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ISSN 1678-0892 Dezembro, 2004 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, Estado de Minas Gerais

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ISSN 1678-0892

Dezembro, 2004

Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento Boletim de Pesquisa 45e Desenvolvimento

Levantamento Semidetalhado dos Solos da

Microbacia do Ribeirão São Domingos,

Estado de Minas Gerais

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República Federativa do Brasil

Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Roberto RodriguesMinistro

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Conselho de Administração

Luis Carlos Guedes PintoPresidente

Clayton CampanholaVice-Presidente

Alexandre Kalil PiresErnesto Paterniani

Hélio TolliniMarcelo Barbosa Saintive

Membros

Diretoria-Executiva

Clayton CampanholaDiretor-Presidente

Gustavo Kauark ChiancaHerbert Cavalcante de Lima

Mariza Marilena T. Luz BarbosaDiretores-Executivos

Embrapa Solos

Celso Vainer ManzattoChefe Geral

Aluísio Granato de AndradeChefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

David Dias Moreira FilhoChefe Adjunto de Administração

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Boletim de Pesquisae Desenvolvimento 45

Humberto Gonçalves dos SantosBraz Calderano FilhoMarie Elisabeth Christine ClaessenWaldir de Carvalho JúniorCésar da Silva ChagasKlaus Peter WitternElias Pedro MothciWashington de Oliveira Barreto (in memorian)

Wilson Sant´Anna de AraújoMaria Amélia de Moraes DuriezRuth Andrade Leal JohasJosé Lopes de PaulaLoiva Lizia AntonelloOsório Oscar Marques da FonsecaAroaldo Lopes Lemos (in memorian)

LevantamentoSemidetalhado dos Solosda Microbacia do RibeirãoSão Domingos, Estado deMinas Gerais

Rio de Janeiro, RJ2004

ISSN 1678-0892

Dezembro, 2004Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaCentro Nacional de Pequisa de SolosMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa SolosRua Jardim Botânico, 1.024 Jardim Botânico. Rio de Janeiro, RJFone:(21) 2274.4999Fax: (21) 2274.5291Home page: www.cnps.embrapa.brE-mail (sac): [email protected]

Supervisor editorial: Jacqueline Silva Rezende MattosNormalização bibliográfica: Cláudia Regina DelaiaRevisão de texto: André Luiz da Silva LopesEditoração eletrônica: Jacqueline Silva Rezende Mattos

1a edição

Todos os direitos reservados.A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constituiviolação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Levantamento semidetalhado dos solos da microbacia do Ribeirão São Domingos, Estado de Minas Gerais / Humberto Gonçalves dos Santos... [et al.]. - Rio de Janeiro : Embrapa Solos, 2004.81 p.. - (Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento; n. 45)ISSN 1678-0892

Contém mapa color., escala 1:10.000

1. Solo – Levantamento – Brasil – Minas Gerais – São Domingos. 2. Uso do Solo –Brasil – Minas Gerais - São Domingos. 3. Microbacia - Brasil – Minas Gerais – SãoDomingos. I. Santos, Humberto Gonçalves dos. II. Calderano Filho, Braz. III. Claessen,Marie Elisabeth Christine. IV. Carvalho Júnior, Waldir de. V. Chagas, César da Silva. VI.Wittern, Klaus Peter. VII. Mothci, Elias Pedro. VIII. Barreto, Washington de Oliveira (inmemorian). IX. Araújo, Wilson Sant´Anna de. X. Duriez, Maria Amélia de Moraes. XI.Johas, Ruth Andrade Leal. XII. Paula, José Lopes de. XIII. Antonello, Loiva Lizia. XIV.Fonseca, Osório Oscar Marques da. XV. Lemos, Aroaldo Lopes (in memorian). XVI.Embrapa Solos (Rio de Janeiro). XVII. Série.

CDD (21.ed.) 631.478

© Embrapa 2004

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Autoria

Redação Humberto Gonçalves dos Santos1 (Coordenador do Projeto)Braz Calderano Filho1

Klaus Peter Wittern1

Loiva Lizia Antonello1

Identificação e Mapeamento Humberto Gonçalves dos Santos1

Klaus Peter Wittern1

Osório Oscar Marques da Fonseca1

Braz Calderano Filho1

Aroaldo Lopes Lemos (in memoriam)

Caracterização Química Washington de Oliveira Barreto (in memoriam)Wilson Sant´Anna de Araújo1

Maria Amélia de Moraes Duriez1

Ruth Andrade Leal Johas1

Marie Elisabeth Christine Claessen1

Caracterização Física José Lopes de Paula1

Cartografia e Desenho Waldir de Carvalho Júnior1

César da Silva Chagas1

Nota: o presente projeto foi elaborado com participação financeira do PROVÁRZEA.

1 Pesquisador da Embrapa Solos. Rua Jardim Botânico, 1024. Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 22460-000. E-mail:[email protected].

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Sumário

Resumo ..................................................................... 5Abstract .................................................................... 7Introdução ................................................................. 8Descrição Geral da Área .............................................. 9

Situação, Limites e Extensão ...................................................... 9Geologia e Material Originário dos Solos ....................................... 9Vegetação ............................................................................ 10Relevo ................................................................................. 10Declividade ........................................................................... 11Clima................................................................................... 12

Métodos de Trabalho ................................................. 12Prospecção e Cartografia dos Solos........................................... 12Métodos de Laboratório .......................................................... 13Atributos diagnósticos ............................................................ 13Características de natureza intermediária ................................... 17Critérios para distinção de fases de unidades de mapeamento ........ 18

Resultados e Discussão ............................................. 20Latossolos (L) ....................................................................... 20

Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico ........................................... 21Latossolo Vermelho-Amarelo Ácrico ................................................ 22Latossolo Vermelho ...................................................................... 23

Argissolos (P) ....................................................................... 48Argissolos Amarelos ..................................................................... 48Argissolos Vermelhos ................................................................... 49

Cambissolos ......................................................................... 57Cambissolos Flúvicos ................................................................... 57

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Gleissolos (G) ....................................................................... 66Gleissolos Háplicos ...................................................................... 66Gleissolos Melânicos .................................................................... 67

Organossolos ........................................................................ 74Legenda de Identificação dos Solos ............................. 77Referências Bibliográficas .......................................... 79Anexo - Mapa do Levantamento Semidetalhado dos Solosda Microbacia do Ribeirão São Domingos, Estado de MinasGerais. Escala: 1:10.000 ........................................... 83

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LevantamentoSemidetalhado dos Solosda Microbacia do RibeirãoSão Domingos, Estado deMinas GeraisHumberto Gonçalves dos Santos1

Braz Calderano Filho1

Marie Elisabeth Christine Claessen1

Waldir de Carvalho Júnior1

César da Silva Chagas1

Klaus Peter Wittern1

Elias Pedro Mothci1

Washington de Oliveira Barreto (in memoriam)Wilson Sant´Anna de Araújo1

Maria Amélia de Moraes Duriez1

Ruth Andrade Leal Johas1

José Lopes de Paula1

Loiva Lízia Antonello1

Osório Oscar Marques da Fonseca1

Aroaldo Lopes Lemos (in memoriam)

Resumo

O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recursosolo, em conjunção com os recursos hídricos, fatores climáticos e potencial deutilização das terras em diferentes sistemas de manejo. O levantamentosemidetalhado de solos da microbacia do ribeirão São Domingos, no município deSanta Margarida, Minas Gerais, teve como objetivos a classificação, omapeamento e a caracterização física, química e mineralógica dos solos, queconstituiram os subsídios básicos para a avaliação da aptidão agrícola das terras. Aárea da microbacia compreende 742,2 ha. Utilizou-se como material cartográficobásico, mapa planiatimétrico na escala 1:10.000, com curvas de níveis eqüi-distantes em dez metros. A partir desta base, foi confeccionado um mapa dedeclividade da área, que serviu de base final para o mapa de solos. Utilizou-se a

1 Pesquisador da Embrapa Solos. Rua Jardim Botânico, 1024. Rio de Janeiro, RJ. CEP: 22460-000.E-mail: [email protected].

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metodologia preconizada pela Embrapa Solos, em todas as fases de execução dostrabalhos de campo, laboratório, escritório. O levantamento permitiu identificar ecartografar as seguintes classes de solos: Latossolos Vermelho-Amarelos Ácricostípicos; Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos típicos; Latossolos VermelhosDistróficos típicos; Latossolos Vermelhos Distróficos Húmicos; Argissolos Amare-los Distróficos plínticos, câmbicos; Argissolos Vermelhos Distróficos típicos;Cambissolos Flúvicos Distróficos típicos; Gleissolos Háplicos Distróficos típicos;Gleissolos Melânicos Distróficos hísticos; e Organossolos Háplicos Sápricos. Asclasses de solos acima identificadas foram subdivididas em unidades demapeamento, considerando-se o tipo de horizonte A, características taxonômicasde natureza intermediária, grupamentos texturais, constituição macroclástica, tiposde vegetação e classes de declividade. O produto cartográfico (mapa de Solos) foielaborado e apresentado na escala 1:10.000, com auxílio do SIG ArcView.

Termos de indexaçao: latossolos; argissolos; organossolos; SIG; microbacia;provárzeas.

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Semidetailed Soil Survey ofthe São DomingosWatershed Creek, State ofMinas Gerais

Abstract

The rational agricultural use of any area requests the evaluation of soil resourcescombined with water resources, climatic factors and potential use of the land indifferent management systems. The semidetailed soil survey of the Ribeirão SãoDomingos waershed, in Santa Margarida county, Minas Gerais, had as objectivesthe classification, the mapping and the physical, chemistry and mineralogicalcharacterization of the soils, that constituted the basic subsidies for the evaluationof potential land use suitability. The area of the watershed comprises 742,2hectares. A topographic map in the scale 1:10.000 with contour lines with tenmeters intervals was used as basic cartographic material. Starting from this base, amap of slopes of the area was made, that served as final base for the soil map. Themethodology used was that recommended by Embrapa Solos, in all the phases ofexecution of field, laboratory and office. Works. The soil survey allowed theidentification and mapping of the following classes of soils, according to theBrazilian System of Soil Classification: Latossolos Vermelho-Amarelos Ácricostípicos; Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos típicos; Latossolos VermelhosDistróficos típicos; Latossolos Vermelhos Distróficos Húmicos; Argissolos Amare-los Distróficos plínticos, câmbicos; Argissolos Vermelhos Distróficos típicos;Cambissolos Flúvicos Distróficos típicos; Gleissolos Háplicos Distróficos típicos;Gleissolos Melânicos Distróficos hísticos e Organossolos Háplicos Sápricos. Thesoil classes above identified were subdivided in soil mapping units, consideringthe surface horizon type, taxonomic characteristics of intergrade nature, texturalgroupings, nature of coarse fraction, vegetation types and slope classes. Thecartographic product (map of Soils) was made and presented in the scale1:10.000 with the aid of the SIG ArcView.

Index Terms: latossolos; argissolos; organossolos; SIG; watersheds; low lands.

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8 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Introdução

O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recursosolo, em conjunção com os recursos hídricos, fatores climáticos e potencial deutilização das terras em diferentes sistemas de manejo.

Os solos das microbacias do ribeirão São Domingos, Estado de Minas Gerais, têmapresentado baixos rendimentos e problemas graves de erosão, devido ao uso emanejo inadequados. Entre as várias formas de degradação das terras, a erosãodos solos constitui, sem dúvida, um grave problema econômico, considerando quea perda de solo superficial resulta em perda de nutrientes, conteúdo de matériaorgânica, redução da camada arável e modificação das propriedades físicas ebiológicas, tornando os solos menos aptos à retenção de água, ao desenvolvimen-to das plantas, com atividade biológica reduzida e mais susceptíveis àcompactação de horizontes subsuperficiais.

Para contornar estes problemas é necessário que se estabeleçam sistemas demanejo adequados às condições de solo e relevo destas áreas, de modo aminimizar os efeitos da erosão hídrica e, conseqüentemente, o assoreamento devárzeas, rios e represas, que tantos danos tem causado ao meio rural e às cidadespróximas.

Ademais, a carência de informações básicas sobre o comportamento dos solos noseu ambiente de ocorrência, acarreta utilização de um manejo inadequado dosmesmos, com grandes prejuízos ao agricultor e à sociedade em geral.

O levantamento semidetalhado de solos da microbacia do ribeirão São Domingos,no município de Santa Margarida, Minas Gerais, teve como objetivos a classifica-ção, o mapeamento e a caracterização física, química e mineralógica dos solos,visando fornecer subsídios básicos para a instalação e execução de experimentos eo planejamento de uso.

Os resultados dos estudos conduzidos na microbacia do ribeirão São Domingossão aqui apresentados e compreende o levantamento semidetalhado dos solos naescala 1:10.000, incluindo informações generalizadas sobre o meio ambiente, ametodologia de trabalho, a descrição e a caracterização das unidades demapeamento e suas representações cartográficas.

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Os resultados obtidos servirão de subsídios para o planejamento de uso e manejodos solos, vindo a constituir ferramenta indispensável à EMATER do município deSanta Margarida, Minas Gerais, na tomada de decisão e execução de práticasconservacionistas condizentes com a realidade local.

Descrição Geral da Área

Situação, limites e extensãoA área mapeada está localizada no município de Santa Margarida, Zona da Mata doEstado de Minas Gerais, compreendida entre os paralelos de 20o27’40” e20o30’26”S e entre os meridianos de 42o16’55” e 42o18’25”W. Gr., com umaextensão aproximada de 742,2 ha.

Compreende parte da microbacia do alto curso do Ribeirão São Domingos, vale doRio Doce, situando-se na microrregião correspondente à vertente ocidental doCaparaó.

A Emater-Minas, com apoio financeiro do programa Provárzeas, solicitou, em1987, à Embrapa Solos a caracterização dos solos da microbacia do Ribeirão SãoDomingos no município de Santa Margarida, para atender ao programa demicrobacias hidrográficas do Estado de Minas Gerais. O trabalho de campo foirealizado em 1987. Agora conclui-se o trabalho utilizando todos os dados dispo-níveis de campo e de resultados de análises físicas e químicas dos principais solosdescritos. Os perfis de solos foram convertidos ao novo Sistema Brasileiro deClassificação de Solos (Embrapa, 1999). Complementou-se as informações dispo-níveis, com descrição da geologia, vegetação, relevo, hidrografia e clima. O mapade solos foi feito com auxílio do SIG ArcView.

Geologia e material originário dos solosA geologia da área da microbacia do ribeirão São Domingos refere-se ao ComplexoJuiz de Fora, do Proterozóico Inferior, conforme Schobenhaus et al. (1984). Alitologia característica deste complexo se constitui predominantemente numa asso-ciação de enderbitos, charnoquitos granitóides, quartzo dioritos, gabros,migmatitos e gnaisses.

O material originário dos solos é bastante diferenciado, consistindo essencialmenteem produtos da decomposição das rochas supracitadas, submetidos aretrabalhamento local.

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O produto da decomposição das rochas do Complexo Juiz de Fora constitui omaterial de origem predominante dos solos das encostas e das partes mais altas,onde é perceptível o grande retrabalhamento ocorrido entre estas rochas, principal-mente em meio aos migmatitos e gnaisses.

Nas baixadas, o material originário é essencialmente constituído de sedimentosargilo-arenosos, compreendendo aluviões fluviais recentes e formações aluviais ecoluviais, consistindo, estes últimos, em depósitos mais antigos, de natureza argilo-sa, provenientes de coluviação e deposição na calha do ribeirão São Domingos.

