bioquímica metabolismo lipidio luisa ometto dal prete
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METABOLISMO DE LIPÍDIOS
LUISA OMETTO DAL PRETE
Moléculas de glicogênio e triglicerídeo possuem muita energia, mas os lipídios possuem menor
densidade
TRIGLICERÍDEO = 3 ÁCIDOS GRAXOS + 1 GLICEROL
FOSFOLIPÍDEOS = 1 GLICERO + 1 GRUPO FOSFATO + 2 ÁCIDOS GRAXOS
CERAS: ÁCIDO GRAXO ESTEREFICADO + ÁLCOOL GRAXO (impermeabilidade, hemoliência)
Ácidos grãos ômega 3,6,9 são poli-insaturados (doenças cardiovasculares, esquizofrenia)
ÁCIDOS GRAXOS: cadeias carbônicas longas, apolar, ác. Carbox. Na extremidade; não são fonte de enrgia
para o cérebro por não atravessarem a barreira hematoencefálica (longos); saturados (animal, estrutura
organizada, sólido), insaturado (dobra na conformação espacial, interações mais fracas, menor P.F.,
líquido, gordura vegetal); insaturações naturalmente na conformação CIS
GORDURA TRANS: H da insaturaçãp de lados opostos, estrutura mais linear, menor estabilidade, maior
validade, menos rancificado que o CIS , paladar melhor, aumenta LDL, diminui HDL, aumenra gordura
visceral, cardiopatias, diabetes tipo 2, diminui a fluidez da MP
HIDROGENAÇÃO: quebra da dupla ligação por colocar H = molécula retilínea
HIDROGENAÇÃO PARCIAL: gordura trans
ÔMEGA: 1º carbono da extremidade oposta ao COOH será o ômega 1; não possuímos enzimas que façam
insaturações além do carbono 9; 3 (linoleico) e 6 (linolênico) são precursores biossintéticos (essenciais)
de outros ácidos graxos, sofrem elongação no REL (mais dois carbonos na extremidade carboxílica),
enzimas colocam insaturações em posições anteriores ao carbono 9 (produção de ácido araquidônico,
EPA e DHA)
ÁCIDO ARAQUIDÔNICO: produz eucosanóides (prostaglandinas – pró-inflamatórias,
tromboxanos –agregação plaquetária) pela COX e leucotrienos (broncoconstrição) pela LOX
COX 1: constitutiva
COX 2: inibida por anti-inflamatórios não-esteroidais, induzida
ÔMEGA 3: pouco ingerido, formação de EPA e DHA (originam moléculas menos inflamatórias e
bloqueadoras das prostaglandinas), linhaça, salmão, bacalhau, vegetais verdes escuros
ÔMEGA 6: muito ingerido, maior produtor de ácido araquidônico = doenças, óleo de milho/soja
GLICEROFOSFOLIPÍDIOS: 2 ácidos graxos ligados ao glicerol por ligação éster e no 3º carbona há um
fosfato, que pode estar ligado ao álcool (lig. Fosfodiéster); anfipática
FOSFOLIPASE A2: quebra o carbono 2 do glicerol do fosfolipídio, liberando ácido araquidônico,
EPA e DHA
CORTICOIDE: inibe fosfolipase A2
Característica negativa dos fosfolipídios = polaridade - = albumina – repelida pela membrana do
glomérulo
ESFINGOLIPÍDIO: ao invés de glicerol, tem esfingosina (longa, dupla ligação, dobra, amidação), ficam
muito próximos entre si na MP, formando ballsa lipídicas (sinalização), bainha de mielina
GLICOESFINGOLIPÍDIO: CEREBOSÍDEOS (X substituído por monossacarídeo – glicose ou galactose),
GLICOLIPÍDIOS NEUTROS (não têm fosfato), GLIBOSÍDEOS (x = oligossacarídeo), GANGLIOSÍDEOS
(oligossacarídeos complexos + ácido siálico, carga negativa) são responsáveis por apresentar antígenos na
MP. Todos formam glicocálix.
