massa ortopÉdica biodegradÁvel ortopedica... · com o intuito de proporcionar uma imobilização...

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1 ANA JÚLIA OLIONE IWANOWSKI LARISSA ROSINI CARDOSO MASSA ORTOPÉDICA BIODEGRADÁVEL Trabalho apresentado ao Conselho Regional de Química IV Região como parte dos requisitos exigidos para concorrer ao Prêmio CRQ-IV 2015. Orientadora: Esp. Erica Gayego Bello Figueiredo Bortolotti Campinas SP 2015

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1

ANA JÚLIA OLIONE IWANOWSKI

LARISSA ROSINI CARDOSO

MASSA ORTOPÉDICA BIODEGRADÁVEL

Trabalho apresentado ao Conselho Regional

de Química – IV Região como parte dos

requisitos exigidos para concorrer ao Prêmio

CRQ-IV 2015.

Orientadora: Esp. Erica Gayego Bello Figueiredo Bortolotti

Campinas – SP

2015

2

“A sabedoria consiste em compreender que o tempo

dedicado ao trabalho nunca é perdido.”

Ralph Emerson

(1803 – 1882)

3

RESUMO

O gesso é um produto caótico que gera problemas tanto ao ser humano quanto

ao meio ambiente, desde a sua extração ao seu descarte. Para substituí-lo

desenvolveram talas ortopédicas de polímero, entretanto a mesma não se aplica aos

aspectos socioambientais, considerando o exorbitante número de produtos plásticos

no planeta, onde o mesmo demora muito tempo para se decompor. Vendo a

necessidade desse custo benefício o TCC de Massa ortopédica biodegradável

desenvolveu uma massa sustentável a fim de substituir o gesso e proporcionar um

isolamento ortopédico mais confortável e sustentável. Os recursos utilizados para

desenvolver essa massa são muitas vezes desconsiderados pelas indústrias, como

a baba de cupim. As matérias primas utilizadas como a argila branca, o CMC, o

sumo do cacto, polímero de féculas de mandioca e a baba de cupim são facilmente

obtidas, e financeiramente viáveis, somando um custo de 5,80 para 500g do

produto. Os testes de permeabilidade feitos, mostram que a massa sustentável sem

betume absorveu cerca de 27% de água dentro de 20 minutos, visto que o gesso

dentro desse tempo desmancharia. Nos testes de decomposição, pode-se observar

um ganho de massa na segunda semana devido à umidade do solo, a partir da

terceira semana a massa reduz e começa a decompor estabilizando-se na quinta

semana. Os protótipos desenvolvidos mostraram firmeza assim que produzidos

podendo ser moldado em qualquer lugar e alta resistência após secagem, além de

não esboroar. Desta forma, conseguiu-se um produto, extremamente rígido, com

uma resistência a água considerável em relação ao gesso, e degradável ao meio

ambiente, um material que é sustentável e economicamente viável.

PALAVRAS -CHAVE: CMC, argila branca, baba de cupim, resistência, materiais biodegradáveis.

4

SÚMARIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7

2. PESQUISA BIBLIOGRAFICA ............................................................................... 8

2.1. TCC DE BIOPOLÍMEROS ........................................................................... 8

2.2. TALA ORTOPÉDICA FINLANDESA ............................................................ 8

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 9

3.1. GESSO ........................................................................................................ 9

3.2.1. Fabricação .......................................................................................... 9

3.2.2. Uso ..................................................................................................... 9

3.2.3. Impactos ........................................................................................... 10

3.2.4. Descarte ........................................................................................... 11

3.2. POLIMEROS ............................................................................................. 11

3.2.1 Polímeros Biodegradáveis ................................................................. 12

3.3. PERMACULTURA .................................................................................... 12

3.3.1. Baba De Cupim ................................................................................ 12

3.3.2. Sumo do Cacto ................................................................................. 13

3.4. CARBOXIMETILCELULOSE (CMC) ......................................................... 13

3.5. ARGILA BRANCA ...................................................................................... 13

3.6. CAL ............................................................................................................ 14

3.7. BETUME ................................................................................................... 14

4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 15

5. HIPÓTESE ........................................................................................................... 16

6. OBJETIVOS ......................................................................................................... 17

6.1. OBJETIVO GERAL ................................................................................... 17

6.2. OBJETIVO ESPECIFICO ........................................................................... 17

7. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 18

5

7.1. OBTENÇÃO DO SUMO DO CACTO ........................................................ 18

7.1.1. Materiais .......................................................................................... 18

7.1.2. Método ............................................................................................. 18

7.2. OBTENÇÃO DO POLÍMERO DE AMIDO .................................................. 18

7.2.1. Materiais .......................................................................................... 18

7.2.2. Método ............................................................................................. 19

7.3. OBTENÇÃO DA CASEÍNA ........................................................................ 19

7.3.1. Materiais .......................................................................................... 19

7.3.2. Método ............................................................................................. 19

7.4. OBTENÇÃO DO POLÍMERO DA CASEÍNA .............................................. 19

7.4.1. Materiais ........................................................................................... 19

7.4.2. Método .............................................................................................. 20

7.5. TESTE DE PERMEABILIDADE ................................................................. 20

7.5.1. Materiais ........................................................................................... 20

7.5.2. Método .............................................................................................. 20

7.6. MÉTODO DE ANÁLISE DE DECOMPOSIÇÃO DOS POLÍMEROS .......... 20

7.6.1. Materiais ........................................................................................... 20

7.6.2. Método .............................................................................................. 20

8. CUSTOS ............................................................................................................... 21