É importante frisar que é considerável a perda de solo superficial nas encostasdesmatadas, de declives acentuados, provocando o soterramento das várzeas.

VegetaçãoA vegetação natural primitiva foi praticamente substituída por vegetação secundá-ria, culturas permanentes ou culturas cíclicas. Com base em remanescentes raros,na área e circunvizinhanças, a floresta tropical perenifólia parece ter predominadoem praticamente toda a área da microbacia (Brasil, 1983).

Atualmente, em algumas encostas com declives muito acentuados e nos toposmais elevados, observa-se vegetação secundária fechada. Nos campos de pastos,observam-se raras ocorrências de palmeiras que se sobressaem na paisagem.

Nas baixadas ocorrem os campos de várzeas, higrófilos e hidrófilos, geralmentecom predomínio de ciperáceas e gramíneas altas, com ocorrência de floresta tropi-cal perenifólia de várzea.

A substituição da floresta natural primitiva imprimiu à área da microbacia umapaisagem de aspecto antrópico, onde se sobressaem as pastagens, as culturas decafé, milho, arroz e algum reflorestamento com eucalipto.

RelevoO relevo da área, de maneira geral, apresenta-se sob formas alongadas, de encos-tas convexas e topos aplainados, variando de suave ondulado até forte ondulado.Alterações profundas nas rochas do Complexo Juiz de Fora originaram solos muitoprofundos nas encostas, observando-se variações de cor, estrutura e porosidadeno sentido da declividade.

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Duas unidades fisionômicas distintas caracterizam o relevo da área, compreenden-do a várzea do ribeirão São Domingos e uma seqüência de morros e colinascircundantes.

Os morros e colinas são separados por depressões com larguras e extensõesvariáveis, colmatadas por material coluvial e depósitos aluviais, constituindo parteda área sedimentar do ribeirão São Domingos.

A várzea apresenta relevo plano, com 0 a 3% de declive, em toda sua extensão,observando-se pequenas variações de altitude e natureza dos sedimentos, sendo,quase sempre, sujeita a inundações prolongadas nas cotas mais baixas. A drena-gem nesta área de várzea é igualmente variável, constatando-se a existência desolos imperfeitamente drenados até muito mal drenados, em função do relevolocal.

Nas encostas, devido à natureza dos solos muito porosos e o declive favorável, adrenagem interna é boa a acentuada, permitindo razoável taxa de infiltração,observando-se, no entanto, sinais visíveis de erosão laminar e pequenos sulcosnas áreas cultivadas.

DeclividadeSobre a base cartográfica, na escala 1:10.000, com curvas de nível eqüidistantesem 10 m, foi confeccionado o mapa de declividade da área, adotando-se asseguintes classes de declive: A (0-3%), B (3-8%), C (8-14%), D (14-20%), E(20-45%) e F (maior que 45%). Para a confecção do mapa de declive, adotou-sea técnica convencional proposta por De Biase (1970), com adaptações no métododo ábaco.

As classes de declividade utilizadas buscam revelar a influência da água e osimpactos resultantes sobre a superfície, mas a análise final deve considerar variá-veis, como a cobertura vegetal, o uso e ocupação do solo, ocorrência de blocos e/ou matacões e a incidência de processos erosivos, dentre outras (Calderano Filho,et al., 1998).

O mapa de declividade, junto com as feições identificadas na fotointerpretação,serviu, entre outros fins, para apoiar a cartografia dos solos no campo. Desta forma,o delineamento das unidades de mapeamento superpõe-se às classes de declivesespecificadas no mapa. Como os objetivos visam a agricultura e conservação dosolo, os limites estão de acordo com os definidos para construção de terraços.

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ClimaO tipo climático predominante na área é o mesotérmico brando, úmido, comestação seca de três meses e temperatura média anual de 190C a 200C, quasesempre acusando média inferior a 220C (Nimer, 1977).

É o clima típico das superfícies mais elevadas da vertente ocidental do Caparaó,bem característico das cotas superiores a 700 e 800 metros de altitude. O verão ébrando e o inverno tem, pelo menos, um mês com temperatura inferior a 150C, comdéficit hídrico da ordem de 100 a 150 mm, abrangendo praticamente toda a áreade floresta tropical perenifólia. Excedentes hídricos são observados em algunsmeses do ano (Atlas... 1982).

Precipitação pluviométrica de 1.200 a 1.300 mm e evapotranspiração potencial de900 a 1.000 mm caracterizam um regime de umidade do tipo údico, enquanto quea temperatura média anual inferior a 220C, com pequenas amplitudes térmicas aolongo do ano, caracteriza um regime de temperatura do tipo isotérmico (EstadosUnidos 1975).

Métodos de Trabalho

Prospecção e cartografia dos solosO mapeamento dos solos da área foi efetuado em nível semidetalhado, paraapresentação em mapa final na escala 1:10.000.

A fase inicial dos trabalhos constou de uma visita à área, com o objetivo deelaborar o planejamento preliminar de mapeamento dos solos e aquisição de mate-rial cartográfico básico.

O material cartográfico básico foi elaborado pela Aerofoto Cruzeiro do Sul S/A, apartir de restituição aerofotográfica, fornecendo mapa na escala 1:10.000 comcurvas de nível eqüidistantes em dez metros. Após aquisição deste material, foielaborado o mapa de declividade da área, que serviu como base de campo nostrabalhos de prospecção e verificação dos limites entre unidades de mapeamento.

A seguir, procedeu-se a elaboração da legenda preliminar de identificação dossolos, considerando relevo, declividade, erosão, drenagem, vegetação e descriçãoe coleta de perfis e amostras extras. O mapeamento dos solos foi executadosegundo o método de exame intensivo dos solos, usando-se, para este fim, todosos acessos existentes a veículos e caminhamento com observações a pequenos emédios intervalos.

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13 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

No escritório, além da seleção e consulta bibliográfica, foi efetuado o estudointerpretativo dos dados analíticos e descritivos dos perfis de solos e amostrasextras, interpretação das correlações de campo para cartografia final, elaboração dalegenda definitiva de identificação dos solos, confecção do mapa de solos em nívelsemidetalhado e elaboração do relatório descritivo.

Os trabalhos de laboratório foram executados, conforme o Manual de Métodos deAnálise de Solo (Embrapa, 1979) e os trabalhos de campo segundo normas edefinições da Embrapa (1988a e 1988b), Lemos & Santos (1982), ReuniãoTécnica de Levantamento de Solos (1979) e Munsell Color Company (1954).

Métodos de laboratórioA descrição detalhada dos métodos utilizados em análises para caracterização dossolos está contida no Manual de Métodos de Análise de Solo (Embrapa 1979 e1997).

As classes de solos se distinguem por atributos diagnósticos, horizontes diagnós-ticos, características de natureza intermediária de unidades taxonômicas egrupamentos texturais, conforme normas em uso pela Embrapa Solos (Reunião...1979; Embrapa, 1988a, 1988b e 1999; Carvalho et al., 1986; Bennema, 1966;Estados Unidos, 1975; Jacomine, 1979; Embrapa, 1999; Embrapa Solos,2003).

Características do meio físico que influenciam o uso e o manejo dos solos foramutilizadas como fases para subdivisões das unidades de mapeamento.

Atributos diagnósticosPara a subdivisão das classes de solos em níveis categóricos mais baixos e sempreque apropriado, utilizou-se os seguintes critérios:

Atividade da argila - refere-se à capacidade de troca de cátions (valor T) da fraçãomineral. Atividade alta designa valor igual ou superior 27 cmolc.kg-1 de argila eatividade baixa valor inferior a esse, sem correção para carbono. Para esta distinçãoé considerada a atividade das argilas no horizonte B, ou no C quando não existe B.

Saturação por Bases (valor V%) – eutrófico especifica distinção de solos comsaturação igual ou superior a 50% e distrófico especifica distinção de solos comsaturação inferior a 50%. Para esta distinção é considerada a saturação por bases

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14 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

no horizonte B, ou no C quando não existe B. No 5º nível categórico foi utilizadoo atributo percentagem de saturação por bases no complexo sortivo, juntamentecom o sufixo epi, conforme as especificações:

• hipodistrófico: <35%;

• mesodistrófico: >35% e <50%;

• mesoeutrófico: >50% e <75%;

• hipereutrófico: >75%.

• epidistrófico - indica que Solos Álicos ou Eutróficos são superficialmentedistróficos.

saturação por alumínio – utiliza-se o termo álico quando se tem saturação poralumínio >50%, associada a um teor de alumínio extraível >0,5cmolc/kg de solo.Este atributo foi utilizado para a classificação dos perfis de solo no 5º nívelcategórico, juntamente com o sufixo epi;

• epiálico - indica que solos distróficos ou eutróficos são superficialmente álicos.

caráter alumínico – caracterizado por teor de alumínio extraível >4cmolc/kg desolo, além de apresentar saturação por alumínio >50% e/ou saturação por bases<50% no horizonte B, ou no C quando não existe B;

mudança textural abrupta – consiste em considerável aumento no conteúdo deargila dentro de uma pequena distância vertical, menor ou igual a 8 cm, na zona detransição entre o horizonte A, ou E, e o horizonte subjacente B;

plintita – é uma formação constituída de mistura de argila, pobre em húmus e ricaem ferro, ou ferro e alumínio, com quartzo e outros materiais. Ocorre comumentesob a forma de mosqueados vermelho e vermelho-escuro, com padrões usualmen-te laminares, poligonais ou reticulados;

materiais cauliníticos e oxídicos – a relação molecular SiO2/(Al2O3+Fe2O3), Kr, éusada para separar solos cauliníticos e oxídicos, quando ambos apresentam valorde Ki (SiO2/Al2O3) >0,75, conforme as especificações a seguir:

• solos cauliníticos – Kr maior que 0,75; e

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15 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

• solos oxídicos – Kr igual ou menor que 0,75.

cor e teor de óxidos de ferro - as classes definidas na Reunião... (1984), associa-das ao teor de óxidos de ferro (Fe2O3 do ataque sulfúrico), possibilitam uma melhorseparação das classes de solo. Este atributo foi utilizado para a classificação dosperfis de solo no 5º nível categórico.

• solos com baixo teor de óxidos de ferro: teores <8% (hipoférrico);

• solos com médio teor de óxido de ferro: teores variando de 8 a <18%(mesoférrico).

grau de decomposição do material orgânico – os seguintes atributos estão sendoutilizados na classe dos Organossolos:

• material orgânico-fíbrico – material orgânico constituído de fibra, facilmenteidentificável como de origem vegetal;

• material orgânico-hêmico – material orgânico em estágio de decomposição inter-mediária entre o fíbrico e sáprico;

• material orgânico-sáprico – material orgânico em estágio avançado de decompo-sição.

Normalmente, tem o menor teor de fíbras, a mais alta densidade e mais baixacapacidade de retenção de água, no estado de saturação, entre os três tipos dematerial orgânico. É muito estável, física e quimicamente, alterando-se muito pou-co no decorrer do tempo, a menos que drenado.

Classes de reação – referem-se às distinções de estado de acidez ou alcalinidade domaterial dos solos. Este atributo foi utilizado para separação das classes no 5ºnível categórico, de acordo com as seguintes classes:

• ácidos – solos com pH <5,6;

• neutro – solos com pH >5,6 e <7,4; e

• alcalino – solos com pH >7,4.

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16 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

relação silte/argila – obtida dividindo-se o teor de silte pelo de argila, resultantes daanálise granulométrica. A relação silte/argila serve como base para se ter uma idéiado estádio de intemperismo presente em solos de região tropical.

Horizontes diagnósticos - neste trabalho, na classificação das unidades demapeamento, levou-se em consideração a saturação por bases nos horizontes A eB, mesmo sabendo que a maior parte da área foi utilizada para plantios e possivel-mente, recebeu adubação no horizonte A.

Horizonte hístico – apresenta coloração escura e se constitui de camadassuperfíciais espessas em solos orgânicos ou de espessura maior ou igual a 20cm,quando sobrejacente a material mineral. Este horizonte compreende materiais depo-sitados nos solos sob condições de excesso de água (horizonte H), por longosperíodos ou todo o ano, ainda que, no presente, tenham sido artificialmentedrenados, e materiais onde não é observada influência recente de ambiente desaturação por água (turfeiras e horizonte O), condicionado por má drenagem doperfil.

Horizonte A proeminente – horizonte mineral A espesso, escuro, comparável aohorizonte A chernozêmico quanto à cor, conteúdo de carbono orgânico, consistên-cia, estrutura e espessura, diferenciando-se dele apenas por apresentar saturaçãopor bases (valor V) inferior a 65%. Contém pelo menos 5,8g/kg de carbonoorgânico em qualquer parte do horizonte. A espessura é de 10 cm ou mais se ohorizonte A é seguido de contato com a rocha; de pelo menos 18cm e maior que 1/3 da espessura do sólum se este tiver menos que 75cm ou mais de 25cm se osólum tiver mais que 75cm.

Horizonte A moderado - horizonte superficial que apresenta teores de carbonoorgânico variáveis, espessura e/ou cor que não satisfaça as condições requeridaspara caracterizar um horizonte A chernozêmico, proeminente ou húmico, além denão satisfazer, também, os requisitos para caracterizar um horizonte A antrópico,turfoso ou fraco. Corresponde ao segmento mais desenvolvido de “ochricepipedon” da “Soil Taxonomy” (Estados Unidos, 1975).

Horizonte B textural - é um horizonte mineral subsuperficial no qual há evidênciasde acumulação, por iluviação, de argila silicatada e, usualmente, apresentacerosidade. O conteúdo de argila do horizonte B textural é maior que o do horizon-te A e pode, ou não, ser maior que o do horizonte C.

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17 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Horizonte B latossólico – horizonte mineral subsuperficial, com espessura mínimade 50cm, cujos constituintes evidenciam avançado estágio de intemperização,caracterizado pela presença de argilominerais do tipo 1:1 e minerais altamenteinsolúveis tais como quartzo na fração areia, e de óxidos de ferro e alumínio.Caracteriza-se também pela ausência virtual de minerais primários facilmenteintemperizáveis e de argilominerais do tipo 2:1.

Horizonte B incipiente - horizonte mineral subsuperficial que sofreu alteração físicae química em grau não muito avançado, porém suficiente para o desenvolvimentode cor ou de estrutura, e no qual mais da metade do volume de todos ossubhorizontes não devem consistir em estrutura da rocha original.

Horizonte glei - horizonte mineral subsuperficial ou eventualmente superficial ca-racterizado pela intensa redução de ferro e formado sob condições de excesso deágua, o que lhe confere cores neutras ou próximas de neutras na matriz do solo,com ou sem mosqueados. Este horizonte é fortemente influenciado pelo lençolfreático, sob prevalência de um regime de umidade redutor, virtualmente livre deoxigênio dissolvido, em virtude da saturação com água durante todo o ano ou pelomenos por um longo período.

Características de natureza intermediáriaCâmbico - termo utilizado para solos que apresentam características intermediáriascom Cambissolos.

Plíntico - refere-se à denominação dada a unidades de solos, cujas característicassão intermediárias com Plintossolos.

Argissólico - termo utilizado para solos que apresentam características intermediá-rias com os Argissolos.

Gleico - refere-se à unidade de solo cujas características são intermediárias comGleissolos.