CÂNCER/TUMOR: glicosilações aberrantes
TURN OVER: todos fosfolipídios de membrana são degradas e substituídos frequentemente
ESTERÓIS: colesterol (molécula rígida, garante fluidez, precursor de muitas moléculas – vitamina D)
LIPOPROTEÍNAS
DEGRADAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS – BETA OXIDAÇÃO
Triglicerídeo não é absorvido diretamente porque é uma macromolécula
Elétrons removidos dos ácidos graxos durante a oxidação, bem como o Acetil-CoA (no fígado, vira
corpos cetônicos), passam pela cadeia respiratória
O carboxil do C1 é ativado pela ligação com a coenzima A, que permite a oxidação gradativa do ácido
graxo na posição C3 ou beta
Fornecem mais da metade da necessidade energética de órgãos como fígado, coração e músculo
esquelético
É 4x mais energético que a glicose, sendo utilizado quando a glicose não é suficiente (emagrecer =
exercícios intensos e prolongados)
ABSORÇÃO DE LIPÍDIOS INGERIDOS PELA DIETA
Digestão ocorrerá efetivamente no intestino delgado; precisam ser convertidos em partículas
solúveis para serem absorvidos (sais biliares) – EMULSIFICAÇÃO DAS GORDURAS
LIPASE PANCREÁTICA: degrada os trigliceróis em monoacilgliceróis, diacilgliceróis, ácido graxo e
glicerol (entrar no enterócito)
LIPASE -> ENTRA NO ENTERÓCITO -> REMONTADOS -> QUILOMÍCRON NO SISTEMA LINFÁTICO ->
CORRENTE SANGUÍNEA -> TECIDO MUSCULAR (esquelético e cardíaco), ADIPOSO, CÓRTEX DA
ADRENAL E GÔNADAS
QUILOMÍCRON (produzido no intestino): triglicerídeos + colesterol da dieta + proteínas específicas =
monocamada de fosfolipídio com colesterol e apoproteínas (moléculas de reconhecimento celular,
ativação enzimática, responsáveis pelo transporte de TAG, fosfolipídios e colesterol)
LIPASES LIPOPROTEICAS (LPL): presentes no endotélio do vaso do tecido alvo; ativadas quando se
ligam à apoproteína apoCII; fazem degradação dos TAG, liberando ácidos graxos e glicerol (passam
pela MP do tecido muscular)
TECIDO MUSCULAR: oxidação para liberar energia
TECIDO ADIPOSO: o ácido graxo será reesterificado para armazenamento na forma de TAG
QUILOMICRON REMANESCETE: vazio, com restos de TAG e colesterol, sendo redirecionado para o
fígado, onde entra por endocitose (reconhecimento pela apoB48); dentro do fígado ele é degradado,
liberando colesterol exógeno
** colesterol é sintetizado a partir de glicose, para reduzi-lo devemos reduzir a síntese
ENDÓGENA, diminuindo a oferta de glicose para o organismo
INSULINA: secretada no estado pós-prandial, ativa a síntese de LPL (juntamente com a apoCII)
DIABÉTICO TIPO 1: não produz insulina, menos LPL, menos absorção de TAG pelos tecidos e aumento de
quilomicrons circulantes, gerando problemas cardíacos
ÁCIDOS GRAXOS VINDOS DA RESERVA ENERGÉTICA
LIPASE HORMÔNIO-SENSÍVEL: degrada TAG, localizada no interior do tecido adiposo, ativada por
glucagon e adrenalina (jejum ou necessidade energética)
ADRENALINA E GLUCAGON: hormônios peptídicos (não entram na célula)
JEJUM -> GLUCAGON/ADRENALINA -> LIGAM-SE AO RECEPTOR -> ATIVAM PROTEÍNA G -> ATIVA
ADENILATO CICLASE -> PRODUZ AMPc -> ATIVA PKA -> ATIVA LIPASE HORMÔNIO-SENSÍVEL
(fosforilada) -> MUDA COFORMAÇÃO DAS PERILIPINAS -> ABERTURAS NA CAMADA DE PROTEÍNA ->
