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cada dia no coração de cada homem e na vida de cada agrupamento. Somos pes- soas de esperança, estamos alerta, perscrutamos cons- tantemente o horizonte. É com estas atitudes que nos caracterizam, que devemos descobrir a presença de Deus, os Seus sinais, a Sua tenda, afim de nos encon- trarmos com Ele, por Ele sermos acolhidos e robus- tecidos. Que neste Natal, e em todas as celebrações destes 40 anos, nos sintamos a caminhar com Deus ao nosso lado, que nos sinta- mos convidados por Deus para a Sua tenda e possa- mos crescer no conheci- mento e na intimidade com Ele. Pe. João Chaves Assistente do Agrupamento Eis-nos chegados ao mês de Dezembro, mês do Natal, das luzes e das prendas, das comidas especiais e das festas. É tempo de recor- dar os amigos, reunir a família, construir o presé- pio e deixarmo-nos envol- ver pelo mistério de amor e comunhão no qual Deus se faz pequenino e nasce como nós. Um Deus que “desistiu” de esperar e tomou a iniciativa de vir ao nosso encontro, morar connosco. A liturgia usa uma expressão de S.João para falar desta atitude de Deus: “A Palavra fez-se carne e montou a sua tenda no meio de nós” (Jo 1,14). Para nós, escuteiros, a ten- da é um elemento sobeja- mente conhecido. Montar a tenda significa ter um lugar de referência, uma guarida, um ponto de encontro e de apoio. Se Deus montou a Sua ten- da no meio de nós quer dizer que a nossa vida não a vivemos sozinhos, mas na Sua companhia, que Ele caminha ao nosso lado e partilha connosco as nossas aventuras. Se ligarmos esta imagem da tenda ao quadragésimo aniversário que o Agrupa- mento está a celebrar, teríamos que afirmar que a história honrosa do 75 Estoril é uma história parti- lhada por Deus, onde Ele esteve presente e inspirou o crescimento de tantos que por aqui foram passan- do. Mas não nos basta olhar para o passado. Deus conti- nua a caminhar connosco. Ele quer nascer cada ano e EDITORIAL N ATAL É FESTA ! ESCUTEIROS DO ESTORIL DEZEMBRO 2008 NUMERO 4 B ITOLA 40 NESTE NÚMERO: Editorial Crónica de Natal Espaço Equus 30 CPP SUMÁRIO CRÓNICA DE NATAL 2 E NGORDAR O PORQUINHO 3 ALCATEIA OUSOU S AIR 3 E SCUTISMO FRANCÊS 3 ESPAÇO EQUUS 30 4 VOZ DA CPP RECÉM- CHEGADOS 4 ÓRGÃO INFORMATIVO DO XXI ACAGRUP E DO PROJECTO 40 ANOS DE AVENTURAS 31 JANEIRO 2009 ANIVERSÁRIO DO 75 A Equipa Redactorial do Bitola 40 deseja a todos os leitores um Santo e Feliz Natal Estoril, um lugar. Mil sensações

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Dezembro 2008

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cada dia no coração de cada homem e na vida de cada agrupamento. Somos pes-soas de esperança, estamos alerta, perscrutamos cons-tantemente o horizonte. É com estas atitudes que nos caracterizam, que devemos descobrir a presença de Deus, os Seus sinais, a Sua tenda, afim de nos encon-trarmos com Ele, por Ele sermos acolhidos e robus-tecidos. Que neste Natal, e em todas as celebrações destes 40 anos, nos sintamos a caminhar com Deus ao nosso lado, que nos sinta-mos convidados por Deus para a Sua tenda e possa-mos crescer no conheci-mento e na intimidade com Ele. Pe. João Chaves Assistente do Agrupamento

Eis-nos chegados ao mês de Dezembro, mês do Natal, das luzes e das prendas, das comidas especiais e das festas. É tempo de recor-dar os amigos, reunir a família, construir o presé-pio e deixarmo-nos envol-ver pelo mistério de amor e comunhão no qual Deus se faz pequenino e nasce como nós. Um Deus que “desistiu” de esperar e tomou a iniciativa de vir ao nosso encontro, morar connosco. A liturgia usa uma expressão de S.João para falar desta atitude de Deus: “A Palavra fez-se carne e montou a sua tenda no meio de nós” (Jo 1,14). Para nós, escuteiros, a ten-da é um elemento sobeja-mente conhecido. Montar a tenda significa ter um lugar de referência, uma

guarida, um ponto de encontro e de apoio. Se Deus montou a Sua ten-da no meio de nós quer dizer que a nossa vida não a vivemos sozinhos, mas na Sua companhia, que Ele caminha ao nosso lado e partilha connosco as nossas aventuras. Se ligarmos esta imagem da tenda ao quadragésimo aniversário que o Agrupa-mento está a celebrar, teríamos que afirmar que a história honrosa do 75 Estoril é uma história parti-lhada por Deus, onde Ele esteve presente e inspirou o crescimento de tantos que por aqui foram passan-do. Mas não nos basta olhar para o passado. Deus conti-nua a caminhar connosco. Ele quer nascer cada ano e

EDITORIAL

NATAL É FESTA!

