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Mala Direta Postal Básica 9912330584/2013/DR/MG Sind. dos Trab. Ramo Financ. da Zona da Mata e Sul MG BANCÁRIOS Boletim dos Publicação quinzenal do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e sul de Minas | 25 de Novembro de 2015 | Nº 15 | Ano 65 83 anos de lutas e conquistas Fundado em 1932, entidade sempre se pautou pela defesa do trabalhador. Compromisso da diretoria é no fortalecimento deste ideal • pág. 3 Onde está a discriminação? Martvs das Chagas aponta em artigo as desigualdades enfrentadas pelos negros pág. 2 NÃO ao PLS 555 Projeto de privatização das empresas públicas, exige grande mobilização da categoria • pág. 4 Sindicato garante direitos para bancários do Itaú Ações são relativas ao pagamento de vale- transporte e de intervalo antes da hora- extra • pág 3 15 MINUTOS Um direito das mulheres Ana Paula Souza, assistente social do Sintraf JF, explica e defende a importância do intervalo para as trabalhadoras pág 5

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Mala Direta Postal

Básica9912330584/2013/DR/MG

Sind. dos Trab. Ramo Financ. da Zona da Mata e Sul MG

BANCÁRIOSBoletim dos

Publicação quinzenal do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e sul de Minas | 25 de Novembro de 2015 | Nº 15 | Ano 65

83 anos de lutas e conquistasFundado em 1932, entidade sempre se pautou pela defesa do trabalhador. Compromisso da diretoria é no fortalecimento deste ideal • pág. 3

Onde está a discriminação?Martvs das Chagas aponta em artigo as desigualdades enfrentadas pelos negros • pág. 2

NÃO ao PLS 555

Projeto de privatização das empresas públicas, exige grande mobilização da categoria • pág. 4

Sindicato garante direitos para bancários do Itaú

Ações são relativas ao pagamento de vale-transporte e de intervalo antes da hora-extra • pág 3

15 MINUTOSUm direito das mulheres

Ana Paula Souza, assistente social do Sintraf JF, explica e defende a importância do intervalo para as trabalhadoras • pág 5

2 • BANCÁRIOS

O sociólogo Martvs das Chagas analisa a questão racial no Brasil e suas implicações, com ênfase

nas desigualdades no setor financeiro

Sobre bancários, discriminação e amor

O debate sobre as iniquidades raciais no Brasil ganhou força e visibilidade na última década, permitindo ao país resgatar uma parte trágica de nossa história (a escravidão e suas mazelas) onde muitos propõem somente esque-cer, ou deixar pra lá, reafirmando o mito da democracia racial. A falácia dessa democracia pressu-põe que sejamos todos iguais e assim sendo só não conseguem ter bons empregos, boa educa-ção, oportunidades e acesso ao poder aqueles que não querem, por preguiça ou falta de ambição.

Deixam de levar em considera-ção as condições sub-humanas e o trato desumano a que eram sub-metidos os africanos escravizados no Brasil. E que isso terá reflexo ainda por muito tempo nas gera-ções futuras. Principalmente pelo fato de após a abolição não ter

sido criado nenhum programa de inclusão ou reparação aos séculos de trabalho forçado e não remu-nerado a que eram submetidos.

A recusa do estado brasileiro, historicamente comandando pelas elites e pela classe patronal, em buscar corrigir essas distor-ções, faz com que o Brasil ainda seja o campeão da desigualdade sócio-econômico-racial em que pese os esforços empreendidos pelo movimento social e princi-palmente pelo governo federal nos últimos anos.

Para termos uma ideia da per-versidade do legado acima citado, o mercado financeiro é um dos maiores reprodutores de desi-gualdades quando nos referimos a negros e brancos. No setor ban-cário, o II Censo da Diversidade mostrou que somente 24,7% dos trabalhadores nos bancos brasile-iros são negros. Desse total, ape-nas 3,4% se declararam pretos. A maioria se identificou como parda. O fosso é aparente se levar-mos em consideração que a popu-lação negra (pretos + pardos) representa 53% da população brasileira (Pnad, 2014).

