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BO LE TIM EDITORIAL Maio | 2017 POR SERGIO CIMERMAN, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA Muitas notícias relevantes e eventos nas diversas áreas da Infectologia não param. Nesta edição, trazemos importantes esclarecimentos sobre o tratamento de pessoas vivendo com HIV, especialmente nos casos de intolerância aos inibidores de protease. Uma novidade excelente é a aprovação da oferta da profilaxia pré-exposição (PrEP) às populações com maior risco de infecção pelo HIV. Informamos sobre uma relevante mudança no formulário de solicitação de anrretrovirais. Merece destaque nesse mês o fim da situação de emergência pública nacional para o zika, anunciado pelo Ministério da Saúde. Vale uma atenção especial a eventos de várias áreas da Infectologia, como o EASL, ECCMID, API, Fórum Sepse e Pós-CROI, com a parcipação de diversos Comitês da nossa Sociedade Brasileira de Infectologia. A SBI esteve presente mais uma vez no “Bem Estar Global”, em Goiânia, com o apoio de nossa federada goiana. Nossa atuação foi mais uma vez um grande sucesso! Além disso, a SBI apoiou, por meio do seu perfil no Facebook, ações de conscienzação no Dia Mundial de Higiene das Mãos e no Dia Nacional do Controle da Infecção Hospitalar, nos dias 5 e 15 de maio, respecvamente. Esses são alguns dos assuntos dessa edição do Bolem SBI, feito como muito carinho a você, para sua connua atualização. Não se esqueça: nosso Infecto 2017 está se aproximando! Já temos mais de 20 palestrantes internacionais confirmados. Confira a lista atualizada! Reforço o convite para que todos estejam presentes, em setembro, no Rio de Janeiro. Conto com você! Connuem trazendo suas crícas e sugestões para o fortalecimento da nossa SBI! Um abraço, Sergio

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BOLETIM

EDITORIAL

Maio | 2017

POR SERGIO CIMERMAN, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA

Muitas notícias relevantes e eventos nas diversas áreas da Infectologia não param.

Nesta edição, trazemos importantes esclarecimentos sobre o tratamento de pessoas vivendo com HIV, especialmente nos casos de intolerância aos inibidores de protease. Uma novidade excelente é a aprovação da oferta da profilaxia pré-exposição (PrEP) às populações com maior risco de infecção pelo HIV. Informamos sobre uma relevante mudança no formulário de solicitação de antirretrovirais.

Merece destaque nesse mês o fim da situação de emergência pública nacional para o zika, anunciado pelo Ministério da Saúde.

Vale uma atenção especial a eventos de várias áreas da Infectologia, como o EASL, ECCMID, API, Fórum Sepse e Pós-CROI, com a participação de diversos Comitês da nossa Sociedade Brasileira de Infectologia.

A SBI esteve presente mais uma vez no “Bem Estar Global”, em Goiânia, com o apoio de nossa federada goiana. Nossa atuação foi mais uma vez um grande sucesso!

Além disso, a SBI apoiou, por meio do seu perfil no Facebook, ações de conscientização no Dia Mundial de Higiene das Mãos e no Dia Nacional do Controle da Infecção Hospitalar, nos dias 5 e 15 de maio, respectivamente.Esses são alguns dos assuntos dessa edição do Boletim SBI, feito como muito carinho a você, para sua contínua atualização.

Não se esqueça: nosso Infecto 2017 está se aproximando! Já temos mais de 20 palestrantes internacionais confirmados. Confira a lista atualizada! Reforço

o convite para que todos estejam presentes, em setembro, no Rio de Janeiro. Conto com você!

Continuem trazendo suas críticas e sugestões para o fortalecimento da nossa SBI!

Um abraço,Sergio

EM FOCO

MUDANÇAS NO PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DO HIV

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O alinhamento do novo Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) com as guias de tratamento internacionais foi uma reivindicação do Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia atendida pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, sensível às necessidades de PVHA (pessoas que vivem com HIV e Aids) e seus médicos assistentes.

DENTRE AS MUDANÇAS DESTACAMOS:I. Inibidor de integrase na terapia inicial: tenofovir/lamivudina (TDF/3TC) + dolutegravir (DTG) como esquema preferencial;

Efavirenz (EFZ), que era o esquema de primeira escolha, passou a ser alternativo a DTG (por contraindicação ou intolerância), mantendo-se como preferencial para gestantes e coinfecção com tuberculose;

O raltegravir (RAL) será liberado nas seguintes situações, sem necessidade de aprovação prévia pela Câmara Técnica:A. Início de tratamento em pessoas coinfectadas com

tuberculose com critérios de gravidade (tuberculose disseminada; CD4 < 100 células/mm3; presença de outras infecções oportunistas ou necessidade de internação hospitalar);

B. Gestantes apresentadoras tardias e/ou contraindicação/intolerância ao EFZ.

C. Crianças <12 anos.

RAL será liberado, nas seguintes situações, com necessidade de aprovação prévia pela Câmara Técnica:

1. Pacientes em esquema de resgate contendo etravirina, sem IP/r (por resistência a toda a classe ou intolerância a inibidores de protease);

2. Pacientes em uso de anticonvulsivantes (fenitoína, fenobarbital, oxcarbamazepina e carbamazepina) em esquemas que não permitam a troca ou suspensão destes e que necessitem de Inibidor de Integrase.

II. Atazanavir/ritonavir como inibidor de protease preferencial para tratamento da primeira falha ou intolerância ao esquema inicial, caso haja intolerância ou contraindicação ao EFZ.

* O darunavir passa a ser o inibidor de protease alternativo ao atazanavir nos casos de intolerância ou contraindicações ao mesmo, podendo a mudança ser justificada apenas no formulário do SICLOM, sem necessidade de aprovação pela Câmara Técnica.

