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GRUPO 2 BIOLOGIA | LÍNGUA PORTUGUESA | LITERATURA RESOLUÇÃO • P2 - 1º BIMESTRE ª 1 SÉRIE 09 de novembro

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Page 1: BIOLOGIA | LÍNGUA PORTUGUESA | LITERATURA GRUPO 2 · B Tecido cartilaginoso. C Tecido epitelial. D Tecido ósseo. E Tecido sanguíneo. GABARITO: B BIOLOGIA 2 PROFESSORA OLÍVIA QUESTÃO

GRUPO 2BIOLOGIA | LÍNGUA PORTUGUESA | LITERATURA

RESOLUÇÃO • P2 - 1º BIMESTRE

ª1 SÉRIE09 de novembro

Page 2: BIOLOGIA | LÍNGUA PORTUGUESA | LITERATURA GRUPO 2 · B Tecido cartilaginoso. C Tecido epitelial. D Tecido ósseo. E Tecido sanguíneo. GABARITO: B BIOLOGIA 2 PROFESSORA OLÍVIA QUESTÃO

A Ele a Glória

BIOLOGIA 1 PROFESSOR BRUNO RAMELLO

QUESTÃO 01| Quando há um corte na pele, os fibroblastos migram para a região danificada e produzem fibras coláge-nas, promovendo o fechamento do corte ou a cicatrização.

A A qual tecido pertencem as células envolvidas no pro-cesso de cicatrização?

Tecido conjuntivo.

B Que tipo de divisão celular ocorre no processo da cicatri-zação?

Mitose.

QUESTÃO 02| Durante uma partida de futebol, após uma violenta disputa de bola, um jogador sofre fratura da fíbula. O tecido ósseo, apesar de ser duro, repara-se sem a forma-ção de cicatriz. Com relação ao tecido ósseo, responda ao que se pede a seguir.

A Para que ocorra o processo de reparo de fraturas, é ne-cessária a participação de todas as células do tecido ós-seo. Quais são as células do tecido ósseo?

As células do tecido ósseo são:

• Osteoblastos, responsáveis pela síntese (formação) do tecido ósseo.

• Osteócitos, que se originam dos osteoblastos, envolvi-dos pela matriz óssea, e são responsáveis pela manuten-ção do tecido ósseo.

• Osteoclastos, responsáveis pela reabsorção óssea.

B Qual o tipo de ossificação que ocorre no caso de uma fratura no tecido ósseo? Explique esse processo.

Ossificação endocondral: ocorre sobre um molde de car-tilagem hialina que gradualmente é destruído e substi-tuído por tecido ósseo. Este processo é responsável pelo crescimento em comprimento do osso e ocorre durante o período fetal, substituindo a cartilagem do esqueleto por tecido ósseo.

QUESTÃO 03| Para fazer um piercing é necessário saber quais são os principais cuidados apontados por especialistas, dentre eles, o de optar por áreas sem cartilagens, pois pode haver o risco de infecções e formação de queloides. Considerando isto, faça o que se pede a seguir.

A Apresente DUAS funções do tecido cartilaginoso no or-ganismo humano.

Sustentação, Modelagem , Flexibilidade , Formação e crescimento dos ossos , Revestimento articular e Prote-ção contra choques mecânicos.

B Justifique, do ponto de vista da constituição do tecido cartilaginoso, as dificuldades para controlar uma infec-ção em locais que contenham cartilagens.

A ausência de vasos sanguíneos (e/ou linfáticos) dificulta (ou impede) a chegada das células de defesa e de medi-camentos ao sítio de infecção.

QUESTÃO 04| Em várias partes do mundo, a tatuagem é vista como moda e/ou livre expressão de pensamento e comportamento, especialmente pelo público jovem. Sobre este assunto, observe a figura abaixo, que mostra a região da pele em que a tinta que colore as tatuagens é injetada.

A Em qual das camadas da pele a tinta da tatuagem é inje-tada?

A camada da pele que a tinta da tatuagem é injetada é a Derme.

B Por que a tinta é preferencialmente injetada nessa ca-mada ao invez da camada mais externa da pele?

Pois se fosse na epiderme, pela sua rápida regeneração de células mortas, rapidamente a tinta seria eliminada na nossa pele.

