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SemanárioSexta-feira | 18 de dezembro 2020 | Ano XIV | N.º 425 Diretora: Joana Rosa

Boas Festas

COMÉRCIOE SESIMBRA

DO SEIXAL

DR

EDITOR, REDAÇÃO E PUBLICIDADERua Bernardim Ribeiro, nº 392840-270 SeixalTelm. 969 856 802 Telf. 210 991 683 comerciodoseixal@gmail.com Estatuto Editorial em:http://jornalcomerciodoseixalesesimbra.wordpress.comFacebook: Comércio do Seixal e Sesimbra

Diretora Comercial: Ângela RosaPaginação: Sofia RosaRepórter: Fernando Soares Reis 4164 AColaboradores: Agostinho António Cunha, Carmen Ezequiel, Dário Codinha, Fernando Fitas 1843A, Ivo Lebre, João Araújo, José Carvalho, José Mantas, José Sarmento, Manuel Matias, Margarida Vale, Maria Vitória Afonso, Mário Barradas, Miguel Boieiro, Paulo António CO-924A, Paulo Geraldo, Paulo Nascimento, Pinhal Dias, Rui Hélder Feio, Vitor Sarmento.

Impressão: Funchalense – Empresa Gráfica, S.A.Rua da Capela N. S.ª da Conceição, 50 – Morelena – Pêro PinheiroTiragem: 15.000 exemplaresO «Comércio» não se responsabiliza nem pode ser responsa-bilizado pelos artigos assinados pelos colaboradores. Todo o conteúdo dos mesmos é da inteira responsabilidade dos res-petivos autores.

Diretora: Joana Rosa TE-544ARegisto do título: 125282 Depósito Legal: N.º 267646/07Propriedade: Ângela RosaEditor: Cruzada de Letras, Lda.Contribuinte N.º 514 867 060

2 | < Mensagens de Natal > | 18 de dezembro de 2020

"Estamos a terminar um ano muito difícil e que ficará certamente grava-do para sempre na memória dos por-tugueses.

As circunstâncias que vivemos são extremamente desafiantes, no entan-to, apraz-me verificar que a pandemia trouxe ao de cima o espírito de soli-dariedade e partilha para com o pró-ximo. É meu desejo que este espírito de entreajuda e amizade se mante-nha e se perpetue na fase pós pande-mia. Espero que 2021 seja um ano de mudanças positivas para todos e que

"Encontramo-nos no términus do ano de 2020, ano este marcado por esta pan-demia que assola todo o mundo e que não conhece fronteiras, pondo à prova o que de melhor temos, valores como a solidariedade, a união, a humildade, prudência e responsabilidade, com uma palavra muito em particular neste Natal para todos aqueles que se encontram na linha da frente no combate a este flage-lo, aos profissionais de saúde, às forças de segurança, aos nossos Bombeiros, à Cruz Vermelha, às instituições de âmbi-to social, que nunca desistiram e são muitas, pois em paralelo com o proble-ma de saúde pública, temos um comple-xo problema de âmbito social que tende a agudizar-se, a todos os trabalhadores Municipais e de Freguesia, que assegu-ram também funções vitais para a nova vida, para todos os voluntários e foram imensos de uma forma completamente altruísta se disponibilizaram para ajudar quem mais deles precisaram e precisam.

Aqui chegados facilmente se percebe que este será um Natal diferente, não será celebrado como habitualmente o fazemos e gostaríamos que fosse, mas temos fortes e objetivas razões para acreditarmos que o ano de 2021, seja substancialmente melhor, onde podere-mos estar novamente todos juntos, onde possamos novamente partilhar os nossos objetivos em segurança num ano desa-fiante e repleto de novas oportunidades e realizações, em família, com os amigos em segurança e com saúde.

Neste momento mais cinzento das nossas vidas poderá ser oportuno relem-brar também tudo o que temos feito em prol das nossas populações e acre-ditar na tal luz ao fundo do túnel cada vez mais brilhante, num Natal que nos traz um presente em forma de vacina, que poderá permitir, que o ano de 2021, possa ser vivido gradualmente de forma a obtermos a nossa normalidade e recu-perar as nossas vidas na sua plenitude.

A vossa que é a nossa Junta de Fregue-sia como vocês sabem da nossa prática de todos os dias, estará sempre ao vos-so lado, em todos os momentos, podem contar connosco.

Um bom Natal para todos e em segu-rança e que o próximo ano de 2021 seja repleto de bons e gratificantes momen-tos e com muita saúde.

Boas Festas"

Presidente da União das Freguesias do Seixal, Arrentela

e Aldeia de Paio PiresAntónio Santos

"Por um melhor 2021

Dizem que as maiores batalhas são dadas aos melhores guerreiros.

2020 deu-nos uma das maiores batalhas que, enquanto sociedade, tivemos de travar neste século. Uma batalha que não fez discriminação e nos confrontou com o melhor e pior que somos, enquanto indivíduos e colectivo.

Uma batalha que, a Junta de Fre-guesia de Amora, tem vindo a travar na linha da frente:

- os nossos serviços Administrativos nunca encerraram, readaptaram-se;

- os nossos serviços de intervenção no Espaço Público nunca pararam: muito pelo contrário. O seu trabalho teve de alcançar um estado de maior meticulosidade e maior frequência;

- os nossos Serviços Sociais nunca deixaram de prestar auxílio: inclusiva-mente, foi a época que mais trabalho tiveram (e têm). Formámos uma equipa de voluntários e alargámos o trabalho social a outras franjas da comunida-de que, até então, dispunham de uma vida financeiramente tranquila, mas a que a crise sanitária associou uma eco-nómica, talvez sem precedentes. Nos nossos voluntários, encontrámos uma força motriz tremenda e inspiradora!

- os nossos serviço de Educação, Cultura, Actividades Económicas e Comunicação, não cruzaram os braços: levando até cada cidadão uma mensa-gem contínua de esperança, com pro-jectos como “Música na Rua”, “Amora Partilha: dicas para uma quarentena activa”, “Vizinhos Mais Solidários… cantam parabéns à janela”, “Levamos o Teatro às Escolas via online” e aju-

Vivemos um ano que garantida-mente será recordado por todos nós, um ano que ficará marcado na his-tória de Portugal e do Mundo. Um ano que, sem dúvida alguma, acaba-rá nas perguntas mais complexas de um qualquer exame de história num futuro não muito longínquo.