9. CRONOGRAMA.................................................................................................... 22

10. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 23

10.1. PROPORÇÃO DO SUMO DO CACTO .................................................... 23

10.2. MÉTODOS INVALIDOS ........................................................................... 23

10.3. PRIMEIRA TENTATIVA ........................................................................... 23

10.4. NOVAS MATÉRIAS PRIMAS .................................................................. 23

10.5. PROTÓTIPOS ......................................................................................... 24

10.6. TESTES ................................................................................................... 26

6

10.6.1. Visualização ao Raio X ................................................................... 27

10.6.2. Teste de Decomposição ................................................................. 28

10.6.3. Teste de Permeabilidade ................................................................ 29

10.7. O PRIMEIRO MOLDE FIXO .................................................................... 30

10.8. EVOLUÇÃO DOS PROTÓTIPOS ............................................................ 30

10.9. TABELA COMPARATIVA ........................................................................ 31

11. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 32

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 33

7

1. INTRODUÇÃO

O gesso é um produto que é destinado a diversas utilidades em nosso

cotidiano. Entretanto o desenvolvimento da matéria bruta para a formação do

produto, sua aplicação e seu descarte são três dos motivos pejorativos pelo os quais

ele está sendo substituído.

O plástico é um dos materiais substituíveis do gesso, por conta da

impermeabilidade, todavia, seu custo-benefício não se aplica aos padrões

ambientais, pois não é facilmente degradado no meio ambiente, demorando cerca

de 100 anos.

Contudo, vendo as necessidades e os problemas a serem resolvidos, foi

desenvolvida uma tala ortopédica composta de polímero biodegradável, baba de

cupim, sumo de cacto, argila branca e carboximetilcelulose (C.M.C). Com o intuito de

proporcionar uma imobilização óssea, mais leve, confortável e sustentável.

Testes de decomposição e permeabilidade foram realizados em prol da sua

eficiência. O material desenvolvido degradou-se em cerca de 5 semanas e na água

sua permeabilidade foi melhor que a do gesso, levando em consideração que o

protótipo ficou 20 minutos imerso e o gesso nesse tempo, teria desmanchado.

2. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

8

2.1. TCC DE BIOPOLÍMEROS:

O TCC de Biopolímeros foi desenvolvido com o objetivo de criar um polímero

de fácil degradação, com o molde de um copo descartável, a base de amido de

batata, mandioca e caseína do leite.

Entretanto, o TCC desenvolvido não obteve os resultados esperados com

grande satisfação, já que não foi possível realizar um molde fixo e o mesmo não era

resistente a ácidos como o do refrigerante. [1]

2.2. TALA ORTOPÉDICA FINLANDESA:

A tala, já foi produzida na Finlândia, é preparada com materiais que facilmente

são absorvidos pela natureza após o descarte, e com uma série de vantagens em

relação ao gesso (mineral), tradicionalmente usado em ortopedia. Além de utilizar

recursos renováveis da natureza, o novo produto tem vantagens a se considerar do

ponto de vista médico: é de muito fácil aplicação e invisível aos raios-X, não

deixando sombras que atrapalhem a visualização do ferimento; é possível verificar

com precisão sem a necessidade de retirada do material.

O produto é bastante leve e durável, resistindo inclusive à água e dispensando

retornos para reparos. Os tipos de compostos usados na fabricação não são

divulgados. [2]

Figura 1: Tala produzida a base de plástico biodegradável e madeira triturada. [3]

9

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. GESSO

3.2.1. Fabricação:

O gesso é um aglomerante obtido pela desidratação total ou parcial da gipsita

que é composta de sulfato di-hidratado de cálcio (CaSO4.2H2O), geralmente

acompanhado de uma certa quantidade de impurezas (sílica, alumina, óxido de

ferro, carbonato de cálcio e magnésio), totalizando ao máximo 6%. A partir da

calcinação da gipsita podemos obter o gesso α ou o gesso β, a diferença esta nas

condições onde ocorre a reação, na estrutura cristalina e na reatividade. A reação de

desidratação e formação do hemidratado ocorre a partir da seguinte reação:

CaSO4 . 2H2O → CaSO4.½H2O + 3/2H2O

(gipsita) (125º-180º) (gesso) (vapor)

No gesso β, os cristais estão na forma irregular e tem natureza esponjosa, é

um produto mais poroso, com menor resistência mecânica. No gesso α, os cristais

estão compactos e organizados, tendo mais resistência mecânica [4].

Logo conseguiu-se notar a diferença entre o gesso e a tala ortopédica

desenvolvida, já que a mesma é feita de produtos biodegradáveis, tornando-se mais

barata, e com a vantagem da mesma resistência, uma vez que um dos materiais

usados é um aglomerado de terra confeccionado pelos cupins e outros resíduos. A

essa mistura dá-se o nome baba de cupim.

O gesso hospitalar é um pó, preparado com a pedra bruta, transformado em

pasta com a adição de água para poder ser moldado ao corpo do paciente ainda

mole, ficando duro após cerca de dez minutos da aplicação.

