na bancada do governo que representa o Estado. “O governo precisa atuar mais

frente à SST, como, por exemplo, acelerar a implementação do FAP, para que sirva de estímulo aos trabalhadores e de alerta aos empresários”, conclui.

O presidente da CNTI e Nova Central, José Calixto Ramos fez uma reflexão sobre o tripartismo e observou a falta de alinhamento entre os três segmentos e fez uma alusão ao número de participantes dos Congressos realizados anteriormente e como está no dias atuais: por volta de 600 profissionais. Calixto observa ainda que falta mão-de-obra especializada na construção civil e que o setor necessita de mais oferta de trabalho e educação profissional.

Vicente da Força: “O governo precisa atuar mais frente à SST”

Boletim Extra VI CMATIC 3Dezembro / 2009

Congresso da Construção reafirma compromisso tripartite

VI CMATIC: abertura contou com a presença de representantes das três bancadas

Calixto da CNTI e Nova Central

Impedido de comparecer ao evento, o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, foi representado por Luis Carlos Correa, da Superintendência Regional do Trabalho do estado do Pará, além da presença de Domingos Lino, do Ministério da Previdência Social.

Ao final do evento, a Conferência Magna apresentada pelo professor Oswaldo Luiz Quelhas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, abordou a sustentabilidade organizacional e o sistema de gestão de SST para o trabalho decente.

A palestra mostrou como as grandes multinacionais vêm perdendo seus funcionários que se suicidam em decorrência do excesso de trabalho, causado pelo consumo desenfreado da sociedade que por sua vez, eleva os níveis de exigência nos sistemas de produção.

O primeiro dia do Congresso foi encerrado com a conclusão dos Fóruns Regionais Preparatórios e com a tradicional dança regional, o Carimbó e a Lenda do Boto, contada na região Norte do país, em especial, na Amazônia, que transforma o boto em um homem bonito e forte, um caboclo vestido de branco que atrai as moças, especialmente nas festas realizadas em junho.

Dias: “1 acidente de trabalho ocorre a cada segundo”

A cada segundo no mundo, morre 1 trabalhador, de acordo com dados

apontados pela Organização Internacional do Trabalho.

Luis Dias, engenheiro e consultor do organismo internacional, durante palestra apresentada sobre a Convenção 167, ressaltou que além dos acidentes ocorridos a cada segundo, 60 mil são fatais.

Na construção civil, e em especial na Convenção 167 observa-se que em canteiros de obras de países como China, Japão e Estados Unidos, todos os que trabalham em uma obra são envolvidos; desde os empregadores até os trabalhadores, com o objetivo de discutir a obra desde o início até o momento da execução.

07/12 (manhã) – Painel: “Convenção 167 - A Implementação das Diretrizes da OIT sobre SST um enfoque tripartite”

4 Boletim Extra VI CMATIC Dezembro / 2009

Durante a apresentação de Domingos Lino do Ministério da

Previdência Social, o tema do painel esteve voltado para compreender

os efeitos do NTEp e FAP, assuntos controversos e que ainda geram polêmica entre trabalhadores, empregadores e governo. Além dos novos modelos propostos, a platéia levantou uma questão referente aos médicos que acumulam duas funções: médico perito do INSS e médico da própria empresa. Para Lino, é necessário haver ética entre os médicos e traçar políticas para minimizar os altos índices de acidentes do trabalho.

Um dos aspectos observados por Lino é que somente 952.561 empresas no país

07/12 (tarde) - Painel: “NTEP - ferramenta de diagnóstico precoce dos agravos à saúde dos trabalhadores do segmento da indústria da construção”

A abordagem européia prevê que o proprietário da obra deve designar 2 técnicos, sendo 1 para o projeto e outro para a execução.

Dias aponta como um desafio a ser superado na indústria da construção, a criação e implementação de diretrizes de segurança, principalmente com a entrada de grandes construtoras internacionais com a realização da copa do mundo no Brasil e a realização das Olimpíadas

que certamente trarão ao país, um replanejamento de construção.

