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© 2016 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 1 000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000 000000000000111111111110001100000000000 000000000001111111111111111111000000001 000000000111111111111111111111111000000 000000000111111111111111111111111000000 000000000011111111111111111111100000000 000000001111111111111111111111111000000 000011111111111111111111111111111000000 001111111111111111111111111111110000000 111111111111111111111111111110000000000 111111111111111111111111111110000000000 000011111111111111111111111111111110000 001111111111111111111111111111111111000 011111111111111111111111111111111111000 001111111111111111111111111111111111100 000000011111111111111111111111111111110 000000001111111111111111111111111111110 000000000001111111111111111111111111110 000000000000011111111111111111111111110 000000000000000111111111111111111111000 000000000000000000000000001111000000000 000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000 www.python.org

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Abaixo temos uma lista de programas a serem desenvolvidos na aula de hoje. Os

programas são aplicações diretas de equações, assim o programa bhaskara.py, visto

na aula 1, pode ser usado como protótipo para o desenvolvimento deles. Os conceitos

de física e biologia apresentados são normalmente discutidos em cursos introdutórios

de graduação. A partir do estudo dos pseudocódigos apresentados, é relativamente

simples a implementação do código em Python.

Programas para o Trabalho 1

1) Área acessível ao solvente de proteínas (versão 1) (programa: asa1.py)

2) Área acessível ao solvente de proteínas (versão 2) (programa: asa2.py)

3) Energia livre de Gibbs para o sistema proteína-ligante (programa: freeEnergy.py)

o

Trabalho 1

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Para desenvolvermos os programas freeEnergy.py temos que fazer uso de métodos

matemáticos disponíveis no módulo math da linguagem Python. Para o uso desses

métodos matemáticos, precisamos chamar o módulo math, com o comando import

indicado abaixo.

A linha acima tem que aparecer antes de qualquer uso dos métodos matemáticos do

módulo math. Por convenção, colocamos a linha acima logo após a última linha do

cabeçalho do programa, se este existir.

A descrição completa das funções disponíveis módulo math podem ser acessadas em:

< http://docs.python.org/2/library/math.html >. Acesso em 14 de agosto de 2016.

import math

o

Trabalho 1

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Funções matemáticas Funções do módulo math Exemplos de implementação

Arco-seno, arco-cosseno, arco-

tangente

math.asin(x), math.acos(x),

math.atan(x)

function1 = math.asin(x)

function2 = math.acos(x)

function3 = math.atan(x)

Funções trigonométricas

hiperbólicas

math.sinh(x), math.cosh(x),

math.tanh(x)

function1 = math.sinh(x)

function2 = math.cosh(x)

function3 = math.tanh(x)

Inversas das funções

trigonométricas hiperbólicas

math.asinh(x), math.acosh(x),

math.atanh(x)

function1 = math.asinh(x)

function2 = math.acosh(x)

function3 = math.atanh(x)

Número de Euler math.e function1 = math.e

Potência na base e math.exp(x) function1 = math.exp(x)

Logaritmo na base y math.log(x,y) function1 = math.log(x,y)

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A seguir temos a lista das principais funções matemáticas do módulo math.

o

Trabalho 1

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Resumo

O programa asa1.py usa uma equação empírica para o cálculo aproximado da

área acessível ao solvente de uma proteína. A entrada é a massa molecular da

proteína em Daltons, variável (molWeight). A saída é área acessível ao solvente

em Å2, variável area. O cálculo é uma aproximação válida para proteínas

monoméricas, publicada em: LESK Arthur M. Introduction to Protein

Architecture. Oxford: Oxford University Press, 2001. página 27. A equação em

Python para o cálculo da ASA é a seguinte: area= 11.1*(molWeight)**(2/3).

