revista o comércio - boas festas 2010

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A serviço da comunidade. REVISTA Lençóis Paulista Dezembro de 2010 R$ 3,00 Ano 1 Edição Nº 4 Comércio Conheça o resultado do Concurso de Vitrines e outros aspectos do comércio natalino Social Renato Teles e o casal Rosemir e Egle Amaral alegram o Natal da comunidade Religião Descubra o nascimento de Cristo sob à ótica de evangélicos, católicos e espíritas Páginas 3 à 14 Páginas 19 e 21 Páginas 27 à 31 S e a correria da vida moderna faz com que dia após dia e semana após semana, os anos pas- sem sem que a gente perce- ba, que este tempo de festas seja a celebração do desper- tar. O despertar de quem acordou para um mundo mais lúcido, sereno, cultu- ralmente evoluído, com to- lerância pelas diferenças e respeito às diversidades. Se, durante todo o ano, a pressão da vida moderna faz com que, todos os dias, a noite apareça com cara de crepúsculo da vida, que neste tempo de alegrias, o raiar do sol seja a anuncia- ção de novos ares, de um período de prosperidade e paz. A mesma paz de espí- rito que aquece o coração do bom, do fiel, do justo. Se o ano passa rápido e atropela nossos sonhos e planos no revirar das fo- lhas do calendário, que es- te tempo de reflexão tam- bém sirva para a reunião de forças, para a comunhão de sonhos. Os sonhos de igual- dade e fraternidade que uma vez a cada quatro es- tações voltam para inundar todos os corações do plane- ta, quem sabe, do universo. Se naquele tempo, no ano zero da civilização, via- jar cento e cinquenta quilô- metros entre Nazaré e Be- lém era uma grande jorna- da, Maria e José não pode- riam conceber que levavam consigo a semente da pala- vra de esperança e fé que, pouco tempo depois, seria a mais importante história da humanidade. Humanidade esta que deve tomar o Aniversarian- te deste tempo tão especial como o maior exemplo de amor a ser seguido por to- dos os corações do mundo, livre de credos e religiões. Fazendo o bem como Ele fez e faz, simples e sempre. Movida por essa atmos- fera que remete aos mais nobres dos sentimentos, a equipe da Revista O Co- mércio deseja aos parcei- ros, colaboradores e ami- gos um Natal de reflexão e fé. Um Novo Ano de plan- tio e boa colheita. Uma era que nos conduza a amplos e nobres horizontes onde im- perem o bem, a justiça e a fraternidade. Boas festas! Por todos os corações do mundo Editorial Páginas 13 e 14 Ana Júlia Teixeira é A Garota da Capa Edição Especial de Boas Festas História Onde surgiram os Reis Magos, Papai Noel, o Presépio e a Árvore de Natal? Páginas 22 à 26

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Edição de Boas Festas de 2010 da Revista O Comércio

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Page 1: Revista O Comércio - Boas Festas 2010

A serviço da comunidade.

REVISTA

Lençóis Paulista Dezembro de 2010 R$ 3,00 Ano 1 Edição Nº 4

ComércioConheça o resultado do Concurso de Vitrines e outros aspectos do comércio natalino

SocialRenato Teles e o casal Rosemir e Egle Amaral alegram o Natal da comunidade

ReligiãoDescubra o nascimento de Cristo sob à ótica de evangélicos, católicos e espíritas

Páginas 3 à 14 Páginas 19 e 21

Páginas 27 à 31

Se a correria da vida moderna faz com que dia após dia e semana

após semana, os anos pas-sem sem que a gente perce-ba, que este tempo de festas seja a celebração do desper-tar. O despertar de quem acordou para um mundo mais lúcido, sereno, cultu-ralmente evoluído, com to-lerância pelas diferenças e respeito às diversidades.

Se, durante todo o ano, a pressão da vida moderna faz com que, todos os dias, a noite apareça com cara de crepúsculo da vida, que

neste tempo de alegrias, o raiar do sol seja a anuncia-ção de novos ares, de um período de prosperidade e paz. A mesma paz de espí-rito que aquece o coração do bom, do fiel, do justo.

Se o ano passa rápido e atropela nossos sonhos e planos no revirar das fo-lhas do calendário, que es-te tempo de reflexão tam-bém sirva para a reunião de forças, para a comunhão de sonhos. Os sonhos de igual-dade e fraternidade que uma vez a cada quatro es-tações voltam para inundar

todos os corações do plane-ta, quem sabe, do universo.

Se naquele tempo, no ano zero da civilização, via-jar cento e cinquenta quilô-metros entre Nazaré e Be-lém era uma grande jorna-da, Maria e José não pode-riam conceber que levavam consigo a semente da pala-vra de esperança e fé que, pouco tempo depois, seria a mais importante história da humanidade.

Humanidade esta que deve tomar o Aniversarian-te deste tempo tão especial como o maior exemplo de

amor a ser seguido por to-dos os corações do mundo, livre de credos e religiões. Fazendo o bem como Ele fez e faz, simples e sempre.

Movida por essa atmos-fera que remete aos mais nobres dos sentimentos, a equipe da Revista O Co-mércio deseja aos parcei-ros, colaboradores e ami-gos um Natal de reflexão e fé. Um Novo Ano de plan-tio e boa colheita. Uma era que nos conduza a amplos e nobres horizontes onde im-perem o bem, a justiça e a fraternidade. Boas festas!

Por todos os corações do mundoEditorial

Páginas 13 e 14

Ana Júlia Teixeira éA Garota da Capa

Edição Especial de Boas Festas

HistóriaOnde surgiram os Reis Magos, Papai Noel, o Presépio e a Árvore de Natal?

