biografias imortalizadas - revista master

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• Inédito no mercado editorial • Apresenta as biografias dos melhores mestres e professores do Brasil • Resgata a história das modalidades

• Homenageia os precursores • Mantém vivo os princípios marciais • Excelente fonte de consolidação e divulgação do trabalho

www.buenoeditora.com.br/shop

Biografias imortalizadas em uma belíssima obra“ ”7ª

EDIÇÃO2015

Page 3: Biografias imortalizadas - Revista Master

O livro Grandes Mestres das Artes Marciais, produzido pela Bueno Editora, foi desenvolvido com o propósito de divulgar e registrar o trabalho dos principais

profissionais da área no país. Ao longo das edições, mais de 600 biografias foram registradas. A cada ano, a publicação é aprimorada e bate recorde de participantes.

A vivência de cada artista serve de alicerce para o futuro das artes marciais. Faça parte deste importante marco literário

INFORMAÇÕES: [email protected] www.grandesmestresmarciais.com.br

Page 4: Biografias imortalizadas - Revista Master

Toda vez que um ano está para começar é comum haver um balanço, avaliar o que deve continuar e o que merece ser atualizado. Assim também não é diferente com a revista Master.Nesta edição, mostramos a força das mulheres nas artes marciais. Figuras como a técnica da seleção feminina de Judô, Rosicleia Campos, a medalhista olímpica de Taekwondo, Natália Falavigna, e a bicampeã mundial de Muay Thai, Tainara Lisboa,

relatam as dificuldades que passaram para chegar ao topo.Ainda há muitos paradigmas a serem quebrados, no entanto, essas mulheres têm talento e disposição para escreverem novos capítulos.Além de preconceito, elas também tiveram que lutar sem patrocínio ou qualquer outro tipo de auxílio financeiro no início da carreira. Esse assunto, inclusive, está em pauta.Enquanto na Europa e nos Estados Unidos os atletas desde cedo são apoiados, por aqui, se veem obrigados a levantar recursos por conta própria. A Master 07 alerta ainda sobre os perigos da perda rápida de peso nas artes marciais. O procedimento, muito comum, principalmente entre os lutadores de MMA, pode causar cansaço, desconforto, irritação, desequilíbrio hormonal, insuficiência renal e até mesmo a morte.Sucesso nos volumes anteriores, os cadernos de notícias sobre Taekwondo, Karate e Judô, encerram a temporada de 2014 com chave de ouro.A Master, criada para ser referência no setor marcial, em 2015 ampliará seu alcance e passará a explorar todos os esportes olímpicos. Aguarde as novidades.Em nome de toda a equipe, agradeço por ter nos acompanhado durante todo esse tempo, com elogios, críticas e sugestões. Que o novo ano seja de transformações, crescimento e de muito sucesso para todos nós.

A Revista MASTER é uma publicação da Bueno Editora. A publicação não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou pelos serviços e produtos apresentados pelas empresas que anunciam, os quais estão sujeitos às normas legais e o Código de Defesa do Consumidor. As informações contidas nas matérias não substituem, em hipótese alguma, a visita regular ao médico ou profissional especializado. Somente estes profissionais estão aptos a fornecer o melhor diagnóstico e tratamento para a solução de cada caso em particular. O conteúdo dos artigos publicados não reflete necessariamente o ponto de vista da Bueno Editora, sendo de inteira responsabilidade dos entrevistados e colaboradores, assim como a veracidade dos fatos apresentados e o material fotográfico enviado pelos mesmos. A Revista MASTER reserva o direito de editar os textos fornecidos pelos colaboradores para adequar ao perfil da editora.

Contatos com a redação: [email protected]

Venda de exemplares: www.buenoeditora.com.br/shop

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BUENO EDITORA E DESIGN Av. Dr. Bernardino de Campos, 338 A Conj. 22

Santos/SP CEP 11065-000 Tel. (13) 3345 3241 [email protected]

www.buenoeditora.com.br

Diretor Geral: Fábio Amador Bueno

[email protected]

Editora Chefe: Elaine Ferreira

[email protected]

Jornalista:Girliani Martins

[email protected]

Diagramação e arte:Alan Emerson Silva e Felipe Bueno

Colunista de Filosofia Marcial e Terapias Holísticas:

José Augusto Maciel [email protected]

Colunista Internacional de EsportesLas Vegas/ EUA:Mario Guardado

Colunista Técnico de Taekwondo:Belmiro Giordani

Publicidade:Tel.: (13) 3323 0467

[email protected]

Fotos da capa:Natália Falavigna por Fausto Roim

Rosicleia Campos por divulgação CBJ

Colabora nesta edição:Ministério do Esporte, Confederação Brasileira de Taekwondo, Marcelo Vitorino, Associação de Judô

Messias, Mauricio Neves, Jaqueline Kondo, Pref. de Atibaia, Federação Paulista de Karate, Simone

Aguiar, Confederação Brasileira de Judô, Thais Jacob, Fausto Roim, Fraser Almeida, Dr. Alexandre Fogaça

Cristante, DJL Comunicação e Joe Campos

OPERAÇÃO EM BANCAS:Assessoria: Edicase/ www.edicase.com

Distribuição exclusiva em bancas: FC Comercial e Distribuidora S/A.

Impressão: MIDIOGRAF

SUM

ÁRIO

Envie mensagens, críticas e sugestões para a nossa redaçã[email protected]

Fábio Bueno

EDITORIAL

Fique por dentro 04 Homenagem Esportiva e livro Grandes Mestres - 6ª edição são celebrados na Assembleia Legislativa de São Paulo 06Assembleia Legislativa de Manaus é palco de lançamento do livro Grandes Mestres 6ª edição 07O que as artes marciais podem aprender com a Copa do Mundo? 08Ireno Fargas ministra Estágio Internacional para a segunda turma da ABT 09Brasil ganhará Federação de Muay Boran 09Por que falta investimento no esporte brasileiro? 10Rotatividade nas academias está relacionada à incompatibilidade de serviço 11Gestão de contratos 11Cadernos 12 Judô 12Kung Fu 16Taekwondo 18Karate 26Muay Thai 30Matéria de Capa 32Mulheres avançam nas artes marciais 32Defesa Pessoal: Segurança Pessoal 36Violência e segurança são debatidos no II Congresso Brasileiro do Saber Psicanalítico 37Saúde Esportiva 38Dina Barela se inspira no MMA para se destacar no Fisiculturismo 38Mais de 80% da população terá lombalgia 38 Avaliação Isocinética 39O massagista 39Ritos Tibetanos 40Homenagem Especial: Yasmin Dias 41Social: Combate às drogas é questão de política pública 42

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FIQUE POR DENTRO

REVISTA MASTER 6

Há quatro meses, profissionais das artes marciais e outras personalidades do cenário esportivo se reuniram no auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa de São Paulo, para celebrarem a segunda edição da Home-nagem Esportiva e o lançamento da 6ª edição do livro Grandes Mestres.

A mesa de honra foi formada pelos deputados Roberto Lucena (fe-deral) e Luiz Carlos Gondim (estadual), o editor Fábio Bueno, o diretor da Faculdade Einstein (FACEI) José Augusto Maciel Torres, o coronel Carlos Elberto Vella, mestre Daniel Lucena (Kickboxing), professor Milton Corrêa (Judô Messias) e pelos grão-mestres Masahiro Shinzato (Karate Shorin Ryu Shinshukan), Hong Soon Kang (Taekwondo e Hapkido) e Hee Kwan Lee (Hapkido dos Estados Unidos).

Logo na abertura, Roberto Lucena destacou a importância dos profis-sionais que trabalham para o desenvolvimento do esporte no país. Assim como ele, Luiz Carlos Gondim chamou a atenção para o tema e também para os praticantes e professores de artes marciais, que diariamente lu-tam contra o preconceito.

Homenagem Esportiva e livro Grandes Mestres - 6ª edição são celebrados na Assembleia Legislativa de São Paulo

O autor com os mestres Daniel Lucena, Oberdan Alvares e Hee Kwan Lee

Dr. José Augusto (Facei) com o Deputado Luiz Carlos Gondim e Grão-Mestre Masahiro Shinzato

O autor Fabio Amador Bueno em entrevista para TV J1

da redação | fotos: Alan E. Silva

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WWW.REVISTAMASTER.COM.BR | Nº 07 7

Livro Grandes Mestres - 6ª ediçãoA obra, escrita por Fábio Bueno e José Augusto Maciel Torres, con-

sagrou neste ano mais de 100 profissionais, entre mestres e professores.No lançamento, os biografados aproveitaram para agradecer pela

oportunidade de divulgarem o trabalho e por eternizarem o legado.

Da esq. para a dir. Masahiro Shinzato, Daniel Lucena, Roberto Lucena, José Carlos Gondin, Fábio Bueno, Coronel Vela e Hong Soon Kang

Deputado Roberto Lucena

*Para visualizar mais fotos acesse: goo.gl/SYvrXg

Os mestres de cerimônia, Fábio Bueno e Daniel Lucena, ficaram incumbidos de entregar os diplomas e as medalhas a cerca de 600 homenageados.

Em 2014, a Homenagem Esportiva teve uma dimensão ainda maior, re-cebendo pessoas de vários estados do Brasil, como Amazonas, Bahia, Para-ná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, entre outros, além do mestre Hee Kwan Lee, vindo diretamente dos Estados Unidos para a ocasião.

Entre os consagrados, estavam os membros da mesa de honra e personalidades como Dr José Roberto Romeiro Abrahão, Kun Mo Bang, Belmiro Giordani, Luiz Rodolfo de Aragão Ortiz, Robson Maciel, Morihiro Shiroma, Oberdan Alvares, Gilberto Israel, Anassiel Kin, Álvaro de Aguiar, Paulo Zorello, Marcos Roberto (Pezão) e outros.

Acompanhados por familiares ou amigos, eles tiveram uma noite de reconhecimento e de muitos aplausos.

Homenageados e Mestres participantes

Mestre Moacir Amaro Pimentel

Depois de São Paulo, foi a vez de Manaus, no Amazonas, sediar um lançamento do livro Grandes Mestres-6ª edi-ção. Em 25 de setembro, na Assembleia Legislativa da ca-pital manauara, o organizador Moacir Amaro Pimentel, um dos destaques da obra, recebeu em torno de 150 con-vidados, incluindo Afremon Bragança, Disney Bragança,

Clóvis Albuquerque, Henk Koolen, Raimundo Gomes Lima, Washington Melo e Antônio Carlos Aguiar.

A sessão solene foi destaque em grandes veículos, como a TV Globo (filiada em Manaus). Para o canal, Pimentel destacou a representativi-dade dos mestres do Amazonas no livro.

Pimentel informou ainda que pretende continuar divulgando a publicação com o intuito de atrair novos aderentes. “Quero que outros mestres tenham a mesma oportunidade que eu tive, isto é, de mostrar o trabalho, e que a publicação se expanda em todo o país. Nesse evento tive o apoio incondicional do meu amigo e deputado estadual Alcimar Maciel Pereira, o Cabo Maciel”, explica.

Após o evento, houve uma noite de autógrafos na Associação da dos Cabos e Soldados da Polícia Militar.