Área acessível ao solvente de proteínas (versão 1)

Programa: asa1.py

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Programa: asa1.py

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Diversos programas gráficos permitem a visualização molecular, como a representada

abaixo para o aminoácido alanina. A representação da figura é chamada CPK,

referente aos nomes dos cientistas que a propuseram (Corey, Pauling e Koltun)

(COREY e PAULING, 1953; KOLTUN, 1965). A figura abaixo foi gerada com o

programa VMD (visual molecular dynamics, disponível em:

http://www.ks.uiuc.edu/Development/Download/download.cgi?PackageName=VMD

)(HUMPHREY et al, 1996). As esferas em ciano representam os átomos de carbono,

em branco os átomos de hidrogênio, vermelho para oxigênio e azul para o nitrogênio.

Os bastões são ligações covalentes entre os átomos.

VMD é o acrônimo para visual molecular dynamics.6

Programa: asa1.py

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Abaixo temos a representação de van der Waals do aminoácido alanina, onde os

átomos são desenhados como esferas com o raio de van der Waals. Esta

representação mostra a superfície de van der Waals, definida pela área contínua das

superfícies esféricas. A tabela abaixo mostra os raios de van der Waals dos principais

átomos encontrados em moléculas biológicas.

Na figura as esferas

representam átomos, onde o

raio de cada esfera é o raio de

van der Waals. O código de

cores é o mesmo usado para

representação CPK.

Átomo Raio de van der Waals (Å)

H 1,20

C 1,85

N 1,54

O 1,40

P 1,90

S 1,85

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Programa: asa1.py

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A superfície molecular é a superfície de van der Waals suavizada nas reentrâncias,

pois consideramos uma molécula de água esférica rolando sobre a superfície de van

der Waals. Esta molécula de água é chamada sonda. Quando aplicada à uma proteína

permite a visualização de cavidades na superfície proteica.

Simplificação da representação

da molécula de água, como uma

esfera de raio de 1,4 Å.

Superfície molecular

A superfície molecular do

aminoácido alanina. O código

de cores é o mesmo usado

para representação CPK.

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Programa: asa1.py

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As proteínas em solução permitem a interação de moléculas de água com sua

estrutura. A área acessível ao solvente (ASA, para accessible surface area) é um

parâmetro geométrico usado para analisar a interação de ligantes e água com a

superfície da proteína. O conceito de tal parâmetro é relativamente simples. Imagine

uma molécula de água deslizando sobre a superfície da proteína, uma molécula

esférica com um raio 1,4 Å é usada na representação, como mostrado abaixo. Esta

forma esférica para a molécula de água não é realista, mas é uma boa aproximação

para nossos propósitos. A superfície acessível ao solvente é traçada pelo

movimento do centro da esfera do solvente, indicada pela linha tracejada.

Simplificação da representação

da molécula de água, como uma

esfera de raio de 1,4 Å.

ASA é o acrônimo em inglês para accessible surface area.

Molécula de água

Superfície acessível ao solvente

Cada átomo está

representado por uma esfera,

onde o raio é o de van der

Waals.

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Superfície molecular

Programa: asa1.py

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Há uma equação simples (LESK, 2001), que relaciona a massa molecular em Daltons

(MM) de uma proteína monomérica, com sua área acessível ao solvente (ASA), esta

equação é uma aproximação, mas pode ser usada para termos uma ideia preliminar

da ASA. O resultado sai em angstroms ao quadrado (Å2).

ASA = 11,1 (MM)2/3

Superfície molecular

Molécula de águaSimplificação da representação

da molécula de água, como uma

esfera de raio de 1,4 Å.

Superfície acessível ao solvente

Referência para a equação da área acessível ao solvente: LESK A. M. Introduction to Protein

Architecture. Oxford University Press, Oxford UK, 2001, página 27.10

Cada átomo está

representado por uma esfera,

onde o raio é o de van der

Waals.

Programa: asa1.py

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Vamos preparar o pseudocódigo para o cálculo da área acessível ao solvente de uma

proteína, para a qual sabemos a massa molecular (MM). O algoritmo é bem simples,

temos como variável independente o MM (molWeight) e a saída é a área acessível ao

solvente (area). A equação fica da seguinte forma:

area = 11,1 (molWeight)2/3

O pseudocódigo está no quadro abaixo. O cálculo só é efetuado se a massa molecular

for maior que zero, caso contrário é mostrada uma mensagem de erro.

