boletim do exercÍcio e do esporte …. brig. luís antônio, 278 – 6º andar são paulo – sp...

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ANO 01 – EDIÇÃO 01 SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE BOLETIM Acesse: www.medicinadoesporte.org.br e saiba mais. A RESIDÊNCIA MÉDICA em Medicina do Esporte e sua trajetória no Brasil pág. 03 pág. 07 DICAS DE SAÚDE E BEM-ESTAR Corrida: saiba escolher o tênis adequado ENTREVISTA: DR. SAMIR DAHER, presidente da SBMEE pág. 06 pág. 08 AGENDA: cursos; congressos. Campanha X Estratégia A HISTÓRIA DA MEDICINA ESPORTIVA: mudanças significativas ao longo dos anos pág. 04

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Page 1: BOLETIM DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE …. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andar São Paulo – SP Fone: (11) 3106-7544 Cep: 01318-901 E-mail: sbmee@medicinadoesporte.org.br Diretoria

A Mulher e o Esporte.Uma Conquista dos Últimos 40 anos 25 de outubroLocal: Anfiteatro Marcos LindenbergRua Pedro de Toledo, 697 – SP

Inscrições: http://www.cete.med.br/site/2013/07/02/a-mulher-e-o-esporte/

Mais informações: R&V Eventos (www.rveventos.net)

Telefone: (11) 3283-3326 ou [email protected]

26º Congresso Brasileirode Medicina do Exercícioe do Esporte

21 a 23 de agosto de 2014Local: Ouro Minas Palace HotelAv. Cristiano Machado, 4001Belo Horizonte – MG

Inscrições: (51) 3012-9148 / 3019-2444 / 3024-8404ou [email protected]

Mais informações: http://www.medesporte2014.com.br/

No dia 26 de setembro o presidente Samir Salim Daher recebeu o Dr. Ricardo Nahas, o Dr. Héldio Fortunato Gaspar de Freitas e o secretário Dr. Felipe Hardt, membrosda diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte em sua sede, para discutir o planejamento e diretrizes de comunicação da instituição. Participaram ainda a assessora de imprensa Vanessa Mastro, Renato Corrêa (Acontece Eventos), Augusto Diegues (Agência Flag), Eder Bandeira (E.ffecto Comunicação Integrada), Jurandir Sestari Filho (Connexomm), Mônica Petry (Pólen Conteúdo)e Ana Lira, secretária da SBMEE.

II Congresso Mineiro de Medicina do Exercício e do Esporte01 e 02 de novembroLocal: Centro de Atividades Didáticas da UFMG Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha – Belo Horizonte – MGContato: (31) 3247-1600 ou [email protected] informações: http://www.smexe.com.br/ii-congresso-mineiro-de-medicina-do-exercicio-e-do-esporte/Programa de Educação Continuada da Sociedade Brasileira

de Medicina do Exercício e do Esporte.

Coordenação: Dr. Ricardo Nahas.

Temas:• Ciclismo – Uma grande Volta pelo Esporte

29 de outubro• Esportes de contato e lutas

• Avaliação e controle clínico no boxe

26 de novembroLocal: Auditório do Hospital 9 de JulhoR. Peixoto Gomide, 625 / R. Eng. Monlevade, 118 – 1º andarSão Paulo – SP

Mais informações: (11) 3147-9644 ou [email protected]

ACONTECEU

AGENDA

CCuurrccuma lCCC oll nnggaa 25500 mmggoo

Um novo tempo no tratamento da O.A.

Eficácia similar ao ibuprofeno3

Reduz consumo de AINEs 2

Cientificamente comprovadoCurcumina principal fração (curcuminóide) com ação anti-inflamatória amplamente estudada.4

O O anantiti-i-infnflalamamatótóririooiiii 1 eficaz e seseguguroro aa llonongogo pprarazozo 2

Nos processos inflamatórioscrônicos1

dada.4

oo aa llonongoo pprarazozo..

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EXTX RTT ATAA OOTTEXTRATO

2Cápsulas1

2xPOR DIA12

as1

2PO

Caixas com

cápsulas1

Referências Bibliográficas: 1. Bula do produto MOTORE: cápsulas. Responsável Técnico: Gabriela Mallmann. Guarulhos, SP. Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. 2. BELCARO, Gianni. et al. Efficacy and safety of MERIVA®, a curcumin-phosphatidylcoline complex, during extend administration in osteoarthritis patients. Alt Med Rev, v.15, n.4, p. 337-344, 2010. 3. KUPTNIRATSAIKUL,V. et al. Efficacy and safetty of Curcuma domestica extracts in patients with knee osteoarthritis.The Journal Alt Med Compl Rev v15,8,2009; 891,897. 4. JURENKA S.J. Anti-inflammatory properties of Curcumin, a major constituent of Curcuma longa: a review of preclinical and clinical research. Alternative Medicine Review, v.14, n.2, p. 141-153, 2009. 5. Rota de Obtenção do Extrato.

Contraindicações: contraindicado em caso de alergia à curcumina, açafrão (Curcuma longa) ou a qualquer outro componente da fórmula. É contraindicado em pacientes que estejam em tratamento com medicações que alterem as características de coagulação como antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, heparina de baixo peso molecular e agentes trombolíticos. É também contraindicado em casos onde haja risco de obstrução de vias biliares ou casos de cálculos biliares, úlceras estomacais e hiperacidez do estômago.

Material técnico-científico de distribuição exclusiva à classe médica. Outubro/2013

MOTORE curcuma longa Extrato seco. Cápsulas 250 mg. USO ORAL. USO ADULTO. Indicações: medicamento fitoterápico destinado ao tratamento da osteoartrite e artrite reumatóide, e tem ação antiinflamatória e antioxidante. Cuidados e advertências: a curcumina é muito bem tolerada em seu uso por via oral pela grande maioria dos pacientes, sendo raros os relatos de efeitos prejudiciais. Raramente podem ocorrer queixas como desconforto gástrico leve e movimentos intestinais mais frequentes. Precauções e advertências: o uso da curcumina por via oral mostrou ser bem tolerada pela maioria dos pacientes. Em casos esporádicos foram relatados episódios de menor gravidade como desconforto gastrointestinal. Não há relatos de overdose ou efeito tóxico grave. Em caso de ocorrência de reação de hipersensibilidade, a medicação deve ser imediatamente descontinuada e os sintomas avaliados pelo médico. Motore deve ser tomado apenas por via oral. Os riscos do uso por via de administração não recomendada são a não obtenção do efeito desejado e a ocorrência de reações adversas indesejadas. Não há dados de segurança relativo ao uso da curcumina em portadores de insuficiência hepática e/ou renal, não sendo recomendável o uso da medicação em pacientes nessas condições. As doses de tratamento recomendadas não devem ser excedidas. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. Gravidez e lactação: apesar de não haver estudos conclusivos em humanos que mostrem efeito negativo na fertilidade humana, alguns estudos realizados em animais sinalizaram efeito negativo na implantação de embriões após uso injetável de altas doses de extrato etanol da curcuma. Desta maneira sugere-se evitar o uso da curcumina em pacientes com intenção de engravidar ou em gestantes. Mulheres em fase de lactação também devem evitar o uso desta medicação. Categoria de risco na gravidez C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Interações medicamentosas: é contraindicado para uso em pacientes que estejam fazendo uso de medicações que alterem as características de coagulação como antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, heparina de baixo peso molecular e agentes trombolíticos, pois, pode haver aumento no risco de casos de sangramento. Reações adversas: o uso da curcumina por via oral mostrou ser bem tolerada pela maioria dos pacientes. Em casos esporádicos foram relatados episódios de menor gravidade como desconforto gastrointestinal. Não há relatos de overdose ou efeito tóxico grave. Em caso de ocorrência de reação de hipersensibilidade, a medicação deve ser imediatamente descontinuada e os sintomas avaliados pelo médico. Motore deve ser tomado apenas por via oral. Os riscos do uso por via de administração não recomendada são a não obtenção do efeito desejado e a ocorrência de reações adversas indesejadas. Não há dados de segurança relativo ao uso da curcumina em portadores de insuficiência hepática e/ou renal, não sendo recomendável o uso da medicação em pacientes nessas condições. As doses de tratamento recomendadas não devem ser excedidas. Posologia: Motore deve ser ingerido por via oral, com um pouco de água. A dose habitual para adultos é de 2 cápsulas a cada 12 (doze) horas, ou seja, duas tomadas diárias, totalizando 500mg de medicação a cada tomada. “SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.” VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MS - 1.0573.0442. MB 03 SAP 4437701.

Quer divulgar seu evento nesta seção? Envie um e-mailpara [email protected]

pág. 08

ANO 01 – EDIÇÃO 01

SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE BOLETIM

Acesse: www.medicinadoesporte.org.br e saiba mais.

A RESIDÊNCIA MÉDICA em Medicina do Esporte e sua trajetória no Brasil

pág. 03 pág. 07

DICAS DE SAÚDEE BEM-ESTARCorrida: saiba escolher o tênis adequado

ENTREVISTA: DR. SAMIR DAHER, presidente da SBMEE

pág. 06 pág. 08

AGENDA:• cursos; • congressos.