QUESTÃO 05| O esquema abaixo é representativo de um epitélio de revestimento estratificado. Pode-se observar que as camadas superiores, em contato com o meio externo, são compostas por células cada vez mais achatadas. Além disso, essas células achatadas geralmente estão mortas e desca-mam do tecido. Um exemplo desse tipo de epitélio é encon-trado no esôfago de animais carnívoros.

Qual o principal motivo que leva essas células a morrerem e descamarem do epitélio?

A O atrito causado pelos componentes de meio externo que entram em contato com o epitélio.

B A justaposição das células, que cria uma falta de espaço para que todas se acomodem na superfície do epitélio.

C O contato com o meio externo, que leva a uma hiperoxi-genação das células.

D A distância dessas células em relação às fontes de oxi-gênio e alimento, trazidos pelos tecidos adjacentes ao epitélio.

E O deslocamento da posição das organelas intracelulares, por conta do achatamento promovido pelo citoesqueleto.

GABARITO: D

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A Ele a Glória

QUESTÃO 06| Analise a figura de um corte histológico de um tipo especial de tecido conjuntivo e as suas característi-cas descritas no texto.

Fonte: Sônia Lopes, 2006 vol I. Ed Saraiva

É um tipo de tecido conjuntivo de consistência rígida, que tem função de sustentação e de revestimento de superfícies articulares. Suas células, condrócitos e condroblastos são responsáveis pela formação das fibras colágenas e da substância intercelular, denominada de matriz. Assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE o tecido correspondente.

A Tecido adiposo.

B Tecido cartilaginoso.

C Tecido epitelial.

D Tecido ósseo.

E Tecido sanguíneo.

GABARITO: B

BIOLOGIA 2 PROFESSORA OLÍVIA

QUESTÃO 01| A contagem e a análise dos anéis de cresci-mento presentes nos troncos de árvores e arbustos possi-bilitam estimar a idade da planta e investigar as condições climáticas de épocas pré-existentes. Sabe-se que a grande disponibilidade de água, durante os períodos úmidos, favo-rece o crescimento de células com grande calibre, formando anéis claros. Já em períodos mais secos, as células ficam mais compactadas, formando anéis escuros. Observe a ilustração de um corte transversal do tronco de uma árvore, com anéis de crescimento claros e escuros:

A Indique o tipo de tecido condutor responsável pela for-mação dos anéis de crescimento. E explique por que são produzidos esses aneis.O tipo de tecido condutor é o xilema. Esses aneis são produzidos porque a planta apresenta crescimento se-cundário, crescimento em espessura o que faz com que ela produza xilema através do câmbio.

B Por que estes aneis não representam a real idade da planta?

Porque estes aneis apresentam o crescimento secun-dário, sendo aneis mais espessos no período chuvoso e aneis mais finos no período de inverno.

QUESTÃO 02| Numa folha encontramos regiões como o limbo, a bainha e o pecíolo. Sobre eles, responda ao que se pede a seguir.

A Quais estruturas podemos encontrar no limbo de uma folha?Parênquima (paliçádico e lacunoso), nervuras (vasos condutores e esclerenquima) e epiderme.

B Qual é a função da bainha e do pecíolo para folha?Bainha → fixação no caule e pecíolo → sustentação e fixação.

QUESTÃO 03| A árvore bordo (Acer sp.) é famosa no Canadá por fornecer o xarope de bordo, muito açucarado e largamen-te consumido com waffles e panquecas. Esta árvore passa por um inverno rigoroso e no início da primavera, através do te-cido vascular morto, conduz a matéria acumulada nas raízes, que forma novas folhas e flores. A extração da seiva desta ár-vore é feita neste período. São necessários de 30 L a 45 L desta seiva para a produção de 1 L de xarope de bordo puro.

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A Ele a Glória

A Qual é o tecido vascular responsável pela condução desta seiva? Dê o nome do meristema secundário que gera este tecido vascular.

O tecido que conduz esta seiva é o xilema. O meristema secundário que o origina é o câmbio vascular.

B O que ocorre com as folhas da árvore bordo no outono que a permite suportar o inverno rigoroso? Explique

As folhas da árvore bordo tendem a mudar de cor e a cair, pois sofrem o processo de senescência, no outono, dimi-nuindo os processos metabólicos de fotossíntese, juntamente com a seca fisiológica, que diminui a absorção de água pelas raízes, para diminuição na produção de energia pela planta em temperaturas muito baixas. A retirada da seiva bruta, conduzida pelo xilema, diminui o transporte de água e nutrientes do solo até as folhas, diminuindo ou cessando a fotossíntese e, consequentemente, causando a morte da planta.