Assembleia Legislativa de Manaus também é palco de lançamento

do livro

Sessão solene recebeu os participantes Alfremon Bragança, Disney Bragança, Clóvis Albuquerque, Moacir Amaro Pimentel, Raimundo Gomes Lima,

Antônio Carlos Aguiar, Henk Koolen

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FIQUE POR DENTRO

REVISTA MASTER 8

Fonte: Ministério do Esporte

Neste ano, nenhum outro assunto foi tão comentado quanto a Copa do Mundo. O maior evento esportivo do planeta, pela segunda vez sediado no Brasil, ganhou projeção pela organização, gastos e também pelo ape-lo popular.

Segundo o balanço oficial, foram investidos R$ 25,6 bilhões de reais, entre obras de estádios e infraestrutura. O valor não che-ga nem perto do que é aplicado em outros esportes, como vôlei, Judô, MMA, Taekwondo, entre outros.

É incontestável dizer que este investimento está relacio-nado ao fato de o futebol ser a modalidade mais popular do mundo, atraindo milhões de fãs aos estádios.

Com o apoio da FIFA (Federação Internacional em in-glês), criada em 1904, em Paris, na França, por quatro amigos que desejavam um torneio aberto entre os países, a prática ganhou força e novos admiradores.

Os idealizadores foram o banqueiro holandês C. A. W. Hirschman, o editor francês Jules Rimet, o industrial gráfico francês Henry Delaunay e o advogado Robert Guérin, eleito o primeiro presidente.

Inicialmente, contava com membros de apenas sete na-ções (Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça), mas conforme crescia, surgiam novos associados, entre eles, África do Sul, Argentina, Chile e Estados Unidos.

Após os Jogos Olímpicos de 1928 e com o sucesso do futebol, a FIFA decidiu criar uma competição própria, a Copa do Mundo.

Dois anos depois, o Uruguai sediou a primeira edição. O país sul--americano foi escolhido por ser bicampeão olímpico na época. Entre os participantes, além dos anfitriões, estava o Brasil.

Com o passar dos anos, a FIFA ficou cada vez mais independente. Mesmo com a Segunda Guerra Mundial, juntaram-se a ela, dezenas de países. O crescimento também tem como um dos responsáveis os canais de tv, que ajudaram no processo de popularização.

Na década de 1970, passou a ser uma grande organização. Já nessa época, o Brasil tinha três taças: a primeira foi conquistada em 1958, na Suécia, a segunda em 1962, no Chile, e a terceira no México, em 1970.

Depois, venceu em 1994, nos Estados Unidos, e chegou ao pentacam-peonato em 2002, no Japão e Coreia do Sul, tornando-se o país que mais detém títulos.

Atualmente, a FIFA, com sede em Zurique, na Suíça, possui 210 países filiados, já a Organização das Nações Unidas (ONU) tem 192 membros.

Para chegar ao sucesso, a instituição passou por muitas dificuldades, mas conseguiu se fortalecer. Tanto que a cada dia, ga-nha novos patrocinadores.

Paralelo a isso, temos os dilemas das artes marciais no Brasil, que embora estejam em ascensão, precisam de muito apoio e recursos. Hoje em dia, o Mundial de Judo, o Pan-Ameri-cano e o UFC (MMA) são os campeonatos mais representativos da área.

As outras modalidades não conseguem chegar ao mesmo patamar porque as confe-derações não tem como custear as despesas com as viagens dos atletas e sofrem com a falta de patrocínio e divulgação.

Enquanto na Copa, a transmissão é em rede aberta e, obviamente, atinge um gran-de número de telespectadores, a maioria dos

eventos marciais não é televisionado, quando isto acontece, a veiculação é limitada e em canais por assinatura.

Em uma análise pedagógica, a raiz do problema está na maneira como a sociedade encara o futebol. Desde cedo, os pais incentivam os alunos a darem os primeiros dribles e se tornarem craques.

Apesar dos infortúnios, os professores e mestres torcem para que chegue o dia em que a criança em vez de ganhar como primeiro presente uma bola, seja agraciada com um quimono.

O que as artes marciais podem aprender com a Copa do Mundo?

Segundo o balanço oficial, foram investidos R$ 25,6 bilhões de reais, entre obras de estádios e infraestrutura. O valor não chega nem perto do que é aplicado em outros esportes, como vôlei, Judo, MMA, Taekwondo, entre outros

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Por Belmiro Giordani Por José Augusto Maciel Torres

Antes de 2006, poucos sabiam o que era o Muay Boran, a arte mar-cial que uniu o estilo esportivo ao tradicional.

Se por um lado, o Muay Thai Tradicional utiliza regras para competições, do outro, o Boran se classifica em sua forma de divisão. De comum entre os dois somente o país de origem: a Tai-lândia.

O brasileiro Fabiano Moreira Cosme Krushevsky é um dos poucos a deter a chancela de mestre na modalidade. Começou a estudar o Muay Boran na Europa, com o tailandês Grand Master Narong.

Moreira reside no exterior desde os 18 anos, tendo passagens pela Holanda e Portugal, onde fixou residência e abriu uma academia de Muay Thai Tradicional.

O estabelecimento foi fechado em 2004, ano em que decidiu viajar para a Tailândia com o objetivo de treinar.

Em seguida, fez o curso da World Muay Thai Federation (WMF) para ser treinador. Dos 40 países representados, se destacou com a melhor nota e passou a ser Coach Trainer nível B, chamando a atenção do dire-tor técnico da WMF, Chinawut Sirosupan, que lhe propôs se dedicar ao estudo do Muay Boran.

Em 2006, foi examinado pela Comissão Técnica, graduado Kru Muay Boran e apresentado aos maiores mestres das escolas tradicionais. Após 38 combates, expandiu os conhecimentos de Krabi Krabong, Thai Mas­sage, Thai Rusie Datton, Yoga e Thai Vipassana, formando-se kru (pro-fessor) em todas essas áreas.

Quando regressou a Portugal, em 2010, reabriu a academia, mas com um novo nome: Muay Thai Boran Portugal, voltada a ensinar ex-clusivamente a arte e a cultura tradicional tailandesa.

Em três anos e meio, a academia teve sete campeões nacionais e um campeão ibérico. Soma ainda quatro medalhas de ouro, cinco de prata e cinco de bronze em Campeonatos Mundiais de Muay Thai e Kickboxing.

Sucesso em Portugal, o mestre que também é faixa preta de Karate Kyokushin, quer agora abrir a Federação Muay Thai Boran no Brasil, ba-seado em sua experiência de mais de uma década na Tailândia.

[email protected]

Brasil ganhará Federação de Muay Boran

Responsável pela entidade no país é o mestre Fabiano Moreira Cosme Krushevsky

De 21 a 27 de outubro, um dos grandes especialistas em Tae­kwondo, Ireno Fargas, ministrou o módulo de Estágio Inter-nacional, mais uma etapa do segundo curso da Academia Brasileira de Treinadores (ABT).

No Centro de Treinamento Maria Lenk, no Rio de Janei-ro, o técnico espanhol interagiu com profissionais renoma-

dos, entre eles, os mestres Belmiro Giordani e Raimundo Lima.Como atleta, Fargas foi campeão europeu e mundial, mas como trei-

nador seu currículo é bem mais vasto. Liderou as seleções da Espanha, França e México, conquistando um grande número de medalhas olímpi-cas: quatro de ouro, 17 de prata e seis de bronze. Em Campeonatos Mun-diais arrecadou 17 ouros, 16 pratas e 34 bronzes, sendo que em Copas do Mundo foram 12 ouros, 20 pratas e 25 bronzes.

Na apresentação do módulo, falou sobre a sua trajetória e explicou que a entrada no Taekwondo surgiu por acaso, depois de uma tentativa frustrada de ser atleta de handebol.

De acordo com o expert, o Estágio Internacional foi além de suas expectativas. “O trabalho do Comitê Olímpico do Brasil e da Academia Brasileira de Treinadores é um grande projeto para formar profissionais qualificados. Fiquei impressionado com o conhecimento dos treinadores. O nível do Taekwondo Brasileiro tem subido muito nos últimos anos, es-pecialmente pelos resultados internacionais. Vários atletas estão entre os melhores do mundo e esse é um parâmetro de resultado olímpico muito importante”, frisa.

Para ser um técnico de sucesso, se pautou em sua trajetória compe-titiva. “Ter lutado para ser campeão mundial me deu uma boa base para preparar novos vencedores e me proporcionou saber como o trabalho é duro, sofrido e como posso lidar com os atletas. Passei os mesmos princí-pios que aprendi”, informa.

A partir de 2007, Ireno Fargas encerrou sua carreira de treinador. Des-de então, recebeu inúmeras propostas para voltar, porém, foi categórico em dizer que a etapa já está concluída. “Fico muito lisonjeado com os convites, mas o meu foco há sete anos é ministrar seminários e outras ati-vidades. Estou em um projeto de alto rendimento, muito grande ”, disse.

A segunda turma do curso da Academia Brasileira de Treinadores se forma em dezembro de 2015.

Ireno Fargas ministra Estágio Internacional para a

segunda turma da ABT

Ireno Fargas

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FIQUE POR DENTRO

REVISTA MASTER 10

BOLSA ATLETA

da redação

Uma das queixas mais frequentes dos atletas, sejam eles amadores ou profissionais, é a falta de patrocínio. Com dificuldades para treinar e, sobretudo, competir, têm de encontrar por conta própria meios de sobreviver.

Na teoria, todo esportista deveria ter acompanha-mento médico para prevenir e tratar lesões, uniformes

apropriados e dinheiro para custear passagens, hospedagens e inscrições nos campeonatos. Entretanto, na prática, apenas uma parcela conta com todo esse aparato.

Diante de tantos percalços, muitos acabam desistindo ou levan-tando recursos, no mínimo, inusitados, como vender rifas ou doces em semáforos e fazer “vaquinhas online” com o objetivo de competirem em algum evento.

Há ainda àqueles que têm que conciliar os estudos com a carreira espor-tiva, o que torna a caminhada ainda mais difícil.

Mesmo com a existência de uma lei que exige que, pelo menos, 5% dos recursos arrecadados correspondentes ao Comitê Olímpico Brasileiro, ao Comitê Paralímpico Brasileiro e à Confederação Brasileira de Clubes, sejam destinados ao desporto universitário, o Brasil ainda tem muito que investir, diferentemente da China e dos Estados Unidos, que se consoli-dam como referências mundiais no assunto, adotando uma política inte-grada entre universidades e esportes.

Muitas instituições americanas oferecem bolsas de até 100% para alunos que se dedicam a praticar alguma modalidade, independente-mente da intenção de seguir a carreira profissional ou não.

Por aqui, os atletas brasileiros de alto rendimento que obtêm bons re-sultados em campeonatos nacionais e internacionais, tentam conseguir a ajuda do governo por meio do programa Bolsa Alteta, gerido desde 2005 pelo Ministério do Esporte.

A medida busca dar condições necessárias para que se dediquem ao treinamento esportivo e possam participar de competições que permi-tam o desenvolvimento.

Por que falta investimento no esporte brasileiro?

Diante de tantos percalços, atletas são obrigados a levantar recursos por conta própria

Ao todo, são oferecidas cinco categorias de bolsa: Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico. Os pré-requi-sitos para concorrer são: ter idade superior a 14 anos, estar devidamente matriculado em instituição de ensino público ou privado, apresentar de-claração relacionada a qualquer tipo de apoio em troca de vinculação de marca, estar vinculado a alguma entidade de prática desportiva e ter par-ticipado de competição no ano imediatamente anterior àquele em que está pleiteando a bolsa. Os valores variam de R$370, 00 a R$ 3.100,00.