Campanha X Estratégia

A HISTÓRIA DA MEDICINA ESPORTIVA: mudanças significativas ao longo dos anospág. 04

Page 2: BOLETIM DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE …. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andar São Paulo – SP Fone: (11) 3106-7544 Cep: 01318-901 E-mail: sbmee@medicinadoesporte.org.br Diretoria

Expediente:

Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte

SedeAv. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andarSão Paulo – SPFone: (11) 3106-7544Cep: 01318-901

E-mail: [email protected]

Diretoria SBMEE (2013-2015):

Presidente – Dr. Samir Salim DaherVice-presidente – Dr. Héldio Fortunato Gaspar de FreitasSecretário – Dr. Felipe Hardt Diretoria fi nanceira – Dr. Marco Aurelio Moraes de Souza GomesDiretoria de relações comerciais – Dr. Marcelo Bichels Leitão Editor RBME – Dr. Ricardo Munir Nahas Diretoria científi ca – Dr. Marcos Henrique Ferreira LarayaDiretoria de comunicação – Dr. Ivan PachecoDiretoria de regionais – Dr. João Ricardo Turra Diretoria de defesa profi ssional 1 – Dr. Jimmy Henry Ricaldi RochaDiretoria de defesa profi ssional 2 – Dr. Ronaldo Lopes CançadoPresidente eleito – Dr. Daniel Arkader KopilerPresidente passado – Dr. Jomar Brito Souza

Redação: Mônica Petry (Mtb 28972)

Jornalista responsável: Vanessa Mastro (Mtb 45224)

Contato com a redação: [email protected]

Departamento comercial: Jurandir Sestari Filho (Connexomm) [email protected] Fone: (11) 5083-3931 / 98181-2482

Projeto gráfi co e editoração eletrônica: Flag Comunicação

pág. 02

Caro colega:

Este é o nosso primeiro boletim dedicado a todos os especialistas

da Medicina do Esporte, que sempre acreditaram na nossa

especialidade e a fi zeram crescer até este momento. A partir de

agora, o boletim da SBMEE será um dos canais de comunicação

entre as ações da diretoria e seus associados. Aqui você terá

entrevistas com especialistas, informações científi cas relevantes,

agenda de eventos, dicas de saúde e bem-estar e um espaço

para a comunicação com a Sociedade.

Nesta primeira edição contaremos um pouco sobre a história

da Medicina do Esporte, a criação da residência médica da

especialidade e o planejamento da atual diretoria.

Gostaria de agradecer a todos os diretores e associados que

participaram de alguma forma deste projeto e aqueles que

acreditaram e nos apoiaram. A Sociedade encontra-se de portas

abertas a todas as propostas que vierem para agregar

institucionalmente. Sempre serão bem-vindas e analisadas,

independentemente da instituição em questão e, na medida

do possível, tentaremos atender a todas as necessidades e as

expectativas.

Uma boa leitura.

Samir Salim Daher

Presidente.

EditorialNos Jogos Olímpicos temos várias modalidades esportivas,

cada uma com sua particularidade, o que obriga ainda mais

o médico a estudar e a fazer ciência.

SBMEE – Qual a expectativa para o futuro da SBMEE?

Dr. Samir – A primeira etapa, seria reforçar a estrutura

da Sociedade aumentando as condições para transmitir o

conteúdo que o associado espera, isso é o que acreditamos.

Queremos que aqueles que têm o título de especialista em

Medicina do Esporte percebam essa movimentação e que

haja um processo natural de agregação, assim como um

retorno daqueles que por algum motivo se afastaram.

No entanto, também queremos atingir médicos de outras

especialidades com interface em Medicina do Esporte:

cardiologistas, ortopedistas, geriatras, etc; e em outro

momento, profi ssionais da área da saúde como os da

educação física, fi sioterapeutas, etc.

Por fi m, campanhas institucionais organizadas, com

planejamento e continuidade, pró-atividade e exercícios

físicos orientando pacientes com fi ns específi cos, tornando

a atividade física parte integrante da terapia médica.

DICAS DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Aí vão algumas dicas: a forma ideal de descobrir o tipo de pisada (neutra, supinada ou pronada) ainda é realizando um bom exame físico, com análise da marcha. Se possível, complementar com a baropodometria computadorizada. Para diminuir os riscos de lesão o tênis com amortecimento de última geração é o mais indicado para corredores de rua, que diferem dos corredores de esteira. Vá às compras no final do dia, quando há inchaço nos pés, mesmo que imperceptível. Experimente o tênis usando os equipamentos que serão agregados na hora de correr, como meias e tornozeleira.O tênis deve calçar bem desde o primeiro momento, pois não folga. Experimente nos dois pés, pois é comum termos um pé um pouco maior do que o outro. Por fi m, vale consultar o site do fabricante onde você pode encontrar informações sobre o calçado e as atividades esportivas.

O número de esportistas corredores (amadores em sua maior parte) aumenta a cada ano. No entanto,nem todos sabem que há um calçado apropriado para cada tipo de pé e de pisada, assim como para diminuir os riscos de lesão e melhorar o desempenho. Outros fatores, como peso, musculatura, problemas na colunae diferença de comprimento dos membros, entre outros, também infl uenciam. Mas como escolher o tênis

ideal para garantir segurança e desempenho?

Corrida: saiba escolher o tênis adequado

Alta ingestão de sódio pode levar à perda de cálcio

De acordo com o estudo realizado na Universidade de Alberta, no Canadá,e publicado na Revista Americana de Fisiologia, a alta ingestão de sódio pode levar à perda de cálcio no organismo, o que aumenta o risco de desenvolvimento de pedras no rim e de osteoporose. A pesquisa foi iniciada com o objetivo de descobrir se a absorção de cálcio e de sódio estão interligadas. De acordo com o estudo, foi encontrada evidência biológica de que realmente há relação entre oequilíbrio desses micronutrientes. Isso porque a molécula NHE3 (sodium-hydrogenexchanger 3), responsável pela absorção de sódio no corpo, possui papel na regulação dos níveis de cálcio. Assim, quando o corpo tenta excretar o excesso de sódio de uma dieta rica em sal, o cálcio também é eliminado pela urina. A pesquisa reforça a importância de manter uma dieta baixa em sódio.

Fonte: American Journal of Physiology – Renal Physiology.Artigo: The ephiltelial sodium/próton exchanger, NH3, is necessary for renal and intestinal calcium (re) absorption.Autor: Wanling Pan et al. Ano: 2010.

Meias elásticas devem ser usadas na prática do esporte?

As meias elásticas são utilizadas pelos atletas de algumas modalidades para melhorar a performance e proporcionar melhor recuperação após o exercício físico. Mas qual seria a indicação para elas? A literatura sugere que seu uso resulta em menores níveis de ácido lático e redução da dor muscularpós-atividade; melhora da fração de ejeção da panturrilha e na performance do retorno venoso.

Mas atenção: esses benefícios estão demonstrados no uso de meias elásticascom grau de compressão 1, considerada pequena (em torno de 18 a 23 mmHgno tornozelo). É preciso consultar o médico para saber se não há nenhuma contraindicação. Uma vez liberada, a meia é indicada tanto ao atleta amador como ao profi ssional de diversos esportes.

Fonte: http://www.meiaelastica.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id= 39:uso-da-meia-elastica-na-pratica-esportiva&catid=14:principal&Itemid=9

pág. 07

Page 3: BOLETIM DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE …. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andar São Paulo – SP Fone: (11) 3106-7544 Cep: 01318-901 E-mail: sbmee@medicinadoesporte.org.br Diretoria

ENTREVISTA: Dr. Samir Salim DaherSBMEE – Como o senhor vê a SBMEE hoje e qual sua

importância no cenário atual?

Dr. Samir – A Sociedade cresceu com a própria Medicina do

Esporte que, de 1998 até hoje, teve uma ascensão contínua.

Mas o grande salto da Sociedade deu-se, além do avanço nas

últimas gestões, com a aprovação da residência médica, que

hoje se enquadra na Associação Médica Brasileira (AMB), como

especialidade médica. Hoje o médico do esporte formado tem

uma visão global e ele consegue orientar melhor o paciente.

A própria formação desse profi ssional com uma qualifi cação

diferenciada levou a Sociedade a se organizar para atender

a essa demanda. Ela é mais exigida e, por obrigação, tem

que crescer. Obviamente cada gestão tem uma característica.

Mas ela está crescendo.

Outra coisa que cresceu muito foi a percepção das pessoas

sobre os benefícios da atividade física e dos exercícios.

Com isso é importante que a Sociedade também tenha uma

necessidade de atuação mais forte e esclarecedora.

SBMEE – Este é o primeiro boletim da SBMEE. Como surgiu

a ideia de criar uma estratégia de comunicação?

Dr. Samir – Essa é uma ideia que vinha das diretorias

anteriores. A principal função da Sociedade é divulgar o

conhecimento científi co para a comunidade médica através de

congressos, seminários e cursos. Tínhamos certa difi culdade

nisso.

