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ia Abril/Maio de 2011– Ano 04 – Número 30 dos Mosteiros da Ordem da Imaculada Conceição

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Informativo da Congregação

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ia

Abril/Maio de 2011– Ano 04 – Número 30

dos Mosteiros da Ordem da Imaculada Conceição

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“NÓS ESPERÁVAMOS... E JÁ É O TERCEIRO“NÓS ESPERÁVAMOS... E JÁ É O TERCEIRO“NÓS ESPERÁVAMOS... E JÁ É O TERCEIRO“NÓS ESPERÁVAMOS... E JÁ É O TERCEIRO DIA!” DIA!” DIA!” DIA!” –––– pág. 04pág. 04pág. 04pág. 04

(Ir. Mª Auxiliadora do Preciosíssimo Sangue – OIC Presidente da Federação Imaculada Conceição no

Brasil)

“VIVER O EVANGELHO EM “VIVER O EVANGELHO EM “VIVER O EVANGELHO EM “VIVER O EVANGELHO EM FRATERNIDADEFRATERNIDADEFRATERNIDADEFRATERNIDADE

EM FRATERNIDADE ANUNCIAR O EM FRATERNIDADE ANUNCIAR O EM FRATERNIDADE ANUNCIAR O EM FRATERNIDADE ANUNCIAR O EVANGELHEVANGELHEVANGELHEVANGELHO”O”O”O”–––– pág. 06pág. 06pág. 06pág. 06

FICHA DE REFLEXÃO FICHA DE REFLEXÃO FICHA DE REFLEXÃO FICHA DE REFLEXÃO –––– pág. 09pág. 09pág. 09pág. 09 (Frei Estêvão Ottenbreit, OFM – Assistente da Federação Imaculada Conceição no Brasil))

““““O PRAZER E A RESPONSABILIDADEO PRAZER E A RESPONSABILIDADEO PRAZER E A RESPONSABILIDADEO PRAZER E A RESPONSABILIDADE DE NOS ACOMPANHARMOS NA VIDA DE NOS ACOMPANHARMOS NA VIDA DE NOS ACOMPANHARMOS NA VIDA DE NOS ACOMPANHARMOS NA VIDA

CONCEPCIONISTA”CONCEPCIONISTA”CONCEPCIONISTA”CONCEPCIONISTA” cont.cont.cont.cont.–––– pág. pág. pág. pág. 11111111

(Adaptação: Me. Lindinalva de Maria, OIC Salvador - Bahia

Jubileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Jubileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Jubileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Jubileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Antônia de Alencar Antônia de Alencar Antônia de Alencar Antônia de Alencar –––– pág. 15pág. 15pág. 15pág. 15

(Mosteiro de Uberaba/MG )

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NOSSAS IRMÃS VENERÁVEISNOSSAS IRMÃS VENERÁVEISNOSSAS IRMÃS VENERÁVEISNOSSAS IRMÃS VENERÁVEIS–––– pág. 1pág. 1pág. 1pág. 17777

Irmã Maria Antônia de Santana Galvão Mosteiro da Imaculada Conceição –

Piracicaba/SP

MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE BENTO XVIPADRE BENTO XVIPADRE BENTO XVIPADRE BENTO XVI–––– pág. 1pág. 1pág. 1pág. 19999

"O dia esperado chegou! João Paulo II é "O dia esperado chegou! João Paulo II é "O dia esperado chegou! João Paulo II é "O dia esperado chegou! João Paulo II é beato!"beato!"beato!"beato!" pág. 22pág. 22pág. 22pág. 22

II CONGRESSO INTERNACIONAL OFMII CONGRESSO INTERNACIONAL OFMII CONGRESSO INTERNACIONAL OFMII CONGRESSO INTERNACIONAL OFM----OICOICOICOIC–––– pág. pág. pág. pág. 22226666

FELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) FELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) FELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) FELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) –––– pág. pág. pág. pág. 22227777

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““““NÓS ESPERÁVAMOS... E JÁ É O TERCEIRO DIA!” NÓS ESPERÁVAMOS... E JÁ É O TERCEIRO DIA!” NÓS ESPERÁVAMOS... E JÁ É O TERCEIRO DIA!” NÓS ESPERÁVAMOS... E JÁ É O TERCEIRO DIA!”

Ao cair da tarde caminhavam tristes

e abatidos aqueles dois amigos, voltando

para casa. Por que estariam tristes e

abatidos que conversas tinham pelo

caminho?

Falavam dos últimos

acontecimentos: de Jesus de Nazaré que foi

um profeta poderoso em obras e palavra,

diante de Deus e de todo povo: nossos sumos sacerdotes e nossos

chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.

Nós esperávamos que fosse ele quem iria libertar a Israel...

Jesus era o seu líder, fizera bem todas as coisas, e agora

tudo está terminado... o sonho de libertação morreu no Calvário.

Não é assim que também acontece conosco? Quantas vezes

nos esforçamos, tentamos fazer o melhor, nos dedicamos e ao

contrário do esperávamos, vem o fracasso a incompreensão, e tudo

parece perdido.

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Aos dois amigos surge Alguém

que lhes explica as Escrituras e vai-lhes

mostrando começando por Moisés e os

Profetas, que era preciso que o Cristo

sofresse tudo isso e entrasse em sua

glória.