Grupamentos de classes texturais - conforme a composição granulométrica dohorizonte B, ou do horizonte C, se não existir B. Foram consideradas os seguintesgrupamentos:

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18 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

• textura muito argilosa: apresenta mais de 600g de argila/kg;

• textura argilosa: tem de 350 a 600g de argila/kg;

• textura média: possui menos de 350g de argila e mais de 150g de areia/kg,excluídas as classes texturais areia e areia franca; e

• textura arenosa: comprende as classes texturais areia e areia franca.

Para classes de solos com significativa variação textural entre os horizontes, foramconsideradas as texturas superficiais, e subsuperficiais, sendo expressas sob aforma binária e até ternária. Para os Gleissolos e Neossolos Flúvicos, que possuemcamadas estratificadas, a designação é feita pela textura dominante dentro de 100a 120cm da superfície do solo, admitindo-se, no máximo, duas classes texturaisna forma de fração.

Constituição macroclástica - caracterização efetuada em função da proporção decascalhos (diâmetro de 2mm a 20mm) em relação à terra fina (fração menor que2mm ). São reconhecidos os seguintes agrupamentos:

• pouco cascalhenta: de 80 a 150g de cascalho na massa do solo/kg;

• cascalhenta: de 150 a 500g de cascalho na massa do solo/kg; e

• muito cascalhenta: mais de 500g de cascalho na massa do solo/kg.

Critérios para distinção de fases de unidades de mapeamentoClasses de drenagem - referem-se à quantidade e rapidez com que a água recebidapelo solo se escoa por infiltração e escorrimento, afetando as condições hídricas dosolo - duração do período em que permanece úmido, molhado ou encharcado. Asclasses de drenagem distinguidas são denominadas conforme a seguir: excessiva-mente drenado, fortemente drenado, acentuadamente drenado, bem drenado, mo-deradamente drenado, imperfeitamente drenado, mal drenado e muito mal drenado.

Vegetação - são usualmente empregadas para assinalar distinção de condiçõesclimáticas prevalentes em áreas de solos que podem ser similares em morfologia,propriedades químicas, físicas ou constituição mineralógica.

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19 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

No presente caso, a diversificação de cobertura vegetal é escassa, compreendendoa floresta tropical perenifólia nas partes altas e os campos de várzeas, hidrófilos ehigrófilos, na baixada, com alguns remanescentes de floresta tropical perenifólia devárzea.

Relevo e declividade - qualificam circunstância de condição de declividade, compri-mento de encostas e configuração superficial dos terrenos, implicadas nas formasde modelado (formas topográficas) de áreas de ocorrência das unidades de solo.

Distinções baseadas nessas condicionantes são empregadas para prover informa-ções sobre praticabilidade de facultar inferências sobre susceptibilidade dos solos àerosão.

No presente caso, foram reconhecidas as seguintes classes de declive:

Declive A - superfície de topografia esbatida ou horizontal, onde osdesnivelamentos são muito pequenos, com declividades variáveis de 0 a 3%.

Declive B - superfície de topografia pouco movimentada, constituída por conjuntode colinas ou auteiros, apresentando declives suaves, variáveis de 3 a 8%.

Declive C - superfície de topografia pouco movimentada, constituída por conjuntode colinas ou outeiros, apresentando declives moderados, variáveis de 8 a 15%.

Declive D - superfície de topografia movimentada, formada por outeiros ou morrose raramente colinas, com declives fortes, variáveis de 15 a 25%.

Declive E - superfície de topografia vigorosa, com predomínio de formas acidenta-das, apresentando desnivelamentos relativamente grandes e declives fortes, variá-veis de 25 a 45%.

O mapa de declividade da área serviu como base cartográfica, para a confecção domapa final de solos. Desta forma, os delineamentos das unidades de mapeamentosuperpõem-se às classes de declives especificadas nos mapas, tornando, por estemotivo, dispensável a especificação das fases de relevo para cada unidade demapeamento.

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20 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

A conceituação das classes de solo foi elaborada tendo como base principal oscritérios utilizados, atualmente, pela Embrapa Solos (Embrapa, 1999).

As principais classes e tipos de solos descritos são: Latossolos Vermelho-Amare-los Ácricos típicos; Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos típicos; LatossolosVermelhos Distróficos típicos; Latossolos Vermelhos Distróficos típicosHúmicos;, Argissolos Amarelos Distróficos plínticos, câmbicos; Argissolos Ver-melhos Distróficos típicos; Cambissolos Flúvicos Distróficos típicos; GleissolosHáplicos Distróficos típicos; Gleissolos Melânicos Distróficos hísticos eOrganossolos Háplicos Sápricos, conforme Embrapa Solos (2003).

Os perfis de solos foram convertidos para o Sistema Brasileiro de Classificação deSolos (Embrapa,1999). Na tabela 1 são apresentadas as classes de solos enqua-dradas no sistema de classificação, com respectivos símbolos constantes do mapade solos.

Os perfis e amostras extras são representativos das unidades de mapeamento e ascaracterísticas morfológicas e analíticas permitem suas classificações até o 5º nívelcategórico (famílias) do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa,1999).

Resultados e Discussão

LATOSSOLOS (L)Solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B latossólico,imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte diagnóstico superfici-al, exceto H hístico, dentro de 200 cm da superfície do solo ou dentro de 300 cm,se o horizonte A apresentar mais de 150 cm de espessura (Embrapa, 1999).Foram identificados na área o Latossolo Vermelho-Amarelo Ácrico (solos commatiz mais vermelho que 5 YR e mais amarelo que 2,5YR na maior parte dosprimeiros 100 cm do horizonte B, inclusive BA e caráter ácrico), o LatossoloVermelho (solos com matiz 2,5 YR ou mais vermelho na maior parte dos primeiros100 cm do horizonte B, inclusive BA) e o Latossolo Vermelho-Amarelo (solos commatiz 5 YR ou mais vermelhos e mais amarelos que 2,5 YR, na maior parte dosprimeiros 100 cm do horizonte B, inclusive BA).

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21 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO

Solos com matiz 5YR ou mais vermelho e mais amarelo que 2,5YR, na maior partedos primeiros 100cm do horizonte B (inclusive BA). Esta classe compreende solosminerais, não hidromórficos, com horizonte B latossólico, relação Ki baixa, comvalores variáveis entre 1,29 e 1,48 no horizonte B e valores de pH em KCLligeiramente mais baixo do que pH em H2O, com valores de 4,4 a 4,6, sendo,portanto, fortemente a extremamente ácidos.

São, em geral, muito profundos, muito porosos, acentuadamente drenados, de altapermeabilidade, argilosos a muito argilosos (teores de argila entre 45 e 75%),muito intemperizados e, em consequência, de muito baixa fertilidade natural.Apresentam relação silte/argila menor que 0,7, densidade aparente em torno del,0g/cm e alto grau de floculação no horizonte B, normalmente 100%, refletindo oalto grau de floculação dos colóides, resultando em elevada porosidade, maiorresistência à erosão e bastante favoráveis ao desenvolvimento radicular de plantascultivadas, em especial as espécies florestais. Essas qualidades permitem quesejam facilmente preparados para o cultivo.

Apresentam coloração vermelha amarelada (matizes de 5 YR) até bruno - forte) nohorizonte B e teores de Fe2O3 de 82 a 120 g/kg de TFSA, baixa saturação parbases e alta saturação por alumínio, usualmente acima de 70% até 90% conferin-do caráter álico a estes solos. Com seqüência de horizontes do tipo A-Bw-C. Sãodominantemente cauliníticos e originados de litologias do complexo Juiz de Fora,por vezes com contribuição de material coluvionar.

Ocorrem como unidades simples, situados em posições fisiográficas de relevo ondula-do e suave ondulado, de modo geral, distribuem-se pelas cotas mais baixas do relevo,sendo frequentes nas classes de declive B, C, parte de D e nos topos aplainados. Suaprincipal limitação se prende à baixa disponibilidade de nutrientes e à toxicidade porAl+3 quando álicos. A limitação ao enraizamento devido a presença de altos níveis dealumínio no solo constitui fator limitante à produtividade das plantas. Nestes casos éimpossível obter-se boas produções com um manejo de baixo nível tecnológico. Umavez eliminadas tais limitações, tornam-se bastante produtivos.

São, em geral, os solos mais utilizadas com pastagens e algumas culturas de café.Os perfis 01 e 02 representam esta classe.

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22 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

A baixa atividade das argilas dos latossolos confere-lhes diminuta expansibilidadee contração, qualificando os de textura argilosa, como excelente material para pisode estradas. Por serem solos fáceis de serem escavados e ainda bastante profun-dos e porosos, são muito apropriados para construções civis e aterros sanitários(Oliveira, 1999).

Os Latossolos Vermelho-Amarelos foram separados no 5º nível categórico, nívelde famílias, em duas unidades de mapeamento (LVAd1 e LVAd2) compreendendosolos com horizonte A moderado de textura argilosa e solos com horizonte Ahúmico e proeminente de textura muito argilosa, sendo identificados os LatossolosVermelho-Amarelos Distróficos típicos, textura argilosa, A moderado álicos,mesoférricos, ácidos e os Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos típicos, tex-tura argilosa, A proeminente, álicos, mesoférricos, ácidos, conforme consta nomapa de solos.

Dentre as variações e inclusões nesta classe de solos, destacam-se solos comhorizonte A mais espesso e pequenas ocorrências de Latossolos VermelhosDistróficos típicos húmicos.

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO ÁCRICO

Compreende solos minerais, não hidromórfico, com horizonte B latossólico, rela-ção Ki baixa, variando de 0,76 a 1,38 no horizonte B e valores de ph em KClligeiramente mais altos ou ligeiramente mais baixos do que pH em H2O.

Distinguem–se dos Latossolos Vermelho–Amarelos Distróficos por apresentaremteores mais elevados de Fe2O3 (135 g/kg de solo a 141 g/kg de solo) nohorizonte B e dos Latossolos Vermelhos, por apresentarem coloração vermelhoamarelada, tornando–se mais avermelhada com o aumento da profundidade.

Caracterizam–se também pelos baixos valores de soma de bases (S) em torno de0,3 cmolc/kg de solo e alta saturação por alumínio (63% a 83%).

São, em geral, solos muito profundos, muito porosos, acentuadamente drenados,muito argilosos, muito intemperizados e de fertilidade natural muito baixa. Apre-sentam grau de floculação das argilas médio a baixo no horizonte B, devido ateores de carbono relativamente altos na parte inferior dos perfis.

Ocorrem mais freqüentemente nas classes de declive B e C, sendo mais utilizadoscom café e pastagem.

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23 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Foram separados no 5o nível categórico, em duas unidades de mapeamento(LVAw1 LVAw2), compreendendo solos com horizonte A moderado e solos comhorizonte A proeminente, representadas pelo perfil 4 e a amostra extra 4.

LATOSSOLO VERMELHO

Solos com matiz 2,5 YR ou mais vermelho na maior parte dos primeiros 100 cmdo horizonte B, inclusive BA). Esta classe compreende solos minerais, nãohidromórficos, com horizonte B latossólico, relação Ki baixa, com valores variáveisentre 1,27 e 1,55 no horizonte B e valores de pH em KCL próximos de pH em H20,com valores de 4,3 a 5,1, sendo, portanto, fortemente a extremamente ácidos.

São, em geral, solos muito profundos, muito porosos, acentuadamente drenados,muito argilosos, muito intemperizados e de fertilidade natural muito baixa. Apre-sentam estrutura do tipo granular forte ultrapequena e teores de carbono orgânicorelativamente altos ao longo do perfil, resultando, na maioria das vezes, em grau defloculação médio e baixo, principalmente em solos com horizonte A proeminente.Com seqüência de horizontes do tipo A-Bw-C. São dominantemente cauliníticos eoriginados de litologias do Complexo Juiz de Fora, por vezes com contribuição dematerial coluvionar.

Apresentam coloração vermelha, bruno-avermelhado-escura e vermelho-escura(matizes de 2,5YR) no horizonte B e teores de Fe2O3 de 95 a 119 g/kg de TFSA ,baixa saturação por bases e alta saturação por alumínio, em geral, variando de43% a 90%, conferindo caráter álico a estes solos. A textura é muito argilosa,com 610 a 770g/kg de argila e a relação SiO2/Al2O3 (Ki) é de 1,27 e 1,55.

Ocorrem como unidades simples, situados em posições fisiográficas de relevoondulado e forte ondulado, sendo freqüente nas classes de declives D e E, e emgeral, mais bem utilizados com culturas de café e milho, algumas pastagens ereserva florestal. O perfil 03 e as amostras extras 01, 02 e 03 representam estaclasse.

Os Latossolos Vermelhos foram separados no 5º nível categórico, nível de famíli-as, em duas unidades de mapeamento (LVd1 e LVd2) compreendendo solos comhorizonte A moderado e solos com horizonte A proeminente, sendo identificadosos Latossolos Vermelhos Distróficos típicos A moderado álicos mesoférrico ácidose os Latossolos Vermelhos Distróficos típicos A proeminente álicos mesoférricoácidos, conforme consta no mapa de solos.

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24 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Dentre as variações e inclusões nesta classe de solos, destaca-se pequena ocorrên-cia de Latossolos Vermelhos Distróficos típicos Húmicos.

PERFIL - 1

Nº DE CAMPO - São Domingos 3 DATA - 01.05.87

CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico húmico, tex-tura muito argilosa, A proeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico,ácido, fase floresta tropical perenifólia relevo ondulado.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - LVAd2.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20º28' 30" S. e 42º17’20" W. Gr.

SITUAÇÁO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Trincheirasituada em terço superior de elevação, com 8 a 10% de declive e sob mata.

ALTITUDE - 890 metros.

LITOLOGIA - Gnaisses e migmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Produto da decomposição e retrabalhamento das rochassupracitadas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Ondulado.

RELEVO REGIONAL - Ondulado e forte ondulado.

EROSÃO - Não aparente.

DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia.

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25 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

USO ATUAL - Reserva.

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto G. dos Santos, Klaus P. Wittern; OsórioO.M. da Fonseca, Aroaldo L. Lemos e Braz Calderano Filho.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 30 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2, úmido) e bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/3, úmido amassado); muito argiloso; moderada pequena e médiagranular; macio, muito friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.

AB - 30 - 50 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/4, úmido e úmido amassado);muito argiloso; fraca pequena e média granular e grãos simples; macio, muitofriável, plástico e pegajoso; transição plana e clara.

BA - 50 - 85 cm, vermelho-amarelado (5YR 4,5/6); muito argiloso; fraca pequenaa grande blocos subangulares e grãos simples; macio, muito friável, plástico epegajoso; transição plana e clara.

Bw1 - 85 - 135 cm, vermelho-amarelado (5YR 4/6); muito argiloso; aspectomaciço pouco coeso que se desfaz em fraca pequena a grande blocos subangularese grãos simples; muito friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.

Bw2 - 135 - 180 cm +, vermelho-amarelado (5YR 5/6); muito argiloso; aspectomaciço pouco coeso que se desfaz em fraca pequena e média blocos subangularese grãos simples; muito friável, plástico e pegajoso.

Raízes - abundantes no A e AB, muitas no BA e Bw1 e poucas no Bw2, comdiâmetro de 0,1 a 5cm.

Observações - trincheira com 1,80 m de profundidade.

Coletadas amostras para cálculo de densidade dos horizontes A, AB, BA, Bw1 eBw2.