Início

Leia (molWeight)

Se (molWeight > 0)

area = 11.1*(molWeight)**(2/3)

Escreva “\nÁrea acessível ao solvente : “, area, “ A^2 \n”

Senão

Escreva “Erro! A massa molecular deve ser > 0!”

Fim

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Programa: asa1.py

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Teste o seu programa para os valores de massas moleculares indicados abaixo. Na

tabela temos as massas moleculares em Daltons e a área acessível ao solvente em

Å2. Os números estão em notação inglesa, ou seja, com ponto decimal.

A informação sobre as massas moleculares (MW) das proteínas foi obtida da base de

dados Protein Data Bank (PDB)(http://www.rcsb.org/pdb/home/home.do ).

Proteína Fonte Massa molecular (Daltons)* ASA (Å2)

Mioglobina Physeter catodon 17868.60 7586.649088941961

CDK2 Homo sapiens 34331.25 11725.086527666364

Protease

(monômetro)

HIV-1 11125.23 5531.747024763476

Chiquimato quinase Mycobacterium

tuberculosis

19309.07 7989.088217383464

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Programa: asa1.py

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Referências relacionadas ao programa asa1.py

-COREY, RB; PAULING L. Molecular models of amino acids, peptides and proteins.

Review of Scientific Instruments, Nova York, v. 24, n.8, p.621-627, 1953.

-HUMPHREY W; DALKE A; SCHULTEN K. VMD - Visual Molecular Dynamics. Journal

of Molecular Graphics, Amsterdã, v.14, p.33-38, 1996.

-KOLTUN WL. Precision space-filling atomic models. Biopolymers, Hoboken, v.3, n.6,

p.665-79, 1965.

-LESK, Arthur. M. Introduction to Protein Architecture. Oxford: Oxford University

Press, 2001. 347 p.

-Proteopedia. Disponível em: <

http://www.proteopedia.org/wiki/index.php/CPK#cite_note-0 >. Acesso em 14 de

agosto de 2016.

Programa: asa1.py

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Resumo

O programa asa2.py calcula a área acessível ao solvente de uma proteína de

forma similar ao programa asa1.py. A modificação ocorre na entrada, que agora

é o número de resíduos de aminoácidos. A massa molecular da proteína é

calculada multiplicando-se o número de resíduos por 118,89 Daltons, que é a

massa molecular média de cada aminoácido. A saída é área acessível ao

solvente em Å2. O cálculo é uma aproximação válida para proteína

monoméricas, publicada em: LESK Arthur. M. Introduction to Protein

Architecture. Oxford: Oxford University Press, 2001. página 27. A equação em

Python para o cálculo da ASA é a seguinte: area= 11.1*(molWeight)**(2/3).

Área acessível ao solvente de proteínas (versão 2)

Programa: asa2.py

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Programa: asa2.py

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O programa anterior (asa1.py) calcula a

área acessível ao solvente de proteínas, a

partir do conhecimento da massa

molecular. Podemos modificar o programa

asa1.py para que o novo programa

(asa2.py) considere o número de resíduos

de aminoácidos como entrada.

Normalmente usamos a unidade Dalton

(Da) para medir a massa molecular de

aminoácidos e moléculas biológicas em

geral. Um Dalton equivale à massa de

1/12 do átomo de carbono 12. Para

proteínas usamos o kiloDalton (kDa), 1

kDa = 103 Da. Na figura ao lado, temos o

aminoácido alanina, que apresenta uma

massa molecular de 89,09 Da, e uma

proteína chamada lisozima, que

apresenta uma massa molecular de

14331,20 Da. Usaremos o símbolo MM

para representarmos a massa molecular.

Lisozima de ovo de galinha (MM = 14331,20 Da ou

14,331 kDa). Código PDB: 6LYZ.

As figuras não estão na mesma escala.

Alanina (MM= 89,09 Da)

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Programa: asa2.py

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Considerando-se a massa molecular de

cada resíduo de aminoácido, temos uma

massa molecular média de 118,89 Da.