O sofrimento é o grande enigma

de nossas vidas. Por quê? Eram tão bons e lhes sucede essa

desgraça... Não dá pra entender... Fiz tudo o que podia, dei tudo de

mim, e agora? Não há explicação natural para o sofrimento, mas as

Escrituras nos revelam que a dor o sofrimento perfazem o nosso

caminho, do berço ao tumulo ela está ali ao nosso lado caminhando

conosco.

É certo que temos nossas alegrias e até bem grandes, mas

ninguém pode negar que o sofrimento não o surpreenda quando

menos esperado. A única resposta que temos é a fé de que tudo

coopera para o bem daqueles que amam a Deus.

Ir. Maria Auxiliadora do Preciosíssimo Sangue, OIC

Presidente da Federação Imaculada Conceição dos Mosteiros da

Ordem da Imaculada Conceição no Brasil.

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““““VIVER O EVANGELHO EM FRATERNIDADEVIVER O EVANGELHO EM FRATERNIDADEVIVER O EVANGELHO EM FRATERNIDADEVIVER O EVANGELHO EM FRATERNIDADE

EM FRATERNIDADE ANUNCIAR O EVANGELHOEM FRATERNIDADE ANUNCIAR O EVANGELHOEM FRATERNIDADE ANUNCIAR O EVANGELHOEM FRATERNIDADE ANUNCIAR O EVANGELHO””””

Caras Irmãs,

Todas as modalidades de vida consagrada de inspiração

“franciscana” consistem no seguimento do Cristo, pobre e

crucificado, vivendo o seu Evangelho. É isto que prometemos livre

e solenemente quando abraçamos uma das modalidades da vocação

“franciscana”.

Disto trata o capítulo IV das CCGG da OIC. É ponto central da

profissão de fé (oriunda da sua experiência de fé) de São

Francisco: Se Deus é Pai de todos, todos somos irmãos!

Já não importam e contam mais a origem, a cor da pele, a condição

social, a estatura da pessoa, o aspecto físico... Nada! (cf. Art. 102)

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Cada um e cada uma é um dom de Deus (cf. Artigos 99 e 100), um

presente especial que Deus Pai escolheu para juntos vivermos a

mesma vocação. Este é o belo e admirável fundamento da nossa

vida em fraternidade. “A irmã concepcionista, chamada por Deus,

para estar com Cristo e partilhar um mesmo projeto evangélico,

vive em comum com outras irmãs, que a ajudam ao fiel

cumprimento de sua própria vocação pessoal.” (Art. 96)

Esta comunhão com Deus – na qual não só buscamos a realização

da nossa vocação pessoal, mas a realizamos junto com a vocação

das outras irmãs de nossa comunidade -, tem por alicerce:

1. O reconhecimento da vocação como dom de Deus

2. A disposição de seguir o Cristo vivendo o seu Evangelho

3. A prática persistente dos conselhos evangélicos

4. A celebração do mistério da Imaculada Conceição

5. A dimensão contemplativa no silêncio e na escuta

obediente

6. O testemunho apostólico na Igreja e para o mundo

7. A vida em fraternidade, sempre de novo renovada pelo

perdão.

Se eu não estiver enganado, foi o saudoso papa João Paulo II que

começou a dizer que hoje já não basta mais a santidade individual,

mas importa a santidade da fraternidade, a santidade em

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fraternidade. Neste sentido escreve também a Congregação para a

vida consagrada no seu documento intitulado O serviço da

autoridade e da obediência:

“A santidade e a missão passam pela comunidade porque o Senhor

Ressuscitado se faz presente nela e age através dela, tornando

santas e santificando as relações. Não foi Jesus que prometeu de

estar presente onde dois ou três estão reunidos em seu nome? O

irmão e a irmã se tornam assim sacramento de Cristo e do encontro

com Deus, possibilitando concretamente poder viver o

mandamento do amor recíproco. O caminha da santidade se torna

assim percurso para toda a comunidade e que ela realiza em

conjunto. Não apenas caminho de uma pessoa, mas sempre mais

experiência de todas: pela acolhida mútua, pela partilha dos dons,

principalmente pelo dom do amor, do perdão e pela correção

fraterna, na vontade comum de buscar a vontade do Senhor, rico

em graça e misericórdia, pela disponibilidade de um assumir

solidariamente o caminho do outro.”

Sejamos cada vez mais especialistas de comunhão fraterna porque

nisto consiste a nossa grande missão na Igreja e para o mundo!