De acordo com o Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério de Saúde, está disponível uma nova versão do Formulário de Solicitação de Medicamento – Tratamento, com a alteração do campo 11, incluindo informação sobre paciente coinfectado, com as opções de hepatite B, hepatite C e tuberculose.

É importante destacar que tal mudança não implicará em nenhum bloqueio na dispensação de medicamento, ou seja, não obriga a algum antirretroviral especifico.

As informações geradas nesse campo serão muito importantes e vão permitir um melhor e mais completo acompanhamento clínico das pessoas vivendo com HIV/aids, além de contribuir para melhorar o processo de aquisição de medicamentos, bem como as ações de vigilância.O formulário modificado pode ser acessado pelo LINK.

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* Lopinavir/ritonavir (LPV/r) passa a ser a terceira opção na classe dos Inibidores de protease. Os pacientes atualmente em uso de LPV/r que apresentam intolerância ao mesmo, podem trocar para ATV/r ou para DRV/r se tiver uso prévio de ATV/r ou contraindicação, sem necessidade de avaliação pela Câmara Técnica.

O IP/r constitui o eixo principal nos esquemas de resgate. Não há dados suficientes na literatura que corroborem esquemas de resgate sem a inclusão do IP/r. Nos casos de contraindicação ou intolerância insuperável da classe, o melhor esquema será montado guiado por genotipagem, avaliação de comorbidades e adesão. Esses casos devem ser bem caracterizados e o inibidor de integrase é uma opção para o esquema. O inibidor de integrase de escolha para estes casos é o Dolutegravir (DTG).

III. Abacavir/lamivudina passa a ser o esquema de ITRN em substituição a TDF/3TC em casos de intolerância e/ou contraindicação ao mesmo, sendo necessária a realização do teste HLA-B5701 para avaliar o risco de reação de hipersensibilidade antes da utilização do ABC.

ESCLARECIMENTOS ADICIONAIS:O uso de DTG 50mg de 12/12h, está autorizado apenas nas seguintes situações:a. Resistência documentada ao RAL;b. Uso concomitante com tipranavir/ribavirina; c. Uso concomitante com EFZ sem IP/r.

A etravirina diminui a concentração plasmática do DTG. Essa combinação só será permitida se no esquema estiverem presentes darunavir/ritonavir, atazanavir/ritonavir ou lopinavir/ritonavir.

DTG aumenta os níveis séricos de metformina; portanto, no uso concomitante, recomenda-se a diminuição da dose de metformina (dose máxima até 1g/dia) e acompanhamento com glicemia, hemoglobina glicada e creatinina.

Nos casos de intolerância que englobam situações diversas e individualizadas, como por exemplo, manutenção de raltegravir em situações diferentes das acima listadas, o encaminhamento para as Câmaras Técnicas é fundamental na qualificação das prescrições e auxilio na individualização de cada caso.

Texto elaborado por José Valdez Madruga – coordenador do Comitê Científico de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia e Roberta Schiavon Nogueira, membro do Comitê Científico de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia. Colaboração especial: Fernanda Moreira Rick - Responsável pela Área de Assistência e Tratamento do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

MUDANÇA NO FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE ANTIRRETROVIRAIS

MEDICAMENTO PARA PrEP SERÁ INCORPORADO NO SUSO Ministério da Saúde vai ofertar no Sistema Único de Saúde (SUS) o Truvada® (tenofovir associado à emtricitabina) para reduzir o risco da infecção pelo HIV antes da exposição ao vírus. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) passará a ser distribu-ída no SUS em até 180 dias após a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). O anúncio foi feito pelo Ministro da Saúde, Ricardo Barros, no dia 24 de maio.

O Brasil é o primeiro país da América Latina a utilizar essa estratégia de prevenção como política de saúde pública.

O investimento inicial do Ministério da Saúde será de U$ 1,9 milhão na aquisição de 2,5 milhões de comprimidos, o que deve atender a demanda pelo período de um ano.

“Uma série de critérios deve ser levada em conta antes da indicação da PrEP, como o número de parceiros sexuais, os outros métodos de prevenção utilizados, o compromisso com a adesão ao medicamento, entre outros”, destacou a diretora do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken.

A PrEP insere-se como uma estratégia adicional dentro de um conjunto de ações preventivas, denominadas “prevenção combinada” como forma de potencializar a proteção contra o HIV. A prevenção combinada inclui: testagem regular; profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP); teste durante o pré-natal e tratamento da gestante que vive com o vírus; redução de danos para pessoas que usam drogas; testagem e tratamento de outras infec-ções sexualmente transmissíveis (IST) e das hepatites vi-rais; uso de preservativo masculino e feminino, além do tratamento para todas as pessoas.

A eficácia e a segurança da PrEP já foram comprovadas em diversos estudos clínicos. As evidências científicas disponí-veis demostram que o seu uso pode reduzir o risco de infec-ção pelo HIV em mais de 90%, desde que o medicamento seja tomado corretamente, uma vez que sua eficácia está diretamente relacionada à adesão. No entanto, cabe escla-recer que a PrEP não substitui o uso do preservativo, uma vez que a proteção não é de 100%; assim, os outros méto-dos preventivos não devem ser negligenciados.