3.2.2. Uso:

Podendo ser usado desde a indústria química, como na construção civil, na

área da saúde, farmacêutica, etc. O gesso α é utilizado para obtenção de produtos

10

mais nobres, como o gesso ortopédico e o gesso dental. O seu preço é

aproximadamente 6 vezes maior que o do gesso β. [4]

3.2.3. Impactos:

O gesso é resíduo potencialmente infectante, pelo possível contato com

secreções do próprio paciente. Isso não ocorre com o novo produto, pois sua

aplicação é feita a partir da deposição da massa, a qual é moldada de acordo com a

estrutura óssea de cada paciente com facilidade quando aquecida, logo tomam

forma à temperatura ambiente, sem fazer sujeira.

O grande impacto ambiental começa com o processo de calcinação, processo

de queima de diversas substancia, requerendo um alto consumo energético, onde as

maiorias das empresas não se propõem em criar um espaço adequado para esse

fim devastando a flora, a fauna e a resiliência do lugar. Durante o processo é

liberada grande quantia de água e resíduos da combustão, esses resíduos além de

não serem utilizados são depositados inadequadamente na natureza. Esses

resíduos são os óxidos de enxofre (SOx) que reagem com a água, resultando em

gás sulfídrico (H2S) e ácido sulfúrico (H2SO4) criando uma possibilidade de chuva

ácida. [5]

O gás sulfídrico é extremamente tóxico e inflamável e, além disso, pode

paralisar o sistema nervoso central, responsável pelo controle da respiração, o que

pode provocar asfixia e outros problemas de saúde desde problemas neurológicos a

paradas cardíacas.

Outra questão a se considerar é que o gesso tradicional tem sido alvo de

críticas: profissionais opõem-se ao tratamento, defendendo que o material pode

constituir um potencial perigo para a saúde por potencializar o desenvolvimento de

microrganismos, após aplicado nos pacientes. Além disso, a poeira do gesso que

possa existir em uma sala de gesso não deve ser inalada nem pelo paciente nem

pelo técnico que faz a aplicação, para evitar possíveis problemas pulmonares que o

produto pode causar.

11

Clinicamente testada, a tala produzida na Finlândia, o material de base para

produção deste projeto, não é tóxica, além de ser amiga do meio ambiente e

extremamente fácil de aplicar e usar. [6]

3.2.4. Descarte:

A limpeza dos resíduos da aplicação e o descarte do gesso após a retirada

estão enquadrados na classe de resíduos altamente poluentes, afetando a terra, a

água e o ar, e por causa da sua má visualização ao raio-x a cada teste submetido é

necessária a retirada do gesso e uma nova colocação, consequentemente há uma

grande geração de resíduos poluentes.

Há no mercado o gesso sintético, entretanto ele é à base de polímero sintético,

o qual demora cerca de 100 anos para se decompor.

Levando em conta que a tala ortopédica deste projeto é a base de materiais

orgânicos, naturais e biodegradáveis, pode-se estimar que não demore muito a

decompor, porém o tempo necessário em que o paciente precisar usá-la.

O gesso é um material de difícil destinação e reciclagem, e que, quando

descartado, não pode ser misturado a outros resíduos, visto que o gesso tem o

potencial de contaminá-los.

Na hora do descarte, a tala já usada na Finlândia pode ser queimada para

gerar calor, por exemplo. Na medicina, a substituição do gesso por outro produto

representaria a economia de recurso natural não renovável.

O correto descarte do gesso deve ser feito de acordo com a Resolução nº 307,

de 5 de julho de 2002, do CONAMA(Conselho Nacional do Meio Ambiente) [7], que

especifica, dentre outras coisas, o correto armazenamento, transporte e técnicas de

destinação para esse material.

3.2. POLIMEROS

Atualmente já existem talas ortopédicas feitas à base de polímeros, que do

grego polumeres, quer dizer “ter muitas partes”. Os polímeros são moléculas muito

grandes constituídas pela repetição de unidades químicas, denominadas de

monômeros (do grego “mono” – um).

12

Os polímeros são classificados em: Termoplástico, podendo ser fundido

diversas vezes. Termorrígidos, sendo muito estáveis a variações de temperatura, e

Elastômeros, uma vez que apresentam alta elasticidade. As talas a base de

polímeros, demoram cerca de 30 a 450 anos, o que justifica não ser a mais indicada

para tratamentos ortopédicos.

3.2.1 Polímeros Biodegradáveis

Os bio-polímeros são polímeros ou copolímeros produzidos a partir de

matérias-primas de fontes renováveis, como: milho, cana-de-açúcar, celulose,

quitina, e outras [8]. As fontes renováveis são assim conhecidas por possuírem um

ciclo de vida mais curto comparado com fontes fósseis como o petróleo, o qual leva

milhares de anos para se formar; isso é devido a presença de ligações hidrolisáveis

ou oxidáveis na cadeia, uma estéreo configuração correta, um balanço entre

hidrofobicidade e hidrofilicidade e certa flexibilidade conformacional, pois são fatores

que contribuem para a degradação do polímero [9]

3.3. PERMACULTURA

Permacultura é um método de design que objetiva desenvolver áreas humanas

produtivas de forma sustentável, respeitando os ciclos e o equilíbrio natural dos

ecossistemas naturais.