Frei Estêvão Ottenbreit, OFM Assistente Religioso da Federação Imaculada Conceição

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Graça das Origens Graça das Origens Graça das Origens Graça das Origens –––– 500 anos da Regra OIC500 anos da Regra OIC500 anos da Regra OIC500 anos da Regra OIC

Tema do ano: “Retomar com alegria a missão confiada por Tema do ano: “Retomar com alegria a missão confiada por Tema do ano: “Retomar com alegria a missão confiada por Tema do ano: “Retomar com alegria a missão confiada por

Deus”Deus”Deus”Deus”

Enfoque do mês: Viver o Evangelho em fraternidade. Em Enfoque do mês: Viver o Evangelho em fraternidade. Em Enfoque do mês: Viver o Evangelho em fraternidade. Em Enfoque do mês: Viver o Evangelho em fraternidade. Em

fraternidade anunciar o Evangelhofraternidade anunciar o Evangelhofraternidade anunciar o Evangelhofraternidade anunciar o Evangelho

1. Após a morte de Santa Beatriz:

Todos nós sabemos que Dona Beatriz buscou por muito

tempo solitariamente a realização da inspiração divina, quer

dizer, a fundação de uma nova família religiosa. Porém,

quando o grande sonho estava maduro, imediatamente

juntou ao redor de si, ou melhor, ao redor daquilo que Deus

lhe havia inspirado, outras pessoas com as quais quis

assumir e partilhar a vocação especial de “celebrar” o

mistério da Imaculada Conceição. Graças a esta vontade de

partilhar, a ordem nova, passando por mil dificuldades

iniciais, pôde consolidar-se conforme o desejo da santa

fundadora.

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2. Na Palavra de Deus:

- Mateus 18, 20

- Mateus 7, 3 – 5

- Lucas 22, 32

- 1 João 2, 10 – 11

- 1 Pedro 2, 17

3. Em nossa vida de cada dia:

- Qual é a nossa situação a respeito da escuta, pessoal e

comunitária, da Palavra de Deus?

- Reunimo-nos para ler o Evangelho? Conseguimos

partilhar nossas reflexões e nossas dificuldades?

- Qual a relação de minha comunidade com a Ordem da

Imaculada Conceição, com a Federação, com outros

mosteiros da Ordem?

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O PRAZER E A RESPONSABILIDADEO PRAZER E A RESPONSABILIDADEO PRAZER E A RESPONSABILIDADEO PRAZER E A RESPONSABILIDADE DE NOS ACOMPANHARMOS NA VIDA CONCEPCIONISTADE NOS ACOMPANHARMOS NA VIDA CONCEPCIONISTADE NOS ACOMPANHARMOS NA VIDA CONCEPCIONISTADE NOS ACOMPANHARMOS NA VIDA CONCEPCIONISTA

“Relação entre formação inicial e formação permanente na

vida concepcionista” (Cont.)

Fr. Joxe Mari Arregui, OFM

I.2. Descobrindo a beleza da vocação...

A fraternidade concepcionista tem o prazer de acompanhar as candidatas no próprio descobrimento pessoal, mas não é só isso uma vez que ela é uma fraternidade concepcionista na medida em que busca a Deus, que é todo Bem, o sumo Bem. E esta é a beleza da vida

concepcionista: poder viver e oferece-se a Deus, buscá-lo, adorá-lo. O que podemos oferecer a candidata é que possa descobrir Deus conosco. Descobrir o rosto de Deus, poder suspeitar que Deus é Alguém por quem se pode vender tudo; Alguém que é Pai e que ama ternamente seus filhos; é poder acompanhar nossas jovens candidatas nessa experiência pela qual a pessoa aprende a se encontrar em Deus, em sua Palavra; poder introduzir nossas irmãs candidatas na experiência da oração a Deus, de dia e de noite, ininterruptamente, como modo de viver e experimentar o amor derramado... Este “mundo” de Deus, o mundo do evangelho descoberto por Beatriz da Silva na Igreja, o conhecimento e amor de Jesus Cristo, a quem seguimos em pobreza e humildade, o horizonte da vocação pessoal como chamado para viver a vida até depois da morte, desde

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a experiência da ressurreição... tudo isso é o que a fraternidade concepcionista pode oferecer também às nossas candidatas. A fraternidade concepcionista não oferece nem promete êxitos, nem mesmo uma vida confortável; também não oferece primeiramente “valores” como a pobreza, ou a fraternidade ou a simplicidade...; oferece o que para ela constitui “o tesouro escondido do evangelho”, aquele pelo qual vale a pena vender

tudo, para que possa se dar a Jesus Cristo, ao Filho do Altíssimo e segui-lo. Essa é nossa riqueza e é a herança que Beatriz da Silva nos deixou. A descoberta do evangelho e de Deus que nunca será total porque sempre nos ultrapassa; a realidade do evangelho sempre é mais do que nós podemos descobrir. Por isso, este caminho do descobrimento nos empenha durante toda a vida, desde o primeiro dia do noviciado até o final, até quando entregarmos nossa vida à “irmã morte corporal” e nos empenha com todas as nossas possibilidades. É neste ponto que está nossa grande dedicação: boa formação das candidatas; em poder oferecer-lhes pessoalmente e como fraternidade o testemunho vivo desta convicção; que somos irmãs, arrebatadas pela experiência do evangelho; que por Deus somos capazes de deixar tudo; que Ele centraliza totalmente nossa vida e que assim somos felizes. Oferecer a nossas candidatas, a partir da experiência e com prazer, estas possibilidades, constitui a pedra de toque e a responsabilidade de nossa vocação de irmãs concepcionistas. I.3. Aprendendo a reação com os irmãos

Para que a candidata possa ir descobrindo o projeto de Deus sobre ela mesma e possa descobrir o Deus de Jesus para que possa segui-

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lo, a fraternidade conta com mais uma arma poderosa: a fraternidade, a comunidade, as reações interpessoais. Não oferecemos em primeiro lugar um convento, um lugar; oferecemos irmãs, reações, uma vinculação a pessoas concretas que fizeram e estão fazendo o mesmo percurso da vida e do evangelho, só que vão indo um pouco na frente... Em nossa vida é fundamental o “cuidado mutuo”. Quando São Francisco de Assis pensa na fraternidade, descreve-a a partir das relações entre os irmãos como as de uma mãe com seu filho.

