biosegurança em imobilização ortopédica

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BIOSEGURANÇA EM IMOBILIZAÇÃO ORTOPÉDICA A biossegurança atinge vários setores ocupacionais visando à minimização ou até mesmo a eliminação de vários riscos provocados por diversos fatores e que podem atingir diretamente o trabalhador e/ou todos que estejam ao seu redor. Mas e a biossegurança em relação ao técnico em imobilização ortopédica? A sala de imobilização ortopédica possui vários fatores que colocam em risco a segurança da saúde do técnico. Por si só, a sala de imobilização já é um ambiente contaminado pelo próprio aspecto do pó de gesso, alem disso outros tipos de riscos, como, contado direto com a exposição de feridas, sangue e vários outros agentes de contaminação. Outro risco é o fato de lidarmos diariamente com objetos perfuro cortantes como: agulhas, lâminas de bisturi e serra de gesso. Indiretamente existem outros riscos hospitalares, pelo fato do técnico, por muitas vezes, percorrer vários setores de um mesmo hospital como: ambulatório clinica médica, centro cirúrgico, emergência, traumas e etc. Um conjunto de ações pode contribuir para a biossegurança do técnico em imobilização ortopédica. Esses conjuntos de ações visam não só a proteção do profissional,

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Page 1: Biosegurança em imobilização ortopédica

BIOSEGURANÇA EM IMOBILIZAÇÃO ORTOPÉDICA

A biossegurança atinge vários setores ocupacionais visando à minimização

ou até mesmo a eliminação de vários riscos provocados por diversos fatores e que

podem atingir diretamente o trabalhador e/ou todos que estejam ao seu redor.

Mas e a biossegurança em relação ao técnico em imobilização ortopédica?

A sala de imobilização ortopédica possui vários fatores que colocam em

risco a segurança da saúde do técnico.

Por si só, a sala de imobilização já é um ambiente contaminado pelo próprio

aspecto do pó de gesso, alem disso outros tipos de riscos, como, contado direto com a

exposição de feridas, sangue e vários outros agentes de contaminação. Outro risco é o

fato de lidarmos diariamente com objetos perfuro cortantes como: agulhas, lâminas de

bisturi e serra de gesso. Indiretamente existem outros riscos hospitalares, pelo fato do

técnico, por muitas vezes, percorrer vários setores de um mesmo hospital como:

ambulatório clinica médica, centro cirúrgico, emergência, traumas e etc.

Um conjunto de ações pode contribuir para a biossegurança do técnico em

imobilização ortopédica. Esses conjuntos de ações visam não só a proteção do

profissional, mas também, dos que frequentam a sala de gesso, Como médicos,

enfermeiros, pacientes, faxineiros e outros profissionais de diversos setores.

Por incrível que pareça, tem muitos profissionais na área da saúde que trabalham sem a

menor ideia de higiene e proteção corporal.

Iremos agora observar algumas ações de segurança, alguns bem destacados

e até mesmo habituais e outros nem tão percebíveis assim.

BIO-IMORT: 05 - MACAS HOSPITALAR

A função da maca hospitalar é a acomodação e transporte do

paciente dentro do hospital. Ela de ser limpa e cuidada para

que seja totalmente livre de riscos. Em muitos hospitais,

infelizmente, não existe um espaço para o descanso do técnico,

e este muitas vezes se sente obrigado a fazer o seu descanso

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em uma maca hospitalar. Não que isso seja errado, já que esta é a sua única opção, mas

antes de se deitar deve-se tomar o cuidado de limpar e trocar os lençóis, para que esse

descanso possa ser no mínimo saudável.

BIO-IMORT: 03 - JALECOS

É comum ver nas ruas profissionais da área de saúde andando

com jaleco branco com a maior pretensão e a menor

preocupação com o risco que a peça de roupa pode oferecer

para outras pessoas. Pretensão porque, em muitos casos,

sentem-se importantes pelo simples fato de estarem de branco

e até passam certo ar de arrogância, mas ignoram ou passam por cima do fato de que

essas roupas podem conter e/ou transportar vários tipos de infecções hospitalar. E a

população, que não está nem um pouco interessada no ego desses profissionais de

saúde, pode ser prejudicada. O jaleco é usado por profissionais da área da saúde para

protegê-los da contaminação dos ambientes em que geralmente trabalham. Assim,

apenas devem ser usados em seu ambiente de trabalho. Quando eles se ausentam dos

locais, a primeira atitude a ser tomada é tirar essa vestimenta e colocá-la em um saco

plástico. A roupa vai, então, para a lavagem. Apesar de a atitude correta ser essa, é

muito comum, principalmente próximo a hospitais e outros centros de saúde,

profissionais circulando tranquilamente com seus jalecos, que provavelmente foram

utilizados em algum ambiente contaminado. Assim, em vez de serem profissionais que

