biologia

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BIOLOGIA 285 BIOLOGIA 285 1 Os seres vivos e os tipos de células • Procariota • Eucariota 1 Os seres vivos e os tipos de células 2 – Evolução da célula eucariota vegetal 3 – Célula vegetal: parede celular 4 – Célula vegetal: plastos e vacúolos 5 – Os tecidos vegetais: meristemas 6 – Os tecidos adultos 7 – A folha: órgão de fotossíntese – I 8 – A folha: órgão de fotossíntese – II 9 – A química da fotossíntese – I 10 – A química da fotossíntese – II 11 Fotossíntese e a quimiossíntese em bactérias 12 Fatores que influem na fotossíntese 13 Influência da luz na fotossíntese 14 Influência do CO 2 e da temperatura na fotossíntese 15 Osmose na célula vegetal – I 16 Osmose na célula vegetal – II Biologia Vegetal – Módulos As células vegetais caracterizam-se pela presença da parede celular, dos cloroplastos e de grandes vacúolos. Atualmente, as sequências de bases nitrogenadas dos ácidos nucleicos podem fornecer dados muito importantes nas relações evolutivas (parentescos) entre os seres vivos. Assim, a análise das sequências do RNA ribossômico permitiu dividir o mundo vivo em três grandes grupos conhecidos por domínios, a saber: Bacteria, Archaea e Eukarya. O domínio Bacteria é constituído pelas chamadas “bactérias verdadeiras”, formando os seres procariontes, nos quais observam-se as células primitivas chamadas procarióticas ou procariotas. Archaea é um domínio de bactérias, também procariontes e com uma capacidade de viver em ambientes inóspitos com grandes salinidades, altas temperaturas, ácidos e outros. O domínio Eukarya inclui todos os demais seres vivos, isto é, protistas (protoctistas), fungos, vegetais e animais. São chamados eucariontes e possuem as células eucarióticas ou eucariotas. Esses três domínios são divididos em grupos menores, os Reinos, conforme o quadro a seguir. Alguns autores reúnem eubactéria e arqueobactéria em um único reino denominado Monera. O esquema a seguir representa uma possível origem evolutiva dos seres vivos a partir de um ancestral comum. Domínio Reino Bacteria Eubacteria Archaea Archaeabacteria Eukarya Protoctista (Protista) Fungi Plantae (Vegetalia) Animalia

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Biologia

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  • BIOLOGIA 285BIOLOGIA 285

    1Os seres vivos e os tipos de clulas

    Procariota Eucariota

    1 Os seres vivos e os tipos de clulas2 Evoluo da clula eucariota vegetal3 Clula vegetal: parede celular4 Clula vegetal: plastos e vacolos5 Os tecidos vegetais: meristemas6 Os tecidos adultos7 A folha: rgo de fotossntese I8 A folha: rgo de fotossntese II9 A qumica da fotossntese I10 A qumica da fotossntese II11 Fotossntese e a quimiossntese em bactrias12 Fatores que influem na fotossntese13 Influncia da luz na fotossntese14 Influncia do CO2 e da temperatura na fotossntese15 Osmose na clula vegetal I16 Osmose na clula vegetal II

    Biologia Vegetal Mdulos

    As clulas vegetais caracterizam-sepela presena da parede celular, doscloroplastos e de grandes vacolos.

    Atualmente, as sequncias de bases nitrogenadasdos cidos nucleicos podem fornecer dados muitoimportantes nas relaes evolutivas (parentescos) entreos seres vivos. Assim, a anlise das sequncias do RNAribossmico permitiu dividir o mundo vivo em trsgrandes grupos conhecidos por domnios, a saber:Bacteria, Archaea e Eukarya. O domnio Bacteria constitudo pelas chamadasbactrias verdadeiras, formando os seres procariontes,nos quais observam-se as clulas primitivas chamadasprocariticas ou procariotas. Archaea um domnio de bactrias, tambmprocariontes e com uma capacidade de viver emambientes inspitos com grandes salinidades, altastemperaturas, cidos e outros. O domnio Eukarya inclui todos os demais seres vivos,isto , protistas (protoctistas), fungos, vegetais e animais.So chamados eucariontes e possuem as clulaseucariticas ou eucariotas. Esses trs domnios so divididos em gruposmenores, os Reinos, conforme o quadro a seguir.

    Alguns autores renem eubactria e arqueobactriaem um nico reino denominado Monera. O esquema a seguir representa uma possvel origemevolutiva dos seres vivos a partir de um ancestral comum.

    Domnio Reino

    Bacteria Eubacteria

    Archaea Archaeabacteria

    Eukarya

    Protoctista (Protista)

    Fungi

    Plantae (Vegetalia)

    Animalia

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    A clula procaritica de bactria heterotrfica

    As bactrias hetertrofas so aquelas incapazes deproduzirem seu prprio alimento, vivendo s expensas dematria orgnica pr-fabricada. Quando se nutrem dematria orgnica morta, so conhecidas por decomposi -toras ou saprvoras e, se utilizam matria viva, soparasitas. A clula minscula, medindo entre 0,5 m e 5 m,e extremamente simples, uma vez que apresentam aparede celular que envolve e protege a membranaplasmtica e o citosol (citoplasma). Este possui apenasum tipo de organoide, o ribossomo, no qual ocorre asntese de protenas. Apresenta um nico cromossomoconstitudo por uma molcula gigante de DNA unida pelasextremi dades (DNA circular), ocupando a regio da clulaconhe cida por nucleoide. A clula bacteriana no possui ncleo verdadeiro, umavez que no apresenta a membrana que envolve omaterial gentico (envoltrio nuclear ou carioteca).

    Estrutura de uma clula procariota tpica.

    A clula procaritica de bactria auttrofa (cianobactria)

    As cianobactrias so produtoras de seu prprioalimento por meio do fenmeno da fotossntese, segundoa equao:

    Vivem na gua-doce, no mar e em ambientesterrestres midos. So importantes na ecologia porqueparticipam dos ciclos do carbono e do nitrognio(fixadoras do N2 na atmosfera). Suas clulas apresentam: parede celular, membranaplasmtica, citosol com ribossomos e nucleoide. Dentrodo citosol, encontram-se membranas empilhadas,formando os tilacoides. Estes contm vrios tipos depigmentos, tais como: clorofila A, ficocianina (pigmentoazul) e ficoeritrina (pigmento vermelho), alm doscarotenoides (amarelos e alaranjados). As cianobactrias do passado deram origem aoscloroplastos das clulas eucariticas (vegetais e algas).

    Estrutura da clula procariota de cianobactria.

    Analise as caractersticas dos trs domnios na tabelaa seguir:

    Saiba mais a respeitos das arqueobactrias

    O termo arqueobactria origina-se do grego, signifi -cando antigo, velho ou arcaico. Elas tm capaci -dade de viver em ambientes extremos e so divididas em:halfilas extremas, suportando grandes salinidades,

    Luz6H2O + 6CO2 C6H12O6 + 6O2

    Caracte-rstica Bacteria Archaea Eukarya

    Tamanhocelular 0,1-5 m 0,1-5 m 10-100 m

    Clula Procaritica Procaritica Eucaritica

    Envoltrionuclear

    (carioteca)Ausente Ausente Presente

    DNA Circular Circular Linear

    Organoidescitoplas-mticos

    Apenasribossomos

    Apenasribossomos

    Ribossomose todos os

    outros tipos

    Citoesqueleto Ausente Ausente Presente

    ClorofilaPresente(algunsgrupos)

    AusentePresente em

    vegetais ealgas

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    como no Mar Morto, no Great Salt Lake e nas Salinas;termfilas extremas, vivendo em temperaturassuperiores a 100C; e metanognicas, sobrevivendo emambientes anaerbios, como pntanos, e no intestino dosruminantes (gado bovino), gerando o gs metano.Algumas crescem em ambientes cidos com pH igual azero. Atualmente so encontradas em ambientes menoshostis, no solo, nos oceanos e como os principais compo -

    nentes do picoplncton (organismos do plncton comdimenses menores que 1 m). Diferem das bactrias normais, especialmente pelanatureza qumica da parede celular.

    Observao: Os vrus no esto includos na classificao porqueso acelulares, isto , desprovidos de clulas.

    Um aluno, aps ter estudado a organizaocelular de uma clula procariota e de outra,eucariota, construiu uma tabela, abaixoesquematizada, na qual o sinal representa apresena, e o , a ausncia de uma estrutura.O aluno cometeu um erro na alternativa:

    Resoluo:O erro foi cometido quando afirmou a presenade mitocndrias nos dois tipos celulares. Comose sabe, a clula procaritica no possui mito -cn drias.Resposta: D

    Considere os grupamentos abaixo.I. Seres acelulares.II. Celulares sem membrana nuclear.III. Celulares com membrana nuclear.

    Pertencem a elesa) I vrus e bactrias, II fungos, III algas,

    vegetais e animais.

    b) I vrus, II bactrias e fungos, III vege -tais e animais.

    c) I vrus e bactrias, II algas e fungos, III ve ge tais e animais.

    d) I vrus, II algas e fungos, III vege tais eanimais.

    e) I vrus, II bactrias, III fungos.

    Resoluo:Os vrus so acelulares. Em sua estrutura, entramum capsdeo constitudo por protenas no inte -rior do qual existe uma molcula de DNA ou RNA.As bactrias possuem a clula procariota.Os fungos, protistas, vegetais e animais tm aclula eucariota.Resposta: E

    EstruturaClula

    Procariota Eucariota

    a) Membrana celular + +

    b) Ncleo +

    c) Ribossomos + +

    d) Mitocndrias + +

    e) Cromatina + +

    A clula procaritica caracterizada por apresentar materialgentico disperso pelo citoplasma, o que no ocorre nas clulaseucariticas.

    De acordo com a tabela, os nmeros I, II, III, IV, V e VIcorrespondem, respectivamente, a a) No apresenta, Apresenta, Apresenta, Apresenta, Apre -

    senta, Apresenta.b) No apresenta, Apresenta, Apresenta, Apresenta, No apre -

    senta, Apresenta.c) Apresenta, Apresenta, No apresenta, Apresenta, No apre -

    senta, Apresenta.d) Apresenta, Apresenta, No apresenta, Apresenta, Apre -

    senta, Apresenta.e) Apresenta, Apresenta, Apresenta, Apresenta, Apre senta,

    Apresenta.

    RESOLUO:Resposta: C

    (UNIFESP) Devido ao fato de serem muito simples emtermos de organizao, podemos afirmar que os vrusprovavelmente tiveram sua origem antes do surgimento dasprimeiras clulas procariticas.a) A afirmao apresentada pode ou no ser consi derada

    vlida?b) Justifique sua resposta.

    RESOLUO:a) No.b) Os vrus so parasitas obrigatrios de clulas vivas, at mesmo

    das bactrias.

    Clulaprocaritica

    Clulaeucaritica

    animal

    Clulaeucaritica

    vegetal

    Membranaplasmtica

    I Apresenta Apresenta

    Parede celular Apresenta No apresenta II

    Mitocndrias III IV Apresentam

    Centrolos No apresentam Apresentam V

    Ribossomos Apresentam VI Apresentam

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    O desenho a seguir esquematiza a estrutura de uma clulabacte riana. Identifique as estru tu ras assinaladas de 1 a 5.

    RESOLUO:1. Parede celular. 2. Membrana plasmtica.3. Citosol (citoplasma). 4. Nucleoide.5. Ribossomo.6. Plasmdeo

    Relacione os exemplos da primeira coluna com o grau decomplexidade de sua estrutura celular definido na segundacoluna.

