boletim da intercel nº 23

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1 Informativo da Intercel - 17 de maio de 2016 - N23 boletim intercel da pesquisa rejeitada Intercel não aceita empresas listadas por consultoria contratada para fazer a pesquisa salarial para o PCS

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Page 1: Boletim da Intercel nº 23

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Informativo da Intercel - 17 de maio de 2016 - N23

boletim intercel

da

pesquisa rejeitadaIntercel não aceita empresas listadas por consultoria contratada para fazer a pesquisa salarial para o PCS

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A revisão do Plano de Cargos e Salários (PCS) é uma das grandes expectativas dos trabalhadores da Celesc. Contra-tada no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/16, a revi-são busca a correção de uma série de distorções criadas no PCS, além de reenquadrar a carreira dos celesquianos após 10 anos da última revisão.

As demandas dos trabalhadores são amplamente conhe-cidas e foram debatidas em Assembleia Estadual: transfor-mar o piso do ACT em piso do PCS, liberando a progressão para quem ainda permanece nesta faixa; correção da curva salarial e equiparação salarial entre eletricistas e assistentes administrativos.

O Grupo de trabalho ini-ciou o debate ainda em 2015, mas a continuidade das dis-cussões foi prejudicada pela necessidade de uma pesquisa salarial para balizar o novo enquadramento. Nas reuni-ões que seguiram sem a pes-quisa em mão, o que se viu foi uma grande falta de interesse da empresa em que os traba-lhos chegassem a números finais sem a pesquisa salarial. Em fevereiro deste ano a Ce-lesc pediu a paralisação do GT por 30 dias para trabalhar a pesquisa salarial, selecionan-do as informações a serem enviadas à empresa responsá-vel pela pesquisa. Entretanto, contratada pela Celesc, a Hay Group, empresa especializa-da, levou quase dois meses para apresentar os resultados.

Uma nova reunião ocorreu somente no dia 19 de abril de 2016, tendo como pauta a validação do painel de empresas para a pesquisa salarial e a prorrogação do prazo do GT; prazo esse que venceu no dia da reunião. E o que se viu foi uma pesquisa furada.

Os representantes da Celesc apresentaram aos demais membros do GT uma seleção de 17 empresas trabalha-das pela Hay. E aí começaram os problemas. Dentre as 17 empresas, apenas 11 eram do setor elétrico, ou seja, 6 das empresas não guardam nenhuma semelhança com a Celesc, atuando nos setores de alimentos, fundição e celulose. Para piorar, das 11 empresas do setor, apenas uma é pública.

A pesquisa salarial que serviu de base para a construção

do atual PCS, em 2006, tinha como pilar as empresas pú-blicas do Setor Elétrico: Eletrosul, Cemig, Copel e CEEE se somaram a outras 5 empresas do setor naquela pesquisa. E, para nós, não há sentido em fazer um trabalho que não considere estas empresas. Além disso, o número de empre-sas privadas apresentadas na pesquisa, desproporcional ao número de empresas públicas é inaceitável. Sabemos que existe uma variação considerável na composição dos salá-rios dos setores privado e público, onde há ainda o fator de

uma economia instável no momento, que influencia diretamente nos salários e direitos dos trabalhadores.

Os sindicatos que com-põem a Intercel aproveita-ram a reunião da Comis-são de Recursos Humanos (CRH), realizada na última sexta-feira, dia 06, para co-municar ao Diretor de Ges-tão Corporativa e ao Co-ordenador do GT do PCS que não aceitarão a relação das empresas apresentadas pela Celesc para compor o relatório da pesquisa sala-rial. Para a Intercel, a pes-quisa deve ser apresentada nos moldes da pesquisa do PCS 2006, onde temos ma-joritariamente empresas do setor público. A Celesc já se manifestou, afirman-do que não utilizará as em-presas que não são do setor elétrico. Entretanto, conti-

nuará com o trabalho, sem as empresas públicas solicitadas pela Intercel.