Segundo o Ministério do Esporte, os contemplados recebem um valor mensal durante um ano. A prioridade é para os que compõem os progra-mas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Em seguida, vêm os atletas de modalidades chamadas não-olímpicas (que compõem o programa dos Jogos Pan-Americanos e outras que não fazem parte dessas competi-ções). Os interessados devem se inscrever via site, em período específico.

Em 2013, o programa ajudou 4.992 atletas de 55 modalida-des, batendo o recorde. Houve um aumento de 17,7% em relação aos números do ano anterior. Apesar do crescimento, muitas “promessas” continuam sem auxílio, deixando claro que o Brasil precisa de mais ferramentas que alavanquem o desporto de forma unânime, isto é, sem favorecer apenas de-terminadas modalidades.

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Basta chegar o fim do ano para que o chamado “Projeto Ve-rão” dê uma guinada nas academias. As mulheres, principal-mente, são as mais interessadas em passar a estação mais quente com um corpo definido.

A aderência é movida em primeiro lugar por aspectos estéticos. Só uma parcela ínfima procura “sair do comodis-

mo” por saúde e bem-estar físico.Mas não é do “dia para noite” que é possível ter um “shape dos so-

nhos”. Qualquer pessoa ao decidir fazer atividade física deve estar ciente de que a academia não é um lugar que dará resultados a curto prazo.

O fator primordial para mudar o estilo de vida e abandonar o se-dentarismo é a motivação. Não adianta se deixar influenciar por revis-tas de beleza.

Quando alguém se matricula em uma academia, de certa forma, já recebeu essa dose de ânimo. De acordo com estudos, os motivos que levam o aluno a permanecer no estabelecimento são a qualidade dos professores, o ambiente agradável, facilidade de acesso e proximidade, aparelhos em boas condições, diversidade de horários, preço acessível, atendimento, variedade de aparelhos, modalidades e segurança.

O professor e o gerente do local sabem que o ingressante é um cliente com potencial para permanecer por muito tempo. Então, tendem a con-quistá-lo ainda mais, com instruções, atenção e profissionalismo.

Ao perceber que está em um ambiente que não atenderá suas expec-tativas, o aluno rapidamente cogita mudar de local. Outros aspectos que contribuem para a rotatividade são a mudança frequente de professores, o espaço físico, pouca ventilação e a falta de higiene nos equipamentos. Clientes não saem da academia por causa de preço, mas por incompatibi-lidade do serviço oferecido.

Geralmente, o período de permanência é de seis meses a um ano, podendo se estender por mais tempo. As mulheres correspondem a mais de 52% do público e se matriculam em busca de opções de ginás-tica. Os homens, contudo, iniciam a prática de atividade física porque almejam definição muscular.

Um levantamento realizado pelo Instituto Data Popular em 2014 re-velou que o Brasil é o segundo país com o maior número de academias, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Segundo dados do Sebrae, existem 21.760 negócios brasileiros neste setor. Nos EUA, por outro lado, há 29.960 locais.

Esse segmento contabiliza 2,8 milhões de alunos, gera aproximada-mente 317 mil empregos formais para educadores físicos e movimenta cerca de R$ 2,45 bilhões por ano.

Em pesquisa feita com micro e pequenas empresas cosntatou-se que de 2007 para cá houve um aumento de 133%.

O contrato é um instrumento eficaz para uma possível so-lução de conflitos sociais decorrentes de uma transação jurídica. É a maneira de garantir a veracidade do negócio, a tutela de seus direitos e a possibilidade de recorrer ao es-tado, que tem autoridade para o cumprimento estrito da lei e dos acordos de vontade.

A transparência e a confiança são a base desta relação. Já nos primór-dios da civilização, estas leis regulavam os tratados, que eram concebidos como acordos realizados, ou seja, verdadeiros pactos. A razão da existên-cia dos contratos partiu da necessidade de adquirir produtos que alguns tinham, mas outros não.

O primeiro povo a sistematizar e a regulamentar esse tipo de con-chavo foi o romano. As relações jurídicas foram aperfeiçoadas e inovadas, submetendo o devedor ao poderio do credor pela forte presença dos dog-mas religiosos, fazendo-os temer os castigos dos deuses.

No Brasil, o Código Civil de 1916 revelou o individualismo que já era previsto no corpo do Código Napoleônico e de diversas outras codificações do século XIX, onde as principais relações jurídicas tuteladas restringiam--se ao contratante e ao proprietário, os quais eram consagrados como valor jurídico de proteção, tendo ampla liberdade.

Essa perspectiva individualista do Código Civil de 1916 foi alterada em 2002, passando o contrato, assim como outros negócios, a ser uma declaração de vontade das partes destinada a produzir efeitos jurídicos, que se inspira, dentre outros sistemas jurídicos no BGB.

Os princípios do novo Código Civil são o da Autonomia Privada (que compreende o poder que o indivíduo tem de suscitar, mediante declaração de sua vontade, efeitos reconhecidos e tutelados pela ordem jurídica), Obri-gatoriedade dos Contratos (centrado na autonomia da vontade, nesse sentido, ninguém é obrigado a contratar. Mas a partir de firmado, deverá cumpri-lo), Relatividade dos Contratos (que traz a ideia de que os efeitos do vínculo só se manifestam entre as partes, não se apro-veitando e nem lesando a terceiros), Pro-bidade e Boa Fé Objetiva (estão ligados não só à interpretação do documento, mas também ao interesse social de se-gurança das relações jurídicas, uma vez que as partes têm o dever de agir com honradez e lealdade na conclusão do trato e na sua execução) e Princípio do Consensualismo (enfatiza que o contrato é um acordo de vontade).

Rotatividade nas academias está relacionada à incompatibilidade

de serviço

Gestão de contratosPor Marcelo Vitorino

Dr. Marcelo Vitorino

da redação

Transação jurídica, feita entre duas ou mais pessoas, envolve transparência e

aceitação de vontades

BibliografiaAlves, José Carlos Moreira. Direito Romano, 14ª Ed. Forense: RJ 2010 Bouzon, Emanuel. Contratos Pré-Hammurabianos Do Reino De Lars. Edipucrs: RS 2000Código Civil, Vade Mecum Saraiva: SP 2010Gomes, Orlando. Contratos, 7º Ed. Forense: RJ 1979 Gonçalves, Roberto Carlos. Direito Civil Brasileiro. Vol. I – Parte Geral. 7ª Ed. Saraiva: SP 2009Júnior, Nelson Nery. A Boa-Fé no Direito Privado. Revista dos Tribunais: SP 1999 Rizzardo, Arnaldo. Contratos, Forense: RJ 2009Silva, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 27ª Ed. Forense: RJ 1982.Simão, José Fernando. Direito Civil – Contratos, 4º Ed. Atlas: SP 2010 Venosa, Sílvio de Salvo. Código Civil Interpretado. Atlas: SP 2010

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JUDÔ

CADERNO DE JUDÔ | REVISTA MASTER 12

1ª Copa Sensei MessiasRodarte Corrêa relembra princípios e

um dos maiores ícones da modalidadeEm seis áreas, cerca de 600 atletas mostraram suas melhores técnicas.

da redação | fonte da Associação de Judô Messias e de Mauricio Neves | fotos: Alan E. Silva

Shihan Milton Corrêa e Vereador Jean Madeira

Em 19 de outubro, Messias Rodarte Corrêa, um dos mais res-peitados professores de Judô do Brasil, falecido em 2009, foi homenageado em um evento que levou o seu nome.

A 1ª Copa Messias Rodarte Corrêa teve como cenário o Ginásio da Portuguesa de Desportos, em São Paulo, e entrou para a história marcial do país, sendo prestigiada por persona-

lidades como Francisco de Carvalho Filho, o Chico do Judô, Senseis Maurí-cio Neves, Hatiro Ogawa e Celestino Seiti Shira, o vereador Jean Madeira, o filho do homenageado, Milton Corrêa, e os editores da Master, Elaine Ferreira e Fábio Bueno, que distribuíram exemplares da revista.

Em seis áreas, aproximadamente 600 atletas de várias categorias, da mirim a master, se enfrentaram para mostrar suas melhores técnicas. Entre as associações participantes, estavam a Tucuruvi, Piçarra, AABB São Paulo, Pessoa, Moacyr, Centro Olímpico, Vila Sônia, Hebraica, Unimes, Pal-meira, Belarmino, Clube da Penha, Mooca, Sesc Move Brasil, Amigos de Itapira, Taboão SBC, Portuguesa, Santa Mônica, Judô Maciel e Pedreira.

Logo no início, foi tocado o Hino Nacional, algo que emocionou os atletas, convidados e a torcida. Em seguida, foram entregues algumas placas aos membros da mesa de honra, incluindo Massao Shinohara (9º dan), Luiz Catalano Calleja (8º dan), Mário Matsuda (8º dan), Solange de Almeida Pessoa Vincki (7º dan), Celestino Seiti Shira (7º dan), Edison Koshi Minakawa (6º dan), Milton Corrêa (6º dan), Rioiti Uchida (6º dan), Paulo Figueiroa (6º dan) e Edemir Gulfier (5º dan).

Foram feitas ainda homenagens à Federação Paulista de Judô (FPJ), ao vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Francisco de Carvalho Filho, e ao integrante do Departamento de Esportes Amadores da Associação Portuguesa de Desportos, Marcello Carmello.

O presidente do Instituto Esporte e Vida, Douglas D’Andrea, um dos apoia-dores do evento, disse que a disputa foi de suma importância para reconhecer um dos grandes mestres do Judô e preservar os princípios da arte marcial.

Para presenciar as lutas, o público precisou doar apenas um quilo de alimento não perecível. As quase duas toneladas de donativos foram en-tregues à Casa de Recuperação Cristolândia.

A cada término de embate, os vencedores eram contemplados com medalhas. Para Milton Corrêa, a Copa registrou o legado do pai. “Me senti muito satisfeito em ver sua história sendo reconhecida. Existem tantas pessoas que fizeram tanto por nosso país e não tiveram isso. Meu pai era uma pessoa muito querida, conhecida pelo rigor, disciplina e pelo carinho que tratava as pessoas. Entendia muito de Judô e, eu como filho, tentei absorver ao máximo seus ensinamentos. Que pena que ele nos deixou antes do combinado”, pontua.

O sensei Paulo Figueirôa, da Associação AABB São Paulo, ressaltou que o grande judoca foi essencial para o desenvolvimento do esporte.

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Confira o ranking geral1º lugar: Associação Brasileira Hebraica de São Paulo2º lugar: Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES)3º lugar: Associação Desportiva Centro Olímpico4º lugar: Sociedade Esportiva Palmeiras5º lugar: Associação Judô Belarmino6º lugar: Secretaria Municipal Esp. e Lazer Francisco7º lugar: Associação Cultural Esportiva de Tucuruvi8º lugar: Associação de Judô Hinode9º lugar: Associação de Judô Pessoa10º lugar: Associação de Judô Moacir

Categorias de base, jovens, adolescentes... ...e adultos prestigiaram o evento

“O sensei Messias é um ícone. Sempre batalhador, não mediu forças para prestar um serviço de qualidade à sociedade, formando não somente fai-xas pretas, mas cidadãos de bem. Tive o privilégio de ter convivido com ele”, destaca.