Muitos poros muito pequenos e pequenos, comuns os médios e grandes no A eAB e muitos poros muito pequenos e pequenos e poucos médios e grandes no Ae AB; AB e muitos poros muito pequenos e pequenos e poucos médios e grandesno BA, Bw1 e Bw2.

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Análises Físicas e QuímicasPERFIL: 1Amostra de laboratório: 87.1237/41Solo: LVA Distrófico Húmico

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A 0 – 30 0 0 1000 120 70 120 690 590 14 0,17 0,91 2,41 62AB - 50 0 0 1000 120 70 100 710 520 27 0,14 0,81 2,53 68BA - 85 0 Tr 1000 130 60 70 740 570 23 0,09 0,84 2,53 67

BW1 - 135 0 0 1000 130 70 50 750 0 100 0,07 0,81 2,56 68Bw2 - 180+ 0 0 1000 130 70 50 750 0 100 0,07 0,94 2,60 64

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma) Al3+ H+ Valor T

(soma)(sat de bases)

%S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

A 4,0 3,8 0, 4 0,15 0,08 0,6 3,5 12,5 16,6 4 85 2AB 4,2 4,0 0, 2 0,07 0,06 0,3 2,7 9,3 12,3 2 90 1BA 4,4 4,1 0, 2 0,03 0,04 0,3 1,7 5,7 7,7 4 85 1

BW1 4,4 4,1 0, 2 0,02 0,04 0,3 1,7 5,3 7,3 4 85 1Bw2 4,5 4,2 0, 2 0,02 0,05 0,3 1,4 4,0 5,7 5 82 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A 47,0 3,5 13 209 228 110 13,8 1,56 1,19 3,25AB 28,8 2,5 12 219 248 107 14,3 1,50 1,18 3,63BA 16,7 1,3 13 229 266 118 15,4 1,46 1,14 3,54

BW1 11,7 1,0 12 231 266 119 15,6 1,48 1,15 3,51Bw2 9,3 0,9 10 234 268 120 15,9 1,48 1,15 3,50

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A 1 24,1 6,6AB 1 24,4 6,6BA 1 24,8 6,5

BW1 1 24,8 6,3Bw2 1 24,9 6,2

Relação textural: 1,1

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27 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

PERFIL - 2

NÚMERO DE CAMPO - São Domingos 6.

DATA - 02.05.87

CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, texturaargilosa, A moderado, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fasefloresta tropical perenifólia relevo ondulado.

UNIDADE DE MAPEAMENTO – LVAd1.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 29' 51"S. e 42o 17' 43"W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Perfil descritoe coletado em corte de estrada, situado em terço médio de elevação, com 15 a20% de declive e sob mata.

ALTITUDE - 850 metros.

LITOLOGIA - Gnaisses e migmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Produto da decomposição e retrabalhamento das rochassupracitadas.

PEDREGOSIDADE – Não pedregoso.

ROCHOSIDADE – Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Ondulado.

RELEVO REGIONAL - Ondulado e forte ondulado.

EROSÃO - Não aparente no local e laminar ligeira na área.

DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia.

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28 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

USO ATUAL - Reserva.

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto G. dos Santos, Klaus P. Wittern, OsórioO.M. da Fonseca, Aroaldo L.Lemos e Braz Calderano Filho.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 25 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 5/4, úmido), vermelho-amarelado(5YR 4/6, úmido amassado) e bruno (7,5YR 5/4, seco e seco triturado); argila;fraca pequena. a grande granular; macio, friável, plástico e pegajoso; transiçãoplana e clara.

BA - 25 - 70 cm, vermelho-amarelado (5YR 5/8); argila; fraca pequena e médiagranular e blocos subangulares; macio, muito friável, plástico e pegajoso; transiçãoplana e clara.

Bw1 - 70 - 130 cm, vermelho-amarelado (5YR 5/6); argila; maciça pouco coesaque se desfaz em fraca pequena e média blocos subangulares; macio, muito friável,plástico e pegajoso; transição plana e clara.

Bw2 - 130 - 190 cm, vermelho-amarelado (6YR 5/8); argila; maciça pouco coesaque se desfaz em fraca pequena e média blocos subangulares; macio, muito friável,plástico e pegajoso.

Raízes - abundantes no A, muitas no BA e Bw1 e comuns no Bw2, com diâmetrode 0,5 a 1 cm.

Observações - corte de estrada com 1,90 m.

Coletadas amostras para cálculo de densidade em todos os horizontes.

Intensa atividade biológica até o topo do horizonte Bw2.

Muitos poros muito pequenos e pequenos e comuns os poros médios e grandes aolongo do perfil.

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Análises Físicas e QuímicasPERFIL: 2Amostra de laboratório: 87.1250/53Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A 0 – 25 0 0 1000 280 160 110 450 280 38 0,24 1,02 2,50 59BA - 70 0 0 1000 160 130 140 570 440 23 0,25 0,98 2,50 61

Bw1 - 130 0 tr 1000 150 150 110 590 0 100 0,19 1,01 2,41 58Bw2 - 190 0 tr 1000 180 140 110 570 0 100 0,19 1,06 2,63 60

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

A 4,3 3,9 O, 5 0,10 0,06 0,7 2,0 5,9 8,6 8 74 1BA 4,6 4,1 O, 3 0,04 0,06 0,4 1,4 4,3 6,1 7 78 1

Bw1 4,6 4,2 O, 3 0,03 0,04 0,4 1,1 3,7 5,2 8 73 1Bw2 4,6 4,5 0, 3 0,02 0,04 0,4 0,4 2,0 2,8 14 50 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A 22,5 1,7 13 132 174 67 10,6 1,29 1,04 4,07BA 12,8 1,1 12 174 222 82 12,2 1,33 1,08 4,25

Bw1 9,3 1,0 9 179 236 82 13,3 1,29 1,06 4,52Bw2 3,6 0,6 6 177 226 90 12,7 1,33 1,06 3,94

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A 1 15,2 4,0BA 1 19,7 4,3

Bw1 1 19,7 5,1Bw2 1 21,4 3,3

Relação textural: 1,3

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30 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

PERFIL - 3

NÚMERO de CAMPO - São Domingos 4 DATA - 01.05.87

CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO, típico textura muitoargilosa , A proeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico, ácido, fase florestatropical perenifólia relevo forte ondulado.

UNIDADE DE MAPEAMENTO – LVd2

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 28’59"S. e 42o 17’07" W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Perfil descritoe coletado em corte de estrada situado em terço inferior de encosta, com 25% a30% de declive e sob eucaliptal.

ALTITUDE - 830 metros.

LITOLOGIA - Enderbitos e charnoquitos em associação com gnaisses e migmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINARIO - Produto da decomposição e retrabalhamento das ro-chas supracitadas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso. ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Forte ondulado.

RELEVO REGIONAL - Forte ondulado. EROSÃO - Laminar ligeira.

DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMARIA - Floresta tropical perenifólia.

USO ATUAL - Plantio de eucalipto.

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto G. dos Santos, Klaus P. Wittern, OsórioO.M. da Fonseca, Aroaldo L. Lemos e Braz Calderano Filho.

Page 34: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

31 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

Ap - O - 15 cm, vermelho muito escuro-acinzentado (2,5YR 2,5/2, úmido) evermelho-escuro-acinzentado (2,5YR 3/2, seco); muito argiloso; fraca pequena emédia granular; macio, muito friável, plástico e pegajoso; transição plana e clara.

AB - 15 - 45 cm, bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/4); muito argiloso; fracapequena e média granular e blocos subangulares; macio, muito friável, plástico epegajoso; transição plana e difusa.

Bw1 - 45 - 95 cm, bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/5); muito argiloso; forteultrapequena granular; macio, muito friável, plástico e pegajoso; transição plana edifusa.

Bw2 - 95 - 190 cm, vermelho-escuro (2,5YR 3/6); muito argiloso; forteultrapequena granular; macio, muito friável, plástico e pegajoso.

Raízes - abundantes no Ap, muitas no BA e poucas no Bw1 e Bw2, com diâmetrode 0,5 a 1 cm.

Observações - corte de estrada com 1,90 m.

Coletadas amostras para cálculo da densidade dos horizontes BA, Bw1 e Bw2.

Muitos poros muito pequenos e médios e comuns grandes ao longo do perfil.

Page 35: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

Análises Físicas e QuímicasPERFIL: 3Amostra de laboratório: 87.1242/45Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

Ap 0 - 15 0 tr 1000 210 60 130 600 240 60 0,22AB - 45 0 tr 1000 140 50 140 670 460 31 0,21 0,69 2,50 72

Bw1 - 95 0 tr 1000 140 60 120 680 520 24 0,18 0,69 2,50 72Bw2 - 190 0 tr 1000 140 60 100 700 470 33 0,14 0,70 2,56 73

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

Ap 4,2 3,9 0, 3 0,08 0,07 0,5 4,3 10,5 15,3 3 90 2AB 4,4 4,0 0, 3 0,05 0,05 0,4 3,4 9,3 13,1 3 89 1

Bw1 4,6 4,1 0, 2 0,02 0,04 0,3 2,6 7,5 10,4 3 90 1Bw2 4,7 4,2 0, 2 0,02 0,04 0,3 2,1 7,2 9,6 3 88 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

Ap 38,8 3,0 13 183 212 108 11,8 1,47 1,11 3,08AB 30,0 2,3 13 217 244 119 12,4 1,51 1,15 3,22

Bw1 20,5 1,8 11 207 248 118 12,8 1,42 1,09 3,30Bw2 16,8 1,5 11 207 243 116 12,3 1,45 1,11 3,29

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

Ap <1 18,4 11,0AB <1 26,1 6,5

Bw1 <1 26,7 4,7Bw2 <1 27,5 4,4

Relação textural: 1,1

Page 36: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

33 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

AMOSTRA EXTRA - 1

NÚMERO DE CAMPO - Extra 1 DATA - 28.04.87

CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO típico, textura muitoargilosa, A proeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico, ácido, fase floresta tropi-cal perenifólia relevo ondulado.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - LVd2.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 28’06"S. e 42o 17’47"W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Terço superiorde elevação, com 10% a 15% de declive e sob cultura de café.

ALTITUDE - 830 metros.

LITOLOGIA - Enderbitos e charnoquitos em associação com rochas gnáissicas emigmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo - Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINARIO - Produto da decomposição e retrabalhamento rochassupracitadas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Ondulado.

RELEVO REGIONAL - Ondulado e forte ondulado.

EROSÃO - Laminar ligeira, com ocorrência na área de erosão Iaminar moderada eem sulcos.

DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia.

USO ATUAL - Cultura de café.

Page 37: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

34 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto G. dos Santos, Klaus P. Wittern,Osório O.M. da Fonseca, Aroaldo L.Lemos e Braz Calderano Filho.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 25 cm, cinzento-avermelhado (5YR 5/2, úmido e úmido amassado) ebruno-escuro (7,5YR 4/2, seco); muito argiloso; moderada pequena a grandegranular.

Bw - 60 - 80 cm, vermelho (3,5YR 4/6); muito argiloso; muito friável, plástico epegajoso.

Page 38: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

Análises Físicas e QuímicasAMOSTRA EXTRA: 1Amostra de laboratório: 87.1258/59Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A 0 – 25 0 0 1000 130 80 130 660 330 50 0,20Bw 60 - 80 0 tr 1000 90 70 70 770 50 94 0,90

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

A 5,1 4,3 4,0 0,2 0,07 0,09 4,4 0,8 9,0 14,2 31 15 3Bw 4,3 4,2 0, 2 0,08 0,06 0,3 1,3 4,8 6,4 5 81 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A 30,3 2,1 14 219 241 108 14,4 1,54 1,20 3,50Bw 11,7 1,1 11 235 258 119 15,4 1,55 1,20 3,40

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A 1Bw 1

Page 39: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

36 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

AMOSTRA EXTRA - 2

NÚMERO DE CAMPO - Extra 2 DATA - 29.04.87

CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO típico, textura argilo-sa/muito argilosa, A moderado, hipodistrófico, epiálico, caulinítico, ácido, fasefloresta tropical perenifólia relevo forte ondulado

UNIDADE DE MAPEAMENTO – LVd1

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida,MG. 20o 29’00"S. e 42o 17’20" W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Terço inferiorde encosta, com 20% de declive e sob capineira.

ALTITUDE - 830 metros.

LITOLOGIA - Enderbitos e charnoquitos, em associação com rochas gnáissicas emigmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Produto da decomposição e retrabalhamento das rochassupracitadas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Forte ondulado.

RELEVO REGIONAL - Ondulado e forte ondulado.

EROSÃO - Laminar ligeira e moderada.

DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia.

USO ATUAL - Reserva com capoeira.

Page 40: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

37 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DESCRITO E COLETADO POR - Osório O.M. da Fonseca, Klaus P. Wittern eHumberto G. dos Santos.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 10 cm, argila.

Bw - 120 - 140 cm, vermelho (2,5YR 4/6); muito argiloso.

Page 41: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

Análises Físicas e QuímicasAMOSTRA EXTRA: 2Amostra de laboratório: 87.1260/61Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A 0 – 10 0 0 1000 240 110 140 510 410 20 0,27Bw 120 - 140 0 0 1000 150 100 140 610 0 100 0,23

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

A 4,4 4,0 0, 8 0,13 0,07 1,0 1,6 5,6 8,2 12 62 1Bw 5,1 4,9 0, 3 0,03 0,05 0,4 0,3 2,2 2,9 14 43 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A 17,7 1,7 10 177 207 77 7,4 1,45 1,18 4,22Bw 5,0 0,8 6 207 252 95 9,3 1,40 1,13 4,16

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A 1Bw 2

Page 42: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

39 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

AMOSTRA EXTRA - 3

NÚMERO DE CAMPO - Extra 4 DATA - 30.4.87

CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO típico, textura muitoargilosa, A proeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico, ácido, fase floresta tropi-cal perenifólia relevo ondulado.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - LVd2.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 29’02"S. e 42o 17’33"W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Corte emestrada carroçável, com 20% de declive e sob pastagem natural.

ALTITUDE - 810 metros.

LITOLOGIA - Enderbitos e charnoquitos, em associação com rochas gnáissicas emigmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Produto da decomposição e retrabalhamento das rochassupracitadas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Ondulado.

RELEVO REGIONAL - Ondulado e forte ondulado.

EROSÃO - Laminar ligeira e moderada.

DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia.

USO ATUAL - Pastagem.

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40 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto G. dos Santos, Klaus P. Wittern eOsório Oscar M. da Fonseca.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 20 cm, argila; moderada a forte pequena granular.

Bw - 110 - 130 cm, vermelho (2,5YR 4/6); muito argiloso; aspecto de maciçaporosa que se desfaz em forte ultrapequena granular.

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Análises Físicas e QuímicasAMOSTRA EXTRA: 3Amostra de laboratório: 87.1266/67Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A 0 – 20 0 0 1000 250 80 110 560 230 59 0,20Bw 110 - 130 0 0 1000 190 70 90 650 230 65 0,14

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

A 4,5 4,0 0, 5 0,12 0,07 0,7 2,4 8,3 11,4 6 77 1Bw 4,4 4,2 0, 5 0,03 0,04 0,6 1,6 6,7 8,9 7 73 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A 23,7 1,9 12 161 219 97 9,7 1,25 0,97 3,54Bw 16,1 1,3 12 182 244 109 10,8 1,27 0,99 3,51

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A 1Bw 1

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42 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

PERFIL - 4

NÚMERO DE CAMPO - São Domingos 2 DATA - 29.04.87

CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO – AMARELO Ácrico típico, texturamuito argilosa, A proeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico - oxídico,mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifólia relevo ondulado.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - LVAw

LOCALIZAÇÃO MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG.. 20o 28’09"S. e 42o 17’37"W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Perfil descritoe coletado em corte de estrada situado em terço inferior, com 10 a 15% de declivee sob pastagem.