Para Jófilo Moreira, diretor técnico da Fundacentro segurança e saúde começam na prancheta e não na execução.

Na opinião de Geraldo Ramthun, DEPACOM/CNTI, referindo-se às estatísticas, 1920 trabalhadores morreram em acidentes no Brasil no ano de 2007.

Para Ranthun, há a necessidade de se atualizar os dados, uma vez que os mesmos levam em média 2 anos para serem registrados. Além disso, é necessário fortalecer os CPR´s, pois são eles que exercem função importante na implantação das normas e fazem com que o Sinduscon atue de maneira mais eficaz na busca de soluções.

Se os dados estatísticos revelam um lado ainda sombrio dos acidentes de trabalho, Haruo Ishikawa do Sinduscon/SP não compartilha da mesma opinião no que diz respeito à informalidade. Em sua observação, não existem índices de números de trabalhadores na informalidade e 2 milhões de trabalhadores possuem carteira assinada na construção civil.

Lino: “É necessário traçar políticas que possam minimizar os altos índices de acidentes - 38% deles são registrados na construção civil e no segmento dos transportes”

Dezembro / 2009

08/12 (manhã) - Painel: “Conceitos e Impactos da Nanotecnologia na Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente e sua vertente na Indústria da Construção”

8/12 (tarde) – Painel: “As Ações Regressivas da União e a Segurança e Saúde no Trabalho”

possuem FAP. Em decorrência desse baixo número, o NTEp e FAP podem contribuir para toda essa reforma na Previdência, a partir do momento que se valorize o olhar epidemiológico, que se mude o perfil de adoecimento, inverta o ônus da prova e que possam estimular a competitividade sadia entre as empresas.

Para o médico do trabalho e auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais, Airton Marinho, é preciso que se identifique inicialmente as situações de risco para que se possa mudar os processos de trabalho. “Entender melhor as relações entre ambiente de trabalho, os fatores de risco, adoecimento e elaboração do PCMSO, contribuem para todo a compreensão da proposta do NTEp/FAP.

Balbão: “Nanocimento é uma realidade”

Procurador Federal do Trabalho, Bruno Bisinoto

Em 2008 foram concedidos 377.001 benefícios aos trabalhadores, de

acordo com o Procurador Federal do Trabalho do Amazonas, Bruno Junior Bisinoto.

O Brasil gasta cerca de 5.4 bilhões de reais por ano com esses benefícios.“Precisamos zelar pela saúde do individuo, mas os números são significativos, os quais recaem sobre a sociedade. Quanto mais benefícios a empresa gerar, o FAP tende a aumentar o seguro acidente do trabalho. O nexo causal tem relação com a causa e efeito.

Para Bisinoto, a culpa é da empresa, que negligencia no cumprimento de normas de segurança, ao artigo 7, XXII e XXXVIII da CF, artigo 19 parágrafo 1 ao 4 da Lei

8213/91, artigos 154 ao 200 da CLT e das normas regulamentadoras.

A prova técnica é baseada em laudos do Ministério do Trabalho, Justiça do Trabalho, Fundacentro, Sindicatos dos Trabalhadores, Ministério Público do Trabalho, Capitania dos Portos e outras instituições. “Não podemos banalizar uma prova técnica que são provas irrefutáveis para quem faz a defesa e ter cautela na elaboração de laudos”.

De acordo com o Procurador, 1100 ações regressivas foram ajuizadas no Brasil.

O painel apresentado na manhã do dia 8 abordou as transformações sociais

que poderão ocorrer com a introdução da nanotecnologia em vários segmentos do trabalho.

Boletim Extra VI CMATIC 5

Arline Arcuri, pesquisadora da Fundacentro que vem pesquisando os impactos da nano na saúde dos trabalhadores, observa que há um investimento por parte do governo em somente 5% em pesquisas voltadas a compreender como a nova tecnologia irá influenciar no processo produtivo e especialmente, na saúde dos trabalhadores. “A avaliação ocupacional do ponto de vista da nano e a toxicidade gerada aos trabalhadores é insuficiente para mostrar exatamente a exposição”, relata a pesquisadora.

