boca no trombone297 - quimicosjc.org.br · boca no trombone - pág. 3 a última campanha salarial...
TRANSCRIPT
Boca noTrombone
Ano 20 Número 297 De 11 a 28 de fevereiro de 2020
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM INDÚSTRIAS QUÍMICAS, PLÁSTICAS E FARMACÊUTICAS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E REGIÃO
DENÚNCIAS
POR FÁBRICA
PÁG. 2
CAMPANHA SALARIAL
POR FÁBRICAS
PÁG. 3
ESTADO MÍNIMO EMPOBRECE TRABALHADOR
PÁG. 4
LUTAS ESPECÍFICAS ADENTRAM 2020 E GARANTEM CONQUISTAS POR FÁBRICA
CAMPANHA SALARIAL 2019-2020
TRABALHADORES ENFRENTAM
DESTRUIÇÃO DO ESTADO, DOS
SERVIÇOS PÚBLICOS E QUEDA DO
NÍVEL DOS EMPREGOS E SALÁRIOS
PÁG. 4
Boca no Trombone - Pág. 2Boca no Trombone - Pág. 2
BASFAssédio
A GOCIL mal chegou e já esta causando problema. Além de ter um convênio que não cobre nada, a inda quer amordaçar os companheiros. A empresa proíbe o pessoal de falar com o Sindicato com ameaças de demissão. Essa é a politica com que a BASF e as terceiras atacam os companheiros: perseguição e truculência. Não aceitamos isso!
BASFDiscriminação
A discriminação com os terceirizados na BASF continua, como sempre. A ENGEKO e a ISS não estão pagando periculosidade, desrespeitando as normas trabalhistas e ignorando a saúde dos companheiros.
BASFNegligência
Segue sem nenhuma resposta a morte do companheiro Luciano. A empresa não pagou nada para a família e sequer aparece para prestar assistência. A companhia tem que cumprir as suas responsabilidades sobre o acidente fatal.
BASFAbusos
As companheiras (os) d a G R e s t ã o acumulando funções no restaurante. Para piorar a situação, a empresa está cobrando que paguem horas sem que haja controle por parte da empresa para justificar essa exploração. Não paga PLR e ainda separa privilégios para a chefia da empresa nas refeições.
JohnsonArbitrariedades
Os trabalhadores estão revoltados com a pressão da terceirizada CBRE, uma empresa que a J o h n s o n c o l o c o u p a r a controlar os custos. Há muita pressão, vigilância absurda e o supervisor Juarez não deixa ninguém em paz. As pessoas têm que trabalhar sob ameaças de demissão porque ele sempre d i z q u e h á u m a l i s t a d e f u n c i o n á r i o s s e n d o “o b s e r va d o s ”. O s funcionários e terceiros são prejudicados pelos métodos desta empresa.
JohnsonFalta de efetivo e pressão
O pessoal do DPA Logística (Maracanã) está trabalhando com falta de funcionários. Os chefes querem que os conferentes façam o serviço deles e “decidam” quando estiver faltando funcionário, que precisam estar disponível para horas extras, que a vida fora da empresa não importa, o importante é só a
empresa. E se houver alguma acidente por causa da correria com poucos funcionários? E a segurança? As reuniões do setor só servem para fazerem pressão sobre os trabalhadores. Quando há reunião perto do horário de saída, ninguém pode reclamar. Já teve gente que perdeu o ônibus por causa disso.
JohnsonAbsurdo
O supervisor do Acabamento de Suturas fez projeto que explora o trabalhador, fazendo o f u n c i o n á r i o t ra b a l h a r d e duas até três máquinas ao mesmo tempo. I s s o g e r o u mistura e quem foi punido foi o t r a b a l h a d o r ( d e m i t i d o ) . Absurdo o que estão fazendo!
Johnson Faça o que eu digo, não faça o que eu faço
Uma supervisora da Medical "inventou frase do dia". Ela fala sobre s e g u r a n ç a , m a s sempre que pode usa algumas frases com assédio contra o t r a b a l h a d o r, como: "hoje, não pode conversar". Para não se expor, ela ainda manda os operadores fazerem este tipo de serviço por ela.
JohnsonMau exemplo
Uma supervisora da fábrica de Agulhas é o maior mau exemplo em questão de segurança e horário. Fica o dia todo com o celular na mão, mas preenche cartão p a u s a p a r a o s c o m p a n h e i ro s s e m limite, banalizando essa f e r r a m e n t a d e segurança. Chega todo dia atrasada e quer controlar o horário da rapaziada. Te toca, mau exemplo!