O que está por trás desta imagem maternal da fraternidade? Francisco, com essa intuição do que é verdadeiramente nuclear cristão, joga também aqui com a imagem da criação onde são imprescindíveis uma “mãe” (seio acolhedor) e o Espírito (criador), que é quem possibilita a vida e a própria criação. A fraternidade pode ser compreendida como recriada cada vez graças ao Espírito e graças “mãe” - irmã é o que acolhe a obra do Espírito. Isto dá a entender que a fraternidade além de um grupo que convive, trabalha junto e que ora junto, é um pequeno milagre de Pentecostes diário, onde cada uma nasce para a vida e se sente vivo graças à criação que torna possível em cada um a atitude mais que maternal de cada irmão. Eu posso ser eu mesmo graças ao fato de que cada dia sou recriado pela minha irmã que é como uma mãe que prolonga o diálogo criador de Deus. A irmã é agora o presente que Deus me dá para continuar a me criar, a me fazer, a amadurecer. Assim como um menino recém nascido ainda precisa escutar o diálogo amoroso de seus pais para continuar crescendo, assim a candidata a nossa fraternidade precisa continuar a escutar o diálogo maternal de sua irmã que com sua vida torna possível que eu exista, cresça, ame e viva... Aqui a verdade fundamental é a expressão “quem te crê, te cria”. Crer na irmã, confiar, oferecer-

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lhe nossa amizade e reação, é fundamental e imprescindível para uma boa formação inicial. E este é o empenho e a responsabilidade que as irmãs assumem com a candidata: prestar-lhe o serviço de fazê-la crescer, amadurecer, ajudá-la a ser ela mesma, porque a fraternidade está regida pela lei do amor recíproco e amar é algo mais do que conviver e algo mais do que fazer pequenos presentes em situações extraordinárias. Amar, radicalmente, em sua raiz significa esquecer-se de si mesma, gravar no coração o nome da outra, cuidar do coração carregando a outra nas próprias mãos. Amar é ser respeitoso com a outra; significa viver animada pela pessoa da outra, pela sorte da outra; amar não significa dizer apenas “seja feliz”, nem só dar-lhe coisas... Amar significa que a pessoa com a qual vives durante anos se torne ela mesma, consiga desenvolver o que ela tem que ser desde sempre, segundo Deus. e desabrochar.

Adaptação: Ir. Lindinalva de Maria, OIC

(continua da próxima edição do Boletim)

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JuJuJuJubileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Antônia de bileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Antônia de bileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Antônia de bileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Antônia de Alencar Alencar Alencar Alencar

Dia 10 de Abril de 2011 foi um dia de grande júbilo para a Comunidade Concepcionista e todos fiéis católicos, amigos, amigas e familiares da Ir. Maria Antônia de Alencar, que completou 90 anos de idade, mais de 60 anos de vida religosa, a última das

fundadoras do Mosteiro da Imaculada Conceição da Divina providência e de São José, Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em Uberaba/MG. É praticamente cega, em plena atividade, lançou seus novos trabalhos literários. "A Rainha do Universo", livro e CD; "Deserto Contemplativo", CD e "Uma Alma Celestial". Coroando o evento, a Ir. Maria Antônia, recebeu o Título de Cidadã Uberabense, ofertado pelo Vereador Prof. Godoy, juntamente com o Presidente da Câmara o Vereador Luiz Dutra e o Vice-Prefeito Dr. Paulo Mesquita.

Felicitações a jubilanda, que Deus na sua infinita bondade continue

completando a obra começada.

Com ela cantamos Magnificat!

Deo gratias!

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Jubileu dos 90 anos de idade da Ir. MJubileu dos 90 anos de idade da Ir. MJubileu dos 90 anos de idade da Ir. MJubileu dos 90 anos de idade da Ir. Maria Antônia de Alencar aria Antônia de Alencar aria Antônia de Alencar aria Antônia de Alencar ----

( fotos)( fotos)( fotos)( fotos)

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NOSSAS IRMÃS VENERÁVEISNOSSAS IRMÃS VENERÁVEISNOSSAS IRMÃS VENERÁVEISNOSSAS IRMÃS VENERÁVEIS

IRMÃ BALBINA DE SÃO JOSÉIRMÃ BALBINA DE SÃO JOSÉIRMÃ BALBINA DE SÃO JOSÉIRMÃ BALBINA DE SÃO JOSÉ

Balbina Rodrigues Higuera, nasceu em Madrid no dia 10 de março de 1886. Ingressou na Ordem da Imaculada Conceição em 1919 e professou em 1924. Quando era criança o mosteiro de Madri, mantinha escola para meninas. Nesta escola Balbina foi educada e ali, junto das mestras, nasceu-lhe a vocação concepcionista. O colégio foi fechado no ano de 1966, estabelecendo-se clausura papal, conforme a renovação do Vaticano II. Diz as que conviveram com ela que o silêncio era a sua virtude característica. Sendo uma alma amante da solidão e do silêncio, tinha grande vida interior. Desde que se implantou a república, mostrava muito medo, quanto o futuro. Devido aos acontecimentos a madre reuniu as Irmãs e deu-lhes licença de procurar abrigo perto dos parentes e amigos. Ir. Balbina disse que ficaria com as doentes e idosas. Assim, ela e sua irmã carnal, Ir. Maria da Ascensão, sofreram o martírio! Foram julgadas dignas de derramarem o sangue por amor a Jesus Cristo.