Os seus ideais consistem nos métodos de design, o planejamento e os

investimentos necessários para o desenvolvimento sustentável de uma determinada

região ou propriedade tem prioridade, fazendo com que todos os recursos

disponíveis em um local qualquer sejam aproveitados ao máximo, mas com

responsabilidade.

3.3.1. Baba de Cupim:

Os cupinzeiros além de ser uma “praga” nos pastos onde há criação de gado,

também estão presentes em muitas residências causando danos, principalmente

onde se fixam (madeira). De acordo com Cancello (1989), a espécie

Cornitermescumulans predomina nas regiões de invernos amenos e verões muito

13

quentes. Os montículos são feitos de argila cimentada com as próprias fezes e

saliva. Esses materiais produzem uma pasta duríssima e rígida. [10]

Contudo a baba de cupim reduz os espaços entre grãos (através de redução

das tensões eletrostáticas entre grãos, da redução do atrito entre partículas) [11] e

quando aplicada no solo serve como estabilizante químico.

3.3.2. Sumo do Cacto:

A mucilagem (sumo) do cacto Opuntia fícus-indica possui propriedades

aditivas, pois permite a redução do consumo de água das pastas de gesso e

modificam a taxa de absorção de água e a resistência à flexão nos corpos de prova

moldados. A mucilagem de cacto é um gel encontrado abaixo da superfície externa

do cacto e contém polissacarídeos de pentoses, hexoses e açúcares livres, e

também proteínas. [12]

3.4.Carboximetilcelulose (CMC):

A CMC é um polímero aniônico derivado da celulose, muito solúvel em água,

tanto a frio quanto a quente, na qual forma tanto soluções propriamente ditas quanto

géis. Tem a excelente propriedade para aplicações em farmacologia e como aditivo

alimentar de ser fisiologicamente inerte.

A CMC é aeróbica e anaerobicamente biodegradável por bactérias encontradas

no meio ambiente, produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e

açúcares. Tem aplicações como: Espessante, Doador de viscosidade para algumas

formulações de detergentes, Ligante, Estabilizante, Agente de suspensão, Retenção

de água, Formação de filmes resistentes a óleos, graxas e solventes orgânicos,

Meio suporte para imobilização de enzimas e/ou microrganismos, Cola utilizada em

papeis para origami. [13]

3.5. Argila Branca:

De acordo com Teixeira-Neto (2009) as argilas são comumente definidas como

um material inorgânico natural, terroso, de granulação fina, que adquire, geralmente,

certa plasticidade quando umedecida com água. [14]

14

Possui propriedades cicatrizantes devido à elevada porcentagem de alumínio

presente em sua composição. Reduz as inflamações, tem ação purificante,

adstringente, remineralizante e efeito antisséptico, cicatrizante e revitalizador.[15]

3.6. Cal:

No estado fresco, a cal propicia maior plasticidade, permitindo melhor

manuseio e, maior produtividade na execução do revestimento. Outra propriedade

no estado fresco é a retenção de água, relativo ao sistema alvenaria/revestimento,

por não permitir a sucção excessiva de água pela alvenaria.

No estado endurecido, a cal apresenta a capacidade de absorver

deformações. Esta propriedade é de extrema importância, que deve acompanhar as

movimentações da estrutura. A cal possibilita a diminuição da retração gerando

menor variação dimensional, além de carbonatar lentamente ao longo do tempo,

tamponando eventuais fissuras ocorridas no endurecimento. [16]

3.7. Betume:

Betume pode referir-se a uma mistura natural de vários líquidos orgânicos,

também chamados betume bruto, ou um resíduo, originando no processo de

destilação de carvão ou de petróleo, chamado betume refinado. É um produto de cor

castanho-negro, extremamente viscoso, sendo um material de tipo alcatrão que era

o produto do óleo utilizado devido às suas propriedades adesivas e coesivas. Seu

uso contemporâneo está na pavimentação de estradas.

Do betume são obtidos vernizes, massas de revestimento, bases para pintura.

Para a pavimentação de ruas é utilizado o betume formado de resíduos do petróleo

destilado. Dentre suas inúmeras utilidades, é usado para tratar madeiras, como de

curral por exemplo. Prolonga a vida útil e a protege do ataque de cupins, além de

impermeabilizante. É também utilizado para tapar as juntas de mosaicos e azulejos

de pavimentos e paredes usando-se uma coloração específica. [17]

15

4. JUSTIFICATIVA

O projeto foi escolhido principalmente por relacionar questões de saúde e meio

ambiente, já que o mesmo evita inalação do pó do gesso, transtornos hospitalares

além de fácil descarte.

Elimina-se também o maior de todos os problemas, o tempo que determinados

materiais levam para se decompor, pensando não só na saúde, mas na questão do

meio ambiente, uma vez que a tala ortopédica tem como base produtos

biodegradáveis, materiais orgânicos e recursos naturais.

A tala a base de polímero biodegradável, é de fácil aplicação, leve, além de

resistente a água, é feita com materiais de fácil acesso e baixo custo.