    Bactria ( ) 1. No celularProtozorio ( )Cianobactria ( ) 2. ProcarionteLevedura ( ) Helminto (verme) ( ) 3. EucarionteVrus ( )

    Assinale a opo com a sequncia correta, de cima para baixo.a) 2, 2, 2, 3, 3, 1. b) 2, 3, 2, 3, 3, 1. c) 3, 2, 1, 1, 2, 2. d) 1, 2, 3, 3, 3, 2. e) 1, 3, 2, 3, 3, 1.

    RESOLUO:Resposta: B

    A bactria causadora da tuberculose o Mycobacteriumtuberculosis, que, como todo ser procaritico, apresenta asseguintes caractersticas:a) Parede celular, membrana plasmtica, nucleoide e

    ribossomos.b) Apenas membrana plasmtica, nuclolo e uma molcula de

    DNA.c) Cpsula externa, membrana nuclear e uma rede

    citoplasmtica de retculo endoplasmtico.d) Apenas parede celular de celulose, citoplasma e

    nucleoplasma.e) Capsdeo, retculo endoplasmtico e vacolo digestivo.

    RESOLUO:Resposta: A

    Um astrobilogo, estudando a vida em outros planetas,reporta ter encontrado organismos procariticos na superfcieescaldante de Mercrio que se parecem com espciesencontradas na Terra.Os organismos aliengenas encontrados apresentam caracte -rsticas semelhantesa) s bactrias. b) aos protistas.c) s cianobactrias. d) s arqueabactrias.e) aos dinoflagelados.

    RESOLUO:Resposta: D

    (MODELO ENEM) Um organismo unicelular tem umaorganizao estrutural muito simples, no apresentandomitocndrias, retculos endoplasmticos, complexo golgiense emembrana nuclear. Tem enzimas do processo respiratrioaderidas membrana plasmtica. Tudo isso faz com que ele sejaclassificado comoa) procarioto. b) protozorio. c) vrus.d) eucarioto. e) protista.

    RESOLUO:O organismo descrito uma bactria, um organismo que, devido ausncia de membrana nuclear, classificado como procariticoou procarioto.Resposta: A

    Os organismos so designados cientificamente por umnome que consiste em duas palavras um binmio. A primeirapalavra do binmio o nome do gnero, e a segunda palavra, oepteto especfico, combinada com o nome do gnero, completao nome da espcie. As espcies so algumas vezessubdivididas em subespcies e variedades. Os gneros soagrupados em famlias, famlias em ordens, ordens em classes,classes em filos e filos em reinos, sendo o reino a maior unidadeusada na classificao do mundo vivo. Quais so os reinos queagrupam os seres vivos atualmente?a) Monera, Protista, Fungi, Plantae e Humanae.b) Protista, Eubacteria, Fungi, Vegetae e Animalia.c) Monera, Eubacteria, Protista, Fungi, Algae e Humanae.d) Eubacteria, Archaeabacteria, Fungi, Protista, Plantae e Ani -

    malia.e) Eubacteria, Archaeabacteria, Protista, Algae, Fungi, Plantae

    e Animalia.

    RESOLUO:Resposta: D

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  • BIOLOGIA 289

    A clula vegetal originou-se a partir de uma clula procaritica hetertrofa. Essa clula possui uma parede celularprotetora e bastante rgida. possvel que o primeiro passo tenha sido a perda da capacidade de produzir a paredecelular, para ocorrer a evoluo da clula eucaritica. A clula, agora, desprovida dessa parede, adquiriu a capacidade demudar de forma, crescer e envolver substncias extracelulares atravs da invagi nao da membrana plasmtica,fenmeno conhecido por endocitose. A invaginao da membrana plasmtica desenvolve um conjunto de endomembranas que se diferenciam no retculoendoplasmtico, no sistema golgiense e no envoltrio nuclear, contornando o material gentico (DNA). Desenvolve-se o citoesqueleto constitudo por protenas do tipo tubulina e actina, dando maior sustentao clula. Os ribossomos, inicialmente livres, aderem-se s membranas do retculo endoplasmtico, constituindo o retculoendoplasmtico granuloso (rugoso). Clulas procariticas primitivas so fagocitadas e evoluem para dar origem s mitocndrias. Clulas procariticas de cianobactrias, por meio da fagocitose, so englobadas, originando os cloroplastos. Material gentico dessas bactrias (DNA) so tambm incorporados ao DNA da clula que est em evoluo. Aest formada, ao longo do tempo, uma clula eucaritica autotrfica. A evoluo dessa clula eucariota primitiva continuacom o aparecimento da parede celular composta principalmente por celulose caracterstica de vegetais.

    2Evoluo da clula eucariota vegetal

    Endossimbiose Mitocndria Cloroplasto

    Origem da clula eucariota auttrofa.

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    A edio n.o 76 da revista Scientific American Brasil, de2008, noticiou que pesquisadores da Harvard Medical School,nos Estados Unidos, conseguiram construir um modelo daclula primitiva que surgiu h, aproximada mente, 3,5 bilhes deanos e que deu incio jornada da vida na Terra. A partir dessaclula primitiva, surgiram os dois tipos fundamentais de clulas:um, presente em bactrias e cianobactrias; e o outro, presenteem todos os demais seres vivos conhecidos atualmente, excetovrus. Esse feito cientfico de extrema importncia, pois podefornecer informaes mais precisas de como esse pro cesso dediversificao aconteceu.

    a) Quais so os dois tipos celulares a que o texto faz referncia,e qual a diferena mais marcante entre eles, visvel com oauxlio do microscpio ptico?

    b) Em um organismo pluricelular, podemos observar c lulascom um mesmo cdigo gentico desempenhando funesmuito diferentes, por exemplo, um neurnio e uma clulamuscular. Como isso possvel?

    RESOLUO:a) O texto faz referncia s clulas procariota e euca riota. A clula

    procariota no apresenta ncleo organizado, e seu materialgentico est no cito plas ma. A clula eucariota apresenta ncleo

    Diferenas entre as clulasprocariticas e eucariticas

    Teoria da Endossimbiose A endossimbiose um fenmeno comum entre osseres vivos. Um dos casos mais curiosos ocorre com oscorais, celenterados que se associam a protistasunicelulares, as zooxantelas. Estas so dinoflagelados,com clulas douradas, que realizam fotossntese,produzindo alimento necessrio ao crescimento dosrecifes de corais. Como as zooxantelas realizamfotossntese, precisam de luz, e por isso os corais vivemem guas tropicais, limpas e a pequenas profundidades. Essa relao de endossimbiose ocorre com as clulasanimais e vegetais. Os animais e vegetais apresentam mitocndrias queso bactrias fagocitadas no passado remoto e quevivem em simbiose com aquelas clulas, realizando arespirao celular. Essa mesma relao simbitica observa-se entre asclulas vegetais e as cianobactrias que foramfagocitadas e se transformaram em cloroplastos. As provas que confirmam a teoria endossimbitica daorigem dos cloroplastos e mitocndrias so: Presena do DNA circular, tpico de bactrias; Presena de ribossomos para a sntese de suas

    protenas; Capacidade de autoduplicao.

    Estrutura ClulaprocariticaClula

    eucaritica

    Membranaplasmtica Presente Presente

    Citosol Presente Presente

    Ribossomos Presente Presente

    Endomembranas Ausente Presente

    Envoltrio nuclear Ausente Presente

    Mitocndria Ausente Presente

    Cloroplasto Ausente Presente emvegetais e algas

    Cromossomo 1 por clula 2 ou mais porclula

    DNA Circular Linear

    Assinale a alternativa que indique correta -mente as clulas que apresentam mitocndriase a funo que elas desempenham.a) Procariticas apenas; sntese de protenas.b) Eucariticas apenas; respirao.c) Eucariticas apenas; sntese de protenas.d) Procariticas e eucariticas; sntese de

    protenas.e) Procariticas e eucariticas; respirao.Resoluo:A clula eucariota difere da procariota pelapresena de organoides citoplasmticos, taiscomo: mitocndria; retculo endoplasmtico

    granuloso e no granuloso; sistema golgiense;lisossomos; citoesqueleto; e centrolos, entreoutros.Resposta: B

    Sobre as diferenas entre a clula procariotae a clula eucariota, assinale a afirmativaincorreta:a) O material gentico da clula procariota o

    RNA; e o da clula eucariota, o DNA.b) A clula procariota possui o material gen -

    tico disperso no citoplasma; e a eucariota,contido pela carioteca.

    c) As duas clulas possuem membrana plas -mtica.

    d) A clula procariota possui nvel de organi -zao simples; e a eucariota, nvel deorganizao complexo.

    e) As clulas procariotas possuem somente osribossomos como organoides, enquanto aseucariotas possuem vrios outros.

    Resoluo:As clulas procariota e eucariota possuem oDNA como material gentico. Os nicos seresem que o material gentico pode ser o RNA ouo DNA so os vrus.Resposta: A

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  • BIOLOGIA 291

    orga niza do e nuclolo e contm em seu interior o materialgentico.

    b) A expressividade diferente do material gentico a responsvelpela diversidade celular.

    Explique o papel da endossimbiose na origem das clulaseucariotas.

    RESOLUO:Segundo a Teoria da Endossimbiose, dois organoides citoplasm -ticos das clulas eucariota, as mitocndrias e os cloroplastosoriginaram-se a partir de bactrias primitivas que foram fagocitadaspor outras clulas e passaram a viver em simbiose.

    (UNIRIO) Uma das hipteses mais amplamente aceitas naBiologia considera que mitocndrias e cloroplastos se originaramde uma relao mutualstica entre procariotas e eucariotasprimitivos. Qual das seguintes observaes constituiria evidn -cia correta para apoiar essa hiptese?a) As mitocndrias so responsveis pela respirao; e os

    cloroplastos, pela fotossntese.b) Mitocndrias e cloroplastos apresentam ribossomos, que

    so responsveis pela sntese proteica.c) Cloroplastos e mitocndrias so organelas membranosas

    presentes no citoplasma da clula.d) Essas organelas apresentam enzimas responsveis por

    reaes de oxidao e reduo de molculas.e) Tanto mitocndrias quanto cloroplastos apresentam DNA

    circular, distinto do DNA do ncleo.

    RESOLUO:Resposta: E

    (CEFET) Analise a imagem a seguir.

    (Disponvel em: www.cientic.com/tema_classif_img3.html.

    Acesso em: 21 ago. 2011.)

    Esse esquema representa as etapas da hiptese ____________,a qual versa que tanto as mitocndrias quanto os plastosoriginaram-se de _____________ que, no passado remoto,associaram-se s primitivas clulas eucariticas.Os termos que completam, corretamente, as lacunas acima so a) autognica; vrus. b) abiognica; fungos.c) heterotrfica; algas. d) autotrfica; protozorios.e) simbiognica; bactrias.

    RESOLUO:Resposta: E

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  • BIOLOGIA292

    Observe a rvore filogentica estilizada a seguir.

    (Csar & Sezar. Biologia. 2002)

    Os grupo denominado Eukarya difere do grupo Prokarya porqueo primeiro compreende somente representantesa) pluricelulares. b) de vida livre.c) parasitas. d) hetertrofos.e) que apresentam ncleo celular.