DEGRADAÇÃO DO TAG -> LIBERAÇÃO DE ÁC. GRAXO E GLICEROL
**lipólise de TAG ocorre no tecido adiposo
ÁC. GRAXO -> SANGUE (ALBUMINA SÉRICA) -> TRANSPORTADORES DE MEMBRANA -> MÚSCULO
A albumina não entra na célula em si, apenas o ác. Graxo; o glicrol vai para o fígado (precursos da
gliconeo ou metabolizado para entrar na via glicolítica)
Enzimas de oxidação de ácidos graxos estão na matriz mitocondrial
OXIDAÇÃO – tecido muscular
PROCESSO DE ATIVAÇÃO PELA ACIL-CoA SINTETASE (citoplasma): ligação do ácido graxo à Coenzima
A -> Acil-CoA (cadeia longa, impermeável à mitocôndria) = GASTA 2 ATPs (AMP+PPi)
CARNITIL ACIL TRANSFERASE 1 (membrana externa): retirada da Coa e adição de carnitina à molécula
de Acil -> Acil-Carnitina (entra na mitocôndria por antiporte com carnitina – difusão facilitada); regula
a velocidade da degradação por regular a entrada de Acil na mitocôndria; inibida por malonil-CoA (1º
intermediário da biossíntese de lipídios)
CARNITIL ACIL-TRANSFERASE 2: Acil-Carnitina -> Acil-Coa (ação reversa, transesterificação); a
carnitina retorna para o espaço intermembranas pelo transportador acil-carnitina/carnitina
** a ingestão de carnitina não é comprovadamente eficaz porque a quebra é controlada pelo gasto
energético
BETA-OXIDAÇÃO: degrada o ácido graxo de 2 em 2 carbonos a partir da extremidade carboxílica -> geram
Acetil-CoA
Não gera diretamente energia (somente NADH e FADH2 -> cadeira respiratória e fosforilação
oxidativa), indiretamente (Acetil-CoA -> Krebs -> NADH, FADH2 e GTP)
**O NADH formado doa seus elétrons para a NADH-desidrogenase (transportador de elétrons da
cadeia respiratória – complexo I)
**Altas concentrações de NADH inibem a enzima beta-hidroxiacil-CoA-desidrogenase
**Acetil-CoA inibe a tiolase
**JEJUM: ↑AMP, ↓ ATP, ativa AMPK -> fosforila acetil-CoA-carboxilase, que catalisa a formação de
malonil-CoA, inativando-a
**Na beta-oxidação de ácidos graxos ímpares ocorrerá a formação de propionil-CoA como composto
final, vira D-metil-malonil-CoA pela proponil-CoA (tem 1 C a mais que o actil-CoA, que vem do Co2 –
bicarbonato), que tem como cofator a BIOTINA. O comspoto irá formar malonil CoA -> Succinil-CoA
(com auxílio de uma coenzima derivada da vitamina B12) -> Krebs (não há formação de 2NADh e
2CO2) – DESVANTAGEM DE 6 ATPs
O fígado distribui glicogênio e para ele usa ácido graxo
Ácido graxo palmítico (16C) = 8 Acetil-CoA
Glicose = 2 Acetil-CoA
PRODUÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS
BETA-OXIDAÇÃO -> ↓TAXA DE GLICOSE -> ↑GLUCAGON
**Usuários exclusivos de glicose: hemácias, córnea, cristalino, medula renal e testículo (cérebro é de uso
preferencial); outros tecidos usam ácido graxo para produção de energia (o cérebro não utiliza, poiso ác.
Não passa na barreira hematoencefálica, sendo necessários os corpos cetônicos)
CORPOS CETÔNICOS: altamente solúveis, fonte alternativa à glicose (tec. Nervoso, músculo), produzidos
no fígado quando há uma baixa concentração de glicose (tem enzimas necessárias para o processo). São
acetona (hálito cetônico), acetoacetato e beta-hidroxibutirato (utilizados pelo organismo).