16

5. HIPÓTESE

Um dos problemas em questão é o tempo de cura dessa massa, ou seja, o

tempo em que ela levará para fixar o molde no corpo do paciente. Acredita-se que

as talas ortopédicas possam ser desenvolvidas com materiais como polímeros

biodegradáveis, baba de cupim, madeira triturada e sumo de cacto, que traz mais

resistência e permeabilidade ao material ajudando a resolver a questão do tempo de

cura do molde da tala.

Logo com a utilização desses materiais a tala possa se decompor em um

tempo menor do que a feita com gesso.

17

6. OBJETIVOS

6.1. OBJETIVO GERAL:

O objetivo principal do projeto é desenvolver uma tala ortopédica biodegradável

a base de polímeros biodegradáveis, baba de cupim, argila branca, uma pequena

porcentagem de cal, carboximetilcelulose e sumo de cacto, com vantagens do tipo

baixo custo, fácil degradação em meio ambiente, o peso menor possibilitando maior

conforto, permeabilidade além de uma maior rigidez.

6.2. OBJETIVO ESPECÍFICO:

- Testar a resistência dos materiais obtidos

- Testar a visualização da massa em raio-x

- Testar impermeabilidade

- Analisar o tempo de decomposição dos materiais produzidos

- Testar tempo de cura em diversas temperaturas

- Testar várias possibilidades, baba de cupim, serragem, madeira triturada, sumo do

cacto, outras argilas, sem cal etc

18

7. MATERIAIS E MÉTODOS

7.1. OBTENÇÃO DO SUMO DO CACTO: [10]

7.1.1. Materiais:

02 Baldes de 2 Litros;

01 Peneira de 20 nm;

02 Kg de Cladódios do Cacto Opuntia fícus-indica

02 Kg de Cladódio do Cacto Nopaleacochenillifera

7.1.2. Método:

Para extração da mucilagem em gel, coleta-se 2.000 g de cladódios do cacto

Opuntia fícus-indica e 2.000 g de cladódios do cacto Nopaleacochenillifera, cortados

em pequenos pedaços e coloca-se separadamente em recipientes com água, na

proporção de 1:3, permanecendo em repouso, em temperatura ambiente, por dois

dias. Coa-se em peneira de malha de 20 mm.

7.2. OBTENÇÃO DO POLÍMERO DE AMIDO: [1]

7.2.1. Materiais:

2,5g de Fécula da Batata/Mandioca

01 Béquer de 250 mL

25 mL de Água destilada

01 Agitador Magnético

3 mL de HCl 0,1 mol.L-1

2 mL de Glicerina

1 mL de NaOH 0,1 mol.L-1

Papel universal de pH

01 Placa de Petri

7.2.2. Método:

19

Este método funciona para a obtenção do polímero com o amido da batata e da

mandioca. Depois de extraída a fécula da batata (mandioca, utiliza-se fécula pronta),

coloque aproximadamente 2,5g em um béquer e adicione 25 mL de água destilada.

Mantenha o sistema sob agitação. Adicione 3 mL de HCl e 2 mL de glicerina. Deixe

ferver e, e mantenha em aquecimento por 15 minutos, sem deixar secar muito.

Retire a mistura do aquecimento e adicione, gota a gota, NaOH até neutralizar o pH.

7.3. OBTENÇÃO DA CASEÍNA: [1]

7.3.1. Materiais:

0,5 L de Leite desnatado

0,5 L de leite integral

01 Panela

Vinagre

01 Peneira

01 Colher de Pau

7.3.2. Método:

Coloque o leite em uma panela e comece a esquentá-lo em fogo brando.

Atenção para não deixar o leite ferver. Quando estiver a ponto de entrar em

ebulição, adicione o vinagre. Mexa devagar a mistura até que apareçam pequenos

calombos branco-amarelados nela. Enquanto isso, o restante do líquido começará a

clarear. Desligue o fogo e espere até a panela esfriar. Passe a mistura por uma

peneira de maneira a ficar apenas com os agregados.

7.4. OBTENÇÃO DO POLÍMERO DA CASEÍNA: [1]

7.4.1. Materiais:

01 Par de Luvas de borracha

Molde para teste de pressão

Sumo do cacto e/ou baba de cupim

20

7.4.2. Método:

Coloque as luvas e lave os calombos com água. Junte-os em apenas uma

única massa. Se apertados com firmeza, irão grudar uns nos outros. Neste

momento, ele é moldável e é possível até fazer objetos com ele, então misturá-lo

com o material coado de dois dias do sumo do cacto e/ou a baba de cupim.

7.5. TESTE DE PERMEABILIDADE: [1]

7.5.1. Materiais:

Balança Analítica

Recipiente (Aquário)

7.5.2. Método:

Pesar o polímero obtido antes, e depois colocá-lo em um recipiente com água,

de modo que depois de 2 a 3 dias, sua massa não seja alterada significativamente.

7.6. ANÁLISE DE DECOMPOSIÇÃO DOS POLÍMEROS: [1]

7.6.1. Materiais:

Balança Analítica

Solo Humífero

7.6.2. Método:

Adicionar direto em solo humífero os polímeros obtidos. Pesar os polímeros em

balança analítica, semana a semana, a fim de se verificar a decomposição do

material.

1 -LabCenter – Campinas / SP ( em 23/09); Supermercado Pão de Açúcar ( em 04/10/2013)

21

8. CUSTOS

A tabela abaixo fornece a relação de todos os materiais que serão utilizados

durante o processo de obtenção dos polímeros biodegradáveis e seus respectivos

preços, expressos em reais (R$).