Mas estamos na era digital e é um processo natural

melhorar a interface entre a Associação Médica Brasileira, o

Conselho Federal de Medicina e os médicos. Além disso, a

Sociedade pretende resgatar profi ssionais de todo o Brasil,

não só os especialistas, mas aqueles que trabalham ligados

à atividade física. Pretendemos ampliar o cadastro para

faculdades de medicina do Brasil, instituições, clubes de

futebol, confederações esportivas, secretarias de esporte,

saúde (estaduais e municipais). Há o início de uma parceria

com o Ministério do Esporte.

A única maneira de divulgar o trabalho da diretoria, que faz

muita coisa, é divulgar tanto o conteúdo científi co (a Sociedade

tem sua revista científi ca), quanto o administrativo, por meio de

um plano de comunicação.

SBMEE – De que forma a SBMEE pode ser mais atuante?

Como os associados podem participar mais?

Dr. Samir – Pensamos em criar comitês científi cos de

atuação com fi nalidades próprias, como estudar as ações

relacionadas à medicina do exercício e do esporte no futebol,

esportes olímpicos, comitê sobre atividade física e obesidade,

diabéticos, hipertensos, criança e adolescente, entre outros. O

objetivo é chegar nesse ponto. Pode demorar, mas uma vez

que a roda passa a girar não deve mais parar.

Sobre o associado participar mais, são várias as formas:

ele deve estar atento, pois as mudanças estão surgindo. As

faculdades e residências médicas necessitam cada vez mais

de especialistas em Medicina do Esporte; ele pode tentar

uma interação maior nos congressos que estão com um nível

científi co cada vez mais elevado. Caso esteja planejando um

curso, a Sociedade pode ajudar na divulgação e dar apoio

institucional.

Esperamos que a Sociedade dê o retorno desejado ao

associado participativo.

SBMEE – No ano que vem, receberemos um dos maiores

eventos esportivos que já aconteceu neste país. Como isso pode

auxiliar a divulgar o esporte e a medicina esportiva em geral?

Dr. Samir – O evento é algo pontual que vem e vai. Mas pode

trazer uma percepção maior do esporte, em nível nacional.

O grande legado desses eventos não é algo direto, e sim a

necessidade da Sociedade e da comunidade entenderem e

estudarem mais sobre o esporte. Pode haver maior estímulo

das pessoas a praticarem ginástica, aumento do espaço na

mídia para se falar de exercícios.

Já a Sociedade passa a se aprofundar na ciência do esporte

como a compreensão da organização do departamento médico

para um evento desse porte, se precisa de desfi brilador e como

usá-lo, quantas ambulâncias, treinamento dos profi ssionais,

como é a dinâmica de um hospital de retaguarda, como

atender os jornalistas, etc.

Médico do esporte, Dr. Samir Salim Daher, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), fala sobre o futuroe a expectativa em relaçãoà medicina esportiva.

pág. 06

Residência em Medicina do Esporte

Mas foi a partir dos anos 60 que muitos países passaram a se organizar de forma mais consistente. No Brasil, a primeira Sociedade foi a Sociedade de Medicina Aplicada à Educação Física de São Paulo, de 1942 – e que mais tarde tornou-se a Sociedade Paulista de Medicina Desportiva. E foi a partir da evolução dessa Sociedade que surgiu a necessidade de uma formação mais prolongada e completa, para nascer um profi ssional direcionado e com uma visão mais abrangente do esporte.

Em 2002, enquanto no mundo havia um movimento na criação da residência médica, o caminho no Brasil começava a ser traçado: Dr. Ricardo Nahas (na época presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte), junto com outros especialistas que atuavam em hospitais e em Medicina do Esporte, foi o primeiro a reivindicar um programa em residência médica.

Nahas levou o projeto para a Comissão Nacional de Residência Médica (órgão ligado ao Ministério da Educação) e iniciou a luta para convencê-los da sua importância. “Foram dois anos de idas e vindas a Brasília para explicar qual a relevância em educarmos um médico para ser um especialista em Medicina do Esporte e suas peculiaridades”, lembra.

De acordo com Dr. Arnaldo Hernandez que participou, na mesma época, como diretor científi co da Sociedade, foram muitas viagens para a capital do país. “Foi preciso mostrar o interesse das instituições e profi ssionais em criar o programa de fato. E foi na Faculdade de Medicina da USP que surgiu o primeiro pedido para a residência. Nós o formatamos e o levamos.A Comissão o aprovou com algumas modifi cações”.

Nahas recorda que alguns trâmites burocráticos e a adequação do conteúdo foram responsáveis pela morosidade do processo, que só seria colocado em prática em 2006. “No último dia de minha gestão, tive a satisfação de vero edital publicado”.

Logo em seguida, duas outras universidades enviaram a mesma solicitação: Universidade de Caxias do Sul e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Todas iniciaram no mesmo ano.

“Em 2006, os Drs. Moisés Cohen e Flávio Faloppa iniciaram a criação da residência e em 2007 iniciamos na Unifesp a residência de Medicina Esportiva, por meio de reuniões com os Drs. Ricardo Eid, Fabrício Naves e Fernando Cardoso”, recorda o Dr. Carlos Andreoli, coordenador do programa. “Em 2012 foi criada a disciplina de Medicina Esportiva e neste ano estamos com 13 residentes atingindo, assim, um amadurecimento do programa e da forma de atuação dos residentes”. Neste ano a Unesp também iniciou um programa de residência médica no campus em Botucatu.

PASSADO E FUTURO

Mas o que efetivamente muda com a residência em Medicina do Esporte?

Como especialidade médica, ela passa a ter sua área de atuação específi ca. “É o médico do esporte na sua essência, de forma pura”, acredita o Dr. Samir

Salim Daher, atual presidente da SBMEE. Diferente de um passado recente, quando valia apenas o profi ssional especialista em uma área (que vale ainda hoje), como o ortopedista ou cardiologista, que fazia a pós-graduação em Medicina do Esporte”.

“A residência é o caminho que recomendamos para aqueles que querem trabalhar na área”, diz Hernandez. “É nítida a diferença do especialista que sai com três anos de formação para aquele que faz o curso de um ano. O que não quer dizer que, com o tempo, os outros profi ssionais trabalhando, atualizando-se e estudando não possam estar no mesmo nível. Mas no momento da prova o primeiro está mais bem preparado”.

“A residência proporcionou a formação de médicos com uma visão global da medicina do exercício e do esporte, atuando com atletas e, principalmente, com a promoção da saúde”, completa Andreoli.

Outra vantagem dessa “visão global” é que o especialista entende de todas as áreas do corpo humano: ele sabe como indicar exercícios para todo o perfi l de paciente; ao passo que, o ortopedista que migrou para a medicina do exercício não fará a mesma avaliação funcional se o indivíduo for hipertenso, por exemplo. É a orientação do exercício físico em função da avaliação.

O médico do esporte está apto a acompanhar qualquer atleta em todas as suas fases. Mas seu trabalho vai muito além e abrange várias áreas de conhecimento, atuando no tratamento de reabilitação cardíaca (exercícios para evitar novos infartos), diabetes, enxaqueca, fi bromialgia, depressão, entre tantos outros. É ele também que vai interagir com educadores físicos.

Atualmente, a Sociedade discute programas como a possibilidade de intercâmbio entre os serviços para melhor aprimoramento da formação do residente.

Apenas uma coisa é certa: a tendência é que aumente o número de profi ssionais nessa área. O homem ganhou longevidade. É importante que chegue aos 90, mas com qualidade de vida, podendo andar, tendo autonomia e prazer em viver. E a atividade física é sua grande aliada.

Neste mesmo número temos uma matéria sobre a história da Medicina do Esporte,em que relatamos como essa especialidade, ao contrário do que muitos pensam, é antiga.

GRADE CURRICULARCom três anos de duração o primeiro ano é voltado para clínica geral. O segundo ano é mais voltado aos aspectos do aparelho

locomotor: traumatologia e ortopedia. O terceiro em modalidades esportivas, em que há o acompanhamento das equipes esportivas para conhecer o atleta no seu dia a dia.

TÍTULO DE ESPECIALISTAA prova é realizada pela Sociedade Brasileira de Medicina doExercício e do Esporte e reconhecida pela Associação Médica Brasileira, que confere o título tanto para os que fi nalizam o programa de residência médica, quanto para aqueles que possuem outra residência e fi zeram o curso de especialização.

Cg

Turma de Medicina Esportiva e CETE da Unifesp.Dr. Ricardo Munir Nahas.

Page 4: BOLETIM DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE …. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andar São Paulo – SP Fone: (11) 3106-7544 Cep: 01318-901 E-mail: sbmee@medicinadoesporte.org.br Diretoria

A História da Medicina Esportiva

• Até 1980 usava-se água quente para tratar uma lesão no joelho, até aparecerem os resultados com o gelo. Antes diziam que ele causava “friagem” e até bronquite.• Em meados dos anos 70, a refeição de um jogador de futebol era arroz, um bife de 150 g. na chapa e uma colher de purê de batata.Não davam muito carboidrato ao atleta, mesmo os que iriam jogar uma partida de três horas, porque “engordava”. Hoje se o atleta correuma maratona o organizador serve na noite anterior uma macarronada a todos os maratonistas.• Antifl ogistine era uma pasta que vinha em um pote de vidro branco. Era preciso esquentar em banho-maria e aplicava-se com uma espátula, cobrindo a área com um plástico para não “perder o calor”. Hoje se sabe que nada adianta.

