boletim 59

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Mário Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR 59 informativo boletim SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM Outubro Novembro Dezembro 2011 Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral www.scms.pt Na quadra natalícia e no início do ano de 2012 a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia deseja a Todos (as) Irmãos (as) os maiores votos de Saúde, Paz e Harmonia. A nossa missão é estar sempre ao serviço dos mais carenciados mas, só poderemos combater as dificuldades e as adversidades com o trabalho e o empenho de Todos. Convido-vos a reflectir neste poema de Fer- nanda de Castro in “Natais…Natais”: Natal. Nasceu Jesus. O boi e a ovelha deram-lhe o seu alento, o seu calor. De palha, o berço, mas também de Amor. Desce luz, desce paz de cada telha. Nem um carvão aceso nem centelha de lume vivo. A dor era só dor, até que a mão trigueira dum pastor floriu em pão, em leite, em mel de abelha. Natal. Nasceu Jesus. Dias de festa. Até o cardo é hoje rosa, giesta, até a cinza arde, como brasa. E nós? Que vamos nós dar a Jesus? Vamos erguer tão alto a sua Cruz que não lhe pese mais que flor ou asa.” Agradecemos reconhecidamente a ajuda solidária que recebemos de Todos durante o mês de Dezembro. O nosso fraterno Bem-haja! Editorial “Um menino nos nasceu um filho nos foi dado” é o anúncio de Natal feito pelo profeta Isaías (século VIII antes de Cristo). Conti- nuamos a repeti-lo ao longo dos séculos pela beleza e actualidade que contém. Uma vida que nasce é sempre motivo de encanto e alegria. Mas o nascimento do “Filho”, anunciado por Isaías numa situação dramática, é a promessa de uma grande mudança: a passagem das trevas à luz, da tristeza à alegria, da guerra à paz (Cf Is 9,1-6). Encontramos neste anúncio o sentido profundo e genuíno do Natal: Um descendente de David vem iniciar um mundo novo, uma sociedade onde habita a justiça e a paz, onde se pode viver sem medo, com alegria e liberdade. Acreditamos que esta antiga promessa do profeta Isaías se cumpriu em Jesus Cristo. Ele é o verdadeiro Filho de Deus e Filho do homem que nos foi dado como presente. Veio habitar entre nós para nos conduzir na justi- ça, na solidariedade, na paz e na alegria. A glória de Deus, a Sua ternura e santidade, resplandece no menino que nasce no presépio, na vida que desabrocha para a plenitude dentro do afecto da família de Nazaré. Maria contempla e guarda no coração o mistério, José cuida do menino e de sua Mãe. O anúncio de Natal está associado à comunhão de amor da família, à profundidade e estabilidade da união familiar. Na simpli- cidade e pobreza do presépio nós continuamos a contemplar com alegria a glória de Deus no nascimento de Jesus. São os votos de Natal que apresento aos diocesanos e a todas as pessoas de boa vontade. O Natal é uma promessa orientada para o futuro, para um mundo novo onde habita a paz e a justiça, a fraternidade e a alegria. Cristo, pelo seu nascimento, inaugurou esse mundo novo. Mas a sua realização plena depende da colabo- ração de todos nós. A partir do presépio procuremos construir o Natal na vida. Vamos, portanto, esforçarmo-nos por nascer de novo, despojando-nos do indivi- dualismo, da auto-suficiência, das dependências e comodida- des para nos convertermos à sobriedade, à partilha, ao acolhi- mento, ao amor. Façamos do Natal uma missão. A todos um santo Natal. UM FILHO NOS FOI DADO [ D. Manuel Pelino Domingos BISPO DE SANTARÉM ]

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Boletim 59

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  • Mrio Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR

    59 informativo

    boletim

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARMSANTARMSANTARMSANTARM

    Outubro Novembro Dezembro

    2011

    Distribuio Gratuita | Publicao Trimestral www.scms.pt

    Na quadra natalcia e no incio do ano de 2012 a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericrdia deseja a Todos (as) Irmos (as) os maiores votos de Sade, Paz e Harmonia.

    A nossa misso estar sempre ao servio dos mais carenciados mas, s poderemos combater as dificuldades e as adversidades com o trabalho e o empenho de Todos.

    Convido-vos a reflectir neste poema de Fer-nanda de Castro in NataisNatais:

    Natal. Nasceu Jesus. O boi e a ovelha deram-lhe o seu alento, o seu calor. De palha, o bero, mas tambm de Amor. Desce luz, desce paz de cada telha. Nem um carvo aceso nem centelha de lume vivo. A dor era s dor, at que a mo trigueira dum pastor floriu em po, em leite, em mel de abelha. Natal. Nasceu Jesus. Dias de festa. At o cardo hoje rosa, giesta, at a cinza arde, como brasa. E ns? Que vamos ns dar a Jesus? Vamos erguer to alto a sua Cruz que no lhe pese mais que flor ou asa.

    Agradecemos reconhecidamente a ajuda solidria que recebemos de Todos durante o ms de Dezembro. O nosso fraterno Bem-haja!

    Editorial

    Um menino nos nasceu um filho nos foi dado o anncio de Natal feito pelo profeta Isaas (sculo VIII antes de Cristo). Conti-nuamos a repeti-lo ao longo dos sculos pela beleza e actualidade que contm. Uma vida que nasce sempre motivo de encanto e alegria. Mas o nascimento do Filho, anunciado por Isaas numa situao dramtica, a promessa de uma grande mudana: a passagem das trevas luz, da tristeza alegria, da guerra paz (Cf Is 9,1-6).

    Encontramos neste anncio o sentido profundo e genuno do Natal: Um descendente de David vem iniciar um mundo novo, uma sociedade onde habita a justia e a paz, onde se pode viver sem medo, com alegria e liberdade. Acreditamos que esta antiga promessa do profeta Isaas se cumpriu em Jesus Cristo. Ele o verdadeiro Filho de Deus e Filho do homem que nos foi dado como presente. Veio habitar entre ns para nos conduzir na justi-a, na solidariedade, na paz e na alegria.

    A glria de Deus, a Sua ternura e santidade, resplandece no menino que nasce no prespio, na vida que desabrocha para a plenitude dentro do afecto da famlia de Nazar. Maria contempla e guarda no corao o mistrio, Jos cuida do menino e de sua Me. O anncio de Natal est associado comunho de amor da famlia, profundidade e estabilidade da unio familiar. Na simpli-cidade e pobreza do prespio ns continuamos a contemplar com alegria a glria de Deus no nascimento de Jesus.

    So os votos de Natal que apresento aos diocesanos e a todas as pessoas de boa vontade. O Natal uma promessa orientada para o futuro, para um mundo novo onde habita a paz e a justia, a fraternidade e a alegria. Cristo, pelo seu nascimento, inaugurou esse mundo novo. Mas a sua realizao plena depende da colabo-

    rao de todos ns. A partir do prespio procuremos construir o Natal na vida. Vamos, portanto, esforarmo-nos por nascer de novo, despojando-nos do indivi-dualismo, da auto-suficincia, das dependncias e comodida-des para nos convertermos sobriedade, partilha, ao acolhi-mento, ao amor. Faamos do Natal uma misso.

    A todos um santo Natal.

    UM FILHO NOS FOI DADO

    [ D. Manuel Pelino Domingos BISPO DE SANTARM ]

  • 2

    Editorial 1

    Um filho nos foi dado 1

    Nunca desista dos seus sonhos 2

    UTIS - Feliz Ano Novo 2

    Lar de Idosos - Testemunhos 3

    Natal 4

    Comemorao do Dia Internacional do Voluntariado 4

    Dia Mundial do Animal 4

    Lar de Grandes Dependentes - Festividades de Natal 5

    Reunio da Assembleia Geral 6

    Natal dos Idosos e dos Utentes do CAAS na Santa Casa da Misericrdia de Santarm 7

    Do Ficheiro dos Irmos 7

    Notcias Breves 8

    Obras de Misericrdia - Assistir aos Enfermos 10

    Duque de Palmela 12

    Lar de Idosos - Jantar de Natal 5

    PROPRIEDADE

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARM

    Largo Cndido dos Reis, 17 | 2001-901 Santarm

    Tel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.pt

    DIRECTOR

    Provedor Eng Mrio Augusto Carona Henriques Rebelo

    EDITOR

    Eng Emlia Daniel Leito

    EXECUO GRFICA

    Antnio J. L. Monteiro

    TIRAGEM

    550 ex.