IR. MARIA GUADALUPE DA ASCENSÃOIR. MARIA GUADALUPE DA ASCENSÃOIR. MARIA GUADALUPE DA ASCENSÃOIR. MARIA GUADALUPE DA ASCENSÃO

Nasceu em Madri em 05 de agosto de 1892, entrou para o

convento em 1928, chegando aos Votos Solenes em 1932. Entrou com a idade de 34 anos, pois não pudera antes, uma vez que era a caçula da família por ocasião da morte de sua mãe. No noviciado, era muito simples e obediente e tinha o prazer de agradar em tudo, além de ser muito obediente. Era irmã da Ir. Balbina e nos tempos de perseguição, como conhecia bem Madri e era muito instruída, saia com a madre e levava notícias das Irmãs e distribuía vestes, dinheiro, alimento dentro das parcas possibilidades. Passado algum tempo com os irmãos as duas religiosas, voltaram com a comunidade e ali permaneceram onde Deus lhes preparava a glória do martírio. Atravessaram amargos dias e foram mortas num martírio coletivo.

Irmã Maria Antônia de Santana Galvão Mosteiro da Imaculada Conceição – Piracicaba/SP

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MADRE JOANA ANGÉLICA DE JESUSMADRE JOANA ANGÉLICA DE JESUSMADRE JOANA ANGÉLICA DE JESUSMADRE JOANA ANGÉLICA DE JESUS Todos conhecemos a história de Madre Joana Angélica. A heroína baiana, concepcionista, que deu a vida para defender as suas filhas espirituais do Convento da Lapa, na época da Independência da Bahia. Há um desejo de abrir um processo de Beatificação considerando sua atitude de Mártir da fé. Em uma primeira tentativa de abertura do referido processo, descobrimos que a documentação que temos em mãos não é suficiente, porém, não perdemos de todo a esperança. E vamos fazendo o que nos é possível

para, pelo

menos, torná-la mais e mais conhecida, amada, venerada. Pois bem, recentemente foi construído um mausoléu onde foram depositados os restos mortais de todas as irmãs que estavam enterradas no Convento da Lapa e, claro, da Madre Joana Angélica. Foi inaugurado em 18 de fevereiro deste ano. A iniciativa foi do Paróco da paróquia a que pertence o Convento da Lapa, Monsenhor Aderbal Galvão de Souza, ajudado por uma equipe de fiéis devotos.

Pedimos a todos que continuem rezando por esta causa. Sabemos que é de Deus e vai acontecer no momento certo.

Ir. Lindinalva de Maria, OIC

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MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE BENTO XVIMENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE BENTO XVIMENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE BENTO XVIMENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE BENTO XVI

«In resurrectione tua, Christe, coeli et terra laetentur – Na vossa Ressurreição, ó

Cristo, alegrem-se os céus e a terra» (Liturgia das Horas).

Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro! A manhã de Páscoa trouxe-nos este anúncio antigo e sempre novo: Cristo ressuscitou! O eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos, continua a ressoar na Igreja, que traz viva no coração a fé vibrante de Maria, a Mãe de Jesus, a fé de Madalena e das primeiras mulheres que viram o sepulcro vazio, a fé de Pedro e dos outros Apóstolos. Até hoje

– mesmo na nossa era de comunicações super-tecnológicas – a fé dos cristãos assenta naquele anúncio, no testemunho daquelas irmãs e daqueles irmãos que viram, primeiro, a pedra removida e o túmulo vazio e, depois, os misteriosos mensageiros que atestavam que Jesus, o Crucificado, ressuscitara; em seguida, o Mestre e Senhor em pessoa, vivo e palpável, apareceu a Maria de Magdala, aos dois discípulos de Emaús e, finalmente, aos onze, reunidos no Cenáculo (cf. Mc 16, 9-14). A ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiência mística: é um acontecimento, que ultrapassa certamente a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa nela uma marca indelével. A luz, que encandeou os guardas de sentinela ao sepulcro de Jesus, atravessou o tempo e o espaço. É uma luz diferente, divina, que fendeu as trevas da morte e trouxe ao mundo o esplendor de Deus, o esplendor da Verdade e do Bem.