• Ainda na década de 70 os jogadores de futebol tomavam uma injeção de vitamina B12, dolorosa, antes dos jogos. Funcionava pela fé do jogador.

•A

••

A atividade física é quase tão antiga quanto os próprios registros de civilização na Terra,e suas origens podem ser encontradas em lugares como China, Egito e Índia.

Foi nesta última que surgiu o primeiro texto mostrando o exercício como aliado da medicina. No livro “Tópicos Especiais em Medicina do Esporte”, o Dr. Eduardo De Rose relata que o médico Susrota escreveu o Papirus Ebers no ano de 1800 a.C. na região conhecida hoje como Punjab. Susrota diagnosticava o diabético quando notava formigas em volta da urina do paciente e consideravao exercício físico como importante aliado no tratamento dessa patologia.

No século VI os gregos desenvolveram um conceito de saúde relacionado com a harmonia entre as diversas estruturas do corpo humano. Foi na Grécia que surgiram os Jogos Olímpicos, no início um festival religioso. Os romanos aderiram esses conhecimentos e, no período do Renascimento, Girolamo Mercuriale escreve a “Arte Ginnastica”, mencionando a importância da atividade para a preservação da saúde.

No século 18, Simon Tissot escrevia na França “Enfermidades de pessoas distintas e ricas na corte e nas Grandes Cidades”, em que combate o conceito que valorizava o sedentarismo da época. Mas foi em 1813 que o médico sueco Henrik Per Ling funda o Instituto de Ginástica de Estocolmo e inicia um estudo das adaptações do corpo humano sobreo exercício.

Em 1883 o médico alemão Speck cria o primeiro ergômetro. De Rose acredita queé quando se inicia a Medicina do Esporte com seu caráter científi co, pois foi a partir daí que se pôde medir a relação entre a intensidade do exercício e as variáveis fi siológicas como frequência cardíaca, pressão arterial e a respiração. Vieramentão a ginástica sueca, os Jogos Olímpicos da Era Moderna (Grécia, 1896) e em1912 nasce em Dresden, Alemanha, a primeira Associação de Medicina do Esporte.

FIMS E AS GUERRAS

Em 1928 é fundada a Federação Internacional de Medicina do Esporte (FIMS), em Saint-Moritz, na Suíça, com cerca de 50 médicos de 11 países, durante

o II Jogos Olímpicos de Inverno. Esse foi um período importante,com a quebra de alguns recordes, em que percebeu-se

também que determinados países, como Alemanha, Bélgica e Tchecoslováquia tinham mais destaques do que outros – além de médicos mais bem preparados que já auxiliavamo preparador físico.

Para o Dr. Osmar de Oliveira o período de 1928 a 1939 (entre as duas grandes guerras mundiais) foi importante: “Os

soldados faziam mais atividade física e os médicos das corporações militares passaram a observar o comportamento deles. Exercitar-se era um hábito do exército, pois se preparavam fi sicamente para os combates, embora

empiricamente, selecionando os mais fortes e ágeis”.

Ainda de acordo com Oliveira, foi a partir da Segunda Guerra que surgem relatos de universidades europeias e americanas

de pesquisas e medições de força, velocidade, biometria. “Começaram a botar isso no papel”.

ESTADOS UNIDOS E MR. COOPER

Na década de 50 o professor e doutor Kenneth Cooperprovocou um alvoroço em seu país criando o método que levava

seu nome. Tratava-se de uma tabela que mostrava se a aptidão física do indivíduo era boa, regular ou fraca de acordo com a distância

percorrida em 12 minutos. “Esse foi o verdadeiro embrião da medicina esportiva. As pessoas passaram a caminhar ou correr pelos parques marcando 12 minutos e medindo a distância. O problema é que algumas delas não podiam e, infelizmente, foi um período em que ocorreram muitas mortes”.

Apesar disso, a indústria de fabricantes de material esportivo cresceu em todo o mundo, assim como o surgimento das academias. “E o povo, que sempre recebia conselhos para se exercitar e não obedecia – por preguiça, comodismo ou falta de dinheiro – foi correr na rua”, lembra Oliveira.

CURIOSIDADES:

A incrível evolução dessa especialidade quedeve chegar a ser a medicina do milênio.

BRASIL

O Dr. Héldio Fortunato Gaspar de Freitas nos conta que em 1939 um problema preocupou as autoridades ligadas ao campo da educação: alunos precisavam praticar exercícios durante as aulas de educação física, mas não se sabia quais deles apresentariam problemas de saúde. Então, o Governo Federal promulgou a Lei 1.212, em que instituía o currículo para os cursos de Médico Especializado em Educação Física, que habilitaria esses profi ssionais a examinar alunos para atividades físicas e esportivas em todos os graus de ensino. Surgia aí a primeira especialidade médica reconhecida no Brasil. Freitas lembra que foi a partir dos anos 70, quando o Governo Federal passou a fazer propaganda do binômio esporte e saúde, (aproveitando o sucesso da seleção brasileira na Copa), queo curso teve maior procura de médicos interessados em trabalhar com atletas.A disciplina passou a chamar “Medicina Desportiva”.

“O curso mudou do Ginásio do Ibirapuera para a Cidade Universitária em 1974 e exigiu uma prova seletiva, a procura foi grande. Os alunos participavam das cadeiras teóricas e práticas em que eram obrigados a participar de competições, independentemente da condição física”. Foi nesse mesmo ano que Bruno Balke, um especialista alemão, veio ao Brasil e ensinou, em cinco estados brasileiros, a fazer ergometria sem ergômetro, com apenas uma escada. O curso foi interrompido na década de 80, até que em 1990 a Escola Paulista de Medicina criou o Curso de Especialização em Medicina Desportiva.

Oliveira completa: “No fi nal da década de 60 a medicina esportiva explode no Brasil, seguindo os mesmos moldes do nascimento no mundo, ou seja, ligada às forças armadas. Isso na Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro em que havia uma corporação militar e medições desses atletas”.

Ele conta que em 1970, quando o Brasil foi tricampeão do mundo em futebol, havia três professores de educação física (hoje chamados de preparadores físicos), entre eles Carlos Alberto Parreira, que viria a ser técnico e campeão do mundo em 1994. Todos eram do exército, onde foi aplicado o primeiro teste de Cooper no Brasil. “Antes disso os jogadores davam voltas no campo em marcha pequena, faziam pequenos alongamentos e exercícios calistênicos. E pela primeira vezvia-se o jogador fazendo exercício aeróbico, correndo distâncias consideráveis”.

Naquele ano o Brasil foi campeão do mundo e considerado o time mais bem preparado fi sicamente.

AVANÇO BRASILEIRO

Nas décadas de 60 e 70 a medicina esportiva teve avanço em várias partes do mundo. A USP, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre,e a Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, iniciaram algumas pesquisas em medicina esportiva.

Oliveira recorda: “Vinha conhecimento de fora, mas não com a velocidade de hoje. Algumas vezes trabalhos científi cos por revistas, outras em congressos internacionais”.

Em 1971 aconteceu o primeiro congresso na capital gaúcha, em que os especialistaslevaram seus trabalhos, em especial de medição. Foi um divisor de águas.

“Só não avançamos ainda mais porque há um problema que persiste até hoje: dinheiro para pesquisas. Porque temos um povo incrível para pesquisar, por sua miscigenação e diversidade: à beira-mar o surgimento de esportes aquáticos, por exemplo; na região Sul, em que a colonização alemã é forte, há famílias de esgrimistas. Em cidades como Uberaba e Uberlândia as pessoas utilizam muito a bicicleta. E se eu quero fazer um trabalho sobre tênis de mesa, tem os descendentes de japoneses na cidade de São Paulo. Daí nascem os grandes atletas e a medicina esportiva segue paralelamente. Se tivéssemos o apoio do Ministério do Esporte e do Governo Federal para pesquisas, iríamos longe”, conclui Oliveira.

FUTURO

Oliveira ressalta também a importância do profi ssional brasileiro: “Temos um time de excelentes profi ssionais e não há congresso no mundo que não conte com a presença de vários médicos brasileiros. Posso afi rmar que o médico desportivo brasileiro está no mesmo nível que os grandes médicos desportistas internacionais. A diferença é a remuneração.

Hoje a quantidade de pessoas que faz alguma atividade física é enorme, inclusive na terceira idade, um fenômeno, prevenindo doenças. A medicina esportiva hoje está maravilhosa”.

Para o Dr. Eduardo De Rose não há dúvidas: “Será a medicina do milênio, dedicada a aumentar a qualidade e a quantidade de vida da população em geral e a melhorar a qualidade dos nossos atletas, aprimorando o treinamento científi co e melhorando seu gradiente de saúde”.