    DEPSITO LEGAL

    112397/97

    PESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PBLICA

    D.R. N 46 - 1 SRIE - D.L. N 119/83, 25-2

    ACABAMENTO E IMPRESSO

    Grfica GALDETE - Santarm

    UTIS

    FELIZ ANO NOVO

    A UTIS Universidade da Terceira Idade de Santarm abriu oficialmente o Ano Lectivo 2011/12 a 26 de Outubro, com a sesso solene de abertura realizada no auditrio da Escola Superior de Sade de Santarm, na presena dos elementos do Conselho de Parceiros e Ncleo Coorde-nador, Coordenador do Conselho Cientfi-co-Pedaggico, professores e alunos.

    O Plano de Actividades para este ano lectivo tem sido concretizado e destaca-ramos aqui algumas das actividades desenvolvidas desde Outubro at Dezem-bro:

    - Um conjunto de visitas histricas nossa cidade, Santarm, que comearam no dia 31 de Outubro ao bairro da Moura-ria; no dia 14 de Novembro ao bairro do Pereiro; e no dia 6 de Dezembro ao bairro da Judiaria. Estas visitas foram guiadas pelo arquitecto Jos Augusto Rodrigues e enquadradas no mbito da disciplina de Pintura, leccionada pela professora Cre-milda Salvador.

    - Visita de estudo fbrica e museu de Cordofones, em Tebosa (Braga), no dia 25 de Novembro, no mbito das disciplinas de Viola e Cavaquinho.

    - Novo Ballet Espanhol, no Casino de Lisboa a 2 de Dezembro, com as turmas de Espanhol.

    -Visita de estudo exposio A Nature-za Morta na Europa, na Fundao Calouste Gulbenkian, e ao Museu do Fado, no dia 10 de Dezembro.

    - Dia 13 de Dezembro, a nossa Festa de Natal, no Teatro S da Bandeira.

    - Dia 14 de Dezembro, o Lanche de Natal partilhado, com troca de presentes.

    De salientar ainda uma actuao da Tuna na Feira Natalis, na FIL, no dia 7 de Dezembro.

    Ao longo do ms de Janeiro a UTIS ter uma visita de estudo a Marvo e partici-par no Concurso de Cultura Geral para sniores O Saber no tem Idade, no Porto.

    At novo encontro ficam os nossos desejos de um 2012 repleto de Sade e Paz.

    NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS

    Nunca desista dos seus sonhos

    Sem sonhos as perdas tornam-se insuportveis,

    As pedras do caminho tornam-se montanhas,

    Os fracassos transformam-se em golpes fatais.

    Mas se voc tiver grandes sonhos

    Os seus erros produziro crescimento,

    Os seus desafios produziro oportunidades,

    Os seus medos produziro coragem.

    Por isso o meu ardente desejo que voc

    NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS

    Augusto Cury

    2012 precisa de pessoas que tenham sonhos de esperana, de humanismo, de soli-dariedade, de justia e de paz para o mundo. Vidas que sejam fermento e luz.

    As conquistas dependem 50% de inspirao, criatividade e sonhos, e 50% de discipli-na, trabalho rduo e determinao. So duas pernas que devem caminhar juntas. Uma depende da outra, caso contrrio os nossos sonhos e projectos tornam-se miragens, e as nossas metas em 2012 no se alcanaro.

    Feliz Ano Novo para todos.

    [ Cristina Jorge ]

    [ Vtor Manuel Alcobia Joo Capelo da Misericrdia ]

  • 3

    No dia 26 de Setembro, conquistmos mais um objetivo antigo no Lar de Idosos, com a boa vontade e generosidade da empresa GOVA de Almeirim, transformmos um recanto de uma das casas de banho num pequeno salo de cabeleireiro. Esta era uma necessidade h muito sentida, que amos contornando com a boa vontade de todos adaptando-nos aos espaos pouco adequados que tnhamos.

    As senhoras foram as mais entusiastas com esta novidade que lhes d possibilidade de manter algumas das rotinas que desfruta-vam antes de virem para o lar e que tanta falta fazem para alimen-tar a auto-estima. Qualquer senhora sabe, como so importantes os dias em que nos dedicamos um bocadinho mais de ateno e

    experimentamos a sensao de nos olharmos ao espelho sen-tindo-nos particularmente bonitas.

    Partilho convosco um dos episdios mais marcantes por mim vividos nesta casa com uma utente que est connosco h 8 anos numa situao de grande dependncia, e que raramente interage ou respon-de a estmulos externos, em que o nico sorriso que lhe vi at hoje foi no dia em que a colaboradora Carmen lhe pin-tou as unhas, e ela passou

    [ Cludia Redol ]

    Como nos alegrou e falando sinceramente digno de ser visto! A Dr. Cludia, de um pequeno cantinho arranjou um salo de cabeleireira com tudo o que necessrio, para que os nossos cabelos possam estar sempre compostos e darem outra vida nossa cara por vezes pouco alegre.

    Obrigado por tudo, creiam isto muito sincero, so estas pequenas coisas que nos ajudam a viver um pouco melhor.

    No posso deixar ainda de agradecer e destacar o trabalho da funcionria Carmen, pois sem ser cabeleireira sempre nos arranjou os cabelos com uma perfeio, que muitas de salo aberto no sabem fazer. J lhe disse muita vez, para seguir esta profisso que to bem desempenha. O nosso salo pequeni-no mas com a boa vontade e qualidade de trabalho o melhor para ns

    Lar de Idosos

    TESTEMUNHOS horas a contemplar a mo que consegue mover.

    No entanto, no posso deixar de referir a pouca sensibilidade e conhecimento de algumas pessoas, acerca da mais valia que so para eles estes pequenos, grandes pormenores que podem efetivamente fazer a diferena e que apesar das evidncias continuam a achar tudo isto um desperdcio de tempo.

    A vida feita de desafios e os mais difceis de superar so tambm os que do maior satisfao. Creio que este seja mais um passo para crescermos enquanto Instituio e acima de tudo que seja mais uma forma de contribuir para a felicidade de quem vive permanentemente nesta casa.

    [ Raquel Madeira Cliente do Lar de Idosos ]

  • 4

    Tanto amou Deus o mundo que lhe deu o seu Filho Tanto amou Deus o mundo que lhe deu o seu Filho Tanto amou Deus o mundo que lhe deu o seu Filho Tanto amou Deus o mundo que lhe deu o seu Filho Jo 3,16Jo 3,16Jo 3,16Jo 3,16

    Esta exploso do amor de Deus, algo que merece ser cele-brado por todo o cristo, por todo aquele que acredita no AMOR.

    isto que durante o ms de Dezembro fizemos na Misericr-dia, no Centro de Dia. Muito antes, nos respectivos ateliers o ambiente que se vivia cheirava a NATAL.

    Preparao dos materiais para a decorao, grande parte deles elaborados pelos utentes, como o Prespio de papel, os enfeites da rvore de Natal, as mensagens dos quadros, a lem-brar o verdadeiro sentido de Natal, frequentemente esquecido na sociedade de consumo em que vivemos. Este foi magistral-mente interpretado na pea de teatro escrita por um utente do CAAS e representada por utentes de ambas as respostas sociais.

    Grande entusiasmo houve para a confeco dos artigos para a Venda de Natal, que neste ano, pela boa localizao da loja e qualidade dos trabalhos realizados pelas diferentes respostas, angarimos 2.087,30

    O dia da festa na Ponta Asseca, muito desfrutaram com os diferentes nmeros apresentados e com o lanche oferecido.

    Um momento importante foi o dia da visita pastoral do Sr. Bispo. Os idosos cantaram para ele Menino Jesus j nasceu em Belm e foram convidados a cantar na Eucaristia de Natal, com grande satisfao para eles.

    No Jantar de Natal a equipa de colaboradoras e voluntrios tudo fizeram com a sua boa disposio e animao, contribuin-do para o desejo de um FELIZ NATAL. Os utentes exprimi-ram essa manifestao da felicidade que viviam.

    Perante isso no pode haver melhor Natal.