ALTITUDE - 800 metros.

LITOLOGIA - Enderbitos e charnoquitos, em associação com gnaisses emigmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Produto da decomposição e retrabalhamento das rochassupracitadas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Ondulado.

RELEVO REGIONAL - Ondulado e forte ondulado.

EROSÃO - Laminar ligeira.

DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia.

USO ATUAL - Pastagem.

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43 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DESCRITO E COLETADO POR - Osório O.M. da Fonseca, Humberto G. dosSantos, Klaus P. Wittern, Braz Calderano Filho e Aroaldo L. Lemos.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

Ap - O - 25 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2,5, úmido), bruno –avermelhado (5YR 4/4, úmido amassado) e bruno-avermelhado (5YR 5/3, seco eseco triturado); argila; fraca pequena e média granular; macio, muito friável,ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e clara.

BA - 25 - 75cm, vermelho-amarelado (5YR 5/8); muito argiloso; maciça que sedesfaz em fraca pequena e média blocos subangulares e forte ultrapequena granu-lar; ligeiramente duro, muito friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.

Bw1 - 75 - 110cm, bruno-avermelhado (5YR 4/5); muito argiloso; maciça que sedesfaz em pequena e média blocos subangulares e forte ultrapequena granular;macio, muito friável, plástico e pegajoso; transição ondulada e clara (110-120cm).

Bw2 - 110 - l80cm+, vermelho-amarelado (4YR 4/6); muito argiloso; maciça quese desfaz em fraca pequena e média blocos subangulares e forte ultrapequenagranular; ligeiramente duro, muito friável, plástico e muito pegajoso.

Raízes - abundantes no Ap, muitas no BA e poucas no Bw2, com diâmetro de 0,5a 0,01 cm.

Observações - coletadas amostras para cálculo de densidade dos horizontes Ap,Bw1 e Bw2.

Muitos poros muito pequenos e pequenos, comuns os médios e poucos osgrandes ao longo do perfil.

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Análises Físicas e QuímicasPERFIL: 4Amostra de laboratório: 87.1233/36Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

Ap 0 – 25 0 0 100 19 11 12 58 28 52 0,21 0,85 2,53 66BA - 75 0 tr 100 14 10 11 65 27 58 0,17 0,85 2,60 67

Bw1 - 110 0 tr 100 15 9 10 66 29 56 0,15 0,84 2,63 68Bw2 - 180+ 0 2 98 12 10 12 66 0 100 0,18 0,93 2,63 65

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

Ap 4,3 4,1 0, 2 0,08 0,06 0,3 1,8 8,7 10,8 3 86 1BA 4,6 4,4 0, 2 0,03 0,05 0,3 0,7 5,2 6,2 5 70 1

Bw1 4,8 4,5 0, 2 0,02 0,05 0,3 O,5 5,5 6,0 5 63 1Bw2 4,7 4,9 0, 2 0,02 0,04 0,3 0,0 2,9 3,2 9 0 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

Ap 29,5 1,9 16 114 241 122 18,8 0,80 0,61 3,10BA 15,5 1,4 11 126 272 136 19,6 0,79 0,60 3,14

Bw1 15,1 1,4 11 120 269 141 19,9 0,76 0,57 2,99Bw2 9,9 1,0 10 124 259 140 21,2 0,81 0,61 2,90

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

Ap 1 17,2 5,1BA 1 20,2 5,4

Bw1 1 21,3 5,4Bw2 1 20,9 4,7

Relação textural: 1,1

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45 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

AMOSTRA EXTRA - 4

NÚMERO DE CAMPO - Extra 7 DATA - 01.05.87

CLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO – AMARELO Distrófico típico, tex-tura muito argilosa, A proeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico,ácido, fase floresta tropical perenifólia relevo suave ondulado.

UNIDADE DE MAPEAMENTO – LVAd3.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 29’29"S. e 42o 18’21"W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Topo deelevação, com 3 a 5% de declive e sob cultura de café.

ALTITUDE - 870 metros.

LITOLOGIA - Enderbitos e charnoquitos, em associação com gnaisses emigmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Produtos da decomposição e retrabalhamento das ro-chas supracitadas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Suave ondulado.

RELEVO REGIONAL - Forte ondulado.

EROSÃO - Laminar ligeira.

DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia.

USO ATUAL - Cultura de café.

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46 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DESCRITO E COLETADO POR - Osório O.M. da Fonseca, Klaus P. Wittern eHumberto G. dos Santos.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

Ap - O - 25 cm, argila; moderada a forte granular.

Bw - 60 - 110 cm, vermelho-amarelado (5YR 4,5/6); muito argiloso; forteultrapequena granular.

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Análises Físicas e QuímicasAMOSTRA EXTRA: 4Amostra de laboratório: 87.1272/73Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

Ap 0 – 25 0 0 1000 200 100 120 580 270 53 0,21Bw 60 - 110 0 0 1000 140 90 90 680 0 100 0,13

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

Ap 4,3 3,9 1,1 0,4 0,14 0,08 1,7 2,9 9,8 14,4 12 63 6Bw 4,2 4,1 0, 2 0,03 0,05 0,3 1,5 7,2 9,0 3 83 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

Ap 30,8 2,4 13 169 209 110 161 1,37 1,03 2,98Bw 14,6 1,1 13 193 238 136 220 1,38 1,01 2,74

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

Ap 1Bw 1

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48 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

ARGISSOLOS (P)Os ARGISSOLOS constituem um grupamento de solos minerais, com horizonte Btextural e não hidromórficos. No mapa pedológico, eles ocorrem comoARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS (solos com matiz 5 YR ou mais vermelhose mais amarelos que 2,5 YR, na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B,inclusive BA) e ARGISSOLOS VERMELHO (solos com matiz 2,5 YR ou maisvermelho na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B, inclusive BA),constituindo 2 unidades de mapeamento representadas por associações.

O acréscimo de argila em profundidade e a capacidade de troca de cátions inferiora 27cmol.kg-1 de solo são os principais atributos diagnósticos válidos para osARGISSOLOS. Em níveis categóricos mais baixos são usados outros critériosdiagnósticos, alguns dos quais são de grande importância agronômica.

ARGISSOLOS AMARELOS

Esta classe é constituída por solos com horizonte B textural com matiz maisamarelo que 5YR na maior parte dos primeiros 100cm do horizonte B (inclusiveBA).

Compreende solos minerais, com horizonte B textural, argila de atividade baixa,moderadamente profundos e imperfeita a moderadamente drenados, com espessu-ra do solum superior a 100cm, e seqüência de horizontes do tipo A-Bt-C, compredomínio de caulinita na fração argila. São originados da decomposição eretrabalhamento de material de natureza coluvial com contribuições de litologias docomplexo Juiz de Fora.

Na área em questão, estes solos apresentam horizonte A moderado e horizonte Btextural, com estrutura moderada e fraca do tipo blocos subangulares, cerosidademoderada e comum nos horizontes Bt1 e Btf e mosqueado abundante e comumnestes horizontes. Tendo, ainda, visíveis fragmentos de rochas decompostas eevidências de minerais primários facilmente intemperizáveis, em mistura com amassa do solo. São muito argilosos, com teores variando de 640 a 720g/kg,relação textural de 1,0, de fertilidade natural baixa e usualmente Álicos, o grau desaturação por bases varia de 7 a 23% e a saturação por alumínio de 13 a 81% nohorizonte B. Os teores de ferro variam de 81 a 162g/kg de TFSA e a relação SiO2/Al2O3 (Ki) situa-se entre 2,0 e 2,2. O pH varia de 4,9 a 5,4 sendo, portanto,fortemente ácidos.

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49 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

A distribuição irregular de argila ao longa do perfil, a presença de mosqueadoabundante e a ocorrência de minerais primários no horizonte Bt, conferem a estessolos o caráter cãmbico e plíntido, simultaneamente.

Ocorrem situados em posições fisiográficas de relevo plano a suave ondulado, nasclasses de declive A e B, com declives de 0 a 8%. Em função dos fragmentosflorestais remanescentes, a fitofisionomia da cobertura vegetal primitiva é do tipofloresta tropical subperenifólia de várzea. São predominantemente utilizados comculturas de arroz, milho e pastagem plantada.

Os ARGISSOLOS não apresentam qualquer impedimento físico à penetração dosistema radicular pelo menos até 90cm de profundidade. A presença de saprolitosa menos de 180cm de profundidade, em geral não apresenta impedimento físico aoenraizamento posto que, nesses casos, tais camadas são espessas e a rochaintemperizada é branda. É possível que os saprolitos apresentem maior teor deminerais primários intemperizáveis que os horizontes superiores, constituindo-seem importante zona de reserva potencial em nutrientes. No entanto, a presença deágua a 90cm de profundidade limita o desenvolvimento de plantas com sistemaradicular profundo.

O perfil 05 é considerado como representativo desta classe.

Dentre as variações e inclusões nesta classe de solos, destacam-se os solos commaior ou menor expressão do caráter plíntico, solos mal drenados e ocorrência deGlei Pouco Húmico e de Cambissolos.

ARGISSOLOS VERMELHOS

Esta classe é constituída por solos com horizonte B textural com matiz 2,5YR oumais vermelho nos primeiros 100cm do horizonte B (exclusive BC). Distinguem-sedo Argissolo Vermelho-Amarelo por apresentarem cores mais vermelhas e maiordesenvolvimento da estrutura e cerosidade, que é perceptível a alho nu. Temseqüência de horizontes do tipo A-Bt-C, são bem drenados, e provavelmentedesenvolvidos a partir de material proveniente da decomposição de gnaisses decaráter intermediário do complexo Juiz de Fora.

Compreende solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural, argila deatividade baixa, bem drenados e profundos.

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50 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Apresentam horizonte A moderado, de textura argilosa com teor de argila de 490g/kg e com horizonte B textural, muita argiloso, teor de argila de 710g/kg. Ohorizonte B exibe cerosidade forte e comum, com estrutura moderada em blocossubangulares.

São, em geral, Distróficos, com baixa saturação por alumínio extraível, fertilidadenatural média a baixa, o grau de saturação por bases varia de 24 a 32% e asaturação por alumínio de 16 a 31%. Os teores de ferro variam de 87 a 115g/kgde TFSA e a relação SiO2/Al2O3 (Ki) situa-se entre 1,51 e 1,58.

Ocorrem em relevo suave ondulado e ondulado, na classe de declive D, comdeclives de 8 a 20%, situados em posições fisiográficas de vales fechados,circundadas por relevo forte ondulado, com declives acentuados. Em função dosfragmentos florestais remanescentes, a fitofisionomia da cobertura vegetal primiti-va é do tipo floresta tropical subperenifólia. São mais utilizados com culturas demilho, café e pastagem.

PERFIL - 5

NÚMERO DE CAMPO - São Domingos 1

DATA - 29.04.87

CLASSIFICAÇÃO – ARGISSOLO AMARELO Tb DISTRÓFICO, câmbico, plíntico,textura muito argilosa, A moderado, epiálico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fasefloresta tropical perenifólia de várzea relevo plano.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - PAd.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 27’51"S. e 42o I7’44"W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Trincheirasituada em topo de pequena elevação no centro da várzea, com O a 3% de declivee sob pastagem.

ALTITUDE - 770 metros.

LITOLOGIA - Sedimentos coluviais.

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51 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Holoceno.

CRONOLOGIA - Quaternário.

MATERIAL ORIGINARIO - Sedimentos argilosos provenientes de coluviação.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Plano.

RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Não aparente.

DRENAGEM - Imperfeitamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMARIA - Floresta tropical perenifólia de várzea.

USO ATUAL - Pastagem natural e culturas de milho e arroz.

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto G. dos Santos, Klaus P. Wittern, OsórioO.M. da Fonseca, Braz Calderano Filho e Aroaldo L. Lemos.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

Ap - O - 15 cm, bruno (1OYR 4/3, úmido) e bruno (1OYR 5/3, úmido amassado);muito argiloso; moderada pequena a grande granular; friável, muito plástico emuito pegajoso; transição plana e clara.

BA - 15 - 40 cm, bruno-forte (7,5YR 4/6); muito argiloso; moderada pequena emédia blocos subangulares; cerosidade fraca e pouca; firme, muito plástico e muitopegajoso; transição plana e gradual.

Bt - 40 - 65 cm, bruno-forte (7,5YR 5/6), mosqueado abundante, pequeno emédio e distinto, bruno-forte (7,5YR 4/6); mui- to argiloso; pequena e médiablocos subangulares; cerosidade moderada e comum; firme, muito plástico e muitopegajoso; transição plana e gradual.

Btf1 - 65 - 110 cm, amarelo (1OYR 7/8), mosqueado comum: médio e proemi-nente, vermelho (2,5YR 4/8); muito argiloso; fraca pequena e média blocossubangulares; cerosidade moderada e comum; plástico e pegajoso.

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52 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Btf2 - 110 - 170 cm +, amarelo (1OYR 7/8), mosqueado comum, pequeno emédio e proeminente, vermelho (2,5YR 4/8); muito argiloso.

Raízes - abundantes no Ap, comuns no BA e raras nos demais horizontes, comdiâmetro maior que 0,1 mm.

Observações - perfil coletado molhado a partir do horizonte Bt.

Água a 90 cm de profundidade.

Abaixo de 90 cm amostras coletadas com trado holandês.

Poros comuns muito pequenos, pequenos, médios e grandes no Ap e BA; eporos comuns muito pequenos e poucos médios e grandes no Bt e Btf.

Coletadas amostras para cálculo da densidade dos horizontes Ap, BA, Bt e Btf.

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Análises Físicas e QuímicasPERFIL: 5Amostra de laboratório: 87.1228/32Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

Ap 0 – 15 0 tr 1000 130 50 160 660 330 50 0,24 0,96 2,38 60BA - 40 0 0 1000 100 40 140 720 630 13 0,19 1,08 2,47 56Bt - 65 0 tr 1000 100 30 160 710 130 82 0,23 1,10 2,56 57

Btf1 - 110 0 0 1000 30 10 320 640 0 100 0,50 1,07 2,60 59Btf2 - 170 0 0 1000 10 10 300 680 0 100 0,44

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma) Al3+ H+ Valor T

(soma)(sat de bases)

%S+Al 3+

%

Assimilávelmg/kg

Ap 4,9 4,0 0, 8 0,23 0,14 1,2 2,0 6,8 10,0 12 63 3BA 5,0 4,1 0, 2 0,04 0,07 0,3 1,5 3,9 5,7 5 83 1Bt 5,3 4,4 0, 2 0,02 0,07 0,3 0,6 3,3 4,2 7 67 1

Btf1 5,4 4,8 0, 2 0,02 0,05 0,3 0,1 2,3 2,7 11 25 1Btf2 5,3 4,7 0, 6 0,04 0,07 0,7 0,1 2,3 3,1 23 13 2

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

Ap 26,7 2,9 9 293 222 81 11,0 2,24 1,82 4,30BA 12,8 1,6 8 296 248 90 11,7 2,03 1,65 4,33Bt 8,8 1,1 8 299 252 111 11,7 2,02 1,57 3,56

Btf1 5,5 0,7 8 340 276 124 12,0 2,09 1,63 3,49Btf2 5,1 0,7 7 345 277 162 12,3 2,12 1,54 2,68

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

Ap 1 28,7 13,5BA 1 30,2 13,0Bt 2 32,0 11,8

Btf1 2 34,4 19,4Btf2 2 43,6 31,1

Relação textural: 1,0

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54 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

AMOSTRA EXTRA - 5

NÚMERO DE CAMPO - EXTRA 5 DATA - 30.04.87

CLASSIFICAÇÃO - ARGISSOLO VERMELHO Tb Distrófico típico, textura argilosa/muito argilosa, A moderado, hipodistrófico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fasefloresta tropical perenifólia relevo suave ondulado.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - PVd

LOCALIZAÇÂO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida,MG. 20o 29’29"S. e 42o 17’32"W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Corte emestrada carroçável, com 3 a 5% de declive e sob pastagem.