Um ano que trouxe ao de cima o melhor e o pior de cada um, onde fomos obrigados a reinventarmo--nos, a recuperar alguns valores per-didos no tempo e a recordar-nos da necessidade de parar.

2020 trouxe, sem dúvida alguma, a paragem que há muito se sentia necessária. Paramos da azáfama do dia a dia para nos escutarmos, para escutarmos os que estão à nossa vol-ta, para nos escutarmos sobretudo enquanto sociedade.

Uma sociedade que se uniu, que mostrou o melhor de si, que soube ser solidária e resistente aos tempos difíceis que atravessamos. Vivemos momentos que nos trazem esperan-ça na recuperação total da nossa li-berdade, na recuperação do toque, do beijo, do abraço, do sorriso.

Desejo a todos os colaboradores e leitores um Santo e Feliz Natal, re-pleto de amor, saúde, felicidade e alegrias!

Que 2021 seja um ano de reali-zações, onde cada um possa viver finalmente os seus sonhos, onde o amor e a felicidade sejam as palavras chaves no caminho escolhido.

O caminho pode sempre ser com-plicado, mas somos nós quem esco-lhe como o planeamos percorrer. Como diria Osho “Em si, a vida é neutra. Nós a fazemos bela, nós a fazemos feia; a vida é a energia que trazemos a ela”.

Boas Festas!

Joana RosaDiretora

Editorial

juntos possamos vencer a pandemia, relançar a economia e crescer o espí-rito solidário.

No Concelho do Seixal, tudo fare-mos para que os nossos munícipes pos-sam sair desta crise em que vivemos da melhor forma possível. Desejo a todos muita saúde, e umas boas festas com muita esperança num futuro melhor".

Presidente da Câmara Municipal do Seixal

Joaquim Santos

damos a divulgar os estabelecimentos de comércio tradicional que adapta-ram os seus serviços (com entregas ao domicilio e compras online) às neces-sidades dos tempos que atravessamos.

Estes são apenas alguns dos muitos exemplos do trabalho que levamos até si.

A seu lado, continuamos a travar esta dura batalha, esperando que a cura esteja ao virar para 2021; espe-rando que esta dura batalha tenha fei-to de nós, não só melhores guerreiros, mas sobretudo melhores seres-huma-nos; esperando que, todos os que lutam qualquer que seja o seu campo de batalha, se possam sentir aprecia-dos e seguros e, esperando que todos os que partiram não sejam esquecidos e tenham encontrado paz. Mas, sobre-tudo, esperando que 2021 nos traga a serenidade de uma batalha próxima da vitória contra este vírus e nos tra-ga a esperança e a segurança do arco--íris da positividade que se ergueu em cada janela. A seu lado, continuamos a batalhar por um futuro melhor e por uma Freguesia pronta para viver esse futuro!

Boas Festas!"O Presidente da Junta

de Freguesia de Amora,Manuel Araújo

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| 18 de dezembro de 2020 < Mensagens de Natal > | 3

"O Efetivo do Posto Territorial da Guarda Nacional Republicana de Paio Pires deseja a todos os Munícipes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

Nesta época festiva, assim como em todos os dias do ano, nós estamos aqui.

Por si e pelos seus."

O Comandante do PostoRicardo Saraiva

1º Sargento de Cavalaria

"Em tempos de pandemia, tivemos que nos reinventar e reorganizar, para atualmente, darmos resposta às mais diversas solicitações daqueles que nos pedem apoio. Assim, para além do serviço de higiene pessoal, higiene habitacional, serviço de alimentação, também conseguimos chegar mais além e manter o serviço de anima-ção que passou para “a rua” e chega a todos os utentes de centro de dia e também a alguns de apoio domiciliá-rio. Apesar do tempo conturbado que vivemos, levamos a alegria, a anima-ção e a companhia fazendo trabalhos de expressão plástica, estimulação

"Natal… tão feliz quanto possível!A Junta de Freguesia da Quinta do

Conde deseja a todos um Natal com saú-de e em segurança. Natal é sinónimo de festa em família, de crianças, de alegria, de felicidade. Este ano a epidemia apon-ta-nos modelos diferentes de celebração, impõe-nos acrescida cautela.

Desejamos a todos um Natal tão feliz quanto possível, com saúde e em segurança. Saúde: Uma palavra e um estado que nas atuais circunstâncias ganha outro significado, ganha mais importância. Segurança: Um cuidado que começa em nós, na escolha dos locais que frequentamos, nos cuidados que adotamos em todos os momentos.

É nestes momentos difíceis, que mais oportuna se torna a prestação dos serviços públicos. De todos os serviços públicos, desde a saúde à educação, à segurança, à manutenção da higiene urbana. É nestes momentos difíceis que os serviços públicos se afirmam e dizem presente. No que concerne à Junta de Freguesia, confirmamos: podem contar connosco. Estamos cá!

cognitiva e expressão corporal a quem está mais sozinho e dependente da nossa presença. Aproveitamos tam-bém, para desmistificar alguns medos e receios relativamente à pandemia e mostrar-lhes que não estão sozinhos.

A altura do Natal não é exceção e continuamos a levar o espírito natalí-cio e boa disposição que nos caracte-riza.

Em nome de todos os corpos geren-tes e funcionárias da AURPI Paio Pires, desejamos um Bom Natal e que 2021 nos traga bastantes motivos para sorrir."

AURPIPP

Solidários nesta batalha, que quere-mos vencer rapidamente.

Apelamos a todos que neste Natal comprem no comércio local. Porque é um dos nossos, que está connosco nas horas boas e más. E porque está a enfrentar adversidades semelhantes às de qualquer um de nós.

Reafirmando a todos os nossos votos de Natal tão feliz quanto possível mas sobretudo com saúde e em segurança."

Presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde

Vítor Antunes

"O Presidente da Concelhia do PS Seixal e o seu Secretariado desejam um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

Nesta época festiva não se esqueça das regras de prevenção do contágio da Covid-19. Proteja-se.

Cuidar de Si, é cuidar de Todos, por-que 2021 espera por si, espera por nós."