ESCUTEIROS DO ESTORIL

DEZEMBRO 2008 NUMERO 4

BITOLA 40

NESTE NÚMERO:

• Editorial

• Crónica de Natal

• Espaço Equus 30

• CPP

SUMÁRIO

CRÓNICA DE NATAL

2

ENGORDAR O PORQUINHO

3

ALCATEIA OUSOU SAIR

3

ESCUTISMO FRANCÊS

3

ESPAÇO EQUUS 30

4

VOZ DA CPP RECÉM-CHEGADOS

4

ÓRGÃO INFORMATIVO DO XXI ACAGRUP E DO PROJECTO 40 ANOS DE AVENTURAS

31 JANEIRO 2009 ANIVERSÁRIO DO 75

A Equipa Redactorial do Bitola 40

deseja a todos os leitores um Santo e Feliz Natal

Estoril, um lugar. Mil sensações

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(Algures na década de ‘80) Após uma animada viagem de comboio (como se fazia com frequência naquela altu-ra), o Grupo Explorador chega a Caldas de Vizela. Aquele acantonamento de Natal seria em conjunto com o grupo explorador local. Pousámos as mochilas e fomos visitar a enorme sede do Agrupamento 279. Ficámos instalados no salão nobre, que era um espaço bem grande. Achámos curio-so haver nas paredes muitas fotos de senhoras. Ao per-guntarmos quem eram, dis-seram-nos que eram as madrinhas da fanfarra (?). Preferimos não fazer comen-tários, afinal fomos muito bem recebidos… Reparámos também que a coeducação naquele agrupa-mento era muito diferente da nossa - tinham dois gru-pos: masculino e feminino. Eles reuniam-se ao sábado e elas ao domingo. Só se junta-vam para fazer actividades uma vez por ano, por altura das promessas. Assim, faría-mos as actividades em con-junto (raid e jogo de cidade) só com o grupo dos rapazes. No dia seguinte, domingo, fomos à missa e vimos pela primeira vez o grupo só das raparigas. Estava combinado que iríamos animar a eucaris-tia com o nosso coro (o coro do nosso agrupamento naquele tempo era maiorita-riamente composto por ele-mentos da IIª Secção). O assistente do agrupamento, no início da missa, fez uma grande apresentação do nos-so grupo a todos os presentes na igreja. Durante a missa o

nosso pessoal esteve muito bem nos cânticos, acompa-nhados nas violas pelo Ivo e a Lena, ambos animadores. No fim da celebração, o assistente nos deixou um pouco sem jeito ao pedir um grande aplauso para o fantás-tico e belíssimo (sic) coro dos exploradores do Estoril. Mais ainda: como estávamos na altura do Natal e para provar que os vizelenses sabem acolher os visitantes, sugeriu (ou man-dou?) que os paroquianos deixassem na sede “qualquer coisinha” para nós. A partir da tarde daquele dia, a “qualquer coisinha” foram montes e montes de bolos-rei. Um atrás do outro, os carros iam chegando, para-vam no pátio da sede e dei-xavam os bolos. Agradecíamos e levávamos para a sede onde a malta comia gulosamente. No entanto, a quantidade de bolos era tanta que uma hora depois já ninguém podia ver bolo-rei à frente, mas não paravam de chegar…

-”É o chefe dos escuteiros?” perguntou uma senhora que chegara num Audi novinho. Ao responder que sim, ela diz: “Desculpe a demora, mas só agora pude trazer “qualquer coisinha” p’ros meninos.” Abre a mala do carro e tira oito (!) bolos-rei e daqueles grandes. Ao entrar no salão e ao ver mais uma pilha de bolos, dois exploradores ameaçaram vomitar. Nos dias seguintes, os peque-nos almoços e sobremesas eram sempre bolo-rei. Uma patrulha pretendia jogar à

bola no pátio usando bolos-rei empilhados a fazer de balizas e outra ainda tentou usar bolos para fazer o jogo das argolas. Obviamente os animadores não permitiram. O assistente, de vez em quando, ia ter connosco e perguntava: - “Querem mais bolo?”