QUESTÃO 04| Muitas vezes se observa o efeito do vento nas plantas, que faz com que a copa das árvores e eventualmente o caule balancem vigorosamente sem, contudo, se romper. No entanto, quando ocorre a ruptura de um ramo, as plantas têm a capacidade de retomar o crescimento e ocupar novamente o espaço deixado pela queda do ramo.

A Cite e caracterize os tipos de tecidos que promovem a sustentação e a flexibilidade dos ramos e caules.

Os tecidos relacionados com a sustentação mecânica das plantas são esclerênquima, colênquima e xilema (lenho). A flexibilidade dos ramos é determinada pelo colênquima.

Características:- Esclerênquima: tecido formado por células mortas, alongadas ou poliédricas, cujas paredes são impregnadas por lignina.- Colênquima: tecido formado por células vivas, poliédricas, cujas paredes são espessadas por celulose.- Xilema: tecido formado por células mortas, tubulares apresentando diversos tipos de reforços constituídos por ligni-na. Sua principal função é o transporte da seiva mineral (bruta), além de atuar na sustentação mecânica dos vegetais vasculares (traqueófitos).

B Como se dão o surgimento e o crescimento do novo ramo em plantas danificadas pelo vento?

O surgimento e o crescimento dos galhos ocorrem através do meristema primário das gemas laterais.

QUESTÃO 05| O caule das plantas apresenta o meristema apical (ou gema apical). A partir dos meristemas apicais for-mam-se os meristemas primários, que são a protoderme, o meristema fundamental e o procâmbio. Os tecidos derivados desses meristemas são denominados “tecidos primários”. Sobre os tecidos primários das angiospermas assinale a alterna-tiva CORRETA.

A Na epiderme, diferenciam-se estruturas, como os estômatos, que controlam a transpiração e as trocas gasosas entre a planta e o ambiente.

B O esclerênquima é um tecido de sustentação da planta, formado por células vivas, geralmente alongadas, ricas em ce-lulose e pectina.

C O colênquima é um tecido de sustentação da planta, formado por células mortas, com parede espessada em função principalmente do depósito de lignina.

D O floema é um tecido que transporta seiva bruta, água e sais minerais a partir de estruturas como os elementos de vaso e traqueídes.

E O xilema é um tecido que transporta seiva elaborada, rica em substâncias orgânicas derivadas da fotossíntese, a partir de estruturas como células crivadas.

GABARITO: A

QUESTÃO 06| Os meristemas primários: procâmbio, meristema fundamental e protoderme originam, respectivamente, os seguintes tecidos vegetais:

A parênquima, colênquima e esclerênquima, periderme, epiderme.

B xilema e floema primários, epiderme, parênquima, colênquima e esclerênquima.

C periderme, xilema e floema secundários, parênquima, colênquima e esclerênquima.

D xilema e floema primários, parênquima, colênquima e esclerênquima, epiderme.

E felogênio, xilema e floema secundários, parênquima, colênquima e esclerênquima.

GABARITO: D

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A Ele a Glória

LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSORA RAFAELLA

QUESTÃO 01| Leia a tira.

A Ao longo dos quadrinhos, a tira contrapõe DUAS palavras que apresentam sentidos opostos. Que palavras são essas? Como elas se classificam morfologicamente?

São as palavras com e sem, que são preposições.

B A expressão com rodinha é usada duas vezes na tira. Ela tem o mesmo sentido nas duas ocorrências? Como a repetição desse termo ajuda a construir o efeito de humor do texto?

A expressão não tem o mesmo sentido. Na primeira ocorrência, refere-se ao ato de andar de bicicleta com o suporte das rodinhas, para dar equilíbrio à criança. Na segunda, refere-se ao uso da cadeira de rodas pela criança, que se machucou. A repetição do termo ajuda a construir o efeito de humor por tornar a situação inusitada, ao mostrar que o menino não evoluiu tanto assim no aprendizado de como andar de bicicleta. Logo, ao se arriscar demais, ele acaba se acidentando e isso quebra a expectativa do leitor, pois esse esperava sua superação e não que ele se desse mal, daí o efeito de humor.

QUESTÃO 02| Leia a tira.

(Disponível wn://dropsculturais.wordpress.com/2012/03/15/parabens-mafalda/. Acesso em: 12/4/2012).

