boletim do trabalho e emprego 17/2009 - …fesete.pt/portal/docs/pdf/bte acordo de 2009.pdf ·...

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ÍNDICE Propriedade Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Edição Gabinete de Estratégia e Planeamento Centro de Informação e Documentação Conselho Económico e Social Regulamentação do trabalho 1562 Organizações do trabalho 1819 Informação sobre trabalho e emprego N. o Vol. Pág. 2009 17 76 1559-1846 8 Mai Conselho Económico e Social: Regulamentação do trabalho: Despachos/portarias: Portarias de condições de trabalho: Portarias de extensão: — Portaria de extensão das alterações do CCT entre a AIBA — Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FETE- SE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros (administrativos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1562 — Portaria de extensão das alterações do CCT entre a Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1563 — Portaria de extensão do CCT entre a CNIS — Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e a FNE — Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1564 — Aviso de projecto de portaria de extensão das alterações do CCT entre a APCOR — Associação Portuguesa de Cortiça e o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços (SNDCES/UGT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1566 — Aviso de projecto de portaria de extensão das alterações do CCT entre a Associação Comercial de Braga — Comércio, Turismo e Serviços e outras e o SITESC — Sindicato de Quadros, Técnicos Administrativos, Serviços e Novas Tecnologias e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1567 — Aviso de projecto de portaria de extensão das alterações do CCT entre a Associação Portuguesa de Seguradores e outro e o STAS — Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1569 — Aviso de projecto de portaria de extensão dos CCT entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FESAHT — Fe- deração dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e a FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros . . . . 1570 Convenções colectivas de trabalho: — CCT entre a ANCAVE — Associação Nacional dos Centros de Abate e Indústrias Transformadoras de Carne de Aves e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Carnes do Sul e outros — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1571 — CCT entre a Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo e a FESAHT — Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1593 — CCT entre a GROQUIFAR — Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (Serviços de Desinfesta- ção/Aplicação de Pesticidas) e a FIEQUIMETAL — Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas — Alteração salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1595 — CCT entre a ANCAVE — Associação Nacional dos Centros de Abate e Indústrias Transformadoras de Carne de Aves e a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) e outros — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1603 — CCT entre a Associação dos Industriais de Panificação de Lisboa e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (fabrico, expedição e vendas, apoio e manutenção) — Alteração salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1606

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  • NDICE

    PropriedadeMinistrio do Trabalho

    e da Solidariedade Social

    EdioGabinete de Estratgia

    e Planeamento

    Centro de Informao e Documentao

    Conselho Econmico e Social

    Regulamentao do trabalho 1562

    Organizaes do trabalho 1819

    Informao sobre trabalho e emprego

    N.o Vol. Pg. 2009

    17 76 1559-1846 8 Mai

    Conselho Econmico e Social:

    Regulamentao do trabalho:

    Despachos/portarias:

    Portarias de condies de trabalho:

    Portarias de extenso:

    Portaria de extenso das alteraes do CCT entre a AIBA Associao dos Industriais de Bolachas e Afins e a FETE-SE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros (administrativos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1562

    Portaria de extenso das alteraes do CCT entre a Associao Portuguesa das Empresas do Sector Elctrico e Electrnico e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1563

    Portaria de extenso do CCT entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FNE Federao Nacional dos Sindicatos da Educao e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1564

    Aviso de projecto de portaria de extenso das alteraes do CCT entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e o Sindicato do Comrcio, Escritrios e Servios (SNDCES/UGT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1566

    Aviso de projecto de portaria de extenso das alteraes do CCT entre a Associao Comercial de Braga Comrcio, Turismo e Servios e outras e o SITESC Sindicato de Quadros, Tcnicos Administrativos, Servios e Novas Tecnologias e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1567

    Aviso de projecto de portaria de extenso das alteraes do CCT entre a Associao Portuguesa de Seguradores e outro e o STAS Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1569

    Aviso de projecto de portaria de extenso dos CCT entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FESAHT Fe-derao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associao de empregadores e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros . . . . 1570

    Convenes colectivas de trabalho:

    CCT entre a ANCAVE Associao Nacional dos Centros de Abate e Indstrias Transformadoras de Carne de Aves e o Sindicato dos Trabalhadores da Indstria e Comrcio de Carnes do Sul e outros Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1571

    CCT entre a Associao dos Agricultores do Baixo Alentejo e a FESAHT Federao dos Sindicatos de Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1593

    CCT entre a GROQUIFAR Associao de Grossistas de Produtos Qumicos e Farmacuticos (Servios de Desinfesta-o/Aplicao de Pesticidas) e a FIEQUIMETAL Federao Intersindical das Indstrias Metalrgica, Qumica, Farmacutica, Elctrica, Energia e Minas Alterao salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1595

    CCT entre a ANCAVE Associao Nacional dos Centros de Abate e Indstrias Transformadoras de Carne de Aves e a Federao dos Sindicatos de Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) e outros Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1603

    CCT entre a Associao dos Industriais de Panificao de Lisboa e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (fabrico, expedio e vendas, apoio e manuteno) Alterao salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1606

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    CCT entre a ANIL Associao Nacional dos Industriais de Lanifcios e outra e a FESETE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores Txteis, Lanifcios, Vesturio, Calado e Peles de Portugal e outros Alterao salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1619

    CCT entre a NORQUIFAR Associao Nacional dos Importadores/Armazenistas e Retalhistas de Produtos Qumicos e Farmacuticos e o SINDEQ Sindicato Democrtico da Energia, Qumica, Txtil e Industrias Diversas Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1677

    CCT entre a NORQUIFAR Associao Nacional dos Importadores/Armazenistas e Retalhistas de Produtos Qumicos e Farmacuticos e o SINDEQ Sindicato Democrtico da Energia, Qumica, Txtil e Indstrias Diversas alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1679

    ACT entre a Sociedade de Panificao Sul do Tejo, L.da, e outras e a FESAHT Federao dos Sindicatos de Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1680

    ACT entre a LUTAMAR Prestao de Servios Navegao, L.da, e outras e o SITEMAQ Sindicato de Mestrana e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra Alterao parcial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1681

    AE entre a Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A., e a ASPTC Associao Sindical do Pessoal de Trfego da Carris Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1683

    AE entre a Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A., e o SIMA Sindicato das Indstrias Metalrgicas e Afins Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1719

    AE entre a Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A., e a FECTRANS Federao dos Sindicatos de Transportes e Comunicaes e outro Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1756

    AE entre a Atlantic Ferries Trfego Local, Fluvial e Martimo, S. A., e o SIMAMEVIP Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agncias de Viagens, Transitrios e Pesca e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1793

    AE entre a EPAL Empresa Portuguesa das guas Livres, S. A., e o Sindicato dos Trabalhadores da Indstria Metalrgica e Metalomecnica dos Distritos de Lisboa, Santarm e Castelo Branco e Outros Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . 1815

    AE entre a Sata Internacional Servios e Transportes Areos, S. A., e o SPAC Sindicato dos Pilotos da Aviao Civil Reviso parcial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1817

    Avisos de cessao da vigncia de convenes colectivas de trabalho:

    Acordos de revogao de convenes colectivas de trabalho:

    Organizaes do trabalho:

    Associaes sindicais:

    I Estatutos:

    Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educao e Universidades SE-PLEU Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1819

    STE Sindicato dos Quadros Tcnicos do Estado Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1827

    II Direco:

    SEPLEU Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educao e Universida-des Eleio em 29 de Maro de 2009 para o mandato de quatro anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1836

    Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte Eleio em 19, 20 e 21 de Maro de 2009 para mandato de trs anos (trinio de 2009-2012) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1841

    Associaes de empregadores:

    I Estatutos:

    ANIET Associao Nacional da Indstria Extractiva e Transformadora Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1842

    II Direco:

    Associao Nacional dos Industriais de Botes Eleio em 30 de Janeiro de 2009 para o mandato de dois anos (binio de 2009-2010) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1842

    ANIET Associao Nacional da Indstria Extractiva e Transformadora Eleio em 17 de Dezembro de 2007 para o binio de 2008-2009 Substituio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1842

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    Associao Nacional de Empresas de Produtos Explosivos ANEPE Eleio em 28 de Maro de 2009 para mandato de trs anos (trinio de 2009-2011) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1843

    Associao Nacional das Indstrias de Vesturio e Confeco ANIVEC/APIV Eleio em 30 de Maro de 2009 para o trinio de 2009-2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1843

    Comisses de trabalhadores:

    I Estatutos:

    Comisso de Trabalhadores da BLAUPUNKT Auto-Radio Portugal, L.da Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1843

    II Eleies:

    Comisso de Trabalhadores da empresa Dura Automotive Portuguesa, Indstria de Componentes para Automveis, L.da Eleio em 31 de Maro de 2009 para o trinio de 2009-2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1844

    Comisso de Trabalhadores dos CTT Correios Substituio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1844

    Representantes dos trabalhadores para a segurana, higiene e sade no trabalho:

    I Convocatrias:

    Gonalves & Cachadinha Rectificao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1844

    BETOMINHO Sociedade de Construo, S. A. Rectificao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1845

    SIGLAS

    CCT Contrato colectivo de trabalho.ACT Acordo colectivo de trabalho.RCM Regulamentos de condies mnimas.RE Regulamentos de extenso.CT Comisso tcnica.DA Deciso arbitral.AE Acordo de empresa.