A nanotecnologia, presente também na construção civil foi abordada pelo palestrante, Luiz Renato Balbão da Fundacentro/RS.

Os estudos de Balbão mostram que a indústria da construção é muito antiga e menos automatizada, quando comparada a outros países. As mudanças nanotecnológicas no concreto aumentam em até 300% sua resistência, criando a denominação “nanocimento”. O câncer ocupacional, presente na construção civil pode ser ocasionado pelos nanotubos, mas ainda não há pesquisas que apontem para o real risco e efeito a serem causados na construção civil.

Alguns produtos como o concreto transparente, tintas que não se estragam e adesivos, já podem ser encontrados no mercado, mas não há nada que mostre o quanto a tecnologia utilizada nesses produtos poderá impactar na vida dos seres humanos, avalia o engenheiro.

Gladys: “ Terceirização na construção civil é danosa”

9/12 (Manhã) – Painel: Estado, Trabalhadores e Empresários - o papel e a interface na segurança e saúde dos trabalhadores da indústria da construção

Jairo José da Silva, presidente da CNTI

6 Boletim Extra VI CMATIC Dezembro / 2009

A Auditora Fiscal do Trabalho do estado do Rio Grande

do Sul, Luisa Tania Elesbão apresentou em sua palestra, o processo evolutivo das relações tripartites, fazendo um histórico desde sua criação às políticas e modelos vigentes nas décadas de 70 e 80.

Na avaliação da representante do governo, que prefere defender sua postura não como representante do governo, mas sim, em defesa das ações de Estado, Elesbão ressalta que o sistema tripartite atual demanda envolvimento e

A Auditora Fiscal do Trabalho no estado do Pará, Gladys Nunes

Vasconcelos fez uma retrospectiva contando a história da terceirização no país.

A terceirização ocorreu após a segunda guerra mundial, quando, no Brasil dos anos 50, multinacionais preocupadas com a essência do negócio, em especial a indústria automobilística, passaram a produzir componentes eletrônicos e a partir daí, os problemas mais comuns da terceirização começaram a ocorrer: os acidentes do trabalho.

Na avaliação de Gladys, a terceirização gera contratos instáveis, falta de experiência profissional, baixos salários, rotatividade da mão-de-obra, excesso de jornada de trabalho, pressão psicológica dos trabalhadores, contratos sem previsão de gastos com segurança, subnotificação de doenças, entre outras.

De acordo com a auditora, as medidas adotadas pela auditoria inlcuem o embargo de trabalhos da contratada em locais confinados; a lavratura de autos de infração contra as empresas contratantes e contratadas. Empresas contratadas são obrigadas a apresentar PPRA e PCMSO nos moldes da contratante, de acordo com a NR-22.

comprometimento entre as partes. Para ela, a estagnação dos trabalhos nos âmbito dos grupos e Fóruns vem influenciando de maneira negativa os avanços em ações em SST.

Elesbão reforça que o papel do Estado é promover a participação entre as instituições representativas do segmento da construção e que é por meio de ações coletivas que se eleva o compromisso e a confiança entre as partes. De forma contundente, a auditora do trabalho coloca que houve grande melhora nas relações e ações implementadas no ambiente de trabalho desde que o tripartismo se consolidou, mas refuta a condição atual de incompatibilidade com a realidade.

Jairo José da Silva da CNTI, também ressalta essa incompatibilidade existente

entre as diretrizes da OIT e as legislações existentes no Brasil. Para ele, “não há consonância entre ambas as legislações”. Dados mostrados pelo presidente da CNTI, revelam que entre 90 e 95% dos acidentes ocorridos nas obras devem-se à falta de atitudes da área administrativa, enquanto 5% ocorrem por falta de formação dos trabalhadores. Os sindicatos devem atuar in loco. Hoje existem cerca de 400 sindicatos da construção civil, os quais poderiam instituir seu próprio comitê e acompanhar in loco as ações realizadas

nas obras. Para ele deve haver mais compromisso entre a bancada do CPN e os CPR´s, promovendo maior interação.

