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1 Boletim 1039/2016 – Ano VIII – 09/08/2016

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Boletim 1039/2016 – Ano VIII – 09/08/2016

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(FONTE: Valor Econômico dia 09/08/2016)

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Previdência do Brasil é a 13ª mais cara Numa lista de 86 países, apesar de ter maioria jove m, País gasta proporcionalmente tanto quanto a Alemanha, nação com muito mais idosos Murilo Rodrigues Alves, Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo BRASÍLIA - As despesas do Brasil com a Previdência estão muito acima do que seria o esperado a partir da idade da população brasileira, aponta estudo obtido pelo ‘Estado’ . De uma lista de 86 países, o Brasil está em 13.º com maior gasto com aposentadorias e pensões em relação às riquezas do País. Ao mesmo tempo figura na 56.ª posição entre os que têm a população mais idosa, com 60 anos ou mais. Considerada a estrutura demográfica brasileira, o gasto previdenciário deveria se encontrar em torno de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) – a projeção do governo federal é de que as despesas com o pagamento dos benefícios pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alcancem 7,9% do PIB neste ano. Segundo o estudo feito pela equipe técnica do governo, o atual patamar de gastos do Brasil com Previdência só seria compatível se 25% da população fossem idosos. No entanto, segundo o IBGE, apenas 10,8% dos brasileiros têm 60 anos ou mais. Isso mostra uma distorção dos gastos previdenciários que já comprometem as contas públicas. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o rombo da Previdência – que fechou em R$ 86 bilhões em 2015 – deve alcançar R$ 180 bilhões em 2017 e, em breve, não caberá no Orçamento Geral da União (OGU). “São poucos os países que adotam um conjunto de regras tão relaxadas como o Brasil”, diz um dos autores do estudo, Luis Henrique Paiva, do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Segundo o pesquisador, a tendência é que países com mais idosos também sejam aqueles que apresentem maior despesa previdenciária. O Brasil, porém, é um ponto fora da curva, com gastos muito acima do esperado para um país com perfil relativamente jovem. Paiva diz que as aposentadorias precoces e as pensões explicam boa parte dessa situação. As despesas com o pagamento do INSS deram um salto entre 1995 e 2014, de 4% para 7% do PIB. “Isso garantiu que quase 90% dos idosos tivessem acesso a algum tipo de benefício”, afirma. “Essa é a faceta positiva do aumento de gastos: expandiu a cobertura. Em muitas cidades, os benefícios são uma das principais fontes de renda.”

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Atualmente, no Brasil, é possível aposentar por idade ou por tempo de contribuição. Na prática, os trabalhadores mais pobres e com pior inserção no mercado de trabalho se aposentam por idade. A regra diz que é possível se aposentar com 65/60 anos (homens/mulheres) se o trabalhador tiver 15 anos de contribuição. Na aposentadoria por tempo de contribuição, não há fixação de idade mínima, uma concessão que é raridade no mundo. A regra diz que é preciso ter 35/30 anos de contribuição. As idades médias de aposentadoria, neste caso, são de 55/52 anos. Para os pesquisadores, essas regras favorecem trabalhadores com maiores níveis de renda, com uma trajetória de empregos com carteira assinada, mais estável. Entre 177 países, o Brasil faz parte de um grupo pequeno de 13 nações que oferecem a opção pela aposentadoria por tempo de contribuição. Desses, cinco exigem que o aposentado abandone o mercado de trabalho ou impõem outras restrições ao acúmulo de rendimentos trabalhistas e previdenciários – o que não ocorre no País. O caso brasileiro destoa até mesmo de países com situação socioeconômica e demográfica semelhante. O Equador é o único país da América Latina a oferecer a aposentadoria por tempo de contribuição, mas trata como um caso excepcional e exige tempo de 40 anos para homens e mulheres para que não haja redução no valor do benefício. Nos países da América Latina, as diferenças nos critérios para a aposentadoria de homens e mulheres são menores do que as existentes no Brasil e a reforma da Previdência deve aproximar as exigências. Cerca de 90% dos países da região impõem alguma restrição para aposentadorias antecipadas. O patamar da participação das pessoas de 60 anos ou mais na população brasileira que era de apenas 3% no começo do século 20, deverá atingir um terço da população em 2060 de acordo com as projeções do IBGE e da ONU. Hoje, portanto, um em cada dez brasileiros tem 60 anos ou mais de idade. Em 2060, os idosos serão um em cada três brasileiros. O envelhecimento populacional e a queda da fecundidade farão com que haja um menor número de pessoas em idade ativa para cada idoso. Em 2010, havia 10 pessoas de 15 a 64 anos para sustentar cada idoso de 65 anos ou mais de idade. Em 2060, haverá entre 2,2 e 2,3 pessoas em idade ativa para cada idoso. Para o pesquisador do Ipea, o governo está diante de um desafio para convencer as pessoas a aceitar regras mais duras para se aposentar. “A Previdência é um pacto de gerações e se dá dentro da casa de cada um”, afirma. “Ou mantemos isso na cabeça ou a próxima geração vai ter que pagar as distorções com mais impostos”, diz. E dá um exemplo pessoal: “Meu pai se aposentou com condições muito mais favoráveis do que as que eu vou ter que seguir para garantir que o meu filho também consiga se aposentar”.