Por sua vez, o professor Shira, que há 60 anos se dedica à modalida-de, treina e ainda dá aulas quase todos os dias, disse que o ídolo era um homem carismático, inteligente e de caráter. “Sensei Messias deixou sau-dades e bons frutos. É uma inspiração para todos. Seu nome é e sempre será respeitado”, comenta.

Segundo o sensei Hatiro Ogawa, neto de um dos precursores no Brasil, Ryuzo Ogawa, que conviveu com Messias em duas fases de sua vida, como atleta e quando ocupou a posição de dirigente, a homenagem foi mais do que merecida. “Na época em que eu fui atleta, ele era meu técnico, tenho muito carinho e respeito, pois me orientou como um pai. Apesar do lado rígido, sempre se preocupou em saber se eu estava precisando de algu-ma coisa e se estava bem. No período em que fui dirigente, a convivência também foi muito agradável e produtiva. Ter estado aqui e constatado a grande adesão ao Judô no país me deixou muito feliz”.

Para ele, que pratica há mais de 50 anos a modalidade, o esporte virou paixão nacional. “Hoje, os japoneses são minoria. Estou muito con-tente por saber que os brasileiros entenderam a disciplina, a hierarquia e as técnicas. Apesar do idioma, o Judô serviu para mostrar a tradição japo-nesa e seus costumes, enfim, é uma cultura que veio agregar à brasileira. O Brasil tem uma representatividade muito grande, tanto que está entre as cinco potências do mundo e isso prova que deu certo e vai continuar por muito tempo”, explana.

O kodansha Chico do Judô, que durante muito tempo comandou a Fe-deração Paulista (FPJ) e atualmente está na Confederação Brasileira, fez questão de relembrar a sua importância. “Seu compromisso sempre foi com a arte marcial, por isso conseguiu manter durante tantos anos uma entidade. Todos tinham muito orgulho dele, da forma que falava e inte-ragia. Essa homenagem ainda foi pequena para ele, nós temos que fazer uma muito maior para que se sinta gratificado onde quer que esteja”, fala.

A realização da Copa Messias só foi possível graças à Federação Pau-lista de Judô, Secretaria Municipal de Esportes e Turismo, Departamento de Esportes Amadores, Olímpicos e Internos da Rubro-Verde, Instituto Esporte e Vida, Colégios Objetivo da Penha e Hélios, e ao vereador Jean Madeira, que também é adepto da modalidade.

Vindo de uma família tradicional do Judô, o parlamentar desde cedo se identificou com os princípios do “caminho suave”, tornando-se faixa preta e professor. No campo político, trabalha para que a arte marcial seja mais valorizada. “Ter nascido dentro do Judô me permitiu ter uma base de vida, me distanciando das mazelas e das drogas. Não é à toa que sou um militan-te desta causa. São Paulo precisa de mais atividades esportivas como esta.

Queremos mais campeonatos para o pessoal da Melhor Idade (master), bem como para nossas crianças, adolescentes e jovens, pois só assim sairão da ociosidade das ruas. O bonito no Judô é essa interação entre pais, filhos e treinadores. Ele prima pela disciplina, ordem e pelo progresso. Quem o pratica, primeiro tem disciplina, e consequentemente, progresso, tanto no corpo quanto na mente. Todos estão de parabéns pelo evento. Eu sempre vou me colocar à disposição e associar o esporte a prevenção às drogas. Eu creio muito nisso. Vamos lutar por uma vida melhor”, explica.

Segundo Maurício Neves, a adesão de participantes reiterou a cre-dibilidade de Messias Rodarte Corrêa. “Para mim foi uma emoção muito grande, a gente não esperava que fosse haver uma adesão tão alta. Por ser final de ano, ter 600 inscritos superou as expectativas e mostrou o prestígio que o mestre tem. Além de todas as homenagens, nós con-seguimos juntar uma mesa de honra com histórias do Judô nacional e vários professores de renome. Um dos grandes destaques foi o incentivo da família Messias. Depois dessa disputa, tem um evento planejado para ocorrer em Santos”, disse.

Para encerrar o campeonato, Milton Corrêa e o presidente da Asso-ciação Messias Morihiro Shiroma agradeceram a todos os envolvidos, dizendo que sem eles, não seria possível ter organizado uma copa tão grandiosa. “Agradecemos às pessoas que trabalharam para isso, os ár-bitros, o pessoal do placar, das mesas, enfim, todos que prestigiaram e contribuíram para o bom funcionamento. Dentre os apoiadores, desta-camos a Associação Portuguesa de Desportos, representada por Marcelo Carmello, Antonio Armênio Simões e o conselheiro Giuseppe Fogottt, o vereador Jean Madeira, o Instituto Esporte e Vida, a revista Master, o Bo-letim Osotogari e os colégios Hélios e Objetivo da Penha, este último além de manter as aulas de Judô nas dependências da escola, ainda participou distribuindo brindes aos atletas”.

*Para visualizar mais fotos acesse: migre.me/nlAzB

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JUDÔ

CADERNO DE JUDÔ | REVISTA MASTER 14

Solenidade foi celebrada no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo

Prêmio Medalha Mérito Esportivo da Capital homenageia clubes, professores e atletas

Vereador Jean Madeira com Sensei Solange Pessoa

da redação | fotos: Fabio Bueno

A Federação Paulista de Judô - 1ª Delegacia, em parceria com o vereador Jean Madeira, Instituto Esporte e Vida e Asso-ciação Messias de Judô, organizou no dia 26 de novembro o Prêmio Medalha Mérito Esportivo da Capital, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo.

Destinada a reconhecer o trabalho prestado por enti-dades e esportistas no ano de 2014, a premiação foi aberta pelo parla-mentar, que ressaltou os valores do Judô e a sua relação com o esporte.

Para 2015, Jean Madeira anunciou que pretende continuar organi-zando o evento, campeonatos e projetos sociais. “No ano que vem, inves-tiremos pesado nos projetos continuados, que tiram as crianças da ocio-sidade e impedem que elas sejam recrutadas pelo tráfico. Inserindo-as em um dojo, aprenderão ética, filosofia e disciplina. Quero colocar o Judô dentro das periferias e em outras áreas, mostrando que ele é o caminho da suavidade e não da violência”, pontua.

Um dos responsáveis pela realização da solenidade, Maurício Neves, lembrou que o prêmio é um incentivo não só para os professores, mas também para os atletas. “A vida é feita de batalhas, portanto, quando somos reconhecidos, temos a certeza que estamos no caminho certo. A maior alegria de um educador é ver seus atletas medalhando e sendo homenageados”, fala.

Entre as personalidades consagradas na noite estavam o presidente da Federação Paulista de Judô Master e Supermaster, Rubens Guarino Pereira (Rubão), o vice-presidente da FPJ, José Jantália, o representante do medalhista olímpico Aurélio Miguel, Horácio Piçarra, e os senseis Joji Kimura, Carlos Bortole, Fernando Pamplona Catalano Calleja, Alex Judô, Miriam Minakawa, Danilo Takashi Aoike, Julio Kawakami, Lucimar Rocha, Judô Carlos Fossati, João Carlos Alves de Souza, Andrea Oguma, Alessan-dro Panitz Puglia e Francisco de Carvalho Filho (Chico do Judô).

Segundo o dirigente do Instituto Esporte e Vida, Douglas D’Andrea, a premiação é uma justa homenagem àqueles que se dedicam ao progres-so do desporto no Brasil e a formação de campeões.

O Instituto fundado em 2013, tem parcerias com a Secretaria de Es-portes, Lazer e Recreação da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), Secretaria de Educação, SESI, Sesc-SP, Liga Paulista de Futebol Feminino, Grupo CCR, EC Leão 70, Clube Esperia e com as Prefeituras de Santa Maria da Serra, Careaçu e Estiva (Minas Gerais).

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WWW.REVISTAMASTER.COM.BR | Nº 07 15Sensei Maurício NevesAssociação Judô Messias

José Jantália, vice-presidente da FPJ

Shihan Milton Corrêa

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KUNG FU

CADERNO DE KUNG FU | REVISTA MASTER 16

Ricardo SobreiraRua Frutuoso Barbosa, 683 SL5 Jardim Primavera - São Paulo - SP www.equipericardosobreira.blogspot.comequipericardosobreira@hotmail.comTel: (11) 2772-7668 Fixo (11)95192-6518 Tim (11) 95308-7425 Vivo

Há oito anos, o shifu Ricardo Sobreira deu um grande passo na carreira quando decidiu abrir sua própria academia, batizada de Associação de Artes Marciais Ricardo Sobreira, voltada ao ensino de Kung Fu Hung Gar, Tai Chi Chuan e Muay Thai.

Em virtude da relação familiar com os auxiliares técnicos e alunos, a entidade ficou conhecida como Equipe Ricardo Sobreira.

Trabalhando para melhorar ainda mais a qualidade da arte marcial no Brasil, So-breira tem o apoio dos grãos-mestres Li Hon Ki e Li Wing Kai, seus grandes mestres e de seus alunos Neide Sobreira, Vinícius Santos e Reinaldo Oliveira.

Situada em São Paulo, a academia tem tradição quando se trata de Hung Gar, tanto que muitos dos alunos formados lá, hoje são instrutores e ajudam o Mestre a expandir o estilo por todo o Brasil.

Em Jaguaríuna, interior paulista, é representada pelo Sihings Maurício Rodri-gues e Alexandre Oliveira. Em breve, contará com instrutores em São Paulo, Mogi Mirim, Ceará, Pernambuco, Bahia e Maranhão.

O projeto tem como propósito aumentar o número de praticantes, sem perder a quali-dade de ensino, fortalecendo ainda mais o nome do grão-mestre Li Hon Ki.

CarreiraA trajetória do shifu Ricardo nessa corrente de Kung Fu teve início em 1997. Três anos depois, quando já atuava como instrutor, começou a lecionar. A partir de 2002, passou a ser instruído diretamente por Mestre Li Hon Ki, se for-mando com ele em 2004. Hoje, é seu fiel discípulo.

Dotado de personalidade forte, é conhecido pela garra, determina-ção, perfeccionismo e simplicidade. Fez inúmeras amizades com mestres consagrados e já faz parte da história do Kung Fu brasileiro.

Treina constantemente para evoluir ao máximo e ensina seus alunos da mesma forma que aprende com seu mestre, preservan-do a essência, tradição, filosofia e o respeito. Realiza palestras e workshops de defesa pessoal, apresentações de Kung Fu Tradicio-nal, Dança do Leão e Dança do Dragão por todo o Brasil, e traba-lha com a Comunidade Chinesa do Brasil, Associação W.K. Dança do Dragão e Leão e Associação Shaolin Wushu Brasil, Li Hon Ki Wing Chun, Mestre Alvaro de Aguiar e J.K.Winners Artes Marcias.

Associação de Artes Marciais Ricardo Sobreira preserva valores do Hung Gar

Entidade ensina ainda Tai Chi

Chuan e Muay Thai, em

São Paulo

KUNG FU Com Informações de: Ricardo Sobreira

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É na Escola Artes e Ciências Orientais da Evolução Tradicional, presente em vários países do Ocidente, que é possível encon-trar a essência do Pa­Kua.