Infelizmente, o que aparenta é um descaso da Celesc com um assunto tão importante como a revisão do PCS, que envolve a vida profissional futura de todos os Celesquia-nos. Os sindicatos da Intercel aguardam um retorno com brevidade por parte da empresa para que os trabalhos do GT possam ter continuidade. Entretanto, se solucionado o problema com a pesquisa salarial, será necessário um prazo maior para a conclusão dos trabalhos e emissão do relató-rio final do GT. Prevendo isso, o GT teve o prazo renovado por mais 90 dias.

Fiquem atentos aos boletins e comunicados da Intercel. A união da categoria será fundamental para garantir uma revisão justa do PCS!

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pesquisa rejeitada

Os representantes da Celesc apresentaram aos demais membros do GT uma seleção de 17 empresas

trabalhadas pela Hay. E aí começaram os problemas. Dentre as 17 empresas, apenas 11 eram do setor elétrico. Ou

seja, 6 das empresas não guardam nenhuma semelhança com a Celesc, atuando nos setores de alimentos,

fundição e celulose. Para piorar, das 11 empresas do setor, apenas uma é

pública.

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Intercel não aceita empresas listadas pela consultoria contratada para fazer a pesquisa salarial para o PCS

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Os sindicatos que compõem a Intercel participaram na última sexta-feira, dia 06, de reunião da Comissão de Re-cursos Humanos (CRH) para tratar de uma série de assun-tos importantes da relação de trabalho entre celesquianos e empresa.

Abaixo relatamos o debate e os encaminhamentos.

intercel participa de reuniao da crh~

acidentes de transito

Esta discussão é antiga. Os sindicatos da Intercel cobraram do Diretor uma resposta para a questão de casos judicializados onde não foi aplicada a normativa de acidentes de trânsito. O diretor afirmou que, segundo enten-dimento jurídico da empresa, é impossível retroagir os efeitos da normativa para casos judicializados antes de sua publicação.

A Intercel também cobrou do diretor casos onde o acidente foi judicializado por terceiros e a empresa não se defendeu, gerando cobrança ao trabalhador. O entendimento dos dirigentes sindicais é de que o trabalhador tem que ser enquadrado no que é definido pela normativa. O diretor afirmou que irá verificar o caso e retornará para a Intercel na próxima CRH. Além disso, o Diretor comentou que os casos anteriores, não contemplados pelo texto, podem ser resolvidos em Acordo Coletivo.

incentivo a praticas esportivas

O Diretor de Gestão comunicou aos sindicatos da Intercel que a normativa que regulamenta o benefício do Acor-do Coletivo foi publicada na última semana, contemplando o debate prévio realizado.

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auxilio-creche/baba

Com relação ao pagamento do Auxílio-Creche/babá (conforme relatado no Boletim 22), a empresa informou que devido à parametrização do sistema SAP, que travou o sistema para quaisquer novas implementações até o final de junho, a situação ainda não pode ser corrigida. No entanto, a parametrização para contemplar a reivindicação da Intercel será realizada assim que o sistema for liberado.

auxilio empregado deficiente

A diretoria aceitou incluir no benefício os trabalhadores com visão monocular, conforme decreto estadual. Os sindicatos da Intercel formatarão uma minuta de aditivo ao Acordo Coletivo que será apresentada à empresa.

registro de ponto eletronico

A Intercel cobrou da Diretoria que o registro de ponto eletrônico no tablet seja alternativo e não obrigatório, con-forme previsto no ACT. Segundo relato de trabalhadores, regionais têm determinado que os eletricistas registrem, obrigatoriamente, o ponto no tablet. Um documento da Regional de Rio do Sul, com a orientação, foi apresentado à diretoria, que afirmou não ter orientado a nenhuma regional para proceder desta forma. A Diretoria se compro-meteu a reforçar às regionais que o ponto eletrônico é alternativo e que os trabalhadores não podem ser impedidos de utilizar os outros meios disponíveis para registro de frequência.

concurso publico

Após uma série de questionamentos feitos por candidatos aprovados nos últimos concursos para eletricistas, os sindicatos solicitaram esclarecimentos sobre as chamadas de cadastro reserva dos últimos concursos públicos rea-lizados pela empresa. Segundo explicações da diretoria, as chamadas são feitas pelo cadastro mais antigo, estadual.

