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editorial B O L E T I M *28 setembro 2014 . boletim trimestral . ano 6 «A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dú- vida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pe- dem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado» (PF 14). A frase bíblica escolhida para este ano pastoral — «A fé: se ela não tiver obras, está completamente morta» — recorda-nos, de forma clara, que fé e obras são a mesma e única vida da Igreja, a nossa vida cristã. Ao longo deste ano pastoral procuremos «rea- prender a gramática elementar da caridade», cujo fio condutor se encontra na prática das obras de misericórdia.

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BOLETIM 1

editorial

B O L E T I M *28setembro 2014 . boletim trimestral . ano 6

«A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dú-vida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal

modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pe-dem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado» (PF 14).

A frase bíblica escolhida para este ano pastoral — «A fé: se ela não tiver obras, está completamente morta» — recorda-nos, de forma clara, que fé e obras são a mesma e única vida da Igreja, a nossa vida cristã. Ao longo deste ano pastoral procuremos «rea-prender a gramática elementar da caridade», cujo fio condutor se encontra na prática das obras de misericórdia.

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BOLETIM 2

Secção OpInIãO

A Fé implica justiçaP.e Luís MigueL Figueiredo rodrigues

A primeira Encíclica, e para já única, que o Papa Francisco publicou foi a Lumen Fidei (29 de Junho de 2013), dedicada a refletir

precisamente sobre a fé como virtude. Recorde-mos que esta encíclica foi escrita a “quatro mãos”, pois foi começada com o papa Bento XVI, que já tinha publicado outras duas, relacionadas com as virtudes teologais da Caridade e da Esperança, a Deus caritas est e Spe salvi, respetivamente.

Se a ordem em que as encíclicas aparecem já é significativa, porque começa pela relação afetiva e não pelas verdades em que se há de acreditar, como era habitual, a Lumen Fidei destaca uma perspetiva por vezes esquecida da profissão de fé: professar a fé não é um ato isolado e tem implicação concretas para a sociedade onde o crente se insere. Dito de ou-tra forma, acreditar em Jesus Cristo tem implicações sociais e políticas.

«Vemos assim surgir, relacionada com a fé, uma nova fiabilidade, uma nova solidez, que só Deus pode dar. Se o homem de fé assenta sobre o Deus-Amen, o Deus fiel (cf. Is 65, 16), tornando-se assim firme ele mesmo, podemos acrescentar que a firmeza da fé se refere também à cidade que Deus está a preparar para o homem. A fé re-vela quão firmes podem ser os vínculos entre os homens, quando Deus Se torna presente no meio deles. Não evoca apenas uma solidez interior, uma convicção firme do crente; a fé ilumina tam-bém as relações entre os homens, porque nasce do amor e segue a dinâmica do amor de Deus. O Deus fiável dá aos homens uma cidade fiável» (LF 50).Esta cidade, esta forma de viver a cidadania, não

é uma qualquer que num dado momento da história pareça estar mais na moda. É antes aquela que cor-responde ao estilo cristão de viver, porque

«Devido precisamente à sua ligação com o amor (cf. Gl 5, 6), a luz da fé coloca-se ao servi-ço concreto da justiça, do direito e da paz. A fé nasce do encontro com o amor gerador de Deus que mostra o sentido e a bondade da nossa vida;

esta é iluminada na medida em que entra no di-namismo aberto por este amor, isto é, enquanto se torna caminho e exercício para a plenitude do amor. A luz da fé é capaz de valorizar a riqueza das relações humanas, a sua capacidade de per-durarem, serem fiáveis, enriquecerem a vida co-mum» (LF 51).

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BOLETIM 3

A Fé implica justiçaVerificamos que a fé não afasta os cristãos do

mundo, antes pelo contrário:«A fé faz compreender a arquitetura das rela-

ções humanas, porque identifica o seu fundamento último e destino definitivo em Deus, no seu amor, e assim ilumina a arte da sua construção, tornando-se um serviço ao bem comum. Por isso, a fé é um bem para todos, um bem comum: a sua luz não ilu-mina apenas o âmbito da Igreja nem serve somen-te para construir uma cidade eterna no além, mas ajuda também a construir as nossas sociedades de

modo que caminhem para um futuro de esperan-ça» (LF 51). A fé é um bem comum que não se restringe ape-

nas ao âmbito intraeclesial, antes dota as sociedades de um modo de se entenderem e realizarem, capazes de viver em paz e almejar um futuro com esperança.

O desafio da “nova evangelização”, ao incrementar a necessidade de cada cristão e cada comunidade vive-rem mais e melhor a fé em Jesus Cristo, revela o contri-buto maior que a Igreja pode dar à sociedade: mostrar um modo diferente de viver, um novo mundo possível.

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BOLETIM 4

Secção OpInIãO

Formação/Catequese de Adultos IIAntónio JoAquiM gALvão

A diocese estabeleceu “um Plano Pastoral alicer-çado no tema da fé: (re)descobrir a fé professa-da, celebrada, vivida, anunciada e contempla-

da” (Plano Pastoral 2012 + 217). No contexto da fé, o Sr. Arcebispo Rino Fisichella, no «L’Osservatore Roma-no» (2012) dizia que “a fé deve ser repensada e vivida” a partir dos motivos e das razões pelas quais acredita-mos para “sobressair a grandeza do (nosso) crer”.

“A fé: se ela não tiver obras, está completamen-te morta” (Tgo 2, 17) é a frase bíblica que «guiará» o nosso caminhar de fé (2014-2015) e, que exige, a nossa adesão a Cristo. Não uma adesão como algo individual ou privado mas, de uma fé professada (que pelo batismo nos uniu em Igreja, comunidade dos convocados) e cuja função, enquanto membro da Igreja do Senhor, (entre as várias vocações, minis-térios e tarefas) é a de O testemunhar na celebração da própria vida, pondo ao serviço dos outros os dons recebidos (1 Ped 4, 10-11). Daqui se depreende que a fé vivida tem de expressar e de mostrar Aquele que lhe dá vida. É o próprio Jesus que, depois de nos en-sinar as Bem-Aventuranças, nos diz que temos de ser luz e sal e que não devemos ter outra tarefa senão a de iluminar: “Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus” (Mt 5, 16). Por isso, «fé sem obras é morta» e as obras convertem-nos em si-nais visíveis da presença viva de Deus.