Em um espaço voltado ao aperfeiçoamento pessoal por meio do conhecimento, aprendizagem, ensino e a compreensão das mudanças do dia a dia, os alunos desenvolvem uma melhor co-

nexão com o seu entorno, fortalecendo virtudes e compreendendo fraquezas.A escola já foi estabelecida na Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai,

Espanha, Estados Unidos, França, Canadá e México, e tem como diretor mundial o mestre Enrique A. Blanco. O ensino compreende as disciplinas (mestrado) Pa­kua, Armas Antigas, Dao Inn, Tai Chi Kua e Reflexodinâmi-ca, que exploram as raízes deste pensamento milenar.

Historicamente, a essência original do Pa­kua surgiu por volta de 3.000 a.C, no território que conhecemos hoje como a China. Os “kua’s” são a base para desenvolvimento do I ching, “O Livro das Mutações”.

Na Escola Artes e Ciências Orientais da Evolução o formato de Pa-Kua que rege organização é o pré-mundano familiar.

O Pa­kua oferece ao praticante um amplo conjunto de técnicas de combate, altamente eficientes e eficazes, na qual ele alcança o crescimento psicofísico. As aulas regulares fortalecem e aumentam a flexibilidade, permitindo uma melhor conexão entre o corpo, a mente e o espírito.

Organização é voltada ao aperfeiçoamento pessoal por meio do conhecimento, aprendizagem, ensino e a compreensão das mudanças do dia a dia

O desenvolvimento das técnicas de combates proporciona um aumento da segurança, força, autoconfiança, melhoria do sono e autoestima.

Na prática diária, é confrontado com seus próprios medos e dificulda-des. Consequentemente, adquire sabedoria e coragem para enfrentar as diversas situações que impedem a sua evolução natural.

Na formação, o aluno desenvolve técnicas de defesa pessoal com as mãos e os pés, baseadas em golpes, aprende também alavancas, torções, lances, quedas, luta de solo, luta livre, defesa de armas brancas e um conjunto de ha-bilidades e movimentos diferentes, com pontos de técnicas orientais.

O ensinamento é transmitido de forma tradicional dentro do padrão familiar Mestre-Discípulo, onde cada um tem um plano de formação de acordo com seu perfil, situação e limite, buscando sempre a evolução gra-dual nos critérios e os valores pertinentes ao desenvolvimento.

No Pa­kua não é estimulada a competição, pois os mestres acreditam que a única luta que é válida é contra si mesmo, obedecendo a forma tradicional de ensino e os critérios originais.

As faixas são divididas em branca, amarela, laranja, verde, cinza, azul vermelha e preta, após esta última, existem mais oito níveis de grau.

Pakua TradicionalEscola de artes e ciências orientais da evolução

[email protected]: (85) 32671940

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TAEKWONDO

CADERNO DE TAEKWONDO | REVISTA MASTER 18

A Federação do Estado de São Paulo de Taekwondo (FESPT), fundada em 2012 com a finalidade de unir e fomentar a modalidade em toda a região paulista, conseguiu em pouco tempo resultados mais expressivos que muitas en-tidades tradicionais.

Em 2013, foi reconhecida pela Confederação Brasileira (CBTKD), órgão máximo no país, como única e exclusiva entidade oficial do Estado de São Paulo.

Presidida pelo Dr. José de Souza Júnior, proporciona meios e condi-ções para a evolução de todos os “taekwondistas” e busca resgatar a ver-dadeira essência da arte marcial e do esporte.

Nas palavras de Souza Júnior, o compromisso da diretoria é ino-var em termos de estratégias de administração, agindo com respeito e contando sempre com a participação de todos que estão realmente comprometidos com o Taekwondo. “O maior desafio desta gestão é criar um Centro de Treinamento, onde serão realizados cursos de capacita-ção, oficinas, seminários, atualizações de informações e divulgação dos trabalhos realizados pela federação. Além de incentivar os projetos so-ciais, que são essenciais para o desenvolvimento da entidade, e muitas vezes, revelam talentos”, afirma.

O modelo de gestão adotado está dando certo, tanto que só em 2014, a organização promoveu inúmeros eventos. Em várias cidades paulistas, aconteceram Seminários Estaduais de Arbitragem, Seminários Estaduais para Técnicos, Seminário Técnico Internacional com Ireno Fargas, Classifi-catórias Paulistas, Campeonato Paulista, Exames de Graduação, Grande Prêmio Paulista, Taça e Copa FESPT e Seletiva Estadual.

Sem contar ainda os que os atletas da FESPT competiram em outros estados, dentre os quais, Paraná (Campeonato Brasileiro Infantil, Júnior e Sub-21, FESPT foi a Campeã Geral nas categorias Sub-21 e Júnior), Es-pírito Santo (Brasileiro Adulto, Master e Cadetes, FESPT Campeã Geral da categoria principal), Rio Grande do Norte (Copa das Federações e a Copa do Brasil), entre outros.

Em Natal, na Copa das Federações, cerca de 45 atletas de diversas agremiações paulistas registradas na FESPT, lutaram. Ao final, a FESPT ficou na vice colocação.

Na Copa do Brasil, organizada de 07 a 09 de novembro, a FESPT con-quistou o título de campeã geral da CBTKD, ficando em primeiro lugar em cadete, sub-21 e adulto, e na segunda posição da classe júnior.

Paralelamente às ações voltadas para o alto rendimento está a preo-cupação com a base, então foi criado o Programa de Apoio ao Desenvol-

FESPT faz balanço da temporada 2014

Avenida Das Roseiras, 140CEP: 17519-200 • Marília/ SPTel: (14) 3316-8980 Fax: (14) 3316-8970

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vimento das Academias, uma iniciativa inédita que já está sendo copiada por outras entidades onde entre as ações a FESPT distribui kit de materiais para as academias. “É um grande passo, professores e mestres não espe-ravam, nunca haviam testemunhado e contemplado por iniciativas como esta entre outras que estão sendo realizadas pela FESPT, este é um traba-lho de reconstrução do taekwondo”, comentou o Presidente Souza Júnior que finaliza, “estamos apenas iniciando um trabalho que com absoluta certeza alcançaremos o êxito, iremos recolocar o taekwondo paulista em seu devido patamar, de onde nunca deveria ter saído, um lugar digno da grandeza e beleza do nosso estado”.

A FESPT é a entidade oficial no estado de São Paulo ligada ao sistema oficial brasileiro do esporte, filiada à Confederação Brasi-leira de Taekwondo (CBTKD), não recebe apoio governamental. Paradoxalmente tem entidades no estado de São Paulo que não pertencem ao sistema oficial do esporte olímpico recebendo re-cursos do governo. Todas as atividades e ações da FESPT são realizadas com recursos próprios.

Com Informações de: FESPT

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FESPT é a única

Federação do Estado

de São Paulo membro

do sistema oficial

olímpico brasileiro

Bang Taekwondo Club MaríliaAcademia AMW Sports • Spah Center São PauloAcademia Artes Marciais Alto do Ipiranga Mogi das CruzesAcademia Bebedouro TKD Bang BebedouroAcademia Belmiro Giordani SantosAcademia Central Team Mauá MauáAcademia de Taekwondo Leopardo SuzanoAcademia Frente a Frente TKD Cotia CotiaAcademia Ipiranga São PauloAcademia Joyce Taekwondo Biritiba MirimAcademia Kickers São PauloAcademia OTC Carlos Costa CampinasAcademia Sport Winner São CarlosAcademia Studio das Lutas Rio ClaroAssociação Alta Paulista de Taekwondo MaríliaAssoc. Alto Rendimento TKD Sorocaba SorocabaAssociação Bandeirantes Taekwondo BauruAssociação de Taekwondo de São Paulo São PauloAssociação de Taekwondo do Estado SP MaríliaAssociação Desportiva Taekwondo Itú ItúAssociação Furia TKD Suzano SuzanoAssociação Miyamoto de Taekwondo São PauloAssociação NTKD Combate de Taekwondo São VicenteAssociação Paulista de Taekwondo MaríliaAssociação Rodney Taekwondo Santos - GuarujáAssociação Seon de Taekwondo Clube DiademaAssociação Deuilson Lima São VicenteAssociação Weleder Lourenço São VicenteAtleta Cidadão SJC São José dos CamposBang Taekwondo Club Jaboticabal JaboticabalBang Taekwondo Club Vera Cruz Vera CruzBang Taekwondo Club Garça GarçaBang Taekwondo Club Paraguaçu Paulista Paraguaçu PaulistaBang Taekwondo Club Maracaí MaracaíBang Taekwondo Club Oriente OrienteCentro de Treinamento Twins Fighters São Paulo

Circolo Italiano de São Caetano do Sul SEEST São Caetano do SulColégio Cristo Rei MaríliaClube Atlético Juventus São PauloClube Campineiro de Regatas e Natação CampinasDojan Nippon PiracicabaDu Sol Team JacareíECN Juventus São PauloEquipe de Lutas do Tatuapé São PauloEquipe Hawarang-Do Taekwondo Vargem Grande do SulEquipe Sander Sport de Taekwondo MaríliaFabian Taekwondo São PauloFundesport Bang Araraquara AraraquaraI.T.A.M Jackson de Oliveira Praia GrandeInstituto AFG SantosIvanildo Taekwondo São PauloKorak Taekwondo São CarlosLiga Valeparaibana de Artes Marciais São José dos CamposMarquinhos Taekwondo Team São PauloMassa Team São PauloPM Marília Escolinha Taekwondo SEL MaríliaProjeto Raça - Prefeitura de Hortolândia HortolândiaRibeirão Preto TKD Bang Ribeirão PretoRogerio Botelho TKD Praia grandeSanto André Taekwondo Santo AndréSAS Casa do Pequeno Cidadão III MaríliaSAS Casa do Pequeno Cidadão IV MaríliaSAS Casa do Peq. Cidadão Padre Nóbrega MaríliaSAS Casa do Pequeno Cidadão Rosália MaríliaSAS Casa do Pequeno Cidadão VI MaríliaScorpions Taekwondo Team ItúSecretaria de Esportes de Indaiatuba IndaiatubaSociedade Esportiva Palmeiras São PauloSport Club Corinthians Paulista São PauloTaekwondo Bebedouro DME • BANG BebedouroTaekwondo Maninho Mogi das CruzesVinhedo Taekwondo - NC Vinhedo

Nome da Academia Cidade Nome da Academia Cidade

*Informações atualizadas em Dezembro de 2014

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TAEKWONDO

CADERNO DE TAEKWONDO | REVISTA MASTER 20

Da Redação | Fonte: Pref. de Atibaia | Fotos: Jaqueline Kondo

A cidade de Atibaia, maior produtora de morangos do es-tado de São Paulo, é também um dos grandes polos de Taekwondo e Hapkido do Brasil.

Em setembro, na Copa Atibaia de Taekwondo e Hapki­do, organizada pelo mestre White Wagner em parceria com a prefeitura, mais uma vez se sobressaiu.

Aproximadamente 523 atletas se inscreveram e a Copa recolheu mais de uma tonelada de alimentos. Os mantimentos foram recebidos pela primeira dama e presidente voluntária do Fundo Social, Simone Cardoso, que vem fazendo um excelente trabalho.

O evento que se tornou exemplo de solidariedade foi criado para co-memorar os nove anos do projeto social “Taekwondo Cidadão Campeão”, festejados em setembro.