CRONOLOGIA DE EVENTOS/SOCIEDADES:

• 1895: é criada a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo;• 1932: surge o primeiro curso de Medicina Esportiva na ESEFEX (Rio de Janeiro);• 1933: é criada a Associação Paulista de Medicina;• 1940: a Escola Superior de Educação Física do Estado de São Paulo cria o curso de Medicina Especializada em Educação Física, com 24 médicos;• 1942: é fundada a Sociedade de Medicina Aplicada à Educação Física de São Paulo;• 1948: surge a Sociedade de Medicina Esportiva do Rio de Janeiro;• 1951: surge a Associação Médica Brasileira;• 1962: Federação Brasileira de Medicina Desportiva;• 1995: Federação Brasileira de Medicina Desportiva passa a ser Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. São 11 regionais: AL, BA, BRA, CE, PR, PE, RJ, RN, RS, SC, SP.

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dde São Paulo;

Page 5: BOLETIM DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE …. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andar São Paulo – SP Fone: (11) 3106-7544 Cep: 01318-901 E-mail: sbmee@medicinadoesporte.org.br Diretoria

A História da Medicina Esportiva

• Até 1980 usava-se água quente para tratar uma lesão no joelho, até aparecerem os resultados com o gelo. Antes diziam que ele causava “friagem” e até bronquite.• Em meados dos anos 70, a refeição de um jogador de futebol era arroz, um bife de 150 g. na chapa e uma colher de purê de batata.Não davam muito carboidrato ao atleta, mesmo os que iriam jogar uma partida de três horas, porque “engordava”. Hoje se o atleta correuma maratona o organizador serve na noite anterior uma macarronada a todos os maratonistas.• Antifl ogistine era uma pasta que vinha em um pote de vidro branco. Era preciso esquentar em banho-maria e aplicava-se com uma espátula, cobrindo a área com um plástico para não “perder o calor”. Hoje se sabe que nada adianta.

• Ainda na década de 70 os jogadores de futebol tomavam uma injeção de vitamina B12, dolorosa, antes dos jogos. Funcionava pela fé do jogador.

•A

••

A atividade física é quase tão antiga quanto os próprios registros de civilização na Terra,e suas origens podem ser encontradas em lugares como China, Egito e Índia.

Foi nesta última que surgiu o primeiro texto mostrando o exercício como aliado da medicina. No livro “Tópicos Especiais em Medicina do Esporte”, o Dr. Eduardo De Rose relata que o médico Susrota escreveu o Papirus Ebers no ano de 1800 a.C. na região conhecida hoje como Punjab. Susrota diagnosticava o diabético quando notava formigas em volta da urina do paciente e consideravao exercício físico como importante aliado no tratamento dessa patologia.

No século VI os gregos desenvolveram um conceito de saúde relacionado com a harmonia entre as diversas estruturas do corpo humano. Foi na Grécia que surgiram os Jogos Olímpicos, no início um festival religioso. Os romanos aderiram esses conhecimentos e, no período do Renascimento, Girolamo Mercuriale escreve a “Arte Ginnastica”, mencionando a importância da atividade para a preservação da saúde.

No século 18, Simon Tissot escrevia na França “Enfermidades de pessoas distintas e ricas na corte e nas Grandes Cidades”, em que combate o conceito que valorizava o sedentarismo da época. Mas foi em 1813 que o médico sueco Henrik Per Ling funda o Instituto de Ginástica de Estocolmo e inicia um estudo das adaptações do corpo humano sobreo exercício.

Em 1883 o médico alemão Speck cria o primeiro ergômetro. De Rose acredita queé quando se inicia a Medicina do Esporte com seu caráter científi co, pois foi a partir daí que se pôde medir a relação entre a intensidade do exercício e as variáveis fi siológicas como frequência cardíaca, pressão arterial e a respiração. Vieramentão a ginástica sueca, os Jogos Olímpicos da Era Moderna (Grécia, 1896) e em1912 nasce em Dresden, Alemanha, a primeira Associação de Medicina do Esporte.

FIMS E AS GUERRAS

Em 1928 é fundada a Federação Internacional de Medicina do Esporte (FIMS), em Saint-Moritz, na Suíça, com cerca de 50 médicos de 11 países, durante

o II Jogos Olímpicos de Inverno. Esse foi um período importante,com a quebra de alguns recordes, em que percebeu-se

também que determinados países, como Alemanha, Bélgica e Tchecoslováquia tinham mais destaques do que outros – além de médicos mais bem preparados que já auxiliavamo preparador físico.

Para o Dr. Osmar de Oliveira o período de 1928 a 1939 (entre as duas grandes guerras mundiais) foi importante: “Os

soldados faziam mais atividade física e os médicos das corporações militares passaram a observar o comportamento deles. Exercitar-se era um hábito do exército, pois se preparavam fi sicamente para os combates, embora

empiricamente, selecionando os mais fortes e ágeis”.

Ainda de acordo com Oliveira, foi a partir da Segunda Guerra que surgem relatos de universidades europeias e americanas

de pesquisas e medições de força, velocidade, biometria. “Começaram a botar isso no papel”.

ESTADOS UNIDOS E MR. COOPER

Na década de 50 o professor e doutor Kenneth Cooperprovocou um alvoroço em seu país criando o método que levava

seu nome. Tratava-se de uma tabela que mostrava se a aptidão física do indivíduo era boa, regular ou fraca de acordo com a distância

percorrida em 12 minutos. “Esse foi o verdadeiro embrião da medicina esportiva. As pessoas passaram a caminhar ou correr pelos parques marcando 12 minutos e medindo a distância. O problema é que algumas delas não podiam e, infelizmente, foi um período em que ocorreram muitas mortes”.

Apesar disso, a indústria de fabricantes de material esportivo cresceu em todo o mundo, assim como o surgimento das academias. “E o povo, que sempre recebia conselhos para se exercitar e não obedecia – por preguiça, comodismo ou falta de dinheiro – foi correr na rua”, lembra Oliveira.

CURIOSIDADES:

A incrível evolução dessa especialidade quedeve chegar a ser a medicina do milênio.

BRASIL

O Dr. Héldio Fortunato Gaspar de Freitas nos conta que em 1939 um problema preocupou as autoridades ligadas ao campo da educação: alunos precisavam praticar exercícios durante as aulas de educação física, mas não se sabia quais deles apresentariam problemas de saúde. Então, o Governo Federal promulgou a Lei 1.212, em que instituía o currículo para os cursos de Médico Especializado em Educação Física, que habilitaria esses profi ssionais a examinar alunos para atividades físicas e esportivas em todos os graus de ensino. Surgia aí a primeira especialidade médica reconhecida no Brasil. Freitas lembra que foi a partir dos anos 70, quando o Governo Federal passou a fazer propaganda do binômio esporte e saúde, (aproveitando o sucesso da seleção brasileira na Copa), queo curso teve maior procura de médicos interessados em trabalhar com atletas.A disciplina passou a chamar “Medicina Desportiva”.

“O curso mudou do Ginásio do Ibirapuera para a Cidade Universitária em 1974 e exigiu uma prova seletiva, a procura foi grande. Os alunos participavam das cadeiras teóricas e práticas em que eram obrigados a participar de competições, independentemente da condição física”. Foi nesse mesmo ano que Bruno Balke, um especialista alemão, veio ao Brasil e ensinou, em cinco estados brasileiros, a fazer ergometria sem ergômetro, com apenas uma escada. O curso foi interrompido na década de 80, até que em 1990 a Escola Paulista de Medicina criou o Curso de Especialização em Medicina Desportiva.

Oliveira completa: “No fi nal da década de 60 a medicina esportiva explode no Brasil, seguindo os mesmos moldes do nascimento no mundo, ou seja, ligada às forças armadas. Isso na Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro em que havia uma corporação militar e medições desses atletas”.

Ele conta que em 1970, quando o Brasil foi tricampeão do mundo em futebol, havia três professores de educação física (hoje chamados de preparadores físicos), entre eles Carlos Alberto Parreira, que viria a ser técnico e campeão do mundo em 1994. Todos eram do exército, onde foi aplicado o primeiro teste de Cooper no Brasil. “Antes disso os jogadores davam voltas no campo em marcha pequena, faziam pequenos alongamentos e exercícios calistênicos. E pela primeira vezvia-se o jogador fazendo exercício aeróbico, correndo distâncias consideráveis”.

Naquele ano o Brasil foi campeão do mundo e considerado o time mais bem preparado fi sicamente.

AVANÇO BRASILEIRO

Nas décadas de 60 e 70 a medicina esportiva teve avanço em várias partes do mundo. A USP, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre,e a Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, iniciaram algumas pesquisas em medicina esportiva.

Oliveira recorda: “Vinha conhecimento de fora, mas não com a velocidade de hoje. Algumas vezes trabalhos científi cos por revistas, outras em congressos internacionais”.

Em 1971 aconteceu o primeiro congresso na capital gaúcha, em que os especialistaslevaram seus trabalhos, em especial de medição. Foi um divisor de águas.

“Só não avançamos ainda mais porque há um problema que persiste até hoje: dinheiro para pesquisas. Porque temos um povo incrível para pesquisar, por sua miscigenação e diversidade: à beira-mar o surgimento de esportes aquáticos, por exemplo; na região Sul, em que a colonização alemã é forte, há famílias de esgrimistas. Em cidades como Uberaba e Uberlândia as pessoas utilizam muito a bicicleta. E se eu quero fazer um trabalho sobre tênis de mesa, tem os descendentes de japoneses na cidade de São Paulo. Daí nascem os grandes atletas e a medicina esportiva segue paralelamente. Se tivéssemos o apoio do Ministério do Esporte e do Governo Federal para pesquisas, iríamos longe”, conclui Oliveira.