Presidente da CPC PS SeixalMarco Teles Fernandes

4 | CULTURA | 18 de dezembro de 2020

A importância dos Auto de Constatação

nos arrendamentos

Quer do ponto de vista do senhorio, quer do ponto de vista do arrenda-tário, existe sempre o receio que ao efectuarem um arrendamento de um imóvel em determinadas condições, possam estas não corresponderem às mesmas após o cumprimento do contrato.

Normalmente a caução serve de “al-mofada” a qualquer estrago consta-tado, mas esse valor nem sempre é suficiente para o prejuízo.

Resta pois à parte que se sentir lesada o recurso ao contencioso para reposi-ção do direito.

Mas nem sempre é fácil. Provar que aquando do arrendamento o imóvel se encontrava em determinadas con-dições, pode ser muito problemático.Ora, a Ordem do Solicitadores e Agentes de Execução desenvolveu uma ferramenta que se tem revelada de extrema importância na garantia da situação de conservação dos imó-veis e móveis existentes, antes e após o arrendamento.

Trata-se do Auto de Constatação. O solicitador é chamado ao local a ar-rendar e procede à elaboração de um auto onde verifica a situação do imó-vel, atestando e constatando factos e acontecimentos, garantindo que não aplica nenhum grau de subjectivida-de nos seu relato à data da visita.

Mais tarde, quando o inquilino en-trega o locado, uma nova visita do Solicitador atesta as divergências, como seja o estado dos móveis, ele-trodomésticos, utensílios, etc.

Este auto é depositado numa plata-forma informática, para memória fu-tura e em caso de necessidade.

Escolha os serviços de um profissio-nal, contacte o Solicitador.Envie a sua questão para: duvidas@ruifeio.pt

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Rui Hélder FeioSolicitador

RUA QUINTA DA PRATA, 6TORRE DA MARINHA, 2840-614 SEIXAL

Contacte o Solicitador!

218 284 986 934 428 652solicitador@ruifeio.pt

www.ruifeio.pt

Rosto do NatalPAI NATAL (1920)

seu trabalho.As primeiras aparições da persona-

gem do Pai Natal aparecem em ilus-trações do século XIX. No entanto, até aos anos 30 do século XX, a imagem desta personagem rechonchuda variava constantemente, dependendo do artista ou da ocasião em que era desenhada, podendo ser desde um pequeno elfo até um homem alto e magro, com todo o tipo de indumentárias, tais como túni-cas e casacos de pele. Embora muitas pessoas acreditassem que o Pai Natal se vestia de vermelho para se relacionar com a Coca-Cola, ele já tinha utilizado roupas dessa cor em inúmeras ocasiões.

Celebremos então o centenário do Pai Natal neste sinuoso ano de 2020.

Mário Barradas

O Pai Natal surge num anúncio da Coca-Cola em 1920, numa ilustração publicada no The Saturday Evening Post, tendo uma aparência séria e sen-do criado pelo ilustrador Thomas Nast. A imagem do Pai Natal da Coca-Cola é fruto do trabalho do ilustrador Haddon Sundblom entre 1931 e 1964, sendo inspirado no poema A Visit From St. Nicholas, de Clement Clark Moore.

Baseando-se em São Nicolau, Sund-blom criou uma personagem cativante, calorosa e amigável que rapidamente marcou o público, contribuindo para determinar a imagem definitiva do Pai Natal. O ilustrador desenhou o Pai Natal para a Coca-Cola todos os anos até 1964, embora tenham sido criadas mais peças posteriormente com base no

Os CONSERVEIROS, que, no nosso concelho, produziram, durante algu-mas décadas do séc. XX, milhões de latas de conservas de peixe.

Foi no biénio de 1916-1918, quando decorria a 1ª Guerra Mundial, que se instalaram no concelho do Seixal qua-tro fábricas de conservas de peixe. Na Amora - «Sant̀ Anna, Miranda & C.ª Lda.», na Arrentela - «Ricardo, Justino & C.ª» e «Fonseca, Roque & C.ª» e no Seixal «Almeida & Pólvora, Lda.»

Destas quatro a que se manteve mais tempo a laborar foi a última, que se situava na correnteza onde mais tarde se instalou o antigo tribunal do Seixal (imagem de baixo à esquerda) e que permaneceu em atividade até finais dos anos quarenta ou princípios dos anos cinquenta.

Nesta fábrica do Seixal, a «Almeida & Pólvora, Lda.», trabalhavam cerca de meia centena de operários, produzindo anualmente quatro milhões de latas de conserva de sardinha, mas também de carapau e atum, com destino ao consu-

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ConserveirosRui Hélder FeioSolicitador

O VOZEIRO

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mo interno e à exportação.Entre 1976 e 1983, esteve instalada

no Breyner - Seixal ( junto da Quin-ta Grande) uma outra grande fábri-ca de conservas de peixe denominada «Indústria e Comércio de Produtos Ali-mentícios - Sereia, S. A. R. L.» (imagem de baixo à direita).

Esta última grande indústria conser-veira chegou a empregar cerca de 300 operários (particularmente mulheres) e

produzia conservas de sardinha em azei-te, em tomate, cavala, carapau e atum.

Na fotografia de cima (da autoria de Américo Ribeiro), podemos ver as conserveiras de uma antiga fábrica de Setúbal, semelhante às que existiram no Município do Seixal, efetuando o corte da cabeça às sardinhas.

Manuel Lima

| 18 de dezembro de 2020 PUBLICIDADE | 5

6 | OPINIÃO | 18 de dezembro de 2020

EmpatiaEmpatia, palavra que arrasta consigo

simpatias e revoltas quando na verdade deveria ser tão simples como respirar. Simples por saber que o homem é um animal social e precisa do outro para viver mas complexa por envolver várias componentes, nada fáceis de gerir.

A partilha e a compreensão fazem par-te do estado emocional. São essenciais para que o relacionamento entre os pares seja o melhor possível. Mas se a parte cognitiva for descurada, a capacidade de entendimento dessa partilha escoa-se como se nunca tivesse existido e a regu-lação da emoções é impossível de ser con-seguida.

Ser empático é para duros e não se admitem lágrimas de crocodilo. Uma

É com tristeza que se regista a morte do Professor Eduardo Lourenço, filósofo, ensaísta, poeta e ilustre pensador. Nobre pessoa, cujo pensar Portugal ficará muito mais empobrecido.