    RESOLUO:Resposta: E

    De acordo com a teoria celular, todo ser vivo formado porclulas. Com o surgimento do microscpio, foi possvel observarque existem clulas mais simples, as procariticas, e outras queso mais complexas, as eucariticas. O exame das clulas maissimples mostra a presena de trs estruturas, identificadascomoa) membrana citoplasmtica, ribossomo e centrolos.b) membrana citoplasmtica, DNA circular e ribossomo.c) parede celular, DNA circular e centrolos. d) parede celular, cloroplastos e mitocndrias.

    RESOLUO:Resposta: B

    As bactrias so organismos unicelulares procariticos,agrupados no Reino Monera e subdivididos em dois gruposdistintos e pouco relacionados evolutivamente: arqueobactriase eubactrias. Sobre as bactrias, incorreto afirmar:a) As bactrias halfitas so arqueobactrias que vivem em

    ambientes aquticos salgados.b) As arqueobactrias termoacidfilas habitam fontes de guas

    quentes e cidas.c) As bactrias so envolvidas por uma parede celular rgida,

    constituda de peptidioglicanos.d) As eubactrias formam um grupo bastante diversificado que

    habita os mais diversos ambientes, inclusive o corpohumano.

    e) As bactrias fotossintetizantes e quimiossintetizantes sobactrias heterotrficas, ou seja, que tm a capacidade defabricar suas prprias substncias orgnicas, usandosubstncias inorgnicas e energia obtidas do ambiente.

    RESOLUO:Resposta: E

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  • BIOLOGIA 293

    As clulas dos tecidos vegetais so constitudas porparedes resistentes, no interior das quais encontramosuma cavidade preenchida pela matria viva da clula, oprotoplasma. Assim, pode-se dizer que as clulas vege -tais apresentam dois componentes: Parede celular ou celulsica; Protoplasma formado por membrana plasmtica,citosol, organoides citoplasmticos e ncleo.

    1. Parede celular ou celulsica

    Clula vegetal.

    exclusiva das clulas vegetais, envolvendo oprotoplasma e fornecendo-lhe proteo e sustentao. perfeitamente visvel ao mi croscpio ptico. Apresentavrias ca ractersticas impor tantes, entre elas: Resistncia ten so e de com po sio. Raros soos seres vi vos que pro du zem enzi mas ca pa zes de di geri-la.Entre eles, citam-se bactrias, fun gos e al guns pro to zo -rios; Permeabilidade; Elasticidade; Existncia de subs tn cias inertes (mortas) em suaforma. Na composio qumica, encontram-se principal -mente os polissacardeos. Estes com pos tos orgnicosso for mados pela con den sao de muitas molculas demonos sacardeos, com frmula mnima (C6H10O5)n. Omais importante deles a celulose, mas tambm ocor -rem hemiceluloses e as pectinas. Esses polissaca rdeosso produzidos no complexo golgiense (dictios somos). Substncias graxas, como cutina e suberina, apare -cem, respectivamente, na epiderme e na cortia (sber).Essas substncias so impermeveis gua e consti -tudas por cidos graxos ligados entre si. A diferena entrea cutina e a suberina reside no tipo de cido graxo que asconstituem.

    Lignina substncia muito resistente que entra nasparedes celulares de dois importantes tecidos vegetais:xilema (lenho), que forma a madeira; e o esclernquima,encontrado na casca de sementes e caroos de frutos. A natureza qumica da lignina no est totalmenteesclarecida, mas pode-se dizer que um polmerofenlico (fenilpropanoides).

    2. Lamela mdia Membrana formada durante a telfase da diviso ce -lular, utilizada como um cimento, unindo as clulasentre si. Quimicamente, constituda por pectatos declcio e mag nsio. bastante elstica e completamenteper mevel.

    3. Membrana primria a primeira membrana que as clulas depositamsobre a lamela mdia. Encontra-se em clulas jovens(meristemticas) e em clulas adultas de tecidos, comoo parnquima, o colnquima e os vasos liberianos.Essa membrana tam bm elstica, del ga da e formada,princi pal mente, por celu lo se e substncias pc ticas. A observao da mem brana primria permite evi den -ciar a presena de poros, correspondentes em clulasvizinhas, por onde os citoplasmas dessas clulas apre -sentam continuidade. Esses poros so atravessados porpontes citoplas mticas, chamadas plasmodesmos. Os plasmodesmos esto relacionados com a circu -lao rpida de substncias entre as clulas. Atravsdessas pontes citoplasmticas, passam ons, gases dis -solvidos, gua, substncias orgnicas etc.

    Corte de uma clula vegetal, com parede celular primria.

    4. Membrana secundria Em clulas de determinados tecidos, como o tecidolenhoso e o escle rn quima, podem ocor rer novas de po - sies de matrias, que consti tuem a mem brana se cun - dria. Essa membrana es pessa e pou co elstica eapre senta-se formada por celulose, hemicelulose, subs -tncias pcticas, lignina etc.

    3 Clula vegetal: parede celular Celulose Lignina Cutina Suberina Plasmodesmos

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  • BIOLOGIA294

    Os animais e vegetais so constitudos por clulas queapresentam algumas estruturas que permitem diferenci-las.Observe as clulas das figuras I e II.

    a) Identifique qual figura representa uma clula animal e qualfigura representa uma clula vegetal, citando duas estru turasque possibilitem a identificao das clulas.

    b) D a funo de cada uma das estruturas citadas.

    RESOLUO:a) A clula animal a II; e a vegetal, a I.

    Estruturas da clula animal II: membrana plasmtica semparede celulsica e centrolo.

    Estruturas da clula vegetal I: parede celulsica (envoltrioexterno da membrana plasm tica), cloroplasto e vacolo.

    b) Parede celulsica: sustentao (e proteo). Centrolo: formao de clios e flagelos etc. Cloroplasto: realizao de fotossntese. Vacolo: controle osmtico e acmulo e reserva de nutrientes.

    A membrana secundria no se deposita de maneiracontnua e uniforme. s vezes, surgem regies nas quais ela no se depo -sita, formando as pontuaes. A falta de depo sio coin -cide exatamente com as regies on de a membranapri mria era atravessada pelos canalculos (poros), osquais, como j sabemos, so percorridos pelos plasmo -desmos. Deve-se notar que as pontuaes so corres -pon dentes, em clu las adja centes, formando pares depontuao.

    5. Lmen celular a cavidade interna da clula, delimitada pela paredecelular. Nas clulas vivas, este espao interno ocupado

    pelo protoplasma, mas, em clulas mortas, o lmen noapresenta mais o protoplasma.

    Corte de uma clula vegetal, com parede celular primria e secundria.

    (MODELO ENEM) As clulas vegetaisapresentam em seu entorno uma parede resis -tente, permevel e com certa elas tici dadeconhecida por parede celulsica. Ao contrrioda mem brana celular, que lipoproteica, essaparede constituda por polissacardeos comfrmula mnima (C5H10O5)n, revestindo a por -o viva (protoplasma), o que confere proteoe sus tentao clula. Atravessando porosexis tentes nessa parede, encontram-se fila men -tos citoplasmticos denominados plasmodes -mos, conferindo comunicao plasmticain ter celular e permitindo a troca de substnciasentre as clulas.Do texto pode-se concluir quea) as clulas animais de um modo geral comu -

    nicam-se entre si atravs de pontescitoplas mticas, os plasmodesmos.

    b) a parede celular inerte e reveste o proto -plasma, matria viva da clula.

    c) os polissacardeos so os componentesfundamentais da membrana celular.

    d) a parede celulsica apresenta constituiolipoproteica, fornecendo clula revesti -mento e proteo.

    e) a parede celular e a membrana plasmticaencontram-se em qualquer tipo de clula,seja ela vegetal ou animal.

    Resoluo:A parede celulsica um revestimento en -contrado apenas em clulas de vegetais. Ela resis tente, permevel e inerte, conferindoprote o e sustentao.Resposta: B

    (MODELO ENEM) Em uma aula decincias, uma criana da quarta srie aprendeuque a fotossntese ocorria com os vegetais; e arespirao, com os animais. Ao chegar em casa,ela disse para sua mame: Me, as plantas

    realizam a fotos sntese, e os animais respiram! assim que eles vivem, cada um de seu jeito.

    Qual erro a criana estava come tendo em seuraciocnio?a) Plantas e animais fazem fotossntese.b) Plantas fazem fotossntese de dia, mas

    somente noite respiram.c) Plantas fazem fotossntese e respiram de

    dia e de noite.d) Plantas fazem fotossntese de dia e, como

    os animais, res piram ininterruptamente.e) Plantas respiram CO2 e eliminam O2.Resoluo:A fotossntese, sntese de matria orgnica apartir de inor g nicas e da luz, ocorre somentenos vegetais. A respirao um fenmeno queocorre em vegetais e animais sem interrupo,dia e noite.Resposta: D

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  • BIOLOGIA 295

    (UNICAMP) Considere as caractersticas das clulas A, Be C indicadas na tabela abaixo, relacionadas presena (+) ouausncia () de alguns componentes, e responda:a) Quais das clulas A, B e C so eucariticas e quais so

    procariticas?b) Qual clula (A, B ou C) caracterstica de cada um dos

    seguintes reinos: Monera, Animal e Vegetal?

    RESOLUO:a) Clulas eucariticas: A e B. Clula procaritica: C.b) A clula eucaritica animal. B clula eucaritica vegetal. C clula procaritica de bactria.

    Quais so os componentes celulares encon trados apenasem clulas de vegetais?

    RESOLUO: Parede celulsica ou celular. Plastos ou plastdios, sendo os cloroplastos os mais importantes.

    Utilizando seus conhecimentos sobre clulas vegetais, dos conceitos dea) lmen celular. b) protoplasma.c) plasmodesmos. d) lamela mdia.

    RESOLUO:a) Lmen celular: espao interno da clula delimitado pela parede

    celulsica. O lmen preenchido pelo protoplasma.b) Protoplasma: matria viva da clula (membrana plasmtica,

    citoplasma e ncleo).c) Plasmodesmos: pontes citoplasmticas que atravessam poros

    da parede celulsica.d) Lamela mdia: membrana cimentante que une duas clulas

    entre si, constituda de pectatos de clcio e magnsio.

    (MODELO ENEM) Comparando-se uma clula animal,uma clula vegetal e uma clula bacteriana quanto existnciade certas estruturas, foi montada a tabela a seguir:

    Os espaos indicados por (1), (2), (3) e (4) devem ser, correta erespectivamente, preenchidos pora) ausente, presente, presente e ausente.b) presente, presente, ausente e ausente.c) ausente, ausente, presente e presente.d) presente, ausente, presente e ausente.e) ausente, presente, ausente e ausente.

    RESOLUO:Resposta: A

    Estruturas Clula animalClula vegetal

    Clula bacteriana

    Carioteca Presente Presente (1)Retculo

    endoplasmtico Presente (2) Ausente

    Ribossomos Presente Presente (3)

    Cloroplastos (4) Presente Ausente

    COMPONENTES CELULARES

    C-lula

    Paredecelular

    Envol-trio

    nuclear

    Nu-clolo

    Ribos-somos

    Com-plexogol-

    giense

    Mito-cndrias

    Cloro-plastos

    A + + + + +

    B + + + + + + +

    C + +

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTALOBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em Localizar,digite BIO2M101

    No Portal Objetivo

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  • BIOLOGIA296

    1. Estrutura da clula vegetal

    Na clula vegetal, o protoplasma revestido pelamembrana plasmtica, lipoproteica e permevel seletiva.Na parte interna a ela, encontra-se o citoplasma fun -damental, hialoplasma ou citosol, espcie de coloide emque esto mergulhados os organoides e o ncleo. As principais estruturas encontradas no citosol so:

    Plastos ou plastdios So organelas exclusivas de clulas vegetais, capa -zes de realizar vrias funes. As mais importantes soos cloroplastos, dotados de clorofila e relacionados coma importante funo de fotossntese.