atendimento assistencial

Os problemas com o atendimento da Celos nas regionais está perto de um fim. Segundo informações do Diretor de Gestão, a Celesc instituirá uma gratificação aos trabalhadores que realizam o atendimento assistencial, paga pela Celos, bem como o pagamento por parte da Fundação à Celesc das horas à disposição destes trabalhadores. Com o convênio ainda a ser assinado, a Diretoria solicitou um prazo de 2 meses para implementação.

divisor de horas

Os sindicatos novamente relataram problemas com o pagamento de horas quando há mudança na escala de tra-balho dos celesquianos. O problema acontece quando um trabalhador do turno de revezamento (que tem o divisor de horas 180) é deslocado para horário comercial (divisor de horas 200), ou vice-versa. O sistema faz o pagamento de acordo com o divisor em que ele está lotado no momento do fechamento da folha. Os sindicatos reiteraram a necessidade da empresa parametrizar o sistema para que o pagamento reflita a realidade. Além disso, os dirigentes sindicais comentaram sobre a necessidade de rever o prazo para mudança de escalas, que hoje é de 5 dias. Constan-tes modificações têm trazido uma sobrecarga aos trabalhadores que têm suas vidas “bagunçadas” pelas trocas de horários. A Diretoria se comprometeu a encaminhar ao DPTI consulta para corrigir o procedimento.

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Celesc Pública

expediente

Boletim da Intercel é uma publicação da INTERCELJornalista Responsável: Paulo Guilherme Horn (SRTE/SC 3489)

Rua Max Colin, 2368 - Joinville/SC - CEP 89216-000 - Tel: (47) 3028-2161Email: [email protected]

As matérias assinadas não correspondem, necessariamente, à opinião do informativo.

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vale-extra

Problemas com o pagamento de vales-extras por horas trabalhadas fora da jornada também foram debatidos na CRH. Segundo informações, o sistema não soma as horas de excesso geradas antes e depois das 0:00h, pois após esse horário a saída é considerada como uma nova entrada. Assim, o trabalhador que inicia a jornada na noite e ultrapassa a madrugada, adentrando o dia seguinte, não tem recebido o direito. O assunto já havia sido informado ao RH da empresa, que confirmou a prática. Entretanto, informações das regionais de Jaraguá do Sul e Mafra deram conta de que o sistema faz a contabilização para pagamento, independente de dias distintos. A Diretoria solicitou um prazo de 15 dias para verificar e responder à Intercel.

recursos do pcs

A Intercel relatou aos membros da CRH problemas no merecimento do Plano de Cargos e Salários (PCS). A ques-tão engloba trabalhadores do extinto COA, que solicitaram a possibilidade de incluir a capacitação desta atividade nos fatores de merecimento. A Intercel encaminhará à diretoria o detalhamento dos casos.

Com relação aos recursos de demais situações, os trabalhadores devem ficar atentos às datas que a empresa divul-gará nas próximas semanas.

atividades corporativas

A empresa solicitou aos sindicatos da Intercel a inclusão de algumas atividades corporativas que não constam na normativa específica. Celesc Voluntária e Correspondente de Comunicação foram validadas. Para o caso de Agentes de Ouvidoria e Projetos de Eficiência Operacional a Intercel solicitou maiores informações para avaliação.

auxilio-estudante

Os dirigentes sindicais cobram da empresa, inclusive em ação judicial já em curso, que todos os empregados que se inscreveram em 2015 e início de 2016 e não foram contemplados pelo benefício em função do esgotamento do orçamento tenham assegurando o acesso ao auxílio. A empresa propôs um acordo para resolver o empasse. Assim que finalizado o acordo, a Intercel divulgará para que os empregados atingidos procurem o RH.

exames toxicologicos

A Intercel cobrou que a empresa custeie os exames toxicológicos que são obrigatórios para a renovação da Car-teira Nacional de Habilitação (CNH) - categorias C, D e E -, conforme exigido pela Lei 13103/15 (Lei dos Motoristas), sugerindo que seja incluído no convênio da Celos. A empresa vai consultar as áreas envolvidas sobre a possibilidade e retornará o debate na próxima CRH.

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