    Obrigado a todos os que fazem o possvel para que o NATAL no seja s um dia, e ajudam para que no Centro de Dia encon-trem durante todo o ano a compreenso e carinho que todos precisam.

    NATAL [ Aracely de Miguel ]

    O dia 4 de Outubro, dedicado a So Francisco de Assis, patro-no da ecologia e dos animais. Comemorando-se nesta data o Dia Mundial do Animal.

    Eu tenho o privilgio de partilhar o meu espao com dois ces fantsticos ainda que de personalidades muito distintas. E foi precisamente pela calma e tranquilidade que lhe caracterstica que optei por trazer comigo para o trabalho a Rita, uma caniche branquinha, de forma a assinalar este dia.

    A receptividade superou expectativas, os utentes do Lar de Idosos gostaram da surpresa e quase todos quiseram pegar na Rita que no se fez rogada em receber e dar mimos, fazendo as delcias do grupo. Ao fim do dia estava cansada de andar de colo em colo, num dia diferente para todos, em que mais uma vez, fica reforada a ideia que no preciso grandes feitos para pro-porcionar momentos genunos de alegria, e recordao de quem deixou uma vida para trs ao vir para um lar, incluindo os seus animais de estimao, entregues a familiares ou amigos, e relem-brar histrias particulares e vivncias que s quem tem a expe-rincia de conviver com estes seres fantsticos entende!

    Dia Mundial do Animal [ Cludia Redol ]

    Comemorao do Dia Internacional do Voluntariado

    [ Mafalda Monteiro ] No passado dia 7 de Dezembro de 2011, a Santa Casa da Mise-

    ricrdia de Santarm, assinalou o Dia Internacional do Volunta-riado, com uma palestra designada O Desafio de Ser Volunt-rio. Para a dinamizao da mesma foi convidada a Dr. Elza Chambel, Presidente do Conselho Nacional para a Promoo do Voluntariado.

    A preletora identificou as diferentes atividades que foram dina-mizadas no Ano Europeu do Voluntariado, reforando o impacto que esta atividade tem junto das organizaes e na dinmica de projetos.

    Estiveram presentes quarenta voluntrios e tcnicos da organi-zao, outros elementos da comunidade, assim como represen-tantes da Mesa Administrativa.

    Com esta ao, pretendemos refletir sobre os novos desafios do voluntariado e ainda reforar a importncia que estas aes tm junto dos pblicos alvo das diferentes Respostas Sociais.

    Feliz Ano Novo

  • 5

    Como vem sendo habitual, nesta altura natalcia, promovem-se algumas festas dirigidas ao nosso pblico-alvo.

    No dia 20 de Dezembro, alguns idosos do Lar de Grandes Dependentes, assisti-ram festa de natal, promovida inteira-mente pela Santa Casa da Misericrdia de Santarm, com o apoio do pessoal do Restaurante Ponte DAsseca. Foi uma tarde diferente, muito agradvel! Referiu uma das espectadoras atentas.

    J no dia 22 de Dezembro, a festa ini-ciou-se com a celebrao da Eucaristia, na Igreja de Jesus Cristo. Durante o pero-do da tarde contmos com animao alusiva quadra natalcia. semelhana dos anos anteriores, voltou-se a organi-zar o Jantar de Natal para os idosos do Lar de Grandes Dependentes.

    O corredor da Ala 2 trans-formou-se numa enorme sala de jantar, onde numa mesa corrida se proporcionou uma bela refeio, momentos de alegria e convvio entre os nossos idosos, funcionrias e voluntrios.

    Depois da refeio, foi entregue uma lembrana a todos os idosos!

    No final do convvio os idosos foram unnimes em reconhecer que a festa foi um

    sucesso. E foi um sucesso porque houve uma equipa que se disponibilizou e se envolveu, transformando este dia, num dia diferente e especial.

    assim que ns sentimos o Natal Convvio, alegria, amizade, paz, amor e ddiva!

    Os sonhos de Natal fazem o esprito renascer... Envolvendo-nos com um lao de Esperana e Renovando a Fora e a Coragem de modo a partirmos em busca dos nossos verdadeiros ideais... indo ao encontro da verdadeira misso da Santa Casa da Misericrdia, que passa por pro-mover a melhoria da qualidade de vida e bem-estar de todos aqueles que connos-co esto (utentes, funcionrios, volunt-rios, comunidade em geral).

    Lar de Grandes Dependentes

    Festividades de Natal [ Joana Carreira | Pessoal do LGD ]

    Lar de Idosos

    Jantar de Natal [ Equipa do Lar de Idosos ]

    O poema que este ano serviu de mote noite de Natal do Lar de idosos, fala por si, representando o que se partilha nesta casa, no s nesta altura, mas todos os dias do ano. A noite foi de alegria de quem faz parte integral da vida de cada um.

    Este ano, provavelmente porque o Natal coincidiu com o fim de semana, grande parte dos utentes tiveram a possibilidade de, para alm de festejar internamente, sair e visitar as respetivas famlias, situao que sempre estimulada e d mais emoo a esta poca em que a famlia o ncleo da celebrao.

    Se eu pudesse eu queria a todo o mundo

    dar alegria, Paz, Po, muito Amor e Habita-o.

    Se eu pudesse eu fazia uma grande revo-luo para que ningum passasse fome ou outro tipo de privao.

    Festejaria cada dia como algo especial, reunia as famlias como se faz no Natal.

    Isto tudo e muito mais eu faria se pudes-se, a todos daria Sade para que s alegria houvesse.

    Mas tudo isto Utopia, a realidade bem diferente, no faz mal porm a fantasia, ajuda a gente.

    Nesta poca de famlia, de amor e de alegria, aqui no nosso lar ela existe noite e dia,.

    E para finalizar viemos todas convosco jantar, com o melhor de ns para vos dar.

  • 6

    Reunio da Assembleia Geral Teve lugar no dia 10 de Novembro,

    pelas dezoito horas, a habitual reunio, em segunda convocatria, da Assembleia Geral Ordinria, nos termos que o Com-promisso prev, presidida pelo Coronel Antnio Manuel Garcia Correia, Presiden-te da Mesa da Assembleia Geral, secreta-riado pelos Irmos Eng. Hermnio Fernan-des Martinho e Jorge Paulo Ferreira, a fim de ser posto considerao e votao dos Irmos, o contedo da Convocatria, datada de catorze de outubro de dois mil e onze, cuja Agenda de Trabalhos era a seguinte:

    Ponto Um: Votar o Plano de Atividades Votar o Plano de Atividades Votar o Plano de Atividades Votar o Plano de Atividades e o Oramento para o ano de 2012.e o Oramento para o ano de 2012.e o Oramento para o ano de 2012.e o Oramento para o ano de 2012.

    Ponto Dois: Outros Assuntos.Outros Assuntos.Outros Assuntos.Outros Assuntos.

    O Presidente da Mesa deu incio Assembleia quando eram dezoito horas, com trinta Irmos presentes, os quais saudou e a quem agradeceu a presena.

    Leu a Ordem de Trabalhos e solicitou ao Irmo Antnio Monteiro a leitura da Ata da Assembleia Geral Ordinria anterior - 28 de maro de 2011 - o que foi feito, tendo sido aprovada com vinte e nove votos a favor e uma absteno devido sua ausncia na Assembleia Geral em causa.

    O Presidente da Mesa, antes de iniciar a Ordem de Traba-lhos, props um minuto de silncio de homenagem e em memria dos Irmos, de cujo falecimento se tomou conhecimento, aps a ltima Assembleia Geral, o qual foi respeitado e cujos nomes aqui se indicam:

    - Joo Manuel F. N. Telhada da Silva;

    - Maria do Carmo Lopes Marvo; e

    - Maria Helena Santana Guerra.

    Terminado o minuto de silncio, passou Ordem de Trabalhos, dando a palavra ao Provedor, Eng. Mrio Rebelo, para apre-sentao do Ponto Um: : : : Votar o Plano de Atividades e o Oramento para o ano de 2012.