Páginas 22 à 26

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Boas Festas: Publicidade2 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 3Boas Festas: Comércio

Foi um sucesso a edi-ção 2010 do Concur-so de Vitrines Natali-

nas. Realizado pela parce-ria entre a Acilpa (Associa-ção Comercial e Industrial de Lençóis Paulista) e Ca-sa da Cultura. O concurso – sob o tema “Natal na Ci-dade do Livro” – movimen-tou a comunidade e incenti-vou a indústria e comércio a iluminar suas fachadas aju-dando a criar o clima de Na-tal. Neste ano, as lojas ven-cedoras foram Yes Deluxe, Style e XV Calçados.

Segundo informações da Acilpa, 26 empresas se inscreveram no concurso. Todas as fachadas e vitrines foram fotografadas para a avaliação. A apreciação dos trabalhos foi feita por uma comissão julgadora forma-da por cinco membros e o resultado divulgado no úl-timo dia 8.

Ainda de acordo com a organização do concur-so, as vitrines foram ava-liadas de acordo com dez critérios: fidelidade ao te-ma proposto, apelo de ven-das, harmonia dos elemen-tos utilizados, cuidado com o acabamento, aproveita-mento do espaço, aprovei-tamento de produtos da lo-ja na composição da vitri-ne, utilização de materiais de decoração ecologica-mente corretos, beleza, ori-ginalidade e criatividade.

A cidade e suas luzesYes Deluxe, Style e XV Calçados foram as lojas mais votadas na segunda edição do Concurso de Vitrines Natalinas

Cristiano Guirado

Yes Deluxe, Style e XV Calçados foram as três lojas premiadas na edição 2010 do Concurso de Vitrines Natalinas

Fotos: Fernanda Benedetti

Page 4: Revista O Comércio - Boas Festas 2010

Boas Festas: Publicidade4 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 5Boas Festas: Comércio

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Boas Festas: Publicidade6 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 7Boas Festas: Comércio

Não é de hoje que a ago-nia da escolha do me-lhor figurino para as

festas de final de ano co-meça bem antes do Natal. Lojas cheias, gente trope-çando no seu pé e estacio-namento sem vagas. Mas é depois de vencida essa eta-pa que começa o verdadeiro suplício: o que usar? Bran-co, azul, verde ou amarelo? Vestido ou calça? Brilho ou decote? Piscina dispen-sa roupa de gala? Algumas dicas selecionadas pela Re-vista O Comércio vão ajudar você a se sair bem em qual-quer ambiente e não pagar aquele mico indesejável.

A começar pela harmo-nia. Estar em harmonia com o local e a proposta da ocasião é fundamental. Em uma sofisticada festa notur-na, o brilho é bem vindo.

Se a confraternização for em um sítio ou chácara, um visual mais esportivo. Vale lembrar que nos dias 24 e 31, vésperas de Natal e Ano Novo, respectivamen-te, a roupa é para noite. Nos dias 25 e 1º de janeiro, a fes-ta é durante o dia.

Se a noite de Natal for na casa da família, aposte em uma roupa com bom caimento, uma cor legal e acessórios que valorizam a produção. Tudo confor-tável. O Natal é uma noite para confraternizar e não se preocupar com decotes ou marcas indiscretas. Para o Réveillon na praia, use te-cidos leves. Rasteirinhas ou chinelos são sempre bem--vindos para pular as sete ondinhas. Se for comemo-rar a virada em um clube, navio ou local mais sofisti-

cado, procure usar o bran-co ou prata.

Bom senso também é importante. Um casal tem que se vestir em harmonia também, logo, não adian-ta a mulher sair toda pro-duzida levando a tiracolo um homem em trajes so-ciais. Se um figurino des-toar demais do outro, um dos dois acaba ficando constrangido.

Se dar um mergulho for a ocasião, leve um maiô ou biquíni discretos e um kit com corretivo, pó compac-to, batom, blush, lápis, rí-mel e sombra para quando sair da piscina. Se a piscina for apenas o cenário e não parte da festa, mantenha a distância. Nada pior do que cair na piscina sem que isso seja parte do roteiro previs-to para a ocasião.

Visual defim de anoEscolher o que vestir nas festas de fim de ano costuma ser um sufoco? Para não errar, a dica é manter a harmonia com a ocasião e o ambiente

Dicas básicas ajudam a evitar um visual impróprio nas festas de fim de ano

Foto: Fernanda Benedetti

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Boas Festas: Publicidade8 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 9Boas Festas: Comércio

Vai viajar no Ano No-vo? Seja para os pon-tos turísticos brasilei-

ros, seja o exterior, é impor-tante seguir uma metodo-logia de organização para evitar que a diversão das fé-rias dê lugar a transtornos e até preocupações maiores. Tudo pode ser evitado com medidas simples e a Revista O Comércio preparou uma série delas pra você.

A primeira dica é a es-colha das roupas. Prefira roupas versáteis, que to-mem pouco espaço e pos-sibilitem combinações va-riadas. Quanto mais in-crementada sua coleção de acessórios, menos rou-pas você vai precisar para montar visuais diferentes. Duas malas, no máximo, é

Enfim, fériasViajar sempre é bom, mas é importante tomar algumas precauções para evitar dor de cabeça e poder curtir ao máximo o descanso merecido

Cristiano Guirado o que você deve levar. Separe as meias e pe-

ças íntimas em saquinhos plásticos ou distribua esses itens nos vãos que vão sur-gir entre as roupas na ma-la. Os cintos devem ser pos-tos enrolados nesses mes-mos espaços ou esticados por cima de tudo.

Vai de avião? É impor-tante levar uma bolsa de mão com uma muda de roupa, produtos de higie-ne, remédios e roupa de dormir. Em viagens para o exterior, carregue também a passagem e o passapor-te. Identifique suas malas com o nome e número de telefone. Também é interes-sante ter algo que identifi-que a mala de longe, como uma fita amarrada na alça ou um adesivo.

Se a viagem for de car-

ro, antes de tudo faça uma revisão no veículo. Freios, motor e suspensão são os itens que podem causar as maiores inconveniências. Também prepare a bolsa de mão com os mesmos pro-dutos já citados, mas adi-cionando alimentos e água para o percurso.