Tabela 1: Relação de materiais e valores

PRODUTO / MATERIAL PREÇO ( em R$ )

Fécula da Mandioca 11,00

Ácido Clorídrico 0,1 mol . L-1 18,00

Glicerina (90mL) 4,20

Hidróxido de Sódio 0,1 mol . L-1 21,50

Papel Universal de pH 5,49

Agitador Magnético 198,00

Béquer de 250 mL 6,80

Bagueta 2,30

Pipeta Pauster de Plástico (Caixa c/ 500 uni.) 18,00

Proveta 12,00

Placa de Petri de Vidro 8,20

Argila Branca 200 g 5,00

Cal 20 Kg 8,65

Luvas de Borracha 4,00

Carboximetilcelulose 100 g 5,00

Betume 100 mL 4,70

Balança Analítica 3.000,00

Água destilada (Galão de 5 L ) 7,80

TOTAL: 3.332,25

REAL: 25,99

22

9. CRONOGRAMA

Ano 2013 2014

Atividades

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Jan

Fev

Mar

Abr

Maio

Planejamento

X

X

X

X

Apresentação

para Banca de

aprovação

X

Redefinição do

Cronograma

X

Desenvolvimento

da Tala

Ortopédica

X

X

Testes

X

X

Tabulação de

resultados

X

Mostra de

projetos

X

Entrega final do

TCC

X

23

10. RESULTADOS E DISCUSSÕES

10.1. PROPORÇÃO DO SUMO DO CACTO:

A primeira observação feita foi com relação ao sumo do cacto que na

proporção 1:3 ( 1Kg de cacto : 3 L de água ) ficou muito liquido, então mudou-se a

proporção para 1 : 1 e obteve-se um resultado de gel mais espesso.

10.2. TALA PRODUZIDA COM CASEINA E FÉCULA DA BATATA:

O polímero feito com a fécula da batata foi descartado por não apresentar

resistência junto ao da caseína, por ser obtida a partir do leite, não sendo

financeiramente viável e por não obter resultados satisfatórios, já que o que se

filtrava era muito pouco aproveitado.

10.3. PRIMEIRA TENTATIVA:

O primeiro teste foi uma mistura de baba de cupim, sumo de cacto e polímero

de mandioca. O mesmo apresentou estrutura quebradiça. (Figura 2)

Figura 2: Primeiro teste da tala ortopédica (Autoria do grupo)

10.4. NOVAS MATÉRIAS PRIMAS:

Já que os protótipos testados apresentaram uma fraca estrutura além do

aparecimento de fungos em questão de 3 dias, realizou-se uma nova pesquisa e as

proporções passaram a contar com a mistura de 5% da cal, betume, argila branca e

carboximetilcelulose (CMC).

24

10.5. PROTÓTIPOS:

1º PROTÓTIPO: 40 g de polímero da fécula da mandioca + 2 g de baba de cupim +

1,2 CMC + 19 g de argila branca + 2 g de cal + 60 mL de sumo do cacto.

Esta estrutura apresentou-se mais forte, porém com muita água e uma cura

mais longa, então mudaram-se as proporções.

2º PROTÓTIPO: 30 g de Polímero + 2 g de baba de cupim + 1,2 g de CMC + 60 mL

de sumo do cacto + 19 g de argila branca + 2 g de cal e madeira triturada.

Observou-se nessa estrutura que o CMC ajudava na liga, já a madeira tornava

quebradiça. As proporções do polímero também sofreram alteração já que o mesmo

não apresentava viscosidade.

3º PROTÓTIPO: 40 g do polímero que foi feito com as proporções do método

triplicadas (Figura 3), já que a produção precisa ser maior para um molde mais

próximo do real.

Figura 3: Obtenção do polímero da fécula da mandioca, com as proporções

triplicadas. (Autoria do grupo)

25

Foram adicionados 22 g de baba de cupim + 60 mL de sumo do cacto + 19 g

de argila + 5 g de cal + 10 CMC.

Observou-se neste protótipo quando moldado e seco, apresentou grandes

fissuras, devido à perda muito rápida de água, logo mudaram-se as concentrações.

(Figura 10)

4º PROTOTIPO: 40g de polímero + 10g de baba de cupim + 60mL de sumo do cacto

+ 15g de argila branca + 2g de cal + 11g de CMC.

Observou-se que esse protótipo após moldado e seco ainda apresentava

fissuras, entretanto menores, logo mudaram-se as concentrações. (Figura 11)

5º PROTOTIPO: 40g de polímero + 10g de baba de cupim + 60mL de sumo de cacto

+ 15g de argila branca + 2g de cal + 11g de CMC + 25mL de água.

Observou-se nesse protótipo uma superfície sem fissuras e homogênea,

devido ao aumento de temperatura na preparação do polímero (10 minutos a

200ºC), a ação do calor projetado no protótipo já moldado e a colocação de gaze até

a secagem do mesmo, obtendo-se o melhor protótipo. (Figura 11)

Os protótipos 1, 2 e 3 tiveram betume aplicado à superfície e incorporado a

massa, para uma melhor impermeabilização. (Figura 4)

Figura 4: Protótipos prontos com betume nas superfícies (Autoria do grupo)

26

10.6. TESTES:

Foram feitos mais protótipos do tipo 3º para os testes de decomposição e

permeabilidade, porem o 1 mL de betume foi misturado a massa ao invés de ficar

apenas na superfície, pois o mesmo impede a obtenção de resultados verídicos.