A A construção da coesão do texto vale-se do uso de conjunções para interligar orações e permitir o encadeamento de ideias entre as falas de Susanita e de Mafalda. Retire da tirinha em análise TRÊS conjunções que denotem: tempo, adi-ção e possibilidade.

As conjunções indicativas de tempo, adição e possibilidade são, respectivamente: quando, e, se.

B O ponto de vista de Susanita revela sua futilidade, mas ela se vale de uma argumentação convincente que se contrapõe à visão de Mafalda. Explique como isso se dá.

O ponto de vista de Susanita é fútil porque ela se mostra consumista e materialista por querer ter muitos vestidos quan-do for adulta, no entanto sua argumentação é convincente, pois deixa Mafalda sem resposta. Isso ocorre porque Mafal-da tem valores nitidamente mais relevantes, já que deseja ser muito culta e não consumista. Mas Susanita argumenta que falta de cultura não prende ninguém, enquanto a falta de roupa sim, dado que não se pode sair nu pelas ruas, por ser um atentado ao pudor, ato o qual desencadeia a prisão de quem o pratica. Esse argumento silencia Mafalda que, sem resposta, bate em Susanita, numa explícita reação de quem apela por perder a razão.

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A Ele a Glória

QUESTÃO 03| Leia a capa da revista.

A Considerando apenas a imagem, explique qual é o sen-tido pretendido pela expressão “estamos devorando o planeta”.

Como a imagem mostra um garfo espetando um mini-planeta prestes a ser engolido por uma boca, entende-se que a expressão devorar o planeta signifique literalmen-te comer, ingerir com voracidade o planeta Terra.

B Considerando as informações verbais e a crítica preten-dida pela revista, explique qual é o provável sentido figu-rado da expressão “estamos devorando o planeta”.

O texto verbal salienta que os homens consomem mais do que o planeta é capaz de produzir, logo a expressão quer dizer que estamos destruindo o planeta, consumin-do seus recursos naturais de modo irresponsável, incon-sequente, insustentável.

QUESTÃO 04| Leia o texto.

Já tivemos outro assuntoQue saudade de reclamar da tomada de três pinos

Tenho tido uma saudade enorme de falar de outra coisa. Não sei se vocês se lembram, mas tinha um tempo em que a gente não falava o tempo inteiro disso. Havia quem falasse de novela – uma espécie de série que ti-nha na nossa época, mas você tinha que ver na hora que passava, a não ser que gravasse para ver depois. Havia quem preferisse futebol – era por isso que as pessoas brigavam, na nossa época. “Foi pênalti”, dizia um. E o outro berrava que não tinha sido pênalti, e parece bobo, mas podia durar horas.

Tenho tido saudade de quando o país estava dividi-do por outras coisas. Biscoito ou bolacha. Tangerina ou mexerica. Feijão em cima ou embaixo do arroz (ao lado, diziam os isentões). Havia quem brigasse porque achava que um vestido era verde e dourado, quando era azul e preto – mas talvez fosse o contrário.

Tenho tido uma saudade enorme de ficar puto com outras coisas. Quando criança a gente ficava puto com o Bis sabor laranja ou com uma figurinha repetida no chocolate Surpresa. Não faz tanto tempo que eu estava revoltado com a abundância de certos Pokémons, em detrimento de outros. “Maldito Zubat!”, eu gritava pelas ruas.

Tenho tido saudade de ficar triste por outros moti-vos. Chorava com aquele filme iraniano em que o garoto perde o único par de sapatos. Hoje em dia penso – “sor-tudo de merda, ainda tem as calças”. Chorei no primeiro “Rei Leão”, quando morria o Mufasa. Hoje em dia fico feliz por ele, que não merecia assistir a essa sacanagem toda.

Tenho tido saudades de perder o sono por causa de outras coisas. Um vizinho fazendo obra, meu time sen-do rebaixado, meu time sendo rebaixado outra vez, meu time perdendo na reta final da Libertadores. Que delícia passar a noite em claro por causa de uma dor de dente, de cabeça, de cotovelo.

Tenho tido saudade de quando o apocalipse era um capítulo delirante da Bíblia e não um programa de gover-no. Tenho tido saudade de quando Armaggedon era só um filme ruim.

O paraíso, para mim, é um lugar em que a gente volta a reclamar do tempo que não firma. Do novo acor-do ortográfico. Da gentrificação. Do Romero Britto, do Jorge Vercillo. Do surto de paleterias. Da tomada de três pinos. Ah, que saudade de reclamar da tomada de três pinos.

