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e, mediante acordo entre Angola, Zâmbia e China, toda a linha ferroviária estará reabilitada até 2012. Alex Ripoll O Caminho de Ferro de Benguela (CFB), em Ango- la, é a única ligação ferro- viária da África Central ao Atlântico. Foi mandada construir em 1899, pelo governo português e a sua construção durou 30 anos. No seu funcionamento pleno, a ferrovia foi um factor muito importante para o desenvolvimento do interior da ex-colónia e tinha uma extensão de mais de 1300 km. O percurso iniciava-se na cidade por- tuária de Lobito e ia até à localidade de Luau, fron- teira com o antigo Zaire (hoje R.D. do Congo). Após a independência e posterior guerra civil em Angola, o CFB cessou de operar, dado que a maior parte das suas estruturas foi danificada ou destruída. Actualmente, o CFB está parcialmente operacional E DITORIAL C AMINHOS - DE - FERRO M ÍTICOS (V) ESCUTEIROS DO ESTORIL MARÇO 2009 NÚMERO 7 B ITOLA 40 NESTE NÚMERO: Editorial Ambiente Espaço Equus 30 Voz da CPP SUMÁRIO E NTREVISTA A UMA P IONEIRA 2 O AMBIENTE É DE TODOS 2 E NTREVISTA A UMA CAMINHEIRA 3 E SPAÇO E QUUS 30 4 VOZ DA CPP 4 ÓRGÃO INFORMATIVO DO XXI ACAGRUP E DO PROJECTO 40 ANOS DE AVENTURAS É assim que BP nos ensina e é assim que o 75 Estoril tem trabalhado ao longo dos últimos 40 anos. Em ano de comemorações, o agrupamento estabeleceu como objectivo conseguir promover, junto dos nos- sos jovens, uma maior consciência ambiental atra- vés de actividades escutis- tas que proporcionem um menor impacto ou através de acções específicas que visem um melhor ambiente no futuro. Afinal, é a natu- reza o cenário de todos os nossos acampamentos, o cenário das nossas activida- des e o cenário dos nossos Sonhos. O Agrupamento contou já com duas grandes acções: No carnaval fomos para a Serra da Estrela plantar espécies típicas desse par- que natural . Carvalhos e pinheiros - perto do Covão d’Ametade e, mais recen- temente, todo o agrupa- mento esteve no Parque Natural de Sintra-Cascais, a plantar salgueiros e ulmeiros. Foram dois dias bem passados em que a participação foi muito con- corrida, até porque a plan- tação de árvores faz parte dos requisitos a cumprir para participar nos “40 Anos de Aventuras”. Como sabem, a participa- ção no grande Acampa- mento está condicionada à conquista de 40 pontos por cada elemento, que os con- seguem através de algumas actividades e iniciativas de cada um. Como não podia deixar de ser, o ambiente em comunhão com o traba- lho comunitário tem um grande peso nesta conquis- ta. Sendo uma grande cor- dilheira, os Pirinéus são o cenário dos nossos “40 Anos de Aventuras” e vamos continuar a traba- lhar para o nosso ambiente de forma a tirarmos um maior partido daquilo que Deus criou para nós - a Natureza. Boa Caça Castor Sorridente “Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontraste” O “CAMACOUVE

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Março 2009

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Page 1: Bitola40 - 7

e, mediante acordo entre Angola, Zâmbia e China, toda a linha ferroviária estará reabilitada até 2012. Alex Ripoll

O Caminho de Ferro de Benguela (CFB), em Ango-la, é a única ligação ferro-viária da África Central ao Atlântico. Foi mandada construir em 1899, pelo governo português e a sua construção durou 30 anos. No seu funcionamento pleno, a ferrovia foi um factor muito importante para o desenvolvimento do interior da ex-colónia e tinha uma extensão de mais

de 1300 km. O percurso iniciava-se na cidade por-tuária de Lobito e ia até à localidade de Luau, fron-teira com o antigo Zaire (hoje R.D. do Congo). Após a independência e posterior guerra civil em Angola, o CFB cessou de operar, dado que a maior parte das suas estruturas foi danificada ou destruída. Actualmente, o CFB está parcialmente operacional