    O Provedor, atravs de projeo digital, apresentou o Plano de Atividades e Ora-mento para o ano de 2012, o qual fica arquivado em pasta prpria, para arquivo de documentos apresentados nas Assem-bleias Gerais. Salientou o nmero de clientes, objetivos e estrutura das diversas respostas sociais. Referiu as contingncias e dificuldades com que cada uma vem deparando, nomeadamente, as da rea da infncia, provocadas por um lado, pelas polticas governamentais, face s quais se mantm a dvida sobre a sua viabilidade

    concretamente o Centro de Atividades de Tempos Livres, na Quinta do Boial - por outro, pela crise econmico/financeira que o pas vive, a qual forou alguns pais a procurar alternativas, adotando solu-es mais favorveis devido entrada em funcionamento do Centro Escolar Salguei-ro Maia.

    Frisou com nfase, o fato de a crise, nos obrigar a obter os mesmos objetivos, ou at super-los com menos recursos.

    Seguiu-se a anlise do Oramento para 2012, elaborado de acordo com a legisla-o aplicvel, nomeadamente, a delibera-o n. 102/99, do C.D. do Instituto da Segurana Social, I.P. regras de entrega de contas e de oramentos.

    Deixou claro que este um oramento de grande conteno e rigor, prevendo cortes nos gastos e diminuio de alguns rendimentos. O total dos gastos eleva-se a 3.772.524,38, enquanto o total dos rendi-mentos atinge, apenas, 3.776.324,89, gerando um excedente lquido positivo de 3.800,51, caso os rendimentos se mantenham nos valores previstos.

    Os investimentos so praticamente inexistentes, dado a conjuntura atual no nos permitir outra opo.

    Igualmente, por projeo digital do balancete analtico e em comparao com os valores do oramento para 2011, deu a conhecer os valores oramentados para cada uma das contas, sublinhando as mais expressivas.

    Nos gastos com o pessoal com 2.428.297,61, contra 2.491.847,28 em 2011. Nos rendimentos - prestaes de servios com 1.215.943,10 e subsdios explorao com 1.993.062,63, contra 1.096.710,89 e 2.139.844,25, respetiva-mente, em 2011. Note-se que nos subs-dios explorao esto includas as ver-bas abonadas pela Segurana Social com

    base nos Acordos de Cooperao.

    Terminada a interveno do Provedor, o Presidente da Mesa agradeceu e convidou os Irmos a apresentarem quaisquer dvi-das ou pedidos de esclarecimentos. Como ningum se manifestou, convidou o Presi-dente do Conselho Fiscal, Dr. Joaquim Adriano Botas Castanho, a dar a conhecer aos Irmos o contedo do Parecer do respetivo Conselho, sobre o oramento.

    Disse o Dr. Botas Castanho que o Pare-cer do Conselho Fiscal considera o Plano de Atividades e Conta Geral de Explorao Previsional para o Ano de 2012, elaborada de acordo com as normas contabilsticas vigentes, refletindo em termos previsio-nais, valores apurados, tendo em conta

    critrios de prudncia.

    Conclui assim, que o Plano de Atividades e Conta Geral de Explorao Previsional para o Ano de 2012 seja aprovada.

    De novo o Presidente da Mesa solicitou aos Irmos a apresen-tao das suas dvidas ou pedidos de esclarecimentos.

    O Irmo Dr. Joo Peres, elo-giou a forma correta e clara como o Provedor apresentou o Plano de atividades e Conta Geral de Explorao para o Ano de 2012, e aproveitou, para corrigir a data de incio da atividade da Universidade da Terceira Idade (UTIS), o qual no foi em 2006, como se refe-

    riu no Plano de Atividades, mas sim em 2003.

    No houve mais intervenes e o Presi-dente da Mesa submeteu a votao o Plano de Atividades ePlano de Atividades ePlano de Atividades ePlano de Atividades e Oramento para o Oramento para o Oramento para o Oramento para o ano de 2012ano de 2012ano de 2012ano de 2012, ambos aprovados por una-nimidade.

    Passou ento, ao 2. Ponto da Ordem de Trabalhos: Outros assuntos.

    O Provedor deu conhecimento de que, em Assembleia Geral da Campus XXI, S.A., convocada a nosso pedido, foi proposta pelos representantes da Mesa Administra-tiva a sada da Santa Casa da sociedade. Os restantes acionistas no concordaram e em contrapartida, propuseram que a Santa Casa adquirisse a totalidade das aes, pelo preo simblico de um euro por acionista. A Santa Casa manifestou que necessitaria de tempo para examinar a proposta, pelo que, a Assembleia foi suspensa, para continuar na prxima quarta-feira, dia 16 do corrente.

    A Mesria Eng. Emlia Leito, na quali-dade de coordenadora da publicao do Boletim Informativo, pediu aos Irmos a sua colaborao, enviando artigos, not-cias, ideias ldicas, etc. de forma a enri-

  • 7

    quecer o Boletim. Poder-se-ia at, criar no mesmo o Canto dos IrmosCanto dos IrmosCanto dos IrmosCanto dos Irmos, ou A voz A voz A voz A voz dos Irmos dos Irmos dos Irmos dos Irmos ou qualquer outro ttulo, que se adapte s suas intervenes. Pediu tam-bm, ajuda para a rea do voluntariado, em qualquer tarefa. Referiu a abertura das Igre-jas ou outras, pedido que, segundo disse seria bom que chegasse ao conhecimento de todos os Irmos.

    O Irmo Jos Campos Braz interpelou o Provedor, para saber o resultado da corrida de touros, efetuada em setembro, a favor da Santa Casa, bem como, se as obras da

    responsabilidade da concessionria, j foram todas efetuadas.

    O Provedor respondeu, que a corrida deu um saldo positivo de 2.009,50, e as obras esto a ser efetuadas conforme o calend-rio previamente acordado.

    O Irmo Jos Manuel Santos Silva, mani-festou o seu apreo pela dedicao e traba-lho, que a Mesa vem desempenhando em prol da Santa Casa, sugeriu que seja feita uma campanha de angariao de Irmos e props o aumento da quota para dois euros/ms.

    O Irmo Jos Ablio Martins contradisse o Irmo Santos Silva, no tocante ao aumento da quota, por considerar a atual conjuntura desfavorvel a tal proposta.

    O Provedor respondeu que todas as pes-soas que o contactam na Instituio, no saem de l sem serem convidadas a asso-ciarem-se como Irmos.

    No havendo mais assuntos a tratar o Presidente da Mesa deu por encerrada a Assembleia, desejando a todos Boas Festas de Natal e um Bom Ano de 2012.

    DO FICHEIRO DOS IRMOS

    Joo Manuel de Carvalho Ramalho Ribeiro

    Maria Margarida de Jesus Duarte Marcos

    Jos Ribeiro Valbom

    Lus Miguel Silva Santos Nogueira Pires

    __________________________

    No mesmo perodo, chegou ao nosso conhecimento, com muita tristeza e pesar, o falecimento dos seguintes Irmos:

    Joo M F Nogueira Telhada Silva Dr. Armindo Marques Loureno Silva Celso dos Santos Pereira

    Maria do Carmo Lopes Marvo Maria Helena Sant'Ana Guerra

    Que descansem na Paz do Senhor.

    Aos seus familiares apresentamos as nossas condolncias.

    Durante o ano de 2011 foram admitidos os seguintes Irmos da Santa Casa a quem a Misericrdia de San-tarm agradece a sua preciosa colaborao e deseja as maiores felicidades : Francisco Manuel da Silveira Maral Grilo Sofia Isabel Pereira Moreno Joo Pedro Bolota Luis Arnaut Pombeiro Mafalda do Cu Cruz Monteiro

    Elsa Maria Andrade Moreira Neves Carlos Manuel Antunes Almeida Batista Hlder Manuel Loureno Mendes Mendes Maria Margarida P. Salgueiro Coelho dos Reis Maria Fernanda Gomes Diogo Manuel Cotrim Pereira Ana Cludia Redol Gonalves

    Domingos Antnio Amante Caneiras Antnio Carlos Ribeiro da Silva

    [ Cremilda Salvador ]

    NATAL dos idosos e dos utentes do CAAS na Santa Casa da Misericrdia de Santarm

    O Natal j passou, mas o ambiente de festa continua! Sente-se o cheiro a lenha queimada espalhado no ar, o frio convida aos agasalhos, as montras exibem presen-tes e as rvores porta das lojas oferecem brilho e cor; at o sorriso das empregadas nos embeleza o dia, como se todos tivs-semos ganho o euromihes.