O coordenador do Comitê Científico de HIV/Aids da Socie-dade Brasileira de Infectologia, José Valdez Madruga, con-corda plenamente com a implementação da PrEP como mais uma estratégia capaz de reduzir novas infecções pelo HIV em populações mais vulneráveis, que coloca o Brasil em sintonia com os países desenvolvidos que já dis-ponibilizam o Truvada® para a PrEP há alguns anos. “Essa medida de prevenção do HIV tem a grande vantagem de colocar a decisão de se cuidar (prevenção do HIV) na mão da pessoa que vai fazer uso desta ferramenta, pois o uso de preservativos e outras formas de prevenção dependem da aprovação do parceiro sexual”, diz ele.Com informações da Agência Saúde

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EM FOCO

FIM DA EMERGÊNCIA NACIONAL PARA ZIKA E MICROCEFALIAO Ministério da Saúde declarou no dia 11 de maio o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência do vírus Zika e sua associação com a microcefalia e outras alterações neurológicas. A decisão, informada à Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio de nova avaliação de risco, ocorre 18 meses após a decretação de emergência, em um momento de queda nos casos de Zika e microcefalia em todo o país. O conjunto de ações voltadas para a eliminação do mosquito Aedes aegypti implantadas pelo Governo Federal, contribuiu - juntamente com a mobilização da população - para a diminuição dos casos. O evento não é mais incomum ou inesperado, porque já há conhecimento científico suficiente que comprove a relação do vírus com microcefalia e outras alterações neurológicas.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeílson Cavalcante, destacou que o enfrentamento ao Aedes aegypti será mantido em todos os níveis de vigilância. “O fim da emergência não significa o fim da vigilância ou da assistência. O Ministério da Saúde e os outros órgãos envolvidos no tema irão manter a política de combate ao Zika, dengue e chikungunya, assim como os estados e municípios”.

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Até 15 de abril desse ano, foram registrados 7.911 casos de Zika em todo o país, uma redução de 95,3% em relação a 2016, quando ocorreram 170.535 notificações, no mesmo período. Os dados de microcefalia têm apresentado redução importante no número de casos novos notificados a cada semana, desde maio de 2016.

Vale destacar que, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, os casos de dengue reduziram 90,3%, enquanto que os casos de chikungunya registraram queda de 68,1% no país em relação ao mesmo período de 2016.

“Frente a esses dados epidemiológicos atuais com queda significativa de casos de dengue e zika, em especial, esse fim da emergência é pertinente”, diz Antonio Bandeira, coordenador do Comitê Científico de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Com informação da Agência Saúde

SBI EM PAUTA

SBI EM PAUTA

GOIÂNIA RECEBEU O “BEM ESTAR GLOBAL”A SBI esteve presente em mais um “Bem Estar Global”, uma ação de prestação de serviços gratuitos de saúde promovida pela Rede Globo e SESI, com a participação de sociedade médicas. Essa edição aconteceu em Goiânia (GO), no dia 5 de maio, no estacionamento do Parque Mutirama, com mais de 6000 presentes. Com o importante apoio da Sociedade Goiana de Infectologia (SBI-GO), ofertamos testes de HIV, sífilis e hepatite C aos interessados.

Foram testadas 220 pessoas e detectados 6 resultados reagentes para Hepatite C, 13 para sífilis e 4 para HIV. Todos foram devidamente encaminhados para serviço de referência. Folders e preservativos também foram distribuídos e muitas dúvidas foram esclarecidas para a população.

A federada goiana foi representada pelas infectologistas Moara Alves Santa Bárbara Borges, presidente da SBI-GO, e Christiane Reis Kobal. Além das médicas, a SBI contou com doze testadores, incluindo alunos da Liga Acadêmica de Infectologia da Universidade Federal de Goiás. Segundo Moara Borges, “esse evento mostrou que há demanda por esse tipo de serviço e devemos, cada vez mais, conscientizar as pessoas sobre doenças infecciosas”.

As tendas da SBI foram os serviços mais procurados pelo público presente e teve grande interesse pelos testes oferecidos. “Temos que participar ativamente de eventos para a população e alertar para problemas sérios como hepatite C, sífilis e HIV, como fizemos aqui. Foi um grande sucesso”, diz Christiane Kobal.

Essa é a terceira participação da SBI e todas com grande participação de público.

“Temos colocado a SBI bem próxima da população. Em eventos como esse, fica evidente o relevante papel da Infectologia para a saúde pública”, diz Sergio Cimerman, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

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PÁGINA DA SBI NO FACEBOOK SE FIRMA COMO REFERÊNCIA EM INFORMAÇÕES DE SAÚDEO ritmo de crescimento da página da SBI no Facebook está cada vez mais acelerado. Se no começo do ano comemorávamos a marca dos 20 mil seguidores, em maio já ultrapassamos os 30 mil! Tal fato comprova que as informações sobre saúde - com foco nas doenças infecciosas - são um sucesso entre os usuários das redes sociais. E vale lembrar que o crescimento de nossa página entre os usuários do Facebook é “orgânico”. Isto é, não conta com investimento financeiro para a divulgação dos posts. O sucesso é garantido pela grande relevância do material postado, que acaba compartilhado por cada vez mais usuários da rede e angariando novos “curtidores” para a página. Obrigado a todos!

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DIA MUNDIAL DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃO É LEMBRADO NO FACEBOOK

DIA NACIONAL DE CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES

Em 5 de maio comemorou-se o Dia Mundial da Higienização das Mãos, e lembramos da data em nossa página no Facebook. Além de exaltarmos a importância da higienização das mãos para evitar as doenças infeciosas - como foco nos hospitais -, também convidamos os colegas infectologistas e suas equipes a mandar imagens sobre as ações que estavam promovendo nesta data.

Também não deixamos passar em branco o Dia Nacional de Controle das Infecções Hospitalares, tema que se destaca como uma grande preocupação da infectologia nos dias atuais.

SBI EM PAUTA

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SBI EM PAUTA

EXAME DE SUFICIÊNCIA PARA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM INFECTOLOGIAA Sociedade Brasileira de Infectologia comunica aos interessados que a inscrição para o primeiro Exame de Suficiência para Título de Especialista em Infectologia em 2017 estará aberta no período de 12/06 a 27/07/2017. As provas teórica e teórico-prática serão realizadas no dia 27/08/2017, durante o 53° Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MEDTROP), que acontecerá na cidade de Cuiabá (MT).

Confira o edital clicando AQUI.