FUTURO

Oliveira ressalta também a importância do profi ssional brasileiro: “Temos um time de excelentes profi ssionais e não há congresso no mundo que não conte com a presença de vários médicos brasileiros. Posso afi rmar que o médico desportivo brasileiro está no mesmo nível que os grandes médicos desportistas internacionais. A diferença é a remuneração.

Hoje a quantidade de pessoas que faz alguma atividade física é enorme, inclusive na terceira idade, um fenômeno, prevenindo doenças. A medicina esportiva hoje está maravilhosa”.

Para o Dr. Eduardo De Rose não há dúvidas: “Será a medicina do milênio, dedicada a aumentar a qualidade e a quantidade de vida da população em geral e a melhorar a qualidade dos nossos atletas, aprimorando o treinamento científi co e melhorando seu gradiente de saúde”.

CRONOLOGIA DE EVENTOS/SOCIEDADES:

• 1895: é criada a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo;• 1932: surge o primeiro curso de Medicina Esportiva na ESEFEX (Rio de Janeiro);• 1933: é criada a Associação Paulista de Medicina;• 1940: a Escola Superior de Educação Física do Estado de São Paulo cria o curso de Medicina Especializada em Educação Física, com 24 médicos;• 1942: é fundada a Sociedade de Medicina Aplicada à Educação Física de São Paulo;• 1948: surge a Sociedade de Medicina Esportiva do Rio de Janeiro;• 1951: surge a Associação Médica Brasileira;• 1962: Federação Brasileira de Medicina Desportiva;• 1995: Federação Brasileira de Medicina Desportiva passa a ser Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. São 11 regionais: AL, BA, BRA, CE, PR, PE, RJ, RN, RS, SC, SP.

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dde São Paulo;

Page 6: BOLETIM DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE …. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andar São Paulo – SP Fone: (11) 3106-7544 Cep: 01318-901 E-mail: sbmee@medicinadoesporte.org.br Diretoria

ENTREVISTA: Dr. Samir Salim DaherSBMEE – Como o senhor vê a SBMEE hoje e qual sua

importância no cenário atual?

Dr. Samir – A Sociedade cresceu com a própria Medicina do

Esporte que, de 1998 até hoje, teve uma ascensão contínua.

Mas o grande salto da Sociedade deu-se, além do avanço nas

últimas gestões, com a aprovação da residência médica, que

hoje se enquadra na Associação Médica Brasileira (AMB), como

especialidade médica. Hoje o médico do esporte formado tem

uma visão global e ele consegue orientar melhor o paciente.

A própria formação desse profi ssional com uma qualifi cação

diferenciada levou a Sociedade a se organizar para atender

a essa demanda. Ela é mais exigida e, por obrigação, tem

que crescer. Obviamente cada gestão tem uma característica.

Mas ela está crescendo.

Outra coisa que cresceu muito foi a percepção das pessoas

sobre os benefícios da atividade física e dos exercícios.

Com isso é importante que a Sociedade também tenha uma

necessidade de atuação mais forte e esclarecedora.

SBMEE – Este é o primeiro boletim da SBMEE. Como surgiu

a ideia de criar uma estratégia de comunicação?

Dr. Samir – Essa é uma ideia que vinha das diretorias

anteriores. A principal função da Sociedade é divulgar o

conhecimento científi co para a comunidade médica através de

congressos, seminários e cursos. Tínhamos certa difi culdade

nisso.

Mas estamos na era digital e é um processo natural

melhorar a interface entre a Associação Médica Brasileira, o

Conselho Federal de Medicina e os médicos. Além disso, a

Sociedade pretende resgatar profi ssionais de todo o Brasil,

não só os especialistas, mas aqueles que trabalham ligados

à atividade física. Pretendemos ampliar o cadastro para

faculdades de medicina do Brasil, instituições, clubes de

futebol, confederações esportivas, secretarias de esporte,

saúde (estaduais e municipais). Há o início de uma parceria

com o Ministério do Esporte.

A única maneira de divulgar o trabalho da diretoria, que faz

muita coisa, é divulgar tanto o conteúdo científi co (a Sociedade

tem sua revista científi ca), quanto o administrativo, por meio de

um plano de comunicação.

SBMEE – De que forma a SBMEE pode ser mais atuante?

Como os associados podem participar mais?

Dr. Samir – Pensamos em criar comitês científi cos de

atuação com fi nalidades próprias, como estudar as ações

relacionadas à medicina do exercício e do esporte no futebol,

esportes olímpicos, comitê sobre atividade física e obesidade,

diabéticos, hipertensos, criança e adolescente, entre outros. O

objetivo é chegar nesse ponto. Pode demorar, mas uma vez

que a roda passa a girar não deve mais parar.

Sobre o associado participar mais, são várias as formas:

ele deve estar atento, pois as mudanças estão surgindo. As

faculdades e residências médicas necessitam cada vez mais

de especialistas em Medicina do Esporte; ele pode tentar

uma interação maior nos congressos que estão com um nível

científi co cada vez mais elevado. Caso esteja planejando um

curso, a Sociedade pode ajudar na divulgação e dar apoio

institucional.

Esperamos que a Sociedade dê o retorno desejado ao

associado participativo.

SBMEE – No ano que vem, receberemos um dos maiores

eventos esportivos que já aconteceu neste país. Como isso pode

auxiliar a divulgar o esporte e a medicina esportiva em geral?

Dr. Samir – O evento é algo pontual que vem e vai. Mas pode

trazer uma percepção maior do esporte, em nível nacional.

O grande legado desses eventos não é algo direto, e sim a

necessidade da Sociedade e da comunidade entenderem e

estudarem mais sobre o esporte. Pode haver maior estímulo

das pessoas a praticarem ginástica, aumento do espaço na

mídia para se falar de exercícios.

Já a Sociedade passa a se aprofundar na ciência do esporte

como a compreensão da organização do departamento médico

para um evento desse porte, se precisa de desfi brilador e como

usá-lo, quantas ambulâncias, treinamento dos profi ssionais,

como é a dinâmica de um hospital de retaguarda, como

atender os jornalistas, etc.

Médico do esporte, Dr. Samir Salim Daher, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), fala sobre o futuroe a expectativa em relaçãoà medicina esportiva.

pág. 06

Residência em Medicina do Esporte

Mas foi a partir dos anos 60 que muitos países passaram a se organizar de forma mais consistente. No Brasil, a primeira Sociedade foi a Sociedade de Medicina Aplicada à Educação Física de São Paulo, de 1942 – e que mais tarde tornou-se a Sociedade Paulista de Medicina Desportiva. E foi a partir da evolução dessa Sociedade que surgiu a necessidade de uma formação mais prolongada e completa, para nascer um profi ssional direcionado e com uma visão mais abrangente do esporte.

Em 2002, enquanto no mundo havia um movimento na criação da residência médica, o caminho no Brasil começava a ser traçado: Dr. Ricardo Nahas (na época presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte), junto com outros especialistas que atuavam em hospitais e em Medicina do Esporte, foi o primeiro a reivindicar um programa em residência médica.

Nahas levou o projeto para a Comissão Nacional de Residência Médica (órgão ligado ao Ministério da Educação) e iniciou a luta para convencê-los da sua importância. “Foram dois anos de idas e vindas a Brasília para explicar qual a relevância em educarmos um médico para ser um especialista em Medicina do Esporte e suas peculiaridades”, lembra.

De acordo com Dr. Arnaldo Hernandez que participou, na mesma época, como diretor científi co da Sociedade, foram muitas viagens para a capital do país. “Foi preciso mostrar o interesse das instituições e profi ssionais em criar o programa de fato. E foi na Faculdade de Medicina da USP que surgiu o primeiro pedido para a residência. Nós o formatamos e o levamos.A Comissão o aprovou com algumas modifi cações”.

Nahas recorda que alguns trâmites burocráticos e a adequação do conteúdo foram responsáveis pela morosidade do processo, que só seria colocado em prática em 2006. “No último dia de minha gestão, tive a satisfação de vero edital publicado”.

Logo em seguida, duas outras universidades enviaram a mesma solicitação: Universidade de Caxias do Sul e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Todas iniciaram no mesmo ano.

“Em 2006, os Drs. Moisés Cohen e Flávio Faloppa iniciaram a criação da residência e em 2007 iniciamos na Unifesp a residência de Medicina Esportiva, por meio de reuniões com os Drs. Ricardo Eid, Fabrício Naves e Fernando Cardoso”, recorda o Dr. Carlos Andreoli, coordenador do programa. “Em 2012 foi criada a disciplina de Medicina Esportiva e neste ano estamos com 13 residentes atingindo, assim, um amadurecimento do programa e da forma de atuação dos residentes”. Neste ano a Unesp também iniciou um programa de residência médica no campus em Botucatu.

PASSADO E FUTURO

Mas o que efetivamente muda com a residência em Medicina do Esporte?