JEJUM: fígado faz gliconeo, utilizando oxalacetato = acúmulo de Acetil-CoA; beta-oxidação produz
mais Acetil-CoA ainda. Esse Acetil-CoA em acúmulo e a falta de oxalacetato, juntamente com o
↑glucagon é convertido em corpos cetônicos
DIABÉTICOS TIPO 1: não produz insulina -> secreção de glucagon -> gliconeo e corpos cetônicos; falta de
glicose nos tecidos -> ↓malonil-CoA -> alivia a inibição da carnitina-aciltransferase 1; corpos cetônicos
produzidos não são utilizados, pois o paciente possui glicose suficiente -> cetoacidose diabética
DIABÉTICOS TIPO 2: não produzem corpos cetônicos, pois a insulina não permite aumento da taxa de
glucagon, não ativando sua produção
**o fígado produz, mas não utiliza corpor cetônicos, pois não possui as enzimas de degradação
UTILIZAÇÃO PELOS TECIDOS PERIFÉRICOS: corpos cetônicos -> acetoacetato -> aceto-AcetilCoA -> Acetil-
CoA -> Krebs
BIOSSÍNTESE DE COLESTEROL
COLESTEROL: compor a MP (fluidez); molécula rígida; vitamina D (absorção de cálcio no intestino); sua
excreção ocorre por meio dos sais biliares
**Bastante colesterol no fígado -> muitas vezes se deposita na vesícula -> pedras na vesícula
DIMINUIÇÃO DE COLESTEROL: Impedir a reabsorção de sais biliares no intestino, sendo necessário
produzir novamente, gastando mais colesterol endógeno
Menopausa -> ↓ síntese de vitamina D -> osteoporose -> sobra colesterol -> hipercolesterolemia
HORMÔNIOS ESTEROIDAIS: pregnenolina -> progesterona; cortisol
CORTISOL: anti-inflamatório e alergênica; hormônio do ritmo circadiano – alto de manhã pra você ter
energia e vai ↓ durante o dia; hormônio catabólico; ↑degradação de proteínas, carboidratos; hormônio
do estresse - ↑em pessoas estressadas ou que perdem o ritmo circadiano; ↑síntese proteica, mas
degrada albumina (menos albumina -> sangue perde água, que vai pro tecido -> edema)
CORTICOSTERONA E ALDOSTERONA: mineralocorticoides que atuam principalmente no rim regulando a
reabsorção de íons
HORMÔNIOS SEXUAIS SECUNDÁRIOS: quantidade de pelos, timbre de voz...
MULHERES QUE FAZEM DIETAS EXTREMAS: afeta o ciclo menstrual, pois não tem colesterol para
regulação hormonal; não vai ter síntese de AcetilCoa suficiente para a síntese
SÍNTESE DE COLESTEROL x CORPOS CETÔNICOS
LOCAL: citosol X mitocôndria
SINALIZAÇÃO DE HORMÔNIOS: quem ativa é a insulina X glucagon
SÍNTESE DO COLESTEROL
Necessita de Aceti-CoA, enzimas, NADPH (vem da via das pentoses e da enzima málica)
Gasta-se 16 NADPH e 18 ATPs
ACETATO (Acetil-CoA sem CoA) -> MAVALONATO -> UNIDADES ATIVADAS DO ISOPRENÓIDE ->
ESCOALENO (molécula base para formar colesterol)
**2 moléculas de Acetil-CoA vão ser unidas pela tiolase, formando Acetil-CoA
Excesso de colesterol: armazenamento no rosto e nas mãos
Principal local de biossíntese: fígado, pois há maior concentração de Acetil-CoA
Destino: incorporação nas membranas hepáticas, sendo exportado na forma de colesterol biliar,
ácidos biliares e colesteril éster
COLESTERIL ÉSTER: forma de transporte de colesterol pelas lipoproteínas; estereficada; colesterol + ácido
graxo