Gregorio Duvivier. É ator e escritor. Também é um

dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.

Jornal Folha de São Paulo – 07/08/2019 (texto adaptado).

A A crítica feita por Gregorio Duvivier baseia-se em um sentimento de saudade que ele manifesta ao longo do texto. No entanto, ele deixa implícita a crítica que quer expressar. Considerando o contexto brasileiro contem-porâneo, explique: o que provavelmente o incomoda?

O que provavelmente o incomoda é o fato de que o Bra-sil, nos últimos tempos, só fala de um assunto, relacio-nado à política, às polêmicas envolvendo o governo e à polarização entre os defensores e os críticos da atual gestão presidencial.

B Releia a última frase do texto: “Ah, que saudade de re-clamar da tomada de três pinos”. De que maneira essa frase se torna irônica? Fundamente sua resposta.

A frase torna-se irônica porque certamente a reclama-ção sobre as dificuldades de se usar a tomada de três pinos, que nem sempre se adequa ao tipo de plugue dos equipamentos eletrônicos, não é algo que deixe sau-dade, no entanto, dadas as circunstâncias políticas que chateiam o cronista, até a questão irrelevante e incômo-da da tomada de três pinos torna-se mais agradável do que a política atual. Assim, essa frase revela sua crítica em tom de deboche, daí a ironia.

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A Ele a Glória

QUESTÃO 05| Observe a tirinha.

O recurso que permite à palavra sagaz produzir o humor do texto é o uso de

A denotação.

B antonímia.

C conotação.

D palavras parônimas.

E palavras homônimas.

GABARITO: C

QUESTÃO 06| Leia o texto.

Neste segundo volume de sua obra-prima, Simo-ne de Beauvoir analisa a condição da mulher em todas as suas dimensões: sexual, psicológica, social e política. Começa pela sua formação: na infância, na adolescên-cia, na vida sexual, tudo parece disposto a aumentar a distância que a separa do homem para transformar as diferenças em desigualdade, e essa desigualdade em in-ferioridade. Em seguida, Simone descreve a situação da mulher no casamento – com suas premissas e suas tra-dições –, na maternidade, na vida social, na prostituição, na maturidade e na velhice. Por fim, ela contempla os problemas que se apresentam às mulheres e o caminho da libertação.

“As mulheres de hoje estão destronando o mito da feminilidade; começam a afirmar concretamente sua independência; mas não é sem dificuldade que conse-guem viver integralmente sua condição de ser humano. [...]”

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016. v. 2. (adaptado).

O texto corresponde à quarta capa de um livro. Assinale a alternativa que se refere ao objetivo desse texto.

A Descrever as principais características da personagem que protagoniza o livro.

B Construir argumentação que convença o leitor sobre o mérito da teoria defendida no livro.

C Resumir os fatos mais importantes ocorridos na vida da autora que escreveu o livro.

D Fornecer informações ao leitor para que ele levante hi-póteses sobre o conteúdo do livro.

E Apresentar a avaliação de alguns estudiosos sobre as ideias presentes no livro.

GABARITO: D

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A Ele a Glória

LITERATURA PROFESSOR BRUNO MALAVOLTA

QUESTÃO 01| Considere os dois trechos de Machado de As-sis relacionados a Iracema, publicados na época em que apa-receu esse romance de Alencar, e responda ao que se pede.

A A poesia americana está completamente nobilita-

da; os maus poetas já não podem conseguir o descrédito desse movimento, que venceu com o autor de I - Juca Pirama, e acaba de vencer com o autor de Iracema.

Adaptado de Machado de Assis, Crítica literária.

Machado de Assis refere-se, nesse trecho, a um movi-mento literário chamado, na época, de “poesia america-na” ou “escola americana”. Sob que outro nome veio a ser conhecido esse movimento? Quais eram seus princi-pais objetivos?Machado de Assis se refere ao Indianismo, tendência romântica brasileira cujo objetivo central era nobilitar o passado nacional, associando-o a mitos heróicos ela-borados por meio da idealização dos indígenas e de sua cultura, assimilados a padrões europeus de excelência física e moral.

B Tudo em Iracema nos parece primitivo; a ingenui-

dade dos sentimentos, o pitoresco da linguagem, tudo, até a parte narrativa do livro, que nem parece obra de um poeta moderno, mas uma história de bardo* indíge-na, contada aos irmãos, à porta da cabana, aos últimos raios do sol que se entristece.