São pensadores como ele que fazem “mudar as regras do jogo” no que refere à forma como se questionam as mentali-dades e cultura dum povo, em tudo nada pró-activo e que vive no conformismo da sua vida pessoal.

Já alguém me disse que sou pró-activa com aquela sensação de coisice má.

“Nesta encruzilhada nos encontramos. O momento parece propício não apenas para um exame de consciência nacio-nal que raras vezes tivemos ocasião de fazer, mas para um reajustamento, tanto quanto possível realista, do nosso ser real à visão do nosso ser ideal.(...) Chegou a hora de fugir para dentro de casa, de nos barricarmos dentro dela, de construir com constância o país habitável de todos, (...) não estamos sós no mundo, nunca o estivemos.” (Labirinto da Saudade, pág. 51, Eduardo Lourenço)*

É intrínseco a si mesmo esta nobre condição de pensador. Duma beleza que muito poucos conseguem entender. E,

emoção é algo de pessoal e o ombro ami-go, aquele que deve estar disponível para quando é necessário. é tão importante como respirar. Um amigo é um ser empá-tico, o que se esquece de si e se dá em prol do outro.

A sociedade retira, agora, a sensibili-dade, as emoções e os sentimentos. Sen-tir tornou-se algo de pernicioso e levanta exércitos de vozes que se revoltam com quem quer que a liberdade seja um valor maior. Há que tapar tudo, com força e violência, para que nunca mais se repi-tam estes atos subversivos.

Saber estar na pele do outro é um dom, uma forma de se posicionar na vida, um frio despojamento que afinal mostra calor e muita dedicação. Estender a mão

tamanha verdade nestas palavras! Que em nada identificam o estado actual do país, porque reportam um tempo outro, mas que se adequam ao presente vivido. Expõem os condicionalismos que sempre se moveram entre o achismo e oportunis-mo, numa constante rebelia entre a viti-mização e a passividade.

São assim, exemplos de pessoa como Eduardo Lourenço, que nos estimulam na procura da resiliência, determinis-mo, vontade própria e autonomia, no que requer ao nível de responsabilidade e exigência que cada um se deveria pro-porcionar. Na dúvida (incerteza) e na ilu-são se desequilibram os estados de alma e se fortalecem os ignóbeis e perdidos.

Senão considere-se isto. Promove-se a incompetência e desvalorizam-se aqueles que abrem caminhos e apontam soluções. Porque é tão mais fácil aceitar ser mais um, do que ser um de todos diferente.

Teremos de percorrer mais cem anos para que as futuras gerações se aceitem assim um “ser real à visão do nosso ser ideal”?

Ou, será que as mesmas gerações, estarão automatizadas, menos socializadas, vinca-damente mais desumanizadas? E, a acon-tecer, de quem será a responsabilidade?

O Natal do nosso contentamentoNeste período que vivemos é comum

a biliões de mortais celebrarem o Natal. O nosso Natal é quando nós quisermos. O meu Natal é a 16 de outubro e como tal sempre o comemorei. Havia na minha família – o Natal é a festa da família – uma outra razão para comemorar o dia 16 de outubro. Oficialmente o meu pai, António José da Silva (Matias) (16-10-1920 – 9-12-1999) fazia anos também nesse dia. Digo oficialmente porque de facto ele nasceu a 10 de outubro, mas, como acontecia a imensas pessoas estavam registadas em dias posteriores. Nestes tempos enviam-se a amigos e familiares as boas festas e os desejos de um melhor ano. Tem sido assim e agora – talvez menos – continua a ser, embora as mensagens por SMS,

ou outras por meios mais modernos, tendam a ganhar espaço. Eu continuo a enviar cartões de boas -festas, geralmente adquiridos a pintores que fazem os seus trabalhos com a boca ou com os pés, eles, esses artistas, tem uma associação que os acolhe, a (APBP – Rua Belchior de Matos 5 R/c Dtº 2500 - 324 CALDAS DA RAINHA) e precisam também de ter natal…se puderem ajudem-nos comprando uns cartões de boas-festas.

Aqui chegado vou agora falar-vos dos cartões de boas-festas.

O seu inventor foi um inglês, também associado ao desenvolvimento da máquina a vapor e à introdução do selo postal. De seu nome Henry Cole, nascido na cidade Património Mundial

- Bath, no condado de Somerset a 15-7-1808 e falecido em Londres a 18-4-1882, foi diretor do Museu de Túmulos Reais em Sipán, mentor da Exposição Universal de Londres de 1851, onde foi construído o Cristal Palace, ainda hoje existente. Como tinha sido agraciado com a Medalha Albert (Albert de Saxe-Corburgo-Gota), atribuída em 1871 pela Rainha Vitória (Alexandrina Victória, 24-5-1819 – 22-1-1901), era um dos SIR que ainda hoje a actual rainha Isabel II dispõe para homenagear os seus mais notáveis concidadãos. Henry Cole pediu a um seu amigo colaboração ao nível do desenho, foi desta colaboração prestada pelo Sr. John Callcott Hosley (29-1-1817 – 18-10-1903) que nos cartões de

Manuel Matias

Margarida Vale

que tem que chegar ao coração, ao âmago da questão, é dar-se como se o tempo não existisse e pudesse ser outro.

Quando se sente o mundo a fugir, os pés a escorregarem na vida, a sensação de vórtice é enorme. Tudo gira como se fosse um filme e os segundos passam a horas intermináveis cheias de monstros e outras espécies de seres muito estranhos. Se houver quem saiba puxar para o lado da margem, o afogamento deixa de exis-tir.

Os que sabem ouvir são como peque-nos anjos que flutuam em ares especiais buscando as almas perdidas que choram lágrimas de aço. O sangue que lhes escor-re é sólido e não líquido, uma espécie de carapaça que se vai colando ao corpo e

Acho, não por achismo (um termo feio e vil) mas, certeza minha, que ao óbvio se deverá repetir e, pelo menos três vezes. Só que estamos de tal modo formatados para a desresponsabilização que se põe em causa a verdade dos factos, se conside-ra prepotência ao sujeito que argumenta e, ao oposto, se alimenta de compaixão e tolerância.