Vale destacar que o exame também acontecerá em setembro, durante o XX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto 2017), no Rio de Janeiro, incluindo categoria especial. Também acontecerá esse ano o Exame de Proficiência para a obtenção do Certificado de Área de Atuação em Infectologia Hospitalar e Medicina Tropical.

Mais informações em breve!

MENSAGEM DO EDITOR-CHEFE BJID

Prezados membros associados da SBI,

Recebemos mais de 300 submissões de artigos de janeiro a abril de 2017. Submissões provenientes de instituições conceituadas do Brasil e vários países do mundo. Infelizmente devido a um espaço restrito nas nossas edições, precisamos ser seletivos e por isso temos aceito apenas uma parcela desses artigos para publicação. Esse processo se deve após uma análise minuciosa da qualidade técnico científica dos artigos pelo corpo editorial altamente qualificado do BJID, composto pelos seus editores associados revisores e técnicos. Dessa maneira, a revista científica oficial da SBI vem se mantendo nos patamares de excelência científica das melhores revistas internacionais na área de doenças infecciosas, e contribuindo para uma maior internacionalização da SBI.

BJID

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SUPRESSÃO VIROLÓGICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NÃO É INFLUENCIADA PELA GENOTIPAGEM, MAS DEPENDE DE UMA ÓTIMA ADESÃO AO TRATAMENTO ANTIRETROVIRALJuliana Costa de Abreu, Sara Nunes Vaz, Eduardo Martins Netto, Carlos Brites Universidade Federal da Bahia, Laboratório de Retrovirologia, Salvador, BA, Brasil

O PERFIL DE RISCO PARA DOENÇA CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM MIELOPATIA ASSOCIADA AO HTLV-1Fabio Luís Silva do Prado, Renata Pradoc, Ana Marice Teixeira LadeiaaEscola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, Brasil, Rede Sarah de Hospitais de Reabilitacão, Salvador, BA, Brasil, Vanguard Skin Specialists, Colorado Springs, CO, Estados Unidos

EFEITOS DAS ESTATINAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE SEPSE E DISFUNÇÃO ORGÂNICA EM PACIENTES IDOSOS HOSPITALIZADOS NA CHINAQifeng Gui, Yunmei Yang, Jiajia ZhangZhejiang University, First Affiliated Hospital School of Medicine, Department of Geriatrics, Hangzhou, China

DISSECÇÃO DE ANEURISMA EM UM PACIENTE COM AORTITE SIFILÍTICA Fernando Pivatto Júnior, Bruno Schaaf Finkler, Felipe Soares Torres, Pedro Guilherme Schaefer, Eduardo Sprinz Serviços de Medicina Interna, Radiologia, Patologia e Doenças Infecciosas, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brazil

SUGESTÕES DE ARTIGOS CIENTÍFICOS:

O BJID com apoio da SBI disponibiliza acesso livre de todos os artigos publicados no seu SITE. Os artigos que incluem relatos de casos, revisões, artigos originais e imagens abordam diferentes tópicos de relevância na área da infectologia, com ênfase nos problemas de saúde pública que afetam o Brasil. Para 2018, estamos planejando inovações para o BJID com sugestões dos nossos associados e membros do corpo editorial e comitês científicos da SBI.

Cordialmente,Luciano Z. Goldani

JORNADA DE ATUALIZAÇÃO PÓS-CROI Foi realizado no dia 20 de maio pelo Programa Estadual de DST/ Aids de São Paulo a II Jornada de Atualização pós-CROI (Conference on Retrovirus and Opportunistic Infections), no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. O evento teve a organização de José Valdez Ramalho Madruga, Coordenador do Comitê de HIV/Aids da SBI e Roberta Schiavon Nogueira, membro desse Comitê também. Essa jornada contou com 180 participantes, todos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e farmacêuticos da capital paulista, cidades do interior e também de outros estados) e respeitados palestrantes das principais instituições de saúde da cidade de São Paulo e um palestrante da FIOCRUZ do Rio de janeiro.

NOVIDADES

Além disso, teve também a participação de representantes da Departamento de IST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde que apresentaram os novos PCDT (Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas) para tratamento das Infecções HIV e Hepatite C.

Na Jornada foram apresentados e discutidos PrEP (Profilaxia pré exposição), sífilis e outras infecções de transmissão sexual, atualizações no tratamento do HIV e das Hepatites virais, comorbidades em pessoas vivendo com HIV, novas tecnologias diagnósticas, e terapêuticas, bem como perspectivas para a Cura da Infecção pelo HIV e Erradicação das Hepatite C e B.

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FÓRUM SEPSE É REALIZADO EM SÃO PAULOFoi realizado em São Paulo o XIV Fórum Internacional de Sepse, tradicional evento do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), com apoio da SBI, AMIB, AMB, ABRAMURGEM, ABRAMED, SBP, CFM, COREN e outras entidades, além de patrocínio de grandes empresas que atuam no ramo da Medicina Intensiva e de Urgências e Emergências. Representando a SBI, participei da sessão de abertura discutindo com colegas representantes de outras sociedades o tema: “Qual o Nosso Papel”. Foi evidenciada a importância da sepse no cenário médico atual como uma das principais causas de morbidade e mortalidade e limitador do sucesso de terapias mais modernas que envolvem grandes cirurgias, transplantes e imunossupressão. Salientou-se as dificuldades de lidar com essa patologia em hospitais pouco aparelhados e com falta de pessoal adequadamente treinado, o que se reflete nas altas taxas de letalidade da sepse no Brasil comparativamente a outras nações em desenvolvimento.

Reforçou-se a necessidade de treinamento das equipes de atendimento nos hospitais, em todos os departamentos e não só nos prontos socorros e UTIs, pois a sepse pode ocorrer em outros departamentos, como nas enfermarias.