ALTITUDE - 820 metros.

LITOLOGIA - Gnaisses e migmatitos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Complexo Juiz de Fora.

CRONOLOGIA - Proterozóico Inferior.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Produto. da decomposição de gnaisses e intermediários.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Suave ondulado.

RELEVO REGIONAL - Ondulado e forte ondulado.

EROSÃO - Laminar ligeira.

DRENAGEM - Bem drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia.

USO ATUAL - Pastagem.

DESCRITO E COLETADO POR - Osório O. M. da Fonseca, Humberto G. dosSantos e Klaus P. Wittern.

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55 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 25 cm, argila; moderada a forte pequena e média granular e blocossubangulares.

Bt - 80 - 110 cm, vermelho (2,5YR 4/8); muito argiloso; moderada pequena emédia blocos subangulares; cerosidade forte e comum.

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Análises Físicas e QuímicasAMOSTRA EXTRA: 5Amostra de laboratório: 87.1268/69Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A 0 – 25 0 tr 1000 270 110 130 490 370 24 0,27Bt 80 – 110 0 tr 1000 140 80 70 710 0 100 0,10

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

Assimilávelmg/kg

A 5,1 4,2 2,0 0,4 0,10 0,06 2,6 0,5 5,0 8,1 32 16 1Bt 4,7 4,4 0,8 0,2 0,05 0,05 1,1 0,5 2,9 4,5 24 31 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A 15,3 1,6 10 169 190 87 8,5 1,51 1,17 3,42Bt 5,8 0,6 10 232 249 115 9,6 1,58 1,22 3,39

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A 1Bt 1

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57 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

CAMBISSOLOS

Compreende solos minerais, com horizonte B incipiente subjacente a qualquer tipode horizonte superficial, inclusive horizonte hístico com espessura inferior a 40cm,constituindo grupamento de solos pouco desenvolvidos. Ou seja, horizontesubsuperficial, subjacente ao A, Ap, ou AB, que sofreu alteração física e químicaem grau não muito avançado, porém suficiente para o desenvolvimento de cor oude estrutura, e no qual mais da metade do volume de todos os subhorizontes nãodeve consistir em estrutura da rocha original. O horizonte B incipiente, para serdiagnóstico, deve ter no mínimo 10 cm de espessura. Foi identificado na área oCambissolo Flúvico Tb Distrófico, típico.

CAMBISSOLOS FLÚVICOS

Compreende solos com horizonte B incipiente, hidromórficos, de textura média atémuito argilosa, argila de atividade baixa e com desenvolvimento de cor e estruturaem caráter incipiente. São moderadamente a imperfeitamente drenados e possuemespessura do solum em torno de 150cm.

Caracterizam-se principalmente pela relação silte/argila relativamente alta, atingindoaté 1,30 no horizonte (Bif), distribuição irregular de argila ao longo dos perfis,espessura de A + B variável de 60 a 150 cm e presença de fragmentos de rochasdecompostas e minerais primários facilmente intemperizáveis. São formados apartir de material sedimentar de natureza areno-argilosa, proveniente de coluviaçãoe deposição nas partes mais baixas.

São, em geral, solos Distróficos, alguns Epiálicos, de baixa fertilidade natural,sendo que algumas áreas destes solos são sujeitas a inundações. Apresenta comocaracterística diferencial o fato de serem imperfeitamente drenados. São solos commosqueados de redução e oxidação, dentro de 100 cm da superfície do solo, masnão apresentam gleização suficiente para caracterizar Gleissolos.

Possuem horizonte A moderado, com espessura de 10 a 25 cm. O horizonte Biapresenta textura média com cascalho ou muito argilosa, com grau de saturaçãopor alumínio variável de 11 a 40%, e saturação por bases de 11 a 41%. Estessolos ocorrem situados em posições fisiográficas de várzeas, em releva plano,classe de declive A, com 0 a 3% de declives, sob vegetação de campo higrófilo devárzea e floresta perenifólia de várzea, sendo mais utilizados com culturas de arroz,milho, feijão e pastagem.

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58 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Representado pelo Cambissolo Flúvico Tb Distrófico típico, ocorre como primeiromembro em associação constituída de Cambissolo Tb Distrófico típico, texturaargilosa/muito argilosa/média, Cambissolo Tb Distrófico típico, textura média comcascalho Epiálico e Gleissolo Háplico Tb Distrófico Alico. Constituindo a unidadede mapeamento CUbd, e como segundo membro associados a Gleissolos Háplico.

PERFIL - 6

NÚMERO DE CAMPO - São Domingos 5 DATA - 02.05.87

CLASSIFICAÇÃO- CAMBISSOLO FLÚVICO Tb Distrófico, típico, textura médiacom cascalho, A moderado, hipodistrófico, epiálico, caulinítico, ácido, fasecampo higrófilo de várzea relevo plano.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - CUbd.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 29’26" S. e 42o 17' 51" W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Área devárzea aplainada, com O a 3% de declive e sob plantio de eucalipto.

ALTITUDE - 810 metros.

LITOLOGIA - Sedimentos coluviais.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Holoceno.

CRONOLOGIA - Quaternário.

MATERIAL ORIGINARIO - Sedimentos areno-argilosos provenientes decoluviação.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Plano.

RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Não aparente.

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59 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DRENAGEM - Moderadamente a imperfeitamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Campo higrófilo de várzea.

USO ATUAL - Plantio de eucalipto.

DESCRITO E COLETADO POR - Osório O.M. da Fonseca, Humberto G. dosSantos, Klaus P. Wittern, Aroaldo L. Lemos e Braz Calderano Filho.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

Ap - O - 25 cm, bruno (1OYR 4/3); franco argilo - arenoso; moderada pequena agrande granular e grãos simples, friável, plástico e pegajoso; transição ondulada eclara (15-30 cm).

Bic - 25 - 45, bruno-amarelado (5YR 5/8); franco argilo-arenoso com cascalho;moderada pequena a grande blocos subangulares; friável, plástico e pegajoso;transição plana e gradual.

Bif - 45 - 85 cm, bruno-amarelado (1OYR 5/6), mosqueado comum, médio egrande e distinto, vermelho (2,5YR 4/6); franco; fraca pequena a grande blocossubangulares; firme, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.

Cf - 85 - 120cm, coloração variegada constituída de amarelo-brunado (1OYR 6/8)e vermelho (2,5YR 4/6); argila; firme, plástico e pegajoso.

Raízes - muitas no Ap, comuns no Bic e Bif e poucas no Cf, com diâmetro de 0,1a 5 cm.

Observações - perfil úmido e molhado no Bif e Cf

Presença de concreções no Bic de diâmetro variável de O , 5 a 2 cm.

Coleta de amostras para determinação da densidade no Ap, Bic e Bif.

Poros comuns pequenos e médios e poucos grandes no Ap e Bic; poros comunspequenos a grandes no Bif; e poucos poros no Cf.

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Análises Físicas e QuímicasPerfil: 6Amostra de laboratório: 87.1246/49Solo: CAMBISSOLO HIDROMÓRFICO Tb DISTRÓFICO EPIÁLICO

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

Ap 0- 25 0 3 97 32 14 20 34 260 24 0,59 1,14 2,56 55Bic - 45 0 10 90 32 20 18 30 0 100 0,60 1,27 2,60 51Bif - 85 0 3 97 30 17 30 23 0 100 1,30 1,26 2,56 51Cf - 120 0 0 100 2 3 38 57 0 100 0,67

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

Ap 4,7 4,1 0, 5 0,18 0,10 0,8 1,1 3,9 5,8 14 58 1Bic 4,8 4,6 0, 2 0,05 0,05 0,3 0,2 2,3 2,8 11 40 2Bif 5,4 5,2 0, 2 0,02 0,05 0,3 0,2 1,0 1,5 20 40 1Cf 5,4 5,5 0, 2 0,03 0,06 0,3 0,2 1,0 1,5 20 40 1

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

Ap 16,4 1,5 11 126 118 79 9,7 1,82 1,27 2,34Bic 5,3 0,7 8 106 105 92 7,9 1,72 1,10 1,79Bif 2,1 0,5 4 155 142 112 9,2 1,86 1,23 1,99Cf 1,5 0,5 3 295 228 266 8,1 2,20 1,26 1,34

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

Ap 2 14,5 8,7Bic 2 12,7 6,3Bif 3 14,0 10,8Cf 4 31,1 33,7

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61 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

AMOSTRA EXTRA - 6

NÚMERO DE CAMPO - Extra 3 DATA - 29.04.87

CLASSIFICAÇÃO - CAMBISSOLO FLÚVICO Tb Distrófico, típico, textura argilosa/muito argilosa/média, A moderado, hipodistrófico, epiálico, caulinítico, ácido,fase campo higrófilo de várzea relevo plano.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - CUbd

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20 28' 35" S. e 42o 17' 44" W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Trincheira emcentro de várzea, com O a 3% de declive e sob pastagem.

ALTITUDE - 790 metros.

LITOLOGIA - Sedimentos coluviais.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Holoceno.

CRONOLOGIA - Quaternário.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Sedimentos argilo-arenosos retrabalhados e transporta-dos das encostas circunvizinhas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Plano.

RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Não aparente.

DRENAGEM - Imperfeitamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta tropical perenifólia de várzea (mata ciliar e desurgente).

USO ATUAL - Pastagem.

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62 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto G. dos Santos, Klaus P. Wittern eOsório O.M. da Fonseca.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

Ap - O - 15 cm, argila.

Bi - 40 - 75 cm, muito argiloso; moderada pequena e média blocos subangularese granular; superfície fosca fraca e pouca.

C1 - 75 - 90 cm, franco argilo-arenoso.

C2 - 120 - 150 cm, franco argilo-siltoso.

Observação - perfil molhado a partir de 90 cm.

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Análises Físicas e Químicas AMOSTRA EXTRA - 6Amostra de laboratório: 87.1262/65Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

Ap 0 - 15 0 0 1000 190 60 220 530 450 15 0,42Bi 40 - 75 0 tr 1000 100 40 240 620 30 95 0,39C1 75 - 90 0 30 970 370 210 180 240 0 100 0,75C2 120 - 150 0 0 1000 80 100 430 390 0 100 1,10

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

Ap 4,2 4,1 1,3 0,6 0,21 0,11 2,2 1,3 6,5 10,0 22 37 2Bi 5,4 4,6 0, 6 0,09 0,06 0,8 0,4 3,7 4,9 16 33 2C1 5,5 4,7 0, 6 0,03 0,05 0,7 0,2 1,3 2,2 32 22 5C2 6,3 6,2 1,0 1,1 0,05 0,10 2,3 0,1 0,7 3,1 74 4 3

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

Ap 23,6 1,6 15 243 207 61 11,4 2,00 1,68 5,33Bi 12,3 0,9 14 282 255 74 11,7 1,88 1,59 5,41C1 1,8 0,4 5 126 113 58 10,1 1,87 1,41 3,05C2 1,3 0,3 4 300 233 130 11,3 2,19 1,61 2,81

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

Ap 1Bi 1C1 2C2 3

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64 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

AMOSTRA EXTRA - 7

NÚMERO DE CAMPO - Extra 9 DATA - 01.05.87

CLASSIFICAÇÃO - CAMBISSOLO FLÚVICO Tb Distrófico, típico, textura argilosa/muito argilosa, A moderado, hipodistrófico, epiálico, caulinítico, ácido, fasefloresta perenifólia de várzea relevo plano.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - CUbd.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 29’37" S. e 42o 17' 54" W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Centro depequena elevação na várzea, com 2 a 3% de decllve e sob cultura de milho.

ALTITUDE - 810 metros.

ILITOLOGIA - Sedimentos coluviais.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Holoceno.

CRONOLOGIA - Quaternário.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Sedimentos retrabalhados e transportados das encostasmais altas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Plano.

RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Não aparente.

DRENAGEM - Moderadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMARIA - Floresta tropical perenifólia de várzea.

USO ATUAL - Culturas de arroz, feijão e milho.

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto G. dos Santos, Osório O. M. daFonseca e Klaus P. Wittern.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 10 cm, argila.

Bi - 40 - 60 cm, muito argiloso.

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Análises Físicas e Químicas AMOSTRA EXTRA - 7Amostra de laboratório: 87.1276/77Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A 0 - 10 0 0 1000 100 90 280 530 350 34 0,53Bi 40 - 60 0 0 1000 10 90 280 620 500 19 0,45

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

A 4,9 4,1 1,8 0,9 0,29 0,12 3,1 1,1 6,7 10,9 28 26 4Bi 5,6 4,5 1,8 1,2 0,07 0,08 3,2 0,4 4,2 7,8 41 11 2

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A 22,5 2,0 11 232 208 63 11,4 1,90 1,59 5,18Bi 8,5 0,9 9 268 248 68 13,0 1,84 1,56 5,72

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A 1Bi 1

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66 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

GLEISSOLOS (G)Solos constituídos por material mineral, com horizonte glei dentro dos primeiros50 cm da superfície do solo, ou entre 50 e 125 cm, desde que imediatamenteabaixo do horizonte A ou E, ou precedido por horizonte B incipiente, B textural ouhorizonte C, com presença de mosqueados abundantes com cores de redução esatisfazendo, ainda, outros requisitos, conforme consta no SiBCS(Embrapa,1999).

Duas classes de Gleissolos (4o nível categórico), constituindo 4 unidades demapeamento, foram identificadas na área, compreendendo o Gleissolo Háplico TbDistrófico típico e o Gleissolo Melânico Tb Distróficos hístico.

Os Gleissolos são permanente ou periodicamente saturados por água, salvo seartificialmente drenados. A água de saturação ou permanece estagnada interna-mente, ou movimenta-se por fluxo lateral no solo. Em qualquer circunstância, aágua do solo pode se elevar por ascensão capilar, atingindo a superfície do mesmo.Estes solos apresentam sérias limitações impostas pela presença de lençol freáticoa pouca profundidade, como aeração inadequada, perda de N mineralizado e aformação de compostos bivalentes de Fe e Mn, os quais são tóxicos (Oliveira,1999). Devido à formação a partir de sedimentos aluviais, os Gleissolos apresen-tam geralmente textura errática ao longo do perfil, às vezes, com variaçõestexturais muito grandes entre os horizontes. A utilização de tais solos exige quesejam drenados, a fim de melhorar as condições de aeração na zona da rizosfera.

São solos inadequados para a construção de aterros sanitários, construções civis ecomo local para recebimento de efluentes, pela inexpressiva zona de aeração e afacilidade de contaminação dos aqüíferos.