As pessoas que desconsideram ser preciso tratamento diferencia-do para corrigir as distorções raci-ais existentes apelam para o sim-plismo que precisamos é ter edu-cação e saúde para todos (mas não dizem quando) para resolver o problema. Se assim for, alegam,

CONSCIÊNCIA NEGRA

corrigiremos as assimetrias exis-tentes nos dias de hoje.

Estudos do IPEA projetam que se as p o l í t i c a s p ú b l i c a s governamentais e privadas continua-rem no mesmo pata-mar atual , a renda entre o que ganha a popu-lação negra no setor bancário, será igualada ao que recebe a população branca somente daqui a três décadas, ou seja, 32 anos mais de espera.

Ainda segundo o II censo da diversidade, nos bancos o salário do negro é 27% menor do que o do trabalhador branco. Os bancários negros não têm o mesmo acesso aos cargos mais remunerados das chefias.

Em 2005, organizações sindi-cais e do movimento negro se mobilizaram e denunciaram ao Ministério Público a ausência de funcionários negros nas institui-ções bancárias. A Febraban foi notificada e anos depois contra-tou uma consultoria, donde resul-tou um Programa de Valorização da Diversidade constituído de 05 eixos. Dentre eles, destacamos: “ Busca e estabelecimento de con-vênios técnicos com programas oficiais, como o ProUni, universi-dade com cotas e com ações afir-mativas, para acelerar a inclusão

no mer-cado de

trabalho b a n c á r i o

d e j o v e n s oriundos de grupos

sociais vulneráveis”.O reconhecimento da

FEBRABAN, depois na notifi-cação do Ministério Público,

que existem diferenças raciais que obstam a progressão funcional e mantém desníveis salariais den-tro das agências bancárias, nos alerta para que seja ampliada a cobrança de resultados sobre ações que a própria entidade patronal propôs.

Do outro lado, o movimento sindical tem o papel de reforçar, ainda mais, em suas lutas cotidia-nas, em suas pautas de reivindi-cações e nas convenções coleti-vas a defesa intransigente da promoção da igualdade racial, bem como realizar ações periódi-cas que permitam a categoria refletir sobre o modelo de país que queremos construir para o futuro. Se includente ou exclu-dente.

Para construção desse futuro, fiquemos com os ensinamentos de Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”.

12 de Agosto • 201525 de Novembro • 2015

BANCÁRIOSBoletim dos

Publicação do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e Sul de Minas

PresidenteRobson MarquesDiretor de ImprensaÁlvaro José de Andrade Jr.Jornalista ResponsávelRenato Costa (MTE 12.768)Assessoria de ComunicaçãoPaulo César Rosa

Contatos (32) 3215-2249 | www.bancariosjf.com.brTiragem: 1800 exemplares

3 • BANCÁRIOS

Fundado em novembro de 1932, Sindicato completa 83 anos, com um legado de lutas e

conquistas em benefício dos trabalhadores

Uma história a serviço da classe

trabalhadora

SINTRAF JF 83 ANOS

O Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (Sin-traf JF) comemora, no dia 27 de novembro de 2015, 83 anos de luta em prol da classe trabalhado-ra.

A história do Sintraf passa por décadas difíceis. Tempos de per-seguições, prisões e intervenções que fizeram de tudo para prejudi-car o avanço do país e da catego-ria. Com o início da democratiza-ção no Brasil, em 1986 o Sintraf JF se tornava o primeiro Sindicato de Bancários cutistas de Minas Gera-is e, desde então, foi adotado uma postura combativa e de enfrenta-mento.

O Sindicato busca incessante-mente nesses 83 anos garantir os direitos dos trabalhadores bancá-rios, não deixando de lado seu papel diante da sociedade e parti-cipando ativamente de movimen-tos sociais. Além disso, o Sintraf está sempre apoiando a popula-ção, clientes e usuários do siste-ma financeiro, que são, além dos bancários (as), as vitimas do capi-tal e dos banqueiros, que visam cada vez mais o lucro e menos a qualidade.