Este valor médio é útil na estimativa da

massa molecular aproximada de

proteínas e peptídeos, a partir do

conhecimento do número de resíduos de

aminoácidos presentes na molécula. A

equação abaixo indica a massa molecular

aproximada (MM),

MM = 118,89 . Naa

onde Naa é o número de resíduos de

aminoácidos presentes na molécula.

No exemplo ao lado temos a CDK2 (cyclin-

dependente kinase)(quinase dependente

de ciclina 2), com massa molecular de

34331,25 Da e 298 resíduos de

aminoácidos.

CDK2 humana (MW = 34331,25 Da )

Código PDB: 2A4L.

A massa molecular calculada pela equação, é de MM =

35429,22 Da, aproximadamente 3,2 % maior que a

massa molecular precisa da proteína. A equação é útil

para aproximações. 16

Programa: asa2.py

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A nova versão do programa, usa como entrada o número de resíduos de aminoácidos

da proteína (vale para peptídeos também). Vamos preparar o pseudocódigo para o

cálculo da área acessível ao solvente de uma proteína, para a qual sabemos número

de resíduos de aminoácidos (numRes). Temos como variável independente o numRes

e a saída é a área acessível ao solvente (area). Assim temos que incluir uma linha

adicional de código para calcular a massa molecular (molWeight), como na equação

indicada abaixo:

molWeight = 118.89*numRes

A equação para a área acessível ao solvente é a mesma: area = 11.1 (molWeight)2/3

O pseudocódigo está no quadro abaixo. O cálculo só é efetuado se o número de

resíduos for maior que zero, caso contrário é mostrada uma mensagem de erro.

Início

Leia (numRes)

Se (numRes> 0)

molWeight = 118.89*numRes

area = 11.1*(molWeight)**(2/3)

Escreva “Área acessível ao solvente : “, area, “ A^2 \n”

Senão

Escreva “O número de resíduos de aa deve ser > 0!”

Fim 17

Programa: asa2.py

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Teste o seu programa para os valores de número de resíduos de aminoácidos

mostrados abaixo. Na tabela temos o número de resíduos de aminoácidos para cada

proteína e a área acessível ao solvente em Å2. Os números estão em notação inglesa,

ou seja, com ponto decimal.

A informação sobre os números de resíduos de aminoácidos das proteínas foi obtida

da base de dados Protein Data Bank (PDB)(http://www.rcsb.org/pdb/home/home.do ).

Proteína Fonte Número de resíduos de aa* ASA (Å2)

Mioglobina Physeter catodon 153 7677.399687811302

CDK2 Homo sapiens 298 11973.76433504305

Protease HIV-1 99 5743.500456050333

Chiquimato quinase Mycobacterium

tuberculosis

176 8428.720293276137

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Programa: asa2.py

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Referências relacionadas ao programa asa2.py

-COREY, RB; PAULING L. Molecular models of amino acids, peptides and proteins.

Review of Scientific Instruments, Nova York, v. 24, n.8, p.621-627, 1953.

-HUMPHREY W; DALKE A; SCHULTEN K. VMD - Visual Molecular Dynamics. Journal

of Molecular Graphics, Amsterdã, v.14, p.33-38, 1996.

-KOLTUN WL. Precision space-filling atomic models. Biopolymers, Hoboken, v.3, n.6,

p.665-79, 1965.

-LESK Arthur. M. Introduction to Protein Architecture. Oxford: Oxford University

Press, 2001. 347 p.

-VOET Donald; VOET Judith G.; PRATT Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica.

Porto Alegre: Artmed Editora SA, 2000. 931 p.