    Mitocndrias Corpsculos que realizam a respirao, processo quelibera energia dentro da clula.

    Retculo endoplasmtico Representa um conjunto de canalculos delimitadospor membranas que permitem uma rpida circulao denutrientes no interior da clula. O retculo pode ser liso(agranular) ou rugoso (granular).

    Dictiossomos Representam o complexo golgiense difuso de umaclula vegetal e tm funo de secretar vrias substn cias,entre elas, as que formam a parede celular.

    Ribossomos Corpsculos relacionados com a sntese de pro -tenas.

    Centrolo No ocorre nas clulas de vegetais evoludos, comoas angiospermas e a maioria das gimnospermas. Existeem vegetais inferiores: brifitas, pteridfitas e algumasgimnospermas. O centrolo um organoide associado diviso celular e coordenao dos batimentos de cliose flagelos.

    Vacolos So grandes cavidades encontradas no interior dasclulas vegetais e separadas do citoplasma por umamembrana lipoproteica denominada tonoplasto. Ointerior do vacolo preenchido pelo suco vacuolar ousuco celular (soluo de vrias substncias).

    A clula vegetal contm em seu interior vrios tiposde substncias de reserva e tambm de substncias deexcreo, genericamente denominadas substncias er -gsticas, dentre as quais podemos citar: amido, lpides,protenas, taninos, cristais de oxalato de clcio, car bonatode clcio etc. Alm dos elementos constituintes da clula vegetalacima citados, podemos ainda encontrar:

    Citossomos So corpsculos submicroscpicos dotados de umasimples membrana e de uma matriz granular ou fibrilar econtm enzimas variadas em seu interior.

    Microtbulos So tbulos constitudos por protenas, compo nen tesdas fibras do fuso da diviso celular e do fragmo plas to.Esto relacionados com a formao da parede celular. Adestruio desses microtbulos acarreta anor malidadesna formao e no desenvolvimento da parede celular. As clulas vegetais so normalmente uninu clea das,mas existem estruturas polinucleadas (ceno c ti cas). O ncleo est separado do citoplasma por en vol trionuclear ou carioteca. Internamente mem brana,encontra-se a matriz conhecida por suco nuclear,carioplasma ou nucleoplasma, dentro da qual en con -tramos os cromossomos e o nuclolo. Os cromos so mos so fila mentos que con tm o mate- rial gentico (DNA). O nuclolo um corpsculo ri co em RNA. A clula vege tal pode ser dife ren ciada da c lu la ani -mal porque possui parede celular ou mem brana celu -lsica e plastos ou plas tdios.

    Estrutura de uma clula vegetal ideal vista ao microscpio eletrnico.

    4Clula vegetal: plastos e vacolos

    Proplastos Cloroplastos Cromoplastos Leucoplastos

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  • BIOLOGIA 297

    2. Plastos ou plastdios Organoides citoplasmticos encontrados exclusiva -mente em clulas vegetais. So classificados em: pro -plastos, cromoplastos (cloroplastos, xantoplastos eeri troplastos) e leucoplastos. Originam-se sempre a partir de outros plastos pre-exis tentes.

    Proplastos As clulas meristemticas geralmente apresentam,no interior do citoplasma, plastos pequenos e incoloreschamados pro plas tos. Estes plastos so in diferenciadose, me dida que ocorre a di ferenciao celular, os pro -plastos tam bm so frem diferen ciao. Desta maneira, ospro plastos po dem ori ginar os cro mo plas tos e osleucoplastos. Os cro mo plastos po dem ser clo roplastos,xan to plas tos e eritro plas tos.

    Cloroplastos So os mais im por tantes de todos os plas tos, umavez que reali zam a fo tos sn te se. Es tes plas tos so verdespor causa da pre sen a de clorofilas.

    A funo dos cloroplastos Na fotossntese, os cloroplastos so capazes detrans formar substncias inorgnicas simples, como agua (H2O) e o dixido de carbono (CO2), em substnciasor gnicas (acares), como a glicose (C6H12O6), libertan -do oxignio (O2).

    A reao que expressa a fotossntese :

    Forma, tamanho e nmero dos cloroplastos Em geral, os cloroplastos aparecem com a forma dediscos lenticulares (forma de lentilha). O dimetro variade 3 a 10m; e a espessura, de 1 a 2m. As clulas apre -sentam um nmero bastante variado de plastos, ocor -rendo de uma a dezena delas. Em mdia, ocorrem 50plastos por clula.

    ESTRUTURA: ao microscpio ele trnico, o cloro -plasto mostra um reves ti mento externo formado por umadupla membrana de constituio lipoproteica. Essasmembranas so chamadas plasti diais externa e interna. O interior do cloroplasto preenchido por uma ma trizou um es tro ma e formado predominan temente porprotenas. Neste es tro ma, exis tem cidos nu clei cos (DNAe RNA), alm de tam bm ter sido obser vada a pre sen ade polis somos (ribos somos).

    No interior dessa ma triz, tambm se encon tramestru turas discoi dais, cha ma das tila coi des. Estes estoem pilhados e for mam o granum (plural: gra na). O inte -rior do tila coide ocupado por clo rofilas, caro tenos e xan -to filas. No es pa o en tre os gra na, observam-se la me laslipopro teicas.

    COMPOSIO QUMICA: o cloroplasto com pos toessencialmente por:

    Clorofila A: ocorre em todos os seres clorofilados (al -gas, plantas); de cor verde-azulada e fr mula C55H72O5N4Mg.

    Clorofila B: ocor re junto com a clo rofila A nas algasverdes, bri fitas, pteridfitas, gim nospermas e an -gios per mas; de cor verde-ama re lada e frmulaC55H70O6N4Mg.

    Uma das propriedades mais interessantes da cloro fila sua solubilidade em solventes orgnicos (lcool, ter,acetona etc.).

    Clulas vegetais tpicas. A: clula clorofilada.B: clula aclorofilada.

    Luz12H2O + 6CO2 C6H12O6 + 6H2O+ 6O2Clorofila

    Energia luminosa

    gua + Dixido de carbono Glicose + OxignioClorofila

    {ClorofilasCarotenoides {AB

    {CarotenosXantofilas

    DNA

    cido nucleico {RNA

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  • BIOLOGIA298

    As clorofilas exercem papel importante na fotossn-tese, pois so res pon sveis pela ab soro de cer taquantidade de energia lumi nosa. Carotenoides so pigmentos so lveis em sol ven tesor gnicos de colorao ama re lada, alaranjada ou aver -melhada. Entre os caro te noides, temos dois grupos: caro te nose xantofilas.

    Carotenos: so pigmentos ala ran ja dos ou averme -lhados de frmula C40H56. De todos os caro tenos, o maisimpor tante o -caro te no, pre cur sor da vi tamina A. Acenou ra (Dau cus carota) rica em caroteno. Em quase todos os vegetais, o -caroteno aparecenos grana, junto com a clorofila. Ocorre, tambm, noscromoplastos ou em gotculas, no interior da clula. As funes apresentadas pelos carotenos podem servrias: absoro de luz, sendo um pigmento auxiliar daclorofila; reserva, como acontece na cenoura; colorao de flores, frutos etc.

    Xantofilas: so pigmentos geralmente amarelados,de frmula C40H56O2. A mais frequente a lutena, masoutras ocorrem, como a zeaxantina do milho etc. Emquase todos os vegetais, aparecem nos grana, junto coma clorofila. Ocorrem tambm nos cromoplastos. As xantofilas exercem as funes de: absoro de luz, sendo um pigmento auxiliar daclorofila; colorao de flores, frutos, folhas etc.

    Cromoplastos So plastos de cor diferente do verde, geralmenteprovidos de pigmentos carotenoides. So frequentes emflores, frutos maduros etc.

    Leucoplastos So plastos incolores, cuja funo importante ar ma -zenar substncias de reserva, das quais a mais impor tante o amido. Da os nomes amiloplastos ou gros deamido, que eles tambm recebem. Os amiloplastos so frequentes em rgos subter -rneos (razes e caules). So tambm frequentes em se -mentes e frutos. sabido, tam bm, que muitas vezes os amilo plas tosexpostos luz ficam esti mu lados para a produo de clo -rofilas e se trans formam em clo ro plas tos. Tal fen me nopode ser ob ser vado na ba tata.

    3. Vacolos So estruturas fre quentes nas clulas vegetais adul -tas, em nmero de um ou mais e, geralmente, ocupampo sio central, deslo can do o citoplasma e o n cleo paraa parte peri frica da clula. Os vacolos esto delimitados exter na men te poruma membrana lipoproteica chamada tonoplasto. No interior, encontramos uma soluo (suco va cuo -lar ou suco celular). O suco vacuolar uma soluo de vrias substn ciasem gua. Encon tramos nele gli co se, sacarose, malto se,protenas, cidos graxos, leos, es sn cias, alca loides, re -si nas, ltex, sais, oxa lato e carbonato de clcio epigmen tos como as anto cianinas, que do colo rao ver me -lha, azul ou roxa a muitas folhas, flores, caules e atrazes, como a beterraba.

    ORIGEM: nas clulas jovens (meristemticas), osvacolos so pe quenos e nu mero sos (retculo endoplas -mtico). me dida que a clula vai cres cendo, os va co -los vo se fun din do at constiturem os gran des va colosde posio central na clula adulta.

    Formao dos vacolos.A Clulas meristemticas. B e C Clulas em diferenciao.D Clulas adultas.

    Tipos de amiloplastos (leucoplastos).

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  • BIOLOGIA 299

    (UNESP) Nas clulas vegetais, h funes que se inter-re - lacionam. Determine a relao existente entre a atividade doscloroplastos e o processo de respirao celular.

    RESOLUO:Os cloroplastos transformam H2O, CO2 e luz em glicose, liberan doO2. A energia contida na glicose ser liberada na mitocndria,utilizando O2 e liberando H2O e CO2.

    (MODELO ENEM) Com relao s clulas vegetais emgeral, (so) correta(s) a(s) seguinte(s) caracterstica(s):

    a) Ausncia de centrolos e presena de plasmodesmos elamela mdia.

    b) Ausncia de vacolos e presena de plasmodesmos efragmoplasto.

    c) Presena de cloroplastos, centrolos e fragmoplasto.d) Ausncia de centrolos, plasmodesmos e cloro plas tos.e) Ausncia de plasmodesmos e presena de centrolos e

    lamela mdia.

    RESOLUO: Resposta: A

    Nas clulas vegetais, so encontrados orgnulos cito plas -mticos exclusivos, os plastos, que apresentam estru tura efunes especficas.a) Em que diferem, quanto funo, leucoplastos de cromo -

    plastos?b) D um exemplo de leucoplasto e um de cromo plasto,

    citando a principal substncia presente em cada um deles.

    RESOLUO:a) Leucoplastos: tm acmulo de reservas e so apigmentados. Cromoplastos: so plastos pigmentados com funo de fotos -

    sntese e colorao de flores e frutos.b) Leucoplasto: amiloplasto; amido. Cromoplasto: cloroplasto; clorofila.