O secretário geral do Sintraf JF, Carlos Alberto de Freitas (Nunes), destaca que o Sindicato sempre buscou (e ainda é uma constante) se inserir e participar ativamente

na defesa de uma Sociedade mais justa e igualitária.

“Com a melhoria nas condi-ções de vida da sociedade, tam-bém melhoramos a situação dos bancários e bancárias. Somos a favor dos projetos de lei que defendem diversos trabalhadores que estavam à margem de uma CLT, assim como defendemos os direitos da Categoria Bancária. Além disso, durante todos esses anos também atuamos ativamen-te nas Lutas Sociais. Vale ressaltar que o Sintraf JF trabalha ardua-mente em benefício da Categoria Bancária e não esquece dos momentos de lazer, quando investe na Sede Campestre para que os bancários possam passar o dia com a Família”, avalia Nunes.

Robson Marques, presidente do Sintraf JF, avalia que as oito décadas de luta dos trabalhado-res bancários na Zona da Mata e Sul de Minas, é parte integrante da construção histórica da nossa região. “O Sindicato foi um dos precursores da organização dos trabalhadores em Juiz de Fora, e sempre se pautou pela luta contra a exploração. Nosso trabalho é garantir que essa referência não se perca, e que os trabalhadores e trabalhadoras saibam que existe uma entidade que luta e defende os seus direitos”, afirma.

O Sindicato ganhou ação con-tra o Itaú Unibanco, em que exige o pagamento do benefício do vale transporte em nome de todos os funcionários e ex-funcionários do banco que prestam ou prestaram serviços nas cidades de Matias Barbosa, Mar de Espanha, Bicas, São João Nepomuceno e Rio Novo e que residem (ou residiam) em Juiz de Fora ou outras cidades da região abrangidas pela base terri-torial do sindicato.

Os bancários saíram vitoriosos e o Itaú foi condenado a realizar o pagamento dos vales transporte aos trabalhadores das agências que se localizam nas cidades refe-ridas acima. O banco também terá que pagar, na forma de indeniza-ção substitutiva, o valor do vale transporte intermunicipal (parce-las vencidas) não concedido aos empregados, (ativos, inativos e demitidos) que vivenciem ou vivenciaram idêntica situação de diversidade entre a localidade da prestação de serviços e da resi-dência, dentro dos limites das cidades da região abrangidas pela base territorial do sindicato, nos moldes dos acordos coletivos

JURIDICO EM AÇÃO

Sintraf garante direitos de bancários do Itaúfirmados.

Houve antecipação de tutela e o Itaú deve, em 10 dias – a contar da sentença favorável datada em 16 de novembro de 2015 –, come-çar o pagamento aos bancários (as). Após o trânsito em julgado da decisão, expeça-se ofício ao Minis-tério do Trabalho e Emprego para as providências cabíveis.

De acordo com a diretoria de assuntos jurídicos do Sintraf, este mês também foi paga a ação do intervalo de 1 hora, antes da hora extra, dos bancários do Itaú que possuem jornada de 6 horas.

Foi pago o valor incontroverso de R$1.207.730,47 a 108 bancários. No entanto, ainda falta a outra parte, onde foram incluídos alguns bancários que o Itaú não considerou, pois tiveram sua jor-nada alterada para 8 horas. Além disso, os cálculos do banco Itaú ficaram abaixo do devido.

Importante ressaltar que sindi-cato impetrou ações iguais contra todos os outros bancos, inclusive contra a Caixa Econômica Federal, que já está na fase de cálculos.

Intervalo antes da hora extra

12 de Agosto • 201525 de Novembro • 2015

4 • BANCÁRIOS

Projeto abre caminho para uma nova onda de privatização das empresas públicas, e a

mobilização será fundamental

NÃO ao PLS 555!

BASTA DE PRIVATIZAÇÃO

Na quinta-feira (12) em Brasília (DF), aconteceu o Debate sobre o Estatuto das Estatais - PLS 555/2015, o qual contou com a participação da empregada da Caixa Econômica Federal (CEF) e diretora do Sintraf JF, Lívia Terra.