Programa: asa2.py

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Resumo

Programa para calcular a energia livre de Gibbs de ligação. O foco é no uso para

o estudo da interação proteína-ligante. Os dados de entrada são a temperatura

em Celsius (tempCelsius) e a constante de dissociação (Kd) em molar, chamada

de variável dissConst. A saída é a energia livre de Gibbs em J/mol (deltaG). A

equação da energia livre de Gibbs usa a constante dos gases. O valor foi obtido

da base de dados NIST, e vale gasConst= 8.314 4621 J mol-1 K-1 , disponível

em: < http://physics.nist.gov/cuu/Constants/index.html >. Acesso em 14 de

agosto de 2016 A energia livre de Gibbs (deltaG) é dada pela seguinte equação:

deltaG= gasConst*tempKelvin*math.log(dissConst) .

Energia livre de Gibbs para o sistema proteína-

ligante

Programa: freeEnergy.py

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Programa: freeEnergy.py

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Consideremos um sistema biológico

formado por uma proteína (P) e um

ligante (L) em solução, sendo que o

ligante é uma pequena molécula que

apresenta afinidade pela proteína, por

exemplo, o fármaco indinavir que inibe a

protease do HIV-1, o agente causador da

AIDS. Tal sistema possibilita a formação

de um complexo binário proteína-ligante

(PL), com constante de reação indicada

por k1 e constante reversa de reação dada

por k-1, ambos descritos na equação

reversível abaixo,

P + L PL

A reação pode ser caracterizada pela

constante de equilíbrio (Keq). Na prática

são usadas as constantes de dissociação

(Kd) e inibição (Ki).

k1

k-1

Formação do complexo proteína (P) com ligante (L),

complexo proteína-ligante (PL).

A estrutura em destaque é o complexo protease do HIV-1

(P) e o fármaco indinavir (L), usado no tratamento contra a

AIDS.21

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As interações entre o inibidor de CDK2

(Cyclin-Dependent Kinase) (roscovitine

mostrado ao lado) e a proteína alvo

(CDK2) são não covalentes. Tais contatos

intermoleculares apresentam uma

interação energética favorável, o que leva

o equilíbrio da reação química para o lado

da formação do complexo binário (PL).

P + L PL

A análise da energia da interação

proteína-ligante, indica a formação de um

composto de transição, onde a energia do

sistema é elevada e o composto formado

instável. Tal estado é chamado estado de

transição, e a reação caminha para uma

menor energia, com a formação do

complexo binário PL, mostrada no

próximo slide.

k1

k-1

Estrutura molecular do inibidor de CDK2 roscovitine. A

figura foi gerada com o programa VMD e a opção CPK. As

coordenadas foram extraídas do arquivo PDB: 2a4l.

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+

Proteína + Ligante Estado de transição Complexo proteína-ligante

Energ

ia

Coordenada da interação

Ea

Ed

E

Ea = Energia de ativação para associação

Ed = Energia de ativação para dissociação

E = Variação total da energia

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P + L PL

Podemos representar a formação do complexo proteína-ligante (PL), a partir dos

componentes proteína (P) e ligante (L), como esquematizado abaixo. Temos a

proteína (P) e o ligante (L) em solução, no caso do ligante apresentar afinidade pela

proteína, o equilíbrio da reação será favorável à formação do complexo proteína-

ligante (PL).

k1

k-1

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No caso do complexo binário proteína-

ligante (PL) apresentar uma energia

menor que as moléculas livres (proteína e

ligante sem interação), a formação do

complexo proteína-ligante ocorrerá de

forma espontânea, ou seja, sem a

necessidade de fornecimento de energia

para que ocorra a formação. Uma forma

de estudar a formação do complexo

binário, é a partir da avaliação da variação

de energia livre de Gibbs (G), definida

pela seguinte equação,

G = H -TS

onde H é a entalpia do sistema proteína-

ligante, T é a temperatura e S é a

variação da entropia do sistema. Na figura acima temos a formação espontânea de um

complexo binário proteína-ligante, pois este apresenta

energia menor que das moléculas livres (proteína e

ligante sem interação)

P

L

PL

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PL

G = H -TSCom G > 0 a reação não é favorável à formação do

complexo, como na figura inferior. Com G < 0 temos

uma reação favorável à formação do complexo, como na

figura superior.