    Execuo grfica: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, S. A. Depsito legal n. 8820/85.

    Nota. A data de edio transita para o 1. dia til seguinte quando coincida com Sbados, Domingos e Feriados

  • 1562

    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    CONSELHO ECONMICO E SOCIAL

    REGULAMENTAO DO TRABALHO

    DESPACHOS/PORTARIAS

    PORTARIAS DE CONDIES DE TRABALHO

    PORTARIAS DE EXTENSO

    Portaria de extenso das alteraes do CCT entre a AIBA Associao dos Industriais de Bo-lachas e Afins e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros (administrativos).As alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a

    AIBA Associao dos Industriais de Bolachas e Afins e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros (administrativos), publicadas no Bo-letim do Trabalho e Emprego, n. 33, de 8 de Setembro de 2008, abrangem as relaes de trabalho entre empregadores que se dediquem ao fabrico industrial de bolachas e afins e trabalhadores administrativos ao seu servio, uns e outros representados pelas associaes que as outorgaram.

    As associaes subscritoras da conveno requereram a sua extenso s relaes de trabalho entre empregado-res e trabalhadores no representados pelas associaes outorgantes e que, no territrio nacional, se dediquem ao fabrico industrial de bolachas.

    No foi possvel proceder ao estudo de avaliao de impacte da extenso da tabela salarial em virtude do apura-mento dos quadros de pessoal de 2006 no permitir deter-minar o nmero de trabalhadores ao servio da actividade abrangida pela conveno.

    A conveno actualiza o abono para falhas em 6 %. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte desta prestao. Atendendo ao valor da actua-lizao e porque esta prestao foi objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu -la na extenso.

    No obstante a conveno se aplicar na indstria de bolachas e afins, a presente extenso abranger exclu-sivamente o fabrico industrial de bolachas, a exemplo das extenses anteriores, em virtude das restantes ac-tividades serem representadas por outras associaes de empregadores e estarem abrangidas por convenes prprias.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre as empresas do sector de actividade abrangido, a extenso assegura para a tabela salarial retroactividade idntica da conveno e, para o abono para falhas, uma produo de efeitos a partir do dia 1 do ms seguinte ao da entrada em vigor da conveno.

    Embora a conveno tenha rea nacional, a extenso de convenes colectivas nas Regies Autnomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extenso apenas aplicvel no territrio do continente.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos tra-

  • 1563

    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    balhadores e, no plano econmico, o de aproximar as con-dies de concorrncia entre empresas do mesmo sector.

    Foi publicado o aviso relativo presente extenso no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 5, de 8 de Fevereiro de 2009, ao qual no foi deduzida oposio por parte dos interessados.

    Assim:Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-

    lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.As condies de trabalho constantes das alteraes do

    contrato colectivo de trabalho entre a AIBA Associao dos Industriais de Bolachas e Afins e a FETESE Federa-o dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros (administrativos), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 33, de 8 de Setembro de 2008, so estendidas, no territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no fi-liados na associao de empregadores outorgante que se dediquem ao fabrico industrial de bolachas e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores que exeram a actividade econmica referida na alnea ante-rior filiados na associao de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais previstas na conveno, no representados pelas associaes sindicais signatrias.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 A tabela salarial produz efeitos a partir de 1 de

    Maio de 2008 e o abono para falhas produz efeitos a partir de 1 de Outubro de 2008.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de seis.

    Lisboa, 20 de Abril de 2009. O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Portaria de extenso das alteraes do CCT en-tre a Associao Portuguesa das Empresas do Sector Elctrico e Electrnico e a FETESE Fe-derao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros.As alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a

    Associao Portuguesa das Empresas do Sector Elctrico e Electrnico e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 37, de 8 de Outubro de 2008, abrangem as relaes de trabalho entre emprega-

    dores que se dediquem, no domnio do sector elctrico e electrnico, energia e telecomunicaes, pelo menos a uma das actividades industriais e ou comerciais de fabricao, projecto, investigao, engenharia de software e engenharia de sistemas, instalao, manuteno e assistncia tcnica, prestao de servios de telecomunicaes bsicos, com-plementares ou de valor acrescentado e trabalhadores ao seu servio, uns e outros representados pelas associaes que as outorgaram.

    As associaes subscritoras requereram a extenso das alteraes da conveno s relaes de trabalho entre empregadores e trabalhadores no representados pelas associaes outorgantes e que se dediquem mesma ac-tividade.

    A conveno actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliao do impacte da extenso da tabela salarial teve por base as retribuies efectivas praticadas no sector abran-gido pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2006 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas em 2007. Os trabalhadores a tempo completo do sector abrangido pela conveno, com excluso dos aprendizes, praticantes e do residual (que inclui o ignorado), so 21 569, dos quais 8113 (37,6 %) auferem retribuies infe-riores s convencionais, sendo que 1142 (5,3 %) auferem retribuies inferiores s convencionais em mais de 6,7 %. So as empresas do escalo com mais de 200 trabalhado-res que empregam o maior nmero de trabalhadores com retribuies inferiores s convencionais.

    A conveno actualiza, ainda, outras prestaes de con-tedo pecunirio, nomeadamente o subsdio de refeio e o prmio de antiguidade, com acrscimos de, respecti-vamente, 4,2 % e 2,6 %. No se dispe de dados estats-ticos que permitam avaliar o impacte destas prestaes. Considerando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica--se inclu -las na extenso.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre as empresas do sector de actividade abrangido, a extenso assegura para a tabela salarial e para o subsdio de refeio retroactivi-dade idntica da conveno.

    Tendo em considerao a existncia no sector de activi-dade da presente conveno de outra conveno colectiva de trabalho outorgada por diferente associao de emprega-dores, com mbito parcialmente coincidente, assegura -se, na medida do possvel, a uniformizao do estatuto laboral em cada empresa.

    Foi publicado o aviso relativo presente extenso no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 47, de 22 de Dezembro de 2008, tendo sido deduzidas oposies pela FIEQUIME-TAL Federao Intersindical das Indstrias Metalrgica, Qumica, Farmacutica, Elctrica, Energia e Minas e pela Associao Portuguesa das Empresas do Sector Elctrico e Electrnico. A primeira invoca a existncia de regulamen-tao colectiva especfica e pretende a excluso dos traba-lhadores representados pelos sindicatos seus associados, do mbito da presente extenso. A segunda ope -se excluso de empregadores filiados na AGEFE Associao Empre-sarial dos Sectores Elctrico, Electrodomstico, Fotogrfico e Electrnico, considerando que a excepo ser contrria ao mbito de actividade representada por cada uma das Associaes, que pe em causa a estabilidade das relaes

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    laborais decorrentes da aplicao das convenes colecti-vas outorgadas por cada Associao e que as actividades representadas pelas referidas associaes e abrangidas pelas respectivas convenes so diferentes.

    A federao sindical oponente celebra com a mesma associao de empregadores uma conveno colectiva de trabalho, cuja ltima publicao teve lugar no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 41, de 8 de Novembro de 1999, objecto de extenso. Considerando que assiste oponente a defesa dos direitos e interesses dos trabalha-dores que os sindicatos seus federados representam e que o regulamento de extenso s pode ser emitido na falta de instrumento de regulamentao colectiva de trabalho negocial, de acordo com o artigo 515. do Cdigo do Tra-balho, procede -se excluso dos trabalhadores filiados nos sindicatos representados pela FIEQUIMETAL.

    A Associao Portuguesa das Empresas do Sector Elc-trico e Electrnico representa, nos termos dos respectivos estatutos as empresas que, no territrio nacional, se dedi-cam, no domnio do sector elctrico e electrnico, ener-gia e telecomunicaes, pelo menos a uma das seguintes actividades industriais e ou comerciais: fabricao, pro-jecto, investigao, engenharia de software e engenharia de sistemas, instalao, manuteno e assistncia tcnica, prestao de servios de telecomunicaes bsicos, com-plementares ou de valor acrescentado, enquanto a AGEFE representa empregadores que se dediquem importao ou comrcio de material elctrico, electrnico, informtico, electrodomstico, fotogrfico ou de relojoaria, assim como actividades conexas, incluindo servios.

    A AGEFE celebrou, para a mesma rea geogrfica, uma conveno colectiva de trabalho com diversas associaes sindicais, cujo mbito sectorial abrange o comrcio por grosso e ou a importao de material elctrico, electrnico, informtico, electrodomstico, fotogrfico ou de relojoaria e actividades conexas, incluindo servios, publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 37, de 8 de Outubro de 2008, cuja extenso tambm foi requerida.

    Contrariamente ao defendido pela oponente, o mbito da conveno abrange, entre outros, empregadores que, no sector elctrico, electrnico e de telecomunicaes, prossigam apenas uma actividade comercial, que tam-bm abrangida pela conveno colectiva celebrada pela AGEFE, pelo que a excluso prevista visa assegurar a aplicao do mesmo estatuto laboral nas empresas filiadas na AGEFE, constante da conveno por ela outorgada. A soluo idntica adoptada na extenso da conveno celebrada pela AGEFE, atravs da excluso dos emprega-dores filiados na Associao Portuguesa das Empresas do Sector Elctrico e Electrnico.