Chegando ao destino a primeira coisa a fazer é ti-rar da mala as roupas que amassem e as calças jeans. Para não bagunçar o quarto de hotel, itens mais pesados como secador, sapato e ou-tros, devem ficar dentro da mala. Guarde as roupas su-jas em sacos de tecido, sepa-rando-as das que ainda estão limpas. Roupas úmidas den-tro da mala produzem mofo.

Cheque tudo com ante-cedência, fique de olho nas dicas e boa viagem!

Fotos: ilustração

Seja para o Brasil, seja para o exterior, viajar pode reservar surpresas desagradáveis; prevenção é o melhor remédio

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Boas Festas: Comércio10 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

Escolher um presente é uma tarefa compli-cada. Presentear com

bom gosto demanda tem-po. Nem sempre é simples se lembrar de todas as pes-soas especiais e escolher o presente que melhor se en-caixe no perfil de cada uma, tudo isso levando em conta o quanto a pessoa vai poder gastar com isso.

E, Natal após Natal, essa indecisão nos leva a adiar ao máximo o momento de comprar o presente e sem-

A melhor escolhaAinda não comprou seus presentes de Natal? Calma!

Mesmo na última hora é possível fazer bons negócios nas compras de Natal

Foto: Fernanda Benedetti

pre fica tudo para a última hora. Só quem já passou por isso pode dizer que não é por descaso nem por pre-guiça, mas sim, por dificul-dade na hora de escolher.

Ainda não comprou os presentes de sua lista? Cal-ma. Ainda é possível fazer uma boa escolha sem per-der o dia todo de loja em loja. Faltando poucos dias para o Natal, a tendência é que o comércio fique inun-dado de consumidores. As-sim sendo, a objetivida-de passa a ser bastante im-portante. Portanto, se vo-

cê ainda não sabe quantas pessoas você vai presente-ar, passou da hora de deci-dir. Se for o caso, faça duas listas, uma com a família e amigos mais próximos, ou-tra com aqueles para quem você quer mandar apenas uma lembrança.

Feito isso, deixe que seu convívio e afinidade com cada um lhe diga qual o pre-sente que vai causar melhor impressão. Se não conseguir chegar a uma conclusão, ou-tras dicas podem ser valio-sas. Por exemplo, evite ao máximo dar vales-presente.

Eles podem dar a impressão de que você está desinteres-sado pela ocasião. Peças ín-timas são bons presentes para pessoas de muita in-timidade e mais ninguém.

Você reduz a chance de erro se comprar um produ-to que a pessoa tenha bo-as possibilidades de trocar depois, como livros, CDs e DVDs. Outra possibili-

dade é escolher o presen-te entre grupos genéricos. Por exemplo, homens po-dem ganhar bebidas alco-ólicas, carteiras, relógios e gravatas, sem falar que, em geral, são loucos por fute-bol. Já as mulheres ficariam muito felizes com jóias, ce-lulares, bolsas e sapatos.

Cada membro da sua lista deve ter, pelo menos,

duas opções de mimo. Es-sa precaução vai ajudar bastante na hora de deci-dir quanto você vai gastar com os presentes de final de ano. Sem falar que evi-ta a surpresa desagradável que é descobrir que aquele produto que você pensa em comprar há duas semanas já está esgotado e só volta às prateleiras em janeiro.

É importante lembrar que um presente com o qual a pessoa se identifi-ca causa sempre mais im-pacto do que um presente caro. Delimitando sua bus-ca, você evita ser mais um na multidão de gente com-prando de última hora. A próxima dica é não exage-rar nas contas. Um bom ca-minho é pesquisar todas as formas de pagamento an-tes de consolidar a compra.

Cristiano Guirado

EXPEDIENTE: EDITORA RESPONSÁVEL: Editora Centro Oeste; Cristiano Guirado Comunicação - ME. Rua Líbero Badaró, Nº 546, Centro, Lençóis Paulista | CNPJ: 12.374.239/0001-00. COMERCIALIZAÇÃO E PRODUÇÃO: Bistrô Serviços de Publicidade Ltda. - ME. Rua 15 de Novembro, Nº 426, Sala 1, Centro, Lençóis Paulista | CNPJ: 10.744.028/0001-97. IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru. TIRAGEM: 8.000 exemplares. CIRCULAÇÃO: Agudos, Borebi, Lençóis Paulista e Macatuba. DIREÇÃO GERAL: Anderson Prado de Lima. EDITOR CHEFE: Cristiano Guirado (MTB 44.324). FOTOGRAFIA: Fernanda Benedetti (MTB 55.117). DIAGRAMAÇÃO: Breno Medola. REVISTA O COMÉRCIO: (14) 3264-8187 e 3263-6886 | [email protected] | www.revistaocomercio.com.br. Artigos assinados são de responsa-bilidade de seus autores, portanto, podem corresponder ou não à opinião desta revista.

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 11Boas Festas: Publicidade

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Boas Festas: Publicidade12 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 13Boas Festas: Comércio

Beleza gregaLilica Ripilica aposta sua coleção verão 2011 em motivos gregos; o resultado é uma profusão de formas e cores

Da Redação

A Edição Especial de Bo-as Festas não poderia deixar de homenage-

ar o público que mais ama o Natal, as crianças. Ana Jú-lia Teixeira dos Santos é A Garota da Capa da Revista O Comércio, com apenas 10 anos, não se intimidou durante o ensaio realizado em estúdio pelos profissio-nais da Cíntia Fotografias. Vestindo Lilica Ripilica, a jovenzinha esbanjou sorri-sos e doçura entre e durante os flashes. Também não se fez de rogada sob os cuida-

dos do Salão Paulinha Ma-ciel Cabelo e Maquiagem.