“Portugal precisa de um indisciplina-dor. Todos os indisciplinados que temos tido, ou que queremos ter tido, nos têm falhado. Como não acontecer assim se é da nossa raça que eles saem?” *(pág. 109)

Recusa-se a responsabilidade, permiti--se a não autonomia, é-se pouco exigente, sem questionar, pôr em causa ou contra--argumentar. Na vida, na sociedade, nas profissões...

Por isso também, se perpetuam, nas instituições públicas, e não só, mentali-dades fechadas, sistemas burocratizados, preconceitos e conceitos obsoletos, cultu-ras pré-estabelecidas, sem oportunidades de se inovarem ou reinventarem, a anos--luz (lá atrás) do século XXI.

É esta pouca vontade em Ser(fazer) diferente que se alimenta em Portugal. Vive-se do oportunismo, da chico-esper-

boas-festas são feitos dos mais variados motivos. A árvore de natal veio depois, é coisa importada dos nórdicos, nada tem a ver com a religião judaico-cristã, já que a sua tradição é o presépio. Tudo sofre mutações e até o pai natal começou por ser verde e hoje é vermelho.

Não acredito que mude para azul com riscas brancas mas quem sabe!

Continuem a enviar cartões de boas-festas, que além de ser simpático também nos faculta pensarmos, de vez em quando, com o coração.

Um feliz e saudável NATAL para todos os colaboradores e leitores do “Comércio do Seixal e Sesimbra”. Bom Ano Novo para todos…com vacinas, como convêm.

deixa a alma, aquela parte que serve para acumular, desfeita e partida em mil pedaços.

Os querubins tocam, ao de leve, nos sofredores, abrem os seus braços invisí-veis e, depois da ligação feita, guardam em si as dores alheias, os picos de dor do outro, as maleitas que tanto incomoda-vam. Misturam tudo, numa taça especial onde o sentimento forte é o cimento que liga tudo. Depois, quando terminado, barram com uma espátula feita de amor, o véu que lhes poderá dar alento e força para continuar.

Empatia, palavra tão difícil de enten-der...

tice e do passa a perna que eu lá vou. Todos somos mais aptos ao achismo do que a ter certezas, ou pelo menos procu-rá-las onde é devido, e aquilo que se faz, porque se faz, como se faz, saber fazer, simplesmente ninguém sabe. Porque cor-rigir e corrigir-se dá um enorme trabalho e é de uma gigantesca responsabilidade.

Então, exige-se pouco. Procura-se o anonimato, dá-se justificações para a anomalia da condição humana - que é errar, e tolera-se pouco. Muito pouco quando, ainda para mais, falta o tal abra-ço que outrora falei.

Sou uma mulher de muitos contrá-rios, mas em todos eles encontro sempre a mesma paixão: jamais perder a fé e o amor no ser humano.

Por isso, escolho para mim aqueles que enxergam a globalidade e não o totalitarismo, a individualidade e não o individualismo, a equidade e não a imparcialidade, a dignidade e não a imo-ralidade, a ética e não a desonestidade, a humildade e não o egocentrismo.

Escolho, agradeço e reconheço, por homens verdadeiros como este que foi falado aqui.

Responsabilidade e exigência CarmenEzequiel (a autora escreve de acordo com a antiga ortografia)

| 18 de dezembro de 2020 PUBLICIDADE | 7

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Na passada terça-feira a EDP Dis-tribuição entregou uma viatura de prevenção aos incêndios florestais à Associação Humanitária Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal. Esta ini-ciativa, inserida no programa “Doar para Proteger”, tem como objetivo apoiar instituições que desenvolvem atividades na proteção da floresta, lim-peza de vegetação, ou ainda, reflores-tação.

A entrega desta viatura, uma Pick up 4x4, insere-se no programa anual de doação de viaturas estabelecido para o ano de 2020, que totaliza 16 viaturas pertencentes à sua frota, num valor de investimento de cerca de 150 mil euros.

Este programa vai na sua quarta edição e já doou 85 viaturas que têm permitido colmatar necessidades pre-mentes das autarquias e comunidades

NATAL

Nasceu…Essa fé do além,

Onde tudo provém,Eternamente permanecerá…

É um natal feliz.É um ser

É uma vidaQue entrou

E rompeuO véu do aperfeiçoamentoE surgiu em vida humana

É um natal feliz.A profecia se cumpriu

No livro registado e previstoSendo Mediador e Salvador

Nosso Senhor Jesus Cristo

Pinhal Dias

POESIABombeiros Mistos do Seixal recebem viatura de prevenção por parte da EDP

locais, nomeadamente bombeiros e serviços municipais de sapadores flo-restais, capacitando a resposta na sal-vaguarda da floresta, das vidas e bens da população que em conjunto servem.

Ivo Lebre

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8 | PUBLICIDADE | 18 de dezembro de 2020

| 18 de dezembro de 2020 DESPORTO | 9

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O ginasta João Salvado do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moi-nho – CCRAM, sagrou-se Campeão Nacional no escalão Sénior Elite, no passado dia 5 de dezembro. O Campeo-nato Nacional de Ginástica Aeróbica, relativo à época desportiva 2019/2020, que teve lugar na União Recreativa do Dafundo, nos escalões Sénior Elite e Sénior contou com a participação do vencedor e de outra atleta da modalida-de, ambos representados pelo CCRAM.

A equipa de Corfebol do Centro Cul-tural e Recreativo do Alto do Moinho (CCRAM) venceu, no passado dia 13 de Dezembro, o Campeonato Nacional Outdoor da 2ª. Divisão. O atleta Pedro Fernandes, também do CCRAM, foi classificado como o melhor marcador da competição. O evento realizou-se no

Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho conquista título Nacional de Ginástica Aeróbica

Equipa de Corfebol do CCRAM vence 1ºLugar no Campeonato Nacional

João Salvado participou na catego-ria Individual Masculino com um total de 20,400 pontos. O segundo lugar foi para o ginasta Rui Cansado, em repre-sentação do Açores, com 20,350 pontos. Já a ginasta Marta Varandas, competiu na categoria Individual Feminino, no escalão Júnior, ficando classificada em 7º lugar com um total de 17,550 pontos.