Gladys propõe que a partir da elaboração dos projetos de obra (edificação estrutural, elétrica e outros), junto ao cronograma físico,o PCMAT

seja composto de projetos que incluam informações às contratadas dos riscos existentes ou potenciais, bem como medidas preventivas, exigindo e acompanhando seu cumprimento. A contratante e contratada devem reavaliar sistematicamente a eficiência das medidas de controle.

Elesbão: “Houve grande melhora nas relações depois da consolidação do tripartismo”

FÓRUNS PREPARATÓRIOS

Fórum Centro-Oeste, representado por José Carlos Pesente

Na abertura do Congresso (6) foram apresentadas as conclusões obtidas dos 5 Fóruns Regionais Preparatórios

Joaquim Auzier, coordenador do Fórum Norte esteve impossibilitado de comparecer ao evento.

O Fórum Centro-Oeste compreende os estados de Mato Grosso, Goiânia e

Distrito Federal.O tema abordado foi a profissionalização na indústria da construção, que contou com a participação de 180 profissionais da área. Na avaliação da coordenação, alguns pontos foram colocados em pauta para ações futuras na prevenção dos acidentes:- Priorizar a contratação de profissionais com qualificação;-ampliar a oferta de programas de qualificação;

Fórum Norte

Fórum Centro-Oeste

-empregar mão-de-obra local em detrimento da contratação de profissionais oriundos de outras regiões do país;- exigir junto à construtora, projeto das instalações elétricas em canteiros de obras;-promover a discussão entre empregadores, em especial em micro e pequenas empresas e;-como recomendação: alterar a classificação do filtro solar de cosméticos para medicação.

Fórum Sudeste

O Fórum Sudeste contou com a participação de aproximadamente

155 profissionais da área, entre técnicos, médicos, auditores, dirigentes sindicais, procuradores do trabalho e outros.

A temática apresentada no Fórum esteve voltada para o histórico da construção civil, com base na convenção coletiva e as ações do SENAI na indústria da construção.

Fórum Sudeste, representado por Maria Muccillo

Das conclusões apresentadas no Fórum, destacam-se:- A importância dos equipamentos de segurança;- proposta de norma para o guarda-corpo, que determine as peças dos andaimes, fabricante e especificações técnicas;-ampliação da discussão entre as bancadas;- criação do prêmio TOP 5, de forma a premiar as empresas que mais investem em segurança e;- exploração de petróleo na região com vistas à abertura para o mercado de trabalho.

Fórum Nordeste

Fórum Nordeste, apresentado por Maria Christina Felix. Confira entrevista na página 8.

Fórum Sul

O Fórum Sul, compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio

Grande do Sul, apresentado por Orlando Mantovani. O evento contou com a participação de 300 profissionais da área, sendo oferecido 2 cursos voltados para a indústria da construção.

Fórum Sul, representado por Orlando Mantovani

Boletim Extra VI CMATIC 7

9/12 – Encerramento

Na cerimônia de encerramento do VI CMATIC, os brinquedos arrecadados

foram doados à Congregação pobres servos da Divina Providência que, ao longo dos 102 anos de existência, acolhe crianças com deficiência mental e física que foram rejeitadas pela família.

Antes da apresentação da Carta de Belém, foi assinada pelas Centrais Sindicais, moção de repúdio contra a postura do palestrante do Sinduscon/Seconci do Espírito Santo, Francisco Xavier Mill que afirmou que os empresários devem apresentar os programas de gestão (PPRA, PCMSO e CAT) somente em juízo, que em outras palavras, tira o direito do trabalhador de ser informado quanto aos riscos presentes no ambiente de trabalho.

Dezembro / 2009

O painel foi encerrado com a apresentação de Yves Mifano do Secovi que ressaltou a necessidade empresarial de não só fornecer equipamentos de segurança, mas oferecer capacitação adequada e condições de trabalho seguras.

Felix: “A construção civil necessita de comprometimento efetivo dos empresários”

Entrevista

Recentemente na região Norte, foi realizado o PREVNORTE, evento voltado para a

construção civil. Esse evento é de alguma forma baseado nos moldes do CMATIC?