(Figuras 5 e 6 )

Figura 5: Protótipos do tipo 3º feitos para testes. (Autoria do grupo)

Figura 6: Protótipos do tipo 3º feitos para testes após uma semana de cura. (Autoria

do grupo)

27

10.6.1 Visualização ao Raio X:

O protótipo do tipo 5º foi moldado em um tubo plástico, para simular o

engessamento de um membro superior ou inferior e submetido ao teste de raio-x.

Figura 7: Visualização do teste de raio-x (Autoria do grupo)

No resultado do teste, primeiramente, descartamos a visualização do prego,

pois o teste de raio-x funciona por diferença de densidade, logo, mesmo se o prego

fosse colocado dentro do tubo plástico moldado com gesso, o mesmo seria visível,

fornecendo assim um resultado ilusório. Porém na primeira imagem podemos

observar que apesar da massa ser visível ao raio-x (nas laterais), o tubo na qual ela

foi moldada é perfeitamente visível no interior da massa, logo podemos concluir que:

Se o tubo plástico que tem uma densidade de aproximadamente 0,9 já foi

visível ao raio-x, um osso humano que tem uma densidade de aproximadamente 1,5

terá uma visualização melhor e mais nítida.

10.6.2 Teste de Decomposição:

Tabela 2:

(Gramas) MASSA INICIAL 1ª SEM 2ª SEM 3ª SEM 4ª SEM 5ª SEM

SEM BETUME 13,1 15,5 14,5 11,9 10,2 10,3

COM BETUME 10,1 13,6 12,9 11,0 8,1 5,6

28

Gráfico 1: O gráfico apresenta o teste de decomposição feito em 5 semanas com os

corpinhos de prova do 3º Protótipo, com e sem betume.

Observou-se que na primeira semana que houve ganho de massa devido a

umidade do solo, em seguida nas 2ª, 3ª e 4ª semanas os protótipos perderam

massa para começar a estabilizar e decompor em meio ao solo humífero.

Figura 8: Teste de decomposição com solo humífero (Autoria do grupo)

10.6.3 Teste de Permeabilidade:

Tabela 3:

(GRAMAS) Sem Betume Com Betume

Massa inicial 8,9 6,2

Massa após 20 minutos 11,3 8,2

SEM BETUME; ; 13,1

SEM BETUME; ; 15,5 SEM BETUME;

; 14,5

SEM BETUME; ; 11,9

SEM BETUME; ; 10,2

SEM BETUME; ; 10,3

COM BETUME; ;

10,1

COM BETUME; ;

13,6

COM BETUME; ;

12,9 COM

BETUME; ; 11

COM BETUME; ; 8,1

COM BETUME; ; 5,6

; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0 ; ; 0

Teste de Decomposição

SEM BETUME

COM BETUME

Massa Inicial 1ª Sem 2ª Sem 3ª Sem 4ª Sem 5ª Sem

- (Gramas)

29

Gráfico 2: O gráfico apresenta o teste de permeabilidade realizado com o 3º

Protótipo, com e sem betume, após 20 minutos submerso na água.

Figura 9: Teste de Permeabilidade realizado com o 3º Protótipo, com e sem betume,

apresentando respectivamente as absorções de 32% e 27% de água, após 20

minutos submergidos. (Autoria do grupo)

Apesar do betume ser um plástico e consequentemente impermeável, não

obteve resultados satisfatórios, pois quando misturado a massa e após seco, pode-

se observar que ele não homogeneizou, logo nos lugares onde se localizava, houve

a formação do plástico e a formação de espaços, deixando as amostras porosas e

com uma maior superfície de contato, por isso no teste de decomposição, ele se

Gráfico 2: Teste de permeabilidade feitos com o 3º Protótipo, com e sem betume e

suas respectivas massas, iniciais e após 20 minutos imersos na água. (Figura 9)

30

decompôs em menor tempo e no teste de permeabilidade, absorveu mais água.

(Figura 4 - A representação com os círculos vermelhos mostram as partes porosas.)

10.7. O PRIMEIRO MOLDE FIXO:

O protótipo do tipo 3º teve seu primeiro molde fixo, moldado a mão até a

junção das matérias primas ao CMC. (Figura 10)

Figura 10: Molde fixo (Autoria do grupo)

10.8. EVOLUÇÃO DOS PROTÓTIPOS:

Figura 11: Moldes fixos após secagem, na sequência; Com rachaduras; Com

menores fissuras; O Melhor protótipo desenvolvido com massa homogênea e sem

trincas. (Autoria do grupo)

31

10.9. TABELA COMPARATIVA

Tabela 4:

TABELA COMPARATIVA: MASSA ORTOPÉDICA X GESSO

BIODEGRADÁVEL

Impacto ambiental

Biodegradável (estabilizante químico)

Altamente poluente (solo, ar e água)

Degradação

5 a 6 semanas

(Rápida)

Rápida,

porem nociva

Permeabilidade

(20 minutos)

