boletim ecetistas em luta df - n° 95 - 21/11/13

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Boletim Ecetistas em Luta Órgão da corrente nacional Ecetistas em Luta - Distribuição gratuita - NA “BOA CONVIVÊNCIA” ENTRE SINDICALISTAS E PATRÃO, QUEM LEVA A PIOR É O TRABALHADOR As reuniões entre sindicatos e ECT por fora da Fentect têm o objetivo de destruir o Plano de Saúde Uma coisa que chamou muito a atenção na reu- nião feita entre a direção da ECT e os presiden- tes de alguns sindicatos foi a foto que mostrou o quanto “hospitaleira” ha- via sido a empresa com esses sindicalistas “tão combativos”. Para quem participou do processo de negocia- ção da campanha salarial desde o início, as fotos mostrando todos os par- ticipantes da empresa e dos sindicatos, numa sala grande, com mesas e ca- deiras devidamente ajei- tadas para todos e placas de identificação de cada um dos nobres partici- pantes davam a impres- são que a reunião ocor- ria com outra empresa. Quem não se lembra o que o comando de nego- ciação da Fentect preci- sou fazer para conseguir que a ECT respeitasse o direito básico dos traba- lhadores negociarem? Os representantes do Comando da Fentect fo- ram obrigados a sentar no chão para fazer com que a empresa recebesse os seus membros. Depois, foram duas semanas de luta dentro das negocia- ções apenas para que a empresa reconhecesse o comando amplo. Nunca é demais lembrar que esse comando: primeiro, já havia sido aceito na cam- panha salarial de 2012; segundo, era uma deter- minação da categoria na qual a empresa não po- deria nem pensar em in- tervir. Nas primeiras reuni- ões, alguns representan- tes dos trabalhadores ti- veram que ficar em pé. A empresa escolhia as sa- las mais apertadas, dava a clara impressão que as negociações ocorriam com uma empresa de fun- do de quintal, não com a ECT, que lucra mais de R$ 1 bilhão por ano. Pode parecer um de- talhe, mas o tratamento dado pela empresa reve- la muito sobre o caráter da reunião que aconteceu no dia 12 e que querem continuar a fazer regular- mente. Como está claro, a empresa quer buscar uma saída para ataques contra os trabalhadores por fora da Fentect, que é a organização nacional da categoria. O ataque da vez é o Plano de Saúde. Para a empresa, é mui- to melhor “negociar” com os presidentes dos sin- dicatos, a maioria deles pelegos que estão nesses cargos, como todo mundo sabe, à custa de golpes e fraudes do que prestar contas a um movimento nacional. Destaca-se aí a participação honrosa dos patronais sindicalistas da federação paraguaia, os responsáveis por afundar a campanha salarial. Por fim, antes que es- queçamos, não bastasse o tratamento vip da em- presa para com os sin- dicalistas, esses nobres senhores tiveram tudo pago pela empresa: esta- dia, passagens e sabe-se lá mais o que. Será que a empresa mudou de ideia de repente e agora é a mais flexível do mundo? Não, como sabe bem os trabalhadores dos Cor- reios, vale a regra: quan- do o patrão trata bem o sindicalista, quem sofre é o peão. Participe da Plenária Nacional da Corrente Ecetistas em Luta Dia 30 de novembro, em São Paulo Vamos discur o ba- lanço da campanha salarial e o fortaleci- mento da oposição nacional para derrotar de vez os traidores da nossa categoria Na Rua Apotribu, 111, a duas quadras do Metrô Saúde. quinta-feira, 21 de novembro de 2013 Edição Brasília - ano IX- nº 95 - Na Internet: olhovivoecetista.blogspot.com.br fones: (61) 3225-9155 ou 9556-4183 (Juliano) ou 8448-4709 (Perci) Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected]

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Boletim da OPOSIÇÃO Ecetistas em Luta à direção do Sintect-DF

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Page 1: Boletim Ecetistas em Luta DF - n° 95 - 21/11/13

Boletim

Ecetistas em LutaÓrgão da corrente nacional Ecetistas em Luta- Distribuição gratuita -

NA “BOA CONVIVÊNCIA” ENTRE SINDICALISTAS E PATRÃO, QUEM LEVA A PIOR É O TRABALHADOR

As reuniões entre sindicatos e ECT por fora da Fentect têm o objetivo de destruir o Plano de Saúde

Uma coisa que chamou muito a atenção na reu-nião feita entre a direção da ECT e os presiden-tes de alguns sindicatos foi a foto que mostrou o quanto “hospitaleira” ha-via sido a empresa com esses sindicalistas “tão combativos”.