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Tal como os raios do sol, na primavera, fazem brotar e desabrochar os rebentos nos ramos das árvores, assim também a irradiação que emana da Ressurreição de Cristo dá força e significado a cada esperança humana, a cada expectativa, desejo, projeto. Por isso, hoje, o universo inteiro se alegra, implicado na primavera da humanidade, que se faz intérprete do tácito hino de louvor da criação. O aleluia pascal, que ressoa na Igreja peregrina no mundo, exprime a exultação silenciosa do universo e sobretudo o anseio de cada alma humana aberta sinceramente a Deus, mais ainda, agradecida pela sua infinita bondade, beleza e verdade. «Na vossa ressurreição, ó Cristo, alegrem-se os céus e a terra». A este convite ao louvor, que hoje se eleva do coração da Igreja, os «céus» respondem plenamente: as multidões dos anjos, dos santos e dos beatos unem-se unânimes à nossa exultação. No Céu, tudo é paz e alegria. Mas, infelizmente, não é assim sobre a terra! Aqui, neste nosso mundo, o aleluia pascal contrasta ainda com os lamentos e gritos que provêm de tantas situações dolorosas: miséria, fome, doenças, guerras, violências. E todavia foi por isto mesmo que Cristo morreu e ressuscitou! Ele morreu também por causa dos nossos pecados de hoje, e também para a redenção da nossa história de hoje Ele ressuscitou. Por isso, esta minha mensagem quer chegar a todos e, como anúncio profético, sobretudo aos povos e às comunidades que estão a sofrer uma hora de paixão, para que Cristo Ressuscitado lhes abra o caminho da liberdade, da justiça e da paz. Possa alegrar-se aquela Terra que, primeiro, foi inundada pela luz do Ressuscitado. O fulgor de Cristo chegue também aos povos do Médio Oriente para que a luz da paz e da dignidade humana vença as trevas da divisão, do ódio e das violências. Na Líbia, que as armas cedam o lugar à diplomacia e ao diálogo e se favoreça, na situação atual de conflito, o acesso das ajudas humanitárias a quantos sofrem as conseqüências da luta. Nos países da África do Norte e do Médio Oriente, que todos os cidadãos – e de modo particular os jovens – se esforcem por promover o bem comum e

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construir um sociedade, onde a pobreza seja vencida e cada decisão política seja inspirada pelo respeito da pessoa humana. A tantos prófugos e aos refugiados, que provêm de diversos países africanos e se vêem forçados a deixar os afetos dos seus entes mais queridos, chegue a solidariedade de todos; os homens de boa vontade sintam-se inspirados a abrir o coração ao acolhimento, para que se torne possível, de maneira solidária e concorde, acudir às necessidades prementes de tantos irmãos; a quantos se prodigalizam com generosos esforços e dão exemplares testemunhos nesta linha chegue o nosso conforto e apreço. Possa recompor-se a convivência civil entre as populações da Costa do Marfim, onde é urgente empreender um caminho de reconciliação e perdão, para curar as feridas profundas causadas pelas recentes violências. Possa encontrar consolação e esperança a terra do Japão, enquanto enfrenta as dramáticas conseqüências do recente terremoto, e demais países que, nos meses passados, foram provados por calamidades naturais que semearam sofrimento e angústia. Alegrem-se os céus e a terra pelo testemunho de quantos sofrem contrariedades ou mesmo perseguições pela sua fé no Senhor Jesus. O anúncio da sua ressurreição vitoriosa neles infunda coragem e confiança. Queridos irmãos e irmãs! Cristo ressuscitado caminha à nossa frente para os novos céus e a nova terra (cf. Ap 21, 1), onde finalmente viveremos todos como uma única família, filhos do mesmo Pai. Ele está conosco até ao fim dos tempos. Sigamos as suas pegadas, neste mundo ferido, cantando o aleluia. No nosso coração, há alegria e sofrimento; na nossa face, sorrisos e lágrimas. A nossa realidade terrena é assim. Mas Cristo ressuscitou, está vivo e caminha conosco. Por isso, cantamos e caminhamos, fiéis ao nosso compromisso neste mundo, com o olhar voltado para o Céu. Boa Páscoa a todos!

BENEDICTUS PP XV

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"O dia esperado chegou! João Paulo II é beato!""O dia esperado chegou! João Paulo II é beato!""O dia esperado chegou! João Paulo II é beato!""O dia esperado chegou! João Paulo II é beato!"

A beatificação mais lotada da história Um grande aplauso se estendeu da Praça de São Pedro, passando pela Via da Conciliação e ruas circundantes, até chegar ao Circus Maximus (onde milhares de pessoas acompanharam a cerimônia por meio de telões), quando Bento XVI leu a fórmula da beatificação. "Concedemos que o Venerável Servo de Deus João Paulo II, Papa, de agora em diante seja chamado Beato e que se possa celebrar sua festividade nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo direito, todo ano a 22 de outubro". João Paulo II conseguiu, com a força de um gigante, devolver ao cristianismo seu poder de transformar o mundo e fazer que os cristãos deixassem de ter medo de sê-lo, um "gigante", que dedicou sua vida a uma "causa": "Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!" afirmou o Papa, Bento XVI durante a homilia da cerimônia de beatificação do seu predecessor, na Praça de São Pedro,diante de mais de um milhão de peregrinos vindos do mundo inteiro para a beatificação em Roma, A grande tarefa de João Paulo II, explicou, foi superar a confrontação entre o marxismo e o cristianismo, devolvendo a este último sua força transformadora da sociedade e realizadora das esperanças dos homens. O Papa polonês, afirmou, "abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo, com a força de um gigante - força que lhe vinha de Deus -, uma tendência que parecia irreversível".