Também no mesmo dia decorreu o 1º Torneio Virtual da Disciplina, dedicado aos escalões mais jovens. Participaram

Estádio Universitário de Lisboa entre os dias 22 e 23 de novembro e 6 e 13 de dezembro de 2020

Esta modalidade que nasceu na Holanda há mais de 100 anos, tem adeptos e jogadores maioritariamente na Europa. Tem como principal carac-terística, destinta de outros desportos

neste Torneio 143 ginastas em repre-sentação de 11 clubes, que competiram na divisão Base, 1ª Divisão e Elite, nos escalões Iniciados, Juvenis, Juniores, Juniores Elite, Esperanças e Absolutos. A competição adaptada à nova realida-de pode ser revista através do canal do Youtube da Federação de Ginástica de Portugal.

Ivo Lebre

semelhantes, o facto das equipas serem mistas, formadas por oito elementos –quatro homens e quatro mulheres. O jogo tem como objetivo principal lançar uma bola para dentro de um cesto, é jogado com as mãos num campo retan-gular.

Ivo Lebre

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| 18 de dezembro de 202010 | SAÚDE

FitoterapiaMiguel Boieiro

plantas são quase semelhantes. A abró-tea possui também folhas compridas de verde-escuro, mas muito mais estreitas. É planta robusta e perene com raiz fas-ciculada, engrossada por tubérculos ovóides e oblongos de 3 cm de com-primento e folhas planas, lineares e basais. Floresce na primavera, forman-do ramos, dispostos em panículas, que chegam a atingir 90 cm de altura, com pequenas flores brancas providas de filetes castanhos.

Julga-se que as abróteas são origi-nárias da região mediterrânica, mas atualmente estão espalhadas pelo mun-do, sendo cultivadas, quase sempre, como espécies ornamentais. Os gregos antigos costumavam plantá-las junto dos túmulos, pois acreditavam que for-neciam alimento aos falecidos. Plínio e outros clássicos latinos mencionam os tubérculos da abrótea como comestí-veis, mas, mais tarde, detetou-se neles uma substância tóxica chamada asfo-delina, pelo que não convém usá-los na alimentação. Aliás, uma das melhores formas de verificar se uma planta é tóxica é observar o comportamento do gado. Se ele não lhe toca, é porque a planta não é recomendável. No entanto, para aplicar externamente em feridas e lesões da pele, esta herbácea é das mais eficazes.

Medicinalmente diz-se que a abrótea é anti-espasmódica, diurética e emena-

A mãe do Martim estava preocupa-da. O garoto, com três aninhos apenas, esgatanhava com frequência o couro cabeludo que ficava assim, cheio de impigens. Alguém, entendido e expe-riente, recomendou que lhe deitassem nas feridas o suco da raiz de abrótea.

- De facto, a abrótea (que também é nome de peixe) tem essa utilidade e há pessoas que se dão muito bem com ela - respondi, quando a jovem mãe me indagou.

Abrótea é a designação comum de várias plantas da família das Lilia-ceae, ou segundo alguns botânicos, das Asphodelaceae, pertencente ao género “Asphodelus”. As mais conhecidas são a Asphodelus aestivus, a Asphodelus albus e a Asphodelus ramosus. Esta, talvez a mais vulgar, é a que vamos pormenorizar, por se encontrar fre-quentemente na nossa região, de clima atlântico-mediterrânico. Não podemos, todavia, deixar de mencionar a varie-dade endémica Asphodelus lusitanicus e a Asphodelus bento-rainhae, espécie quase em extinção, que surge na Cova da Beira, como bem explica o fito-terapeuta e meu saudoso amigo, Dr. João Ribeiro Nunes, no seu tratado de “Medicina Popular”.

A abrótea encontra-se com frequên-cia nos montados e charnecas incultas, onde parece competir com a cebo-la albarrã. Antes da floração, as duas

DR

goga.Aponta-se ainda outro uso para a

abrótea: a preparação de um grude ou cola muito forte, a partir do pó dos tubérculos amassado em água fria, for-mando uma pasta amarelada. Era uti-lizada antigamente pelos sapateiros e encadernadores.

Hoje em dia, poucos fitoterapeutas mencionam a abrótea nos seus compên-

dios. Exceptua-se o Dr. João Ribeiro Nunes que refere a utilização dos rizo-mas cortados às rodelas, ou o respeti-vo suco para friccionar na pele, a fim de ativar a cicatrização no tratamento de eczemas, impigens e ulcerações das mucosas. Praticamente o mesmo é dito pelo Dr. Oliveira Feijão na “Medicina pelas Plantas” e pelo Dr. Lyon de Castro na sua obra “Medicina Vegetal”.

Abrótea

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ENTREVISTA | 11 | 18 de dezembro de 2020

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Como surge a ideia de começar a compor e a cantar? E de onde nasce a ligação com a música?

A ideia inicial nasceu ainda em criança quando comecei por aprender a tocar piano e mais tarde decidi for-mar uma banda de garagem. Comecei por compor alguns temas, os quais nunca divulguei, e que só cantava em casa para a família.

Em 2013 gravei em casa um tema para os Bombeiros de Portugal, tema esse que partilhei nas redes sociais e que em pouco tempo teve cerca de um milhão de visualizações. Esse foi o momento chave e o ponto de partida.

Com que género musical é que o Hélder mais se identifica?

Com a música romântica.

De onde surge a ideia da escolha do tema, que sai como uma homenagem aos Bombeiros de Portugal?

A escolha do tema foi devido à quantidade de bombeiros que teriam falecido nesse ano, situação à qual não fiquei indiferente e que mexeu de cer-

ta forma com o meu estado emocional como ser Humano que sou.

Achei por bem que mesmo sendo um anónimo, poderia homenagear aqueles heróis que perderam as suas vidas.

Já tem algum novo projeto em men-te direcionado para uma temática solidária?

De momento e devido a todo este cenário que estamos a atravessar ainda não tenho nenhum projeto, mas espe-ro vir a ter em breve.

Sabemos que lançou este ano um novo álbum – Intuição – que estraté-gias adotou para a promoção do mes-mo em tempo de pandemia?

De momento não me restam muitas alternativas e decidi apostar nas redes sociais.

Onde é que podemos encontrar os trabalhos do Hélder?

