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São muitos dias para pouco salário É visível que o país cresceu, desenvolveu e prosperou, em especial após o plano real, mas parece que essa evolução econômica foi um chamariz para atos ilícitos com relação à administração do dinheiro público que financia a dependência e miserabilidade da população. Não tem corte em orçamento que dê conta da ingerência atual. Não basta reduzir seguro-desemprego, vetar aumento de aposentadoria, cortar subsídios de impostos, diminuir crédito, aumentar taxa de juro e outras tantas medidas se a roubalheira não cessar. Porém, sobre o contexto atual dá para afirmar que o país gastou nossos impostos, afundou a economia, não investiu, foi incompetente, desonesto, corrupto e mau gerente, e toda essa situação ocasiona um panorama negativo com relação à confiabilidade do Brasil, segurança financeira interna e externa e ao futuro do país. O governo que tem papel cativo de “protagonista bonzinho na novela Administração Nacional” nesse momento apresenta-se como o vilão nessa história. A Presidência da República juntamente com todos os parlamentares ignoram as boas práticas de governança, desconhece o sentido dos pilares ‘transparência e equidade’ e as leis por esses administradores são totalmente desprezadas. O resultado dessa negligência é a péssima e desastrosa crise que estamos enfrentando. A face positiva desse momento só se dá na medida em que há a intensificação de investigações mostrando diariamente que muitos políticos são desleais e corrompidos, e sustentam um enriquecimento ilegal que já é premissa para a permanência na direção da administração pública. Somada a essa terrível situação tem ainda os grandes empresários do país que se coadunam aos gestores nacionais

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Page 1: blogdogiuliosanmartini.files.wordpress.com · Web viewO governo que tem papel cativo de “protagonista bonzinho na novela Administração Nacional” nesse momento apresenta-se como

São muitos dias para pouco salário

É visível que o país cresceu, desenvolveu e prosperou, em especial após o plano real, mas parece que essa evolução econômica foi um chamariz para atos ilícitos com relação à administração do dinheiro público que financia a dependência e miserabilidade da população.

Não tem corte em orçamento que dê conta da ingerência atual. Não basta reduzir seguro-desemprego, vetar aumento de aposentadoria, cortar subsídios de impostos, diminuir crédito, aumentar taxa de juro e outras tantas medidas se a roubalheira não cessar.

Porém, sobre o contexto atual dá para afirmar que o país gastou nossos impostos, afundou a economia, não investiu, foi incompetente, desonesto, corrupto e mau gerente, e toda essa situação ocasiona um panorama negativo com relação à confiabilidade do Brasil, segurança financeira interna e externa e ao futuro do país.

O governo que tem papel cativo de “protagonista bonzinho na novela Administração Nacional” nesse momento apresenta-se como o vilão nessa história.

A Presidência da República juntamente com todos os parlamentares ignoram as boas práticas de governança, desconhece o sentido dos pilares ‘transparência e equidade’ e as leis por esses administradores são totalmente desprezadas. O resultado dessa negligência é a péssima e desastrosa crise que estamos enfrentando.

A face positiva desse momento só se dá na medida em que há a intensificação de investigações mostrando diariamente que muitos políticos são desleais e corrompidos, e sustentam um enriquecimento ilegal que já é premissa para a permanência na direção da administração pública.

Somada a essa terrível situação tem ainda os grandes empresários do país que se coadunam aos gestores nacionais para negociar propinas bilionárias e atrasar o desenvolvimento sustentável de uma nação.

É inadmissível o comportamento pervertido e sem consciência de governantes e empresários que se unem para ignorar os benefícios que tem a governança dos impostos para a prosperidade do bem-estar da população e da gestão pública.

O saldo negativo dessa supressão de honestidade fica para a conta do excessivo esforço que o empregado precisa fazer a fim de arcar com demasiados volumes de impostos, contribuições e taxas. Haja remuneração para dar conta dessa despesa.

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E vou além, é muita tarefa para pouca valia. A moeda já não tem mais o mesmo o valor. Sobram dias no ano para o salário dos consumidores.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário publicou o resultado de uma pesquisa que apresentava a evolução da quantidade de dias trabalhados ao longo das décadas para pagar impostos no Brasil. E, atualmente, é preciso labutar aproximadamente 150 dias para devolver dinheiro aos cofres públicos, ou seja, quase a metade do ano.

Logo, surgem algumas indagações. A corrupção não terá fim? Será que acham bonito falar que isso é cultura da política brasileira? Essa fraude fiscal será rotina? Qual é o nosso papel nesse contexto? Chegará o dia em que cada um de nós terá que trabalhar 365 dias ano e mesmo assim vamos ficar em débito com o governo?

Profa.: Ms. Andréia Magalhães de Oliveira, docente na Estácio de Sá-Go e IPOG e atua em Graduação e Pós-Graduação em Goiás e no Brasil.