    Mas nesta Santa Casa da Misericrdia, o que melhor e mais oferecemos, o que verdadeiramente enriquece os idosos e os utentes do CAAS a partiha do nosso tempo, do gesto de carinho, da palavra inspiradora que brota espontnea do corao e que no custa dinheiro, nem o diminui nos bolsos, mas enriquece o esp-rito e o garante na troca do sorriso de

    gratido que deixa um n na garganta; a melhor forma de pagamento recebida.

    O Natal desta Santa Casa contou com inmeras actividades, que foram da Euca-ristia celebrada pelo Sr. Bispo, ceia melhorada, espaos enfeitados com pre-spios, bolas e luzes, at s lembranas recebidas e doces. No faltou a msica ao vivo na Festa do CAAS, houve conversas e alegria e era visvel a satisfao de todos os participantes.

    Fizeram-se votos de um Ano e Mundo melhor, incutiu-se esperana aos que pouca tm, viveu-se um Natal de afectos e de sonhos.

    A Direco da Mesa Administrativa este-ve presente em todas as iniciativas e comungou do esprito verdadeiramente natalcio: humanismo e solidariedade partilhado com os que mais precisam.

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    NOTCIAS BREVES Relativamente atividade da Mesa Admi-nistrativa (MA) e sua participao na vida sociocultural da cidade e das institui-es, apresentamos algumas das aes onde a mesma se fez representar:

    O Provedor da SCMS esteve, no dia 20 de outubro, acompanhado da Mesria Emlia Leito na Conferncia de Imprensa para a apresentao do II Ciclo dos rgos de Santarm, tendo recebido, posteriormente, o Dr. David Paccetti Cor-reia, director artstico do II Ciclo dos rgos de Santarm. Participou, depois, como orador, na Conferncia-Recital Os rgos Histricos de Santarm e a sua Msica, no mbito das comemoraes dos 300 anos da edificao da S de San-tarm, realizada no dia 19 de novembro, na Igreja da Misericrdia, ao qual se seguiu a execuo da missa do Requiem, de Lorenzo Perosi e participou, ainda na Peregrinao pelos rgos Histricos de Santarm, assistindo a sete miniconcertos. Depois, o Provedor Mrio Rebelo e os Mesrios Emlia Leito, Jos Cunha e Cre-milda Salvador, estiveram presentes no concerto do Conservatrio de Santarm, na Igreja da Graa e na inaugurao do mesmo, no dia 6 de Outubro. Ainda den-tro da mesma temtica, o Provedor Mrio

    Rebelo esteve presente, no dia 4 de dezembro, no concerto dos 6 rgos na Baslica do Palcio Nacional de Mafra. Estiveram presentes no concerto de anga-riao de fundos para a construo da esttua de homenagem Madre Andaluz, o Provedor, Mrio Rebelo e os Mesrios Emlia Daniel Leito, Jos Cunha e Cremil-da Salvador.

    A MA participou, tambm, na missa e na inaugurao da esttua de S. Francisco de Assis e fez-se representar, na apresen-tao do livro Santarm Ilustrado, na Igreja de S. Nicolau e na VI Gala Bernardo Santareno.

    O Provedor Mrio Rebelo e a Secretria Emlia Daniel Leito estiveram na reunio do Conselho de Parceiros da UTIS.

    Ainda relativamente s representativi-dades da SCMS, o Vice-Provedor Lus Valente esteve presente no Plenrio do Conselho Local de Ao Social em que a colaboradora Carla Ferreira apresentou o Projeto Later-Life. Esteve no funeral do ex-Provedor da SCM de Rio Maior, Calado da Maia, nas comemoraes dos 140 anos dos Bombeiros Voluntrios de Santarm, na reunio da Rede Social Plataforma

    Supra Concelhia NUT III Lezria do Tejo e tambm na reunio do Secretariado Regional da UMP no Sardoal.

    O Provedor Mrio Rebelo esteve pre-sente na abertura da Expo Criana, na abertura do ano lectivo 2011/2012 do IPS, na cerimnia de abertura do ano lectivo 2011/2012, da UTIS, na abertura do XXI Festival da Gastronomia, no dia 21de outubro, no almoo da Gastronomia, no dia 22 e no dia 25, no XXIV aniversrio da Casa do Professor.

    A Mesria Cremilda Salvador participou na palestra e exposio relativa a Bernar-do Santareno que se realizou, na Bibliote-ca Municipal de Pernes e ainda na criao de O Cantinho do Cabeleireiro, com o equipamento necessrio para que todos os Clientes possam cortar e arranjar o cabelo. Esteve, ainda, na cerimnia da colocao da 1 pedra para o Centro Esco-lar do Sacapeito; na missa do Dia dos Ido-sos, na Igreja de Santa Clara e na aco de divulgao do Voluntariado que se reali-zou no Jumbo, tendo ainda recebido, no Convento de S. Francisco, os alunos da Universidade da Terceira Idade de Lisboa, onde assistiu atuao da tuna da UTIS.

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    A MA recebeu o Senhor Dr. Antnio Lopes Cardoso, do Gabinete de Apoio s IPSS do Montepio, que foi convidado a visitar as instalaes da SCMS. Recebeu tambm o representante da CNIS, o Senhor Mourinho; os elementos da conce-lhia do Bloco de Esquerda que se vieram inteirar dos problemas prprios deste tipo de instituies, nomeadamente os da SCMS; o Sr. Antnio Palmeira do Jornal O Mirante; os lituanos a quem a SCMS vai fornecer hospedagem; a Terapeuta Ana Maria Costa que vem fazer voluntariado na rea da Terapia da Fala; o Instituto de Soldadura e Qualidade que veio apresen-tar os seus servios; os Bombeiros Volun-trios que vieram apresentar o projecto de Segurana de Incndios e a visita do Governador Rotrio.

    O Provedor recebeu ain-da, elementos dos Servios Sociais da Estao Zootc-nica Nacional que vieram comunicar a sua inteno de iniciar no prximo ano um servio de apoio domi-cilirio aos idosos na rea do Vale de Santarm e Povoa da Isenta e o Eng. Ricardo Ribeiro scio gerente da empresa Desa-fio Informtico que veio apresentar uma nova pro-posta para a colaborao que prestam SCMS.

    O Provedor Mrio Rebelo e o Vice-Provedor Lus Valente receberam, tam-bm, o Dr. Sebastio Barbas que vem colaborar com a SCMS, na rea da Sade.

    O Provedor Mrio Rebelo, o Mesrio Jos Cunha e a Mesria Cremilda Salvador participaram no Encontro de Voluntrios, na SCMS, estando a coordenar as diferen-tes actividades, o grupo do Corao Del-ta e os Escuteiros de Santarm. A Delta ofereceu as t-shirts para a caminhada e mantas polares aos voluntrios.

    O Mesrio Jos Cunha esteve presente na cerimnia evocativa do Centenrio da 1 Constituio da Repblica Portuguesa com a inaugurao da esttua de Ansel-mo Braamcamp Freire e na sesso de lan-amento do Concurso Chapu ModAm-biente. Participou ainda, na reunio do Conselho Fiscal do CNEMA.

    O Provedor Mrio Rebelo e o Vice-Provedor Lus Valente assistiram, na Assembleia da Repblica, s Conferncias Parlamentares do Oramento de Estado 2012 para a Sade, onde foram apresenta-das as directivas para o Servio Nacional de Sade.

    Na Assembleia Geral da Campus XXI, realizada na SCMS, estiveram presentes o Provedor Mrio Rebelo, o Vice-Provedor

    Lus Valente e o Mesrio Joo Pita Soares.

    O Jornal O Ribatejo ofereceu o produ-to da venda do Jornal Solidrio, no dia 15 de dezembro, para o Lar dos Rapazes.

    O Mesrio Casimiro Santos assistiu assinatura do protocolo e apresentao do MBA em Reabilitao, Regenerao e Requalificao Urbana, promovida pela ESAI- Escola Superior de Atividades Imobi-lirias, realizada pela empresa STR-URBHIS, EM, SA, no Salo Nobre da CMS e esteve no funeral do Irmo Celso Pereira Santos.

    As Mesrias Emlia Leito e Cremilda Salvador representaram a SCMS na expo-sio do 1 Atelier da Casa Solidria, na Casa do Brasil.