Logo na abertura, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, lembrou que a proposta está tra-mitando sem que tenha ocorrido uma discussão com os trabalhado-res e a sociedade. “Nós queremos debater o projeto, pois trata-se de uma grande ameaça à Caixa, ao BNDES, à Petrobras, aos Correios e a outras empresas públicas fede-rais, estaduais e municipais. Gra-ças à nossa mobilização inicial, evitamos a votação em regime de urgência. É preciso, no entanto, intensificar os esforços contra a proposta”, afirmou.

Para Lívia, é necessário um debate mais amplo sobre este PLS. “Este não é um projeto que atinge unicamente a Caixa, mas a todas as outras estatais. Isso terá consequências profundas na vida de todos, já que se trata de um projeto altamente privatista”, destaca a diretora.

Coube a Luiz Alberto dos San-tos, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, fazer um completo raio-x do PLS

555/2015. “O projeto tem vários problemas. Um deles é que a auto-ria é do Congresso Nacional. Segundo a Constituição, são de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que dispo-nham sobre criação e extinção de Ministérios e órgãos da adminis-tração pública. A proposta tam-bém tem definições muito superfi-ciais sobre a função social das estatais e limitações excessivas quanto aos tipos societários”, explicou.

Carlos de Souza, secretário geral da Contraf-CUT, destacou a importância da mobilização dos trabalhadores. “Foi nossa luta que impediu a abertura de capital da Caixa. Então, temos condições de frear mais essa tentativa de priva-tizar as estatais”, afirmou.

João Antônio de Moraes, secre-tário de Relações Internacionais da FUP, também condenou o modelo privatista. “O maior acidente ambi-ental do Brasil, que aconteceu agora em Minas Gerais, é o resulta-do das privatizações do governo FHC e da gestão de empresas que visam apenas o lucro”, lembrou. Emanoel Souza de Jesus, da CTB, frisou: “Temos que barrar mais esse retrocesso. A proposta do deputado Arthur Maia, o mesmo da terceirização, e do senador

O valor do desconto assistencial / taxa de fortalecimento relativo à Convenção Coletiva de Trabalho dos Financiários 2015/2016 e Con-venção Coletiva de PLR exercício 2015, aprovado por ampla maioria, em Assembleia Geral Permanente, realizada no dia 11 de Novembro de 2015, será de 1,5% (Um e Meio por cento) sobre os salários e ver-bas de natureza Salarial (Salário Bruto) de todos (as) os (as) bancári-os (as) sindicalizados (as) ou não, observando o teto máximo de R$ 120,00 (cento e vinte reais), des-conto esse que será efetuado na folha salarial de Dezembro de 2015.

Os (as) bancários (as) interessa-dos (as) em se opor ao desconto

Tasso Jereissati, é um golpe contra as estatais. Precisamos dar um basta a esses jabutis colocados no Congresso para retomar propos-tas já derrotadas pela sociedade brasileira”.

Representantes da Contraf-CUT, a CUT e de diversos sindica-tos de servidores públicos se reuni-ram no dia 18 com o ministro do

Planejamento, Nelson Barbosa, e com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério, José Lopes Feijó, para tratar do PLS 555/2015. No encontro, realizado em Brasí-lia, Barbosa disse que o governo está atento à discussão no Con-gresso e designou dois assessores diretos para conversar com as entidades e definirem uma agenda conjunta de ações em relação à tramitação da proposta.

Agenda para debater PLS

12 de Agosto • 201525 de Novembro • 2015

FINANCIÁRIOS

Comunicado: Desconto Assistencial 2015deverão entregar o requerimento, individual e pessoalmente, na Sede Social deste Sindicato, à Rua Batista de Oliveira n° 745, Centro, Juiz de Fora – MG, a partir do dia 18 de novembro de 2015 a 01 de dezembro de 2015, no horário de 09h30 às 18hs., e o mesmo deverá conter nome completo do funcio-nário, CI, CPF, matricula funcional, número da conta - corrente e agen-cia, além do interesse na oposição.

Para os trabalhadores(as) de financeiras que trabalham em outras cidades de nossa base, a carta de oposição poderá ser envi-a d a p a r a o e m a i l b a n c a r [email protected]; e, o original assinado posteriormente via correio.