Como especialidade médica, ela passa a ter sua área de atuação específi ca. “É o médico do esporte na sua essência, de forma pura”, acredita o Dr. Samir

Salim Daher, atual presidente da SBMEE. Diferente de um passado recente, quando valia apenas o profi ssional especialista em uma área (que vale ainda hoje), como o ortopedista ou cardiologista, que fazia a pós-graduação em Medicina do Esporte”.

“A residência é o caminho que recomendamos para aqueles que querem trabalhar na área”, diz Hernandez. “É nítida a diferença do especialista que sai com três anos de formação para aquele que faz o curso de um ano. O que não quer dizer que, com o tempo, os outros profi ssionais trabalhando, atualizando-se e estudando não possam estar no mesmo nível. Mas no momento da prova o primeiro está mais bem preparado”.

“A residência proporcionou a formação de médicos com uma visão global da medicina do exercício e do esporte, atuando com atletas e, principalmente, com a promoção da saúde”, completa Andreoli.

Outra vantagem dessa “visão global” é que o especialista entende de todas as áreas do corpo humano: ele sabe como indicar exercícios para todo o perfi l de paciente; ao passo que, o ortopedista que migrou para a medicina do exercício não fará a mesma avaliação funcional se o indivíduo for hipertenso, por exemplo. É a orientação do exercício físico em função da avaliação.

O médico do esporte está apto a acompanhar qualquer atleta em todas as suas fases. Mas seu trabalho vai muito além e abrange várias áreas de conhecimento, atuando no tratamento de reabilitação cardíaca (exercícios para evitar novos infartos), diabetes, enxaqueca, fi bromialgia, depressão, entre tantos outros. É ele também que vai interagir com educadores físicos.

Atualmente, a Sociedade discute programas como a possibilidade de intercâmbio entre os serviços para melhor aprimoramento da formação do residente.

Apenas uma coisa é certa: a tendência é que aumente o número de profi ssionais nessa área. O homem ganhou longevidade. É importante que chegue aos 90, mas com qualidade de vida, podendo andar, tendo autonomia e prazer em viver. E a atividade física é sua grande aliada.

Neste mesmo número temos uma matéria sobre a história da Medicina do Esporte,em que relatamos como essa especialidade, ao contrário do que muitos pensam, é antiga.

GRADE CURRICULARCom três anos de duração o primeiro ano é voltado para clínica geral. O segundo ano é mais voltado aos aspectos do aparelho

locomotor: traumatologia e ortopedia. O terceiro em modalidades esportivas, em que há o acompanhamento das equipes esportivas para conhecer o atleta no seu dia a dia.

TÍTULO DE ESPECIALISTAA prova é realizada pela Sociedade Brasileira de Medicina doExercício e do Esporte e reconhecida pela Associação Médica Brasileira, que confere o título tanto para os que fi nalizam o programa de residência médica, quanto para aqueles que possuem outra residência e fi zeram o curso de especialização.

Cg

Turma de Medicina Esportiva e CETE da Unifesp.Dr. Ricardo Munir Nahas.

Page 7: BOLETIM DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE …. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andar São Paulo – SP Fone: (11) 3106-7544 Cep: 01318-901 E-mail: sbmee@medicinadoesporte.org.br Diretoria

Expediente:

Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte

SedeAv. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andarSão Paulo – SPFone: (11) 3106-7544Cep: 01318-901

E-mail: [email protected]

Diretoria SBMEE (2013-2015):

Presidente – Dr. Samir Salim DaherVice-presidente – Dr. Héldio Fortunato Gaspar de FreitasSecretário – Dr. Felipe Hardt Diretoria fi nanceira – Dr. Marco Aurelio Moraes de Souza GomesDiretoria de relações comerciais – Dr. Marcelo Bichels Leitão Editor RBME – Dr. Ricardo Munir Nahas Diretoria científi ca – Dr. Marcos Henrique Ferreira LarayaDiretoria de comunicação – Dr. Ivan PachecoDiretoria de regionais – Dr. João Ricardo Turra Diretoria de defesa profi ssional 1 – Dr. Jimmy Henry Ricaldi RochaDiretoria de defesa profi ssional 2 – Dr. Ronaldo Lopes CançadoPresidente eleito – Dr. Daniel Arkader KopilerPresidente passado – Dr. Jomar Brito Souza

Redação: Mônica Petry (Mtb 28972)

Jornalista responsável: Vanessa Mastro (Mtb 45224)

Contato com a redação: [email protected]

Departamento comercial: Jurandir Sestari Filho (Connexomm) [email protected] Fone: (11) 5083-3931 / 98181-2482

Projeto gráfi co e editoração eletrônica: Flag Comunicação

pág. 02

Caro colega:

Este é o nosso primeiro boletim dedicado a todos os especialistas

da Medicina do Esporte, que sempre acreditaram na nossa

especialidade e a fi zeram crescer até este momento. A partir de

agora, o boletim da SBMEE será um dos canais de comunicação

entre as ações da diretoria e seus associados. Aqui você terá

entrevistas com especialistas, informações científi cas relevantes,

agenda de eventos, dicas de saúde e bem-estar e um espaço

para a comunicação com a Sociedade.

Nesta primeira edição contaremos um pouco sobre a história

da Medicina do Esporte, a criação da residência médica da

especialidade e o planejamento da atual diretoria.

Gostaria de agradecer a todos os diretores e associados que

participaram de alguma forma deste projeto e aqueles que

acreditaram e nos apoiaram. A Sociedade encontra-se de portas

abertas a todas as propostas que vierem para agregar

institucionalmente. Sempre serão bem-vindas e analisadas,

independentemente da instituição em questão e, na medida

do possível, tentaremos atender a todas as necessidades e as

expectativas.

Uma boa leitura.

Samir Salim Daher

Presidente.

EditorialNos Jogos Olímpicos temos várias modalidades esportivas,

cada uma com sua particularidade, o que obriga ainda mais

o médico a estudar e a fazer ciência.

SBMEE – Qual a expectativa para o futuro da SBMEE?

Dr. Samir – A primeira etapa, seria reforçar a estrutura

da Sociedade aumentando as condições para transmitir o

conteúdo que o associado espera, isso é o que acreditamos.

Queremos que aqueles que têm o título de especialista em

Medicina do Esporte percebam essa movimentação e que

haja um processo natural de agregação, assim como um

retorno daqueles que por algum motivo se afastaram.

No entanto, também queremos atingir médicos de outras

especialidades com interface em Medicina do Esporte:

cardiologistas, ortopedistas, geriatras, etc; e em outro

momento, profi ssionais da área da saúde como os da

educação física, fi sioterapeutas, etc.

Por fi m, campanhas institucionais organizadas, com

planejamento e continuidade, pró-atividade e exercícios

físicos orientando pacientes com fi ns específi cos, tornando

a atividade física parte integrante da terapia médica.

DICAS DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Aí vão algumas dicas: a forma ideal de descobrir o tipo de pisada (neutra, supinada ou pronada) ainda é realizando um bom exame físico, com análise da marcha. Se possível, complementar com a baropodometria computadorizada. Para diminuir os riscos de lesão o tênis com amortecimento de última geração é o mais indicado para corredores de rua, que diferem dos corredores de esteira. Vá às compras no final do dia, quando há inchaço nos pés, mesmo que imperceptível. Experimente o tênis usando os equipamentos que serão agregados na hora de correr, como meias e tornozeleira.O tênis deve calçar bem desde o primeiro momento, pois não folga. Experimente nos dois pés, pois é comum termos um pé um pouco maior do que o outro. Por fi m, vale consultar o site do fabricante onde você pode encontrar informações sobre o calçado e as atividades esportivas.

O número de esportistas corredores (amadores em sua maior parte) aumenta a cada ano. No entanto,nem todos sabem que há um calçado apropriado para cada tipo de pé e de pisada, assim como para diminuir os riscos de lesão e melhorar o desempenho. Outros fatores, como peso, musculatura, problemas na colunae diferença de comprimento dos membros, entre outros, também infl uenciam. Mas como escolher o tênis

ideal para garantir segurança e desempenho?

Corrida: saiba escolher o tênis adequado

Alta ingestão de sódio pode levar à perda de cálcio

De acordo com o estudo realizado na Universidade de Alberta, no Canadá,e publicado na Revista Americana de Fisiologia, a alta ingestão de sódio pode levar à perda de cálcio no organismo, o que aumenta o risco de desenvolvimento de pedras no rim e de osteoporose. A pesquisa foi iniciada com o objetivo de descobrir se a absorção de cálcio e de sódio estão interligadas. De acordo com o estudo, foi encontrada evidência biológica de que realmente há relação entre oequilíbrio desses micronutrientes. Isso porque a molécula NHE3 (sodium-hydrogenexchanger 3), responsável pela absorção de sódio no corpo, possui papel na regulação dos níveis de cálcio. Assim, quando o corpo tenta excretar o excesso de sódio de uma dieta rica em sal, o cálcio também é eliminado pela urina. A pesquisa reforça a importância de manter uma dieta baixa em sódio.

Fonte: American Journal of Physiology – Renal Physiology.Artigo: The ephiltelial sodium/próton exchanger, NH3, is necessary for renal and intestinal calcium (re) absorption.Autor: Wanling Pan et al. Ano: 2010.