Para quem participou do processo de negocia-ção da campanha salarial desde o início, as fotos mostrando todos os par-ticipantes da empresa e dos sindicatos, numa sala grande, com mesas e ca-deiras devidamente ajei-tadas para todos e placas de identificação de cada um dos nobres partici-pantes davam a impres-são que a reunião ocor-ria com outra empresa. Quem não se lembra o que o comando de nego-ciação da Fentect preci-sou fazer para conseguir que a ECT respeitasse o direito básico dos traba-lhadores negociarem?

Os representantes do Comando da Fentect fo-ram obrigados a sentar no chão para fazer com que a empresa recebesse os seus membros. Depois, foram duas semanas de luta dentro das negocia-ções apenas para que a empresa reconhecesse o comando amplo. Nunca é demais lembrar que esse comando: primeiro, já

havia sido aceito na cam-panha salarial de 2012; segundo, era uma deter-minação da categoria na qual a empresa não po-deria nem pensar em in-tervir.

Nas primeiras reuni-ões, alguns representan-tes dos trabalhadores ti-veram que ficar em pé. A empresa escolhia as sa-las mais apertadas, dava a clara impressão que as negociações ocorriam com uma empresa de fun-do de quintal, não com a ECT, que lucra mais de R$ 1 bilhão por ano.

Pode parecer um de-talhe, mas o tratamento dado pela empresa reve-la muito sobre o caráter da reunião que aconteceu no dia 12 e que querem continuar a fazer regular-mente. Como está claro, a empresa quer buscar uma saída para ataques contra os trabalhadores por fora da Fentect, que é a organização nacional da categoria. O ataque da vez é o Plano de Saúde.

Para a empresa, é mui-to melhor “negociar” com os presidentes dos sin-dicatos, a maioria deles pelegos que estão nesses cargos, como todo mundo sabe, à custa de golpes e fraudes do que prestar contas a um movimento nacional. Destaca-se aí a participação honrosa dos

patronais sindicalistas da federação paraguaia, os responsáveis por afundar a campanha salarial.

Por fim, antes que es-queçamos, não bastasse o tratamento vip da em-presa para com os sin-dicalistas, esses nobres senhores tiveram tudo pago pela empresa: esta-dia, passagens e sabe-se lá mais o que. Será que a empresa mudou de ideia de repente e agora é a mais flexível do mundo? Não, como sabe bem os trabalhadores dos Cor-reios, vale a regra: quan-do o patrão trata bem o sindicalista, quem sofre é o peão.

Participe da Plenária Nacional

da Corrente Ecetistas em LutaDia 30 de novembro,

em São PauloVamos discutir o ba-lanço da campanha salarial e o fortaleci-mento da oposição

nacional para derrotar de vez os traidores da

nossa categoriaNa Rua Apotribu,

111, a duas quadras do Metrô Saúde.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013Edição Brasília - ano IX- nº 95 -

Na Internet: olhovivoecetista.blogspot.com.br • fones: (61) 3225-9155 ou 9556-4183 (Juliano) ou 8448-4709 (Perci) Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected]

Page 2: Boletim Ecetistas em Luta DF - n° 95 - 21/11/13

AMANDA É A MAIOR ENTUSIASTA DAS REUNIÕES GOLPISTAS COM A ECT

Amanda Corcino, ou Amanda Marmitex, é fa-mosa por ter ligações secretas com a direção da ECT, tendo, inclusive, sido elogiada pela che-fia no Distrito Federal. Isso se dá em virtude de Amanda sempre fa-zer tudo que a empresa manda.

A nova traição de Amanda Marmitex Deret é a participação direta na organização da reu-nião que a ECT chamou para acabar com o plano de saúde da categoria. A reunião secreta da ECT com os presidentes de sindicatos pelegos.