-NÃÃOOO, OBRIGADO!” respondíamos com a delica-deza possível. No dia do Jogo de Cidade, correu o boato (até hoje não se sabe o autor) que a patru-lha que ganhasse ganharia dois bolos-rei. Coincidência ou não, a Raposa perdeu-se de propósito, a Cavalo res-pondia os questionários todos mal, a Morcego foi ao cinema e a Falcão toda ficou “doente” e desistiu. Com isso, as quatro patrulhas de Vizela, logicamente, foram as melhores classificadas. Apesar de tudo, essa activi-dade de Natal correu bem e muitos dos que foram ainda se lembram dela. Eu é que fiquei numa posição desconfortável quando os pais, mais tarde, me diziam que os seus filhos juraram que nunca mais iriam comer bolo-rei…

Alex

CRÓNICA DE NATAL

PÁGINA 2 BITOLA 40

QUEREM MAIS

BOLO-REI ?

www.escuteirosdoestoril.net

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Espera-vos, no Verão, uma actividade inesquecível que nos desafia e nos faz lembrar que há 40 anos que procura-mos deixar o mundo um pouco melhor! Já está muito próximo mas ainda falta o principal… €€€

É um esforço muito grande que as nossas famílias fazem sempre que um escuteiro tem uma actividade, ainda mais uma actividade desta envergadura e quando ocorre ao mesmo tempo que uma crise financeira internacio-

nal. Mas vamos ficar de braços cruzados a dizer que não fomos por causa da crise? Nem pensar! O caminho a percorrer é duro, são cerca de 500 Euros que cada um terá que pagar, e tal como o Alex referiu no Bitola anterior, não existe no nosso agrupamento o “Factor PPA” (Papai pagou, acampou). Por isso, está na hora de meter mãos à obra e come-çar a juntar no mealheiro.

Temos muitas formas de angariar fundos para a nossa actividade. Essa angariação pode ser feita a nível indivi-dual, de bando/patrulha/equipa, ao nível da secção ou do agrupamento,. Mas ideias precisam-se! Falem com os vosso chefes, se não querem ficar em casa.

Castor Sorridente

activamente na construção de um mundo melhor: mais democrático, mais fraterno e mais responsável com o Ambiente. Foi fundada em 1911 e é membro da Federação Pro-testante de França. Sua sede nacional situa-se em Clichy-sous-Bois (arredores de Paris).Os agrupamentos têm sede em templos evangéli-cos. Apesar de ter implanta-ção nacional, o seu efectivo não ultrapassa os 5.000

A Associação Eclaireuses et Eclaireurs Unionistes de France (EEUdF) identifica-se como uma associação de inspiração cristã e evangélica. Apesar de ser confessional, esta associa-ção permite a filiação de jovens de outras religiões, contrariamente ao que acon-tece no CNE. Um dos seus apelos educativos assenta na convicção de que as crianças e jovens são agentes de mudança da sociedade. São motivados a se envolverem

membros, distribuídos pelos seus cerca de 100 agrupa-mentos. A aplicação da metodologia escutista é leva-da a cabo em 3 secções: Louvettes/Louveteaux (Lobitos) 8 a 11 anos Eclaireuses/Eclaireurs (Exploradores) 12 a 15 anos Aînées/Aînés (Pio/Caminheiros) 16 a 19 anos Divisa: Toujours Prêt (Sempre Pronto) Alex

VAMOS ENGORDAR O PORQUINHO!

ESCUTISMO INTERNACIONAL - (IV) FRANÇA

ALCATEIA OUSOU SAIR DO COVIL casas para se irem divertir em companhia dos seus irmãos lobos numa noite fora de casa. Para muitos destes Lobitos, foi a primeira vez que não dormiram com a sua família. Fomos até à Lagoa Azul, onde tivemos uma dentada sobre a Lei e as Máximas dos Lobitos; fizemos um jogo muito animado de estafetas sobre a Lei e as Máximas, aprendemos a comer juntos,

arrumar as roupas e saco-cama na mochila, a partilhar a nossa comida, a lavar a loiça. Algumas destas tarefas ainda demoraram um pouco, mas com a ajuda da Àquela, Balu, Hati e Racxa, todos gostaram desta actividade. Só foi pena o frio e chuva que houve ao longo do fim-de-semana. Uma canhota enorme,

Hati

Foi nos dias 29 e 30 de Novembro que a nossa Alca-teia ousou sair do Covil para uma Caçada por terras de Sintra. Pensámos nós acam-par, mas o temporal desse fim-de-semana obrigou-nos a pernoitar numa sala, gentil-mente cedida pelas Irmãs Doroteias. Só vos digo que foi especta-cular. Foi uma alegria imensa que 25 dos nossos Lobitos deixaram o conforto das suas