Bastará então acreditar que assim é e já está tudo resolvido? Todos aprendemos que a Fé é um dom de Deus (virtude teologal) e que temos de a alimentar para que não morra. Bento XVI (Papa Emérito) diz-nos que temos de “readquirir o gosto de nos alimen-tarmos da Palavra de Deus (tema central do anterior Plano Pastoral da nossa diocese), transmitida fiel-mente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos” (Porta Fidei, 3) para que a Fé seja sempre mais viva e operante.

Quando Sua Santidade abriu o Ano da Fé, no 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II preci-sou que o objetivo ambicioso era «retornar a Deus», de «aprofundar e viver com maior coragem a própria fé» e «reencontrar a alegria da fé». Também nos lem-

brou que é o próprio encontro com Cristo que reno-va as nossas relações humanas, que as orienta para uma maior solidariedade e fraternidade pela lógica do Amor que envolve todos os aspetos de vida da pessoa (sentimento, coração, inteligência, vontade, corporeidade, emoções e relações humanas).

A lógica do Amor de Cristo renova-nos a partir de dentro. Ele surge quando fazemos com que o bem avance e o mal diminua. É nesta lógica de Amor que a Salvação é para o corpo e para o espírito. É o pró-prio Jesus que nos garante a felicidade se compreen-dermos e praticarmos estas coisas (Jo 13, 17).

O tempo e as circunstâncias que vivemos no mundo e na nossa diocese em particular é uma opor-tunidade que Deus nos concede, para intensificar a reflexão sobre a fé vivida (ano social): as múltiplas motivações para ser ídolo, as múltiplas formas de pro-vocação, as múltiplas circunstâncias de dificuldades na vida das pessoas... etc, gritam por uma fé autênti-ca, por uma solução de vida pautada por critérios de justiça de outra ordem que não a dos «fazedores» de leis deste mundo! “É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes” (Lc 16, 8). O que acredita tem de viver nas atitudes, nas ações do dia a dia Aquele em quem acredita. Ser de Cristo, da Sua Igreja incomoda muita gente! Mas, Jesus disse que seríamos odiados

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BOLETIM 5

Formação/Catequese de Adultos IIpor causa do Seu nome (Mt. 10, 22). Contudo, vive-mos neste mundo e não renunciamos aos nossos deveres cívicos. Antes pelo contrário, contribuímos,

com a nossa fragilidade e simplicidade, para melho-rar a sociedade. O próprio Papa Francisco nos exorta a não termos medo da nossa fragilidade.

Por outras palavras, a fé professada não é verda-deira, se não se traduz em fé vivida. “O divórcio entre a fé que professam e o acompanhamento quotidia-no de muitos deve ser contado entre os mais graves erros do nosso tempo (…). O cristão que descuida os seus deveres temporais, falta aos seus deveres para com o próximo e até para com o próprio Deus, e põe em risco a sua salvação.” (GS 43).

É urgente viver a fé em verdadeiro clima de ora-ção com os demais, com a Igreja. Para bem vivermos o nosso dia a dia em comunhão e intimidade com Je-sus temos que diariamente ler o Evangelho, meditar nas Suas palavras, compreender os Seus ensinamen-tos, frequentar os sacramentos, estar em comunhão com a Igreja, cumprir os mandamentos, vê-Lo nos Santos, reconhecê-Lo nos nossos irmãos - amá-Lo. Temos que nos educar na fé cristã para recebermos os dons do Reino de Deus.

Como testemunhas e humildes instrumentos do Espírito Santo temos a grande responsabilidade de anunciar o Evangelho porque vivemos dele e que-remos que os outros também vivam. Ou seja, que Aquele em quem acreditamos apareça nas nossas obras. Testemunhar não pode ficar em dizer que acreditamos, mas mostrarmos que o que vivemos interiormente o transmitimos naquilo que fazemos! “A multidão dos que haviam abraçado a fé tinham um só coração e uma só alma” (Act 4, 32). Somos testemunhas de Cristo não só porque conhecemos o Evangelho, mas principalmente porque queremos que os outros O conheçam e O amem neste mundo de contrastes e da «cultura do descartável» como lhe chamou o Papa Francisco, em que nos tornamos in-sensíveis praticamente a tudo, até aos desperdícios da comida e ele considera como roubo da mesa de quem é pobre ou não tem nada para comer! Tam-bém disse que agradecia o maravilhoso exemplo de tantos cristãos que oferecem a sua vida e o seu tempo com alegria ao anúncio do Evangelho e que esse testemunho o faz superar o egoísmo para se entregar ainda mais a Cristo: «Quero pedir especial-mente um testemunho de comunhão fraterna que se mostre atrativo e resplandecente». Na cateque-se, no grupo coral, na equipe da liturgia, no grupo dos leitores, no grupo dos zeladores, no grupo dos acólitos, no grupo dos ministros extraordinários da comunhão… na visita a um doente, na animação de um grupo de idosos, num lar, numa IPSS, na rua, num banco de jardim… que a caridade seja o reflexo de Cristo que vive em Mim (Gal 2, 20).

Um provérbio inglês diz: «pouco a pouco, mas infalivelmente, a maré vai subindo». O que peço ao Senhor para mim e para todos vós é que vivamos o nosso projeto pastoral conscientes de que nenhum projeto humano será consistente se não for alicerça-do em verdadeiro amor. “Se alguém Me ama, guarda-rá a Minha Palavra; Meu Pai amá-lo-á e viremos a ele e faremos nele morada” (Jo 14, 28). Praticando pou-co a pouco a caridade, ”ainda que seja somente um copo de água fresca” (Mt 10, 42) com justiça e verda-de, infalivelmente, o Amor triunfará e o bem surgirá.