EDITORIAL

CAMINHOS-DE-FERRO MÍTICOS (V)

ESCUTEIROS DO ESTORIL

MARÇO 2009 NÚMERO 7

BITOLA 40

NESTE NÚMERO:

• Editorial

• Ambiente

• Espaço Equus 30

• Voz da CPP

SUMÁRIO

ENTREVISTA A UMA PIONEIRA

2

O AMBIENTE É DE TODOS

2

ENTREVISTA A UMA CAMINHEIRA

3

ESPAÇO EQUUS 30

4

VOZ DA CPP

4

ÓRGÃO INFORMATIVO DO XXI ACAGRUP E DO PROJECTO 40 ANOS DE AVENTURAS

É assim que BP nos ensina e é assim que o 75 Estoril tem trabalhado ao longo dos últimos 40 anos. Em ano de comemorações, o agrupamento estabeleceu como objectivo conseguir promover, junto dos nos-sos jovens, uma maior consciência ambiental atra-vés de actividades escutis-tas que proporcionem um menor impacto ou através de acções específicas que visem um melhor ambiente no futuro. Afinal, é a natu-reza o cenário de todos os nossos acampamentos, o cenário das nossas activida-des e o cenário dos nossos Sonhos. O Agrupamento contou já

com duas grandes acções: No carnaval fomos para a Serra da Estrela plantar espécies típicas desse par-que natural . Carvalhos e pinheiros - perto do Covão d’Ametade e, mais recen-temente, todo o agrupa-mento esteve no Parque Natural de Sintra-Cascais, a plantar salgueiros e ulmeiros. Foram dois dias bem passados em que a participação foi muito con-corrida, até porque a plan-tação de árvores faz parte dos requisitos a cumprir para participar nos “40 Anos de Aventuras”. Como sabem, a participa-ção no grande Acampa-mento está condicionada à

conquista de 40 pontos por cada elemento, que os con-seguem através de algumas actividades e iniciativas de cada um. Como não podia deixar de ser, o ambiente em comunhão com o traba-lho comunitário tem um grande peso nesta conquis-ta. Sendo uma grande cor-dilheira, os Pirinéus são o cenário dos nossos “40 Anos de Aventuras” e vamos continuar a traba-lhar para o nosso ambiente de forma a tirarmos um maior partido daquilo que Deus criou para nós - a Natureza. Boa Caça Castor Sorridente

“Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontraste”

O “CAMACOUVE”

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GRUPO PIONEIRO 61 - SERPA PINTO Bitola - Como te chamas e qual a tua idade? Pioneira - Mariana Lourenço e tenho 15 anos. B - Equipa? P - Gaivota B - Há quanto tempo estás no agrupamento? P- Há 9 anos… quase 10, entrei como Lobita. B - Qual a actividade externa que participaste que te tenha marcado mais? P - Ih… Foram tantas… é difícil, mas por secção é mais fácil: Como Lobita, foi o acampamento da Alcateia na Madeira, como Exploradora, claro, foi o Jamboree Mundial na Inglaterra e como Pioneira foi a descida do Rio Guadiana. B - Como está o teu progresso pessoal? P - Antes do RAP, estava na Etapa de Bronze, quase Prata, agora com o RAP está-se a entrar na fase de equivalência de provas que já tínhamos. B - Como a tua Secção está a dar-se com o RAP e a tua opinião pessoal sobre isso? P - A malta já percebeu o funcionamento, a ideia é boa e dá mais dinamismo à Secção. Na minha opinião pessoal, o RAP é mais abrangente, envolve mais aspectos dos conhecimentos dos pioneiros, mas... B - Mas… P - O Sistema de Progresso é muito subjectivo... B - Sabes aonde vai ser o ACAGRUP em Agosto? P - Sei, em Saint Lary. B - E antes de irmos aos Pirinéus, aonde vamos? P - A Biarritz e Lourdes. B - Estás bem informada. Já agora, em que transporte vamos? P - Comboio! B - Estás tão bem informada que já é certeza que vais ao acampamento... P - Se vou?? Claro que vou!! B - Que actividades gostarias de fazer no acampamento que sejam fora do habitual? P - Rafting...canoagem...BTT...parapente e… andar de balão! Adoraria andar de balão! B - Sabes que os que pretendem ir, têm que cumprir alguns requisitos… P - Faço-os todos!