27%

Desmanchou

Tempo de Cura

4 dias

2 dias

Fontes

Renováveis

Não renováveis

Descarte

Não especializado

(destino não adequado)

Especializado

(destino adequado)

Impacto no ser

humano

Inócuo

Nocivo desde a extração

à aplicação

Raios-X

Técnica simples

44 kVp

Técnica Especializada

54 KVp

Preço (1/2 quilo)

5,80

(Escala laboratorial)

4,00

(Escala Industrial)

32

11. CONCLUSÕES

O foco principal do TCC que era sua decomposição que foi atingido com

facilidade, já que os testes feitos com protótipos degradaram-se em cerca de 5 a 6

semanas. O problema em questão era seu tempo de cura, porém junto a pesquisas

de novas matérias primas, foi resolvido com a descoberta da CMC, que permitiu a

massa ortopédica uma maior resistência e uma cura mais rápida, já que o material

passou a ser moldado facilmente. No teste de permeabilidade podemos concluir

também uma vantagem em relação ao gesso já que o mesmo imerso na água por 20

minutos teria desmanchado, e o protótipo da massa ortopédica sem betume teve

uma absorção de 27 % de água apenas, além de não atrapalhar na visualização do

raio-x evitando o processo de uma nova imobilização a cada teste submetido.

O melhor protótipo contou com 40g do polímero feito com a fécula da mandioca,

10g de baba de cupim, 60 mL de sumo do cacto, 15g de argila branca, 2g de cal,

25mL de água destilada e 10g de CMC, com um custo de 5,80 para 500g do

produto. Mesmo com uma pequena diferença de preço do gesso no valor de 3,99 o

TCC atendeu a todas as hipóteses e objetivos discutidos.

33

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

[1] – Tema: TCC de Biopolimeros (Gomes, Ana Paula; Soares, Beatriz; Reis,

Guilherme; Vedovello, Marcos; Biopolimeros. Campinas, Junho, 2012)

Disponível em: Biblioteca Etecap

(Acessado em: 01/11/2013)

[2] – Tema: O substituto do gesso / Dr. Fabio Ravaglia

Disponível em: http://bagarai.com.br/o-substituto-do-gesso.html

(Acessado em: 25/09/2013)

[3] – Figura 1: Tema: Tala produzida a base de plástico biodegradável e madeira

triturada / Por Dr. Fabio Ravaglia, para o Bagarai

Disponível em: http://bagarai.com.br/o-substituto-do-gesso.html

(Acessado em: 25/09/2013)

[3] Tema: Propriedades físicas do gesso alfa / Centro de Tecnologia e Geociências

Programa de Pós-Graduação em Engenharia (LIMA, LEONARDO, Influência da

adição de polissacarídeos nas propriedades físicas do gesso alfa. Recife, Vol. 1

Abril, 2009)

Disponível em: http://www.ufpe.br/ppgeminas/images/word/leila_magalhaes.pdf

(Acessado em: 28/09/2013)

[4] – Tema: Permacultura

Disponível em: http://www.ecocentro.org/vida-sustentavel/permacultura/

(Acessado em: 20/10/2013)

[5] – Tema: Gesso

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gesso

(Acessado em: 29/09/2013)

[6] – Tema: Descarte de Gesso

Disponível em: http://www.fragmaq.com.br/blog/meio-ambiente/descarte-de-gesso/

34

(Acessado em: 18/10/2013)

[7] – Tema: Biopolímeros, Polímeros Biodegradáveis e Polímeros Verdes

Site: http://www.dema.ufcg.edu.br/revista/index.php/REMAP/article/viewFile/222/204

(Acessado em: 27/10/2013)

[8] – Tema: Biodegradáveis

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/qn/v29n4/30263.pdf

(Acessado em: 27/10/2013)

[9] – Tema: Baba de Cupim

Disponível em: http://www.monobeton.com.br/pages/news/bbcupim.html

(Acessado em: 26/10/2013)

[10] e [11] Tema: Introdução de montículo de cupim na produção de adobes

(CANCELLO, ELIANE MARQUES, Revisão de CornitermesWasmann(Isóptera,

Termidae, Nasutitermitinae), Tese de Doutorado, Instituto de Biociências da

Universidade de São Paulo, São Paulo, Vol. 1, pág 136, 1989)

(Acessado em: 28/09/2013)

[12] – Tema: Mucilagem, Sumo do Cacto

Site:http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12087/1/ARTIGO_Uso%20MucilagemC

acto.pdf

(Acessado em: 26/10/2013)

[13] - Tema: Carboximetilcelulose

Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carboximetilcelulose

(Acessado em: 22/04/2014)

[14] - Tema: Conhecendo a Argila Branca

Site: http://bdtd.ufs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=507 (Acessado em: 22/04/2014)

[15] - Tema: Benefícios da Argila Branca

35

Site: http://naturoterapeuta.blogspot.com.br/2010/04/os-beneficios-da-argila

branca.html

(Acessado em: 22/04/2014)

[16] - Tema: Cal, Benefícios ?

Site: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/gesso/material.html

(Acessado em: 22/04/2014)

[17] - Tema: Betume e aplicações

Site: http://www.metalica.com.br/o-que-e-betume

(Acessado em: 04/05/2014)