A grife mais conceitual do país para meninas, Li-lica Ripilica, cedida pela Príncipe Shopping, se ins-pirou na Grécia para seu Verão 2011. A história, as cores, a tapeçaria e as pai-sagens já são suficientes para um deslumbre visual. A grife explora esses ele-mentos e os transformam em uma coleção tão espe-tacular quanto este mara-vilhoso país europeu. Tra-duzindo tudo isso em looks ora casuais, ora românti-cos, ora superatuais.

Foto: Cíntia Fotografias

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Boas Festas: Comércio14 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

A Lilica Ripilica traz mo-delagens reformuladas e o jeanswear de cara

nova, refrescada. O verme-lho e o azul imperam na pa-leta de cores. O azul, aliás, promete ser o hit da tempo-rada. O amarelo e o dourado aparecem em pequenos de-talhes e emprestam um bri-

lho especial às peças, como se viu na página anterior. Notas náuticas também es-tão presentes. No final, os looks estão mais fofos e irre-sistíveis do que nunca. Use as nossas sugestões, inven-te as suas. A nova coleção da grife já está na Príncipe Shopping, explore-a!

Nome: Ana Júlia Teixeira dos SantosAniversário: 12/06 (10 anos)Mãe: Taísa Carolina S. de MelloPai: Kléber Teixeira dos SantosPrograma de TV: High School MusicPerfume: EgeuSigno: GêmeosHobby: Andar de bicicletaMúsica: Palácios e Castelos (Luan Santana)Prato: MacarrãoViagem dos Sonhos: Disney

A garota da Capa:: Especial de Boas Festas ::

Making Off

Foto: Cíntia Fotografias

Roupas e calçados: Príncipe ShoppingMaquiagem:Paulinha MacielFotografia:Cíntia Fotografias

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 15Boas Festas: Publicidade

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Boas Festas: Publicidade16 Lençóis Paulista Dezembro de 2010 Lençóis Paulista Dezembro de 2010 17Boas Festas: Publicidade

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Boas Festas: Publicidade16 Lençóis Paulista Dezembro de 2010 Lençóis Paulista Dezembro de 2010 17Boas Festas: Publicidade

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Boas Festas: Publicidade Lençóis Paulista Dezembro de 201018

Page 19: Revista O Comércio - Boas Festas 2010

Lençóis Paulista Dezembro de 2010 19Boas Festas: Social

Quem disse que o tra-balho voluntário é coi-sa para quem tem bas-

tante tempo livre? Renato Teles da Silva, 22 anos, sem-pre teve muito pouco. “Co-mecei o trabalho voluntário aos 12 anos, na Casa Mãe de Piedade. Ajudava a fazer co-mida. Com 16 anos eu en-trei para a Legião Mirim e tive que parar, mas depois, consegui uma bolsa de es-tudos que exigia que eu de-senvolvesse algum trabalho voluntário”, conta.

Estudante universitário,

Um Natal solidárioRenato Teles da Silva, 22 anos, fala sobre o trabalho de distribuir cestas básicas como voluntário da Ação da Cidadania; “fazer algo que melhore a sociedade é uma satisfação que não tem preço”, diz

Cristiano Guirado hoje ele corre para conci-liar os estudos com o traba-lho no laboratório de uma das grandes empresas de Lençóis Paulista. Mas pelo menos em um domingo do mês, ele arruma tempo pa-ra se tornar mais um entre centenas de voluntários do comitê lençoense da Ação da Cidadania Contra a Mi-séria, a Fome e Pela Vida. Trabalha na entrega dos ali-mentos para as famílias ca-dastradas na Vila Repke e no Jardim Primavera.

Em entrevista à Revista O Comércio, Renato conta co-mo o Natal interfere no seu

cionante”, afirmou. “Mui-tas vezes, em casa, cheguei a chorar lembrando desses momentos”, completa.

Renato destaca que o Natal é uma espécie de presente para o voluntário. Mas que o trabalho faz bem o ano todo. “É uma satisfa-ção muito grande, dá um bem-estar na pessoa. O retorno do voluntário é a chance de poder fazer algo para ajudar as pessoas”, diz. “É muito bom poder olhar para uma família que aca-bou de receber ajuda e sa-ber que eu participei um pouco, me dá paz no espí-rito e me deixa mais tran-quilo”, continua.

Por essas e outras, Re-nato garante, seu Natal será muito bom. “Mas tenho cer-teza de que o Natal de mui-tas pessoas que eu ajudei se-rá melhor que o meu. O im-pacto do trabalho da Ação da Cidadania é muito gran-de. E fazer algo que melhore a sociedade é uma satisfação que não tem preço”, finaliza.

trabalho. No final do ano, a Ação da Cidadania consegue incrementar as cestas bási-cas para a comemoração e

faz dessa a melhor época pa-ra quem doa seu tempo pa-ra ajudar o próximo. “É mui-to gratificante poder entrar

na casa das pessoas levan-do a cesta. São duas vilas que tem muitas crianças e a alegria delas é algo emo-

Foto: Fernanda Benedetti

Roberto Teles da Silva (à direita) faz parte do corpo de voluntários do comitê lençoense da Ação da Cidadania

Page 20: Revista O Comércio - Boas Festas 2010

Boas Festas: Publicidade20 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

Page 21: Revista O Comércio - Boas Festas 2010

Lençóis Paulista Dezembro de 2010 21Boas Festas: Social

Para o casal Rosemir Amaral e Egle Aielo Amaral, coordena-

dores de Adultos da Igre-ja Presbiteriana Indepen-dente, o trabalho voluntá-rio não é novidade, mui-to menos sazonal. “Faze-mos trabalho social du-rante o ano todo. Arreca-damos leite para entida-des assistenciais e servi-mos cerca de 240 litros de sopa por semana para fa-mílias carentes do Jardim Primavera, Vila Repke e Vila da Prata”, conta Ro-semir, em entrevista à Re-vista O Comércio.