O PREVNORTE, considerado o maior e mais importante evento na área de Segurança, Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente da Região Norte foi idealizado por um grupo de pessoas representantes de Empresas e Instituições Governamentais, que tinham pensamentos comuns para a Prevenção dos Acidentes e a Promoção da Saúde do Trabalhador. O evento é dirigido para todos os segmentos setoriais, inclusive à área rural. Não foi concebido exclusivamente para o setor da indústria da construção como o CMATIC, onde são discutidos os assuntos pertinentes ao setor.

Como engenheira, você acha que os estados estão preparados, do ponto de vista da segurança e saúde do trabalhador para a chegada de grandes construtoras? Como, por exemplo, no Pará, já há um grande crescimento na indústria da construção que prevê obras verticais e horizontais.

Vivemos um boom na indústria da construção. Até as olimpíadas estaremos vivendo uma realidade diferente entre muitos canteiros de obras, empresas estrangeiras, etc. Nunca se usou tanta grua em construção como hoje, faltam equipamentos e materiais de construção para enfrentar esta demanda e isto acontece nos grandes centros, imagino que não seja diferente no Pará.

Como você avalia o posicionamento e comprometimento tripartite

antes, durante e depois da realização do VI CMATIC?

Nunca se teve uma participação tão intensa da bancada dos trabalhadores. Na minha opinião, sem eles não haveria a realização deste VI CMATIC. Espero que tenhamos que repensar sobre a importância do evento igualmente para as três bancadas no futuro.Como o país pode se prevenir dos

A engenheira de Segurança do Trabalho da Fundacentro/CERJ e coordenadora do Congresso concedeu breve entrevista durante a realização do evento, em Belém

Maria Chistina Felix

8 Boletim Extra VI CMATIC Dezembro / 2009

grandes acidentes na construção civil? Há uma corrente de empresários que avaliam a realização da Copa do Mundo em 2014, como um grande crescimento econômico no segmento da construção. Por outro lado, cresce a indústria da construção e a contratação de trabalhadores. Como você vê essa contratação e como sugerir às empresas o crescimento saudável e a prevenção dos acidentes?

Como sempre falo, o que falta para o setor é comprometimento efetivo dos empresários. Legislação, temos uma das melhores, porém, apenas aplicada para a fiscalização de documentos. Teremos que sair do discurso e passarmos a prática efetivamente nos canteiros de obras. Seu nome, time de futebol, sua

formação, cursos, o que gosta? Publicações? Artigos? Como vc se descreve? Há quantos anos trabalha na Fundacentro?

Maria Christina Felix, torço pelo Vasco, tenho formação em arquitetura, pós graduada em engenharia de segurança do trabalho pela PUC-Rio e em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana pela ENSP, Mestrado em Sistemas de

Gestão pela Universidade Federal Fluminense.Trabalho na Fundacentro desde 1988 na área da construção, hoje coordeno o PROESIC. Publicações: Série Engenharia Civil da Fundacentro – revisão, tenho vários artigos sobre sistemas de gestão de SST na indústria da construção, bem como a questão do PCMAT.

Uma avaliação de modificações positivas na indústria da construção.

Evolução nas tecnologias, grandes obras de engenharia

(exemplo PAC – São Francisco), evolução da legislação e trabalhadores mais informados e conscientes.

Uma avaliação de modificações negativas na indústria da construção.

Técnicas ainda obsoletas, inexistência da preocupação em SST nas licitações públicas, por exemplo.

O que falta para melhorar a conscientização da sociedade quanto aos altos índices de acidente do trabalho?

Seriedade maior quanto aos investimentos no setor, com preocupação de melhorar as condições de trabalho nos canteiros de obras valorizando o ser humano.

Nós representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores, profissionais de segurança e

saúde e outros atores da sociedade civil organizada, vimos por meio desta, destacar a gestão de segurança e saúde no trabalho como base para o trabalho decente e a redução dos acidentes de trabalho, considerando o respeito ao homem como o eixo propulsor para o crescimento econômico e a proteção ao meio ambiente. Para isto encaminhamos os seguintes quesitos:

1 - Recomendar às instituições de ensino técnico, profissionalizante e de terceiro grau, que incluam Segurança e Saúde no Trabalho em seus currículos.