    Embora a conveno tenha rea nacional, a extenso de convenes colectivas nas Regies Autnomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extenso apenas aplicvel no territrio do continente.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos tra-balhadores e, no plano econmico, o de aproximar as con-dies de concorrncia entre empresas do mesmo sector.

    Assim:Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-

    lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.1 As condies de trabalho constantes das alteraes

    do contrato colectivo de trabalho entre a Associao Por-tuguesa das Empresas do Sector Elctrico e Electrnico e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 37, de 8 de Outubro de 2008, so estendidas, no territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no filia-dos na associao de empregadores outorgante que se dedi-quem, no domnio do sector elctrico e electrnico, energia e telecomunicaes, pelo menos a uma das actividades industriais e ou comerciais de fabricao, projecto, inves-tigao, engenharia de software e engenharia de sistemas, instalao, manuteno e assistncia tcnica, prestao de servios de telecomunicaes bsicos, complementares ou de valor acrescentado e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados na associao de empregadores outorgante que prossigam a actividade referida na alnea anterior e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais pre-vistas na conveno, no representados pelas associaes sindicais outorgantes.

    2 O disposto na alnea a) do nmero anterior no aplicvel a empregadores filiados na AGEFE Associa-o Empresarial dos Sectores Elctrico, Electrodomstico, Fotogrfico e Electrnico.

    3 A presente extenso no se aplica a trabalhadores filiados em sindicatos inscritos na FIEQUIMETAL Fe-derao Intersindical das Indstrias Metalrgica, Qumica, Farmacutica, Elctrica, Energia e Minas.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 A tabela salarial e o valor do subsdio de refeio

    produzem efeitos a partir de 1 de Abril de 2008.3 Os encargos resultantes da retroactividade podero

    ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de seis.

    Lisboa, 20 de Abril de 2009. O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Portaria de extenso do CCT entre a CNIS Con-federao Nacional das Instituies de Soli-dariedade e a FNE Federao Nacional dos Sindicatos da Educao e outros.O contrato colectivo de trabalho entre a CNIS Con-

    federao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FNE Federao Nacional dos Sindicatos da Educao e outros, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    n. 32, de 29 de Agosto de 2008, abrange as relaes de trabalho entre instituies particulares de solidariedade social que exeram a sua actividade no territrio nacional, com excepo da Regio Autnoma dos Aores, e traba-lhadores ao seu servio, representados pelas associaes que o outorgaram.

    As associaes subscritoras requereram a extenso da conveno s relaes de trabalho entre instituies e trabalhadores no representados pelas associaes ou-torgantes.

    A conveno actualiza as tabelas salariais. O estudo de avaliao do impacte da extenso das tabelas salariais teve por base as retribuies efectivas praticadas nos sec-tores abrangidos pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2006 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas em 2007. Os trabalhadores a tempo completo dos sectores abrangidos pela conveno, com excluso dos aprendizes, praticantes e do residual (que inclui o ignorado) e dos trabalhadores docentes, so 80 783, dos quais 23 927 (29,6 %) auferem retribuies inferiores s fixadas pela conveno, sendo que 8347 (10,3 %) auferem retribuies inferiores s da conveno em mais de 6,7 %. So as instituies dos escales de dimenso entre 21 e 200 trabalhadores que empregam o maior nmero de tra-balhadores com retribuies inferiores s convencionais.

    A conveno actualiza outras prestaes de contedo pecunirio, como as diuturnidades, o abono para falhas e o subsdio de refeio. No se dispe de dados estats-ticos que permitam avaliar o impacte destas prestaes. Considerando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica--se inclu -las na extenso.

    As remuneraes dos nveis 16 a 18 da tabela A so inferiores retribuio mnima mensal garantida em vigor em 2009. Atendendo a que a retribuio mnima mensal garantida pode ser objecto de redues relacionadas com o trabalhador, de acordo com o artigo 275. do Cdigo do Trabalho, as referidas remuneraes apenas so objecto de extenso para abranger situaes em que a retribuio m-nima mensal garantida resultante da reduo seja inferior.

    A conveno, alm das tabelas salariais e dos valores das clusulas de contedo pecunirio com retroactividade a 1 de Janeiro de 2008, consagra tabelas salariais e valores das clusulas de contedo pecunirio que retroagem a 1 de Janeiro de 2007. Estes ltimos foram j objecto da exten-so dos CCT entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Ser-vios e outros e entre a mesma confederao e a Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica, publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, de 29 de Agosto de 2008. Assim, com vista a aproximar os estatutos la-borais dos trabalhadores e as condies de concorrncia entre as instituies de solidariedade social, a extenso assegura para as tabelas salariais e para as clusulas de contedo pecunirio em vigor retroactividade idntica da conveno.

    Foi publicado o aviso relativo presente extenso no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 47, de 22 de Dezembro de 2008, na sequncia do qual a Unio das Misericrdias Portuguesas e a Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica deduziram oposio.

    A Unio das Misericrdias Portuguesas, alegando salva-guarda da autonomia negocial e que celebrou recentemente um acordo colectivo de trabalho, pretende que as Santas Ca-sas da Misericrdia sejam excludas do mbito da extenso, embora reconhea que algumas Santas Casas so filiadas na CNIS. Considerando que assiste oponente a defesa dos direitos e interesses das instituies que representa, e a exemplo de anteriores extenses, so excludas da extenso as Santas Casas da Misericrdia no filiadas na CNIS.

    Por sua vez, a Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica ops -se extenso total da conveno a relaes laborais entre instituies particulares de solidarie-dade social filiadas ou no na CNIS e trabalhadores filiados nos sindicatos nela associados, embora concordando com a extenso apenas das tabelas salariais e do clausulado de contedo pecunirio aos mesmos trabalhadores. A federa-o sindical oponente celebra com a mesma associao de empregadores uma conveno colectiva de trabalho, cuja ltima publicao teve lugar no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 6, de 15 de Fevereiro de 2008, que foi objecto de extenso. Nos termos do artigo 515. do Cdigo do Trabalho, a portaria de extenso no se aplica s relaes de trabalho abrangidas por instrumento de regulamentao colectiva de trabalho negocial. Por outro lado, a extenso parcial da conveno inconveniente porque as tabelas salariais e restante clausulado com contedo pecunirio se inserem no acordo de reviso global da conveno em que outras condies de trabalho foram igualmente objecto de actualizao. Assim, considerando que assiste oponente a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representa, so excludos da extenso os trabalhadores filiados em sindicatos associados na Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos trabalha-dores e, no plano econmico, o de aproximar as condies de concorrncia entre instituies do mesmo sector.

    Embora a conveno se aplique na Regio Autnoma da Madeira, a extenso de convenes colectivas nas Regies Autnomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extenso apenas aplicvel no territrio do continente.

    Assim:Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-

    lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.1 As condies de trabalho constantes do CCT entre

    a CNIS Confederao Nacional das Instituies de So-lidariedade e a FNE Federao Nacional dos Sindicatos da Educao e outros, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, de 29 de Agosto de 2008, com rectificao publicada no citado Boletim do Trabalho e Emprego, n. 8, de 28 de Fevereiro de 2009, so estendidas, no territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre instituies particula-res de solidariedade social que prossigam as actividades reguladas pela conveno no filiadas na confederao outorgante, excepto as santas casas da misericrdia, e trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais nela previstas;

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    b) s relaes de trabalho entre instituies particulares de solidariedade social que prossigam as actividades regu-ladas pela conveno filiadas na confederao outorgante e trabalhadores ao seu servio, das referidas profisses e categorias profissionais, no representados pelas associa-es sindicais outorgantes.

    2 A presente portaria no se aplica a trabalhadores filiados em sindicatos associados na Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica.

    3 As remuneraes previstas nas tabelas salariais da conveno que sejam inferiores retribuio mnima mensal garantida para o ano de 2009 apenas so objecto de extenso em situaes em que sejam superiores quela retribuio mnima mensal garantida resultante de reduo relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 275. do Cdigo do Trabalho.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 As tabelas salariais e os valores das clusulas de

    contedo pecunirio que a conveno determina que pro-duzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008 retroagem, no mbito da presente extenso, a partir da mesma data.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade da pre-sente extenso podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da sua entrada em vigor, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de seis.

    Lisboa, 20 de Abril de 2009. O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Aviso de projecto de portaria de extenso das al-teraes do CCT entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e o Sindicato do Comr-cio, Escritrios e Servios (SNDCES/UGT).Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.

    do Cdigo do Trabalho e dos artigos 114. e 116. do C-digo do Procedimento Administrativo, torna -se pblico ser inteno do Ministrio do Trabalho e da Solidarie-dade Social proceder emisso de portaria de extenso das alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e o Sindicato do Comrcio, Escritrios e Servios (SNDCES/UGT), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 46, de 15 de Dezembro de 2008, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, cujo pro-jecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

    Nos 15 dias seguintes da publicao do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extenso de-duzir, por escrito, oposio fundamentada ao referido projecto.