Adaptado de Machado de Assis, Crítica literária.

*bardo: poeta heróico, entre os celtas e gálios; por extensão, qualquer poeta, trovador etc.

No trecho, Machado de Assis afirma que a narração de Iracema não parece ter sido feita por um “poeta moder-no”, mas, sim, por um “bardo indígena”. Essa afirmação se justifica? Explique sucintamente.A afirmação é pertinente, pois o estilo de Iracema pro-cura incorporar a linguagem e a cosmovisão indígena. A tentativa de simular a cosmovisão indígena é visível, por exemplo, na marcação temporal, que toma como parâ-metro os ciclos da natureza. A apropriação da linguagem aborígine ocorre nos nomes próprios, nas aglutinações lexicais, nas perífrases e nas comparações com elemen-tos da natureza.

QUESTÃO 02| Leia o trecho a seguir.

O Pajé falou grave e lento:

- Se a virgem abandonou ao guerreiro branco a flor de seu corpo, ela morrerá; mas o hóspede de Tupã é sagrado; ninguém o ofenderá; Araquém o protege.

José de Alencar, Iracema.

A Tendo em vista, no contexto da obra, a lógica que rege o comportamento do Pajé, explique por que, para ele, “a virgem” (Iracema) deverá morrer e o “guerreiro branco” (Martim) deverá ser poupado, caso estes tenham manti-do relações sexuais.

A lógica do pajé Araquém está vinculada ao culto do deus Tupã: assim, Iracema pagaria com a própria vida se tives-se transgredido o tabu da virgindade inerente à sua con-dição de sacerdotisa tabajara e de guardiã do segredo da jurema. Por sua vez, Martim seria poupado, pois estava protegido por um rígido código de hospitalidade, já que, segundo Araquém, teria sido trazido até a tribo por Tupã.

B Considerando, no contexto da obra, a caracterização da personagem Martim, explique por que foi apenas quan-do estava sob o efeito do “vinho de Tupã” que ele man-teve, pela primeira vez, relações sexuais com Iracema.

Martim representa o herói romanticamente idealizado, de caráter nobre e obediente a um código de honra cava-lheiresco. Como forasteiro, não poderia trair — ao menos conscientemente — a hospitalidade oferecida por Ara-quém, possuindo Iracema. Sua postura fica clara no tre-cho seguinte: “Um guerreiro de minha raça jamais deixou a cabana do hóspede viúva de sua alegria. Araquém abra-çará sua filha, para não amaldiçoar o estrangeiro ingrato”.

QUESTÃO 03| O trecho abaixo foi extraído de Iracema. Ele reproduz a reação e as últimas palavras de Batuiretê antes de morrer.

O velho soabriu as pesadas pálpebras, e passou do neto ao estrangeiro um olhar baço. Depois o peito ar-quejou e os lábios murmuraram:

– Tupã quis que estes olhos vissem antes de se apa-garem, o gavião branco junto da narceja.

O abaeté derrubou a fronte aos peitos, e não falou mais, nem mais se moveu.

(José de Alencar, Iracema: lenda do Ceará. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1965, p. 171-172.)

A Quem é Batuiretê? Identifique os personagens a quem ele se dirige e indique os papéis que desempenham no romance.

Batuiretê é avô dos guerreiros pitiguaras Jacaúna e Poti, aliados do português Martim. É um velho índio muito sábio e respeitado, que, quando jovem, foi um excelente guerrei-ro e expulsou os inimigos tabajaras para o sertão do Ceará. Conselheiro dos índios mais jovens nos momentos de guer-ra, habitava, na velhice, uma serra que recebeu seu nome, “Maranguab” (“sabedor da guerra”), atual Maranguape. As duas personagens a quem Batuiretê se dirige no romance são: Martim, alegoria da Europa conquistadora e desbrava-dora, e Poti, guerreiro pitiguara e símbolo da amizade indí-gena incondicional e fiel ao conquistador europeu.

B Explique o sentido da metáfora empregada por Batuire-tê em sua fala.

A fala metafórica de Batuiretê expressa sua sabedoria em relação às transformações que estavam acontecendo no Brasil do início do século XVI: sinaliza o fim da era em que a América era habitada e dominada só pelos índios e antecipa aquela em que os portugueses (representa-dos pelo “gavião branco”) dominariam subjugariam as nações indígenas (representadas pela “narceja”, “ave de pequeno porte”). Nessa figuração, fica evidente que Martim representa o “gavião branco” e Poti, a “narceja”.