Seu reconhecimento e tratamento precoces, orientados por diretrizes bem estabelecidas, baseadas em evidências, resultam em queda da letalidade.

Durante o evento discutiu-se amplamente as novas definições de sepse recentemente publicadas em 2016 (Sepse 3.0), além de aspectos imunopatológicos, diagnóstico rápido molecular e modalidades terapêuticas de suporte vital. Também foram abordados temas relacionados a sepse em pediatria e a visão multiprofissional. Do ponto de vista da Infectologia abordou-se amplamente a antibioticoterapia, resistência bacteriana, biofilmes, diagnóstico molecular e prevenção de infecções.

Ao final, realizou-se o famoso embate entre duas equipes, os Sepse Killers versus UFC Sepse, que enfrentaram uma maratona de questões difíceis sobre sepse numa divertida gincana com a participação de entusiasmada torcida dos participantes do evento.

Décio DiamentCoordenador do Comitê de Infecções em UTI da SBI

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NOVIDADES

NOVIDADES

NOVIDADES DO EASL 2017Confira alguns destaques apresentados durante o Congresso Internacional da Associação Europeia para o Estudo do Fígado - EASL, realizado em Amsterdã, Holanda, entre os dias 19 e 23 de abril.

Na análise do número de trabalhos apresentados na área de hepatites virais, em série histórica, iniciada em 2005, verificou-se uma diminuição sensível daqueles que tratam da infecção pelo vírus da hepatite C (VHC), com uma retomada importante do interesse pela infecção pelo vírus da hepatite B (VHB), seguido pelo surgimento de novos e numerosos dados sobre a infecção pelo vírus da hepatite E (VHE).

HEPATITE ATrabalho tailandês realizado em 347 hospitais documentou a ocorrência de 1481 casos de hepatite aguda pelo VHA, com altas taxas de mortalidade em pacientes portadores de hepatopatias crônicas (>60 anos: 10,3%; cirróticos: 24,1%; doença hepática alcoólica: 17,6%; hepatite crônica pelo VHB: 11,7%; hepatite crônica pelo VHC: 20%). Isso destaca o papel dessa virose na etiologia da falência hepática aguda em hepatopatas crônicos, chamando a atenção sobre a mudança da epidemiologia da hepatite pelo VHA, que acomete pessoas com idade mais avançada e a necessidade de indicar a vacina anti-VHA em todos os portadores de hepatopatia crônica.

HEPATITE EForam apresentados vários trabalhos confirmando a cronificação das infecções agudas pelo VHE em pacientes imunossuprimidos, com destaque para estudo que evidenciou esse tipo de evolução em pacientes tratados com inibidores da tirosino quinase. Também foi apresentado trabalho demonstrando que infecções pelo VHE em pacientes portadores de hepatopatia crônica, que evoluem com quadros graves de insuficiência hepática. Estudo importante realizado na Alemanha alertou sobre a possibilidade de transmissão do VHE via transfusão sanguínea (1:896 transfusões VHE-RNA positivas). Em relação à abordagem terapêutica, foi apresentado estudo de tratamento da hepatite crônica com ribavirina, droga de escolha, constatando-se falhas importantes quando

é usada em indivíduos em tratamento de doenças oncohematológicas com ibrutinib. Outro trabalho importante, foi um estudo multicêntrico com 464 pacientes da França, Holanda e Reino Unido no qual se documentou a associação entre a infecção pelo VHE e quadros neurológicos não traumáticos, principalmente amiotrofia neurálgica, apontando o vírus como agente etiológico possível em quadros não hepáticos.

HEPATITE BForam apresentadas as novas Diretrizes de Prática Clínica para o manejo da hepatite B. Esse documento introduziu nova nomenclatura para as fases que constituem a história natural da infecção pelo VHB, com a incorporação da quantificação do AgHBs na sua caracterização (não obrigatória):• Infecção crônica e positiva (antiga fase de

imunotolerância): títulos elevados de AgHBs, AgHBe positivo, VHB-DNA > 107 UI/mL, níveis de ALT normais, ausência ou mínima lesão hepática;

• Hepatite crônica e positiva (antiga fase imunorreativa): títulos de AgHBs elevados/moderados, AgHBe positivo, VHB-DNA entre 104 e 107 UI/mL, níveis de ALT elevados, com lesão hepática moderada ou grave;

• Infecção crônica e negativa (antiga fase crônica inativa): títulos baixos de AgHBs, AgHBe negativo, VHB-DNA acima de 2000 UI/mL (alguns pacientes flutuam ente 2000-20000 UI/mL sem doença hepática), níveis normais de ALT e ausência de lesão hepática;

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• Hepatite crônica e negativa: caracterizada por títulos moderados de AgHBs, AgHBe negativo, VHB-DNA acima de 2000 UI/mL, níveis de ALT elevados (persistentes ou intermitente), com lesão hepática moderada ou grave.

O documento na íntegra, em Português, pode ser acessado AQUI.

Foram apresentados estudos de substituição de tenofovir disoproxil fumarato (TDF) por tenofovir alafenamide (TAF), demostrando a sua não inferioridade. Em 96 semanas de acompanhamento, 90% dos pacientes AgHBe reagentes e 73% dos AgHBe não reagente permaneceram com VHB-DNA abaixo de 29 UI/mL. Além desses achados, outro estudo que se prolongou por 120 semanas, verificou melhora em três parâmetros essenciais: normalização da ALT, densidade óssea e taxa de filtração glomerular. Assim, a nova diretriz clínica do EASL recomenda o uso de TAF em:1. Maiores de 60 anos;2. Doença óssea: pacientes com uso crônico de corticoides

ou outros medicamentos que piorem a densidade óssea, histórico de fratura espontânea, presença de osteoporose;

3. Alterações renais: taxa de filtração glomerular abaixo de 60 min/mL/1,73 m2.

Foi apresentado trabalho de fase III da droga besifovir, nucleotídeo acíclico fosfonato, semelhante ao tenofovir e adefovir, que tem que ser administrado junto com L-carnitina. Foram incluídos 193 pacientes na Coreia do Sul, aleatorizados para receber a droga ou o TDF por 48 semanas. O estudo demonstrou a sua não inferioridade com 76% e 79% respectivamente dos pacientes com VHB-DNA abaixo do nível de detecção. Não houve registro de efeitos adversos graves, com boa tolerância. Além disso, impactos positivos na taxa de filtração glomerular, massa óssea e a constatação em um subgrupo que foi submetido à biópsia hepática, de uma significativa melhora da histologia daqueles indivíduos que usaram besifovir, quando comparados àqueles do grupo tenofovir.