Os trabalhadores estão sabendo que a ECT pre-tende dar um golpe na categoria, ao chamar os presidentes dos sindica-tos para dar continuida-de aos termos da nego-ciação coletiva.

O golpe é o seguinte: a empresa sabe que a Fentect não vai aceitar nenhuma mudança no plano de saúde da cate-goria. Assim, a ECT re-solveu chamar os pre-

sidentes dos sindicatos para negociar com os mesmos as mais varia-das traições, especial-mente a venda do plano de saúde da categoria.

Tanto é assim que os sindicalistas vendidos do PCdoB/CTB foram os pri-meiros a serem convida-dos pela empresa. É bom lembrar que a empresa pagou estadia, diária, passagens e tudo mais para os pelegos rifarem os direitos da categoria.

A maior entusiasta desse golpe é Amanda Marmitex, agora Aman-da Deret pois essa sin-dicalista pelega tem en-tradas com a direção da empresa e deu toda im-portância para essa reu-nião que, na verdade, é um golpe contra a cate-goria. Ela e Anita foram uma das signatárias da primeira reunião-golpe, inclusive todos os sindi-catos do PSTU também assinaram.

Amanda Deret só faz o que a empresa quer

Desde que assumiu a presidência do Sintect--DF, toda categoria viu que a Amanda Marmitex Deret sempre fez o que a ECT manda. Atualmen-te é uma despachante de Nelson Freitas, o destrui-dor de planos de saúde.

O rebaixamento da pauta, fim de greve, di-tadura no carro de som, falta de piquete, falta de mobilização e todos os golpes contra a catego-ria. Tudo isso é encami-nhado nos gabinetes da diretoria da empresa, por isso Amanda Deret (Departamento de Ges-tão das Relações de Tra-balho).

Greve em dezembro!

Diante dessas palha-çadas da empresa em conluio com os presiden-tes pelegos, nada mais razoável que a convoca-ção da categoria para a greve em dezembro. Em defesa do plano de saú-de, e contra os sindicatos vendidos para empresa, greve em dezembro!

AMANDA DERET

Racismo e censuraNeste sábado, o blog Diário do Cen-

tro Mundo publicou um artigo em sua página na internet dizendo que Danilo Gentili “deveria explicar na cadeia por que ofereceu banana no Twitter a um negro”.

Como justificativa para essa ação, o autor, Paulo Nogueira, cita um caso ocorrido em Londres, em que um inter-nauta fez comentários racistas sobre um jogador de futebol, alegando a li-berdade de expressão, e pouco depois a polícia batia em sua porta.

A anedota parece querer dizer que mesmo nos países maois desenvol-vidos o racismo e outras formas de preconceitos são punidas pela Justiça. Para o autor isso prova que coibir a ex-pressão de determinadas ideias é sim

democrático.Na realidade, só prova que mesmo

os países que mais se reivindicam de-mocráticos, a liberdade de expressão há muito tempo deixou de ser “sagra-da”, como alegava o internauta.

Danilo Gentili ofereceu bananas a um negro. Uma piada provocadora? Uma piada racista? O autor do artigo e muitos outros tem a opinião de que isso não é sequer uma piada. Muitos advogam também que o humor que se dirige contra o oprimido não é humor.

É aqui que as coisas se misturam. Poderíamos concordar que uma pia-da que se dirige contra os poderosos, contra os que estão por cima, seria muito mais engraçada à maioria da população do que as piadas contra ne-

gros, mulheres etc. Mas isso não significa que o méri-

to das piadas deva ser julgado por um tribunal.

Aqui, como no caso das biografias, como em todos os casos onde está colocado o direito de alguém dizer ou não determinada coisa, é preciso re-forçar: a liberdade de expressão existe para garantir que as pessoas possam falar o que os outros não querem ouvir. Esse é o único sentido de assegurar a alguém tal direito: garantir que nin-guém será punido, mesmo que aquilo que seja dito desagrade quem está ouvindo, seja ele um rico empresário, seja ele um negro oprimido. No Brasil, infelizmente, não existe essa garantia em nenhum dos casos.