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTALOBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em Localizar,digite BIO2M102

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    (MODELO ENEM) Analise o texto a seguir:As clulas animais so revestidas externa -mente pela mem brana plasmtica e contm emseu interior o citoplasma com retculo endo -plasmtico, mitocndrias, centrolos, complexogolgiense e lisossomos. As clulas vegetaispossuem todos os componentes citados, ex -ceto o centrolo, mas so revestidas pela paredecelular, e o citoplasma contm os plastdios,sendo os cloroplastos os mais importantes.Diante disso, assinale a alternativa correta.As principais diferenas entre uma clulavegetal tpica e uma clula animal tpica soa) presena de membrana plasmtica e ncleo

    na clula animal e ausncia destasestruturas na clula vegetal.

    b) presena de mitocndrias e plastdios naclula animal e ausncia destas estruturasna clula vegetal.

    c) presena de complexo golgiense e mitocn -drias na clula animal e ausncia destas

    estru turas na clula vegetal.d) presena de plastdios e parede celulsica

    na clula vegetal e ausncia destasestruturas na clula animal.

    e) presena de mitocndrias e parede celu -lsica na clula vegetal e ausncia dessasestruturas na clula animal.

    Resoluo:A clula vegetal apresenta parede celulsica eplastdios que no ocorrem nas clulas animais.A clula animal apresenta centrolo, inexistente nasclulas de vegetais superiores (angiosper mas). Resposta: D

    (MODELO ENEM) As clulas vegetaisapresentam, no interior do citoplasma, organoi -des que no ocorrem em clulas animais,relacionados com a transformao de energialuminosa em energia qumica. Analise os itensa seguir relativos a esses organoides:

    I. So providos de clorofilas, carotenos e xan -tofilas, pigmen tos encarregados da absor -o de luz.

    II. Transformam gua e dixido de carbono emacares e eliminam oxignio.

    III. A equao que expressa o fenmeno queocorre nesses organoides :

    C6H12O6 + 6O2 6H2O + 6CO2

    Esto corretos os itensa) apenas I e II. b) apenas I e III.c) apenas II e III. d) apenas III.e) apenas II.

    Resoluo:Os organoides so os cloroplastos, sede da fo -tossntese expressa atravs da equao: Luz12H2O + 6CO2 C6H12O6 + 6H2O + 6O2 ClorofilasResposta: A

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  • BIOLOGIA300

    Quais as funes atribudas aos vacolos das clulas vege -tais?

    RESOLUO:Reserva de vrios tipos de substncias. Regulao osmtica(controle de entrada e sada de gua da clula).

    (UEG MODELO ENEM) As clulas eucariotas soconstitudas de estru turas menores chamadas organelas. Cadauma das organelas celulares apresenta forma, tamanho efuno(es) definida(s). A seguir, so enumeradas algumasorganelas associadas a suas formas e funes.I. Mitocndrias so organelas membranosas responsveis

    pela respirao intracelular. Possuem DNA prprio e, porisso, se autoduplicam.

    II. Centrolos so organelas no membranosas que auxiliamna formao de clios e flagelos em clulas especiais e soconstitudas principalmente de carboidratos.

    III. Ergastoplasma tambm conhecido como retculo endo -plasmtico liso, responsvel pela sntese de lipdios e pro -tenas na clula.

    IV. Vacolo organela membranosa bastante comum nasclulas animais e rara nas clulas vegetais, responsvelpelo controle hdrico da clula.

    Marque a alternativa correta:a) Apenas o item I verdadeiro.b) Apenas o item II verdadeiro.c) Apenas os itens I e III so verdadeiros.d) Apenas os itens II e III so verdadeiros.e) Todos os itens so verdadeiros.

    RESOLUO: Resposta: A

    (VUNESP) Os cloroplastos apresentam funes anta g -nicas s das mitocndrias pora) liberar energia para o trabalho celular.b) fixar o oxignio gasoso.c) fixar energia em compostos orgnicos.d) oxidar substncias orgnicas.e) consumir oxignio.

    RESOLUO: Resposta: C

    5Os tecidos vegetais: meristemas

    Dermatognio Periblema Pleroma Cmbio Felognio

    1. Definio Entende-se por tecidos os grupos de clulas igual mente especializadas, de mesma origem embrionria e que realizamfunes determinadas no corpo vegetal. Nas plantas, a distino anatmica de tecidos mui to menos ntida do que nos animais. A especia li zao menosntida, e poucos so os tecidos que apresentam uma estrutura bem caracterstica. Na maioria das vezes, o mesmo tecidoexerce vrias funes. De modo geral, vamos dividir os tecidos vegetais em dois grupos: Tecidos meristemticos ou meristemas; Tecidos adultos ou permanentes.

    2. Tecidos meristemticos Os meristemas so tambm chamados tecidos em brionrios. Esses tecidos se caracterizam pela grande capacidadede diviso de suas clulas. As clulas meris temticas dividem-se continuamente por mitose, so pequenas e providasde uma parede celular delgada e no deixam espaos intercelulares; o ncleo grande e ge ralmente ocupa posiocentral; o citoplasma bas tante homogneo; e os vacolos so pequenos ou au sen tes. Das divises e especializaesdas clulas meriste mti cas, originam-se os tecidos adultos.

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  • BIOLOGIA 301

    Meristemas primrios do ponto vegetativo da raiz.

    Quanto origem, podemos reconhecer dois tipos demeristemas: primrios e secundrios. Os meristemas primrios so aqueles cujas clulasde rivam diretamente do embrio. J os meristemas se -cun drios so aqueles que se originam por desdiferen -ciao de clulas adultas, isto , clulas que, j diferen-ciadas, readquirem a capacidade meristemtica, voltandoa se dividir.

    3. Tecidos adultos Originam-se a partir dos meristemas primrios e se -cun drios e so clas sificados, de acordo com sua fun o,em:

    I. Parnquima: tecido fundamental do corpo vegetal.

    II. Tecidos de Proteo: Epiderme. Sber ou cortia. III. Tecidos de Sustentao Mecnica: Colnquima. Esclernquima. IV. Tecidos de Conduo (vasculares): Lenho ou xilema. Lber ou floema. V. Tecidos de Secreo e Excreo.

    4. Os meristemas primrios Tpicos so os meristemas encontrados nos picesdo caule e da raiz, formando os pontos vegetativos.

    Estes pontos vegetativos so formados por certo n -mero de clulas iniciais, as quais, vistas no micros cpio,tomam aproximadamente a forma cnica. Por divisodestas clulas, obtm-se outros teci dos meris temticospri mrios, os quais, por sua vez, vo di feren ciar-se noste cidos adultos primrios. As sim, as c lulas com po -nentes do pon to ve getativo ra di cular divi dem-se, for man - do trs zonas meris te m ticas pri m rias que, da pe riferiapara o cen tro, so cha madas:

    Dermatognio ou proto derme res pon svel pelafor mao da epiderme;

    Periblema ou meristema fundamental res pon -svel pela formao da casca ou do crtex, cujo limite feito pelo endoderma;

    Pleroma ou procmbio responsvel pela for -mao do cilindro vascular.

    Na raiz, existe tambm o caliptrinognio, respon svelpela formao da coifa ou caliptra, estrutura que no seencontra no caule. O ponto vegetativo cau linar (gema apical) maiscomplexo do que o radicular, por que sua ativi dade en volvea formao dos pri mrdios fo lia res e tambm dasgemas la te rais. Ou tra dife rena re side no fato de que,no caule, nunca se forma uma es tru tura igual ou equi va -lente coifa (te cido de pro teo).

    Primrdios foliares: correspondem s primeiras folhas formadas a partir do meristema apical do caule.

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    As clulas iniciais com po nen tes do ponto vegetativocau linar di vi dem-se continua mente para formar: Dermatognio ou proto der me: responsvel pelaforma o da epiderme. Pleroma ou procmbio: res ponsvel pela for -mao do tecido de conduo primrio. Pleriblema ou meristema fundamental: respon -svel pela formao da casca ou do crtex e da medula. Lateralmente, tambm so produ zidas novas clulasque vo originar os pri mrdios foliares, que rapidamentecrescem e se transformam nas folhas adultas, e as ge -mas axilares, cujas clulas permanecem meriste m ticaspri mrias em re pouso. Posteriormente, estas gemas po -dem de senvolver-se para formar ramos caulinares ouramos florais.

    Essas formaes laterais do caule so constitudas apartir de c lulas que ocu pam posio ex ter na no caule(origem exgena) e so completamente dife rentes das ra -mificaes da raiz, que se origi nam, como veremos poste -rior mente, a partir de clulas que ocupam po sio interna(origem endgena).

    Em sntese, podemos afirmar: numa planta, todo ode sen vol vi mento, desde a ger minao da semente at oestado adulto, pode ser feito apenas pela atividade dosmeristemas apicais e do cres cimento e pela diferenciaodas clulas que deles deri vam. Dessa maneira, forma-seuma planta inteira, com raiz, caule, folhas, flores, frutos ese mentes. Esse crescimento, que observamos graas aos me -ris temas apicais, co nhecido por crescimento pri m -rio, e, neste tipo de crescimento, a planta prati ca mentes sofre distenso. O pequeno crescimento em espes -sura, que ob ser vamos algumas vezes, resulta apenas dahi per trofia das clulas e nunca da produo de novasclulas no sentido lateral. Assim, a maioria das monocotiledneas e algumasdicotiledneas anuais s mostram crescimento pri-mrio.

    5. Meristemas secundrios Esses sistemas so responsveis pelo crescimentosecundrio em espessura que observamos no caule e naraiz das dicoti ledneas, gimnospermas e algumasmonocoti led neas, entre elas, os g ne ros Dracaena,Yucca etc. As clulas pro du zidas por esses me ristemas soenviadas lateral men te, razo pela qual so tambm cha -madas me riste mas la te rais. Dentre os meristemas secundrios, podemos citar: Felognio: surge na regio da casca do caule e daraiz, produzindo no vas clulas para fo ra (sentido cen -trfugo), as quais formaro por dife rencia o o tecidosuberoso ou cor tia, e para dentro (sen ti do centr peto),clulas que se espe cializaro em feloderma. Cmbio: surge na re gio do cilindro central docaule e da raiz, formando novas c lulas para den tro, quese especia lizam e constituem o te cido de conduosecun drio, o xile ma se cun d rio, e para fora, clulas quese dife ren ciam no floema se cun d rio. Alm da pro du -o do te cido de conduo, o cmbio tambm produz no -vas clulas pa ren qui m ticas que for mam os chamadosraios me du lares.

    Os meristemas multiplicam suas c lu laspara dar origem aos tecidos adultos.

    Corte transversal de caule de uma angios per ma com crescimento em espessura por atividade dos meristemas secundrios.

    Meristemas primrios do pi ce do caule (gema apical).

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  • BIOLOGIA 303

    (MODELO ENEM) O desenho abaixomostra a regio apical de um caule. A, B e C re -pre sentam, respectiva men te, as zonas

    a) meristemtica, de dis ten so e de matu rao.

    b) de distenso, meris te m tica e de matu rao.

    c) de maturao, me ristem ti ca e de dis tenso.

    d) meristemtica, de matura o e de dis tenso.

    e) de maturao, de distenso e meriste mtica.Resoluo:A regio apical do caule constituda por me -ristemas respon sveis pela multi plicao celulare pelo consequente crescimento em distenso.Todo crescimento celular envolve trs fases:multipli cao, distenso e diferenciao.Resposta: A

    Tcnicas especiais permitem multiplicarclulas meriste m ticas da regio apical decaules em laboratrio. Desta for ma, milhares deplntulas podem ser geradas assexuada mentea partir de um nico vegetal escolhido. Sobre oexposto, as sinale a alternativa correta.

    a) Os vegetais gerados deste modo perdem acapacidade de realizar fotossntese.

    b) Por serem clulas meristemticas, j apre -sentam alto grau de diferenciao.

    c) Se a forma de propagao fosse sexuada,os descen dentes no poderiam sereproduzir assexuadamente.

    d) Essas tcnicas pouco influem no desenvol -vimento de novas prticas agrcolas.

    e) Todas as plntulas geradas por esse proces -so so genetica mente iguais.