Para que o Natal não passasse batido no calen-dário de ações sociais, há quatro anos o grupo criou

Por um Natal mais felizProjeto Natal Feliz alegra cerca de 60 crianças na Vila Repke e na Vila da Prata; ação é coordenada pelo casal Egle e Rosemir, da Igreja Presbiteriana Independente

Cristiano Guirado

o projeto Natal Feliz, que apadrinha crianças caren-tes e arrecada cestas na-talinas. “Nós consegui-mos padrinhos e madri-nhas para essas crianças, a maioria é o pessoal da igreja, alguns são de fora”, explica. “Cada padrinho ou madrinha prepara, por conta própria, uma saco-la de Natal, com brinque-dos, roupas, sapatos e um cartão de Natal. E marca-mos uma data para a en-trega”, completa.

Na edição 2010 do pro-jeto, a entrega foi feita no dia 18 de dezembro. O projeto contempla, apro-

ximadamente, 60 crian-ças da Vila Repke e Vila da Prata. Todas devidamente cadastradas e com as res-pectivas fichas técnicas. “Fazemos pesquisas nas casas para catalogar to-das as crianças com ida-de entre zero e seis anos e em seu registro tem tudo, o nome, a idade, o núme-ro da roupa e o número do calçado”, afirmou.

E, ainda segundo Ro-semir, a hora de receber os presentes é sempre um momento especial. “Sem-pre fazemos uma progra-mação rápida para mar-car esse momento, mon-

tamos uma mesa com co-mida e enfeites, o coral de crianças da igreja en-toa alguns cânticos nata-linos”, conta. “Depois que as crianças comem, cha-mamos uma por uma para fazer a entrega dos brin-quedos”, completa.

No balanço geral, Ro-semir garante: arrecadar e distribuir brinquedos para crianças carentes é tão compensador quan-to é trabalhoso. Ele sa-be e todos os padrinhos e madrinhas sabem, mui-tas dessas crianças passa-riam o Natal sem ganhar um brinquedo, não fosse pela ação do projeto Natal Feliz. “É um projeto que dá bastante trabalho orga-nizar, mas é muito gratifi-cante”, finaliza.

Foto: Fernanda Benedetti

O casal Egle e Rosemir coordena o Projeto Natal Feliz

Page 22: Revista O Comércio - Boas Festas 2010

Boas Festas: História22 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

Foto: ilustração

Historiadores apontam para o ano 336, na ci-dade de Roma, como

a data e o local onde o Na-tal começou a ser comemo-rado. Estudos indicam que o 25 de dezembro não é, li-teralmente, a data do nas-cimento de Jesus. A Igre-ja Católica escolheu a data para absover as festividades pagãs, organizadas por vá-rios povos no solstício de inverno (que acontece por volta de 22 de dezembro no hemisfério norte). Em vez de proibir os tradicionais festivais, o Império Roma-no acabou moldando sua linguagem para a o cato-

A história por trás da fábulaQuando e como os povos começaram a comemorar o Natal?

Cristiano Guirado licismo. A celebração foi instituída oficialmente pe-lo Papa Libério, no ano 354.

Outro dado iteressan-te: Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Pelo simples motivo de que, em Nazaré, o ano termina em inverno, chove bastante e até neva. Logo, as paisagens descritas na Bíblia, como pastores ao ar livre durante as vigílias da noite, não seriam possíveis.

Conta a Bíblia que, an-tes do nascimento de Jesus Cristo, o imperador roma-no Octávio César Augusto decretou que todos os ha-bitantes do Império fos-sem se recensear, neces-sariamente, em sua cida-de Natal. A lei obrigou Jo-

sé, com Maria, sua espo-sa grávida, a viajar de Na-zaré, na Galiléia até Be-lém, na Judéia. Uma via-gem de cerca de 150 qui-lômetros. Uma curiosida-de: Jesus nasceu dois anos antes da morte de Heródes (que, temendo o Messias, teria mandado matar to-das as crianças com até 2 anos). Heródes morreu por volta do ano 4 a.C.

Outros importantes per-sonagens natalinos, os Três Reis Magos, estavam lá. Mas não eram reis, e sim, sacer-dotes astrólogos. Conside-rados sábios, eram conse-lheiros dos reis. Segundo historiadores, naquela épo-ca, especificamente, teriam

vindo da Persa ou de Babilô-nia, seguindo um cometa ou estrela cadente. Não se sa-be quantos são e quais eram seus nomes. Gaspar, Mel-chior e Baltazar já consta-vam em evangelhos apócri-fos e deduz-se que são três pelos três tipos de presente.

CartõesOs tradicionais “Car-

tões de Natal” surgiram em 1843, quando o in-glês John Horley teve a idéia de desenhar, em pa-pel, cenas de uma família comemorando a saúde de amigos ausentes; a partir

de 1851, os cartões passa-ram a ser impressos com temas natalinos.

Noite FelizA canção “NOITE FE-

LIZ” foi composta em 1818, numa velha povoa-ção alpina.

Os Reis Magos fazem parte do cenário cotidiano na capital do Rio Grande do Norte, Natal

Page 23: Revista O Comércio - Boas Festas 2010

Lençóis Paulista Dezembro de 2010 23Boas Festas: História

A origem do Papai Noel tem relação com São Nicolau Taumaturgo,

arcebispo de Mira, na Tur-quia do século 14. Ele cos-tumava ajudar, no anoni-mato, quem estivesse em dificuldades financeiras. O socorro vinha em um pe-queno saco com moedas de ouro que costumava ser deixado nas chaminés.

Segundo os estudiosos, o mito começou a ganhar o formato moderno depois que o professor de literatu-ra grega de Nova Iorque, Cle-mente Clark Moore, escreveu um poema chamado “Uma visita de São Nicolau”. No texto, o bom velhinho chega-va em um trenó puxado por renas e entrava pela chami-né para deixar um presente.