PÁGINA 2 BITOLA 40

Mariana Lourenço

ENTREVISTA A UMA PIONEIRA

O AMBIENTE É DE TODOS

combustível. Na imagem da locomotiva que vemos ao lado pode-se ler a mensagem “Vá de com-boio. O ambiente agradece.” Nem mais! Vamos ao ACA-GRUP em França usando o comboio. Não um, mas vários. A partir do próximo número do Bitola40, falare-mos sobre cada um dos caminhos-de-ferro que ire-mos usar na nossa aventura no Verão.

Alex Ripoll

Todos sabemos que o nosso planeta está doente. Devemos fazer qualquer coisa e não ficar à espera que sejam outros a fazê-lo. Claro que não serão os escu-teiros a salvaram a Terra, mas podemos (e devemos) contribuir para amenizar as consequências dos crimes ambientais que vemos e ouvimos na comunicação social. Proteger o ambiente começa-se nas nossa casas: separando o lixo, poupando água, gás, electricidade,

É o sexto artigo da nossa lei. No fundo, este artigo signifi-ca: “ O Escuta protege o Ambiente”. Muito se tem escrito e debatido sobre a defesa do ambiente.

“ O ESCUTA PROTEGE AS PLANTAS E OS ANIMAIS “

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Bitola - Como te chamas e qual a tua idade? Caminheira- Francisca Cardoso e tenho 20 anos. B - Tens alguma alcunha? C- Sim, alguns chamam-me de “Mãe”... B - Estás no 75 há muito tempo? C - Há 9 anos, entrei como Exploradora e pertenci à Patrulha Lince. B - Quais as actividades externas que fizeste e que tão cedo não esqueces? C - Como Exploradora, o acampamento de Grupo em Idanha-a-Nova e o ACAGRUP em Itália. Como Pioneira, quando fizemos aquela actividade no “Creoula”... B - O que te fez gostar desse empreendimento? C - Gostei de fazer parte da tripulação, de navegar até às Berlengas, de ser em conjunto com o Agrupamento de Évora, gostei de tudo! B - E como Caminheira? C - Gostei muito da actividade do Verão passado, em Drave B - Como o Clã está a viver o RAP? C - Já percebemos o funcionamento e temos feito actividades específicas para “entrarmos” no RAP. B - E o próximo ACAGRUP, sabes aonde vai ser? C - Sei: Biarritz, Lourdes e acampamento nos Pirinéus. B - Já foste aos Pirinéus? C - Não, nunca lá fui. B - Estás motivada para ir? C - Estaria, se tivesse a certeza que iria, mas acho que não vou. B - Não?? E por quê? C - Porque tenho exames em Setembro e tenho que estudar B - Mas o acampamento é no início de Agosto, não podes estudar depois? C - Não sei, tenho que ver… é que também vou ter uma explicadora e teria que combinar com ela. B - Bem, vamos ser optimistas e acreditar que vais. Que actividades gostarias de fazer nesse acampamento que para ti seriam inesquecíveis? C - Rafting, canoagem e… gostaria de sobrevoar os Pirinéus! B - Sobrevoar? Estamos a falar de avionetas… e isso inclui também pára-quedismo? C - Não, não! Só sobrevoar mesmo! B - O que achas dos requisitos para se poder participar do ACAGRUP? C - Acho-os acessíveis e, mesmo não indo, eu e outros estamos a fazê-los na mesma.