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"Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho." Ou seja, "deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem - ‘Redemptor hominis': foi este o tema da sua primeira encíclica e o fio condutor de todas as outras". Karol Wojtyla "subiu ao sólio de Pedro trazendo consigo a sua reflexão profunda sobre a confrontação entre o marxismo e o cristianismo, centrada no homem". "A sua mensagem foi esta: o homem é o caminho da Igreja, e Cristo é o caminho do homem. Com esta mensagem, que é a grande herança do Concílio Vaticano II e do seu ‘timoneiro' - o Servo de Deus Papa Paulo VI -, João Paulo II foi o guia do Povo de Deus ao cruzar o limiar do Terceiro Milênio, que ele pôde, justamente graças a Cristo, chamar ‘limiar da esperança'." O Papa polonês "conferiu ao cristianismo uma renovada orientação para o futuro, o futuro de Deus, que é transcendente relativamente à história, mas incide na história", afirmou. "Aquela carga de esperança que de certo modo fora cedida ao marxismo e à ideologia do progresso, João Paulo II legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituindo-lhe a fisionomia autêntica da esperança, que se deve viver na história com um espírito de ‘advento', numa existência pessoal e comunitária orientada para Cristo, plenitude do homem e realização das suas expectativas de justiça e de paz." Wojtyla e o Vaticano II O Papa Bento XVI quis sublinhar o mérito de João Paulo II de ter aberto as "riquezas do Concílio Vaticano II" a toda a Igreja. O segredo disso, explicou, foi uma profunda devoção mariana que acompanhou toda a vida do novo beato.

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Karol Wojtyla, "primeiro como bispo auxiliar e depois como arcebispo de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e bem sabia que dedicar a Maria o último capítulo da Constituição sobre a Igreja significava colocar a Mãe do Redentor como imagem e modelo de santidade para todo o cristão e para a Igreja inteira". "Foi esta visão teológica que o Beato João Paulo II descobriu na sua juventude, tendo-a depois conservado e aprofundado durante toda a vida; uma visão, que se resume no ícone bíblico de Cristo crucificado com Maria ao pé da Cruz", afirmou o Papa. Recordou as palavras do testamento do seu predecessor, dirigidas pelo cardeal Stefan Wyszyński: "A missão do novo Papa será a de introduzir a Igreja no Terceiro Milênio". João Paulo II acrescentou, a seguir: "Estou convencido de que será concedido ainda por muito tempo, às sucessivas gerações, haurir das riquezas que este Concílio do século XX nos prodigalizou. Como bispo que participou no evento conciliar, desde o primeiro ao último dia, desejo confiar este grande patrimônio a todos aqueles que são e serão chamados a realizá-lo". Bento XVI quis recordar o funeral de João Paulo II, há 6 anos, nessa mesma Praça de São Pedro: "Se a tristeza pela sua perda era profunda, maior ainda se revelava a sensação de que uma graça imensa envolvia Roma e o mundo inteiro: graça esta, que era como que o fruto da vida inteira do meu amado Predecessor, especialmente do seu testemunho no sofrimento". "Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele". Por isso, explicou, "quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato!".

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No final da homilia, o Papa quis dar seu próprio testemunho sobre o novo beato, com quem trabalhou durante mais de 20 anos. "Se antes já tinha tido possibilidades de o conhecer e estimar, desde 1982, quando me chamou a Roma como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pude durante 23 anos permanecer junto dele crescendo sempre mais a minha veneração pela sua pessoa", afirmou. Destacou duas de suas características, como homem de oração e testemunha diante do sofrimento: "Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração: entranhava-se no encontro com Deus, inclusive no meio das mais variadas incumbências do seu ministério". "Depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento: pouco a pouco o Senhor foi-o despojando de tudo, mas permaneceu sempre uma ‘rocha', como Cristo o quis", acrescentou. "A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloqüente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Eucaristia." "Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu - nós te pedimos - a sustentar a fé do Povo de Deus", concluiu.

«São os adoradores silenciosos«São os adoradores silenciosos«São os adoradores silenciosos«São os adoradores silenciosos que preparam o Novo mundoque preparam o Novo mundoque preparam o Novo mundoque preparam o Novo mundo

do Terceiro Milénio.» do Terceiro Milénio.» do Terceiro Milénio.» do Terceiro Milénio.» João Paulo IIJoão Paulo IIJoão Paulo IIJoão Paulo II

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II CONGRESSO INTERNACIONAL OFMII CONGRESSO INTERNACIONAL OFMII CONGRESSO INTERNACIONAL OFMII CONGRESSO INTERNACIONAL OFM----OICOICOICOIC

Na Casa Mãe em Toledo-Espanha nos dias 23 a 29 de maio de 2011 acontecerá o II Encontro das Presidentas das Federações da ordem da Imaculada Conceição, cujo lema é: “Inspiradas, Chamadas, desposadas, no ano jubilar do V centenário da Regra da OIC. Para este encontro foram convocadas todas as Madres Presidentes das Federações OIC e uma delegada por Federação.