As crianças do programa em vez de fazerem uma festa, tiveram a ideia de realizar uma competição solidária, onde cada atleta pagaria sua inscrição não com dinheiro, mas com alimentos, doados ao Fundo Social.

Na classificação geral por equipes no Taekwondo, as três primeiras posições foram ocupadas pela Figueira Team, Du Sol Team e Evandro Mattos Team. No Hapkido, estiveram no pódio a Naja, Fred Wilson e a Red Black. Por ter sediado a Copa, a equipe de Atibaia decidiu não participar da classificação.

Atibaia se torna referência no Taekwondo Social

Para comemorar os noves anos do projeto “Taekwondo Cidadão Campeão”, cidade organizou uma Copa, com mais de 500 inscritos

A primeira dama e presidente do Fundo Social de Atibaia, Simone Cardoso, o prefeito Saulo Pedroso e o mestre White Wagner

O evento arrecadou mais de uma tonelada de alimentos

O mestre White Wagner agradeceu a todos os mestres, atletas e equi-pes, e anunciou que a 2ª Etapa do Campeonato Paulista em Atibaia será promovida no dia 22 de março de 2015.

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Projeto Social “Taekwondo Cidadão Campeão” Criado há nove anos, na cidade de Atibaia, pelo mestre White Wag-

ner em parceria com a Associação de Futebol de Atibaia (AFA) e a Pre-feitura de Atibaia, o “Taewondo Cidadão Campeão” é um exemplo de inclusão social e uma esperança para mais de 300 alunos.

White destaca que o sucesso do projeto só foi possível porque o prefeito de Atibaia, Saulo Pedroso, não mediu esforços. “Ele acreditou e investiu no esporte e nos projetos sociais, e não foi só no Taekwondo. Graças ao prefeito Saulo e ao secretário de esportes Fabiano de Lima, hoje Atibaia é uma referência esportiva em várias modalidades, como Judô, Capoeira, Vôlei, Atletismo. Outro bom exemplo é a AFA, que conta com 1200 alunos”, comenta.

Público presente e grande quantidade de atletas Organização bem sucedida

Carlos Brigida (Presidente da AFA), Fabiano de Lima (Secr. Esp.) Mestre White e Wágner Zamarenho

Entrega de homenagens aos mestres e professores de Hapkido

Foto de apoio para as crianças com câncer

Entrega de homenagens aos mestres e professores de Taekwondo

Informações (11) 95335 [email protected] - pinheiro white

2ª Etapa do Paulista/ Atibaia dia 22 de março

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CADERNO DE TAEKWONDO | REVISTA MASTER 22

Técnicas de competição | Belmiro Giordani

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1Torgue Tchagui

Atletas em base igual: ambos com a esquer-da atrás ou direita atrás.

Ergue o joelho direito flexionado.

Atletas na base aberta ou base trocada quando estão com as pernas contrárias a trás, um com a direita e o outro com a esquerda.

Termina o passo recuando pela frente, saindo do chute do oponente.

Atacante faz um giro de 180° pelas costas.

Aplica o chute no tronco e o/ou no rosto. O tor­gue tchagui usado no ataque e aconselhável quando o oponente está recuando.

O atacante inicia um ataque de bandal tchagui.

Termina o giro e inicia o chute com a perna direita.

Contra-atacante recua com a perna da frente- 180° pela frente.

Sem colocar o pé esquerdo no chão, troca a perna no ar e aplica torgue no tronco ou com variação no rosto.

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3 42

Inicia o contra-ataque erguendo o joelho esquerdo, preparando para o chute.

O torgue tchagui é uma técnica que, ao ser aplicada no tronco, valerá 3 pontos a partir de janeiro de 2015. No rosto renderá 4 pontosIMPORTANTE: Para a eficiência da técnica, a distância correta e o time do chute são essenciais. Para efeito de diagramação os atletas estão posicionados mais próximos. Na realidade esta técnica é utilizada com a distância superior a demonstrada

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Av. Dr. Bernardino de Campos, 355 Santos, SP, 11065-101 TEL: (13) 3385 0355 | 98131 [email protected] | www.joecampostkd.com.br

O mestre Joe Campos tem motivos de sobra para se orgulhar dos alunos. Há poucos meses, viu a pupila Andressa Mora-es, de 20 anos, conquistar o ouro no XII Pan-Americano de Taekwondo ITF, disputado por mais de dois mil atletas, de 10 países, em Assunção, no Paraguai.

Há sete anos acompanhando a atleta, Joe disse que ela é muito dedicada e tem o esporte na alma. “A Andressa praticamente tem o Taekwondo na alma e sempre teve muita facilidade de aprender. A cada ano e faixa está mais madura tecnicamente”, detalha.

No currículo, a santista, que estuda Direito, possui essa vitória internacional, três títulos brasileiros e dois paulistas. Na capital pa-raguaia, para receber o título da categoria adulto 60 a 70 kg, teve de passar por duas adversárias argentinas. Foi a única brasileira a ganhar o ouro.

Andressa treina na academia Aggon, de Santos, assim como os outros destaques, Rafael Abreu, Pedro Henrique e Douglas Montez, que voltaram da disputa com o bronze. Todos tiveram o apoio do estabelecimento e o pa-trocínio da Transbrasa.

O técnico revelou que a equipe de competição treina em média de três a quatro horas por dia. Em época de torneios, fazem natação, pre-paração especial na praia, no mar, sobem a Ilha Porchat, em São Vicente, correm em trilhas ecológicas e têm treinos rústicos. “Depois desse Pan--Americano, nossa meta é a Copa do Mundo. E esses atletas conquista-ram esse direito. Fisicamente falando, estão em excelente forma, vou trabalhar o emocional deles ainda mais”, frisou.

Campeã pan-americana de Taekwondo ITF é aluna de Joe Campos

Andressa Moraes foi a única santista a voltar do Paraguai com o ouro na mala

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CADERNO DE TAEKWONDO | REVISTA MASTER 24

A federação foi criada e idealizada em 1998, pelos irmãos Álvaro Figueira e Áttilla Torres. A princípio, o departa-mento administrativo ficou sob a responsabilidade de Álvaro, devido a sua grande experiência em gestão. Ele fez um excelente trabalho, criando uma política de qua-lidade e baixo custo.

Por sua vez, a parte técnica ficou a cargo do grão-mestre Áttilla, que conseguiu unir a sua larga experiência esportiva com uma visão de gestão atual e democrática.

Todo o desenvolvimento teve a consultoria do então vice-presidente, o Prof. Ubaldo Alcântara, que ajudou o GM Jung Do Lim a introduzir o Taekwondo no Brasil em meados de 60 e construiu algo que realmente representou a maioria dos praticantes.

O sucessor do Prof. Álvaro Figueira foi o Dr. José Augusto Maciel Tor-res, líder da entidade estadual até 2013, ano em que Áttilla foi eleito o novo presidente.

Batizada como “Federação de Taekwondo Interestilos da Bahia (FTIB), a instituição, a partir de 2013, mudou de nome e passou a se chamar Fe-deração Desportiva do Estado da Bahia de Taekwondo ( FDEBT).

Áttilla Torres é eleito presidente da Federação Desportiva do Estado da Bahia de

Taekwondo (FDEBT)

Principais líderes do Taekwondo Baiano em reunião na Federação

Da esquerda para direita: Joel dos Santos, Mauro Cabral, Paulo Carvalho, Áttilla Torres, Antônio Medeiros, Matheus Lima e Aloisio Brasil

Grão-Mestre Áttilla TorresPresidente

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Federação Desportiva do Estado da Bahia de Taekwondo (FDEBT) Alameda Benevento, 584, 1º andar, Pituba, Salvador, BA, CEP: 41.830-595Tel: (71) 3178-0002 | 9964-9929 Vivo | 8820-3050 Oi | 9312-9394 TimSite: www.tkdbahia.com.br | E-mail: [email protected] twitter.com/tkdba | www.facebook.com/tkdba | www.flickr.com/photos/tkdbahia

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Com Informações de: Áttilla Torres

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CURIÓ GOLD [email protected]: (11) 98513-9812Rua Palmares, 46- Centro, Ribeirão Pires/ SP

Centro de Treinamento [email protected]: (51) 8215-2625Avenida Paraguassu, 1024 - Capão da Canoa/ RS

Academia Boa [email protected]: (54) 3261-3076 Coronel Pena de Moraes, 500 Centro, Farroupilha/RS

Academia Vita [email protected]: (54) 3538-2000R. Carlos Barbosa, 1796 Bairro Rio Branco CEP: 95099-100 Caxias do Sul/ RS

CEIT – Academia Marcial [email protected] Tel: (51) 3019 7805 Av. Farrapos 2137, Bairro Floresta, Porto Alegre/ RS

Academia Combat [email protected] Tel: (54) 9601-6913 Av. Saldanha Marinho, 188 São Francisco Garibaldi/ RS

Ass. Khion de Artes Marciais [email protected]: (53)9185-5427Rua Colombia, 573, B. América, Rio Grande/ RS

Academia Combat [email protected] Tel: (54) 9136-1566 Av. Saldanha Marinho, 188São Francisco Garibaldi/ RS

[email protected]: (53) 9104-7437Endereço

Top Brother [email protected]: (53) 8441-0904Rua Santos Dumont, 572, Centro – Pelotas/ RS

CEIT – Academia [email protected]: (51) 8477-7321Endereço. Av. Farrapos 2137, Bairro Floresta/ Porto Alegre/ RS

CT Dojo Guerreiro [email protected]: (54) 9949 8079 ou 9131 6488 - Linha Ávila 3.600, interior, Gramado/ RS

CEIT – Academia Marcial [email protected]: (51) 3019 7805 / 9689-4977Av. Farrapos 2137, Bairro Floresta, Porto Alegre/ RS

Antonio Arquilo

Idilso Kirch

Itacir Ferreira Correa

Guilherme RobertoCruz

Daniel Nunes Castro Yuri Turchetto

Mestre Diogo Martins Duarte

Enio Rodrigues

José Carlos Machado Pessoa

Igor Lessa Lima

Tomaz Jefferson

O Kapap Brasil, liderado pelo mestre Diogo Duarte e ligado à Federação Sul-Americana, vem ganhando novos adeptos a cada dia devido ao trabalho de Fábian Garcia e da Avi Nárdia Academy (ANA), administrada pelo major do Exército de Israel, Avi Nárdia, especialista em várias modalida-des e líder mundial desta arte.O Kapap é uma arte marcial dos grupos de Operações Especiais de Israel, tendo inclusive origina-do o Krav Maga. Apresenta socos, chutes, imobilizações, técnicas de defesa pessoal, defesa contra estrangulamentos, agarres, luta de chão, combate com bastões, combate com facas e tiro real em estande apropriado. Em níveis mais avançados, o praticante pode realizar treinamento anfíbio, rapel, entre outras atividades.No Brasil, o instrutor-chefe da corrente marcial é o mestre Diogo Duarte, que é nível II, policial mi-litar, mestre em Hapkido (4º dan) e educador de Krav Maga, Sambo Russo e Kali (Arnis Labanam).Apesar de ter sido criado dentro de uma unidade de Operações Especiais, o Kapap pode ser pra-ticado por mulheres, crianças, idosos e também por policias, pois além de condicionamento físico e mental, tem um lado disciplinador, desenvolvendo a autoestima.No Brasil, há líderes e instrutores no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Ceará, Pernambuco, Alagoas e Brasília.