GLEISSOLOS HÁPLICOS

Compreende solos hidromórficos, com horizonte glei dentro de 60 cm da superfí-cie e horizonte A orgãnico mineral pouco espesso, de coloração escura e usual-mente com elevados teores de carbono orgãnico e ausência de horizonte E. Ohorizonte glei apresenta cores neutras, com ou sem mosqueados, apresentando emgeral, cores cinzentas e variegadas de diversos matizes.

Estes solos são de argila de atividade baixa, Distróficos e endoálicos, texturamédia/argilosa, mal drenados, com lençol freático próximo à superfície e sujeitos ainundações periódicas.

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67 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

São formadas a partir de sedimentos arena-argilosos recentes, de natureza fluvial,ocorrendo em relevo plano, na classe de declive A e sob vegetação de campohidrófilo de várzea. Parte do material originário destes solos é também provenientede sedimentos fluviais ou colúvio-fluviais, referido ao Holoceno, oriundos dadecomposição de rochas de áreas circunvizinhas, que são transportadas e deposi-tadas ao longo dos cursos d’água.

Apresentam horizonte A moderado, com espessura de 0 a 20cm, cores brunoacinzentadas a pretas (matiz 10YR, valor 3 e croma 4), textura média, com teoresde argila em torno de 290g/kg. O teor de carbono orgânico de 28,8g/kg, CTC de13,0 cmolc/kg de solo, soma de bases de 68 cmolc/kg com saturação de 52%, ealumínio trocável de 0,3cmolc/kg, com saturação de 4%. O pH é de 5,6 sendo,portanto, neutros.

O horizonte Cg apresenta cores acinzentadas com cromas baixos, sendo freqüentea presença de mosqueados e cores variegadas. Possuem textura média a argilosa,com teores variando de 210 a 420g/kg. O grau de saturação por alumínio situa-sede 37 a 53% e a saturação por bases de 32 a 34%. O pH varia de 5,2 a 5,5sendo, portanto, ácidos.

Estes solos ocorrem em posições fisiográficas de várzeas, com relevo plano edeclives de 0 a 2%, condicionando uma má drenagem. A vegetação original é decampo hidrófilo de várzea. São utilizados com culturas de arroz, milho e pastagemplantada.

Esta classe de solo é representado pelo Gleissolo Háplico Tb Distrófico típico,textura média/argilosa epieutrófico, endoálico. Ocorrem como unidade simples(GXbd1) e como membro em associação com Cambissolos Flúvicos TbDistróficos, Gleissolos Melânicos hísticos e Organossolos Háplico Sápricos, nasunidades de mapeamento GXbd2, GMd2 e CUbd. Apresentam limitações ao usode máquinas e implementos em decorrência do lençol freático, o que exigirá,também, seleção de culturas adaptadas ao excesso de água.

GLEISSOLOS MELÂNICOS

Solos com horizonte H hístico, com menos de 40 cm de espessura, ou horizonte Ahúmico proeminente ou chernozêmico. A distinção entre Gleissolo Háplico eGleissolos Melânico é feita através do horizonte A, que no Gleissolo Melânicoapresenta as seguintes características: espessura de 20 cm ou mais; cores preta,

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68 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

cinzenta muito escura ou cinzento-escura e; mais de 4% de carbono orgânico, pelomenos nos primeiros 20 cm.

São, por definição, solos que apresentam características morfológicas, físicas equímicas idênticas ao Gleissolo Háplico, assemelhando-se, também no modo deocorrência, material originário e relevo.

Diferenciando-se do Gleissolo Háplico por apresentarem horizonte A mais espesso,com teores mais elevados de carbono orgânico. São Álicos, em geral muito maldrenados, apresentando lençol freático à superfície, sequência de horizontes dotipo H-Cg e vegetação típica de campo hidrófilo de várzea. São solos relativamenterecentes, pouco desenvolvidos, provenientes de deposição orgânica e de sedimen-tos aluviais, ambos referidos ao Holoceno, possuindo portanto grande variabilida-de espacial. A vegetação dominante na área destes solos é a floresta tropicalperenifólia de várzea, o relevo é plano, a classe de declive é A, com desníveisinferiores a 3%.

O horizonte H possui espessura de 20 cm, cor muito escura a preta, texturaargilosa a muito argilosa, com teores de argila de 570g/kg. O teor de carbonoorgânico é de 85g/kg, CTC de 25,7cmolc/kg de solo, soma de bases de 2,0cmolc/kg com saturação de 8 %, e alumínio trocável de 4,1cmolc/kg, com satura-ção de 67%. O pH é de 4,8 sendo, portanto, moderadamente ácidos.

O horizonte Cg apresenta cores acinzentadas com cromas baixos, sendo freqüentea presença de mosqueados. Possuem textura muito argilosa, com teor de 770g/kg.O grau de saturação por alumínio é de 64% e a saturação por bases 9%. A fraçãoargila tem atividade variando entre 23,37cmolc/kg de argila.

São solos de difícil drenagem devido aos pequenos desníveis em relação aosdrenos naturais. Morfologicamente, estes solos variam bastante de uma gleba paraoutra, encontrando-se intimamente associados aos Organossolos e GleissolosHáplicos.

Esta classe é representada pelo Gleissolo Melânico Distróficos Hístico, álico detextura argilosa/muito argilosa. Apresenta argila de atividade baixa, elevados teo-res de alumínio trocável nas camadas subsuperficiais e baixa saturação de bases.Ocorre como membro principal em associação com Organossolos HáplicosSápricos e com Cambissolos Flúvicos tb Distróficos típicos, estão incluídos nasinidades de mapeamento GMd1 e GMd2.

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69 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Apresentam limitações ao uso de máquinas e implementos agrícolas, em decorrên-cia do lençol freático quase sempre à superfície, durante longo período do ano.Devido à falta de desnível, torna-se mais difícil a drenagem destes solos que a dosGleissolos Háplicos, o que exigirá também, a seleção de culturas adaptadas aoexcesso de água.

PERFIL - 7

NÚMERO DE CAMPO - São Domingos 7 DATA - 02.05.87

CLASSIFICAÇÃO - GLEISSOLO HÁPLICO Tb DISTRÓFICO típico, textura média/argilosa, A moderado, endoálico, caulinítico, ácido, fase campo hidrófilo de várzearelevo plano.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - GXbd

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida,MG. 20o 29' 57" S. e 42o 17' 44" W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Trincheira emcentro da várzea, com 0% a 2% de declive e sob vegetação graminóide.

ALTITUDE - 810 metros.

LITOLOGIA - Sedimentos argilo-arenosos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Holoceno.

CRONOLOGIA - Quaternário.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Sedimentos argilo-arenosos de natureza fluvial ecoluvial.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Plano.

RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Não aparente.

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70 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

DRENAGEM - Mal drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Campo de várzea.

USO ATUAL - Culturas de arroz e milho.

DESCRITO E COLETADO POR - Osório O.M. da Fonseca, Humberto G. dosSantos, Klaus P. Wittern, Braz Calderano Filho e Aroaldo L. Lemos.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 20 cm, bruno-acinzentado muito escuro (12OYR 3/2, úmido e úmidoamassado); franco argiloso; moderada pequena a grande granular; friável, plásticoe pegajoso; transição plana e clara.

Cg1 - 20 - 55 cm, bruno-acinzentado (2,5YR 5/6), mosqueado pouco, pequeno eproeminente, bruno-forte (7,5YR 5/6); franco; fraca pequena a grande blocossubangulares; muito friável, plástico e pegajoso; transição ondulada e clara (50 -60 cm).

Cg2 - 55 - 70 cm, coloração variegada constituída de bruno (1OYR 5/3), bruno-acinzentado muito escuro (1OYR 3/2) e bruno-forte (7,5YR 5/8); franco argiloso;fraca pequena a grande blocos subangulares; plástico e pegajoso; transição plana eclara.

Cg3 - 70 - 85 cm, bruno-acinzentado muito escuro (1OYR 3/2), mosqueadopouco, pequeno e proeminente, bruno-forte (7,5YR 5/6) e comum, médio e distin-to, cinzento (5Y 5/1); argila; fraca pequena a grande blocos subangulares; plásticoe pegajoso; transição ondulada e clara (90 - 95 cm).

Cg4 - 85 - 95 cm, argila.

Raízes - abundantes no A e raras no Cg1, com diâmetro maior que O,1 cm.

Observações - lençol freático a 95 cm da superfície.

O horizonte Cg4 não foi coletado.

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Análises Físicas e QuímicasPerfil: São Domingos 7Amostra de laboratório: 87.1254/57Solo: CAMBISSOLO HIDROMÓRFICO Tb DISTRÓFICO EPIÁLICO

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A1 0- 20 0 1 99 19 18 34 29 22 24 1,17Cg1 - 55 0 3 97 31 19 29 21 18 14 1,38Cg2 - 70 0 1 99 23 19 23 35 33 6 0,66Cg3 - 85 0 tr 100 14 17 27 42 36 14 0,64

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma)

Al3+ H+ Valor T(soma)

(sat de bases)%

S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

A1 5,6 4,7 6,0 0,4 0,28 0,12 6,8 0,3 5,9 13,0 52 4 2Cg1 5,2 4,1 1,3 0,3 0,06 0,07 1,7 1,0 2,6 5,3 32 37 3Cg2 5,2 4,0 1,0 0,2 0,08 0,08 1,4 1,6 2,8 5,8 24 53 7Cg3 5,5 4,1 1,5 0,6 0,12 0,09 2,3 1,4 3,8 7,5 31 38 7

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A1 28,8 2,8 10 146 135 39 10,7 1,84 1,55 5,43Cg1 6,4 0,7 9 131 136 36 11,2 1,64 1,40 5,92Cg2 5,4 0,6 9 190 194 41 10,5 1,67 1,47 7,43Cg3 4,2 0,5 8 206 208 43 11,0 1,68 1,49 7,58

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A1 1Cg1 1Cg2 1Cg3 1

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72 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

AMOSTRA EXTRA - 8

NÚMERO DE CAMPO - Extra 8 DATA - 01.05.87

CLASSIFICAÇÃO - GLEISSOLO MELÂNICO Distrófico Hístico, típico, textura argi-losa/muito argilosa, álico textura argilosa/muito argilosa fase campo hidrófilo devárzea relevo plano.

UNIDADE DE MAPEAMENTO – GMd1

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 28' 57" S. e 42o 7' 53" W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Centro devárzea, com O% a 2% de declive e sob vegetação hidrófila.

ALTITUDE - 810 metros.

LITOLOGIA - Sedimentos argilo-arenosos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Holoceno.

CRONOLOGIA - Quaternário.

MATERIAL ORIGINÁRIO - Sedimentos argilo-arenosos retrabalhados e transporta-dos das partes mais altas.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Plano.

RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Não aparente.

DRENAGEM - Muito mal drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Campo hidrófilo de várzea.

USO ATUAL - Cultura de arroz.

DESCRITO E COLETADO POR - Humberto, Klaus e Osório da Fonseca.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 20 cm, argila.

Cg - 30 - 60 cm, camada gleizada; muito argiloso.

Observação - lençol freático a 30 cm da superfície.

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Análises Físicas e Químicas AMOSTRA EXTRA - 8Amostra de laboratório: 87.1274/75Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

Ap 0 - 20 0 0 1000 70 30 330 570 360 37 0,58Cg 30 - 60 0 0 1000 10 10 210 770 610 21 0,27

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma) Al3+ H+ Valor T

(soma)(sat de bases)

%S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

Ap 4,8 4,1 1,4 0,4 0,06 0,09 2,0 4,1 19,6 25,7 8 67 3Cg 5,0 4,2 1,4 0,2 0,03 0,06 1,7 3,0 13,3 18,0 9 64 23

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

Ap 85 7,8 11 271 237 36 8,9 1,94 1,77 10,33Cg 37,3 3,4 11 336 301 29 11,6 1,90 1,79 16,30

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

Ap 1Cg 1

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74 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

ORGANOSSOLOSOs Organossolos compreendem solos pouco evoluídos, constituídos por materialorgânico proveniente de acumulações de restos vegetais em grau variável dedecomposição, acumulados em ambientes mal a muito mal drenados, ou emambientes úmidos de altitude elevada, que estão saturados com água por poucosdias no período chuvoso. Apresentam horizonte diagnóstico superficial O ou Hhístico, com espessura mínima de 40cm, dentro de 80cm da superfície do solo, oucom no mínimo 30cm de espessura se sobrejacente a contato lítico. São solosmuito mal drenados, com teor de carbono orgânico elevado de 110,1g/kg,capacidade de troca de cátions de 28,6 cmolc/kg de solo, relação C/N alta,densidades baixas e reação ácida, com pH de 4,5, soma de bases de 22 cmolc/kgcom saturação de 8%, e alumínio trocável de 4,7cmolc/kg, com saturação de 68 a77%. São diferenciados por estas características e pelos teores e estágios detransformação da matéria orgânica.

Desenvolvido em ambientes palustres sob condições hidromórficas, característicosde locais deprimidos que permitem a acumulação de resíduos orgânicos sobresedimentos areno-argilosos. Ocorrem na planície de inundação do córrego SãoDomingos, onde as condições de drenagem são restritas, associados aosGleissolos Melânicos e Háplicos.

Limitações inerentes do lençol freático aflorante associado a características quími-cas, como teores elevados de Al+++, impõem sérias restrições ao uso agrícoladestes solos.

AMOSTRA EXTRA - 9

NÚMERO DE CAMPO - Extra 6 DATA - 30.04.87

CLASSIFICAÇÃO – ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico térrico, hístico, texturaargilosa, hipodistrófico, álico, ácido, fase campo hidrófilo de várzea.

UNIDADE DE MAPEAMENTO - OXs.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO E COORDENADAS - Ribeirão São Domin-gos. Município de Santa Margarida, MG. 20o 29' 39 “S. e 42o 17' 39” W. Gr.

SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL - Centro devárzea, com O% a 3% de declive e sob vegetação hidrófila.

Page 78: Boletim de Pesquisa 45 e Desenvolvimento ISSN 1678-0892 · O aproveitamento agrícola racional, de qualquer área, requer a avaliação do recurso solo, em conjunção com os recursos

75 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

ALTITUDE - 800 metros.

LITOLOGIA - Sedimentos argilo-arenosos.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Holoceno.

CRONOLOGIA - Quaternário.

MATERIAL ORIGINARIO - Sedimentos argilo-arenosos e orgânicos.

PEDREGOSIDADE - Não pedregoso.

ROCHOSIDADE - Não rochoso.

RELEVO LOCAL - Plano.

RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Não aparente.

DRENAGEM - Muito mal drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Campo de várzea.

USO ATUAL - Não constatado.

DESCRITO E COLETADO POR - Klaus P. Wittern, Humberto G. dos Santos eOsório O.M. da Fonseca.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA

A - O - 50 cm, franco argiloso.

C - 60 - 90 cm, argila.

Observação - lençol freático na superfície.