    Lisboa, 20 de Abril de 2009. O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Nota justificativa

    As alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e o Sindi-cato do Comrcio, Escritrios e Servios (SNDCES/UGT) publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 46, de 15 de Dezembro de 2008, abrangem as relaes de tra-balho entre empregadores e trabalhadores representados pelas associaes que as outorgaram que se dediquem actividade corticeira.

    Os outorgantes da conveno requereram a extenso da mesma a todas as empresas do sector de actividade abrangido e aos trabalhadores ao seu servio.

    A conveno actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliao do impacte da extenso da tabela salarial teve por base as retribuies efectivas praticadas no sector abrangido pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2006 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas em 2007. Os trabalhadores a tempo completo do sector abrangido pela conveno, com excluso dos aprendizes, praticantes e do residual (que inclui o ignorado), so 756, dos quais 80 (10,6 %) auferem retribuies inferiores s convencionais, sendo que 50 (6,6 %) auferem retribuies inferiores s da conveno em mais de 6,5 %. nas empresas do escalo at 10 trabalhadores que se encontra o maior nmero de traba-lhadores com retribuies inferiores s da conveno.

    A conveno actualiza, ainda, as diuturnidades, em 7,4 %, o subsdio de refeio, em 2 %, e o abono para falhas, em 6,9 %. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte destas prestaes. Conside-rando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu--las na extenso.

    Tem -se em considerao a existncia de outra conven-o colectiva de trabalho, celebrada entre a Associao dos Industriais e Exportadores de Cortia e diversas as-sociaes sindicais, cujas extenses tm sido limitadas s empresas nela filiadas, enquanto nas empresas no filiadas em qualquer das associaes de empregadores do sector se aplicou o CCT entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e o SITESC Sindicato de Quadros, Tcnicos Administrativos, Servios e Novas Tecnologias e o Sindi-cato do Comrcio, Escritrios e Servios (SNDCES/UGT), dada a sua maior representatividade e a necessidade de acautelar as condies de concorrncia neste sector de actividade. Como o apuramento dos quadros de pessoal de 2006 confirma, no essencial, o nmero de trabalhadores a tempo completo abrangidos por cada uma das convenes, mantm -se na presente extenso o critrio que orientou as extenses anteriores.

    As retribuies dos grupos IX a XIV da tabela salarial so inferiores retribuio mnima mensal garantida em vigor. No entanto, a retribuio mnima mensal garantida pode ser objecto de redues relacionadas com o trabalha-dor, de acordo com o artigo 275. do Cdigo do Trabalho. Deste modo, as referidas retribuies apenas so objecto de extenso para abranger situaes em que a retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo seja infe-rior quela.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre as empresas do sector de actividade abrangido, a extenso assegura para

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    a tabela salarial e para as clusulas de contedo pecunirio, retroactividade idntica da conveno.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos tra-balhadores e, no plano econmico, o de aproximar as con-dies de concorrncia entre empresas do mesmo sector.

    A presente extenso s abrange o territrio do conti-nente. A actividade regulada no existe nas Regies Au-tnomas e, em qualquer caso, a extenso no territrio das Regies competiria aos respectivos Governos Regionais.

    Assim, ponderadas as circunstncias sociais e econ-micas justificativas da extenso, previstas no n. 2 do ar-tigo 514. do Cdigo do Trabalho, conveniente promover a extenso da conveno em causa.

    Projecto de portaria de extenso das alteraes do CCT entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e o Sindicato do Comrcio, Escritrios e Servios (SND-CES/UGT).

    Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.

    1 As condies de trabalho constantes das alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a APCOR Asso-ciao Portuguesa de Cortia e o Sindicato do Comrcio, Escritrios e Servios (SNDCES/UGT), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 46, de 15 de Dezembro de 2008, so estendidas, no territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no filia-dos na associao de empregadores outorgante que se dedi-quem actividade corticeira, e trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados na associao de empregadores outorgante que exeram a actividade econmica referida na alnea anterior e tra-balhadores ao seu servio das profisses e categorias pro-fissionais previstas na conveno, no representados pelas associaes sindicais outorgantes.

    2 A extenso determinada na alnea a) do nmero anterior no se aplica s relaes de trabalho em que sejam parte empregadores filiados na AIEC Associao dos Industriais e Exportadores de Cortia.

    3 As retribuies dos grupos IX a XIV da tabela salarial apenas so objecto de extenso em situaes em que sejam superiores retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 275. do Cdigo do Trabalho.

    Artigo 2.

    1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps a sua publicao no Dirio da Repblica.

    2 A tabela salarial e as clusulas de contedo pecu-nirio produzem efeitos desde 1 de Maio de 2008.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de seis.

    Aviso de projecto de portaria de extenso das alteraes do CCT entre a Associao Comer-cial de Braga Comrcio, Turismo e Servios e outras e o SITESC Sindicato de Quadros, Tcnicos Administrativos, Servios e Novas Tecnologias e outro.Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.

    do Cdigo do Trabalho e dos artigos 114. e 116. do C-digo do Procedimento Administrativo, torna -se pblico ser inteno do Ministrio do Trabalho e da Solidarie-dade Social proceder emisso de portaria de extenso das alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a Associao Comercial de Braga Comrcio, Turismo e Servios e outras e o SITESC Sindicato de Quadros, Tcnicos Administrativos, Servios e Novas Tecnologias e outro, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 6, de 15 de Fevereiro de 2009, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, cujo pro-jecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

    Nos 15 dias seguintes ao da publicao do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extenso deduzir, por escrito, oposio fundamentada ao referido projecto.

    Lisboa, 20 de Abril de 2009. O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Nota justificativa

    As alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a Associao Comercial de Braga Comrcio, Turismo e Servios e outras e o SITESC Sindicato de Quadros, Tcnicos Administrativos, Servios e Novas Tecnologias e outro, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 6, de 15 de Fevereiro de 2009, abrangem as relaes de trabalho entre empregadores e trabalhadores que no distrito de Braga se dediquem actividade comercial e prestao de servios, uns e outros representados pelas associaes que as outorgaram.

    As associaes subscritoras requereram a extenso das referidas alteraes a todas as empresas que se dediquem ao comrcio e prestao de servios no distrito de Braga e a todos os trabalhadores das profisses e categorias nele previstas.

    A conveno actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliao do impacte da extenso da tabela salarial teve por base as retribuies efectivas praticadas no sector abran-gido pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2006 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas nos anos de 2007 e de 2008. Os trabalhadores a tempo completo do sector, com excluso dos aprendizes e dos praticantes, so cerca de 11 755, dos quais 6973 (59,3 %) auferem retribuies inferiores s convencionais, sendo que 4682 (39,8 %) auferem retribuies inferiores s da conveno em mais de 7,1 %. So as empresas do escalo at 10 traba-lhadores que empregam o maior nmero de trabalhadores com retribuies inferiores s da conveno.

    A conveno actualiza, ainda, outras prestaes de con-tedo pecunirio, como o subsdio de alimentao, em 5,6 %, o abono para falhas, em 5,7 %, as diuturnidades, em 5,6 %, algumas ajudas de custo e outros subsdios, entre 5,4 % e 6,6 %. No se dispe de dados estatsticos que per-

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    mitam avaliar o impacte destas prestaes. Considerando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu -las na extenso.

    Por outro lado, a retribuio fixada para o nvel XIV da tabela salarial inferior retribuio mnima mensal ga-rantida em vigor. No entanto, a retribuio mnima mensal garantida pode ser objecto de redues relacionadas com o trabalhador, de acordo com o artigo 275. do Cdigo do Trabalho. Deste modo, a referida retribuio da tabela sa-larial apenas objecto de extenso para abranger situaes em que a retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo seja inferior quela.

    A conveno abrange, entre outras, as actividades de sales de cabeleireiro e institutos de beleza. Contudo, existindo convenes colectivas de trabalho celebradas por associaes de empregadores que representam estas activi-dades e que outorgam convenes colectivas de trabalho, tambm objecto de extenso, que se aplicam no distrito de Braga, a presente extenso abrange apenas, quanto a estas actividades, as empresas filiadas nas associaes de empregadores outorgantes e trabalhadores ao seu servio, das categorias profissionais previstas nas convenes.

    As extenses anteriores desta conveno no abrange-ram as relaes de trabalho tituladas por empregadores que exerciam a actividade econmica em estabelecimentos qua-lificados como unidades comerciais de dimenso relevante, no filiados nas associaes de empregadores outorgantes, regulados pelo Decreto -Lei n. 218/97, de 20 de Agosto, entretanto revogado pela Lei n. 12/2004, de 30 de Maro, as quais eram abrangidas pelo contrato colectivo de traba-lho entre a APED Associao Portuguesa de Empresas de Distribuio e diversas associaes sindicais e pelas respectivas extenses, situao que se mantm.