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BOLETIM 6

Secção OpInIãO

(Comunicação feita às Equipas Arciprestais de Catequese – 01-05-2014)

Fé e Militância

Não sei falar da fé, sem falar da vida que nos rodeia. Por isso Fé e militância para mim estão sempre ligadas. No entanto a Igreja

oferece-nos bons momentos em que nós podemos expressar essa fé, numa ligação perfeita com a dá-diva da vida.

em que acreditoQue pedis à Igreja de Deus para o vosso filho? – O

Batismo (a fé, ou a graça de Cristo, ou a entrada na Igreja, ou a vida eterna)

Este é o primeiro compromisso de recém-nasci-do para a fé, feito pelos seus progenitores, ou quem os represente.

Pelo Batismo nós fomos enxertados em Cristo. Nessa altura, são os nossos pais e padrinhos que as-sumem essa responsabilidade para que a enxertia pegue e venha a dar frutos.

Sou filho de agricultores e lembro-me muito bem do meu pai, no mês de março, proceder todos os anos à enxertia da vinha e das árvores de fruto. Ele escolhia a melhor qualidade para fazer o enxer-to. Havia os enxertos de garfo e os de borbulha. Uns pegavam, outros não. Uns davam frutos abundantes, outros nem tanto. Tudo tinha a ver com a terra onde a árvore estava plantada…

Também na nossa vida, uns pegam, crescem, multiplicam-se e atraem outros e há outros que, de-pois seguem caminhos diferentes. Por vezes o pro-blema ainda se consegue resolver com uma segun-do enxertia.

Fé professadaUma fé professada é uma fé exercida, na nossa

vida de todos os dias. A fé não é uma coisa abstra-ta, ela está em todas as realidades da nossa vida: em casa, em família, no percurso de casa para o trabalho, no trabalho, naquilo que eu produzo para bem de todos, no convívio entre colegas, no regresso a casa, nas compras que faço, na vida social, associativa ou

diác. José MAriA cArneiro dA costA

politica. A fé está no irmão, que vive a meu lado e eu nem dou conta.

A fé está na atenção que eu dispenso aos outros, na forma como os acolho e trato deles.

Pode não estar numa simples esmola.O nosso Arcebispo dizia na reunião do Conselho

Pastoral de 26 Outubro de 2013: “Em vez de ser ape-nas uma Igreja que acolhe e recebe, tendo as por-tas abertas, procuremos mesmo ser uma Igreja que encontra novos caminhos, que é capaz de sair de si mesma e ir ao encontro de quem não a frequenta, de quem a abandonou ou lhe é indiferente. Quem a

abandonou fê-lo, por vezes, por razões que, se forem bem compreendidas e avaliadas, podem levar a um regresso. Mas é necessário audácia e coragem” (Papa Francisco). A fé é para dentro e para fora. Que o traba-lho da Iniciação cristã seja esta aurora duma pastoral a partir da alegra presença de Cristo entre nós! Apenas mais uma palavra. Se estamos num Ano Litúrgico e a trabalhar a iniciação cristã, teremos de reconhecer, permanentemente, que, somos Igreja no mundo. Aí os cristãos devem saber estar não para assistir passiva-mente à história mas para a construir na igualdade e

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fraternidade. Nada de humano nos pode ser estranho e a atual situação social do país deve colocar-nos em movimento. (D. Jorge Ortiga – 26-10-13)

MilitanteA nossa presença no mundo é uma militância

permanente. Ser militante é como ser militar que luta a favor de uma causa. Mais à frente voltarei a fa-lar no assunto.

Uma das formas de alimentar a nossa fé é fazer parte da Igreja de Jesus Cristo. Mas não chega fazer parte. É preciso conhecê-la.

Quando era pequeno e andava na catequese aprendi, pela minha mãe, que a Igreja é: Militante, Padecente e triunfante. Estas três palavras nunca mais me esqueceram. Não vou fazer nenhuma refle-xão sobre cada uma delas, apenas falar um pouco sobre a palavra militante, procurando corresponder, com o meu testemunho de vida, sobre o que tem sido a minha vida de militante desde os meus 12 anos, portanto, há 48 anos.

Com 12 anos entrei num grupo da Ação Católica da pré-JOC. Naquela altura diziam-me assim: Quando tiveres 18 anos podes passar a militante. Mas se os responsáveis entenderem podes passar aos 16. Isto vai depender muito do teu comportamento daqui até lá. E de facto com 16 já era militante, já tinha sido “promovido”. Neste percurso, entre os 12 e os 16 anos lembro aqui três pessoas muito boas: A minha mãe Amélia, a minha tia Deolinda, irmã do meu pai e o Sr. Francisco, patrão do meu pai. Um homem solteiro, o mais novo de 12 irmãos, que herdou as terras que os outros foram deixando para ele.

Eu tinha nove anos quando ele ficou sozinho com a sua criada, hoje empregada doméstica. Pediu ao meu pai para eu ir viver lá para casa e o meu pai, muito pobre, aproveitou logo este pedido, afinal era menos uma boca a comer lá em casa.

Eu recordei aqui estas três pessoas porque elas tinham gestos muito concretos para com os mais po-bres, que acabaram também por me envolver: «vai levar este saco de batatas a casa da sra. isabel, mas não digas nada a ninguém que foste lá. Se ela pergun-tar quanto é diz que depois eu falo com ela». E estes gestos eram contínuos, realizados de forma diferen-te pelos três em situações muito diversas e nenhum sabia o que o outro fazia. A minha mãe dava batatas, legumes, salada, ovos, pão, leite. Apesar de pobre tinha estas coisas em casa. Mas sabia que à volta da casa ha-via gente muito mais pobre.

Eu descobri, que nunca podemos estar bem, quando a nosso lado alguém está mal, há alguém mais pobre do que nós. Nessa altura a profissão do meu pai era a de «criado de servir». Trabalhava des-de nascer ao por do sol e às vezes pela noite den-tro. Quando à noite regressava com ele a casa, pelo caminho, muito escuro com eucaliptos, pinheiros e outras árvores muito altas, ele rezava o terço em voz alta (se calhar mais pelo medo do que pela fé) e eu respondia com ele. Quando chegava à última curva, seguia-se uma reta, que era uma descida e já se via a nossa casa lá ao fundo, com a luz de petróleo acesa. Era a minha mãe, que estava à nossa espera. Enquan-to esperava, rezava!