L

Se G > 0

O termo H indica a entalpia do sistema,

que representa as forças moleculares

envolvidas nas interações proteína-

ligante. O termo S é a variação da

entropia do sistema, que pode ser

entendida como a quantidade de energia

que não pode ser convertida em trabalho.

Na equação anterior, o produto da

temperatura absoluta (T) pela variação da

entropia (S), indica que um aumento da

entropia favorece a formação do

complexo binário.

Um valor negativo de G indica formação

espontânea do complexo.

Se G < 0

P

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Quando o sistema proteína-ligante está

em equilíbrio, a formação do complexo

binário e a dissociação ocorrem, assim a

constante de equilíbrio (Keq) da reação é

dada por,

onde os termos [P], [L], [PL] indicam as

concentrações molares da proteína,

ligante e complexo proteína-ligante,

respectivamente. A partir da análise

dimensional da constante de equilíbrio,

vemos claramente que sua unidade é M-1.

LP

PL

k

kK

1

1eq

Estrutura do complexo entre a proteína quinase

dependente de ciclina 2 (Cyclin-Dependent Kinase 2,

CDK2) e o inibidor roscovitine. 27

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A variação da energia livre de Gibbs da

interação intermolecular entre proteína e

ligante é dada pela seguinte equação,

onde Go é a variação da energia livre de

Gibbs padrão, ou seja, a variação em G

que acompanha a formação do complexo

no estado padrão de equilíbrio

(temperatura de 25oC, pressão de 100

kPa).

)]L][P[

]PL[ln(RTGG o

Estrutura cristalográfica da protease do HIV-1 em

complexo com inibidor.

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No equilíbrio termodinâmico temos G = 0 (estado estacionário), assim a equação fica

da seguinte forma,

O termo Go é chamado variação na energia livre de Gibbs da ligação (Gbinding),

assim temos,

)]L][P[

]PL[ln(RTG

)]L][P[

]PL[ln(RTG0

o

o

)]L][P[

]PL[ln(RTGbinding

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De uma forma geral, podemos expressar a afinidade proteína-ligante pela variação da

energia livre de Gibbs (Gbinding), quanto menor a energia, maior a afinidade do ligante

pela proteína. Tal grandeza física depende das concentrações do complexo proteína-

ligante [PL], das concentrações da proteína [P] e do ligante [L], bem como da

temperatura. O “R” (R=1,99 cal/mol.K = 8,3144621 J/mol.K)( na equação indica a

constante dos gases).

A constante de dissociação (Kd) é dada por:

Podemos calcular a energia livre de uma interação proteína-ligante, a partir da

constante de dissociação determinada experimentalmente.

][

]][[

PL

LPKd

)ln(

)ln()ln(

)]][[

][ln(

dbinding

dd

binding

binding

K

KK

RTG

RT1

RTG

LP

PLRTG

Fonte da informação sobre as constantes físicas: http://physics.nist.gov/cuu/Constants/index.html

Acesso em 14 de agosto de 2016 30

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Vamos considerar o estudo do

desenvolvimento de fármacos contra o

HIV. Vimos que um alvo para o desenho

de fármacos contra HIV é a protease do

HIV-1. Os dados sobre a constante de

dissociação (Kd) de 4 inibidores da

protease 1 estão indicados na tabela

abaixo, todos tomados na temperatura de

25º C. As estruturas são mostradas ao

lado. A partir dessa informação,

calcularemos a variação na energia livre

de Gibbs da ligação (Gbinding).Estruturas de alguns inibidores da protease do HIV.-1

A) Indinavir. B) Saquinavir. C) Ritonavir. D) Nelfinavir.Inibidor Kd (nM) Gbinding (kJ/mol)

Indinavir 1,07

Saquinavir 0,31

Ritonavir 0,6

Nelfinavir 0,0122

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Estudo do indinavir. As constantes de dissociação foram determinadas a uma

temperatura de 25º C, para converter para Kelvin é só somar 273,15, assim temos T=

298,15 K.

kJ/mol 51,2- G

J/mol 51204,342- (-20,6556) . 2478,9569 G

1,07.10ln . 2478,9569 1,07.10ln . 298,15 . 8,3144621 ln(K R.T. G

binding

binding

-9-9d binding

)

Inibidor Kd (nM) Gbinding (kJ/mol)

Indinavir 1,07 -51,2

Saquinavir 0,31

Ritonavir 0,6

Nelfinavir 0,0122

Estrutura molecular do fármaco indinavir. A

figura foi gerada com o programa VMD e a

opção CPK. As coordenadas foram extraídas

do arquivo PDB: 1hsg.