promovem saúde, acabam virando pessoas que contribuem para a disseminação de

doenças. O curioso nesta situação é que justamente o jaleco, que é uma das principais

peças do equipamento de proteção individual acaba se tornando um material que

contamina outros ambientes. Só para se ter uma ideia da seriedade do problema, nem

nas cantinas dos próprios hospitais as pessoas devem circular com o jaleco. Por ano,

morrem 45 mil pessoas no país por causa de infecções hospitalares e isso gera um

grande custo anual para o governo. Outro fator de preocupação é o fato do profissional

de imobilização ortopédica muitas das vezes, por conta dos seus serviços ou mesmo por

curiosidade, circularem em vários setores que podem ser altamente contagioso e

transportar essa contaminação para outros setores do hospital. Por exemplo, câmara

mortuária, clinica médica, CTI e outros. 

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   A imprudência é um fator que contribui e muito para a infecção hospitalar. Um mesmo

jaleco que circula em uma câmara mortuária jamais pode ser o mesmo jaleco que vai

circular em uma clinica médica ou em um CTI, ou o mesmo jaleco que vai ser utilizado

para o atendimento de um paciente em observação no isolamento por suspeita de algum

tipo de infecção não poderá ser utilizado de forma alguma em qualquer outro setor

hospitalar. Em alguns hospitais, existem roupas especiais para serem utilizados nessas

unidades que possuem algum risco de contaminação, que não devem ser ignorados

pelos técnicos.

BIO-IMORT: 01 - LUVA DE PROCEDIMENTOS

Existem dois tipos de luvas que podem ser encontradas na sala de imobilização, a de procedimentos e a cirúrgica. A luva cirúrgica é a menos usada pelo técnico, pois ela geralmente é mais utilizada pelos médicos. A luva de procedimentos é a mais utilizada pelo técnico, pois ela é o

principal meio de proteção durante a realização de um procedimento. As luvas de procedimentos têm duas funções básicas, que é proteger o profissional do contado com o paciente, e proteger o paciente do contado com o profissional. Elas devem ser sempre utilizadas, seja para confeccionar um aparelho gessado, como para a retirada do mesmo, e até mesmo para troca de lençóis, recepção e manuseio de paciente.

BIO-IMORT: 02 - LAVAGENS DAS MÃOS

 Varias pesquisas já comprovaram que mãos sujas são um veiculo importante para transmissão de vários agentes de contaminação humana. Varias doenças podem ser adquiridas em um simples apertar de mãos ou até mesmo no simples gesto de segurar em uma maçaneta ao abrir uma porta.

Deste pequeno, somos orientados por nossos pais e/ou educadores a lavar sempre as mãos antes das refeições e após o uso do sanitário. Isso deixa de ser uma educação familiar para ser uma regra profissional. O ato de lavar as mãos previne o profissional do contato com agentes infecciosos. Hoje nos hospitais já podemos encontrar a disposição o álcool em gel, que é colocado em locais acessíveis para o uso de todos, e que auxiliam na desinfectação das mãos. Existe também o álcool a 70%, que pode ser encontrado facilmente nas unidades de atendimento.

A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior

importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser

praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa.

Quando lavar as mãos?

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- No início e no fim do turno de trabalho.

- Antes de preparar medicação.·.

- De utilizar o banheiro.

- Antes e depois de contato com pacientes.

- Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham sido

usadas.

- Após o contato direto com secreções e matéria orgânica.

- Após o contato com superfícies e artigos contaminados.

- Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente.

- Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente.

- Após coçar ou assuar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar, manusear

dinheiro.

- Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.

- Após manusear quaisquer resíduos.

- Ao término de cada tarefa.

- Ao término da jornada de trabalho.

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Técnica de lavagem das mãos:

1. Retirar anéis, pulseiras e relógio.

2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar-se a pia.

3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser de

preferência, líquido e hipoalergênico.

4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos.

5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços

interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas deverá

ser feito com atenção).

6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos.

7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando totalmente o

resíduo do sabão.

8. Enxugar as mãos com papel toalha.

9. Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha; ou

ainda, sem nenhum toque, se a torneira for fotoelétrica. Nunca use as mãos.

Proteja-se:

- Lave corretamente as mãos;

- Utilize corretamente os equipamentos de proteção individual - EPI.

Lembretes técnicos:

- O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos.

- Manter líquidos antissépticos para uso, caso não exista lavatório no local.

- Mantenha as unhas tão curtas quanto possível, e remova todas as jóias antes da

lavagem das mãos.

- Realize o mesmo procedimento a cada paciente ou procedimento.

- Deve-se evitar lesionar as mãos. Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadas durante qualquer procedimento, elas devem ser removidas imediatamente, e as mãos devem ser lavadas cuidadosamente.