Meias elásticas devem ser usadas na prática do esporte?

As meias elásticas são utilizadas pelos atletas de algumas modalidades para melhorar a performance e proporcionar melhor recuperação após o exercício físico. Mas qual seria a indicação para elas? A literatura sugere que seu uso resulta em menores níveis de ácido lático e redução da dor muscularpós-atividade; melhora da fração de ejeção da panturrilha e na performance do retorno venoso.

Mas atenção: esses benefícios estão demonstrados no uso de meias elásticascom grau de compressão 1, considerada pequena (em torno de 18 a 23 mmHgno tornozelo). É preciso consultar o médico para saber se não há nenhuma contraindicação. Uma vez liberada, a meia é indicada tanto ao atleta amador como ao profi ssional de diversos esportes.

Fonte: http://www.meiaelastica.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id= 39:uso-da-meia-elastica-na-pratica-esportiva&catid=14:principal&Itemid=9

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Page 8: BOLETIM DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE …. Brig. Luís Antônio, 278 – 6º andar São Paulo – SP Fone: (11) 3106-7544 Cep: 01318-901 E-mail: sbmee@medicinadoesporte.org.br Diretoria

A Mulher e o Esporte.Uma Conquista dos Últimos 40 anos 25 de outubroLocal: Anfiteatro Marcos LindenbergRua Pedro de Toledo, 697 – SP

Inscrições: http://www.cete.med.br/site/2013/07/02/a-mulher-e-o-esporte/

Mais informações: R&V Eventos (www.rveventos.net)

Telefone: (11) 3283-3326 ou [email protected]

26º Congresso Brasileirode Medicina do Exercícioe do Esporte

21 a 23 de agosto de 2014Local: Ouro Minas Palace HotelAv. Cristiano Machado, 4001Belo Horizonte – MG

Inscrições: (51) 3012-9148 / 3019-2444 / 3024-8404ou [email protected]

Mais informações: http://www.medesporte2014.com.br/

No dia 26 de setembro o presidente Samir Salim Daher recebeu o Dr. Ricardo Nahas, o Dr. Héldio Fortunato Gaspar de Freitas e o secretário Dr. Felipe Hardt, membrosda diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte em sua sede, para discutir o planejamento e diretrizes de comunicação da instituição. Participaram ainda a assessora de imprensa Vanessa Mastro, Renato Corrêa (Acontece Eventos), Augusto Diegues (Agência Flag), Eder Bandeira (E.ffecto Comunicação Integrada), Jurandir Sestari Filho (Connexomm), Mônica Petry (Pólen Conteúdo)e Ana Lira, secretária da SBMEE.

II Congresso Mineiro de Medicina do Exercício e do Esporte01 e 02 de novembroLocal: Centro de Atividades Didáticas da UFMG Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha – Belo Horizonte – MGContato: (31) 3247-1600 ou [email protected] informações: http://www.smexe.com.br/ii-congresso-mineiro-de-medicina-do-exercicio-e-do-esporte/Programa de Educação Continuada da Sociedade Brasileira

de Medicina do Exercício e do Esporte.

Coordenação: Dr. Ricardo Nahas.

Temas:• Ciclismo – Uma grande Volta pelo Esporte

29 de outubro• Esportes de contato e lutas

• Avaliação e controle clínico no boxe

26 de novembroLocal: Auditório do Hospital 9 de JulhoR. Peixoto Gomide, 625 / R. Eng. Monlevade, 118 – 1º andarSão Paulo – SP

Mais informações: (11) 3147-9644 ou [email protected]

ACONTECEU

AGENDA

CCuurrccuma lCCC oll nnggaa 25500 mmggoo

Um novo tempo no tratamento da O.A.

Eficácia similar ao ibuprofeno3

Reduz consumo de AINEs 2

Cientificamente comprovadoCurcumina principal fração (curcuminóide) com ação anti-inflamatória amplamente estudada.4

O O anantiti-i-infnflalamamatótóririooiiii 1 eficaz e seseguguroro aa llonongogo pprarazozo 2

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Caixas com

cápsulas1

Referências Bibliográficas: 1. Bula do produto MOTORE: cápsulas. Responsável Técnico: Gabriela Mallmann. Guarulhos, SP. Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. 2. BELCARO, Gianni. et al. Efficacy and safety of MERIVA®, a curcumin-phosphatidylcoline complex, during extend administration in osteoarthritis patients. Alt Med Rev, v.15, n.4, p. 337-344, 2010. 3. KUPTNIRATSAIKUL,V. et al. Efficacy and safetty of Curcuma domestica extracts in patients with knee osteoarthritis.The Journal Alt Med Compl Rev v15,8,2009; 891,897. 4. JURENKA S.J. Anti-inflammatory properties of Curcumin, a major constituent of Curcuma longa: a review of preclinical and clinical research. Alternative Medicine Review, v.14, n.2, p. 141-153, 2009. 5. Rota de Obtenção do Extrato.

Contraindicações: contraindicado em caso de alergia à curcumina, açafrão (Curcuma longa) ou a qualquer outro componente da fórmula. É contraindicado em pacientes que estejam em tratamento com medicações que alterem as características de coagulação como antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, heparina de baixo peso molecular e agentes trombolíticos. É também contraindicado em casos onde haja risco de obstrução de vias biliares ou casos de cálculos biliares, úlceras estomacais e hiperacidez do estômago.

Material técnico-científico de distribuição exclusiva à classe médica. Outubro/2013

MOTORE curcuma longa Extrato seco. Cápsulas 250 mg. USO ORAL. USO ADULTO. Indicações: medicamento fitoterápico destinado ao tratamento da osteoartrite e artrite reumatóide, e tem ação antiinflamatória e antioxidante. Cuidados e advertências: a curcumina é muito bem tolerada em seu uso por via oral pela grande maioria dos pacientes, sendo raros os relatos de efeitos prejudiciais. Raramente podem ocorrer queixas como desconforto gástrico leve e movimentos intestinais mais frequentes. Precauções e advertências: o uso da curcumina por via oral mostrou ser bem tolerada pela maioria dos pacientes. Em casos esporádicos foram relatados episódios de menor gravidade como desconforto gastrointestinal. Não há relatos de overdose ou efeito tóxico grave. Em caso de ocorrência de reação de hipersensibilidade, a medicação deve ser imediatamente descontinuada e os sintomas avaliados pelo médico. Motore deve ser tomado apenas por via oral. Os riscos do uso por via de administração não recomendada são a não obtenção do efeito desejado e a ocorrência de reações adversas indesejadas. Não há dados de segurança relativo ao uso da curcumina em portadores de insuficiência hepática e/ou renal, não sendo recomendável o uso da medicação em pacientes nessas condições. As doses de tratamento recomendadas não devem ser excedidas. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. Gravidez e lactação: apesar de não haver estudos conclusivos em humanos que mostrem efeito negativo na fertilidade humana, alguns estudos realizados em animais sinalizaram efeito negativo na implantação de embriões após uso injetável de altas doses de extrato etanol da curcuma. Desta maneira sugere-se evitar o uso da curcumina em pacientes com intenção de engravidar ou em gestantes. Mulheres em fase de lactação também devem evitar o uso desta medicação. Categoria de risco na gravidez C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Interações medicamentosas: é contraindicado para uso em pacientes que estejam fazendo uso de medicações que alterem as características de coagulação como antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, heparina de baixo peso molecular e agentes trombolíticos, pois, pode haver aumento no risco de casos de sangramento. Reações adversas: o uso da curcumina por via oral mostrou ser bem tolerada pela maioria dos pacientes. Em casos esporádicos foram relatados episódios de menor gravidade como desconforto gastrointestinal. Não há relatos de overdose ou efeito tóxico grave. Em caso de ocorrência de reação de hipersensibilidade, a medicação deve ser imediatamente descontinuada e os sintomas avaliados pelo médico. Motore deve ser tomado apenas por via oral. Os riscos do uso por via de administração não recomendada são a não obtenção do efeito desejado e a ocorrência de reações adversas indesejadas. Não há dados de segurança relativo ao uso da curcumina em portadores de insuficiência hepática e/ou renal, não sendo recomendável o uso da medicação em pacientes nessas condições. As doses de tratamento recomendadas não devem ser excedidas. Posologia: Motore deve ser ingerido por via oral, com um pouco de água. A dose habitual para adultos é de 2 cápsulas a cada 12 (doze) horas, ou seja, duas tomadas diárias, totalizando 500mg de medicação a cada tomada. “SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.” VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MS - 1.0573.0442. MB 03 SAP 4437701.

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ANO 01 – EDIÇÃO 01

SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE BOLETIM

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A RESIDÊNCIA MÉDICA em Medicina do Esporte e sua trajetória no Brasil

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DICAS DE SAÚDEE BEM-ESTARCorrida: saiba escolher o tênis adequado

ENTREVISTA: DR. SAMIR DAHER, presidente da SBMEE

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AGENDA:• cursos; • congressos.

Campanha X Estratégia

A HISTÓRIA DA MEDICINA ESPORTIVA: mudanças significativas ao longo dos anospág. 04