Considerado um religio-so muito acolhedor, São Ni-colau tinha uma atenção es-

Um velhinho chamado Noel

Foto: ilustração

Quem é o Papai Noel? Saiba como essa figura dos gélidos países do hemisfério norte tomou conta do mundo na hora de comemorar o Natal

Cristiano Guirado pecial para com os pobres e as crianças. A ele foram atri-buídos uma série de mila-gres, que fez com que sua popularidade crescesse bas-tante, principalmente, como santo amigo das crianças.

A Festa de São Nicolau, comemorada na Europa oci-dental, também é parte inte-ressante da lenda. Comemo-rada no dia 6 de dezembro (dia em que costumamos enfeitar nossas casas) a fes-ta conta a lenda de três mo-ças que não poderiam se ca-sar porque seu pai não tinha condições de pagar seus do-tes, na época, indispensáveis. Assim, a sorte delas estava lançada ao cruel destino de escravidão ou prostituição. Comovido com a situação, São Nicolau jogou três sacos de moedas de ouro pela cha-miné da casa das moças e eles caíram dentro das meias das moças que estavam secando junto ao fogo da lareira.

Papai Noel & Coca-Cola

Há um fundo de verdade no mito de que o Papai No-el teria sido inventado pe-la Coca-Cola. Até o final do século 19, o Papai Noel era representado com uma rou-pa de inverno na cor mar-rom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas co-res vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revis-ta Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campa-nha publicitária da Coca--Cola mostrou o Papai No-el com o mesmo figurino criado por Nast, que tam-bém eram as cores do re-frigerante. A campanha pu-blicitária fez um grande su-cesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai

A Coca-Cola é a maior responsável pela propagação da versão atual do Papai Noel; antes o bom velhinho era representado nas cores marrom ou verde escuro

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Boas Festas: Publicidade24 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 25Boas Festas: História

Eles são um dos sonhos de consumo de quem quer ter uma casa en-

feitada a rigor para o Na-tal. Muita gente não se sente com a missão cum-prida se não conseguir ter um presépio em casa. E es-sa talvez seja a mais cató-lica de todas as peculiari-dades natalinas. O ador-no remete ao nascimento do Menino Jesus, em uma manjedoura em Belém, na companhia de seus pais Jo-sé e Maria. Também fazem parte do cenário, três sa-cerdotes vindos do orien-te e guiados por uma es-trela, que teriam ofereci-do ouro, incenso e mirra ao recém-nascido.

Historiadores dão con-ta de que eles foram inven-tados por ninguém menos que o próprio São Francis-co de Assis, em 1223, uma época em que esculturas e quadros que enfeitavam os

O PresépioCriado por São Francisco de Assis, o presépio representa o nascimento do Menino Jesus, é quase tão presente nas casas de todo mundo quanto a Árvore de Natal

Cristiano Guirado templos já eram usados pa-ra ensinar os fiéis. Esse ce-nário foi a inspiração para o religioso, que conseguiu permissão do Papa para montar um presépio de pa-lha, com imagens da Sagra-da Família (o Menino Je-sus, José e Maria), um boi e um jumento vivo e vários outros animais. Usou como cena para a celebração de uma missa de Natal.

Conta a história que, naquele ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu costu-me, São Francisco o fez na floresta de Greccio, na re-gião da Península Itálica. O religioso teria se valido de tal encenação porque mui-tos camponeses não conse-guiam entender a história do nascimento de Jesus.

O sucesso e a repercus-são da ideia de São Fran-cisco de Assis foram tão grandes que o conceito de presépio se espalhou rapi-damente por toda a Itália.

O costume logo estava em todas as catedrais e mos-teiros da Europa ainda du-rante a Idade Média. Com o passar do tempo, as ca-sas mais nobres passa-ram a ter o seu presépio particular e não demorou muito até que as famílias mais pobres conseguis-sem adaptar o adorno à sua realidade.

O Menino JesusA palavra presépio sig-

nifica “um lugar onde se recolhe o gado; curral, es-tábulo”. Antes dos presé-pios de São Francisco, os cristãos já celebravam a memória do nascimen-to de Jesus desde finais do século 3, com nascimen-to e adoração representa-dos de outras maneiras. As primeiras imagens do que hoje conhecemos co-mo presépio de natal foram criadas em mosaicos no in-terior de igrejas e templos no século 6.

Foto: ilustação

Inventados por São Francisco de Assis, presépios ajudavam os povos a entender a história de Cristo

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Boas Festas: História26 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

Todo mundo sabe, des-de criança, quais são os enfeites que tomam

conta da casa no Natal. En-tre guirlandas e luzes, a Ár-vore de Natal é obrigatória na maior parte dos lares do mundo. De onde teria sur-gido – e o que representa – essa que é uma das mais fortes tradições da história da humanidade.

Cientificamente falan-do, a maioria dos historia-dores aponta para a Ale-manha do século 16 como local e época para o sur-gimento da tradição. Três séculos depois o costume

A árvore da vidaComo surgiu a Árvore de Natal? Fábulas sobre o mais famoso ornamento da maior celebração religiosa do mundo

Cristiano Guirado chegou à França, Inglaterra e Estados Unidos, antes de se espapalhar pelo mundo.

Mas, o interessante mes-mo sobre as orígens da Ár-vore de Natal são suas fábu-las. Uma delas – que coin-cide com as datas científi-cas – diz que, durante uma caminhada, Martinho Lu-tero teria olhado para o céu estrelado através de pinhei-ros que ladeavam a trilha. Tirou um galho, levou-o para a casa e resolveu enfei-tá-lo, simbolizando a noite estrelada do nascimento do Menino Jesus.

Uma delas diz que os povos da Escandinávia (região entre a Suécia e a

Noruega) eram adorado-res das árvores e, quando se tornaram cristão, fize-ram das árvores de folhas duras, partes importantes dos seus festivais cristãos.