    Resoluo:O processo descrito a clonagem, atravs daqual meristemas de uma planta matriz soindu zidos a gerar muitas plantas, geneticamenteiguais planta-me.Resposta: E

    Sobre a morfologia e a anatomia dos vegetais, corretoafirmar:I. A caracterstica mais evidente na epiderme das folhas clo -

    ro filadas a grande quantidade de cloroplastos presente emsuas clulas.

    II. A gema apical, presente no pice do caule e dos ramos, constituda por clulas meristemticas que se multiplicampor mitose.

    III. O feloderma e o sber originam-se do parnquima cortical.IV. Nos vegetais superiores, o pleroma origina o cilindro central

    ou estelo.V. Felognio e cmbio vascular so meristemas secundrios

    responsveis pelo crescimento em espessura das razes edos caules de dicotiledneas.

    VI. Tecidos meristemticos constituem o meristema apical, naponta do caule, e meristema subapical, na ponta das razes.

    RESOLUO: Itens corretos: II, IV, V e VI.

    Analise as frases abaixo:1 Os tecidos meristemticos so responsveis pelo cres ci -

    mento dos vegetais e animais.2 Os tecidos meristemticos primrios possuem uma grande

    capacidade de efetuar mitoses, enquanto os tecidosmeristemticos secundrios perdem, temporariamente,essa capacidade.

    3 Os tecidos meristemticos secundrios so responsveispelo crescimento em espessura dos vegetais e esto locali -zados principalmente nos pices dos caules e das razes.

    4 Os meristemas secundrios so o felognio e o cmbiovascular.

    Esto corretosa) apenas 1. b) apenas 2. c) apenas 3. d) apenas 4. e) apenas 3 e 4.

    RESOLUO:Resposta: D

    (MODELO ENEM) Um estudante de Biologia pretendefazer um estudo sobre mitose em clulas vegetais. Para isso,necessita de amostras de tecido nas quais a probabilidade daexistncia de clulas em diviso seja a maior possvel. Assimsendo, o tipo de tecido a ser corretamente escolhido a) parnquima. b) epiderme de razes.c) colnquima de caules jovens. d) meristema.e) floema das extremidades de razes.

    RESOLUO:Resposta: D

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  • BIOLOGIA304

    O tecido vegetal que origina todos os outros, formado porum conjunto de clulas polidricas dotadas de gran de poder dereproduo, e que se encontra inicial mente nas extremidadesda raiz e do caule chama-sea) meristemtico. b) parenquimtico. c) palidico. d) lacunoso. e) esclerenquimtico.

    RESOLUO:Resposta: A

    (UFFS) O caule, alm de se constituir na estrutura fsicaem que se inserem razes e folhas, tambm desempenhafunes importantes, como promover o intercmbio de gua ede substncias orgnicas entre esses rgos.

    Sobre esse importante rgo das plantas, correto dizer:a) O local de insero do primrdio foliar ao eixo caulinar

    denominado entren; em sua base, localizam-se as gemasaxilares.

    b) O meristema apical do caule origina os meristemas primriose secundrios: epiderme, parnquima e cmbio.

    c) A gema apical, presente junto ao pice do caule, permite ocrescimento em extenso e responsvel pela formaodos primrdios foliares. Junto aos primrdios foliares, forma-sea gema lateral, que, quando for ativada, dar origem aosramos laterais ao longo do desenvolvimento da planta.

    d) Caules, quando jovens, tm clulas clorofiladas e sorevestidos inicialmente pela epiderme, que rapidamentesubstituda pela periderme, por esta ser uma estrutura maisresistente perda de gua e ao ataque de predadores.

    e) Os caules so, em geral, estruturas areas, crescendo per -pen dicularmente ao solo. Entretanto, caules subterrneosocorrem em algumas espcies, sendo denominados rizo -mas. Neste caso, no apresentam gemas ou botes vegeta -tivos.

    RESOLUO:Resposta: C

    Nos vegetais superiores, o tecido destinado proteo chamado tecido de revestimento das partes verdes, princi -palmente os caules e as folhas, denominado __________________________, e o tecido morto, que revela apenas vestgiosdas clulas que ali existiam nas regies velhas de caules erazes, denominado ____________________.Assinale a alternativa que complete, corretamente, as lacunas.a) cmbio; epiderme. b) epiderme; felognio.c) sber; crtex. d) esclernquima; colnquima.e) epiderme; sber.

    RESOLUO:Resposta: E

    (UFPR) So tecidos ainda muito indiferenciados, cujasclulas se reproduzem e, gradativamente, se diferenciam emtecidos permanentes. Nos vegetais, a descrio acima se refereaoa) meristema. b) colnquima.c) esclernquima. d) parnquima.e) mesfilo.

    RESOLUO:Resposta: A

    (UFPR) A figura abaixo representa a ponta de uma raiz decebola, vista ao microscpio de luz. As linhas tracejadas A e Brepresentam duas posies em que poderia ser cortada a raiz.

    Responda: a) Qual dos dois cortes (A ou B) certamente inibir a

    continuidade do crescimento da raiz?b) Com base nos conhecimentos de botnica, justifique sua

    resposta.

    RESOLUO:a) B.b) O corte transversal feito em B elimina a zona meristemtica em

    que as clulas multiplicam-se por mitoses e garantem ocrescimento longitudinal da raiz.

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTALOBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em Localizar,digite BIO2M103

    No Portal Objetivo

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  • BIOLOGIA 305

    Tecidos adultos Os tecidos adultos so de vrios tipos, comdiferentes funes: Tecidos de sntese e reserva: parnquimas; Tecidos de sustentao mecnica: colnquima

    esclernquima; Tecidos de conduo: lenho (ou xilema) e lber (ou

    floema); Tecidos de revestimento e proteo epiderme e sber.

    Parnquimas clorofilianos da folha.

    Tecidos de sntese e reserva Esses tecidos so representados pelos diversos tiposde parnquimas. O parnquima formado por clulasvivas, com paredes celulares primrias e ainda comcapacidade de multiplicao por mitoses. Existem doistipos de parnquimas: clorofiliano e de reserva. Parnquima clorofiliano (assimilador ou clorn -quima) Apresenta clulas ricas em cloroplastos, querealizam a fotossntese. Ocorre nas folhas, nas quais soencontradas duas variedades desses parnquimas cloro -filianos: palidico e lacunoso.

    O parnquima palidico formado por clulasalongadas, dispostas maneira de uma paliada.As clulas deixam entre si espaos intercelularespequenos, conhecidos por meatos.

    O parnquima lacunoso possui clulas arredon -dadas ou irregulares, que deixam entre si espaosintercelulares grandes, chamados lacunas.

    Parnquima de reserva formado por clulasaclorofiladas relacionadas com a reserva de amido,gua, ar, sacarose, caroteno, licopeno etc. Essetipo de parnquima frequente em razes, comoa mandioca, e em caules subterrneos, como abatata, que armazenam amido. A raiz da cenouraacumula caroteno; o fruto do tomate rico emlicopeno (pigmento vermelho); o caule da cana-de-acar armazena sacarose.

    O tecido parenquimtico de preenchimento ocupa espaos no interiordo vegetal, no apresentando uma funo definida.

    A batata um caule subterrneo rico em parnquima de reserva deamido.

    Parnquima de reserva do caule da batata.

    Tecidos de sustentao mecnica Esses tecidos apresentam paredes celulares espes -sa das por diversos tipos de substncias, garantindo suarigidez e sustentao da planta. Existem dois tipos detecidos de sustentao: colnquima e esclernquima. Colnquima formado por clulas vivas, clorofi -ladas e com paredes celulares espessadas com celulose,geralmente na regio dos ngulos. Encontra-se nos caulesjovens, nos caules de plantas herbceas, no pecolo dasfolhas etc. As clulas que o formam so prismticas,lembrando as dos parnquimas. Esclernquima formado por clulas mortas ecom paredes celulares apresentando rico depsito delignina. Ocorre em rgos vegetais, localizando-se princi -palmente em regies que atingiram a maturidade comp leta.As clulas que o compem so de dois tipos: escle redos(ou clulas ptreas) e fibras escleren qui mticas.

    6 Os tecidos adultos Parnquima Colnquima Esclernquima Escleredos

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  • BIOLOGIA306

    Os escleredos (ou clulas ptreas) geralmenteapresentam clulas polidricas ricas em lignina eocorrem na casca das sementes, nos caroos dosfrutos (pssego, azeitona etc.), no interior de frutos(como a pera), nas regies pedradas da banana-ma e em outros.

    As fibras esclerenquimticas so clulas alonga -das (fusiformes) ricas em lignina. Ocorrem naregio da casca do caule de muitas plantas, comoa juta e o cnhamo, e nas folhas do sisal. As fibrasesclerenquimticas dessas plantas podem serextradas e utilizadas na indstria txtil.

    Os tecidos de sustentao.

    Os parnquimas

    Nos tomates, existe parnquima de reserva de licopeno.

    O caule da cana-de-acar rico em parnquima de reserva desacarose.

    Tecidos de conduo Os tecidos de conduo (ou vasculares) apresen -tam clulas alongadas, especializadas no transporte delquidos. So subdivididos em dois tipos: xilema (ou lenho)e floema (ou lber).

    Xilema (ou lenho) um tecido vegetal especia -lizado no transporte da seiva bruta (mineral ou inorgnica),constituda de gua e sais minerais absorvidos do solo.Esse tecido complexo e formado por vrios tipos declulas, entre eles, os elementos dos vasos e astraquedes, que formam o chamado sistema traquerio.

    O sistema traquerio constitudo por clulasalongadas, mortas e com paredes lignificadas. A mortedas clulas vantajosa para a planta, porque elas setornam ocas e, assim, o movimento da seiva bruta ficafacilitado. A lignina deixa as paredes celulares enrijecidas,evitando o fechamento dessas clulas quando, atravsdelas, circula a seiva mineral. A lignina deposita-se dediversas maneiras, formando anis, espirais, estruturaslembrando degraus de escadas etc.

    Elementos dos vasos so clulas alongadas,dispostas em fileiras, que formam os vasoslenhosos ou traqueias, verdadeiros tubos, longos econtnuos, que percorrem o vegetal desde a raiz atas folhas. Um fato curioso que as paredesterminais dessas clulas so parcial ou completa -mente reabsorvidas isto , destrudas por aoenzimtica, sendo seu material reaproveitado.

    O parnquima o tecido fundamental dos vegetais.Tem duas funes importantes: a realizao dafotossntese e o armazenamento de reservas.

    Os tecidos de sustentao apresentam em co mumas paredes celulares rgidas impregnadas com celu -lose, no colnquima, e com lignina, no esclern quima.

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  • BIOLOGIA 307

    Xilema Sistema traquerio: corte longitudinal mostrando os vasos comvrios tipos de depsito de lignina.

    Xilema Elementos dos vasos: o movimento de gua atravs datraqueia (vaso lenhoso).