ACILCoA ACIL TRANSFERASE: esterifica o colesterol; ácido graxo + colesterol = colesteril éster (forma de
transporte e armazenamento do colesterol) ; reduz colesterol na circulação
↑COLESTERIL ÉSTER -> INIBE TRANFERASE -> ↓USO DO COLESTEROL -> ↑COLESTEROL NA CIRCULAÇÃO
LDL transporta colesterol, que para entrar na célula tem um receptor específico; excesso de colesterol
-> inibe o reconhecimento de LDL -> LDL na circulação -> hipercolesterolemia
Via extremamente longa e só a enzima HMG CoA REDUTASE é a única regulada (medicamentos que
atuam na regulação do colesterol inibem essa enzima), pois só vai haver síntese de colesterol quando
tiver energia suficiente (alto gasto energético) – explicação para pessoas que tem colesterol alto e
são magras; ativada pela insulina e inibida pelo glucagon, excesso de colesterol e melanoato
REGULAÇÃO HMC CoA REDUTASE: fosforilação/desfosforilação ou nível de transcrição gênica
REGULAÇÃO TRANSCRICIONAL DA ENZIMA
EXCESSO DE COLESTEROL -> SREBP E SCAP (proteínas do RE da célula) LIGADAS -> SÍNTESE DE
COLESTEROL INIBIDA
↓ COLESTEROL -> NÃO HÁ INIBIÇÃO -> UM PEDAÇO DO RE VAI PRO GOLGI (responsável pela
maturação da proteína –metabolizar) -> CLIVAGEM PROTEOLÍTICA NA SREBP -> SREBP SE
DESLIGA DA SCAP -> SREBP SOFRE SEGUNDA CLIVAGEM PROTEOLÍTICA -> SREBP SOLTA (função
de elemento regulatório de esterol) -> VAI PRO DNA -> ATIVA TRANSCRIÇÃO DO GENE DA HMG
COA REDUTASE -> SINTETIZA COLESTEROL
↑ENZIMA -> ↑COLESTEROL
**SCREBP ligada a SCAP = inativa
ESTATINAS: inibem a biossíntese de colesterol; se liga na enzima (ou no sítio ativo ou em algum ponto
que mude a conformação da enzima)
SNIPS: alterações gênicas que provocam alterações proteicas, não afetando significativamente a vida do
indivíduo; mudança de uma base nitrogenada = alteração conformacional
**Doenças hepáticas e renais influenciam na síntese de vitamina D
**HIPERCLESTEROLEMIA: dieta (corte de carboidratos: ↓acetilCoA e a ingestão de glicose -> ↓ insulina -
> ↓ativação da síntese -> ↓ATP) e exercício físico (↑gasto acetilCoa e ATP -> ↓síntese de insulina ->
↑síntese de glucagon -> inibe a síntese de colesterol)
CICLO DA UREIA
O excesso de AA não é armazenado, mas sim, degradado (liberação do grupo amino, que formará
amônia)
75% dos AA oriundos da quebra de proteínas ingeridas na dieta são utilizados na síntese de novas
proteínas, 25% é degradado
AA = GRUPO AMINO (forma amônia) + CARBOXÍLICO + CADEIA CARBÔNICA (utilizada pela gliconeo,
formação de CO2, acetil CoA, corpos cetônicos)
A amônia liberada pode ser utilizada para formar nucleotídeos
JEJUM PROLONGADO: proteínas -> AA -> energia -glicose (gliconeo) ou alfacetoácido (esqueleto
carbônico) entra no krebs (ciclo arginina-aspartato) e segue a respiração celular; eliminação dos grupos
aminos restantes -> ↑ excreção de ureia
**SERINA: 1/2vida superior a 20h; ASPARTATO: 3min; PROLINA-GLUTAMATO-SERINA-TREONINA: menos
de 3min
BALANÇO DE NITROGÊNIO: positivo (incorporação > excreta) –gravidez, crianças em crescimento- e
negativo (degradação proteica > incorporação) –jejum, velhice, doenças.