No estado gaúcho, alguns instrutores são Igor (Pelotas), José Pessoa e Roberto (Rio Grande), Daniel Nunes (Capão da Canoa), Jefferson dos Reis (Porto Alegre), Tomaz Magno (Gramado), Idilso Kirsh e Enio Rodriges (Garibaldi). Em São Paulo, um dos grandes nomes é Arquilo.

Em resumo, mestres, professores e alunos com grau avançado em outras artes marciais podem fazer o curso de Líderes para serem também instrutores de Kapap. Conheça um pouco mais em www.kapapbrasil.com.br e venha fazer parte de nossa família.

KAPAP A ARTE MARCIAL QUEORIGINOU O KRAV MAGÁ

Page 26: Biografias imortalizadas - Revista Master

KARATE

CADERNO DE KARATE | REVISTA MASTER 26

Desde 18 de julho de 2011, data em que o sensei Marcio Cucchi e o professor Adriano de Souza, proprietário do Centro de Atividades Físicas CA2, na cidade de Massaranduba, em Santa Catarina, es-

tabeleceram parceria, a história do Karate­Do teve um novo recomeço na cidade e região do Vale.

Respeito, ética, responsabilidade e profissionalismo são sinônimos do sucesso no Karate-Do Marcial, defesa pessoal e esporte de combate.

O sensei Marcio Cucchi prioriza o Karate-Jutsu Marcial com ênfase na filosofia do Budo e enxerga a arte como ferramenta eficaz para pro-mover a autodefesa, saúde física e mental, aumentar a autoestima e autoconfiança, e para valorizar o respeito mútuo.

Sensei Marcio Cucchi3º Dan Shinshukan/FCK/CBKCREF – 016610.P/SCPedagogo/Pós-graduando em Pedagogia do Esporte`

facebook.com/[email protected]

Cucchi Karate-DoMassaranduba / SC

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Olympico Club Atividades esportivas e sociais desde 1935

ARTES MARCIAIS: Karate­Do esportivo, defesa pessoal, Kobudo, Medita-ção Zen, ginástica, alongamento, avaliação física, nutrição esportiva

Rua Pompeu Loureiro, 116 - Copacabana - metrô Cantagalo - Corte lagoa bombeiros Fones: (21) 2274-5919 | (21) 2143-7590

Prof. Luiz Rodolfo De Aragão Ortiz, ensina Artes Marciais desde 1968

• Mestre Honoris Causa em artes marciais • Mestre em propriedade intelectual e inovação • CREF 4747 - RJ / 8º Dan Karatê Shorin­Ryu / 5º Dan Kobu­do Shinshu­Kan / 4º • Dan FKERJ-CBK• Homenagem Escola de Educação Física da Força Aérea Brasileira (FAB)• Kobudo para PM/ RJ• Ex-monitor de Educação Física no Exército Brasileiro (2º Batalhão de Caçadores/SP) • Ex-diretor da FKERJ / CBK / USKB• Ex-delegado-técnico da seleção Carioca de Karate (FKERJ)• Ex-voluntário COB (Comite Olímpico Brasileiro)• Membro fundador da CLK (Consolidação das Leis do Karate Nacional)• Árbitro - examinador - ex-atleta de Karate­Do e Kobudo• Coordenador de eventos nacionais e internacionais de Karate• Demonstrações em Okinawa - EUA - Argentina - México - Peru/ estágio em Okinawa/ Japão• Bacharel em Educação Física (UNESA)• Engenheiro químico com estágio de pós-graduação em Bioquímica do Exercício • Publicação em seis edições do livro Grandes Mestres das Artes Marciais do Brasil• Cerca de 120 Faixas-pretas e 3.000 alunos• Reportagens TVE / TB Globo / TV Manchete / TV Rio• Aluno do Sensei Mitsuhide Shinzato 6º Dan (Shinshu­Kan Shorin­Ryu Karate­Do)• Aluno do Mestre Hirokazu Shinzato 7º Dan (Shinshu­Kan Kobu­Do)• Aluno do Mestre Masahiro Shinzato 9º Dan (Shinshu­Kan Shorin­Ryu Karate­Do)• Aluno do Grande Mestre Yoshihide Shinzato 10º Dan - In Memoriam (fundador Shinshu­Kan)

CredenciamentosConselho Regional de Educação física do Estado do Rio de JaneiroFederação de Karate do Estado do Rio de JaneiroUnião Shorin­Ryu Karate­Do Brasil (Santos/ SP)Confederação Brasileira de Karate (São Paulo/ SP)União Shinshukan Kobu­Do Internacional (Santos/ SP)International Union Shorin­Ryu Karate­Do Federation (Santos/ SP)Federação Mundial de Karate (183 países) (Madri - Espanha)

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WWW.REVISTAMASTER.COM.BR | Nº 07 27

O berço do Karate e do Kobudo, Okinawa, no Japão, organizou um seminário em homenagem a dois grandes mestres: Kat-suya Miyahira e Seitoku Ishikawa, já falecidos.

O evento, realizado em 02 de agosto e comandado pelo presidente da Shorin Ryu Association Kyokai, Takeshi Myagui (Hanshi Jyu Dan), teve vários Jyu Dans (10º dan).

A escola Shinshukan, presente em 17 países, foi representada por membros da Argentina e do Brasil, como Hector Gonzalez Ceballos (9º dan), Gilberto Israel (7º dan), Raul Ahumada (6º dan), Gustavo Oliva (5º dan) e por Matias Asato (4º dan).

Houve a execução de dois katas de Karate-Do, sendo um com bunkai e outro de kobudo com nunchaku. A entidade também foi convidada a fazer demonstrações nas categorias até yondans, renshis, kyoshis e hanshis para as autoridades presentes e grandes mestres.

No dia 03 de agosto, mais de 800 participantes prestigiaram as 41 demonstrações. Quase 90 caratecas se apresentaram.

Para o mestre Gilberto Israel, o período de atividade no Japão foi essencial para o amadurecimento profissional. “Durante uma semana, vivemos o mais puro e elevado espírito do Karate. Nunca tinha visto ou participado de algo parecido. Foi um acontecimento histórico”, disse.

Na 22ª edição do Campeonato Mundial Sênior de Karate, sediado de 05 a 09 de novembro, em Bremen, na Alemanha, o Brasil ganhou duas medalhas e terminou na oitava colocação.

O gaúcho Douglas Brose conquistou o bicampeonato após derrotar o holandês Geoffrey Berens. Anteriormente, foi ouro em 2010, na Sérvia, prata em 2012, na França, e bronze em 2008, no Japão, se consolidando como o mais importante carateca brasileiro.

Na Alemanha, Brose teve mais um motivo para comemorar: ganhou a eleição para ser o novo membro da Comissão de Atletas da WKF, da mes-ma forma que o venezuelano Antonio Díaz.

Outro que também representou as cores verde e amarela com garra foi o estreante em Mundiais Vinicius Figueira, que derrotou o britânico Jordan Thomas por 6 a 2 na disputa pelo bronze, da categoria kumite até 67 kg.

Além deles, a delegação brasileira reuniu nomes como Alessandra Caribé (kata feminino), Williames Souza (kata masculino), Wellington Barbosa (kumite masculino + 84 kg), Rogério Emerick (kumite masculino - 84 kg), Milton Menezes (kumite masculino - 75 kg) e Natália Brozulatto (kumite feminino - 68 kg).

A maioria dos atletas nacionais veio da Bahia, Santa Catarina, Rondô-nia, Paraná e de São Paulo. O ouro e o bronze colocaram o Brasil na oitava colocação geral. Na primeira posição ficou o Japão, com 10 medalhas, seguido pelo Egito e a França.

O 22º Mundial da World Karate Federation (WKF) teve aproximada-mente 116 países e 887 atletas.

Seminário em Okinawa conta com integrantes da

família Shinshukan

Douglas Brose e Vinicius Figueira sobem ao pódio do

22º Mundial Sênior WKF

Durante uma semana, a terra natal do Karate recebeu grandes mestres e foi

palco de inúmeras demonstrações

Em sua quinta competição, Brose faturou o título de bicampeão mundial. O estreante Vinicius Figueira

também esteve no pódio, mas com o bronze

Discurso do vice-presidente Shorin Ryu Association Hanshi M. Maeshiro Douglas Brose no pódium

Da Redação | Fonte: FPK

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KARATE

CADERNO DE KARATE | REVISTA MASTER 28

Foi sob o lema do Karate Shobu Ryu “Justiça, Lealdade, hu-mildade e perseverança” que a mestra 5º dan Fabiana Cou-tinho, de 36 anos, construiu sua história e se tornou fonte de inspiração.

Em 16 anos de magistério marcial, atuou em várias aca-demias, mas há alguns anos tem se dedicado apenas ao seu

projeto social na comunidade Chácara Parreiral, em Serra, no Espírito San-to. Nele, alunos a partir de cinco anos são apresentados ao Karate. Hoje, tem campeões em vários níveis, de estadual a brasileiro.

Em 2012, ao entrar na Federação do Rio de Janeiro, liderada pelo mestre Gregório, trabalhou no projeto Instituto Projeres, também em território capixaba. Mesmo com a sua saída, o aluno Tiago Santos Coelho, deu continuidade aos ensinamentos. Foi campeão nas duas competições das quais participou. Com o término do programa, foi treinar novamente com Fabiana Coutinho em Chácara Parreiral, onde vem se destacando.

Desde que viabilizou o sonho, Fabiana não trabalha somente para preparar grandes atletas, mas para formar cidadãos de bem. Tem como “braço direito” o instrutor faixa marrom Vinícius Nunes, que tem colabo-rado bastante para o crescimento do projeto.

O ex-aluno Carlos Rodrigo Ridolf, que iniciou os treinamentos em 1999 e hoje é faixa marrom, está de volta para ajudar na expansão da atividade social em quatro bairros.

Há quatro anos é apoiada por Alexandre Xambinho, personalidade respeitada na cidade de Serra. “Ele me ajuda em todas as questões perti-nentes ao Karate. É uma pessoa importante para o crescimento desse pro-jeto e está sempre presente. Sem o seu apoio, não conseguiria ir adiante. Também agradeço o apoio dos Mestres Gregório e Jacy Pacheco”, explana.

O projeto social Fabiana Coutinho possui 40 alunos, mas em 2015 o objetivo é atender 200 pessoas em todas as comunidades que será im-plantado. Em relação aos nomes fortes, a mestra prefere não ranque-ar, pois segundo ela, todos têm qualidades e potencial.