Conto isto, hoje com um certo sabor a saudade, porque foram estes valores da pobreza, da parti-lha, da oração e da preocupação com os outros, que me lançaram numa caminhada que ainda não terminou.

Voltando novamente à palavra militante, todos sabemos que ela vem de militar. E os militares exis-tem para fazer a guerra ou a paz, ou de outra forma: ser motivo de dissuasão, isto é: por ali não vou por-que os militares não deixam passar.

A igreja precisa de militantesNeste mundo, nesta terra, nós que acredita-

mos somos a Igreja militante, (devíamos ser) isto é, aquela que luta, ainda, a caminho de seu destino, de sua integração perfeita na sua união completa em Cristo. A Igreja, na terra, pode ser, também, cha-mada de Igreja Peregrina, pois não temos, aqui, a nossa morada definitiva (Hb 13, 14). A nossa casa é a Casa do Pai. Louco é quem vive preocupado com “tesouros que as traças destroem”, em vez de se preocupar com o essencial: salvar a própria alma/Vida.

Frei Bento Domingues num dos seus escritos re-centemente dizia:

“Admitir que qualquer ser humano é nosso irmão – e deve ser tratado como tal – é mais difícil do que admitir, neste mundo caótico, a presença de Deus”.

Se eu estiver imóvel não faço mal a ninguém, mas a virtude não está aqui… ela liga-se à “Praxis” (exercício) do bem em todas as situações, mesmo que nos arrisquemos, mesmo que ponhamos a nos-sa vida em causa. (Já passei por situações, por duas vezes, de pistolas apontadas à testa).

O pior que nos pode acontecer é lidar com pes-soas indiferentes, fechadas em si mesmas, ou numa

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relação de “fé” retida em “rezas”, mas pouco aberta ao outro: ao seu irmão.

Costumo dizer muitas vezes: «Se és criticado, é porque fazes alguma coisa, que, eventualmente po-des sempre corrigir e melhorar, mas se ninguém diz nada de ti, é sinal que estás no mundo e não incomo-das ninguém!»

A atitude cristã para se revestir de verdade deve partir de uma atitude voluntária, desprendida e gra-tuita, apostando no valor do outro - tornando-o caro - como elemento essencial na nossa ação. (Desde que me ordenei diácono, uma ou outra pessoa per-gunta: agora é que tu ganhas dinheiro, dois empre-gos. Quando lhes digo que nem da gasolina eu meto contas a ninguém, ficam parvas, não acreditam).

Não podemos remeter-nos a viver a religião ape-nas nos locais de culto. Vejo que muitas vezes vive-mos a nossa vida no mais puro “ateísmo”, no “quen-tinho do nosso sofá lá de casa”, ficando Deus apenas remetido para os locais de culto, para as ações litúr-gicas, ou mesmo para o desespero das promessas e a ansiedade que existe enquanto não as cumprimos.

Outros aparecem, experimentam, quase como o jovem rico, e depois vão-se embora. Vão aparecer mais tarde quando precisarem dum sacramento, como se a Igreja fosse um supermercado.

No entanto, quem se perde, ou desvia, do cami-nho do Senhor, nunca deve ser excluído mas sim procurado, não como uma imposição doutrinal da Igreja, mas fundamentalmente a partir de uma liga-ção profunda ao sentido divino, que nos procede em todas as realidades.

Deixemo-nos de “lições de moral”, usemos pois a força do Senhor como impulsionador para a ação acolhedora, com esta atitude mostramos a nossa identidade cristã, e também a beleza do “ser cristão”, porque é no exemplo que chamamos os outros à re-flexão e ao encontro com Deus, numa vida concreta e iluminada pelo Amor Maior, expressão suprema e unificadora da Santíssima Trindade.

A beleza do encontro ou do reencontro é a mais tocante expressão do amor de Deus (cf. Lc 15,32). S. Paulo nos seus escritos mostra-nos esta noção de uma forma clara, essa presença de Cristo em nós é o fundamento essencial para a dádiva de uns aos ou-tros (cf. Gl 2,20).

Se existe via privilegiada enquanto caminho em direção à comunhão com o Senhor está na oração, no entanto o cristianismo liga-se também à ação. O próprio Jesus é disto prova… Ele nunca desprezou

a oração, alias em Lucas esta ação do recolhimento para a oração aparece bem vincada, mas durante a sua vida entre nós foi sempre um homem de ação, não se remetendo à retórica (ao palavreado, como dizemos muitas vezes, só tens treta), mas fazendo desta expressão natural da Sua existência.

A nossa relação enquanto batizados tem que se fazer de uma forma de apostolado, ou seja, numa missão permanente, e não num voluntarismo mo-mentâneo. A missão deve atravessar toda a vida, da mesma forma a oração tem que se fazer presente en-quanto ação do acolhimento pessoal ao Senhor.

A oração não passa apenas por aqueles ritmos diários, de manhã e à noite principalmente, com a reza das laudes, vésperas ou o terço em família. A oração é constante na vida do dia-a-dia. Deus cruza

constantemente o nosso trabalho e nós nem damos conta. Ele passa por nós cumprimenta-nos com um bom dia, uma boa tarde, um olá e nós respondemos como se fosse apenas um ato de boa educação ou cidadania. Não, não pode ser, é isso mas é muito mais do que isso. Nós temos que sentir Cristo a passar por aqui. Uma militante trabalhadora cristã, num dia de nevoeiro, a trabalhar com 20 teares dos antigos e com as linhas sempre a rebentar, de um momento para o outro, correu de tear em tear a emendar as linhas e quando os viu todos a trabalhar, era a pri-meira vez naquele dia cheio de “azares”, deu uma gar-galhada e disse: «mas que lindo, olha Deus a passar por aqui…»

Se nós quisermos podemos fazer das nossas ações diárias um hino permanente ao Criador. É pre-ciso que nos lembremos d’Ele, porque Ele não se es-quece de nós.