Em relação ao manejo terapêutico da hepatite crônica e negativa com antivirais sintéticos, foram mostrados os resultados do estudo DARING-B. Nesse trabalho, 60 pacientes não cirróticos, com mais de 4 anos de uso de tenofovir ou entecavir, VHB-DNA não detectável por 3 ou mais anos, tiveram a medicação antiviral suspensa. No acompanhamento por 12 meses, 70% deles tiveram recidiva com VHB-DNA entre 2000 e 20000 UI/mL, na maioria dos casos durante os primeiros 6 meses após a suspensão. Dos recidivados, foram retratados 15 (25%), e na análise multivariada sobre fatores de risco para retratamento apontou para o grau de fibrose mais avançada no pré-tratamento (Ishak >3 ou elastografia > 9kPa).

Também foram apresentados vários estudos sobre moléculas que agem em diferentes alvos do complexo ciclo celular do VHB, cujo objetivo é o de alcançar a “cura funcional”, isto é, perda do AgHBs e a soroconversão para anti-HBs: • Inibidores da entrada: agem no NTCP (polipeptídeo de

co-transporte taurocolato de sódio), que é um receptor para entrada do vírus na célula;

• Inibidores de pontos de verificação: são moléculas que revertem a exaustão da resposta dos linfócitos T CD8. Assim, recupera-se a capacidade de lise das células com o VHB, eliminando o vírus;

• Inibidores da tradução proteica: são nucleotídeos “silenciadores” do RNA (siRNA), que interferem e destroem o RNA viral;

• Inibidores da liberação do AgHBs: impedem a produção do antígeno de superfície, cuja presença é indispensável para a entrada e saída do vírus da célula;

• Moduladores da proteína do core viral: interferem na formação do cápside viral, impedindo a formação do virion.

Esses medicamentos ainda se encontram na fase I e fase II de desenvolvimento. A intenção é conseguir no futuro esquemas que incluam drogas com diferentes mecanismos de ação para alcançar a cura funcional.

HEPATITE CO VHC ainda continua o grande centro das atenções, pois ainda reuniu mais que 50% dos resumos enviados dentro da área de hepatites virais. Isso se explica pelo grande interesse em dois aspectos: experiência de tratamento em vida real com as drogas de ação direta (DAAs) e novos esquemas terapêuticos.

1. VHC - Estudos de Vida Real com os DAAs atuaisCoortes Nacionais e Internacionais: muitos estudos mostrando a efetividade e segurança no uso dos DAAs (centros nacionais isolados ou de cooperação entre países) foram apresentados, revelando os mesmos ótimos resultados dos ensaios clínicos de fase 3. Em destaque,

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resultados de uma investigação brasileira que mostrou altas taxas de RVS mesmo em cirróticos, mas ainda com efetividade a desejar nos Genótipo 2 e 3. (Cheinquer H, et al. EASL 2017. Abstract 223)

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Cheinquer H, et al. EASL 2017. Abstract 223

- Elbasvir/Grazoprevir: tratamento de comprimido único para genótipos 1 e 4, aprovado na Europa e EUA, avaliado por três coortes com mais de 3.200 pacientes (US TRIO Network, HCV-TARGET e US Veterans Affairs Healthcare System). Foi evidenciada alta efetividade (RVS: 97%) e baixa taxa de eventos adversos. (Bacon B, et al. EASL 2017. Abstract 239; Pearlman BL, et al. EASL 2017. Abstract 237; Kramer JR, et al. EASL 2017. Abstract 095).

- Sofosbuvir/Velpatasvir: tratamento de comprimido único para genótipos 1 a 6 aprovado na Europa e EUA, avaliado por duas coortes com mais de 1.200 pacientes (US TRIO Network e HCV-TARGET). Foi evidenciada alta efetividade (RVS: 94-97%) e baixa taxa de eventos adversos. (Tsai N, et al. EASL 2017. Abstract 244; Curry M, et al. EASL 2017. Abstract 102; Khalili M, et al. EASL 2017. Abstract 222).

- Pacientes Experimentados/Falhados: pacientes genótipo 3 falhados ao tratamento prévio com DAAs, na presença ou ausência de mutações na NS5A (RASs), tem boa taxa de sucesso terapêutico (RVS: 88 – 100%) quando retratados com sofosbuvir + (daclatasvir ou velpatasvir) +/- ribavirina por 12/24 semanas (Vermehren J, et al. EASL 2017. Abstract 155).

2. VHC - Esquemas Terapêuticos em Investigação (Fases II e III)Em tempos de alta efetividade dos DAAs, propostas de novos esquemas terapêuticos incluem obrigatoriamente associações em um comprimido diário, sem necessidade de ribavirina, pangenotípicas e amigáveis com o paciente cirrótico e renal crônico, bem como eficazes no resgate de falha prévia aos DAAs, com ou sem mutações (RASs).

- Glecaprevir/Pibrentasvir: alta eficácia (RVS: 95-100%) em genótipos 1 a 6, incluiu pacientes cirróticos compensados, renais crônicos e transplantados renais ou hepáticos. (Forns X, et al. EASL 2017. Abstract 006 ; Foster GR, et al. EASL 2017. Abstract 007; Reau N, et al. EASL 2017. Abstract 03).