Outra versão interes-sante é bem mais antiga e diz que as primeiras árvo-res enfeitadas são presen-tes a Ninrode, governador da Babilônia e bisneto de Noé. Depois de morto, seu povo plantava uma árvo-re em cada aniversário de nascimento e acretiva-se que, nessa época, Ninrode visitava a árvore e deixava presentes nela.

E por que o pinheiro? Foram as árvores escolhi-

das pelos cristãos da an-tiga Europa por serem as únicas árvores que conti-nuavam verdes na imensi-dão da neve que cobre par-te do continente no Natal. O carvalho também já foi usado de forma parecida. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos an-tigos costumavam colocar diversos enfeites nos seus galhos para atrair de volta o espírito da natureza, que acreditavam ter fugido.

Guirlandas & Luzes

A guirlanda – em al-guns lugares chamada de Coroa de Natal – é um me-morial à vitalidade, comu-mente usados como oferen-das. Também simbolizam as boas vindas, razão pela qual, geralmente, são co-locadas nas portas. As ve-las – hoje substituídas pe-las modernas luzes colori-das – são herança das cele-brações romanas em home-nagem a Saturno.

Foto: ilustração

A árvore enfeitada é o mais conhecido e utilizado enfeite de Natal

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 27Boas Festas: Religião

Entendemos o Natal co-mo um período de me-mória, de lembrança da

chegada de Jesus Salvador. Nós, presbiterianos, temos uma regra de fé, a gente vem desde antes, com pregações que remontam às profecias desde o Antigo Testamento. E vamos ligando essas pro-fecias para refletir sobre o que representa a presença de Jesus nos nossos dias”.

Assim, Isaías Agostinho de Souza, pastor da Igreja Presbiteriana Independen-te de Lençóis Paulista, resu-me o período natalino sob a ótica de sua crença. Em en-trevista à equipe da Revista O Comércio, ele explica co-mo sua comunidade come-mora o Natal, tendo o nas-

A presença do SalvadorPara o Pastor da Igreja Presbiteriana Independente de Lençóis Paulista, Isaías Agostinho de Souza, celebrar o Natal é comemorar a presença de Cristo entre os povos; “é Deus que se faz homem por amor, para caminhar conosco na condição humana”, diz

Cristiano Guirado

cimento de Jesus Cristo co-mo foco dos trabalhos. “Te-mos uma programação vol-tada para esse período, com cultos, um trabalho com o coral infantil e uma canta-ta de Natal, uma peça mu-sical que conta toda a histó-ria, desde o início. É um tra-balho de preparação ao lon-go do ano para uma agenda de apresentações no segun-do semestre”, afirmou.

Pastor Isaías ressal-ta que a parte festiva exis-te, mas sempre voltada pa-ra o culto. “Marcar a data é importante. Temos confra-ternizações nas quais evo-camos o espírito da comu-nhão. No dia 24 temos um culto com a realização da Santa Ceia”, diz. Segundo ele, muitos fiéis costumam montar uma árvore de Na-

tal em casa, como símbolo do período, mas que não é regra. “Muita gente mon-ta a árvore em casa, mas muitos também não mon-tam. Eu, por exemplo, não tenho. A igreja não obriga nem proíbe”, explicou.

“Mas o foco da nossa celebração é a presença de Jesus conosco. Entendemos que essa presença é a ação divina em processo inver-so, é Deus que se fez ho-mem por amor, para cami-nhar conosco na condição humana”, ressalta o pastor. “O Natal representa o mo-mento em que Ele veio pa-ra restaurar o projeto da criação do mundo, dando ao homem igualdade. En-tendemos Jesus Cristo co-mo 100% divino e 100% homem”, finaliza.

Pastor Isaías Agostinho de Souza: “Entendemos Jesus Cristo como 100% divino e 100% homem”

Foto: Fernanda Benedetti

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Boas Festas: Religião28 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

O Natal é tão importan-te que, em função de-le, organizamos o Ano

Litúrgico”, diz o Padre Sil-vano Palmeira, pároco de uma das comunidades ca-tólicas mais numerosas de Lençóis Paulista, a Paró-quia Cristo Ressuscitado, na Cecap. Em entrevista à Revista O Comércio, ele ex-plica como a Igreja Católica

O AdventoO Advento, um mês antes do Natal, marca a abertura do Ano Litúrgico da Igreja Católica com um tempo de alegria, em preparação para a chegada do Natal; “comemoramos essa data especial que é o nascimento do Messias”, diz o Padre Silvano Palmeira

Cristiano Guirado

entende e celebra o Natal. “O Ano Litúrgico da

Igreja Católica começa com o Advento, que tem início quatro domingos antes do Natal. O mundo todo cele-bra, como uma Quaresma, mas em um período mais curto. É um período de ale-gria pela aproximação do Natal. Nesses quatro do-mingos, temos missas que representam a preparação para a chegada do Menino

Jesus, com os temas Vigiai, Preparai-vos, Alegrai-vos e Convertei-vos. Temos tam-bém a tradicional Missa do Galo na véspera e a missa do dia 25”, conta.

“Comemoramos o nas-cimento de Jesus Cristo, essa data especial que é a da vinda do Messias”, afir-mou Padre Silvano. A pedi-do da nossa equipe de re-portagem, ele comenta um símbolo típico do Natal, o

Papai Noel, e ressalta que, apesar das origens católicas na festa de São Nicolau, no Brasil, o tema não é trata-do pela igreja. “Não traba-lhamos a ideia. O Papai No-el é mais um símbolo popu-lar, que tem bastante rela-ção com a parte comercial do Natal. Para nós, o mais importante é o nascimen-to de Jesus.

Padre Silvano também fala sobre a tradição dos presépios, um enfeite na-talino de origem católica, mas que simpatizantes uti-lizam em diversas culturas diferentes. “Usamos o pre-sépio para simbolizar o nascimento de Jesus Cristo. Todas as paróquias da ci-dade fizeram um presépio e, em nenhum deles, tem o Menino Jesus. Ele só se-rá colocado na manjedoura na noite da véspera do Na-tal”, conta. “Simbolizamos essa questão do nascimento para lembrar que Ele nas-ceu pobre para dar exemplo ao mundo”, finaliza.