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Nas diversas intervenções pastorais a Igreja tem que ser capaz de se realizar como fator de inserção, de “calor humano”, de expressão profunda da espiri-tualidade, sempre com a luz da alegria colocada na vida, buscando no outro local privilegiado da ma-nifestação criadora de Deus. No texto belíssimo do Magnificat (cf. Lc 1, 46-55), é-nos colocado o anúncio da urgência e da recusa, mostrando-nos o caminho para a mudança, no entanto não há mudança se não existir abertura para a conversão.

Atores concretos da salvaçãoA fé que professamos no credo, nunca está desli-

gada da vida dos homens e mulheres do nosso tem-po nem da natureza que todos desfrutamos. Na rea-lidade não podemos reduzir a vida moral através da sequência de obrigações que apenas sejam abrangi-das pelas leis e normas subjetivas...

A experiência moral quotidiana tem que se ligar a escolhas, sendo que nessas se responda a uma es-sência mais profunda e fundamental. A consciência – “esse núcleo mais secreto é o sacrário de cada ho-mem e cada mulher, no qual se encontra a sós com Deus, cuja voz ressoa na intimidade do seu ser.” (GS, nº 16) – faz-nos responder “sim” ou “não” (cf. Mt 5,37). Acredito no sim que parte para a vida, que responde ao “IDE” de Jesus: “Ide! envio-vos como cordeiros para o meio de lobos” (Lc 10.3). que nos faz sujar as mãos nas realidades duras de hoje, que estão à nossa frente: o desemprego, a falta de casa barata, falta de alimentação, a ausência de alguém que partiu para a emigração.

A opção por ser cristão está em saber fazer esco-lhas conscientes, sabendo ver na Sagrada Escritura a identificação estruturante da nossa vida cristã, para que desta forma sejamos na vida atores concretos da Salvação.

É por isso que a virtude da moral cristã, não está somente em não fazer mal, mas essencialmente em fazer o bem a partir da ação transformadora das si-tuações que provocam o mal, numa postura de co-ragem reforçada pela fé, numa atitude de peregrina-ção contínua do anúncio da mensagem do Senhor: a Boa Nova com todas as suas implicações. O novo não é para parar no tempo, porque o tempo também não para. Neste trabalho não precisamos de andar com campainhas a dizer eu fiz, eu é que sou bom.

Os outros é que devem reconhecer em nós que existem diferenças na atuação que provocamos. A

Fé sem obras é morta: “De que aproveitará, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quo-tidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está com-pletamente morta.” (Tg 2,14-17)

As ações não se podem remeter, para nós cris-tãos, a simples atos de solidariedade humana. Elas têm que ir muito mais longe e mergulhar naquela expressão que dá título ao livro: “A caridade dá que fazer”, do biblista italiano Luciano Manicardi. «Face às injustiças, que hoje se avolumam em muitos países e regiões do mundo, diante das gritantes situações de marginalização e exclusão (…) perante os gritos clamorosos de quantos são forçados a viverem as suas dores na solidão das grandes urbes anónimas e no desespero da falta de afetos e relações humanas sólidas, frente às incertezas, riscos e temores quan-to ao futuro, face às novas e mais subtis formas de exploração presentes no mundo do trabalho ou no tráfego humano, parece ser uma tarefa urgente rea-prender a gramática elementar da caridade.» (Luciano Manicardi)

Portanto estar disponível para o outro é estar-mos disponíveis para o Pai, porque a salvação está no acolhimento fraterno de todos, sem exceções, porque Jesus também não fez exceções de ninguém, mesmo daqueles que naquele tempo e hoje são con-siderados os exploradores do povo. Esses também têm o direito à salvação.

“Ninguém tem mais amor do quem dá a vida pe-los Seus amigos” (Jo 15,13)

o trabalho de casa em casa, ou de porta a portaEu gosto muito da visita pascal. Para além do

anúncio de forma expressiva do Ressuscitado, é também uma ocasião para um encontro com as fa-mílias e com a forma como cada uma vive. Nesses momentos podemos deixar mensagens, que são autênticas marcas da presença de Jesus naquelas casas.

Também na catequese devia ser assim. Sei que al-guns catequistas conhecem muito bem os familiares das crianças e a forma como vivem, mas outros não.

Eu também já fui catequista em duas paróquias: Em Ribeirão e em S. Tiago de Antas.

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BOLETIM 10

Secção OpInIãO

A experiencia mais empolgante adquiria nas La-meiras – Antas, em 1983. Estávamos em fevereiro de 1983. Antes de sairmos de Ribeirão fomos despedir-nos do nosso pároco e ele passou uma carta para o pároco da paróquia de acolhimento.

Pelo meio, eu e a minha esposa dissemos um para o outro, vamos aproveitar este tempo e esta mudança para descansar um pouco e depois voltaremos, lenta-mente a empenharmo-nos nesta nova paróquia.

Entretanto fomos apresentarmo-nos ao pároco

e inscrevermo-nos na nova paróquia de residência. O Pároco de então diz-nos: «Ora cá está o casal que nós procurávamos. Sabem, nas Lameiras há lá muitas crianças e não temos ninguém para as inscrever na catequese. Eu olhei para a Teresa e ela para mim e ri-mos. Ora toma lá. Então vocês queriam descansar?»

Claro que respondi que sim! E o trabalho sobrou para mim, porque a Teresa trabalhava e trabalha aqui em Braga. Andei cinco semanas de porta em porta das 290 casas daquele complexo habitacional. No final tinha 387 fichas de crianças para fazer a cate-quese nos diferentes anos e 27 catequistas dispostas a fazer catequese.

Já estão a ver o trabalho que nos esperava.Este trabalho de casa em casa deu para perceber:1. Como é que as famílias viviam, algumas dor-

miam no chão;2. Para conversar sobre os seus problemas, eram

muitos;3. Para oscular o seu pensamento sobre a edu-

cação da fé, não só das crianças mas também delas próprias (saber o que elas gastavam);

4. Para criar amizades;5. Para descobrir novos talentos;6. Para criar empatia com as pessoas;7. Para criar outros grupos de evangelização e as-

sociativismo;8. O sucesso da Associação de Moradores das La-

meiras passou por este trabalho porta a porta.Depois, foi o assumir da catequese naquele espa-

ço habitacional, com muitas peripécias pelo meio.