Sindicato dos Químicos realizou uma plenária Ocom os companheiros e companheiras aposentados da categoria, na nossa subsede
de Jacareí, no Dia Nacional do Aposentado, 24 de janeiro. A plenária discutiu a conjuntura política do t ra b a l h a d o r a p o s e n t a d o, a d e fa s a g e m d a aposentadoria em função das políticas econômicas neoliberais aplicadas por todos os governos, o sucateamento dos serviços do INSS a serviço do "Estado Mínimo" e tirou novas atividades.
Em defesa da previdência pública e pela correção das aposentadorias.
Plenária dos Aposentados
Boca no Trombone - Pág. 3
última Campanha Salarial da categoria Aadentrou este ano e conseguimos vitórias importantes em muitas fábricas.
Ainda há negociação em várias empresas. As negociações por fábrica são cada vez mais importantes e aguerridas para barrar os ataques do governo a mando dos patrões com reformas, medidas provisórias e outras ações que retiram direitos trabalhistas, atacam as normas regulamentadoras do trabalho etc.
N e sta C a m p a n h a S a l a r i a l , n ó s
conseguimos preservar a Convenção Coletiva com o conjunto mínimo de direitos para toda a categoria e impedimos mais uma vez a imposição do banco de horas e outros pontos na dura negociação com a patronal da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
A luta fábrica a fábrica tem garantido avanços específicos, como: negociação de plano de cargos e salários, medidas de segurança no local de trabalho, livre organização dos
trabalhadores, avanços no ticket alimentação, abono etc.
É com muita luta que manteremos as mobilizações! Acompanhe os embates da Campanha Salarial por fábricas em dezembro e janeiro.
Os acordos com as fábricas maiores foram fechados em dezembro e constam da edição anterior do Boca no Trombone, que pode ser acessada a qualquer momento no nosso site (www.quimicosjc.org.br).
CAMPANHA SALARIAL DOS QUÍMICOS 2019/2020
AMAPLASTICReajuste salarial 3%
BASFCampanha em andamento
BAYERReajuste salarial de 2,55%
BETUNELReajuste salarial de 5,07%
BRASILITReajuste salarial de 2,55% e aplicação de cargos e salários em fevereiro
CBEReajuste salarial de 2,55% e aumento no adicional de turno de 10% para 13%
CLARIANTGREVE: reajuste salarial de 2,55%; cartão alimentação passou de R$ 337,00 para R$ 400,00 e o não desconto do dia parado
COMPASS
Reajuste salarial de 2,55%; abono salarial no valor de R$ 1.260,00 e cesta de alimentação no valor de R$ 170,00
CORTEVACampanha em andamento. Estado de Greve protocolado
DOWReajuste salarial de 2,55%
ICLReajuste salarial de 2,55%; vale alimentação de R$100,00 (pela primeira vez). Exclusão de item que dificultava alcançar meta de PLR 2020
PULCRAReajuste salarial de 2,55%
SOLUTECHReajuste salarial de 2,55%; PLR passou de R$ 1.508,00 para R$ 1.620,00; abono salarial passou de R$ 100,00 para 140,00; brigada de incêndio passou de R$150,00 para R$ 220,00; concessão de três sábados em feriados para prolongar o descanso; plano de cargos e salários
TARKETTReajuste salarial de 2,55%; bonificação brigada de incêndio R$ 150,00 (pela primeira vez); concessão dos dias 2 e 3 de janeiro de 2020; Vale brinquedo passou de R$ 85,00 para R$ 100,00
VET E CIAGREVE - reajuste salarial de 2,55%; PLR de 1.820,00; PLR proporcional aos temporários; R$ 100,00 de aumento na Brigada de Incêndio; Não
desconto do dia parado em função de greve
WANAReajuste salarial de 2,55%
PP CARDILLOCampanha salarial em andamento; realizamos atraso na entrada do 1º turno
LAB ANALITICACampanha salarial em andamento
TEKNIAReajuste salarial de 2,55%
Boca no Trombone - Pág. 4
EXPEDIENTE: Publicação do Sindicato dos Químicos de São José dos Campos e RegiãoEdição/diagramação/fotos: Emerson José MTB:31.725 Site: www.quimicosjc.org.br e-mail: [email protected]
SJC: R. Cons. Rodrigues Alves, 51 - Fone: 12-3921-8177 Jacareí: R. Floriano Peixoto, 78 Centro - Fone: 12-3953-3277
Taubaté: R. Sebastião Gil, 319 - Fone: 12-3632-0932. Caçapava: Rua Cel. José Guimarães, 331 Centro - Fone: 12-3655-6044
Recesso de fim de ano:
A sede e subsedes estarão de recesso
de 20 de dezembro a 6 de janeiro.