PÁGINA 3 NUMERO 4

INSÍGNIA EEUDF

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CORPO NACIONAL DE ESCUTAS AGRUPAMENTO 75/ESTORIL

APARTADO 189 - 2766-903 ESTORIL ESCOLA SALESIANA DO ESTORIL

TEL.: 214 673 183

ESCUTEIROS DO ESTORIL auxiliem a quem precisa, respei-tem cada elemento porque um Cavalo é digno, dentro e fora da Patrulha. Felicidades e, como diz o nosso grito; “Cavalos Alerta! Sem-pre Certa, Sempre Certa!” Natacha Chumbo Guia de Patrulha 1990/91

À Patrulha Cavalo Por ocasião dos 30 anos da Patru-lha a qual pertenci, não poderia deixar de dar uma mensagem de força aos actuais elementos, mes-mo porque estive dez anos no agrupamento. Assim, desejo aos Cavalos que corram livremente usufruindo de tudo o que vos rodeia, ajudem e

ESPAÇO EQUUS 30 TESTEMUNHOS DE ANTIGOS GUIAS

FICHA TÉCNICA

PROPRIEDADE ESCUTEIROS DO ESTORIL

PUBLICAÇÃO MENSAL

DIRECTOR

ALEXANDRE RIPOLL

EDIÇÃO GRÁFICA JORGE EMÍDIO

REDACÇÃO

ANA MARCÃO CATARINA VICENTE

DANIEL PESTANA

COLABORARAM NESTE NÚMERO

CASTOR SORRIDENTE HATI

NATACHA CHUMBO PE. JOÃO CHAVES

SUSANA MONTEIRO

EDIÇÃO ONLINE DISPONÍVEL EM VERSÃO PDF

WWW.ESCUTEIROSDOESTORIL.NET

VOZ DA C.P.P. (COMISSÃO PERMANENTE DE PAIS)

Recém-chegados Após ter aceite o desafio que o guia da Comissão Permanente de Pais me lançou, no meio de cente-nas de castanhas (reunião de pais e Magusto), cá estou eu a partilhar convosco a minha experiência. Há dois anos atrás, o meu filho mais velho, na altura com dez anos, perguntou-me se podia “entrar” para os escuteiros. Res-pondi-lhe afirmativamente com uma grande dose de entusiasmo e lá fomos nós bater à porta do Agrupamento do Estoril. Infelizmente, por força do destino (melhor dizendo, da falta de vagas), essa intenção foi adiada até este ano de 2008/2009. Passei a ter não um mas dois escuteiros lá em casa, pois o irmão mais novo também quis abraçar essa causa. Como tento sempre olhar para a vida pelo lado positivo, acho que os dois anos de espera compensa-ram, pois é um privilégio que esta entrada se esteja a concretizar no 40º aniversário do Agrupamento, com tantas actividades e novida-des, nomeadamente o novo siste-ma de progresso. Para mim, escu-tismo é sinónimo de uma organiza-ção secular que abraça o mundo, interagindo com a natureza, ao mesmo tempo que ensina as crian-ças e jovens a conviver e a parti-lhar. O espírito escutista represen-ta o melhor de todos nós, com uma grande dose de alegria. Mas qual o dos pais numa decisão aparentemente simples,

quando nos perguntam “podemos ir para os escuteiros?” Para além do “sim, claro que podes”, de tra-tar da inscrição, do uniforme, da logística, enfim, de acomodar mais uma actividade no calendário fami-liar e assumir um compromisso, penso que os pais podem e devem participar activamente nesta nova aventura dos filhos. Não é difícil, basta seguir a intuição: *Saber o que é o escutismo e o que fazem os escuteiros - os seus valo-res, método, estrutura. *Fazer perguntas *Mostrar interesse *Deixar que sejam os filhos a explicar tudo o que se passa *Incentivá-los e encorajá-los *Participar nas actividades qb *Ajudar e apoiar o Agrupamento e a equipa de animação - transportes para acampamentos, cozinha, con-tactos com organizações para con-seguir contribuições,… O tempo passa a correr e os filhos correm ainda mais depressa que o tempo. Vai ser bom olhar para trás, para os álbuns de recorda-ções, e ver que estivemos presen-tes nos momentos divertidos, nos momentos importantes, nos momentos em que eles se defini-ram. Do pouco que conheço dos escuteiros, sei que Baden Powell tinha um lema com as suas iniciais BP - ”Be prepared” (esteja prepara-do). E os pais devem estar prepa-rados para assumir o seu dever de pais. Susana Monteiro