Para terminarNão posso conceber que qualquer cristão que

trabalhe com pessoas, na catequese e nos grupos de apostolado, não se inquiete com os problemas que a todos afetam.

Os problemas não são só de ordem material e fal-ta de sustento para muitas famílias.

Eles também são de ordem moral, de valores que todos os dias são postos em causa.

De destruição de famílias tradicionais, para as substituir por outra coisa qualquer onde vale tudo. Também aqui há diferenças.

As crianças da catequese são uma boa oportuni-dade para fazer um trabalho concreto com os pais. E isto não tem medida, nem existe guião, porque cada caso é um caso. O Santo Padre tem-se referido a isto. O moralismo tem que ser posto de lado e substituído pelo acolhimento e a misericórdia infinita de Deus.

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BOLETIM 11

Secção pOnTES DOS ARCIpRESTADOS

No passado dia 05 de julho, decorreu o “dia arciprestal do catequista”, com a presença de mais de uma centena e meia de catequistas

do arciprestado de Vila do Conde e Póvoa de Varzim e assinalando o encerramento do ano catequético, do arciprestado. O encontro decorreu na paróquia de Laúndos, constituindo-se como uma oportunida-de de convívio, alegria e partilha, de forma a sermos “mais e melhor Igreja”.

O dia iniciou às 9.30h com o acolhimento, após o qual unimo-nos em oração a que se seguiu uma reflexão/exposição sobre a “Celebração da Fé”, inci-dindo particularmente na celebração Eucarística.

Depois do almoço partilhado, realizou-se a “caça ao tesouro”, com suporte em diversos textos bíbli-cos, sucedendo-se uma reflexão conjunta sobre os mesmos textos. A chuva “miudinha” que entretanto apareceu, não conseguiu esmorecer o entusiasmo e a alegria de quantos participavam.

O dia terminou com a celebração da Eucaristia, na qual se integrou a comunidade paroquial local.

Vila do Conde

Póvoa de Varzim

Tal como tem vindo a acontecer nos últimos anos, a Equipa Arciprestal de Catequese de V. N. Famalicão promoveu um encontro destinado

aos Catequistas Coordenadores Paroquiais de Cate-quese de todo Arciprestado, com vista à avaliação do Ano Pastoral 2013-2014, prestes a terminar.

Desta feita, este encontro teve lugar no passa-do dia 16 de Junho, pelas 21h30, no Centro Pasto-ral de V. N. de Famalicão e contou com inúmeros catequistas provenientes de várias paróquias do Arciprestado. Num primeiro momento, depois das habituais palavras de acolhimento e boas-vindas proferidas pelo P.e António Loureiro, Assistente da Equipa Arciprestal de Catequese, os catequis-tas coordenadores foram convidados a rezar a

CATEQUISTAS COORDENADORES DE V. N. FAMALICãO REUNIDOS PARA AVALIAçãO DO ANO PASTORAL

DIA ARCIPRESTAL DO CATEQUISTA

Vila Nova

de Famalicão

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BOLETIM 12

partir de uma breve reflexão sobre a vocação do catequista.

Terminada a oração, foi o momento de recordar todos os objectivos propostos pelo Departamen-to Arquidiocesano da Catequese (DAC) para o Ano Pastoral 2013-2014, dedicado pela Arquidiocese de Braga ao tema da “Fé Celebrada”, sendo que o objec-tivo geral consistiu em “Reavivar, purificar, confirmar e confessar a Fé”, desdobrando-se este em alguns ob-jectivos específicos.

Avaliada a concretização na prática destes objecti-vos, concretamente através das diferentes actividades realizadas e promovidas ao nível arciprestal, foi feita uma primeira e breve apresentação do plano do DAC para o próximo Ano Pastoral, 2014-2015, em que o objectivo geral se mantém o mesmo do ano anterior,

Secção pOnTES DOS ARCIpRESTADOS

concretizável depois por via de um objectivo mais es-pecífico - “Assumir a vontade de Cristo” -, cujas linhas de acção, de forte cariz social, apontam para a prática da caridade e para o amor ao próximo.

Foram ainda apresentadas algumas datas im-portantes, destacando-se aquelas que se encontram mais próximas, como a Eucaristia a celebrar no Par-que da Devesa no dia 5 de Julho, às 16h00, e o Dia Arquidiocesano do Catequista, a 13 de Setembro.

O encontro, marcado pelo diálogo e pelo espírito de partilha, onde todos tiveram oportunidades de colocar questões, esclarecer dúvidas e/ou apresen-tar sugestões para o futuro, terminou com um novo momento de oração.

Departamento Arciprestal da Comunicação Social

No passado dia 5 de Julho, às 16h00, o auditório do Parque da Devesa, em V. N. Famalicão, serviu de palco àquela que é para os cristãos a maior

das festas, a celebração do Sacramento da Eucaristia.Esta iniciativa, promovida e organizada pela Equipa

Arciprestal de Catequese de V. N. de Famalicão, congre-gou neste espaço cerca de 170 fiéis, provenientes de várias paróquias do Arciprestado, entre eles muitos ca-tequistas, que, assim, responderam ao apelo de celebrar a Fé, mas desta feita num espaço diferente, no coração da cidade, habituado a ser espaço de convívio, de festa, de prática desportiva e de lazer.

A celebração contou com a animação musical do Grupo de Jovens da paróquia de Nine e foi presidi-da pelo P.e António Loureiro, Assistente da Equipa Arciprestal de Catequese. Na partilha dirigida aos presentes, o sacerdote lembrava a importância de celebramos a nossa Fé na Eucaristia, na medida em que “não há festa como esta”, acrescentando que “é a partir do banquete eucarístico que todos, e parti-cularmente os catequistas, restabelecem forças e se sentem interpelados a anunciar Jesus Cristo, isto é, a levar este anúncio festivo à vida dos irmãos, compro-metendo-se em ser testemunha desta alegria, apesar de todas as dificuldades que possam surgir”.