2 - Recomendar ao Ministério das Cidades que sejam incluídas as normas regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho como um dos quesitos para a certificação do nível “A” no PBQP-H.

3 - As ações que promovem a redução de acidentes de trabalho devem ser amplamente difundidas para dentro e fora do setor da indústria da construção.

4 - As empresas devem cumprir rigorosamente as normas de Segurança e Saúde no Trabalho, evitando perdas importantes para o trabalhador e consequentemente ônus para as mesmas, em virtude de ações regressivas originadas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social.

5 - Integração dos dados estatísticos levantados pelas instituições de governo para orientarem as futuras ações prevencionistas.

6 - Que as estatísticas de acidentes de trabalho na indústria da construção, sejam divulgadas pelo Ministério da Previdência Social no máximo de 6 (seis) em 6 (seis) meses.

7 - Que as bases de dados do

Ministério da Previdência Social possam ser utilizadas para subsidiarem as ações de fiscalização pertinentes.

8 - Que haja definição do governo se a Segurança e Saúde no Trabalho na indústria da construção é prioridade em sua política de Estado.

9 - Que o CPN – Comitê Permanente Nacional e os CPR - Comitês Permanentes Regionais sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção apresentem novo modelo de congresso para substituir ou manter o “CMATIC”- Congresso Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção. E que no prazo máximo de 2 (dois) anos este modelo seja realizado a nível nacional.

Os participantes do VI CMATIC – Congresso Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, realizado de 6 a 9 de dezembro de 2009, na cidade de Belém, expressam publicamente a sua satisfação em ter abordado temas que representam desafios na busca de um conjunto de ações sustentáveis para a consolidação das ações em SST em sistema tripartite

Carta de Belém

10 - Aprimorar os meios para diagnosticar os problemas de saúde causados pela exposição a nano partículas, estimulando o uso desta tecnologia com responsabilidade e respeito ao meio ambiente e ao planeta.

11 - Que o Estado amplie investimentos e recursos para permanentes estudos e pesquisas, para que a indústria da construção venha se preparar para os impactos à saúde do trabalhador em decorrência de novas tecnologias.

12 - Adequar a Norma Regulamentadora 18 com a Convenção 167 e a Recomendação 175 da Organização Internacional do Trabalho - OIT.

13 - Reforçar na Norma Regulamentadora 18 a responsabilidade do contratante principal (pessoa física ou jurídica) no planejamento das medidas

de Segurança e Saúde no Trabalho nos canteiros de obras desde a fase de projeto.

14 - Garantir maior participação dos membros do governo e dos representantes dos empregadores nos próximos congressos.

15 - Que o Estado promova, estimule e viabilize as ações tripartites nas questões de Segurança e Saúde no Trabalho.

16 - Na ocasião da negociação das convenções coletivas do trabalho, os trabalhadores e empregadores incluam cláusulas constituindo os Comitês Permanentes Regionais (CPR) ou Comissão Tripartite Interinstitucional para planejamento e implementação de ações de Segurança e Saúde no Trabalho.

17 - Que na estrutura da Escola Nacional do Trabalhador – ENAT, possa contemplar a atualização a cada 2 (dois) anos dos trabalhadores já qualificados por ela.

18 - Fomentar projeto nacional para o fornecimento de alimentação balanceada nos canteiros de obras.

19 - Que a Norma Regulamentadora 18 atenda as necessidades das atividades da indústria da construção.

20 - Estimular a produção de bibliografia técnico-científica sobre Segurança e Saúde no Trabalho na indústria da construção.

21 - Envolver os gestores das empresas nos programas de Segurança e Saúde no Trabalho.

22 – Pleitear junto ao governo recursos financeiros para custear ações dos grupos de trabalho criados pelo Comitê Permanente Nacional - CPN.