    A Mesria Emlia Leito foi representar a SCMS, acompanhada da tcnica Ana Pedro do LR, na apresentao do projecto Desporto Solidrio, cujo lucro reverter a favor das trs instituies da cidade que recebem crianas e jovens, em risco. Parti-cipou ainda na Gala de Natal da Federa-o Acadmica de Santarm, na Casa do Campino, sendo que cada participante levou bens alimentares ou roupas de casa, para oferecerem SCMS. Representou a SCMS e a UTIS, na inaugurao da Mostra de Produtos Tradicionais, na Sala Bernar-do Santareno e no II Ciclo de workshops Ambiente e Tradies.

    Por proposta da estagiria Ana Proena, realizou-se a exposio Um olhar sobre o tempo, com os trabalhos desenvolvidos pelos Clientes do Centro de Atendimento e Acolhimento Social (CAAS), na Igreja da Misericrdia.

    O Provedor Mrio Rebelo e a Mesria Cremilda Salvador inauguraram a exposi-o dos trabalhos dos Clientes do CAAS e ainda a venda de Natal.

    A MA esteve presente nas exquias fnebres do Vereador Vtor Gaspar a quem homenageou com um minuto de silncio numa reunio da mesma.

    No concerto em Honra da Padroeira de Santarm, na S, esteve, em representa-o da SCMS o Mesrio Jos Cunha.

    O Vice-Provedor Lus Valente esteve presente na AG da UMP, onde foi discuti-do o Plano de Atividades e Oramento para 2012 que foram aprovados.

    Recebeu-se o Guia Histrico da SCM de Alcobaa.

    No dia 11 de dezembro o Instituto Cul-tural Romeno de Lisboa Concertos Romenos de Natal, organizou um concer-to, com o Grupo Coral Theophilos, na S.

    A SCMS agradeceu os donativos do Programa Comunitrio de Ajuda Alimen-tar a Carenciados 2011.

    No passado dia 7 de dezem-bro, esteve a Dra. Elza Chambel, Presidente da Comisso Nacio-nal do Ano Europeu do Volunta-riado, na SCMS, onde fez uma apresentao sobre voluntaria-do. Estiveram presentes o Pro-vedor Mrio Rebelo, as Mesrias Cremilda Salvador e Emlia Lei-to e o Mesrio Jos Cunha, alm de quase todas as volunt-rias que ofereceram 50 metros de pano para lenis, uma cha-leira e 120 sacos para presentes a distribuir pelos Clientes dos Lares da SCMS.

    O Jornal O Ribatejo trouxe a lume nas suas ltimas edies, artigos divulgando o trabalho

    executado pela SCMS, na comunidade, para chamar a ateno para o dia 15, em que as vendas do Jornal Solidrio reverte-ram a favor da SCMS.

    No dia 13, realizou-se a festa de Natal da UTIS e no dia 14 o lanche de confrater-nizao, onde estiveram presentes as Mesrias Emlia Leito e Cremilda Salva-dor.

    O Vice-Provedor Lus Valente esteve presente, no dia 16 de dezembro, na Assembleia Geral do CNEMA e posterior-mente, na conferncia Das interdies e inabilitaes O Processo, onde a Coor-denadora Maria Jos fez uma interveno, no Palcio da Justia de Santarm.

    O Mesrio Jos Cunha esteve na ESAS, na homenagem ao Eng. Franqueira, ten-do sido plantada uma rvore, nessa oca-sio. Participou tambm na audio do concerto apresentado pelos alunos do Conservatrio de Santarm, dedicado a Nossa Senhora da Conceio, na S.

    O Jornal Correio do Ribatejo realizou a festa do Natal Solidrio, no Cnema, tendo oferecido parte dos donativos, em valores e diversos artigos, SCMS.

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    OBRAS DE MISERICRDIA - Assistir aos enfermos [ Antnio Monteiro ]

    Na senda dos vrios medalhes alusivos s Obras de Misericrdia que se represen-tam na Sala do Definitrio desta Santa Casa, damos agora conta da Obra de Misericrdia Assistir aos enfermosAssistir aos enfermosAssistir aos enfermosAssistir aos enfermos.

    Esta das obras que pela variao dos tempos, dos locais e das pessoas, se foi adequando, segundo a vocao e a capa-cidade logstica prpria de cada institui-o. Tendo como certo que a representa-o mural primitiva das figuras de Cara-vaggio na Igreja de Pio Monte Della Mise-ricordia em Npoles nos transmitida como visitarvisitarvisitarvisitar os enfermos, a mesma designada no Compromisso de 1577 como curarcurarcurarcurar os enfermos o que modifica substancialmente a envolvncia dos meios de actuao.

    Dos oito medalhes existentes no salo nobre da Misericrdia, este , aquele que mais destaque tem tido ao longo dos tempos, no s pela carga temtica envolvida dos cuidados de sade como forma de satisfao de uma necessidade bsica de suporte de vida, mas tambm, como servio de solidariedade na presta-o caritativa, tanto que, j na dcada de 90 a Merck Sharp & Dohme e os Labora-trios Chibret ao tomarem a iniciativa de lanar uma coleco de Estampas de Azulejos do sculo XVIII existentes em Misericrdias Portuguesas, subordinada ao tema assistir aos enfermos, tinham feito uma ampla difuso deste medalho pela classe mdica, como Estampa n 2.

    Da leitura iconogrfica do medalho, verificamos que, tambm este, apresenta uma trade figurativa. A imagem central apresenta-se como um homem deitado, agonizando, de turbante na cabea, cabeceira do qual est uma mulher que lhe estende uma tijela com uma colher e, do lado oposto, uma figura masculina sentada, de leno nas mos, levada em pranto. Ao fundo, uma mesa com um prato de comida, um garfo e uma pea de fruta.

    As roupas que envergam so segundo os trajes da poca de seiscentos, e bem que poderamos ver aqui retratada uma qualquer cena quotidiana passada no Hospital de Jesus Cristo.

    No querendo ser exaustivo, e preten-dendo no recontar uma histria por demais contada j por eminentes e ilus-tres historiadores locais, aqui deixamos um resumo dos principais acontecimen-

    tos que classificamos como essenciais para a histria do Hospital de Jesus Cristo.

    Tendo como objectivo a unificao de todos os hospitais e albergarias, foi este hospital fundado por inteno testamen-tria de Joo Afonso em 26 de Dezembro de 1426 e posteriormente confirmado por D. Joo I em 1431, tendo sido administra-do pelo seu fundador at sua morte. Segundo o Cnego Duarte Dias, o primei-ro Provedor do Hospital de Jesus Cristo, foi Afonso Martins, criado e Vedor de Joo Afonso, tendo a sua administrao sido longa, pois ainda se achava em exerccio em Outubro de 1454.

    Logo aps a sua morte, e segundo man-dava Joo Afonso em seu testamento, a administrao passaria a pertencer a um Provedor e um Escrivo nomeados pelo Ministro da Trindade, o Guardio de S. Francisco, e os Priores de S. Domingos e S Agostinho dos conventos de Santarm.

    Dentro desse perodo de administrao, mais concretamente em 1479, e por ini-ciativa de D. Joo II no sentido de se pro-mover unificao do sistema hospitalar, solicitada ao Papa Xisto IV a anexao de todos os outros pequenos hospitais e albergarias, mas a mesma s teria lugar em 21 de Fevereiro de 1485 pela Bula papal de Inocncio VIII. Como na poca muitas dessas albergarias estavam j extintas, essa a razo porque foram ane-xas apenas 15 que aqui descriminamos: Pedro Escuro, Palhais, Santo Andr, Santa Catarina, Esprito Santo, Inocentes, D. Gaio, Corpo de Deus, S. Braz, S. Gio (S. Julio), S. Martinho, Fiis de Deus, Trinda-de, Alampada, e S. Silvestre. D-se assim incio centralizao hospitalar sonhada por Joo Afonso. O Hospital de S. Lzaro, at ento administrado pelo Senado da Cmara, s viria a ser entregue Miseri-crdia por Filipe II, em Agosto de 1609.