O tecido muscular tem a maior massa proteica do corpo (magra) -> local de maior degradação
de proteínas
HIPERTROFIA MUSCULAR: prática de exercícios musculares promove balanço nitrogenado positivo; diéta
hiperproteica + exercícios = síntese de proteínas musculares
DOENÇA DE KWASHIORKOR: desnutrição proteica intensa -> balanço nitrogenado negativo -> carência
de proteínas (albumina) -> hipoalbunemia -> ↓pressão coloidosmótica -> edema -> retardo mental
reversível, hepatomegalia, abdome globoso
MARASMO: falta de alimentação; retardo mental irreversível, pode acontecer em adultos
METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS
UBIQUITINIZAÇÃO: ligação da proteína com a ubiquitina (sinal para que seja degradada)
PROTEÍNA + UBIQUITINA = PROTEOSSOMO (possui enzimas específicas que vão degradar proteínas)
1. TRANSAMINAÇÃO (transaminase): transferência de um grupo amina de um AA para um ácido
alfa-cetônico
AST (aspartato amino tranferase) e ALT (alanina amino tranferase)
AA, quando em excesso no organismo, reagem com alfa-cetoglutarato formando glutamato, que
é transportado pelo sangue até o fígado (desaminação oxidativa -> amônia -> ureia)
O mecanismo de transaminase é dependente de piridoxal fosfato (PLP) -cofator das
aminotransferases- que é pego a partir da vitamina B6 (falta dela -> hiperamonemia)
2. DESAMINAÇÃO OXIDATIVA (glutamato desidrogenase) – ocorre no fígado (mitocôndria)
A desaminação do glutamato para formar amônia libera NADH (forma de repor ATP, que pode
ser usado para gerar ATP para o próprio ciclo da ureia ou para cadeia respiratória)
3. SERINA E TREONA DESIDRASES: não são substratos para transaminases, sem muita importância
4. L-AMINOÁCIDOS OXIDASES: nos peroxissomos, baixa porcentagem, pouca importância
5. UREASE BACTERIANA: só em bactérias
FORMAÇÃO DA GLUTAMINA (glutamina sintetase – particularmente ativa no cérebro e no sistema porta)
O glutamato pode receber mais do que 1 grupo amina
ATP é substrato e regulador
Glutamina tem 2 grupamentos amônia
Toda NH3 liberada chega no fígado como glutamina ou alanina (carreadores de NH3 no plasma;
glutamato também, mas em menor quantidade); PIRUVATO + NH3 -> ALANINA; no fígado
liberam NH3 e ao mesmo tempo ocorre liberação de piruvato e glutamato para gliconeo
GLUTAMINASE – enzima ativa no sistema porta e nos túbulos distais do néfron
GLUTAMATO: desaminação, formar glutationa (defesa antioxidante), degradado em alfa-cetoglutarato
(gliconeo), reposição de proteínas ou nas células beta-pancreáticas pode formar gaba e ornitina
**Na urina é excretado tanto ureia quanto amônia
DISFUNÇÃO HEPÁTICA E OBSTRUÇÃO PORTAL: não ocorre o ciclo da ureia, íons amônio passam para a
circulação sistêmica, intoxicação por amônia. Visão turva, tremores, fala embaralhada, coma e morte
CICLO DA UREIA
O aspartato é sintetizado a paritr do oxalacetato para não depletar o Krebs
O fumarato vai para o Krebs
Para cada molécula de uréia, são excretadas 2 moléculas de amônia: uma proveniente da
desaminação do glutamato e outra doada pelo AA aspartato
A síntese de 1 molécula de ureia requer 4 ligações fosfato de “alta energia”
A enzima CABAMOIL FOSFATO SINTETASE I tem como efetor alostérico o N-acetilglutamato, a