23 - Alterar a Lei 8.666 para que tenha claro nos editais de licitação de obras públicas rubrica e dotação orçamentária para ações de Segurança e Saúde no Trabalho.

Boletim Extra VI CMATIC 9 Dezembro / 2009

24 – Dotar as instituições de governo que atuam na área de

Segurança e Saúde no Trabalho de estrutura necessária (pessoal, material e financeira) para atender as demandas existentes do setor.

25 – Que as decisões consensadas nos Comitês Permanentes Regionais - CPR, fruto do exercício tripartite, sejam editadas por meio de Instrução Normativa emitida pela Superintendência regional do Trabalho e Emprego - SRTE.

26 - Fazer campanha para o combate à informalidade e incentivar a formalidade através de ações integradas.

27 - Que o Comitê Permanente Nacional - CPN e os Comitês Permanentes Regionais - CPR insiram na sua pauta de discussão a proposta da Organização Internacional do Trabalho - OIT, consolidada no documento “TRABALHO DECENTE NAS AMÉRICAS: UMA AGENDA HEMISFÉRICA 2006-2015”, referente à meta de, em um prazo de 10 (dez) anos, reduzir a incidência de acidente e enfermidades do trabalho em 20%.

28 - Inclusão no item 18.21 na Norma Regulamentadora 18, da obrigatoriedade de projeto para as instalações elétricas provisórias da obra, conforme previsto na Norma Regulamentadora 10.

29 - Que o Comitê Permanente Nacional - CPN assuma o papel que lhe cabe de indutor e articulador da instalação e funcionamento dos Comitês Permanentes Regionais - CPR no país.

30 - Que as empresas da indústria da construção assegurem o livre exercício das atribuições dos profissionais de segurança e saúde no trabalho, não permitindo o desvirtuamento ou desvio das suas funções, conforme estabelecido no item 4.19 da Norma Regulamentadora 4 e que os gestores respeitem as decisões tomadas em conjunto entre os referidos profissionais e os membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.

31 - O fortalecimento da FUNDACENTRO como instrumento indispensável para a fomentação de pesquisas, ações educativas e produção técnico-científica nas questões de Segurança e Saúde no Trabalho.

32 - Realização de concurso público regionalizados para auditores fiscais do trabalho e que os aprovados permaneçam pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos no local de lotação.

No dia 7 de dezembro, às 10h, o presidente da Fundacentro, dr. Jurandir Boia Rocha, concedeu entrevista à rádio CBN, O Liberal. A pauta da entrevista foi a importância da realização do VI CMATIC na região, bem como as propostas a serem discutidas durante o evento para a minimização dos acidentes de trabalho na indústria da construção. Veja também a divulgação do evento em sites.

O Congresso na mídia

10 Boletim Extra VI CMATIC

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http://www.agrolink.com.br/eventos/EventoDetalhe.aspx?CodEvento=4766

http://www.protecao.com.br/novo/template/noticias.asp?codNoticia=7444

http://www.ncst .org.br/noticias.php?id=11704

http://www.wisesystem.com.br/noticias/noticias.php?id=77

http://www.prt24.mpt.gov.br/site/index.php/imprensa/imprimir_noticia/2071/0 - http://www.radiochapeco.com.br/?action=mostraNoticiaSF&ID=2700