    A 15 de Maio de 1492 lanada a pri-meira pedra para a construo do Hospi-tal de Todos-os-Santos em Lisboa, cujo plano viria a exercer preponderante influncia na remodelao do Hospital de Jesus Cristo e no seu Compromisso.

    de 24 de Junho de 1518 a promulga-o do novo Regimento do Hospital por D. Manuel, com especial cuidado de ade-qu-lo a uma realidade local, posto que teria de ter em ateno a administrao dos bens provenientes dos hospitais e albergarias anexos. Por este Regimento se

    ordena que na enfermaria do Hospital houvesse 14 camas, e como at ali os doentes, homens e mulheres convales-cessem em conjunto, determinava tam-bm que, se fizessem duas enfermarias e se dividissem as camas pelas duas casas, para acabar de vez, com aquilo que pare-cia a D. Manuel, uma grande promiscuida-de. Mandava ainda que, noutras casas trreas, houvesse mais 24 camas para pedintes andantes, mais 6 camas para pessoas honradas, como clrigos, romei-ros, religiosos ou pessoas passantes que ali pedissem abrigo. Finalmente, ordena-va que houvesse boticaboticaboticabotica (farmcia), que para alm das drogas comuns, tivesse tambm para o tratamento dos enfermos: ameixas, passas, lentilhas, amndoas, acar branco e amarelo, mel rosado, gua destilada, e tudo o mais que fosse necessrio. E que todos estes compostos fossem fornecidos pelo BoticrioBoticrioBoticrioBoticrio, o qual fosse pessoa de bem.

    Em 1531, a administrao do Hospital passa para as mos da Congregao de So Joo Evangelista por solicitao de D. Joo III (a exemplo do que vinha suceden-do no Hospital de Todos-os-Santos em Lisboa), solicitao essa, aceite pela referi-da instituio na sua reunio capitular. Cinco anos depois, e por carta rgia de 26 de Maro, passa a orientar-se pelo Regi-mento do dito hospital de Todos-os-Santos.

    a partir de 20 de Maro de 1567 que, atravs do Alvar de D. Sebastio no tem-po da regncia do cardeal-rei D. Henri-que, feita a entrega Mesa da Santa Casa, a gesto do Hospital de Jesus Cristo, at a assumida pelos cnegos da Congre-gao de S. Joo Evangelista, pelo facto de se verificarem demasiadas irregulari-dades na sua administrao. Trinta anos mais tarde, volta administrao dos padres de Santo Eli da mesma Congre-gao de So Joo Evangelista, por Alvar de Filipe I passado em 1597.

    [] necessrio socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor Jesus,

    porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada dar do que receber. - Actos 20, 35Actos 20, 35Actos 20, 35Actos 20, 35

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    A adaptao de novos regula-mentos para o dito hospital seria uma constante, pois data-do de 8 de Junho de1577, con-firmado e passado por D. Sebastio o Alvar de 8 de Julho vem estabelecer um novo Regimento. Esse mesmo regimento seria ainda objecto de revises em 1586 sendo Provedor Rui Telles de Meneses e em 10 de Maio de 1597 por alvar passado por Filipe I.

    de 25 de Junho de 1608 a proviso de Filipe II, em que a Santa Casa da Misericrdia aceita voltar administrao do Hospital de Jesus Cristo, administrao essa que s deixaria no ltimo quartel do sculo XX.

    No minimizando a importncia que tem a histria do hospital de Jesus Cristo, bem mais relevante nos parece, falar das pessoas que durante quase seis sculos levaram a cabo esse dever inquestionvel do amparo aos mais necessitados, no tratamento das suas dores e das suas doenas naquele estabelecimento assis-tencial, algumas das quais podemos refe-renciar como: o padre-cura, o mdico, o cirurgio, o sangrador, o escrivo, o con-tador, o boticrio, o enfermeiro, o hospi-taleiro, o porteiro, o cozinheiro, o azemel, os moos das portas, o criado da cozinha, a Ama da Roda, o sacristo, a Mestra dos Expostos, a servente das mercearias, o barbeiro, e finalmente o Capelo.

    Sobre essas pessoas, desde logo o testa-mento de Joo Afonso mandava que existisse no hospital pessoal qualificado e que fossem homens de bem no trata-mento dos enfermos.

    O FsicoFsicoFsicoFsico (mdico) teria a obrigao de visitar os doentes pelo menos 2 vezes por dia, tendo de ordenado anual 2 moios de trigo e um de cevada. Igualmente, haveria um CirurgioCirurgioCirurgioCirurgio que venceria anualmente 30 alqueires de trigo e mil reis, com obri-gao de tambm visitar os doentes 2 vezes por dia. O EnfermeiroEnfermeiroEnfermeiroEnfermeiro, recebia 2.000 ris, 40 alqueires de trigo, 3.000 ris e 1 moio de trigo, sendo que como Hospita-Hospita-Hospita-Hospita-

    leiroleiroleiroleiro receberia o equivalente a essa rao e aposentadoria no hospital.

    Havia um EscrivoEscrivoEscrivoEscrivo que, sendo em regra de nomeao rgia, era encarregado de todos as demandas, escrituras de contra-tos respectivos ao hospital, recebendo das partes o mesmo que levassem os escrives e tabelies; faria os testamentos dos enfermos e tinha a seu cargo toda a restante escriturao do hospital. Recebia de ordenado anual 3 moios e 50 alqueires de trigo, ou 2 moios e 50 alqueires de cevada e 2.400 ris e 1 porco. O Procura-Procura-Procura-Procura-dordordordor era tambm de nomeao rgia, ten-do de ordenado anual 3.000 ris.

    Quanto ao acompanhamento espiritual, o Capelo,Capelo,Capelo,Capelo, que fazia a administrao dos Sacramentos aos enfermos no hospital, era da escolha do Provedor com respecti-va licena do Vigrio. Era autorizado a fazer os testamentos aos enfermos tendo f como tabelio pblico. Encomendaria os que falecessem se tivesse autorizao. Recebia de ordenado 30 alqueires de trigo anualmente.

    Havia tambm um CompradorCompradorCompradorComprador, que tinha de ordenado anual 2.000 ris e uma rao de 4 pes, um arrtel de carne e meia canada de vinho por dia.

    Havia ainda uma cozinheiracozinheiracozinheiracozinheira, uma amas-amas-amas-amas-sadeirasadeirasadeirasadeira, um porteiroporteiroporteiroporteiro. O porteiro, alm das suas habituais funes tinha o encargo de citar os devedores ao hospital, como o caso dos foreiros. Tinha de ordenado anual um moio e 45 alqueires de trigo, 15

    alqueires de cevada e 1.000 ris. Estes empregados meno-res e os que fossem necessrios, eram da escolha do Prove-dor, que lhes paga-ria como mereces-sem, e ao receberem o cargo jurariam os Evangelhos por bem servirem.

    O Hospital fechava s Av-Marias e no abria mais, seno pela manh. O en-carregado da chave

    era o MordomoMordomoMordomoMordomo ou o Hospitalei-Hospitalei-Hospitalei-Hospitalei-rorororo.

    Em paralelo, e em 1615, funda-se o Hospital dos Incurveis por inteno testamentria de Pedro Correia de Andrade, na Travessa da Misericrdia, em casas contguas s da Santa Casa, a qual passou a adminis-trar.

    Para quem se dedique ao estu-do do tema, tem grande interes-se a descrio pormenorizada da vida neste hospital no pero-do de 1811-1813, que se encon-tra numa publicao de 1832 de John Gordon Smith.

    Depois da extino das ordens religio-sas e dado que o espao que o hospital de Jesus Cristo ocupava era considerado exguo e sem possibilidade de expanso por se situar intra-muros, e pretendendo-se proceder sua ampliao, toma-se a deciso de o instalar num dos conventos extintos fora das muralhas, tornando-se mais arejado. E assim que transita o Hospital de Jesus Cristo, para as instala-es do Convento de Nossa Senhora de Jesus do Stio, em 1835.

    Em 1897, do velho edifcio mandado edificar por Joo Afonso, so demolidas a igreja e grande parte do hospital, com o objectivo de ali se construir um mercado municipal coberto.

    Logo aps a revoluo de Abril de 74 passa o Hospital de Jesus Cristo depen-dncia do Ministrio da Sade e come-am-se a delinear os primeiros esboos de um projecto que levaria construo de um novo hospital distrital, o qual pron-to em 1985, vem devolver as velhas insta-laes do antigo convento franciscano Misericrdia.