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Repetindo o cálculo para os outros inibidores, chegamos à tabela abaixo. A partir da

análise desta tabela vemos que o inibidor que apresenta menor energia livre de Gibbs

de ligação é o nelfinavir, cujo a estrutura do complexo proteína-ligante está mostrada

abaixo.

Inibidor Kd (nM) Gbinding (kJ/mol)

Indinavir 1,07 -51,2

Saquinavir 0,31 -54,3

Ritonavir 0,6 -52,6

Nelfinavir 0,0122 -62,3

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Para implementar a equação para energia livre de Gibbs, usamos como entrada a

temperatura em graus Celsius (tempCelsius) e a constante de dissociação (dissConst)

em molar. Temos que inicialmente converter a temperatura em Celsius para Kelvin,

como segue:

tempKelvin = 273.15 + tempCelsius

A equação para a energia livre de Gibbs (deltaG) fica da seguinte forma:

deltaG= gasConst*tempKelvin*math.log(dissConst)

O resultado será em J/mol.

O valor da constante molar dos gases foi obtido de

http://physics.nist.gov/cuu/index.html (Acesso em 16 de março de 2015).

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O pseudocódigo está no quadro abaixo. Escreva o seu código fonte e teste para os 4

valores de constante de dissociação indicados nos slides anteriores. Lembre-se que a

constante de dissociação está em nanomolar, ou seja, para entrar os dados temos que

usar notação científica, por exemplo: 1,07 nM = 1.07e-9. Usaremos o método

math.log(x) para o logaritmo natural. Só efetuamos o cálculo da energia livre de Gibbs,

se a constante de dissociação for maior que zero e a temperatura em Celsius for maior

que -273.15, caso contrário mostramos uma mensagem de erro.

Início

Chama módulo math

Definição da constante: gasConst= 8.3144621

Leia (tempCelsius, dissConst)

Se dissConst>0 and tempCelsius >= -273.15

tempKelvin = 273.15 + tempCelsius

deltaG= gasConst*tempKelvin*math.log(dissConst)

Escreva "\nEnergia livre de Gibbs = ", deltaG, " J/mol."

Senão

Escreva “Erro! Kd tem que ser > 0 e temperatura tem que ser > -273.15 C !”

Fim 35

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Referências relacionadas ao programa freeEnergy.py

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p.

-VOET, Donald; VOET, Judith G; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica.

Porto Alegre: Artmed Editora SA, 2000. 931 p.

-TINOCO, Ignacio Jr.; SAUER, Kenneth.; WANG, James C. Physical Chemistry.

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-VAN HOLDE, Kensal Edward; JOHNSON, W. Curtis; HO P. Shing. Principles of

Physical Biochemistry. Nova Jersey: Prentice Hall, Inc., 1998. 657 p.

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ALBERTS, B. et al. Biologia Molecular da Célula. 4a edição. Porto Alegre: Artmed editora, Porto Alegre, 2004.

-BRESSERT, Eli. SciPy and NumPy. Sebastopol: O’Reilly Media, Inc., 2013. 56 p.

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-IDRIS, Ivan. NumPy 1.5. An action-packed guide dor the easy-to-use, high performance, Python based free open source

NumPy mathematical library using real-world examples. Beginner’s Guide. Birmingham: Packt Publishing Ltd., 2011. 212 p.

-KIUSALAAS, Jaan. Numerical Methods in Engineering with Python. 2ed. Nova York: Cambridge University Press, 2010. 422

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Última atualização: 14 de agosto de 2016.

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Referências

www.python.org