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Embraer corta custos e abre plano de demissão para economizar US$ 200 milhões

Aérea informa que ainda estuda definições do progra ma, mas que oferece pacote de benefícios atraente; montante a ser poupado é o mesmo provisio nado pela companhia relacionado a ação nos EUA

Victor Aguiar, O Estado de S.Paulo A Embraer informou nesta segunda-feira, 8, aos seus empregados que irá adotar uma série de medidas visando a redução de custos em todas as suas unidades e negócios em todo o mundo, incluindo a redução de estoques e a revisão de contratos com fornecedores. Entre as iniciativas a serem tomadas também está a adoção de um Plano de Desligamento Voluntário (PDV) para funcionários das unidades do Brasil. "A Embraer entende que o PDV dá a oportunidade de decisão ao funcionário e oferece um pacote atraente de benefícios", diz a Embraer, em e-mail, respondendo aos questionamentos do Broadcast, notícias em tempo real do Grupo Estado. "Todas as definições relativas ao PDV estão ainda sendo estudadas e serão divulgadas ao término desse processo, que deve levar algumas semanas".

Segundo a Embraer, o objetivo é economizar cerca de US$ 200 milhões com o conjunto de medidas para a revisão de custos, incluindo o PDV. Este é o mesmo montante provisionado pela companhia no segundo trimestre de 2016, relacionado à investigação nos Estados Unidos sobre alegação de "não conformidade" com o U.S. Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). Em seu balanço trimestral, a companhia explica que esse montante é uma estimativa de um "provável desfecho" de negociações, mas salienta que o valor ainda não foi "finalmente determinado". Desde 2010, a Securities and Exchange Commission (SEC) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos questionam a companhia por suspeitas de irregularidades na venda de aeronaves fora do Brasil. Em 2016, conforme descreve a Embraer, as negociações com as autoridades americanas progrediram "significativamente".

Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos afirma que não apoia o PDV ou qualquer outra medida que penalize os trabalhadores e que irá questionar a Embraer em uma reunião marcada para quarta-feira (10), às 15h.

Dificuldades. O anúncio ocorre em meio a um contexto de dificuldades enfrentadas pela Embraer, o que fez com que a companhia revisasse, no fim de julho, as suas estimativas de entregas de aeronaves para 2016. Segundo a empresa, os negócios no setor de jatos executivos estão mais difíceis do que o esperado neste ano, "com pressão contínua sobre novas vendas de jatos", ressaltando, ainda, a influência dos altos níveis de estoques de aeronaves usadas e o ambiente altamente competitivo que tem influenciado as transações.

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Com isso, a Embraer reduziu sua previsão de entregas de jatos executivos, para a faixa entre 70 e 80 jatos leves e de 35 a 45 jatos grandes, ante as estimativas iniciais de 75 a 85 e 40 a 50, respectivamente. Com isso, a companhia também passou a esperar uma menor receita líquida do segmento, agora entre US$ 1,6 bilhão e US$ 1,75 bilhão, abaixo do patamar entre US$ 1,75 a US$ 1,90 bilhão anteriormente previsto.

Adicionalmente, a companhia também reduziu a previsão de "outras receitas", para US$ 50 milhões, dos US$ 100 milhões estimados anteriormente, levando a uma diminuição da receita líquida consolidada no exercício para US$ 5,8 bilhões a US$ 6,2 bilhões, frente o intervalo anterior de US$ 6 bilhões a US$ 6,4 bilhões. As estimativas de entregas e receitas dos segmentos de Aviação Comercial e de Defesa & Segurança para o ano permanecem inalteradas.