Projeto de “Estado Mínimo” para o povo explode
informalidade e empobrece trabalhador
Sorria, você está sendo enganado! A reforma trabalhista, a terceirização irrestrita e os ataques de Bolsonaro e
Paulo Guedes aos direitos trabalhistas e a formalidade no mercado de trabalho explodiram a informalidade e derrubaram a renda das famílias. Os subpostos de trabalho que estão sendo criados são de até um salário mínimo.
O n ú m e r o d e t r a b a l h a d o r e s i n f o r m a i s c r e s c e u 4 , 1 % , e m 2 0 1 9 , comparando com 2018. Agora já são 24,2 milhões de trabalhadores a margem dos direitos trabalhistas e previdenciários. A p o p u l a ç ã o o c u p a d a s e m carteira assinada já soma 41,1% dos trabalhadores, o que equivale a 38,4 milhões de pessoas, m a i o r n ú m e r o desde 2016.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE.
O governo usa a exp losão da informalidade para mentir que o desemprego caiu. Sem contar que a política neoliberal de Paulo Guedes causa a superexploração do trabalhador. As vagas de trabalho criadas no ano passado são de baixíssima remuneração. Ainda houve a substituição de postos de trabalho formais por informais.
� Só no último trimestre, mais 1,8 milhão de brasileiros passaram a receber apenas até um salário mínimo. No total, já são
27,3 milhões de pessoas, u m t e r ç o d o s trabalhadores do país, recebendo apenas um salário mínimo. O que Bolsonaro, Paulo Guedes e o mercado estão criando é trabalhador empobrecido.
� 51,8% dos brasileiros mais pobres não tiveram
ou perderam rendimentos nos nove primeiros meses de 2019. A vida ficou mais cara para o pobre. O índice de inflação das famílias de baixa renda ficou acima da inflação sentida pelas famílias ricas.
� Bolsonaro/Paulo Guedes estão espalhando pobreza e desviando os recursos do Estado para o sistema financeiro dividir entre os ricos. Por isso, é preciso derrotar este governo nas ruas, nas fábricas e nas urnas.
Combater os ataques para impedir a “uberização” do trabalho
Es t a s s ã o a s p r o p o s t a s d e Bolsonaro/Paulo Guedes/Congresso para votação este ano e que afetarão a
qualidade dos empregos no Brasil.
1) a MP 905/19, que aprofunda a Reforma Trabalhista com mais mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
2) o PL 6.159/19, que desobriga empresas de adotarem política de cotas para pessoas
com deficiência ou reabilitadas;
3) o P L P 2 4 5 / 1 9 , q u e d i f i c u l ta a aposentadoria por periculosidade;
4) a Reforma Sindical para dificultar a atuação dos sindicatos em defesa dos trabalhadores;
5) a desvinculação dos fundos públicos; a Reforma Admin ist rat iva ; Reforma Tributária; e privatizações. Todos esses projetos criam o “Estado Mínimo” de
direitos para o povo, diminuindo a estrutura do serviço público, investimentos em saúde, educação, segurança, atendimento no INSS etc., sem combater o privilégio das altas cúpulas dos governos;
Estes projetos agravariam ainda mais a condição dos trabalhadores por causa das desregulamentações do mercado de trabalho realizadas no primeiro ano do governo Bolsonaro, que só serviram para aumentar a
informalidade. Por isso precisamos nos preparar e resistir! Firmes na luta!
Bolsonaro piora o
nível dos empregos
A carteira verde e amarela põe fim ao acidente de percurso. Isso representa o f i m d a e s t a b i l i d a d e e a
obrigatoriedade dos depósitos de FGTS durante o período de afastamento. Também acaba com o direito à estabilidade provisória. Essa carteira de trabalho rebaixada, sem direitos trabalhistas, foi criada pela MP 905, editada em novembro para delírio dos altos empresários.
A MP aprofunda a reforma trabalhista e esculhamba ainda mais o mercado de trabalho. Só a reforma trabalhista já explodiu a informalidade e aumentou a troca da mão d e o b r a p r o t e g i d a p e l a C LT p e l a superexplorada pelo regime intermitente, terceirização irrestrita ou outro ponto.
Atenção: mão de obra temporária ou superexplorada não é emprego, é bico legalizado para negar os direitos trabalhistas.