CLÃ 42 - STA. EUFÉMIA

INATEL - O MELHOR DO TURISMO NACIONAL

PÁGINA 3 NÚMERO 7

Francisca Cardoso

ENTREVISTA A UMA CAMINHEIRA

Planeie umas férias e venha descobrir os verdadeiros encantos do Parque Natural da Serra da Estrela. Visite o INATEL - MANTEIGAS e desfrute da magnífica localização em pleno rio Zêzere. Para mais informações contacte o INATEL - Delegação da Covilhã . Telefone: 289 898 940 e-mail: [email protected]

www.escuteirosdoestoril.net

Page 4: Bitola40 - 7

CORPO NACIONAL DE ESCUTAS AGRUPAMENTO 75/ESTORIL

APARTADO 189 - 2766-903 ESTORIL ESCOLA SALESIANA DO ESTORIL

TEL.: 214 673 183

ESCUTEIROS DO ESTORIL famoso ataque do cão que mandou dois elementos nossos para o hos-pital). Gostei especialmente desse acam-pamento por vários motivos: não faltou nenhum dos oito elementos, houve aventura, brincadeiras, res-peito, entreajuda, boa disposição, espírito de união e a grande alegria à volta da fogueira (que durou horas) ficaram para sempre marca-da na minha memória e durante muito tempo. Mensagem obrigatória de reter: aproveitem ao máximo esses anos de exploradores, porque garanto-vos que serão os melhores das vos-sas vidas no escutismo e, claro, sempre com a Cavalo a ganhar, aos gritos de “Patrulha Cavalo alerta? Sempre certa! Sempre certa! Filipa Ripoll Guia de Patrulha 2003/04

Como sabem, e se não sabem ficam a saber, eu fui durante dez anos membro do Agrupamento 75, dos quais, quatro anos no Gru-po Explorador (que época fantásti-ca!). Fui integrada na Patrulha Cavalo, que é, desde sempre, a patrulha mais louca de todas! Como é impossível relatar aqui todas as aventuras que vivi, refiro uma das que mais gostei que foi um simples acampamento de patrulha na Biscaia, mas o da segunda vez, já que o anterior não foi bem sucedido (o tristemente

ESPAÇO EQUUS 30 TESTEMUNHOS DE ANTIGOS GUIAS

FICHA TÉCNICA

PROPRIEDADE ESCUTEIROS DO ESTORIL

PUBLICAÇÃO MENSAL

DIRECTOR

ALEXANDRE RIPOLL

EDIÇÃO GRÁFICA JORGE EMÍDIO

REDACÇÃO

ANA MARCÃO CATARINA VICENTE DANIEL PESTANA

COLABORARAM NESTE NÚMERO

COMISSÃO PERMANENTE DE PAIS

FILIPA RIPOLL FRANCISCA CARDOSO MARIANA LOURENÇO

SÍLVIA SOUSA E MENEZES

EDIÇÃO ONLINE DISPONÍVEL EM VERSÃO PDF

WWW.ESCUTEIROSDOESTORIL.NET

VOZ DA C.P.P. (COMISSÃO PERMANENTE DE PAIS)

Quando o meu marido, ex-escuteiro do 407 Oeiras, sugeriu inscrever o nosso filho de 6 anos nos Escuteiros, achei óptima a ideia, mas sem compreender o que isso verdadeiramente significava. Para mim, o Escutismo resumia-se ao contacto com a natureza e às boas acções. Com o passar do tempo, apercebi-me que o Escutismo é uma “cultura” em si e só quem é ou foi escuteiro é que a sabe entender. Rendi-me à minha “ignorância”, porque, como não fui escuteira, nunca iria perceber no que é que consistia. Tudo isto mudou quando recebi uma mensagem a perguntar se havia alguém interessado em fazer o Curso de Introdução ao Escutismo. Pensei imediatamente que ainda havia

alguma coisa a aprender sobre este movimento tão popular, que continua a atrair tantos jovens, e inscrevi-me. Foi um Sábado bem passado e aprendi desde a lingua-gem, à história, passando pelo conteúdo da Lei e Promessa, aca-bando na própria actividade do CNE. Para quem nunca foi escu-teiro e que achava difícil com-preender o Escutismo e toda a sua envolvência, passei a sentir-me mais preparada para participar nas conversas “escutistas” lá de casa. Sílvia Sousa e Menezes Mãe do Lobito Guilherme Sousa e Menezes

Estoril, Um lugar Mil sensações