Já perto do final da celebração, no momento de Acção de Graças, um pequeno gesto fez sair do

A GRANDE FESTA DA EUCARISTIA CELEBRADA NO PARQUE DA DEVESA

altar várias fitas coloridas que cobriram a assem-bleia de cor e de festa, precisamente para corro-borar a certeza de que “a Fé que se celebra no Sa-cramento da Eucaristia gera continuamente festa, uma festa grandiosa e sem ocaso, que irradia até ao coração de todos os homens, pois desinstala, derruba comodismos e compromete cada um a ser verdadeiro testemunho de amor, tornando-nos mais capazes de promover uma Igreja ‘em saída’, de que tanto nos fala o Papa Francisco, isto é, uma Igreja que sai de dentro de si mesma para comuni-car a Alegria do Evangelho, a alegria de crer, a ale-gria de cada um se saber e sentir profundamente amado por Deus”!

Departamento Arciprestal da Comunicação Social

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BOLETIM 13

Secção AgEnDA

PLANO PARA A PASTORAL CATEQUÉTICA - 2014/15

«A FÉ: SE ELA NãO TIVER OBRAS, ESTá COMPLETAMENTE MORTA»(TG 2, 17)

oBJetivo gerAL 2012/2017

reavivar, purificar, confirmar e confessar a fé

oBJetivos esPecíFicos LinHAs de AÇão 2014/2015

Assumir a vontade de

cristo

Identificar, assumir e aliviar as dores do irmão.

Concretizar em gestos simples e diários, no próximo, o amor a

Deus.

Redescobrir o verdadeiro sentido da Caridade, na vivência das

Bem-aventuranças.

Refletir sobre a Constituição Pastoral Gaudium et Spes.

Valorizar a importância da catequese familiar.

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BOLETIM 14

ProgrAMA PArA A PAstorAL cAtequéticA 2014/15

— seteMBro13 - Dia Arquidiocesano do Catequista20 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Barcelos20 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vieira do Minho20 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vila do Conde/ Póvoa de Varzim20 - Encontro de reflexão sobre a Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”, para catequistas do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso29 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe

— outuBro4 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho6 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Fafe7 - Encontro de coordenadores paroquiais e Equipa Arciprestal de Catequese de Celorico de Basto10 - Encontro inter-paroquial para catequistas da 1ª zona pastoral do Arciprestado de Fafe17 - Encontro inter-paroquial para catequistas da 2ª zona pastoral do Arciprestado de Fafe21 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares22 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Cabeceiras de Basto24 - Encontro inter-paroquial para catequistas da 3ª zona pastoral do Arciprestado de Fafe25 - Formação permanente para catequistas coordenadores de ano e coordenadores paroquiais do Arci-prestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim25 - Atividade “A caridade sou Eu”, destinada a toda a comunidade catequética do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso27 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe

— noveMBro1 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho3 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão7 - Encontro inter-paroquial para catequistas da 4ª zona pastoral do Arciprestado de Fafe13 - Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética13 - Encontro, por zonas, dos catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Guimarães e Vizela18 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares21 - Momento de reflexão no Advento, para catequistas do Arciprestado de Fafe22 - Dia de recoleção com os pais dos catequizandos, por zonas pastorais, do Arciprestado de Celorico de Basto

Secção AgEnDA

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BOLETIM 15

24 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe28 - Primeira recoleção de catequistas do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão29 - Momento de Oração de Advento para catequistas no Arciprestado de Barcelos29 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vieira do Minho

— deZeMBro6 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho9 - Encontro de coordenadores paroquiais e Equipa Arciprestal de Catequese de Celorico de Basto11 - Momento de Reflexão/Oração de Advento para catequistas no Arciprestado de Amares13 - Atividade “Um abraço n’Aquele que vem”, destinada aos catequistas e catequizandos do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso16 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares29 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe

— JAneiro3 - Dia Arquidiocesano do Coordenador Paroquial3 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho10 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vila do Conde/ Póvoa de Varzim12 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Fafe20 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares24 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vieira do Minho24 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso24 - Dia Arciprestal do Catequista em Cabeceiras de Basto26 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe31 - Encontro de Reflexão/Recoleção sob o tema “Fé Vivida” para catequistas no Arciprestado de Barcelos31 - Encontro descentralizado de formação permanente no Arciprestado de Vila do Conde/ Póvoa de Varzim (local a definir)31 - Encontro Arciprestal de Catequistas em Vila Nova de Famalicão31-1 fev. - Retiro para catequistas do Arciprestado de Celorico de Basto

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BOLETIM 16

Secção AgEnDA

— Fevereiro7 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho7 - Dia Arciprestal do Catequista em Guimarães e Vizela7-8 - Visita aos doentes pela catequese das paróquias do Arciprestado de Celorico de Basto11 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Cabeceiras de Basto13 - Momento de reflexão na Quaresma, para catequistas do Arciprestado de Fafe14 - Dia Arciprestal do Catequista em Barcelos14 - Encontro descentralizado de formação permanente no Arciprestado de Vila do Conde/ Póvoa de Varzim (local a definir)14 - Atividade “Ao Encontro do Outro Eu”, destinada a toda a comunidade catequética do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso17 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares19 - Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética21 - Momento de Oração de Quaresma para catequistas no Arciprestado de Barcelos23 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe26 - Momento de Reflexão/Oração na Quaresma para catequistas no Arciprestado de Amares28 - Encontro descentralizado de formação permanente no Arciprestado de Vila do Conde/ Póvoa de Varzim (local a definir)

— MArÇo6 - Segunda Recoleção de Catequistas do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão7 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho8 - Cortejo Bíblico, inserido na Semana Bíblica Arciprestal de Barcelos10 - Encontro de coordenadores paroquiais e Equipa Arciprestal de Catequese de Celorico de Basto14 - Encontro de oração para catequistas do Arciprestado de Cabeceiras de Basto17 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares20-22 - Retiro em tempo quaresmal para catequistas do Arciprestado de Vila do Conde/ Póvoa de Varzim21 - Dia Arciprestal do Catequista em Vieira do Minho28 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso30 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe

— ABriL4 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho13 - Encontro dos catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Fafe18 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vila do Conde/ Póvoa de Var-zim18 - Via Lucis na comunidade, organizada pela Equipa Arciprestal de Catequese de Celorico de Basto18 - Dia Arciprestal do Catequista em Fafe21 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares22 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto25 - VII Dia Arciprestal do Catequista em Amares25 - IV Encontro de Equipas Coordenadoras Paroquiais de Catequese e párocos do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso27 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe

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BOLETIM 17

— MAio1 - Encontro de Equipas Arciprestais de Catequese2 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho7 - Encontro, por zonas, dos catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Guimarães e Vizela9 - Dia Arciprestal do Catequista em Celorico de Basto15-17 - Retiro para Catequistas do Arciprestado de Vieira do Minho16 - Atividade “Somos uma só família”, destinada a toda a comunidade catequética do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso19 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares23 - Dia da Catequese no Arciprestado de Fafe23 - Atividade Vocacional “Tu (ch)Amas-me?”, destinada a toda a comunidade catequética do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso23-24 - Comemoração (nas paróquias) do Dia do Abraço: “Abraços Grátis”; iniciativa da Equipa Arciprestal de Catequese de Celorico de Basto25 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe

— JunHo6 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho9 - Encontro de coordenadores paroquiais e Equipa Arciprestal de Catequese de Celorico de Basto13 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Barcelos16 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Amares17 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais de Cabeceiras de Basto18 - Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética20 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vieira do Minho22 - Encontro de avaliação para catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão27 - Dia Arciprestal do Catequista na Póvoa de Lanhoso29 - Encontro da Equipa Arciprestal de Catequese de Fafe

— JuLHo4 - Dia Arciprestal do Catequista em Vila do Conde/ Póvoa de Varzim 4 - Encontro de catequistas coordenadores paroquiais do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso

— Agosto29 - Passeio anual de convívio do clero e catequistas do Arciprestado de Vieira do Minho

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BOLETIM 18

Secção FORMAÇãO

curso AcreditArDestina-se a todos os adultos, membros das comunidades paroquiais.Local: A realizar nas zonas inter-paroquiais, em articulação com o Serviço de Formação e de acordo com as solicitações (mínimo de 16 inscritos).Horário: duas vezes por semana das 21h às 23h.Inscrições a partir de Setembro.

curso de iniciAÇãoDestina-se a adultos, confirmados na fé, que pretendam ser catequistas ou animadores de grupo, a realizar entre 29 de setembro e 15 de dezembro (inscrições até 19 de setembro), ou entre 5 de janeiro e 30 de março (inscrições até dia 19 de dezembro) às segundas e quintas-feiras das 21h às 23h.Local: A realizar em todos CAFCA onde haja pelo menos 16 inscritos.

curso gerALDestina-se a adultos com o Curso de Iniciação e organiza-se em quatro módulos:introdução à Pastoral a realizar entre 1 de outubro e 17 de dezembro, às quartas-feiras.Inscrições até 19 de setembro.Psicossociologia a realizar entre 7 de janeiro e 25 de março, às quartas-feiras.Inscrições até 19 de dezembro.Pedagogia da Fé e didática a realizar entre 8 de abril e 24 de junho, às quartas-feiras. Inscrições até 20 de março.Local: A realizar em todos os CAFCA onde haja pelo menos 16 inscritos. espiritualidade a realizar-se em maio em Braga.Inscrições até 30 de abril.

estágio de cAtequistAsDestina-se a todos aqueles que já concluíram os módulos teóricos do Curso Geral.Inicia a 26 de maio, nos 1º e 7º anos de catequese.Inscrições até 30 de abril.

PLANO DE FOR MAçãO 2014/15

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BOLETIM 19

curso de coordenAÇão PAroquiALDestina-se àqueles que, nas Comunidades, realizam ou vão realizar funções de coordenação pastoral, na área de Educação da Fé.Inicia em janeiro. Local: A realizar em todos CAFCA onde haja pelo menos 16 inscritos.Inscrições até 19 de dezembro.

estágio de coordenAdores PAroquiAisDestina-se a todos aqueles que realizaram o Curso de Coordenação Paroquial.Inicia a 26 de maio.Inscrições até 30 de abril.

PLANO DE FOR MAçãO 2014/15

As inscrições devem realizar-se nos Serviços Centrais da Arquidiocese ou através do e-mail [email protected], observando-se os prazos.

comissão Arquidiocesana para a educação cristã – serviço de Formação

Serviços Centrais da Arquidiocese de BragaRua de São Domingos, 94B

4710-435 Braga

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BOLETIM 20

centro cultural e pastoral da arquidioceserua de S. Domingos, 94 B • 4710-435 Braga • tel. 253 203 180 • fax 253 203 190 [email protected] • www.diocese-braga.pt/catequese

impressão: empresa do diário do minho, lda.

última página

oração

Deus, Pai de bondade, na força do teu Espírito, ajuda-me a assumir, com coragem e entusiasmo a missão de catequista na realidade em que me colocaste.Faz-me viver, em profundidade, o encontro transformador com Jesus Cristo, para que, assim, possa suscitar em muitos o amor apaixonado pelo Mestre e por seu estilo de vida. Ensina-me a abraçar a catequese como espaço privilegiado de vivência comunitária, de modo a contribuir para que nossa Igreja se torne, cada vez mais, lugar de comunhão e participação.Concede-me a graça de ser profeta a serviço de tua Palavra enela encontrar inspiração para conduzir o teu povo a uma autêntica experiência religiosa.Meu testemunho cristão seja de tal modo coerente que contagie os catequizandos e suas famílias e envolva toda a comunidade num processo permanente de amadurecimento na fé. Renova minhas motivações na busca de uma catequese libertadora,sensível ao jeito e às necessidades de nossa gente, capaz de ligar fé e vida e de caminhar com os mais pobres, favorecendo a formação integral de todas as pessoas.Dá-me a disposição necessária para preparar-me sempre melhor e cumprir, com generosidade e perseverança, a exemplo de Maria, o serviço que me confias. Assim seja!

(Retirado de: http://menorodrigues.blogspot.pt)