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Análises Físicas e Químicas AMOSTRA EXTRA - 9Amostra de laboratório: 87.1270/71Solo:

Horizonte Frações da amostra totalg/kg

Composição granulométrica da terra fina(dispersão com NaOH / calgon)

g/kg Argila Grau de % Silte

Densidadeg/cm3

Porosidade

Símbolo Profundidadecm

Calhaus> 20mm

Cascalho20-2mm

Terra fina< 2mm

Areiagrossa2-0,20mm

Areiafina

0,20-0,05mm

Silte0,05-0,002

mm

Argila< 0,002

mm

dispersaem água

g/kg

floculaçãog/100g

% Argila

Solo Partículas

cm3/100cm3

A 0 – 50 0 0 1000 210 110 280 400 240 40 0,70C 60 – 90 0 0 1000 150 100 330 420 290 31 0,79

HorizontepH (1:2,5) Complexo sortivo

cmolc/kg Valor V 100Al3+ P

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S(soma) Al3+ H+ Valor T

(soma)(sat de bases)

%S+Al 3+

%

assimilávelmg/kg

A 4,4 3,9 1,1 0,9 0,10 0,11 2,2 4,7 21,7 28,6 8 68 2C 4,5 3,9 1,2 0,2 0,02 0,06 1,5 4,9 18,0 24,4 6 77 9

Horizonte C (orgânico) N C

Ataque por H2SO4 (1:1) - NaOH (0,8%)g / k g

S i O 2

Al2O3

S i O 2

R2O3

A l 2 O 3

Fe2O3

F e 2 O 3

livreEquivalente de

CaCO3

g/kg g/kg N SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) g/kg g/kg

A 110 7,5 15 173 169 34 8,6 1,74 1,54 7,78C 75 5,0 15 174 187 23 9,8 1,58 1,47 12,73

Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5) Constantes hídricasHorizonte 100 Na+

C.E. do ← cmolc/kg de TF → g/100g

T%

extratomS/cm25°C

Água% Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3 - CO3 2- Cl - SO4 2- Umidade

0,033 MPaUmidade1,5 MPa

Água disponívelmáxima

A <1C <1

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77 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Legenda de Identificação dos Solos

A legenda de identificação foi organizada em conformidade com o nível domapeamento executado e contém a relação das unidades de mapeamentoidentificadas e delineadas durante o trabalho de campo (Tabela 1). A variabilidadede solos com distribuição irregular, principalmente nas áreas de várzeas, impossibi-litou a delimitação cartográfica e separação de unidades puras, nesse sentido,algumas unidades de mapeamento foram constituídas por associações, compostaspor até três classes de solo. Na composição das associações, foi considerado emprimeiro lugar o componente mais importante, sob o ponto de vista de extensão,usando-se o mesmo critério para os demais componentes da associação. Nalegenda os solos são classificados até o 4º nível categórico (subgrupos), sendoainda caracterizadas a textura, o tipo de horizonte A, e as fases de vegetação erelevo; assim como, a saturação por bases e por alumínio, no quinto nível categó-rico (famílias). Para facilitar a organização, manipulação e interpretação dos dados,as informações cartogáficas foram armazenadas em SIG (Sistema de InformaçãoGeográfica).

Tabela 1 - Legenda do mapa de solos, extensão e distribuição percentual dasunidades de mapeamento. Os valores expostos são aproximados e resultam docálculo de área para cada unidade na escala de 1:10.000, efetuado pelo SIG.

UnidadeSímbolos CLASSES DE SOLOS Área

(ha) %

LVAw1

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Ácrico típico, textura muitoargilosa A moderado, hipodistrófico, álico, caulinítico-oxídico,mesoférrico, ácido,fase floresta tropical perenifólia, relevoondulado. Declive C. P04 campo P02.

LVAd1

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, texturaargilosa, A moderado, hipodistrófico, álico, caulinítico,mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifólia, relevoondulado. Declive D. P02,campo P06.

115,5 15,56

LVAd2

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico Húmico, texturamuito argilosa, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico,ácido, fase floresta tropical perenifólia, relevo ondulado. DecliveC. P01 campo P03.

158,9 21,41

LVAd3

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, texturamuito argilosa, A proeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico,mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifólia, relevo suaveondulado. Declive B. E04, campo P07.

17,5 2,35

LVd2

LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura muito argilosa,A proeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico,ácido, fase floresta tropical perenifólia, relevo ondulado e forteondulado. Declives C, D e E. P03, E01 e 03 campo P04, E01,E02.

65,0 8,76

LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura argilosa/muito

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78 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

LVd1

LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura argilosa/muitoargilosa, A moderado, hipodistrófico, epiálico, caulinítico,mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifólia, relevoondulado e forte ondulado. Declives D e E. E02, campo E02.

167,4 22,56

PAd

ARGISSOLO AMARELO Tb DISTRÓFICO, plíntico, câmbico,textura muito argilosa, A moderado, hipodistrófico, álico,caulinítico, mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifólia devárzea, relevo plano. P05, campo P01.

15,7 2,12

PVd

ARGISSOLO VERMELHO Tb DISTRÓFICO, típico, texturaargilosa/muito argilosa, A moderado, hipodistrófico, álico,caulinítico, mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifólia,relevo suave ondulado. E05, campo E05.

7,8 1,05

CUbd

Associação de CAMBISSOLO FLÚVICO textura argilosa/muitoargilosa/média fase campo higrófilo de várzea e floresta tropicalperenifólia de várzea + CAMBISSOLO FLÚVICO textura médiacom cascalho, epiálico, fase campo higrófilo de várzea ambos,típicos, A moderado + GLEISSOLO MELÂNICO Hístico, texturaargilosa/muito argilosa, álico, fase campo higrófilo de várzea,todos, Tb Distróficos, relevo plano, Declive A. P06,E06,E07,E8campo P05, E03, E09,E8.

76,7 10,34

GXbdGLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico, típico textura média/argilosa,A moderado, endoálico, fase campo hidrófilo de várzea, relevoplano, Declive A. P07, campo P07.

GXbd1

Associação de GLEISSOLO HÁPLICO típico, texturamédia/argilosa, A moderado, endoálico + GLEISSOLO MELÂNICOHístico, textura argilosa/muito argilosa, álico, ambos Tb Distrófico+ ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico, térrico, textura argilosa,álico todos fase campo hidrófilo de várzea, relevo plano, DecliveA. P07,E08,E09, campo P07, E08, E06.

GMd1

Associação de GLEISSOLO MELÂNICO Distrófico Hístico, texturaargilosa/muito argilosa, álico + ORGANOSSOLO HÁPLICOSáprico, térrico, textura argilosa, ambos Tb, álicos, fase campohidrófilo de várzea, relevo plano, Declive A. E09,E08, campoE06, E08.

GMd2

Associação de GLEISSOLO MELÂNICO Tb Distrófico Hístico,textura argilosa/muito argilosa, álico, fase campo hidrófilo devárzea + CAMBISSOLO FLÚVICO Tb Distrófico, típico, texturamédia com cascalho, A moderado, epiálico, fase campo higrófilode várzea e floresta tropical perenifólia de várzea, ambos, relevoplano, Declive A. E07,E08, campo E09, E08.

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79 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

Referências Bibliográficas

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CALDERANO FILHO, B. Visão sistêmica como subsídios para o planejamentoambiental da microbacia do Córrego Fonseca. Tese - Mestrado em Geografia.Departamento de pós-graduação em Geografia, Universidade Federal do Rio deJaneiro, Rio de Janeiro, 2003. 240 p.

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EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos, Rio deJaneiro, RJ. Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, 1979. 1 v.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos, Rio de Janeiro, RJ. Manual demétodos de análise de solo. 2. ed. rev. Rio de Janeiro, 1997. 1 v.

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80 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Critériospara distinção de classes de solos e de fases de unidades de mapeamento: normasem uso pelo SNLCS. Rio de Janeiro, 1988a. 67 p. (EMBRAPA-SNLCS. Documen-tos,11).

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Definiçãoe notação de horizontes e camadas do solo. 2.ed. rev. atual. Rio de Janeiro,1988b. 54 p. (EMBRAPA-SNLCS. Documentos, 3).

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classifica-ção de solos. Rio de Janeiro: Embrapa - CNPS; Brasília, DF: Embrapa SPI, 1999.412 p.

EMBRAPA Solos. Propostas de revisão atualização do Sistema brasileiro de classi-ficação de solos. Rio de Janeiro, 2003. 56 p. (Embrapa Solos. Documentos, 53).Disponível em :h t t p : / / w w w . c n p s . e m b r a p a . b r / s o l o s b r / p d f s /doc53_2003_revisao_sbcs.pdf Acesso em: 14 dez. 2004.

ESTADOS UNIDOS. Department of Agriculture. Soil Conservation Service. SoilSurvey Staff. Soil Survey Manual. Washington, D.C., 1951. 5O3p. (USDA.Agriculture Handbook, 18).

ESTADOS UNIDOS. Department of Agriculture. Soil Conservation Service. SoilSurvey Staff. Soil Taxonomy a basic system of soil classification for making andinterpreting soil surveys. Washington, D.C., 1975. 754 p. (USDA. AgricultureHandbook, 436).

JACOMINE, P. K. T. Conceituação sumária de classes de solos e critérios parasubdividi-las. Rio de Janeiro: EMBRAPA-SNLCS, 1979. 69 p. (Mimeografado).

LEMOS, R. C. de; SANTOS, R. D. dos. Manual de descrição e coleta de solo nocampo. 2.ed. Campinas: SBCS/EMBRAPA-SNLCS, 1982. 46 p.

MUNSELL COLOR COMPANY. Munsell soil color charts. Baltimore, 1954.1 v.

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81 Levantamento Semidetalhado dos Solos da Microbacia do Ribeirão São Domingos, MG

OLIVEIRA, J. B. Solos do Estado de São Paulo: descrição das classes registradasno mapa pedológico. Campinas: IAC, 1999. 112 p. (IAC. Boletim Científico, 45).

REUNIÃO TÉCNICA DE LEVANTAMENTO DE SOLOS, 10., Rio de Janeiro,1979. Súmula ... Rio de Janeiro: EMBRAPA SNLCS, 1979. 83 p. (EMBRAPA.SNLCS. Série Miscelânea, 1).

SCHOBENHAUS, C.; CAMPOS, D. de A.; DERZE, G. R.; ASMUS, H. E., Coord.Geologia do Brasil: texto explicativo do mapa geológico do Brasil e da áreaoceânica adjacente incluindo depósitos minerais, escala 1:2.500.000. Brasília:DNPM, 1984. 501 p.

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ANEXO

Mapa do Levantamento Semidetalhadodos Solos da Microbacia do Ribeirão

São Domingos, Estado de MinasGerais. Escala: 1:10.000.

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$

%

$

$

%

$

%

%

%

%

$

%

%

$

$

%

LVAd1

LVd2

GXbd1

PAd

ÁreaUrbana

LVAw

LVAd2GXbd1

LVd1

CYbdLVAd2

LVd2

LVAd1

LVd1

LVAd2

LVd2

LVAd2

PAd

LVd2

LVAd1

LVd2

LVd1

LVAd2

LVAd2

LVd1

LVd2PVd

LVd1

LVAd1

LVd1

GMd1

LVd1

LVAd1

GXbd2

LVd1

LVAd1

GMd2

# LVd1

LVAd1LVAd2

LVd1

LVAd3

LVd1

LVAd2

#LVAd2

LVAd3

LVAd2

LVd1

CYbd

P1

AE1P2

P3

AE3

P4

AE2

AE4

AE8

AE5P5

AE6

AE9

P6

P7

AE7

A

A

C

B

C

D

B

A

D

A

B

D

C

D

C

A

A

D

C

D

C

BC

B

D

CD

E

C

D

C

D

C

B

A

C

BC

B

E

D

C

C

B

D

C

C

D

EC

B

A

AC

AB

D

C

C

B

D

DC

D

E

D

C

C B

E

D

A

BD

CD

A

C

B

E

D

C

A

D

C

D

E

D

CD

C

D

D

EC

B

D

C

BE

C

C

LVAw- LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Ácrico típico, textura muito argilosa A moderadohipodistrófico, álico, caulinítico-oxídico, mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifóliarelevo ondulado. LVAd1 - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura argilosa, A moderadohipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifóliarelevo ondulado.

LVAd2 - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico Húmico, textura muito argilosa, hipodistróficoálico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifólia, relevo ondulado.

LVAd3 - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura muito argilosa, Aproeminente, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fase floresta tropicalperenifólia, relevo suave ondulado.

LVd2 - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura muito argilosa, A pro- eminente, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fase flores- ta tropical perenifólia, relevo ondulado e forte ondulado.

LVd1 - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura argilosa/muito argilosaA moderado, hipodistrófico, epiálico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fase florestatropical perenifólia, relevo ondulado e forte ondulado.

PAd - ARGISSOLO AMARELO Tb DISTRÓFICO, plíntico, câmbico, textura mui- to argilosa, A moderado, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico, áci- do, fase floresta tropical perenifólia de várzea, relevo plano.

PVd - ARGISSOLO VERMELHO Tb DISTRÓFICO, típico, textura argilosa/muito argilosa, A moderado, hipodistrófico, álico, caulinítico, mesoférrico, ácido, fase floresta tropical perenifólia, relevo suave ondulado.

GXbd1- GLEISSOLO HÁPLICOTb Distrófico, típico, textura média/argilosa, A mo- derado, endoálico, fase campo hidrófico de várzea, relevo plano.

GMd1 - Associação de GLEISSOLO MELÂNICO Distrófico Hístico, textura argilosa/ muito argilosa, álico + ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico, térrico, textura argilosa, ambos Tb, álicos, fase campo hidrófilo de várzea, relevo plano.

CYbd - Associação de CAMBISSOLO FLÚVICO textura argilosa/muito argilosa/ média fase campo higrófilo de várzea e floresta tropical perenifólia de várzea + CAMBISSOLO FLÚVICO textura média com cascalho, epiálico, fase campo higrófilo de várzea ambos, típicos, A moderado + GLEISSO- LO MELÂNICO Hístico, textura argilosa/muito argilosa, álico, fase campo higrófilo de várzea, todos, Tb Distróficos, relevo plano.

GMd2 - Associação de GLEISSOLO MELÂNICO Tb Distrófico Hístico, textura argi- losa/muito argilosa, álico, fase campo hidrófilo de várzea + CAMBISSOLO FLÚVICO Tb Distrófico, típico, textura média com cascalho, A moderado, epiálico, fase campo higrófilo de várzea e floresta tropical perenifólia de vár- zea, ambos, relevo plano.

AMOSTRA EXTRA%

PERFIL$

ESTRADA

ESTRADA CARROÇÁVEL

HIDROGRAFIA

LIMITE DE DECLIVIDADE

LIMITE DE UNIDADE DE MAPEAMENTO

CONVENÇOES

FASES DE DECLIVIDADE

A 0 - 3 %

B 3 - 8 %

C 8 - 15 %

D 15 - 25 %

E 25 - 45 %

F > 45 %

MAPA SEMIDETALHADO DE SOLOS DA

MICROBACIA DO RIBEIRÃO SÃO DOMINGOS100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 m

ESCALA 1:10.000

2004

LEGENDA

GXbd2- Associação de GLEISSOLO HÁPLICO típico, textura média/argilosa, A mo- derado, endoálico + GLEISSOLO MELÂNICO Hístico, textura argilosa/muito argilosa, álico, ambos Tb Distrófico + ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico, térrico, textura argilosa, álico todos fase campo hidrófilo de várzea, relevo plano.

782000

782000

783000

783000

784000

784000

785000

785000

7730

000 7730000

7731

000 7731000

7732

000 7732000

7733

000 7733000

7734

000 7734000

7735

000 7735000