    Traquedes so clulas alongadas que diferem doselementos dos vasos por no terem as paredesterminais reabsorvidas.

    A passagem de seiva bruta de uma traquede paraoutra facilitada pela presena de poros existentes nasparedes celulares.

    Floema (ou Iber) o tecido vegetal encarregadodo transporte da seiva elaborada (ou orgnica), constitudade acares produzidos durante a fotossntese. O acarmais frequentemente encontrado na seiva elaborada asacarose. O floema um tecido complexo, formado porvasos liberianos (ou crivados), clulas anexas (ou compa -

    nheiras), parnquima liberiano e elementos mecnicosdo esclernquima.

    Xilema Traquedes: micrografia mostrando o fluxo de gua atravsdas pontuaes nas traquedes.

    Os vasos Iiberianos (ou crivados) so formadospor clulas alongadas, dispostas em fileiras. Asclulas so vivas e providas de um citoplasmamuito delgado e com um grande vacolo central,cheio de um lquido aquoso, a chamada seivaelaborada. Quando as clulas se tornam adultas,seu ncleo se desorganiza, e elas ficam anucleadas.A passagem da seiva de uma clula para outra facilitada pela presena de paredes terminaisprovidas de numerosos poros. Esses poros sochamados crivos; e as paredes, placas crivadas.

    As clulas anexas (ou companheiras) so clulasparenquimticas especiais, com ncleo central evolumoso que controla o metabolismo das clulasdos vasos crivados.

    O parnquima liberiano formado por clulasvivas que armazenam alimento e gua.

    Os elementos mecnicos do esclernquima soclulas mortas, lignificadas e com funo desustentao.

    Floema: corte na regio da placa crivada, mostrando os poros (crivos)que facilitam o transporte da seiva elaborada.

    O lenho ou xilema o tecido especializado na rea -lizao do transporte da seiva bruta, que constitudapor gua e minerais extrados do solo pelas razes.

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  • BIOLOGIA308

    Tecidos de revestimento e proteo Esses tecidos revestem o corpo vegetal e o protegemcontra choques mecnicos, desidratao, invaso deorganismos patognicos etc. So dois os tecidos deproteo: epiderme e sber (ou cortia). Epiderme Reveste o corpo primrio do vegetal e seforma a partir do meristema primrio, chamado dermato -gnio ou protoderme. Assim, razes, caules, folhas, florese frutos so revestidos pela epiderme. As clulas da epiderme so vivas, achatadas, justa -pos tas e geralmente sem cloroplastos e dispem-se emuma nica camada. Alm da funo de proteo, exercemoutras, como absoro, trocas gasosas, secreo eexcreo. Para a realizao de todas essas funes, aepiderme produz os anexos epidrmicos, entre eles, acutcula, os estmatos e os pelos (tricoma). A cutcula consiste em uma pelcula depositada

    pelas clulas na parede celular exposta ao ar. formada por uma substncia graxa chamada cutina,que se caracteriza por ser impermevel gua.Assim, a cutcula forma uma pelcula impermevelque dificulta a perda de gua por transpirao(eliminao de gua no estado de vapor).

    Os estmatos so formaes epidrmicas encon -tradas nos rgos areos da planta e destinadas aocontrole das trocas gasosas entre o vegetal e o meioexterno. Em um estmato, h duas clulas estomticas (ouclulas-guarda), que delimitam entre elas um pororegulvel chamado ostolo. A parede da clula-guardavoltada para o ostolo espessa, enquanto a paredeoposta delgada. Essa a nica clula epidrmica quepossui cloroplastos. Ao lado de cada clula-guarda podeexistir uma clula chamada companheira, anexa ousubsidiria.

    Estmato (vista frontal).

    Atravs do ostolo, a planta realiza trocas gasosas como meio areo. Para facilitar o movimento dos gases, oostolo se abre, no interior da planta, numa enormecavidade chamada cmara subestomtica.

    Micrografia de estmatos em vista frontal. Atravs da abertura e dofechamento dos ostolos, as plantas controlam as trocas gasosas como meio ambiente.

    Os pelos so salincias epidrmicas unicelulares oupluricelulares. Os mais importantes so unicelu -lares, sendo encontrados na epiderme das razes,formando a zona pilosa ou zona de absoro. Apresena de pelos aumenta consideravelmente asuperfcie de absoro de gua e sais minerais.

    Vasculares Transporte rpido denutrientes atravs do xilema e dofloema, o que possibilita a formao deplantas altas.

    Plantas

    Avasculares Transporte lento denutrientes de clula para clula, pordifuso, o que impede a formao deplantas altas.

    O floema (ou lber) transporta a seiva elaborada,formada principalmente por acares produzidos nafotossntese.

    As plantas terrestres desenvolveram dois anexosimportantes que permitem a sobrevivncia nessemeio: a cutcula e o estmato.

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  • BIOLOGIA 309

    Sber (ou cortia) um tecido formado por clulasmortas, com paredes celulares providas de suberina,substncia graxa impermevel gua. As clulas dacortia so justapostas, cheias de ar e originadas daatividade do meristema secundrio chamado felognio.

    O sber substitui a epidermede caules e razes quando a plantacresce em espessura. Esse tecidoprotege a planta contra feri men -tos, transpirao e variaes detemperatura, uma vez que cons -titui um eficiente isolante trmico.

    Desenvolvimento do pelo absorvente na epiderme da raiz.

    Em substituio aos estmatos da epiderme, ofelognio produz uma estrutura de troca gasosa chamadalenticela. Formando uma salincia macroscpica no tecidosuberoso, a lenticela constituda por clulas mortas,

    suberificadas e cheias de ar; porm, diferentemente doverdadeiro sber, elas deixam espaos intercelulares, quepermitem a circulao do ar.

    Corte transversal do caule na regio da lenticela. Esta permite a difusodos gases para o interior do vegetal.

    Nos vegetais que tm crescimento em espessura,o sber (ou cortia) substitui a epiderme na funode proteo.

    TECIDOS ADULTOS

    Nome do tecido Caractersticas das clulas Funo

    EpidermeClulas vivas, achatadas, de forma varivel e

    geralmente sem cloroplastos, exceto asestomticas.

    Proteo, absoro, trocas gasosas,secreo e excreo.

    Sber (cortia) Clulas mortas, com paredes celulares comsuberina, cheias de ar e justapostas.Proteo contra ferimentos e

    transpirao.

    Parnquima Clulas vivas e com paredes celulares delgadasainda com capacidade de multiplicao celular.Fotossntese e armazenamento de

    vrias substncias.

    Colnquima Clulas vivas, clorofiladas, com paredes celularesespessadas com celulose. Sustentao.

    Esclernquima Clulas mortas e com paredes celulares espessadascom lignina. Sustentao.

    Xilema (lenho) Clulas alongadas, mortas e com paredes celularesimpregnadas de lignina.Conduo de gua e nutrientes minerais

    (seiva bruta).

    Floema (lber) Clulas alongadas, vivas e com paredes celularesdelgadas, anucleadas e com placas crivadas.Conduo de solutos orgnicos

    (seiva elaborada).

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  • BIOLOGIA310

    (MODELO ENEM) Assim como ocorrecom os animais, tambm as plantas mais de -sen volvidas possuem clulas que se diferen ciam,constituindo tecidos. At existem algumassemelhanas entre certos tecidos vegetais edeterminados tecidos animais. Nas plantas, htecidos de proteo, como os epitlios de re -ves timento nos animais. Existem tecidos desustentao nos vegetais que lembram, por seupa pel, a funo dos tecidos sseo e cartila gi -noso dos animais.Nas plantas, a funo dos tecidos sseo ecartila ginoso dos animais realizada pelostecidosa) parnquima e meristema. b) epiderme e sber.c) esclernquima e colnquima. d) meristema e floema.e) sber e parnquima.Resoluo:O esclernquima equivalente ao tecido sseo.O colnquima equivale ao tecido cartilaginoso. Resposta: C

    (MODELO ENEM) Na polpa da pera, en con-tram-se peque nos grnulos duros. Examina dosao microscpio, observa-se que as clulas somortas e ficam com paredes celularesimpregna das de lignina. Esse tecido pode seridentifi cado comoa) meristema. b) parnquima. c) esclernquima. d) floema. e) cortia.Resoluo:O tecido formado por clulas mortas e lignifica -das o esclern quima. Resposta: C

    (MODELO ENEM) Da mesma maneiraque nos animais, os tecidos de proteo soespecializados no revestimento do vegetal, pro -tegendo-o contra os diversos agentes agressores

    que possam danific-lo. Alm disso, regulam ointercmbio de substncias entre a planta e o meioambiente. Os tecidos de revestimento tambmevitam perda excessiva de gua, con tri buindo, as -sim, para a adaptao dos vegetais vida terrestre.Baseando-se no texto, assinale a opo quecontenha o tecido de proteo e sua adaptaopara trocas gasosas.a) Periderme; estmatos. b) Sber; estmatos.c) Epiderme; estmatos. d) Epiderme; lenticelas.e) Felognio; lenticelas.Resoluo:O revestimento do corpo vegetal realizadopela epiderme. Os estmatos so diferencia -es das clulas epidrmicas destina dos realizao das trocas gasosas.Resposta: C

    (MODELO ENEM) No caule das rvorese dos arbustos, encontra-se um tecido derevesti mento e proteo conhecido por sberou cortia. Nele, encontram-se:I. Clulas mortas com paredes celulares im -

    preg nadas de suberina, cheias de ar, consti -tuindo um bom isolante trmico.

    II. Clulas mortas que deixam espaos entresi, permitindo o movimento de gases, cons -tituindo as lenticelas.

    III. Clulas vivas formando um tecido pluries -tra tificado, rico em estmatos, para arealizao de trocas gasosas.

    Esto corretas as frasesa) I e II apenas. b) I e III apenas.c) II e III apenas. d) I apenas.e) I, II e III.Resoluo:O sber um tecido morto com paredes suberi -ficadas, justa postas, cheias de ar e originadopela atividade do felognio. Apresenta lenticelaspara realizar a respirao. Resposta: A

    (MODELO ENEM) As rvores de nossasmatas so re vestidas por um tecido mortodenominado sber ou cortia e um tecido comparedes celulares lignificadas, espessas e quegarantem o suporte dessas rvores, deno mi -nado lenho (xilema).Esses tecidos so originados, respectiva mente, dea) meristemas primrios e secundrios.b) meristemas secundrios e primrios.c) apenas de meristemas primrios.d) apenas de meristemas secundrios.e) meristema dos pices de caule.Resoluo:O sber (cortia) origina-se da atividade do felo -gnio, e o xilema das rvores a partir do cmbio,ambos meristemas secundrios. Resposta: D

    (MODELO ENEM) As plantas possuemtecidos especiali zados para o transporte dasseivas mineral e orgnica. Consi derando-seesses tecidos, pode-se afirmar:I. Possuem clulas alongadas, vivas ou mor -

    tas com paredes celulares providas ou node lignina.