Podem encontrar nas várias redes sociais, nomeadamente o Facebook, Youtube, Spotify, entre outros.

Hélder BarradasO Hélder, cantor e compositor de Sesimbra, brindou-nos com uma conversa cheia de positividade e esperança. A sua carreira na música começa exatamente dessa maneira, aliada a uma grande causa e com um grande gesto de solidariedade. Numa altura em que a Cultura é dos campos mais afetados no nosso país, o cantor mostrou-se ativo através das alternativas que tem no mundo digital.

Tem alguns concertos agendados para breve?

De momento não tenho agenda-mentos, mas tenho esperança que tudo possa mudar. Pensamento positi-vo sempre.

Ivo Lebre

DR

| 18 de dezembro de 202012 | OPINIÃO

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O Natal já existia quando eu vim.No princípio era haver bolos e pre-

sentes lá em casa, tal como nas festas de aniversário. E era bom ter connosco, os avós, os tios e os primos. Havia um calor que faltava no resto do ano. Um acon-chego a que não sabia ainda dar nome.

Depois, juntou-se a tudo isto o facto de o Natal acontecer dentro dessa outra coisa maravilhosa que eram as férias. E ganhou ainda mais encanto.

Mas chegou a idade de querer saber a razão funda das coisas. Saí para a rua, onde as pessoas compravam e vendiam presentes envolvidos em papéis de mui-tas cores. Mas ninguém me iluminou. Falaram-me de como tinham de correr muito nessa época do ano; de números e poupanças; do seu esforço e de como

Desejo a toda a equipa do Jornal Comércio do Seixal e Sesimbra e a todos os leitores muita força e coragem para vencerem sempre os desafios, e que sai-bam sempre reconhecer as dádivas que a vida nos dá e as oportunidades que nos apresenta.

Que 2021 traga uma renovação da esperança e da força da fé, e que este Natal, mesmo diferente, seja rico em amor, partilha, bondade e verdade.

Deixo-vos como presente um ritual especial de Natal para agradecer e pedir proteção para si, para a sua família e

a vida não estava boa para dar prendas. Pouco sabiam acerca do Natal. Deixei-

-as nas suas correrias e continuei a pro-curar. Nas ruas, as luzes não passavam de técnica comercial: no fundo, tudo estava muito escuro.

Fui então ver as famílias, lembrando--me de como, em pequeno, o Natal me rodeava quando estava com os meus. Vi que continuavam a reunir-se. Mas as pessoas passavam o tempo em frente de vários ecrãs. Havia monossílabos e gri-tos. E compreendi que era apenas por hábito que se reuniam. Pareceu-me que tinham perdido o Natal, conservando somente a roupagem do Natal.

Foi só quando já não sabia onde pro-curar que tive a minha resposta. Os meus passos errantes levaram-me até

para toda a Humanidade.

Vai precisar de:- 1 vela para iluminar o seu caminho- 1 pau de incenso para purificar a

energia do seu lar- 1 taça com água e sal para absorver

qualquer energia menos positiva- 1 presépio- 1 terço

Preparação:- Coloque tudo num lugar mais sosse-

gado na sua casa.

onde se tinham juntado muitos daqueles que sabiam de dores. Era um hospital, talvez, ou uma prisão. Ou um barracão de janelas abertas para o frio da noite. Uma mãe tinha perdido um filho. Outra tinha um filho doente. Um homem jazia imóvel num leito e gemia sem parar. Outro tinha um sonho grande e umas mãos pequenas, e sofria de não ser capaz. Havia cegos e alguns que, vendo, desejavam ver de um outro modo. Havia os que tinham cavado na alma, com as próprias mãos, chagas a que nenhum médico poderia acudir.

Não sei contar todos os casos, mas vi uma oração nos lábios de cada um deles. Nos olhos de cada um, vi uma lágrima e, simultaneamente, um brilho de esperan-ça. Os que podiam tinham-se ajoelhado

- Acenda a vela e o pau de incenso.- Durante alguns minutos fique em

silêncio e pense só nas coisas boas que exis-tem na sua vida. Agradeça a Deus por elas.

- Pegue então no terço e reze esta oração:Oração ao Menino JesusDivino Menino Jesus,obrigado pela bênção da Tua presençana minha vidae na vida da minha família.Agradeço-Te por iluminares a vida de todos os que mais precisame por olhares sempre por nós. Meu Menino Jesus,

— era quase meia-noite — à beira de umas figuras de presépio, entre os quais estava o daquela que havia de ser mãe.

E compreendi: o Natal é só de quem há muito espera. De quem ainda não se encheu. De quem sonhou além das coi-sas e se vê ainda muito longe. De quem tem chorado. De quem olha para dentro de si mesmo e sente medo. É somente de quem não encontrou ainda o seu consolo.

O Natal existe apenas onde existe a falta. Nós, que temos tudo — que pen-samos que temos tudo — sofremos da terrível pobreza de não sabermos sequer que somos pobres.

O Natal não é para nós. Ainda não somos capazes de o entender...

que a tua luz brilhe sempredentro do meu coração.Ámen.

- Depois fique em silêncio e pense em tudo aquilo que gostava de ter e que deseja para a sua família.

- No final, diga: “Obrigada, Menino Jesus, sei que me ouviste. Sei que os meus pedidos estão a ser realizados.”

- Com esse sentimento de gratidão no coração, volte às suas tarefas para este dia.

- Deixe a vela arder até ao fim, em segurança.

De quem há muito espera

Ritual de Natal

Paulo Geraldo

Por Maria Helena

PUBLICIDADE | 13 | 18 de dezembro de 2020

14 | LAZER

SU DO KU

21-03 a 20-04

21-06 a 23-07

21-04 a 21-05

21-04 a 21-05

24-07 a 23-08

24-09 a 23-10

24-08 a 23-09

24-10 a 22-11

23-11 a 21-12

22-12 a 20-01

21-01 a 19-02

20-02 a 20-03

SOLUÇÃO

BRINQUEDOS DE INFÂNCIA

filme

Carneiro

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18 a 24 de dezembro

| 18 de dezembro de 2020

Não existe nada mais pessoal do que rezar. Cada um tem o seu misticismo. Há pessoas que rezam baixando os olhos, escondendo nas mãos o rosto, voltando-se para dentro. Há outras, porém, que abrem esforçadamente os olhos ao rezar, numa tentativa de observar a vida no seu espanto. Quer umas, quer outras - estão certas.