    Considera -se conveniente manter a distino entre pe-queno/mdio comrcio a retalho e a grande distribuio, nos termos seguidos pelas extenses anteriores, pelo que a extenso das alteraes da conveno no abrange as empresas no filiadas nas associaes de empregadores outorgantes, desde que se verifique uma das seguintes condies:

    Sendo de comrcio a retalho alimentar ou misto, dispo-nham de uma rea de venda contnua de comrcio a retalho alimentar igual ou superior a 2000 m;

    Sendo de comrcio a retalho no alimentar, dispo-nham de uma rea de venda contnua igual ou superior a 4000 m;

    Sendo de comrcio a retalho alimentar ou misto, perten-centes a empresa ou grupo que tenha, a nvel nacional, uma rea de venda acumulada de comrcio a retalho alimentar igual ou superior a 15 000 m;

    Sendo de comrcio a retalho no alimentar, pertencen-tes a empresa ou grupo que tenha, a nvel nacional, uma rea de venda acumulada igual ou superior a 25 000 m.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre as empre-sas do sector de actividade abrangido pela conveno, a extenso assegura para a tabela salarial e para as clusu-las de contedo pecunirio retroactividade idntica da conveno. No entanto, as compensaes das despesas de deslocao previstas na clusula 23., n. 13, no so

    objecto de retroactividade, uma vez que se destinam a compensar despesas j feitas para assegurar a prestao do trabalho.

    A extenso das alteraes da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano econmico, o de aproximar as condies de concorrncia entre empresas do mesmo sector.

    Assim, ponderadas as circunstncias sociais e econ-micas justificativas da extenso, previstas no n. 2 do ar-tigo 514. do Cdigo do Trabalho, conveniente promover a extenso das alteraes da conveno em causa.

    Projecto de portaria de extenso das alteraes do CCT entre a Associao Comercial de Braga Comrcio, Turismo e Servios e outras e o SITESC Sindicato de Quadros, Tcnicos Administrativos, Servios e Novas Tecnologias e outro.

    Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.

    1 As condies de trabalho constantes das altera-es do contrato colectivo de trabalho entre a Associao Comercial de Braga Comrcio, Turismo e Servios e outras e o SITESC Sindicato de Quadros, Tcnicos Administrativos, Servios e Novas Tecnologias e outro, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 6, de 15 de Fevereiro de 2009, so estendidas, no distrito de Braga:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no fi-liados nas associaes de empregadores outorgantes que se dediquem ao comrcio e prestao de servios, com excepo dos empregadores que se dedicam s activi-dades de sales de cabeleireiro e institutos de beleza, e trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados nas associaes de empregadores outorgantes que exeram as actividades econmicas abrangidas pela conveno e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais nela previstas no filiados nas associaes sindicais outorgantes.

    2 A retribuio fixada para o nvel XIV da tabela sala-rial apenas objecto de extenso nas situaes em que seja superior retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 275. do Cdigo do Trabalho.

    3 A presente extenso no se aplica a empresas no fi-liadas nas associaes de empregadores outorgantes desde que se verifique uma das seguintes condies:

    Sendo de comrcio a retalho alimentar ou misto, dispo-nham de uma rea de venda contnua de comrcio a retalho alimentar igual ou superior a 2000 m;

    Sendo de comrcio a retalho no alimentar, dispo-nham de uma rea de venda contnua igual ou superior a 4000 m;

    Sendo de comrcio a retalho alimentar ou misto, perten-centes a empresa ou grupo que tenha, a nvel nacional, uma

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    rea de venda acumulada de comrcio a retalho alimentar igual ou superior a 15 000 m;

    Sendo de comrcio a retalho no alimentar, pertencen-tes a empresa ou grupo que tenha, a nvel nacional, uma rea de venda acumulada igual ou superior a 25 000 m.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 A tabela salarial e os valores das clusulas de con-

    tedo pecunirio produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009, com excepo da clusula 23., n. 13, relativa a despesas de deslocao.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de trs.

    Aviso de projecto de portaria de extenso das alte-raes do CCT entre a Associao Portuguesa de Seguradores e outro e o STAS Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e outros.Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.

    do Cdigo do Trabalho e dos artigos 114. e 116. do C-digo do Procedimento Administrativo, torna -se pblico ser inteno do Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social proceder emisso de portaria de extenso das alte-raes do contrato colectivo de trabalho entre a Associao Portuguesa de Seguradores e outro e o STAS Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, de 29 de Agosto de 2008, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, cujo pro-jecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

    Nos 15 dias seguintes ao da publicao do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extenso deduzir, por escrito, oposio fundamentada ao referido projecto.

    Lisboa, 20 de Abril de 2009. O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Nota justificativa

    As alteraes do contrato colectivo de trabalho cele-brado entre a Associao Portuguesa de Seguradores e ou-tro e o STAS Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, de 29 de Agosto de 2008, abrangem, no territrio nacional, as relaes de trabalho entre em-presas de seguros e trabalhadores ao seu servio, uns e outros representados pelas associaes que as outorgaram.

    O STAS requereu a extenso das referidas alteraes a toda a indstria seguradora.

    A conveno actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliao do impacte da extenso da tabela salarial teve por base as retribuies efectivas praticadas no sector abran-

    gido pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2006 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas no ano de 2007 e de 2008.

    Os trabalhadores a tempo completo do sector, com exclu-so de aprendizes, praticantes e do residual (que inclui o ig-norado) so cerca de 11 138, dos quais 983 (8,8 %) auferem retribuies inferiores s da tabela salarial da conveno, sendo que 938 (8,4 %) auferem retribuies inferiores s convencionais em mais de 6,9 %. So as empresas com mais de 200 trabalhadores que empregam o maior nmero de tra-balhadores com retribuies inferiores s da conveno.

    A conveno actualiza, ainda, outras prestaes de con-tedo pecunirio, como o pagamento de despesas efectua-das em servio em Portugal, em 6 %, o seguro de doena, em 6,5 %, os benefcios em caso de morte, em 6,1 %, e o subsdio de refeio, em 6,2 %. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte destas pres-taes. Considerando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu -las na extenso.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre as empre-sas do sector de actividade abrangido pela conveno, a extenso assegura para a tabela salarial, para o subsdio de refeio e para os valores dos benefcios em caso de morte retroactividades idnticas s da conveno. As com-pensaes das despesas de deslocao previstas no n. 2 da clusula 48., no so objecto de retroactividade, uma vez que se destinam a compensar despesas j feitas para assegurar a prestao de trabalho.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos tra-balhadores e, no plano econmico, o de aproximar as con-dies de concorrncia entre empresas do mesmo sector.

    Embora a conveno tenha rea nacional, a extenso de convenes colectivas nas Regies Autnomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extenso apenas ser aplicvel no territrio do continente.

    Assim, ponderadas as circunstncias sociais e econ-micas justificativas da extenso, previstas no n. 2 do ar-tigo 514. do Cdigo do Trabalho, conveniente promover a extenso das alteraes da conveno em causa.

    Projecto de portaria de extenso das alteraes do CCT entre a Associao Portuguesa de Seguradores e outro e o STAS Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e outros.

    Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.1 As condies de trabalho constantes das altera-

    es do contrato colectivo de trabalho entre a Associao Portuguesa de Seguradores e outro e o STAS Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, de 29 de Agosto de 2008, so estendidas, no territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre empresas de seguros no filiados na associao de empregadores outorgante e

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empresas de segu-ros filiados na associao de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu servio das referidas profisses e categorias profissionais no filiados nas associaes sindicais subscritoras.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 A tabela salarial e o valor do subsdio de refeio

    previsto no n. 1 da clusula 67. produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2008; os valores previstos no n. 11 da clusula 48., na clusula 61. e no n. 2 da clusula 64. produzem efeitos a partir de 8 de Fevereiro de 2008.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de seis.

    Aviso de projecto de portaria de extenso dos CCT entre a Liga Portuguesa de Futebol Profis-sional e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma asso-ciao de empregadores e a FEPCES Fede-rao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros.Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.

    do Cdigo do Trabalho e dos artigos 114. e 116. do C-digo do Procedimento Administrativo, torna -se pblico ser inteno do Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social proceder emisso de portaria de extenso dos contratos colectivos de trabalho celebrados entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FESAHT Fe-derao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Be-bidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associao de empregadores e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Ser-vios e outros, publicados, respectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 48, de 29 de Dezembro de 2008, e 2, de 15 de Janeiro de 2009, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, cujo pro-jecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

    Nos 15 dias seguintes ao da publicao do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extenso deduzir, por escrito, oposio fundamentada ao referido projecto.

    Lisboa, 20 de Abril de 2009. O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Nota justificativa

    Os contratos colectivos de trabalho entre a Liga Portu-guesa de Futebol Profissional e a FESAHT Federao

    dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hote-laria e Turismo de Portugal e entre a mesma associao de empregadores e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros, publicados, respectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 48, de 29 de Dezembro de 2008, e 2, de 15 de Janeiro de 2009, abrangem as relaes de trabalho entre empregadores e trabalhadores representados pelas associaes que os outorgaram.

    As associaes subscritoras requereram a extenso das convenes colectivas aos empregadores e trabalhadores do mesmo sector de actividade no filiados nas associaes outorgantes.