5 • BANCÁRIOS 12 de Agosto • 201525 de Novembro • 2015

Intervalo de 15 minutos: um direito das mulheres

Novembro Azul: um toque de consciência

A garantia de 15 minutos de intervalo para as bancárias antes de iniciar a jornada extra de trabalho foi tema de debate específico da Caixa Econômica Federal durante a Campanha Salarial deste ano. A proposta apresentada pela Fenaban de desconsiderar os 15 minutos foi comemorada pela categoria, especialmente pelas mulheres, que consideram desnecessário o intervalo, já que em muitos momentos o tempo que excedem no trabalho é pouco, não comple-tando 60 minutos.

O direito ao intervalo está referendado no artigo 384 da Consolidação das Leis Trabalhis-t a s q u e a s s e g u r a d e f o r m a explicita que “em caso de prorro-gação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extra-ordinário do trabalho”. A regula-mentação já foi questionada no Supremo Tribunal Federal pela Associação Brasileira de Super-mercados (Abras) e pela Federa-ção Brasileira de Bancos (Febra-ban) sob a alegação de tratamen-to privilegiado para as mulheres nos espaços de trabalho, o que deslegitima, de acordo essas organizações, a defesa de igual-dade entre homens e mulheres prevista na Constituição Federal.

Ana Paula Souza, assistente

social do Sintraf JF, explica e

defende a importância do

intervalo para as trabalhadoras

Esse argumento é facilmente rebatido e superado se conside-rarmos que a igualdade jurídica não implica necessariamente a igualdade no plano real, na vida cotidiana e, consequentemente nas relações de trabalho em que as mulheres se inserem de forma desigual. A defesa pela igualdade econômica, jurídica e social entre homens e mulheres não implica desconsiderar que fisiologica-mente seus corpos não são iguais e que as mulheres tendem a apresentar com mais frequência quadros de infecção urinária, por exemplo. Desse modo, a pausa é necessária e assegura as condi-ções para promoção da saúde das mulheres.

Ainda que entre os (as) bancá-rios (as) a necessidade do interva-lo seja “questionável”, diante das conquistas da categoria por melhores condições de trabalho, para a maioria das mulheres trabalhadoras tal direito é essen-cial e deve ser defendido. Assim como o questionamento da necessidade de se realizar horas extras de trabalho. A luta das mulheres por melhores condições de trabalho e vida é histórica, avanços em categorias específi-cas são importantes para fomen-tar a luta pelos mesmos direitos nas demais categorias profissio-nais. Questionar a necessidade de um direito importante para as mulheres só fragmenta nossa luta por um mundo mais igualitário para homens e mulheres.

Cuidar da saúde também é coisa de homem. Novembro é o mês de combate ao câncer de próstata e o Sintraf JF apoia esta causa, pois o diagnóstico precoce do câncer de próstata preserva o seu futuro e aumentar a expectativa de vida não diminui a sua masculinidade.De acordo com o Instituto Nacio-nal de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, represen-tando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em compa-ração aos países em desenvolvi-mento.A Sociedade Brasileira de Urolo-gia (SBU) recomenda que os e x a m e s p r e v e n t i v o s s e j a m realizados 1 vez por ano, após os 45 anos de idade, sendo antecipa-do para 40 anos caso o homem tenha um familiar com câncer de próstata. Mais do que qualquer

outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Porém, isso não quer dizer que os que não atingiram esta idade não devam se cuidar, pois o câncer de próstata é assintomáti-co em suas fases iniciais e só sentirá dor ou dificuldade de urinar quando a doença já estiver avançada.

Fonte: Instituto Nacional de Câncer – INCA; Hospital de Câncer de Barretos;

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6 • BANCÁRIOS

Com o corte, número de funcionários chegou a pouco mais de 109 mil em

setembro deste ano

Mesmo com lucro, BB corta 2552 vagas

em um ano

R$ 11,8 BI EM 9 MESES

Apesar do lucro do Banco do Brasil continuar crescendo, a instituição financeira mantém a política de cortes de emprego. O balanço referente aos primeiros nove meses do ano aponta um lucro líquido de R$ 11,888 bilhões, resultado 43,5% maior que o apresentado em setembro de 2014.