Todas as formas de rezar são insuficientes, mas todas são eficazes. A arte de rezar é a arte de ser, apenas isso, porque o que conta verdadei-ramente não depende das palavras. O encontro do eu com a entidade divina pode ser feito de muitas formas e este livro pode ser uma ajuda.

livro

ARCO – BERLINDES – BICICLETA – BOLA – BONECAS CARRINHOS – CAVALO DE PAU – COMBOIO – IOIÔ

LEGO – PATINS – PIÃO – TAMBOR TRICICLO – TROTINETA Amor: Tenha mais contacto com o que lhe traz alegria.

Saúde: Faça uma caminhada por dia, ative a circulação san-guínea e fortaleça o seu coração.Dinheiro: Sem sobressaltos. Números da Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48

Amor: Não ligue ao que as outras pessoas dizem. Mantenha a confiança em si e nos seus sentimentos. Saúde: Tendência para dores de garganta. Proteja-se contra mudanças de temperatura.Dinheiro: Possível aumento de trabalho. Saiba dar resposta a todos os desafios.Números da Sorte: 1, 8, 17, 21, 39, 48

Amor: Não dê importância a comentários de terceiros. Con-fie mais no seu coração. Saúde: Proteja os ouvidos. Estão sensíveis.Dinheiro: Não se precipite ao fazer compras. Números da Sorte: 3, 7, 11, 18, 22, 25

Amor: Procure manter-se calmo. Não alimente discussões!Saúde: Tendência para ter problemas digestivos.Dinheiro: Desenvolva estratégias para ter mais estabilidade profissional.Números da Sorte: 8, 17, 22, 24, 39, 42

Amor: Poderá começar uma nova amizade ou um novo relacionamento. Saúde: Durma mais para recuperar energias.Dinheiro: Boa capacidade de resolução de conflitos e gestão de recursos.Números da Sorte: 7, 22, 29, 33, 45, 48

Amor: Enfrente as desilusões com otimismo e confiança em si próprio. Saúde: Evite a rotina. Faça atividades que nunca experi-mentou antes, revitalize a sua mente. Dinheiro: Não se precipite nos gastos.Números da Sorte: 4, 9, 18, 22, 32, 38

Amor: Deixe que os outros se aproximem de si. Olhe tudo com amor, assim a vida será uma festa! Saúde: Lembre-se que a sua saúde é o espelho das suas emoções.Dinheiro: Período favorável. Dedique-se com amor àquilo que faz, e obterá melhores resultados.Números da Sorte: 9, 18, 27, 31, 39, 42

Amor: Possível desilusão com alguém próximo. Dê o braço a torcer se não tiver razão.Saúde: Faça exercícios de relaxamento para manter a sua mente mais serena.Dinheiro: Não se distraia nas suas tarefas, evite cometer erros.Números da Sorte: 1, 3, 7, 18, 22, 30

Amor: Dê atenção às pessoas mais velhas da sua família. Saúde: Não esforce as suas pernas.Dinheiro: Seja alegre e otimista, confie nas suas capacidades.Números da Sorte: 2, 17, 19, 36, 38, 44

Amor: Terá harmonia na sua relação. Lembre-se que com os seus pensamentos e palavras cria o seu mundo! Saúde: Consulte regularmente o dentista.Dinheiro: Cuidado com investimentos, não arrisque. Números da Sorte: 9, 11, 17, 22, 28, 29

Amor: Seja mais seletivo nas suas amizades e nas pessoas que mantém perto de si. Saúde: Problemas de rouquidão.Dinheiro: Seja prudente no local de trabalho. Números da Sorte: 1, 5, 7, 11, 33, 39

Amor: O amor está favorecido, dinamize a relação através de atividades que quebrem a rotina!Saúde: Nada o preocupará a este nível. Dinheiro: Período pouco favorável. Pode enfrentar atrasos e contrariedades. Números da Sorte: 2, 9, 17, 28, 29, 47

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

REZAR DE OLHOS ABERTOS

sopa de letras

dr

Em tempo de férias escolares e chuva e frio, o melhor é ficar em casa e ver filmes que ajudem a mente e o espírito.

Este filme conta a estória de um professor que vai ensinar para uma renomada escola e que pretende que os seus alunos se tornem adultos. Para isso incita-os a serem curiosos, a saberem pensar por si e a questionarem tudo o que lhes dizem sem a devida justificação.

Entre eles estabelece-se uma ligação forte mas que terá um resultado diferente do esperado. A vida é sempre uma surpresa e ser jovem é apenas uma das etapas que o caminho tem que seguir.

dr

SOCIEDADE | 15 | 18 de dezembro de 2020

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"Neste Natal diferenciado dos demais, há que manter a chama da tra-dição bem presente, é tempo de união distanciada, é tempo de reflexão, soli-dariedade e de amor, mas sobretudo é tempo de comemorar a vida e semear a esperança.

Com saudações desportivas, o Seixal Clube 1925 deseja a todos um feliz natal."

Hugo Rodrigues

"O Paio Pires Futebol Clube, deseja aos seus sócios, simpatizantes e ami-gos, um Natal Feliz e que no próxi-mo ano superemos esta pandemia e possamos de novo praticar desporto juntos."

Jorge Lopes

No próximo sábado, dia 19 de dezembro, às 15 horas, irá ser trans-mitido na página do Facebook do Município do Seixal ao evento Mais Um Natal sem Hospital no Seixal, uma iniciativa para relembrar, uma vez mais, a luta que dura há quase 20 anos pela construção do hospital, uma reivindicação da população, Comissão de Utentes de Saúde, órgãos autárqui-cos e Plataforma Juntos pelo Hospital.

Neste espetáculo online atuarão

Mais Um Natal sem Hospital no Seixal transmitido via Facebook

vários artistas locais e nacionais, como Fernando Viegas, Maria de Lourdes, David Antunes, Manuela Sameiro, David Ventura, Mário Barradas, Dia-mantina, entre outros, que se jun-tam assim à população do Seixal por melhores condições de saúde e por uma melhor qualidade de vida para todos.

dr

16 | PUBLICIDADE | 18 de dezembro de 2020