    II. O transporte da seiva orgnica efetuadopor clulas mortas com paredes celularesim preg nadas de calose.

    III. O transporte da seiva mineral realiza-se pormeio de clulas mortas impregnadas delignina.

    Esto corretas as frasesa) I apenas. b) II apenas. c) III apenas. d) I e II apenas. e) I e III apenas.Resoluo:II. Falsa. A seiva orgnica transportada pelasclulas vivas, desprovidas de lignina e com pa -redes transversais dotadas de poros reves tidosde calose. Resposta: E

    Em vegetais superiores, as funes de epiderme,meristema, colnquima, xilema e floema so, respectivamente,a) revestimento, crescimento, sustentao, conduo de seiva

    bruta e conduo de seiva elaborada.b) revestimento, crescimento, sustentao, conduo de seiva

    elaborada e conduo de seiva bruta.c) crescimento, sustentao, revestimento, conduo de seiva

    bruta e conduo de seiva elaborada.d) fotossntese, crescimento, sustentao, conduo de seiva

    bruta e conduo de seiva elaborada.e) fotossntese, revestimento, crescimento, conduo de seiva

    elaborada e conduo de seiva bruta.

    RESOLUO: Resposta: A

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    Assinale a alternativa em que a estrutura no estejarelacionada com a funo descrita.a) Os vasos liberianos ou floema so responsveis pela

    conduo de seiva bruta (gua e sais absorvidos pelasrazes).

    b) O meristema primrio responsvel pelo crescimento, poissuas clulas esto em contnuas mitoses.

    c) As lenticelas do caule de uma rvore realizam trocasgasosas com o meio ambiente.

    d) O sber um tecido morto com a funo impermeabilizantee trmica.

    e) Os estmatos nas folhas garantem as trocas gasosas.

    RESOLUO: Resposta: A

    Relacione corretamente as estruturas vegetais apresentadasna coluna A com as respectivas funes na coluna B.

    A B1. Colnquima ( ) Conduo de seiva bruta2. Meristema ( ) Preenchimento3. Xilema ( ) Conduo de seiva elaborada4. Parnquima ( ) Sustentao5. Floema ( ) Crescimento

    A sequncia numrica correta, de cima para baixo, na coluna B, a) 1, 5, 4, 2 e 3. b) 3, 2, 1, 4 e 5.c) 2, 3, 4, 1 e 5. d) 3, 4, 5, 1 e 2.e) 4, 3, 1, 2 e 5.

    RESOLUO: Resposta: D

    (UFPA) Relacione a primeira coluna com a segunda:1. Esclernquima ( ) Origina os vasos condutores de seiva.2. Estmato ( ) responsvel pela sustentao e

    composto por grossas paredes delignina.

    3. Xilema ( ) Transporta gua e nutrientes inorg -nicos.

    4. Floema ( ) Elimina gua sob forma de vapor.5. Cmbio ( ) Transporta seiva elaborada, contendo

    nutrientes orgnicos.

    Assinale a opo correta encontrada.a) 5 1 3 2 4. b) 3 2 5 4 1.c) 1 3 4 5 2. b) 2 4 1 3 5.e) 4 5 2 1 3.

    RESOLUO: Resposta: A

    (MODELO ENEM) Os parnquimas tm como funogeral preencher os espaos internos de razes, caules e folhas.Por isso, so chamados tecidos de preenchimento. Contudo,desempenham tambm outras funes, dependendo de sualocalizao na planta. Com base nessa premissa, assinale aalternativa que contenha somente tipos de parnquima.a) Colnquima, aerfero, aqufero e clorofiliano.b) Clorofiliano, amilfero, aerfero e aqufero.c) Aqufero, suberificado, colnquima e amilfero.d) Amilfero, clorofiliano, colnquima e aerfero.e) Aerfero, aqufero, clorofiliano e suberificado.

    RESOLUO: Resposta: B

    O tecido parenquimtico que armazena ar para as trocasgasosas a) parnquima de reserva. b) felognio.c) clornquima. d) aernquima. e) sber.

    RESOLUO: Resposta: D

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTALOBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em Localizar,digite BIO2M104

    No Portal Objetivo

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    7 e 8 A folha: rgo de fotossntese Mesfilo Xerfitas Mesfitas Hidrfitas Higrfitas

    1. Funo A folha um rgo vegetal especializado pa ra afotossntese, trans pirao e respirao.

    2. Origem As folhas originam-se a partir de salincias la teraischamadas pri mr dios foliares, produzidos pela ativi da -de das gemas caulinares.

    3. Morfologia Uma folha completa apresenta quatro pores: lim -bo, pecolo, bainha, estpulas e nervuras.

    Bainha uma poro basal di la tada que prende a folha nocau le. reduzida ou au sente nas dicotiledneas e apre -senta grande desen vol vimento nas mono co tile d neas.

    Estpulas So pequenas expan ses formadas na axila de umafolha. Quando desen vol vi das, realizam as fun es princi -pais: protegem a ge ma exis tente na axila da folha e, naausncia de lim bo, atin gem grande de sen vol vi mento, tor -nan do-se as simi la do ras. o que ocor re, por exem plo, naervilha.

    Pecolo o eixo que serve para sustentar e inserir a folha nocaule. Ra mifican do-se, produz as nervuras que per cor remo limbo.

    Limbo a parte prin cipal da folha. Quando falta, geral -mente subs titudo pe lo de sen volvi mento das est pulas ouacha ta mento do pe colo. Uma folha que no tem qual quer des tes ele mentos cha mada in com ple ta, po den do ser: Peciolada: quan do o pecolo desen volvido e faltaa bainha (dico tile d nea). Invaginante: quando o pecolo est ausente e abainha de sen vol vida (mono cotile d nea).

    Nervuras As nervuras constituem oconjunto de fei xes li be ro -lenhosos, fa cil mente vi s veisna parte inferior da folha,formando salin cias.

    Anatomia da folha A folha constitui um rgo dorsiven tral e, por isso,apre senta epi derme su perior (ven tral), uma parte media- na cha mada me sofilo, ocu pada pelo tecido as simi ladorou cloro fi liano, e uma epi der me inferior (dor sal).

    Epiderme As clulas epidrmicas so vivas e geralmente des-providas de cloroplas tos. Podem acumular subs tn cias de

    Nervura das folhas.

    Anatomia da folha.

    Morfologia da folha.

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    reserva e tam bm taninos, leos e cristais. Normalmente, a epi derme constitui uma ni ca ca ma -da de clulas justa postas, sem eviden ciar es paos entreelas, de modo a evitar a perda excessiva de gua portranspirao. A presena dos estmatos e da cutcula uma dasprincipais caractersticas da epiderme foliar. Os estmatos podem ocorrer em ambos os lados daepiderme, mas o lugar mais frequente o lado dorsal(inferior). Nas folhas alongadas e estreitas das mono -cotiledneas e conferas, os estmatos ocorrem emfileiras paralelas ao eixo maior da folha. Os estmatos podem estar no mesmo nvel das ou -tras clulas epidrmicas, estar acima da superfcie da epi -derme ou alojados em covinhas. Muitas vezes, po demapa recer em uma depresso chamada cripta estoma -tfera. As clulas epidrmicas apresentam, na parede emcontato com o ar atmosfrico, uma incrustao de cutina(substncia graxa), formando uma ntida camada a cu -tcula. A estrutura da cutcula de interesse particularpara os pesquisadores. Ela est relacionada a problemasde pe ne trabilidade de nutrientes minerais, fungicidas eher bicidas na superfcie da folha. Embora a cutcula parea ser impenetrvel, existemalgumas reas de fra gilidade que, durante a expanso dasclulas epidrmicas, permitem a entrada de subs tn ciasqumicas. Em muitas plan tas, a cutcula re coberta por uma ca -mada de cera nu ma variedade de pa dres. Tais dep sitosparecem no exercer um papel importante na reduo datrans pirao, mas eles re duzem muito a pos sibilidade dea folha reter gua na sua superfcie. A espessura da cutcula pode variar com o ambiente.Ela no ocorre somente na superfcie das c lulas epi dr -micas, mas muitas vezes projeta bordos na parede lateral.

    Anatomia da folha.

    A parte cutinizada da parede celular, abaixo da cut -cula, tem uma complicada estrutura. Ela contm celu lose,formando uma espcie de moldura, bem como com -postos pcticos, cutina, ceras e outros compostos, comosubstncias incrustantes. A fonte e a maneira de migrao da cutina e cerasnas clulas epidr mi cas um pro ble ma no resolvido. Apre sena de plas mo des mos na pa rede ex terna dasclulas pode ex pli car, entre tanto, que estas subs tnciasmigra riam atra vs de les para o exterior. De um modo ge ral, as dicotiled neas, pos suindofolhas na posi o horizontal, apresen tam cutcula mais es -pessada na epiderme superior do que na inferior. Nasmono cotile d neas, que tm fo lhas inclinadas, a cutculaacha-se igualmente espessada em am bos os lados. s vezes, podemos encontrar apndices altamentevariveis na epiderme, incluindo pelos glandulares ou desecreo e pelos de proteo. Esses apndices so deno -minados tricomas (conjunto de pelos).

    Mesofilo A maior parte do tecido fundamental do limbo foliarest diferenciada como mesofilo, caracterizado pelaabundncia de cloroplastos e por um grande sistema deespaos intercelulares. O mesofilo pode ser homogneo ou estar diferen cia - do em parnquima pali dico e parn quima lacunoso. O parnquima pa lidico contm c lulas alongadas,com o maior com pri men to da clula per pen di cular su -perfcie do lim bo. Embora o parnquima palidico pareamais compacto do que o te cido lacu no so, uma parte con -si de rvel das paredes das clu las fica exposta ao arinterce lular. As folhas podem ter uma ou mais ca madas de parn -

    quima palidico. Nas plan tas que vivem em solos relati -va mente ricos em gua (habitat mesoftico), o pa rn quimapalidico est geralmente colocado na super fcie su -perior do limbo (ventral), enquanto o parnquima lacunosolocaliza-se na regio inferior (dorsal). A folha, neste caso, chamada bifacial ou dorsiventral. Se o parn quima palidico ocorre em ambos oslados da folha, como ocorre em plantas de habitat xero -ftico, a folha bilateral ou isola teral. O parnquima la cunoso cons titudo de clulas devrias formas, fre quen te mente irregulares e com ramifi -caes que se estendem de uma clula a outra. A ca -racterstica principal deste tecido a presena de grandesespaos intercelulares, chamados lacunas.

    Sistema vascular A principal caracterstica do sistema da lmina foliar a ntima relao entre o mesofilo e os tecidos vas cu -lares. Os feixes vasculares formam um sistema inter co -nectado no plano mediano do limbo, paralelo superfcieda folha. Os feixes vasculares das folhas so co mu men -te nervuras e o padro formado pelas nervuras chama-sevenao. Observada a olho nu, a venao aparece em dois pa -dres principais: o ramificado, ou reticulado, e o para lelo.

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    O primeiro mais encontrado entre as dicotile d neas eo segundo nas monocotiledneas. Os feixes liberolenhosos que ocorrem nas folhas socolaterais ou bicolaterais. No caso de serem colaterais, o lenho sempre ocupaa posio superior (ventral) das folhas, e o floema, aposio inferior (dorsal) da folha. Nas dicotiledneas, as nervuras maiores apresen tam-seformando salincias no lado inferior da folha e, nestas,encontra-se, geralmente, logo abaixo da epi derme, umtecido colenquimatoso. Frequentemente, a essas nervuras maiores estoassociados tecidos de susten tao, representados peloesclernquima.

    4. Estrutura da folha e o ambiente

    A adaptao das plantas a diferentes habitat, es -pecialmente quanto disponibilidade de gua, pode estarassociada a fatores estruturais. Assim, as plantas podemser classificadas, quanto ao fator gua, em:

    Xerfitas: adaptadas s regies secas.

    Mesfitas: requerem uma quantidade abundantede gua disponvel no solo e uma certa umidade na at -mosfera.

    Hidrfitas: requerem uma gr