A Federação Imaculada Conceição dos Mosteiros da OIC no Brasil será representado pela Vice-Presidente: Me. Lindinalva de Maria e pela secretária federal, como delegada, Ir. Eleusa Maria do Sagrado Coração de Jesus. Este encontro será marcado por momentos de reflexões, estudos e celebrações. Desde já pedimos e contamos com as orações pelo fruto deste II Congresso, para podermos restituir ao Senhor, doador de todos os bens, a graça de nossa Regra cinco vezes centenária. Na próxima edição deste informativo estaremos disponibilizando maiores informações e fotos.

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FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!

Vimos cumprimentar todas as queridas Irmãs que aniversariam no mês de março e abril, pedindo ao Bom Deus, pela intercessão de nossa Mãe Imaculada que cumule a todas com toda a sorte de bênçãos e graças. Felicidades e Santa Perseverança!

MAIOMAIOMAIOMAIO

Aniversário de Profissão ReligiosaAniversário de Profissão ReligiosaAniversário de Profissão ReligiosaAniversário de Profissão Religiosa 01- Irmã Míriam de Jesus (Rio de Janeiro) 01- Irmã Maria Auxiliadora (Macaúbas) 01- Irmã Luzia da Imaculada Conceição (Macaúbas) 01- Irmã Antônia Natalícia Rodrigues (Macaúbas) 01- Irmã Maria Teresinha da Santa Face (Salvador) 01- Irmã Maria Josefina do Menino Jesus (Guaratinguetá) 01- Irmã Míriam Beatriz de Jesus Crucificado (Fortaleza) 01- Irmã Maria José do Menino Deus (Floriano) 03- Irmã Maria Clara do Bom Pastor (Bauru) 03- Irmã Maria Cristina do Precioso Sangue (Fortaleza) 04- Irmã Maria Celina da Santa Face (Sorocaba) 08- Irmã Maria Salete de Sant’Ana (Itu) 10- Irmã Eliana Cristina Lopes (São Paulo) 11- Irmã Maria de Lourdes da Assunção (Guaratinguetá) 18- Irmã Ângela Maria da Eucaristia (Fortaleza) 24- Irmã Maria Auxiliadora da Santíssima Trindade (Salvador) 24- Irmã Maria Cecília Hisayasu (São Paulo) 24- Irmã Mariana de Jesus e da Eucaristia (Fortaleza) 26- Madre Adriana de Na. Sra. do Sagrado Coração (Joinville) 27- Irmã Maria Gil de Jesus Crucificado (Sorocaba) 31- Irmã Maria de São Miguel (Macaúbas) 31- Irmã Maria Joana Angélica de Jesus (Salvador) 31- Irmã Maria Helena da Cruz (Sorocaba) 31- Irmã Maria Madalena da Eucaristia (Itu) 31- Irmã Maria José do Santíssimo Sacramento (Itu) 31- Madre Maria das Graças do Divino Amor (Araguari)

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Aniversário NatalícioAniversário NatalícioAniversário NatalícioAniversário Natalício 02- Irmã Maria Antônia de Santana Galvão (Piracicaba) 04- Madre Maria Aparecida de São José (São Paulo) 08- Irmã Maria Celina da Santa Face (Sorocaba) 08- Irmã Maria Helena da Cruz (Sorocaba) 11- Madre Beatriz Maria de Jesus e da Imaculada (Fortaleza) 11- Irmã Maria Beatrice de Jesus Crucificado (Fortaleza) 13- Irmã Maria Jacinta de São José (Uberaba) 20- Irmã Maria Tereza (São Paulo) 20- Madre Maria Beatriz do Espírito Santo (Ponta Grossa) 23- Madre Maria Imaculada de Jesus Hóstia (Macaúbas) 23- Irmã Maria Aparecida do S. Coração de Jesus (Araguari) 25- Irmã Maria Celina da Santa Face (Fortaleza) 28- Irmã Maria Lúcia da Eucaristia (Uberaba) 28- Irmã Maria Alice de Cristo Rei (Bauru) 30- Irmã Míriam de Jesus (Rio de Janeiro) 30- Irmã Maria Eugênia de São José (Rio de Janeiro) JUNHOJUNHOJUNHOJUNHO Aniversário de ProfiAniversário de ProfiAniversário de ProfiAniversário de Profissão Religiosassão Religiosassão Religiosassão Religiosa 16- Irmã Maria Divina da Imaculada (Caratinga) 24- Madre Maria da Paz (Sorocaba) 29- Irmã Filomena de Jesus Maria José (Macaúbas) 29- Irmã Maria Odete do Menino Jesus (Sorocaba)

Aniversário NatalícioAniversário NatalícioAniversário NatalícioAniversário Natalício 02- Irmã Maria Gil de Jesus Crucificado (Sorocaba) 02- Irmã Maria Imaculada da Divina Providência (Macaúbas) 04- Irmã Maria Zita de Santo Antônio (Salvador) 04- Irmã Maria Odete do Menino Jesus (Sorocaba) 05- Irmã Maria Clara do Bom Pastor (Bauru) 18- Madre Maria do Rosário do Coração de Jesus (Caratinga) 19- Irmã Maria Ângela de Jesus Hóstia (Sorocaba) 25- Madre Maria Terezinha da Sagrada Face (Guaratinguetá) 25- Irmã Maria Lúcia da Sagrada Família (Fortaleza) 27- Irmã Maria Rosalina Pereira Fialho (Caratinga)

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