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A Ele a Glória

QUESTÃO 04| Leia o excerto do poema Navio negreiro, de Castro Alves, e responda ao que segue.

VI

Existe um povo que a bandeira emprestaP’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...E deixa-a transformar-se nessa festaEm manto impuro de bacante fria!...Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,Que impudente na gávea tripudia?Silêncio. Musa... chora, e chora tantoQue o pavilhão se lave no teu pranto!...

Auriverde pendão de minha terra,Que a brisa do Brasil beija e balança,Estandarte que a luz do sol encerraE as promessas divinas da esperança...Tu que, da liberdade após a guerra,Foste hasteado dos heróis na lançaAntes te houvessem roto na batalha,Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!Extingue nesta hora o brigue imundoO trilho que Colombo abriu nas vagas,Como um íris no pélago profundo!Mas é infâmia demais! ... Da etérea plagaLevantai-vos, heróis do Novo Mundo!Andrada! arranca esse pendão dos ares!Colombo! fecha a porta dos teus mares!”

A A terceira geração romântica possui, como título e sím-bolo de sua arte, uma ave de rapina. Que nome se dá a essa geração e qual o sentido simbólico deste nome?Trata-se da geração “condoreira”, ou “condoreirismo”. Tal nome deriva do condor, ave de rapina, que serve de símbolo da liberdade, ligada ao sublime e a imagens grandiosas, o que, ato contínuo, serve de contraste e contraponto ao tema da escravidão trabalhado pelos poetas desta geração.

B Encontre no poema DUAS características dessa geração e transcreva trechos do poema para comprovar sua escolha.Várias são as características que podem ser encontradas no texto, tais como a grandiloquência, sobretudo no uso de imagens sublimes (“Auviverde pendão da minha ter-ra / Que a brisa do Brasil beija e balança”), a gradação hiperbólica (“Silêncio. Musa... chora e chora tanto / Que o pavilhão se lave no teu pranto”), o tema da liberdade (“Tu, que da liberdade após a guerra”), o hipérbato (“An-drada! Arranca este pendão dos ares! / Colombo! Fecha as portas dos teus mares!”) e a poesia exclamativa, ex-pressa neste mesmo trecho.

QUESTÃO 05| Considere os dois fragmentos extraídos de Iracema, de José de Alencar.I. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa

cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano;

uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem.

II. O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim par-tiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel. A jandaia não quis deixar a terra onde repousava sua amiga e senhora. O primeiro cearense, ainda no ber-ço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?

Ambos apresentam indícios do que poderia ter acontecido no enredo do romance, já que constituem o começo e o fim da narrativa de Alencar. Desse modo, é possível presumir que o enredo apresentaA o relacionamento amoroso de Iracema e Martim, a índia

e o branco, de cuja união nasceu Moacir, e que alegoriza o processo de conquista e colonização do Brasil.

B as guerras entre as tribos tabajara e pitiguara pela con-quista e preservação do território brasileiro contra o in-vasor estrangeiro.

C o rapto de Iracema pelo branco português Martim como forma de enfraquecer os adversários e levar a um pacto entre o branco colonizador e o selvagem dono da terra.

D a vingança de Martim, desbaratando o povo de Iracema, por ter sido flechado pela índia dos lábios de mel em plena floresta e ter-se tornado prisioneiro de sua tribo.

E a morte de Iracema, após o nascimento de Moacir, e seu sepultamento junto a uma carnaúba, na fronde da qual canta ainda a jandaia.

GABARITO: A

QUESTÃO 06| Leia o trecho a seguir.

Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;

Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;

Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.

Esse trecho é o início do romance Iracema, de José de Alen-car. Dele, como um todo, é possível afirmar queA Iracema é uma lenda criada por Alencar para explicar po-

eticamente as origens das raças indígenas da América.B as personagens Iracema, Martim e Moacir participam da

luta fratricida entre os Tabajaras e os Pitiguaras.C o romance, elaborado com recursos de linguagem figu-

rada, é considerado o exemplar mais perfeito da prosa poética na ficção romântica brasileira.

D o nome da personagem-título é anagrama de Améri-ca e essa relação caracteriza a obra como um romance histórico.

E a palavra Iracema é o resultado da aglutinação de duas outras da língua guarani e significa “lábios de fel”.

GABARITO: C