h t t p : / /segurancasaudeetrabalho.blogspot.com/2009_07_01_archive.html

A OIT foi criada em 1919 e, desde

então, sendo o Brasil um dos Estados Membros fundadores, tem uma longa história em relação à proteção dos trabalhadores da construção contra os riscos provenientes de seu trabalho e o principio da representação tripartite como uma necessidade para impulsionar a justiça social e melhoria das condições de vida dos trabalhadores do mundo inteiro. Tem como objetivo fundamental promover oportunidades para que mulheres e homens obtenham trabalho decente e produtivo em condições de liberdade, eqüidade, segurança e dignidade.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou em 2001 as “Diretrizes sobre os Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho – ILOOSH 2 001” baseadas em consenso internacional tripartite e refletindo os valores consignados nas Convenções, Recomendações e Códigos de Prática da OIT. Essas Diretrizes foram adotadas pelo Brasil em Outubro de 2005 durante o V CMATIC- Congresso Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção realizado em Recife-PE, conforme declaração assinada pelo Ministro do Trabalho e Emprego e pelo Diretor do Programa SafeWork da OIT - Genebra. A versão brasileira dessas Diretrizes foi publicada e distribuída nesse mesmo ano pela Fundacentro. Por outro lado, em maio de 2006, foi ratificada também a Convenção 167 da OIT sobre Segurança e Saúde na Construção, após Decreto Legislativo n.º 61 do Senado Federal de 18 de Abril de 2006. Estes dois atos representam para o Brasil um passo importante na repercussão do objetivo a ser alcançado com as melhorias das

condições de trabalho dos trabalhadores em geral, e na indústria da construção em particular, e à redução do número de acidentes de trabalho e doenças profissionais

No período de Agosto de 2003 a abril de 2005, a Fundacentro e a OIT realizaram Jornadas Internacionais de Segurança e Saúde na Indústria da Construção, nas várias regiões do país, apresentando através de conferencistas das duas instituições, a experiência brasileira, as tendências internacionais recentes e reunião com o Comitê Permanente Regional (CPR) local.

Durante essas Jornadas procurou-se destacar a importância da adoção pelo Brasil das Diretrizes da OIT sobre os Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SG-SST).

A ratificação pelo Brasil da Convenção 167 constitui um passo importante para reforçar a discussão no meio técnico nacional sobre a Segurança e Saúde na Indústria da Construção. Importa agora verificar as adaptações que são necessárias introduzir na legislação nacional para atender integralmente às disposições dessa Convenção 167. Caso venha a ser reconhecida a necessidade

Convenção 167 – A Implementação das Diretrizes da OIT sobre SST: um enfoque tripartite

Por Jófilo Moreira Lima Júnior

Boletim Extra VI CMATIC 13Dezembro / 2009

de introdução de adaptações, importa saber a forma como tal deverá ser feito tendo em conta a realidade do setor da construção no Brasil.

Considera-se importante envolver em tal discussão, o meio técnico nacional do setor da construção e os profissionais da segurança e saúde no trabalho, incluindo o CPN (Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção) e naturalmente os CPRs (Comitês Permanentes Regionais sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção), em ambos os

casos integrando representantes das três bancadas (governo, empresários e trabalhadores), beneficiando-se assim da sua experiência enriquecida nestas matérias. Esses Comitês Tripartites (CPN e CPRs) estarão sem dúvida em posição privilegiada para se pronunciarem sobre as adaptações necessárias face ao conhecimento detalhado que têm da Norma Regulamentadora NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção).

A experiência brasileira a partir da ratificação da Convenção 167 e da implementação das Diretrizes da OIT na Indústria da Construção, impulsionada pela nova Convenção nº 187 e Recomendação nº 197 sobre o quadro promocional para a segurança e saúde no trabalho (ambas adotadas pela OIT em Junho de 2006), terá repercussão internacional podendo vir a constituir um exemplo a ser seguido por outros países.

Moreira e a importância dos Comitês Tripartites (CPN e CPRs)

Jófilo Moreira Lima Júnior é Diretor Técnico da Fundação

Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro).

Galeria de fotos

O Presidente da Fundacentro, Jurandir Boia Rocha em momento informal no pré-congresso

O diretor técnico, Jófilo Moreira (segundo à direita) recepciona participantes

No auditório, participantes concentrados no tema

Stand apresenta as publicações mais recentes da instituição

14 Boletim Extra VI CMATIC Dezembro / 2009

Carimbó: cores e movimento marcam a dança típica de Belém do Pará

Participantes do Congresso aguardam credenciamento Élcio Padilha da UFPA ministra curso

Estação das Docas, local de realização do VI CMATIC O fotógrafo da Fundacentro/SP, Edson dos Anjos registra momento em frente à Estação das Docas

Boletim Extra VI CMATIC 15 Dezembro / 2009

Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho

Jan/2010São Paulo