    No entanto, a Santa Casa da Misericr-dia no tendo esquecido totalmente a sua misso, inicia no princpio dos anos 90 novos projectos de amparo aos mais carenciados. nessa poltica de orienta-o de prestao dos cuidados de sade, que ainda muito recentemente, e ao abri-go do Programa Modelar, inaugurou a actual Mesa Administrativa, uma Unidade de Cuidados Continuados de Longa Dura-o e Manuteno com a denominao de Hospital de Jesus Cristo, no deixan-do assim, cair no esquecimento a figura e a obra de Joo Afonso, prestando home-nagem a essa figura mpar do meio assis-tencial scalabitano, fundador do grande sonho de unificao hospitalar.

    Assim se mantm vivo o esprito e a determinao com que Dirigentes e Cola-boradores desta Santa Casa continuam a elevar dignamente esta Obra de Miseri-crdia em prol dos mais desfavorecidos, pois assistir aos enfermosassistir aos enfermosassistir aos enfermosassistir aos enfermos, mais do que curar a doena ou retardar a morte, um desafio vida.

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    Luiz Coutinho Borges de Medeiros Sou-sa Dias da Camara, nascido como Luiz Luiz Luiz Luiz Coutinho Borges de Medeiros Sousa Dias Coutinho Borges de Medeiros Sousa Dias Coutinho Borges de Medeiros Sousa Dias Coutinho Borges de Medeiros Sousa Dias da Camarada Camarada Camarada Camara (4 Duque de Palmela e 3 Marqus do Faial pelo casamento e por decreto de 4 de Abril de 1887), tambm conhecido simplesmente por D. Luiz Coutinho, nasceu em Lisboa, na freguesia de So Jos, a 24 de Abril de 1866, no palcio, ao Rato, de seus pais D. Antnio Borges de Medeiros Dias da Camara e Sousa e Dona Maria Jos Coutinho Mal-donado de Albergaria Freire. D. Antnio Borges da Camara e Sousa foi 1 marqus da Praia e Monforte ttulo nobilirqui-co criado em 21 de Janeiro de 1890 pelo rei D. Carlos I de Portugal a seu favor e de Dona Maria Jos. O ttulo "de Monforte" foi concedido em considerao a sua mulher, senhora de casa, filha nica do 1. visconde de Monforte.

    O Ducado de Palmela foi institudo por decreto de D. Maria II de Portugal, por intermdio de D. Pedro IV enquan-to Regente do Reino, de 13 de Junho de 1833 (primeiramente em vida, depois concedido de juro e herdade em 18 de Outubro de 1850) em benefcio de D. Pedro de Sousa Holstein, diplomata e heri das Guerras Liberais, que fora, sucessivamente, primeiro Conde (decreto de D. Maria I de 11 de Abril de 1812) e Marqus de Palmela (decreto de D. Joo VI de 3 de Julho de1823). A Casa Palmela registou duas quebras de varonia. A pri-meira, pelo casamento da 3 Duquesa Dona Maria Luiza com Antnio de Sam-paio e Pina Freire de Brederode. E a segunda, pelo casamento da 4 duquesa Dona Helena com D. Luiz Coutinho.

    Do braso de armas da Casa Palmela consta um Escudo esquartelado, tendo no 1 e 4 quartel as armas reais com o filete negro em contra banda e no 2. e 3., em campo vermelho, uma quaderna de crescentes de prata, sendo o Timbre representado por um castelo de ouro.

    D. Luiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz Coutinho casou em Lisboa, na freguesia de So Mamede, a 4 de Abril de

    1887, com Dona Helena Maria Domingas de Sousa Holstein de Sampaio e Pina de Brederode (1864-1941), 4 Duquesa de Palmela, 3 Marquesa do Faial (1881), Condessa de Sanfr no Piemonte e Dama da Real Ordem da Rainha Maria Lusa de Espanha, ttulos confirmados por El-Rei D. Manuel II, no exlio, por morte do irmo D. Pedro de Sousa Holstein, filha de Antnio de Sampaio e Pina de Brede-rode, Visconde de Lanada e de Dona Maria Lusa Domingues Eugnia Ana Filomena Josefa Antnia Francisca Xavier Sales de Borja de Assis Paula de Sousa Holstein Beck, 3 Duquesa de Pal-mela, 3 Marquesa do Faial e 3 Condessa do Calhariz e de Sanfr, a qual como escultora fez arte pela arte e como bene-mrita fez o bem pelo bem. Uma aristo-crata do sculo XIX a quem se devem as Cozinhas Econmicas que depois da sua morte, em 1909, passam para a Mise-ricrdia de Lisboa.

    Do casamento, entre D. LuizLuizLuizLuiz CoutinhoCoutinhoCoutinhoCoutinho e Dona Helena, nasceram cinco filhos: D. Antnio que como herdeiro presuntivo usou o ttulo de Conde do Calhariz, Dona Maria Jos, Condessa da Atalaia por casa-mento, D. Domingos (sucessor) conheci-do como Conde da Pvoa, Dona Ana, Condessa de Valbom pelo casamento e Dona Lusa, Viscondessa d'Asseca pelo casamento.

    D. Luiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz Coutinho graduou-se como Bacharel de Filosofia na Universidade de Coimbra, foi Director do Banco de Portu-gal, Comandante da Guarda Real de Arqueiros, Oficial-mor da Casa Real e Par do Reino.

    Na regio ribatejana a Casa Palmela proprietria da Quinta da Lagoalva de Cima, tendo sido entre 1841-42 que a 3 Duquesa de Palmela, Dona Maria Lusa, entrou na posse da quinta que reverteu, a partir dessa poca, para o patrimnio familiar. Sendo uma das quintas mais importantes da zona, estende-se pela margem sul do rio Tejo na freguesia de Santo Eustquio de Alpiara, constitui

    uma comenda prpria dependente da Ordem de Santiago, tutelada na 2 meta-de do sc. XVIII por um dos membros da famlia e da Casa Lavre. A longa tradio da Quinta da Lagoalva como afamada produtora de vinho atestada em 1888, na Exibio Portuguesa de Indstria, onde se fez representar com 600 cascos de vinho.

    pela mo de D. Luiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz Coutinho que o cavalo e o toiro aparecem na Lagoalva em 1909, tendo formado uma ganadaria e adquirido, para juntar sua eguada, uma peara de vinte e quatro guas na coudelaria do Duque de Toledo O rei Alfonso XIII de Espanha situada em Rio Frio, prximo de Madrid.

    D. Luiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz Coutinho foi um dos notveis Scios do Real Clube Tauromquico de Portugal.

    A Casa de Palmela deu sempre apoio Santa Casa da Misericrdia de Santarm com alimentos de toda a espcie, fruto das suas colheitas, assim como patroci-nou corridas de toiros, uma considervel fonte de receita da Instituio.

    D. Luiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz Coutinho foi nomeado Irmo Irmo Irmo Irmo Perptuo Perptuo Perptuo Perptuo da Santa Casa da Misericrdia de Santarm, ttulo consagrado pelo artigo 12 do Compromisso de 1870, em sesso ordinria de 28 de Junho de 1934, conforme acta inscrita no livro LSC-0356, pgina 105 verso, quando esta era admi-nistrada por uma comisso presidida pelo Tenente Manuel Antnio Baptista. Na acta da sesso pode ler-se Tendo o Senhor Luiz Coutinho Borges de Medei-ros Souza Dias da Camara, Duque de Palmela, auxiliado esta Misericrdia de tal modo que um acto de simples justi-a patentear o reconhecimento da Mise-ricrdia por quem tanto a auxiliou pres-tando assim homenagem sua memoria resolveu esta Comisso Administrativa nomea-lo Irmo perpetuo da Misericr-dia.

    D. Luiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz CoutinhoLuiz Coutinho morre em Cascais a 25 de Setembro de 1933.

    Duque de Palmela

    [ Lurdes Vstia ]

    Tendo o Senhor Luiz Coutinho Borges de Medeiros Souza Dias da Camara, Duque de Palmela, auxiliado esta Misericrdia de tal modo que um acto de simples justia patentear o reconhecimento da Misericrdia por quem tanto a auxiliou resolveu esta Comisso Administrativa nomea-lo Irmo perpetuo da Misericrdia.