O montante leva em conside-ração os impactos de receitas extraordinárias, a maior delas (R$ 3,212 bilhões) corresponde à operação Cateno, acordo de associação entre BB Elo Cartões e Cielo no ramo de meios eletrôni-cos de pagamento. Já o lucro líquido ajustado, que exclui os itens extraordinários, foi de R$

8,947 bilhões, crescimento de 7,5% em relação ao mesmo perío-do do ano passado.

Apesar do bom desempenho, a instituição financeira cortou 2.552 postos de trabalho em doze meses (setembro de 2014 a setembro de 2015). Assim, em setembro deste ano o número de empregados do BB chegou a 109.352.

“Os dados mostram que o banco aposta no ganho a custa da intensificação do trabalho. O lucro cresce e, ao mesmo tempo, o número de bancários diminui. Isso leva ao adoecimento do fun-cionário, cada vez mais sobrecar-regado e pressionado a cumprir metas abusivas”, critica a conse-

lheira da Cassi e funcionária do BB Silvia Muto.

A dirigente lembra que o impacto na saúde do funcionalis-mo reflete no desempenho da caixa de assistência. “A Cassi está com quadro deficitário, mas na hora de negociar o déficit, o banco se exime de sua responsa-bilidade e quer que isso fique nas costas do trabalhador. A empresa sobrecarrega e adoece seus funci-onários e tem de assumir as con-sequências disso”, afirma Silvia.

Ela lembra que o funcionalis-mo reivindica um aporte de R$ 300 milhões do BB na Cassi, e que apenas com a receita extraordi-nária da operação Cateno (R$ 3,212 bilhões) o banco cobriria

isso com folga. “As cifras altíssi-mas do balanço não deixam dúvi-das de que não há justificativa para que o banco não invista na Cassi.”

O balanço mostra ainda que houve redução no número de agências. Apenas no terceiro trimestre deste ano, o BB fechou 120. O saldo em doze meses é de 69 unidades a menos. A empresa chegou em setembro deste ano com um total de 5.424 agências.

O índice de inadimplência (relação entre as operações ven-cidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) alcançou 2,20% em setembro. No mesmo mês de 2014, o índice de inadimplência foi de 2,09%.

A diretoria do Sindicato dos Bancários informa a todos os usuári-os da Sede Campestre que, a partir de 2016, as cortesias para convida-dos (apenas para bancários sindicali-zados) serão oferecidas em um novo formato.

A partir de janeiro/2016, os con-vites deverão ser retirados unica-mente pelos bancários, sendo veda-da a entrega a dependentes. A reti-rada deverá ser feita na Sede Cam-

SEDE CAMPESTRE

Diretoria divulga novos valores e regras para 2016pestre (Av. Eugênio do Nascimento, 700).

No ano que vem as taxas passam por reajuste, a seguir: mensalidade Sócio-Contribuinte: R$ 80; mensali-dade sócios individuais, financeiras e cooperativas: R$ 40; luva para sócios com dependentes será de R$ 350 e Individuais de R$ 175,00.

A portaria continuará no valor de R$ 25,00, o mesmo praticado em 2015.

Foi aprovado, após votação na

Câmara Municipal de Juiz de Fora, a

criação do feriado municipal em

alusão ao aniversário de morte do

líder negro Zumbi dos Palmares, a

ser comemorado no dia 20 de

novembro. O projeto de lei, de autoria do

vereador Roberto Cupolilo (Betão,

PT) foi acompanhado de perto por

militantes do movimento negro e

CONSCIÊNCIA NEGRA

Vereadores de JF aprovam feriado no dia de Zumbi

12 de Agosto • 201525 de Novembro • 2015

entidades sociais.Os contrários à proposta justifi-

caram que um terceiro feriado no

mês de novembro poderia trazer

prejuízos ao setor econômico da

cidade. Vale lembrar que a data é

feriado em mais de mil municípios

brasileiros.O projeto segue para apreciação

do Executivo, que promete a sua

sanção ainda no mês de novembro.