- Glecaprevir/Pibrentasvir/Uprifosbuvir: alta eficácia (RVS: 100%) em genótipos 1, falhados com e sem RASs a sofosbuvir/ledipasvir ou elbasvir/grazoprevir, incluiu pacientes cirróticos compensados. (Wedemeyer H, et al. EASL 2017. Abstract 159).

- Sofosbuvir/Velpatasvir/Voxilaprevir: alta eficácia (RVS: 94% - 100%) em genótipos 1 a 6, falhados com e sem RASs, incluiu pacientes cirróticos compensados. (Sarrazin C, et al. EASL 2017. Abstract 248).

HEPATITE DNovas opções de tratamento para o VHD estão em avaliação em fase 2, de forma promissora. Destaque para os inibidores de entrada (Myrcludex-B), inibidores de prenilação (Lonafarnib) e polímeros de ácido nucléico (REP 2139-CA). (Buchmann, et al. EASL 217. Abstract 158; Koh, et al. EASL 217. Abstract 519; Bazinet, et al. EASL 217. Abstract 507)

Hepatites A, B e E - Dr. José David Urbaez Brito (Brasília/DF)Hepatites C e D - Prof. Dr. Alexandre Naime Barbosa (UNESP/SP)

ECCMID 2017

De 22 a 25 de abril, aconteceu em Viena, Áustria, o 27° Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID). O Brasil contou com 250 participantes inscritos, um número recorde, e a Sociedade Brasileira de Infectologia teve papel de destaque, com uma mesa redonda na programação oficial do congresso, organizada em parceria com a Associação Pan-Americana de Infectologia (API), sobre as ameaças à saúde na América Latina, com a participação do infectologista Clóvis Arns da Cunha, Coordenador Científico da SBI, na coordenação, e

de Flavio de Queiroz Telles Filho e Reynaldo Dietze, como apresentadores sobre os temas micoses sistêmicas e leishmaniose, respectivamente.

Outros brasileiros que participaram como palestrantes ou coordenadores de atividades no congresso, como: Ana Gales, Arnaldo Lopes Colombo, Edson Abdala, Flavia Rossi, Lessandra Michelin, Rosana Richtmann e Thais Guimarães, além de outros médicos que participaram como autores de trabalhos científicos apresentados.

PARCERIA CIENTÍFICA

Um dos objetivos da atual gestão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) é estreitar parcerias com as mais importantes sociedades científicas internacionais. Durante o ECCMID 2017, ocorreu um encontro entre representantes da SBI e a Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID). Nessa reunião, os principais pontos discutidos foram:• Os diversos comitês científicos da SBI poderão sugerir temas para o ECCMID 2018, programado para acontecer em

Madri, Espanha;• Serviços acadêmicos de Infectologia no Brasil que queiram receber infectologistas e microbiologistas ligados a ESCMID

poderão entrar em contato com a SBI;• Possibilidade de associados da SBI fazerem estágios em serviços ligados à ESCMID.

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NOVIDADES

NOVIDADES

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Entre os dias 16 e 20 de maio, aconteceu na Cidade do Panamá, o XVIII Congresso Pan-Americano de Infectologia.Mais uma vez, a Sociedade Brasileira de Infectologia teve papel de destaque em um evento internacional.

A mesa redonda “Vírus zika: revisão da experiência brasileira” foi organizada pela Associação Pan-Americana de Infectologia (API) em coparticipação com a SBI, sendo moderada pelo presidente Sergio Cimerman. Teve como conferencistas os infectologistas Leonardo Weissmann (Epidemiologia), Alberto Chebabo (Clínica e Diagnóstico) e Melissa Falcão (Complicações: Guillain-Barré e microcefalia). A atividade foi assistida por uma plateia considerável e seus participantes responderam diversas dúvidas dos congressistas, interessados em conhecer a realidade do nosso país.

O presidente Sergio Cimerman ainda foi palestrante no “Café da Manhã com o Especialista”, abordando o tema “Parasitoses intestinais em HIV/Aids”.

O diretor da SBI Kleber Luz participou do simpósio organizado em coparticipação com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) sobre o manejo clínico de arboviroses em um contexto regional epidêmico para dengue, chikungunya e zika, com o tema “Desafios no manejo da febre amarela”.

O infectologista Arnaldo Lopes Colombo participou de outro simpósio organizado em coparticipação com a OPAS sobre doenças fúngicas, falando sobre “Panorama da candidemia na América Latina”.

José Vidal apresentou uma aula a respeito de “Atualização sobre toxoplasmose cerebral em pacientes infectados pelo HIV”.

Em 2019, o congresso bianual da API acontecerá em Assunção, Paraguai.

BRASILEIROS NO CONGRESSO PAN-AMERICANO DE INFECTOLOGIA

AUMENTA A LISTA DE PALESTRANTES INTERNACIONAIS CONFIRMADOS PARA O INFECTO 2017

Confira a lista atualizada de reconhecidos médicos e pesquisadores do exterior que estarão conosco entre 12 e 15 de setembro desse ano no Rio de Janeiro, durante o XX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto 2017). Listamos de acordo com a área de atuação de cada um e o país de atuação. Não perca essa incrível oportunidade para estar junto deles e participar de tantas outras incríveis atividades programadas para o Infecto 2017.