Volkswagen rompe contrato com fornecedora e antecip a férias coletivas Montadora teve de suspender produção diversas vezes por falta de peças e foi à Justiça para reaver equipamentos em poder da empresa

Cleide Silva, O Estado de S.Paulo A Volkswagen vai suspender toda a produção de automóveis e motores nas quatro fábricas no Brasil por mais de um mês. Até meados de setembro, os 11 mil trabalhadores da área produtiva, de um total de 18 mil no grupo, ficarão em férias coletivas. O motivo é o rompimento do contrato com o grupo Prevent, dono de cinco fábricas que forneciam peças para a montadora e com quem ela travava uma disputa comercial há mais de um ano. A suspensão de contrato dessa forma é uma atitude rara no setor automotivo, segundo fontes do mercado.

A Volkswagen prepara outras empresas para substituir o fornecimento, entre outros itens, de bancos e peças estampadas, o que deve levar pelo menos um mês e meio. Nesta segunda-feira, 8, a montadora entrou na Justiça com pedido de retomada dos ferramentais de sua propriedade que se encontram nas unidades da Keiper, Fameq, Cavelagni e Mardel, pertencentes ao Prevent. As férias coletivas nas fábricas de carros em São Bernardo do Campo, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR), antes previstas para outubro, começam no dia 15 e se estendem por 20 a 30 dias. A produção já estava

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suspensa nessas unidades há mais de uma semana em razão da falta de peças estampadas, período em que a dispensa dos funcionários foi considerada como folgas ou redução de jornada pelo Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Na unidade de motores em São Carlos a paralisação começa segunda-feira. Em nota distribuída, a montadora afirma que o fim do contrato é uma medida que causa pesados custos à empresa. Alega que “foi a última alternativa encontrada para normalizar sua operação e mitigar os impactos em toda a cadeia produtiva.” Segundo a Volkswagen, desde o início de 2015, quando o Prevent comprou as fábricas de antigos fornecedores da marca, tiveram início os desentendimentos comerciais, pois o grupo pedia reajustes não estabelecidos nos contratos e suspendia o fornecimento para pressionar a negociação. Ao todo, foram mais de 120 dias parados nas três fábricas e mais de 100 mil veículos deixaram de ser produzidos, informou a Volkswagen. Surpresa. Em nota enviada pela Keiper, o advogado da empresa, Cesar Hipólito Pereira, afirma que o anúncio “nos pegou de surpresa, visto que ao longo dos últimos meses nossa diretoria tem se encontrado regularmente com a diretoria da Volkswagen para identificar e assegurar um denominador comum que atendesse as nossas demandas”. Segundo o advogado, “chamou atenção e indignação o desrespeito demonstrado pela Volkswagen, já que durante todas as últimas reuniões de negociação era evidente a proximidade de fecharmos um acordo”. De acordo com ele, a Keiper já tinha decidido aceitar a proposta da montadora. “Essa decisão de substituir o fornecedor é arbitrária e unilateral, e não leva em consideração o fato de a Keiper, ao longo destes anos, ter suportado o desequilíbrio econômico, incorrendo em grandes prejuízos, mantendo a relação com a mesma qualidade, desempenho e expertise”, afirma a nota.

A empresa cita “efeitos danosos que a decisão pode causar no ambiente de trabalho e risco aos colaboradores da empresa”. As cinco empresas do grupo Prevent estão instaladas em São Paulo (Mauá e Araçariguama) e Minas Gerais (Betim, Contagem e Cambuí) e empregam cerca de 1,5 mil funcionários. No mês passado o grupo de origem alemã comprou a Fameq, que fornecia estampados para a Volks há 40 anos, e a fechou, transferindo a produção para outras de suas unidades. O grupo fornece para diversas montadoras – incluindo a Fiat, que também teve problemas de desabastecimento –, mas a Volkswagen era sua maior cliente. Ainda não há informações de fechamento de unidades ou demissões. A Volkswagen produz os modelos Fox, Gol, Golf, Jetta, Saveiro, up! e Voyage e não informa estoques. A parada da produção ocorre num momento em que as vendas da marca caíram 35% no período de janeiro a julho ante 2015. O mercado total de automóveis e comerciais leves teve queda de 24% no mesmo intervalo. (FONTE: Estado de SP dia 09/08/2016)

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Ministro pede revisão de norma trabalhista Marcos Pereira, do MDIC, se encontrará com Ronaldo Nogueira, do MTPS, para tratar de alterações na NR-12; especialista defendeu respeito a direitos fu ndamentais

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(FONTE: DCI dia 09/08/2016)

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