deficiência desse composto inativa a enzima e, consequentemente, todo o restante
N-acetilglutamato: produzido a partir de glutamato e acetil-CoA, liberando CoA (catalisada pela N-
acetilglutamato sintase, que é ativada por arginina)
DIETA RICA EM PROTEÍNAS: excesso de AA é oxidado -> cetoácidos -> ↑produção de ureia
UREMIA PRÉ-RENAL: rim funciona normalmente, a causa geralmente é hemorragia digestiva ou neoplasia
que deixam o balanço nitrogenado negativo; sangue é rico em proteínas -> libera AA -> putrefação
intestinal -> ↑ amônia
UREMIA RENAL: disfunção do glomérulo renal
UREMIA PÓS-RENAL: obstruções por cálculo renal ou neoplasias tubulares
HIPERAMONEMIA: deficiência de enzimas do ciclo da ureia; primárias ( defeito genético) e secundárias
(doenças hepáticas, encefalopatia hepática) – dificuldade do fígado em transformar amônia em ureia
INTEGRAÇÃO METABÓLICA
FRUTOSE -> FRUTOSE-6-FOSFATO -> VIA GLICOLÍTICA
MANOSE -> GLICOSE -> VIA GLICOLÍTICA
GALACTOSE -> GLICOSE -> VIA GLICOLÍTICA
GLUT-2: ↑Km pra glicose, só funciona com muita glicose
o INTESTINO
o FÍGADO: GLICOSE -> GLICOGÊNIO
o PÂNCREAS: GLCIOSE -> GLICÓLISE
GLUT-1: mais abundante; entra glicose conforme a célula quer (não depende da quantidade)
GLUT-4: depende de insulina; tecido adiposo e muscular
↑ GLICOSE NO PÂNCREAS -> ↑ATP -> BLOQUEIA CANAIS DE K -> DESPOLARIZAÇÃO -> ATIVA CANASI DE
Ca VOLTAGEM DEPENDENTES -> ENTRA Ca DA ALIMENTAÇÃO -> ESTIMULA RE A LIBERAR MAIS Ca ->
ASSOCIAÇÃO CÁLCIO/CALMODULINA -> EXOCITOSE DAS VESÍCULAS DE INSULINA
↑GLICOSE NO FÍGADO -> GLICOSE-6-FOSFATO (GLICOQUINASE) -> GLICOGÊNESE
↑GLICOSE -> VIA DAS PENTOSE FOSFATO -> NADPH + RIBOSE-5-FOSFATO (SÍNTTESE DE
NUCLEOTÍDEOS)
*Se a ribose não é utilizada ela volta a ser glicose-6-fosfato, mas deixa o saldo de NADPH
↑GLICOSE -> GLICÓLISE -> PIRUVATO -> ACETIL-COA -> ÁCIDO GRAXO -> TAG
ACETIL-COA -> KREBS
JEJUM SEVERO: degradação de proteínas pouco funcionais (fibras musculares)
↑ INGESTA DE PROTEÍNAS-> AA -> FÍGADO (V.PORTA) -> DIRECIONA AS MOLÉCULAS
AA -> CICLO DA UREIA -> ALFA-CETOÁCIDOS -> INTERMEDIÁRIOS DO KREBS + ACETIL-COA + PIRUVATO
ACETIL-COA -> COLESTEROL
ACETIL-COA -> ÁCIDO GRAXO
COLESTEROL -> VLDL SAI DO FÍGADO -> TAG PARA O TECIDO ADIPOSO + COLESTEROL PARA TODOS OS
TECIDOS (INCLUSIVE FÍGADO – SAIS BILIARES, VIT. D, MEMBRANAS)
PERÍODO PÓS-PRANDIAL
TECIDO ADIPOSO:
↑ GLICOSE NO TEC. ADIPOSO (GLUT-4) -> GLICÓLISE AERÓBICA -> PIRVATO -> ACETIL-COA -> KREBS ->
ENERGIA
↑ GLICOSE -> ↑ VIA DAS PENTOSE -> NADPH -> ÁCIDO GRAXO -> TAG PARA ARMAZENAR
CÉREBRO:
CAPTAÇÃO DE GLICOSE -> GLICÓLISE ANAERÓBICA (NÃO TEM MITOCÔNDRIA) -> PIRUVATO -> LACTATO
↑GLICOSE -> VIA DAS PENTOSES -> NADPH -> REDUZIR A GLUTATIONA OXIDADA -> PROTEÇÃOC ONTRA
RADICAIS LIVRES
MÚSCULO:
↑ GLICOSE -> GLICÓLISE -> GLUT-4 (DEPENDE DE INSULINA) -> PIRUVATO -> ACETIL-COA -> TAG
↑ GLICOSE -> GLICOGÊNIO
** síntese de ácidos graxos em pequena quantidade
** o músculo cardíaco tem uma reserva maior de ácidos graxos quando comparado à glicose, devido ao
seu gasto energético constante, dando preferência à gordura
JEJUM -> GLUCAGON -> AMPCÍCLICO -> ATIVA PKA -> FOSFORILA ENZIMAS ESPECÍFICAS NO TECIDO ->
GLICOGENÓLISE NO FÍGADO -> GLICOSE-6-FOSFATO -> GLICOSE -> CORRENTE SANGUÍNEA