    Ambas as convenes so revises globais dos con-tratos colectivos de trabalho anteriores. No foi possvel efectuar o estudo de avaliao do impacte da extenso das tabelas salariais j que os contratos colectivos pro-cederam alterao do nmero de nveis de retribui-o. Contudo, foi possvel determinar, com base no apuramento dos quadros de pessoal de 2006, que os trabalhadores a tempo completo do sector abrangido pelas convenes, com excluso do residual, que inclui o ignorado, so 1445.

    A retribuio do nvel XX da tabela salarial de ambas as convenes inferior retribuio mnima mensal garan-tida em vigor. No entanto, a retribuio mnima mensal garantida pode ser objecto de redues relacionadas com o trabalhador, de acordo com o artigo 275. do Cdigo do Trabalho. Deste modo, a referida retribuio apenas objecto de extenso para abranger situaes em que a retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo seja inferior quela.

    As convenes actualizam, ainda, o abono para falhas e as diuturnidades, em 1,5 %, o subsdio de refeio em 2,3 %, as prestaes devidas em caso de deslocao, em percentagens que variam entre 4 % e 9,1 %, e o subsdio de deslocao, em percentagens que variam entre 3,6 % e 3,4 %. No se dispe de dados estatsticos que permi-tam avaliar o impacte destas prestaes. Considerando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu--las na extenso. Atendendo a que ambas as convenes regulam diversas condies de trabalho, procede -se ressalva genrica de clusulas contrrias a normas legais imperativas.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos tra-balhadores e as condies de concorrncia entre os em-pregadores do sector de actividade abrangido, a extenso assegura, para as tabelas salariais e clusulas de contedo pecunirio, retroactividade idntica das convenes. No entanto, as compensaes das despesas de desloca-es previstas na clusula 106. das convenes no so objecto de retroactividade uma vez que se destinam a compensar despesas j feitas para assegurar a prestao do trabalho.

    Tendo em considerao que no vivel proceder verificao objectiva da representatividade das associaes sindicais outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas convenes so substancialmente idnticos, procede -se respectiva extenso conjunta.

    A extenso das convenes tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano econmico, o de aproxi-

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    mar as condies de concorrncia entre empregadores do mesmo sector.

    Embora as convenes tenham rea nacional, a extenso de convenes colectivas nas Regies Autnomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extenso apenas aplicvel no territrio do continente.

    Assim, ponderadas as circunstncias sociais e econ-micas justificativas da extenso, previstas no n. 2 do ar-tigo 514. do Cdigo do Trabalho, conveniente promover a extenso das convenes em causa.

    Projecto de portaria de extenso dos CCT entre a Liga Portu-guesa de Futebol Profissional e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Ho-telaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associao de empregadores e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros.

    Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514. e do n. 1 do artigo 516. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.

    1 As condies de trabalho constantes dos contratos colectivos de trabalho celebrados entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotela-ria e Turismo de Portugal e entre a mesma associao de empregadores e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros, publicados, respectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 48, de 29 de Dezembro de 2008, e 2, de

    15 de Janeiro de 2009, so estendidas, no territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre clubes e sociedades desportivas que prossigam as actividades reguladas pelas convenes, no filiados na associao de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais nelas prevista;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados na associao de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais pre-vistas nas convenes no representados pelas associaes sindicais outorgantes.

    2 A retribuio do nvel XX das tabelas salariais das convenes, apenas objecto de extenso em situaes em que seja superior retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 275. do Cdigo do Trabalho.

    3 No so objecto de extenso as disposies das convenes contrrias a normas legais imperativas.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 As tabelas salariais e os valores das clusulas de

    contedo pecunirio, com excepo dos previstos na clu-sula 106., produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2008.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite seis.

    CONVENES COLECTIVAS DE TRABALHO

    CCT entre a ANCAVE Associao Nacional dos Centros de Abate e Indstrias Transformadoras de Carne de Aves e o Sindicato dos Trabalha-dores da Indstria e Comrcio de Carnes do Sul e outros Reviso global.A presente reviso altera e substitui, para todos os

    efeitos, a conveno publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 29, de 8 de Agosto de 2005, e as alteraes subsequentes, a ltima das quais publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 19, de 22 de Maio de 2008.

    CAPTULO I

    rea, mbito, vigncia e denncia

    Clusula 1.rea e mbito

    1 O presente CCT vincula, por um lado, todas as entidades patronais que exeram a actividade de abate, desmancha, corte, preparao e qualificao de aves, bem como a sua transformao e comercializao, represen-tadas pela associao outorgante e, por outro lado, todos

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    os trabalhadores ao seu servio que, representados pelos organismos sindicais outorgantes, exeram actividade profissional correspondente a alguma das categorias pro-fissionais previstas neste contrato.

    2 O presente CCT abrange todo o territrio nacional e aplicvel a um universo de 52 empresas, num total de 4750 trabalhadores.

    3 As partes outorgantes acordam em requerer, em conjunto e simultaneamente com o envio do CCT para publicao ao Ministrio do Trabalho, a sua extenso, por alargamento de mbito, a todas as entidades patronais e tra-balhadores no associados que exeram a mesma actividade.

    Clusula 2.Vigncia e denncia

    1 O presente CCT entra em vigor, nos termos da lei, com a sua publicao no Boletim do Trabalho e Emprego e vlido pelo perodo de 12 meses.

    2 Salvo o disposto no n. 4 desta clusula quanto denncia, uma vez atingido o respectivo termo inicial, o presente CCT renovar -se -, automaticamente, por suces-sivos perodos de 12 meses, at ser substitudo por nova conveno.

    3 A tabela salarial constante do anexo II e demais clusulas com expresso pecuniria produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009 e vigoraro por um perodo efectivo de 12 meses.

    4 Em caso de denncia do presente CCT, a parte interessada em obter esse efeito dever remeter a respectiva comunicao contra parte, com uma antecedncia nunca inferior a trs meses relativamente ao termo da respectiva vigncia ou de qualquer uma das renovaes.

    CAPTULO II

    Admisso e carreira profissional

    Clusula 3.Princpios gerais

    I Condies gerais de admisso:1) A idade mnima de admisso dos trabalhadores ao

    servio das entidades patronais abrangidas por este contrato de 16 anos;

    2) Nenhum trabalhador poder ser admitido sem que se encontre habilitado com a escolaridade mnima obrigatria e prove, por documentao passada pelo servio de sade competente, possuir a robustez fsica suficiente para o exerccio da actividade;

    3) Esto dispensados das habilitaes a que se refere o nmero anterior os trabalhadores que j antes tenham com-provadamente exercido a profisso e os que no estejam abrangidos pela escolaridade obrigatria em vigor, bem como os que residam em concelho onde no existam es-tabelecimentos que facultem os referidos graus de ensino;

    4) A entidade patronal que admitir um trabalhador contra o disposto nesta clusula fica obrigada:

    a) Quando se verifique falta de habilitaes, a conceder ao trabalhador, sem prejuzo da sua normal remunerao, o mnimo de duas horas por dia para que obtenha as necessrias habilitaes, competindo ao trabalhador comprovar a ins-

    crio, ainda que em estabelecimento particular, bem como assiduidade e aproveitamento, excepto em caso de doena.

    II Condies especficas de admisso:

    a) Trabalhadores fogueiros reger -se -o pelo Decreto--Lei n. 46 989, de 30 de Abril de 1966;

    b) Trabalhadores motoristas s podem ser admiti-dos os trabalhadores que possuam a carta de conduo profissional;

    c) Trabalhadores metalrgicos praticantes so os trabalhadores que fazem tirocnio para qualquer das pro-fisses metalrgicas;

    d) Trabalhadores de refeitrio:

    1) Aps a publicao do presente CCT, s podero ser admitidos como trabalhadores de refeitrio aqueles que possuam as habilitaes exigidas por lei;

    2) No acto de admisso tero preferncia os trabalha-dores munidos de carteira profissional;

    3) Nos casos j existentes de trabalhadores em refeit-rios a tempo inteiro, estes, aps o seu acordo e publicao do presente CCT, tero a categoria profissional de traba-lhadores de refeitrio;

    4) Os trabalhadores referidos no nmero anterior po-dero temporariamente ser substitudos por trabalhadores da linha de abate, sem que estes adquiram a categoria de trabalhadores de refeitrio.

    III Admisso de trabalhadores:

    1) A admisso de qualquer trabalhador da competncia da entidade patronal, observando -se as disposies e regras estabelecidas neste CCT;

    2) As entidades patronais, quando pretendam admitir qualquer trabalhador, podero consultar o sindicato res-pectivo por escrito, obrigando -se estes a organizar e man-ter devidamente actualizado o registo de desempregados donde constem: idade, habilitaes literrias e profissio-nais, empresas onde prestou servio, durao e funes desempenhadas;

    3) Para efeitos do nmero anterior, o sindicato dever prestar a informao solicitada no prazo de cinco dias a contar da data da recepo do pedido, indicando os ele-mentos referidos no nmero anterior;

    4) Nenhum profissional poder ser admitido em ca-tegoria inferior quela em que se encontra qualificado, prevalecendo a categoria do seu carto sindical, se a mesma no constar do seu boletim de admisso;

    5) Qualquer trabalhador, antes da respectiva admisso, ser submetido a exame mdico, a expensas da entidade patronal, destinado a comprovar se possui a robustez fsica necessria s funes a desempenhar.