ARBOVIROSES:Alfonso Rodriguez Morales (Colômbia)Carlos Rodriguez (Rep. Dominicana)

HIV/AIDS:Robert A. Bonomo (EUA)Roy Gulick (EUA)Steven Deeks (EUA)Charles Boucher (Holanda)Jonathan Shapiro (Israel)Rick Elion (EUA)Sharon Walmsley (Canadá)Paul Sax (EUA)

HEPATITES:Cristophe Hezode (França)Mark Nelson (Inglaterra)

INFECÇÕES EM IMUNODEPRIMIDOS:Andre Kalil (EUA)Paolo Grossi (Itália)

INFECÇÕES FÚNGICAS:Guillermo Porras (Nicarágua)

RESISTÊNCIA BACTERIANA:Carmem Lúcia Pessoa da Silva (Suíça)Henry Chambers (CA)Jesus Rodriguez-Baño (Espanha)Mario Tumbarello (Itália)YehudaCarmeli (Israel)MateoBasseti (Itália)

INFECÇÕES OSTEOARTICULARES:Federico Pea (Itália)

IMUNIZAÇÕES:Ron Dagan (Israel)

PARASITOLOGIA:Angel Arturo Escobedo (Cuba)

INFECTOLOGIA PEDIÁTRICA:Juan Pablo Torres (Chile)Rolando Gutierrez (Costa Rica)

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NOVIDADES

PRÓXIMOS EVENTOS

NO BRASILII JORNADA DE INFECTOLOGIA DA SOCIEDADE DE INFECTOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO (SIES)Data: 1 e 2/6/2017Local: Auditório da Fecomércio – Vitória (ES)Informações: www.infectologia.org.br/admin/zcloud/201/2017/02/Jornada_SIES_2017.pdf

10° HEPATOAIDSData: 8 a 10/6/2017Local: Hotel Maksoud Plaza - São Paulo (SP)Informações: www.hepatoaids.com.br

V CONGRESSO NORTE NORDESTE DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR E CONTROLE DE INFECÇÕESData: 9 e 10/6/2017Local: Mar Hotel - Recife (PE)Informações: www.acihpe.com.br

6TH INTERNATIONAL CONFERENCE ON PLASMODIUM VIVAX RESEARCHData: 11 a 14/6/2017Local: Tropical Manaus Ecoresort - Manaus (AM)Informações: icpvr.org

VII JORNADA DE INFECÇÕES ORTOPÉDICASData: 22 e 23/6/2017Local: Centro de Convenções Rebouças - São Paulo (SP)Informações: www.facebook.com/jornadainfeccoesortopedicas/Inscrições: (11) 3086-4106, (11) 3086-4105 ou e-mail [email protected]

II SIMPÓSIO DE ATUALIZAÇÃO EM ELASTOGRAFIA HEPÁTICA (ELASTO 2017)Data: 23 e 24/6/2017Local: Renaissance São Paulo Hotel - São Paulo (SP)Informações: www.elastohepatica.com.br ou [email protected]

VI ENCONTRO SOBRE HEPATITE C CRÔNICA E PATOLOGIAS ASSOCIADAS DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULOData: 30/06/2017Local: Espaço Beira Rio - Piracicaba (SP)Informações e inscrições: (19) 3417-5109 / (19) 3436-8370 (19) 3434-6049

HEPATOLOGIA DO MILÊNIO 2017Data: 5 a 7/7/2017Local: Bahia Othon Palace Hotel - Salvador (BA)Informações: www.hepatologiadomilenio.com.br

STI & HIV WORLD CONGRESS 2017Data: 9 a 12/7/2017Local: Windsor Convention & Expo Center - Rio de Janeiro (RJ)Informações: stihivrio2017.com

XIX JORNADA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES - SBIMData: 9 a 12/8/2017Local: Hotel Maksoud Plaza - São Paulo (SP)Informações: jornadasbim.com.br/2017/

VI WORKSHOP DE COMORBIDADES E EVENTOS ADVERSOS EM HIV/AIDSData: 17 a 19/8/2017Local: Leques Brasil Hotel Escola – São Paulo (SP)Informações: www.comorbidades.com.br

53° CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL (MEDTROP)Data: 27 a 30/8/2017Local: Centro de Eventos do Pantanal – Cuiabá (MT)Informações: www.medtrop2017.com.br

NO MUNDOASM MICROBE 2017Data: 01 a 05/6/2017Local: Nova Orleans, Estados UnidosInformações: www.asmmicrobe.org

14TH INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON MODERN CONCEPTS IN ENDOCARDITIS AND CARDIOVASCULAR INFECTIONS (ISCVID 2017)Data: 22 a 24/6/2017Local: Dublin, IrlandaInformações: iscviddublin2017.com

1ST ANDEAN PACIFIC WORKSHOP ON HIV & HEPATITISData: 30/6 e 01/7/2017Local: Santiago, ChileInformações: www.virology-education.com/event/upcoming/1st-andean-meeting-hiv-hepatitis/

7TH CONGRESS OF EUROPEAN MICROBIOLOGISTSData: 9 a 13/7/2017Local: Valência, EspanhaInformações: fems-microbiology2017.kenes.com

9TH IAS CONFERENCE ON HIV SCIENCE (IAS 2017)Data: 23 a 26/7/2017Local: Paris, FrançaInformações: www.ias2017.org

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Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)Rua Domingos de Morais, 1.061/cj. 114Vila Mariana - CEP 04009-002(11) 5572-8958 / (11) 5575-5647e-mail: [email protected]

Presidente: Sergio CimermanVice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum1ª Secretária: Maria Cassia Jacintho Mendes Correa (licenciada)2º Secretário: Luciano Zubaran Goldani1º Tesoureiro: Marcos Antonio Cyrillo2º Tesoureiro: Kleber Giovanni LuzCoordenador Científico: Clovis Arns da Cunha Coordenadora de Informática: Maria do Perpétuo Socorro Costa CorreaCoordenador de Comunicação: José David Urbaéz Brito

Assessor da Presidência: Leonardo WeissmannSecretária: Givalda Guanás

Produção do Boletim SBI: Primeira Letra - Gestão de Conteúdo

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Jornalista Responsável: Bartira Betini - Mtb 27465/SP

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