Foto: Maiara Barreto / Jornal Tribuna

Padre Silvano Palmeira: “Comemoramos o nascimento de Jesus Cristo”

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 29Boas Festas: Religião

Algumas igrejas não comemoram o Na-tal ou não reconhe-

cem o Natal como uma data cristã. Como evan-gélicos, vemos o Natal co-mo a data mais importan-te para o Cristianismo”. Es-se é o ponto de vista colo-cado pelo Pastor José An-tonio da Cruz, presiden-te do Conselho de Pasto-res Evangélicos de Lençóis Paulista, ao ser pergunta-do pela equipe da Revista O Comércio sobre como as diferentes religiões enxer-gam o Natal.

“Independente das tra-dições, trazemos à lem-brança a história de Jesus. Procuramos falar bastan-te sobre o Seu nascimento, Seu ministério, Sua mor-te e Seu sacrifício para nos salvar”, afirmou. Para ele, festejos e trocas de presen-tes são elementos secun-dários. O mais importan-te é o estudo e a reflexão sobre a vida e obra de Jesus Cristo. “Os comes e bebes, a troca de presentes, tudo isso deve fazer parte. Mas o centro das atenções é o nascimento de Jesus. Pa-ra nós, o Natal é o desper-tar das famílias e devemos usar esse dia, essa época, para levar as pessoas a co-nhecer melhor o Aniversa-riante”, afirmou.

Segundo o pastor, o Natal na casa de um evan-

O Aniversariante em destaquePara o presidente do Conselho de Pastores Evangélicos de Lençóis Paulista, José Antonio da Cruz, o Natal é tempo de refletir sobre o nascimento de Jesus Cristo; “independente das tradições, trazemos à lembrança a história de Jesus”, afirmou

Cristiano Guirado

gélico pode ter a árvore e outros enfeites. “Mui-tos usam a árvore, mas é opcional. O Natal de um evangélico é mais voltado para a reflexão e aprendi-zado”, diz. “Muitos usam sim os símbolos do Na-tal, mas nos atemos mais à comemoração com nos-sos entes queridos. Ora-mos e fazemos um culto voltado ao nascimento de Jesus Cristo”, completa.

O Pastor Cruz também comenta outro símbolo fa-moso do período natalino.

“Para nós, o Papai Noel é um personagem que não faz muito sentido. É algo mais voltado para o ape-lo comercial que essa épo-ca tem. É complicado dizer para uma criança que, se ela for boazinha durante o ano o Papai Noel vai trazer um presente e, chega o Na-tal, não tem aquele presen-te”, considera. “A gente en-tende que essa é mais uma questão comercial e dize-mos que, mais importante que o Papai Noel, é o Papai do Céu”, finaliza.

Foto: Fernanda Benedetti

Pastor José Antonio da Cruz: “o centro das atenções é o nascimento de Jesus”

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Boas Festas: Publicidade30 Lençóis Paulista Dezembro de 2010

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Lençóis Paulista Dezembro de 2010 31Boas Festas: Religião

Telma Gutierrez: “é o evento mais importante da história do mundo”

Para nós, o nascimen-to de Jesus Cristo é o evento mais impor-

tante de todos os tempos, de toda a história do mun-do. Enquanto outras reli-giões falam de Sua morte, para nós, a Sua vinda foi a grande missão. Para nós, Jesus é um espírito evoluí-do, o governador do plane-ta. Não precisaria mais re-encarnar e essa vinda foi o Seu sacrifício”. Assim, Thel-ma Gutierrez, membro da diretoria do Centro Espírita Antonio de Pádua, explica o Natal sob o ponto de vis-ta do Espiritismo. Segundo ela, aproximadamente 300 pessoas em Lençóis Paulis-ta são espíritas atuantes.

A comemoração é à base de reflexão. As festas não fa-zem parte específica da tra-dição espírita. “Não temos um ritual específico de co-memoração na casa espírita. Fazemos um sermão, algu-mas palestras e cantamos al-gumas canções para relem-brar. Existe uma valorização pela elevação do pensamen-to”, afirmou, em entrevista à Revista O Comércio.

Ainda segundo Telma, a religião não tem símbolos natalinos e, na hora de en-feitar a casa, o espírita ab-

O marco dos temposEspiritismo considera o Natal como acontecimento mais importante de todos os tempos; “É um momento em que o planeta está envolto em uma energia positiva muito grande que emana das pessoas”, diz Telma Gutierrez

Cristiano Guirado

sorve elementos da cultu-ra geral. “Enfeitamos nossa casa de acordo com a cul-tura de cada um. O presé-pio, por exemplo, é ligado à Igreja Católica, mas é bo-nito, bastante gente gosta. Eu tenho um em casa. So-mos muito abertos a com-partilhar com todas as re-ligiões. O importante é a pessoa poder se encontrar. Tanto é que temos muitos curiosos que vão ao centro, tomam o passe, se interes-sam, gostam de ler livros espíritas e aprender sobre as filosofias do espiritismo, mas que não abandonam suas religiões”, completa.

Telma conta que, segun-do a crença espírita, esse período de festas e refle-xão que ronda o Natal e o Ano Novo é muito benéfi-co para os povos do mun-do. “É um momento em que o planeta está envol-to em uma energia positi-va muito grande que ema-na das pessoas. A maioria dos povos comemora o Na-tal e, fazendo isso, as pes-soas elevam o pensamen-to”, diz. “Acreditamos que essa energia sejam espíri-tos de luz, anjos que apro-veitam essa concentração para ajudar ainda mais as pessoas”, finaliza.

Foto: arquivo pessoal

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Boas Festas: Publicidade32 Lençóis Paulista Dezembro de 2010