    Clusula 4.Perodo experimental

    1 Durante os primeiros 90 dias de vigncia do con-trato por tempo indeterminado, e salvo acordo escrito em contrrio, qualquer das partes pode fazer cessar unilateral-mente o contrato, sem necessidade de invocao de justa causa, no havendo lugar a qualquer indemnizao.

    2 Para os trabalhadores que exeram cargos de com-plexidade tcnica, de elevado grau de responsabilidade

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 17, 8/5/2009

    ou que pressuponham uma especial qualificao, ou que desempenhem funes de confiana, o prazo referido no nmero anterior reporta -se aos primeiros 180 dias de vi-gncia do contrato. Para o pessoal de direco e quadros superiores, aquele prazo reporta -se aos primeiros 240 dias de vigncia do contrato.

    3 Tendo o perodo experimental durado mais de 60 dias, para denunciar o contrato o empregador tem de dar um aviso prvio de 7 dias.

    4 No caso do contrato de trabalho a termo, os pero-dos referidos nos nmeros anteriores reduzem -se a:

    a) 30 dias para os contratos de durao igual ou superior a seis meses;

    b) 15 dias para os contratos a termo certo de durao ou previso de durao inferior a seis meses e nos contratos a termo incerto cuja durao se preveja no vir a ser superior quele limite.

    5 Findo o perodo experimental, a admisso torna -se efectiva, contando -se a antiguidade do trabalhador desde o incio daquele perodo.

    6 Durante o perodo experimental os trabalhadores esto abrangidos pelas estipulaes deste CCT, desde que no colidam com a natureza deste perodo.

    Clusula 5.Proibio de acordos entre entidades patro-

    nais lesivos para os trabalhadores

    So proibidos quaisquer acordos entre entidades patro-nais no sentido de, reciprocamente, limitarem a admisso de trabalhadores que tenham pertencido aos quadros de algumas delas ou de ambas.

    Clusula 6.Tempo de servio

    1 Considera -se tempo de servio prestado pelo tra-balhador entidade patronal todo o que ininterruptamente trabalhou para ela, embora em estabelecimentos diferentes.

    2 Quando o trabalhador transita de uma entidade patronal para outra associada, por ordem ou convite da entidade patronal, entende -se, salvo acordo em contrrio, que transita com todos os direitos e garantias que tinha na primeira.

    3 O disposto no nmero anterior aplica -se igual-mente nos casos de fuso de empresas ou transmisso de estabelecimentos.

    Clusula 7.Substituies temporrias

    1 O trabalhador que integralmente substituir outro de categoria mais elevada tem direito ao ordenado base e subsdio inerentes s funes do trabalhador substitudo durante o tempo em que se verificar essa substituio.

    2 Quando a substituio se torna definitiva, ou logo que fique determinado que ela venha a assumir inequivo-camente essa caracterstica, o trabalhador substituto dever ser imediatamente promovido categoria do substitudo, contando a antiguidade desde o incio da sua substituio.

    3 Na substituio por espao de tempo superior a 180 dias no haver lugar a reduo na retribuio do trabalhador substituto, mesmo que se verifique o regresso do trabalhador substitudo.

    4 Mantendo -se as condies que motivaram a subs-tituio, o trabalhador que ocupou esse lugar, por perodo de tempo superior a um ms, no pode ser substitudo por outro.

    5 Se ouvidos os trabalhadores do sector a que per-tence o trabalhador substituto se reconhecer que o esforo deste foi muito agravado, dever a entidade patronal ad-mitir outro trabalhador.

    Clusula 8.Admisso para efeitos de substituio

    1 A admisso de qualquer trabalhador, para efeitos de substituio temporria, dever constar de documento escrito donde conste o nome do substitudo, devendo uma cpia ser entregue ao substituto.

    2 No caso de o profissional admitido nessas condi-es continuar ao servio por mais de 15 dias aps o traba-lhador que substituiu retomar o trabalho ou verificando -se, por qualquer motivo, a cessao do contrato individual de trabalho deste, durante esse perodo, dever a admisso considerar -se definitiva, para todos os efeitos, a contar da data da admisso provisria, mantendo -se a categoria e a retribuio.

    Clusula 9.Classificao profissional

    Os trabalhadores abrangidos por este CCT sero clas-sificados nos termos do anexo I.

    Clusula 10.Relaes nominais e quadros de pessoal

    1 As entidades patronais enviaro s entidades a seguir indicadas, at 30 de Abril de cada ano, e at ao dia 30 do ms seguinte ao primeiro ms completo de vigncia deste contrato, um mapa dos trabalhadores ao seu servio:

    a) Original e uma cpia aos servios centrais do Mi-nistrio do Trabalho, se a entidade patronal tiver sede no distrito de Lisboa, e, nos restantes distritos, s delegaes distritais da Secretaria de Estado do Trabalho;

    b) Uma cpia aos sindicatos representativos dos tra-balhadores.

    2 Desse mapa constaro os seguintes elementos: n-mero de beneficirio da segurana social, nome completo, data de nascimento, admisso e ltima promoo, habi-litaes literrias e extraliterrias, profisso e categoria, remunerao mensal e diuturnidades.

    3 Logo aps o envio, as empresas afixaro, durante 30 dias, nos locais de trabalho e por forma bem visvel cpia dos mapas referidos no nmero anterior.

    4 Os mapas a enviar aos sindicatos tero de ser as-sinados pela comisso de trabalhadores e pelos delegados sindicais ou, na falta de ambos, pelo representante dos trabalhadores eleito para esse efeito.

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    5 O incumprimento do estipulado nesta clusula su-jeita as entidades patronais s penalidades previstas na lei.

    Clusula 11.Dotaes mnimas

    1 Na elaborao do quadro de pessoal abrangido por este contrato devero ser observadas as seguintes pro-pores:

    A) Trabalhadores caixeiros, similares e profissionais de armazm:

    a) obrigatria a existncia de caixeiro -encarregado ou chefe de seco sempre que o nmero de trabalhadores no estabelecimento ou na seco seja igual ou superior a cinco;

    b) Por cada grupo de cinco trabalhadores das categorias de vendedores ou afins, tomados no seu conjunto, ter a entidade patronal de atribuir obrigatoriamente e um deles a categoria de inspector de vendas;

    c) O nmero de caixeiros -ajudantes no poder ser su-perior ao de terceiros -caixeiros;

    d) Havendo apenas um trabalhador, este ter de ser segundo -caixeiro;

    B) Trabalhadores motoristas todos os veculos em distribuio tero obrigatoriamente ajudante de motorista distribuidor;

    C) Trabalhadores metalrgicos o nmero de prati-cantes no poder exceder 50 % do nmero de oficiais, com arredondamento para a unidade superior.

    Clusula 12.Acessos

    I Normas genricas1 Para o efeito do preenchimento de lugares vagos,

    dever a entidade patronal atender primeiramente exis-tncia do seu quadro de pessoal, recorrendo admisso de elementos estranhos empresa quando nenhum dos trabalhadores que a servem possuir as qualidades reque-ridas para o desempenho das funes.

    2 Sempre que as entidades patronais tenham neces-sidade de promover trabalhadores, devero ter em consi-derao as seguintes preferncias:

    a) Maior competncia profissional;b) Maiores habilitaes tcnico -profissionais;c) Maiores habilitaes literrias;d) Antiguidade.

    II Normas especficasA) Trabalhadores caixeiros, similares e profissionais

    de armazm:1) O praticante de caixeiro ser obrigatoriamente pro-

    movido a caixeiro -ajudante logo que complete trs anos de prtica ou 18 anos de idade;

    2) Os trabalhadores com 18 anos ou mais de idade que ingressem pela primeira vez na profisso no podero ser classificados em categoria inferior a caixeiro -ajudante;

    3) O caixeiro -ajudante ser obrigatoriamente promovido a caixeiro logo que complete dois anos de permanncia na categoria;

    4) O terceiro -caixeiro e o segundo -caixeiro ascendero obrigatoriamente classe superior aps trs anos de per-manncia na respectiva categoria;

    B) Trabalhadores electricistas:1) Os pr -oficiais, aps dois perodos de um ano de

    permanncia nesta categoria, sero promovidos a oficiais;2):a) Os trabalhadores electricistas diplomados pelas esco-

    las oficiais portuguesas nos cursos industrial de electricista ou de montador electricista e ainda os diplomados com os cursos de electricista da Casa Pia de Lisboa, Instituto Tcnico Militar dos Pupilos do Exrcito, segundo grau de torpedeiros electricistas da Marinha de Guerra Portuguesa e curso de mecnica electricista ou radiomontador da Escola Militar de Electromecnica e com 16 anos de idade tero, no mnimo, a categoria de pr -oficial do 2. perodo;

    b) Os trabalhadores electricistas diplomados com cursos do Ministrio do Trabalho, atravs do Fundo de Desenvol-vimento da Mo -de -Obra, tero no mnimo a categoria de pr -oficial do 1. perodo;

    C) Trabalhadores metalrgicos:1) Os praticantes metalrgicos que so admitidos para as

    profisses sem aprendizagem sero promovidos a oficiais de 3. ao fim de dois anos;

    2) Os profissionais metalrgicos de 3. classe que com-pletem trs anos de permanncia na empresa no exerccio da mesma profisso ou profisses afins ascendero classe imediatamente superior;

    3) Os trabalhadores metalrgicos que se encontrem h mais de trs anos na 2. classe de qualquer categoria na mesma empresa e no exerccio da mesma profisso ou pro-fisses afins ascendero classe imediatamente superior;

    D) Trabalhadores em carnes:1) Sem prejuzo de que para trabalho igual salrio igual,

    o praticante ser promovido a oficial logo que complete um ano de prtica aps a admisso;

    2) Este perodo poder ser reduzido a seis meses quando se trate de um trabalhador admitido com mais de 20 anos de idade se, ouvidos os trabalhadores da seco, forem reconhecidas as suas aptides.

    Clusula 13.Contratos de trabalho a termo

    1 permitida a celebrao de contratos a termo certo ou incerto, celebrados nos termos e nas condies da lei geral de trabalho.

    2 Os contratos a termo certo caducam no termo do perodo estipulado desde que o empregador ou o traba-lhador comunique, respectivamente, 15 ou 8 dias antes de o prazo expirar, por forma escrita, a vontade de o fazer cessar, se anteriormente no ocorrer qualquer outra causa de cessao do contrato.

    3 Os contratos a termo incerto caducam quando, prevendo -se a ocorrncia do termo incerto, o empregador comunique, por forma escrita, ao trabalhador a cessao do mesmo, com a antecedncia mnima de 7, 30 ou 60 dias, conforme o contrato tenha durado at seis meses, de seis me-

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    ses at dois anos ou por perodo superior, se anteriormente no ocorrer qualquer outra causa de cessao do contrato.

    4 O contrato a termo certo dura pelo perodo acor-dado, no podendo exceder trs anos, incluindo renova-es, nem ser renovado por mais de duas vezes.

    5 A estipulao do prazo ser nula se tiver por fim iludir as disposies que regulam o contrato a termo.

    6 A caducidade do contrato a termo que decorra de declarao do empregador confere ao trabalhador o direito a uma compensao correspondente a trs ou dois dias de retribuio base e diuturnidades por cada ms de durao do vnculo, consoante o contrato tenha durado por um perodo que, respectivamente, no exceda ou seja superior a seis meses.

    7 No caso de despedimento colectivo, o trabalhador s tem direito indemnizao correspondente se aquele se tornar eficaz antes do momento da caducidade do contrato.

    8 Durante o perodo experimental, qualquer das partes pode denunciar o contrato sem aviso prvio nem alegao de justa causa, no havendo direito a qualquer indemnizao.

    9 O contrato de trabalho a termo est sujeito a forma escrita, contendo as seguintes indicaes:

    a) Nome ou denominao e domiclio dos contraentes;b) Actividade contratada e retribuio do trabalhador;c) Local e perodo normal de trabalho;d) Data de incio do contrato;e) Indicao do termo estipulado e do respectivo motivo

    justificativo;f) Data da celebrao do contrato e, sendo a termo certo,

    da respectiva cessao.

    10 A inobservncia da forma escrita e a falta de indi-cao do prazo certo transformam o contrato em contrato sem prazo.

    CAPTULO III

    Direitos e deveres das partes

    Clusula 14.Garantias dos trabalhadores

    1 proibido entidade patronal:

    a) Opor -se, por qualquer meio, a que o trabalhador exera os seus direitos ou beneficie das garantias que emanam deste contrato ou da lei bem como despedi--lo ou aplicar -lhe qualquer sano por causa desse exerccio;

    b) Diminuir a retribuio ou modificar as condies de prestao de trabalho, desde que dessa modificao resulte ou possa resultar prejuzo para o trabalhador;

    c) Baixar a categoria do trabalhador;d) Exercer presso sobre o trabalhador para que este ac-

    tue no sentido de influir desfavoravelmente nas condies de trabalho dele ou dos companheiros;

    e) Transferir o trabalhador para outro local, se essa transferncia lhe causar prejuzo srio;

    f) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou servios fornecidos pela entidade patronal ou por pessoa por ela indicada;

    g) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, refeitrios, economatos ou outros estabelecimentos directamente relacionados com o trabalho, para for-necimento de bens ou prestao de servios aos tra-balhadores;

    h) Despedir e readmitir o trabalhador, ainda que com o seu consentimento, havendo o propsito de o prejudicar em direitos ou garantias decorrentes da antiguidade;

    i) Opor -se ao exerccio da actividade sindical na empresa sob qualquer forma que contrarie o estipulado na lei e neste CCT, nomeadamente em matria de reunio e exerccio de funes sindicais.

    2 A prtica pela entidade patronal de qualquer acto em contraveno do disposto nesta clusula d ao traba-lhador a faculdade de rescindir o contrato de trabalho com direito indemnizao da lei.

    3 Constitui violao das leis de trabalho a prtica de quaisquer actos previstos no n. 1 desta clusula.

    Clusula 15.Exerccio de funes diferentes

    das da respectiva categoria profissional

    1 A entidade patronal s pode encarregar o traba-lhador de servios diferentes daqueles que normalmente deve executar nas seguintes condies, cumulativamente consideradas:

    a) Quando o interesse da empresa o exija;b) Quando tal mudana no implique diminuio de

    retribuio nem modificao substancial da posio do trabalhador.

    2 Quando aos servios temporariamente desempe-nhados corresponder um tratamento mais favorvel, o trabalhador tem direito a este, excepto se o exerccio da-queles no ultrapassar 30 dias, caso em que s ter direito ao pagamento da retribuio respectiva.

    3 Ao trabalhador ser garantido o regresso situao anterior se no tiver revelado aptido para o desempenho das novas funes.

    Clusula 16.Deveres dos trabalhadores

    1 So deveres dos trabalhadores:a) Respeitar e tratar com urbanidade a entidade pa-

    tronal, os superiores hierrquicos, os companheiros de trabalho e as demais pessoas que estejam em relao com a empresa;

    b) Comparecer ao servio com assiduidade e realizar o trabalho com zelo e diligncia;

    c) Observar e fazer observar rigorosamente as deter-minaes dos superiores hierrquicos, excepto quando as mesmas se mostrem contrrias aos seus direitos e garantias;

    d) Guardar lealdade entidade patronal, nomeadamente no negociando por conta prpria ou alheia em concor-rncia com ela;

    e) Velar pela conservao e boa utilizao dos bens relacionados com o seu trabalho que lhe forem confiados pela entidade patronal;

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    f) Proceder com justia relativamente s infraces dis-ciplinares cometidas pelos seus inferiores hierrquicos e informar com verdade, iseno e esprito de justia quer quanto a pessoas quer quanto ao servio;

    g) Ter para com os restantes trabalhadores as atenes e respeito a que tm direito, prestando -lhes, em matria de servio, os conselhos e ensinamentos que necessitem ou solicitem;

    h) Cumprir e fazer cumprir as normas de salubridade, higiene, iluminao e segurana no trabalho;

    i) Dar estrito cumprimento ao presente contrato.

    2 O dever a que se refere a alnea c) do nmero an-terior respeita tanto s normas e instrues dadas directa-mente pela entidade patronal como s emanadas dos supe-riores hierrquicos do trabalhador, dentro da competncia que por aquela lhe foi atribuda.

    Clusula 17.Deveres da entidade patronal

    1 So deveres das entidades patronais:

    a) Tratar e respeitar o trabalhador com urbanidade, e, sempre que tiverem de fazer alguma admoestao, agir de forma a no ferir a sua dignidade;

    b) Pagar pontualmente ao trabalhador uma retribuio que, respeitando designadamente o princpio de, a trabalho igual salrio igual, seja justa e adequada ao seu trabalho, sem prejuzo das disposies legais e contratuais;

    c) Passar ao trabalhador, sempre que este solicite, cer-tificado de trabalho, donde constem o tempo de servio, a categoria e outros elementos expressamente referidos pelo trabalhador;

    d) Indemnizar o trabalhador dos prejuzos resultantes de acidentes de trabalho e de doenas profissionais, desde que o trabalhador no esteja segurado;

    e) Dispensar o trabalhador para o exerccio de cargo em associaes sindicais, instituies de previdncia e comisses de trabalhadores, nos termos da legislao em vigor e deste contrato;

    f) Cumprir todas as demais garantias decorrentes do contrato de trabalho e das normas que o regem;

    g) Instalar os trabalhadores em boas condies de sa-lubridade e higiene, especialmente no que diz respeito ventilao, bem como proteco para os que trabalham no calor e no frio, e iluminao dos locais de trabalho;

    h) Ouvir as comisses de trabalhadores, delegados sin-dicais ou o sindicato nos termos da lei e deste contrato;

    i) Prestar comisso paritria, s comisses de traba-lhadores, aos delegados sindicais e ao sindicato, sempre que pedidos, todos os elementos relativos ao cumprimento do presente CCT;