Fabiana Sousa CoutinhoPratica Karate Shobu Ryu desde os 10 anos. Formou-se faixa preta aos 18 anos. Em junho de 2014, durante a Copa Serra, o mestre Emer-son Martins esteve no estado do Espírito Santo pela primeira vez e a graduou 5º dan (faixa coral). Fabiana é a única mestra no Brasil no estilo Shobu Ryu, sendo campeã estadual e vice-campeã brasileira. [email protected]

Mestra em Karate quer expandir projeto social em Serra/ ES

Shobu Ryu

Há mais de três anos, Fabiana Coutinho tem preparado grandes atletas e cidadãos de bem

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Fabiana Souza Coutinho e Grão-Mestre Emerson Bernardo Martins

Mestre Gregório Evangelista Fabiana com Alexandre Xambinho

Equipe de Itaguai/ ES

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Com Informações de: Fabiana Coutinho

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8° SEMINÁRIO DE HWARANG KUMDO INTERNACIONAL

7 e 8 de fevereiro de 2015Sábado: 8h às 19h

Domingo: 8h às 17h - Curitiba/ PR

Cursos: faixas pretas/ Árbitro internacional - Instrutor internacional

Luta de espada - novo estilo de competição

12° WORLD HAPKIDO CHAMPIONSHIP

16 e 17 de maio de 2015Local: Ginásio Oswaldo Cruz

Curitiba/ PR

23 WORLD OPEN TAEKWONDO CHAMPIONSHIP

16 e 17 de maio de 2015Local: Ginásio Oswaldo Cruz

Curitiba/ PR

Aproximadamente há 4 mil anos, quando as pessoas co-meçaram a viver em grupos, já existiam sinais de defesa instintiva. Tal premissa pode ser constatada pelos vestí-gios deixados em cavernas da China, da Coreia e etc.

A região da Coreia foi a primeira classificada como Ko Jo Sum. Posteriormente, foi dividida em três países,

entre elas, a civilização Silra, que era a mais adiantada das três. Por lá, começou uma infiltração cultural de origem budista.

O Silra era liderado pelo general Kim Yu Sin, que formou um grupo chamado Hwa Rang-Do, interessado em unir os três países. Formado por jovens doutrinadores, que praticavam certo tipo de defesa, tinha como lema: amar a pátria, confraternização mútua; não recuar um só passo na luta e respeitar os pais e ajudar os fracos.

Com essa filosofia, nasceu o Hwarang Kumdo, responsável pelo en-grandecimento da civilização de Silra durante todos os anos de sua existência, e o Império Kório, fundado mil anos antes da Coreia.

Naquela época, criavam e praticavam vários tipos de lutas, que eram ensinadas nos exércitos, a exemplos do Yu-Sul (estilo de Taekwon­

WORLD HWARANG KUMDO FEDERATIONFundado 20 de novembro de 2013

HWARANG KUMDO É FONTE DE DEFESA PESSOAL QUE VENCEU O TEMPO

Grão-Mestre Dr. Hong Soon Kang (Presidente e Fundador)Sede: Av. Visconde de Guarapuava 4241 - 91 / Curitiba/ PR

Tel: (41) 9919 -1310 / 3014 - 7413 [email protected]

do), Su-Bak (tipo de Sumô), Hapkido (usado em todas as batalhas) e Kumdo (com uso de espadas).

Até os trajes atuais de luta são cópias fiéis de vestimentas do pas-sado. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, nesse período representavam as várias classes sociais.

O Kumdo foi escolhido pelo próprio imperador para fazer parte do treinamento da guarda de honra. Passado mais de 500 anos, o general Lee Sung Kie estabeleceu o Império Yido, tomando o lugar do Kório, e mandou matar todos os praticantes de defesa pessoal.

Em consequência disso, os praticantes foram se esconder nas mon-tanhas, alguns escaparam, outros morreram. Apesar de todos os dile-mas, o Kumdo permaneceu, do mesmo modo que o Yo Do (tipo de Judô) e o Teakun (tipo de Taekwondo).

Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a República da Co-reia, na qual foi adotado o Kundo para treino da guarda pessoal do presidente. Após a Segunda Guerra, o Kundo, que até então, era uma luta reservada para a presidência e para nobres, passou a ser conhecida pelo povo.

Page 30: Biografias imortalizadas - Revista Master

MUAY THAI

REVISTA MASTER 30

Em 2005, quando fundou a academia Isamp Sport, em São Paulo, o mestre Israel Salvador nem imaginava que ela fosse se tornar um grande celeiro de campeões.

Com quase 10 anos de existência, o centro de treinamen-to é procurado por lutadores de artes marciais e também por pessoas que desejam simplesmente qualidade de vida.

Auxiliado por três professores, o mestre tem feito um trabalho úni-co na cidade, levando os seus representantes para os campeonatos mais tradicionais e promovendo seminários, cursos, exames de graduação e outros eventos.

Com nomes de peso como Augusto Farias, Davi da Silva Soares, Fer-nanda Silva, Helder Gomes da Silva (Buiu), Gabriel Gonçalves, Israel Cruz, Lander Tadeu Da Silva, Marcos Aurélio de Souza (Wolverine), Michael Cruz, Wagner Cruz, Flavio Adolfo, Anderson Cruz e Odomar Souza, sendo esses três últimos atletas e também professores, a Isamp tem despontado no cenário marcial brasileiro.

Para o campeão sul-americano, internacional, brasileiro, Iron Figth, K1-Rules, Talents Figth, do Brasileiro Paulista e da Copa do Brasil Inter-nacional, Odomar Souza, a relação entre alunos e professores é bem familiar. “Lecionei em outros lugares, mas na Isamp o ambiente é bem diferente, todos nos ajudamos como uma verdadeira família. Ministro au-las três vezes por semana, das 20h às 22h, e há pouco tempo fui nomeado vice-presidente da academia”, disse.

Em 16 anos de amizade com o mestre Israel tem o ajudado a fazer o melhor pelas artes marciais. “Somente no último campeonato que par-ticipamos, saímos com 12 títulos no Muay Thai, Low Kick, Full Contact, MMA, Submission e Jiu Jitsu. O esporte é fonte de lazer e um caminho profissional, portanto, merece ser tratado com bastante responsabili-dade”, encerra.

Isamp Sport desponta nas artes marciais pelo treinamento diferenciado

Academia de Muay Thai, MMA e Kickboxing tem conquistado medalhas em quase todos os campeonatos

em que participa

PROFESSOR ODOMAR SOUZA.

TEL: (11) 5662 3944 (residência)Cel: (11) 9650 [email protected] Sport de Artes Marciais(11) 5922-1210 | 5667-4460 | 7833-6818 [email protected]

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Com Informações de: Odomar Souza

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Na tarde de 23 de setembro, Álvaro de Aguiar, um dos pioneiros do Muay Thai no Brasil, esteve na Bueno Edi-tora, onde anunciou que é o novo delegado regional da modalidade no estado de São Paulo pela Confederação Brasileira (CBMT).

O mestre ficará responsável pelas filiações, fará a pre-paração das equipes para o Campeonato Brasileiro, entre outras atividades.

Segundo ele, com o aparecimento de tantos novos praticantes, a modalidade precisou se restabelecer. “Recentemente, participei de uma reunião com o presidente da CBMT, Artur Mariano, com o intuito de pedir mais reconhecimento. Fechamos parceria com a entidade e a partir de agora, só iremos trabalhar com os pioneiros, pessoas que realmente que-rem que o esporte evolua”, explica.

Conhecido por ser um dos maiores nomes da arte marcial no país, Aguiar atua em vários programas. “Estou vinculado a muitos projetos so-ciais, pois é por meio deles que conseguiremos formar cidadãos íntegros e de caráter. Frequentemente, vemos nos noticiários alunos agredirem seus professores. O nosso intuito é combater esse tipo de comportamento. No momento que tiverem acesso ao Muay Thai, serão indivíduos qualificados, afinal, a arte marcial está associada à educação e à disciplina”, justifica.

Mestre Aguiar possui ações sociais em Caçapava e em Barueri, mas planeja ampliá-los com o propósito de oferecer um caminho profissional as crianças e adolescentes.

Paralelamente, ministra cursos e seminários no Brasil. “De um modo geral, desde a década de 80, o Muay Thai tem crescido muito em todo o país, principalmente em São Paulo, que revelou o maior número de cam-peões. A cidade de Santos também está nesta lista”.

Destaque no livro Grandes Mestres 6ª ediçãoÁlvaro de Aguiar também aproveitou a visita para gravar um depoi-

mento para o portal dos Grandes Mestres.Ele, que foi homenageado na 6ª edição do livro, ressaltou a impor-

tância da publicação. “Toda obra ligada ao esporte é fundamental para ajudar no crescimento do nicho e a divulgar os profissionais. Cada edição dos Grandes Mestres mantém vivo o legado das artes marciais. Não é à toa que o projeto é sucesso em todo o território nacional”, fala.

Álvaro de Aguiar é o novo delegado regional de Muay Thai no estado de São Paulo

Um dos principais treinadores do país será responsável pelas filiações, preparação das equipes e outras funções

Da Redação | Fotos Simone Aguiar

Mestre Artur Mariano e Mestre Álvaro de Aguiar

Page 32: Biografias imortalizadas - Revista Master

MATÉRIA DE CAPA

MATÉRIA DE CAPA | REVISTA MASTER32

Não se engane. As mulheres não entraram nas artes marciais por questões estéticas, a história delas nesse universo é mais antiga do que se imagina. Já na China e no Japão tinham de aprender alguma modalidade para sobreviver e proteger à família, tal como faziam os ho-mens.

Como a prática era essencialmente voltada ao sexo oposto, precisa-ram adaptar as técnicas para o seu biótipo.

Hoje, o foco mudou, mas a determinação e o espírito indomável não se perderam com o passar dos anos. Seja no Judô, Taekwondo, Karate, Muay Thai, Jiu Jitsu ou em qualquer outro esporte, estão quebrando pre-conceitos e recordes.

No Judô, uma das grandes precursoras foi Keiko Fukuda, neta do fun-dador, Jigoro Kano.

Durante quatro anos, teve aulas com ele. Vale lembrar que, na épo-ca, isso não era comum. Kano só abriu espaço para o público feminino depois que a Escola Kodokan completou 50 anos. Assim, ao perceber a capacidade de Keiko, não apenas lhe concedeu a faixa preta, mas pediu que viajasse pelo mundo para expandir a arte, o que fez com que ela passasse por diversos países, como Austrália, França, Noruega, México e Estados Unidos.

Pouco antes de falecer, recebeu o 10° dan, pelos seus 70 anos de ma-gistério. Ainda hoje é a única mulher a deter tal grau.

No Karate, algumas das protagonistas que abriram portas para as novas praticantes foram Tsuru Matsumura e Rui Sasaki.

Tsuru nasceu em 1809 e, com menos de 20 anos, já havia derrotado muitos adversários. Se casou com Sokon, que a chamou para uma luta. Como era de esperar, ele perdeu, todavia, este embate teve uma dife-

rença: despertou o seu interesse. Posteriormente, houve uma revanche, desta vez, muito equilibra-da. Isto foi suficiente para que aceitasse o pedi-do de casamento. Nesse período, muitos enlaces eram firmados dessa maneira, isto é, por meios de desafios, comprovando a força das mulheres.

Rui Sasaki também teve uma história pareci-da e, depois de muitas lutas, finalmente encon-trou um parceiro à altura.

Mais tarde, com as artes marciais sendo uti-lizadas com um viés esportivo, o cenário mudou. No Brasil, a judoca Ketleyn Quadros, da categoria leve, se tornou a primeira atleta a ganhar uma medalha marcial, nos Jogos de Pequim em 2008. Ela foi bronze ao vencer a espanhola Isabel Fer-nández, bicampeã olímpica.

Ainda no mesmo ano, doze dias depois, foi a vez da lutadora de Taekwondo Natália Falavigna repetir o resultado. Até hoje, é dela a única medalha de TKD brasileira na história do evento.

Mulheres avançam nas artes marciais

Crescimento de praticantes e vitórias consecutivas de atletas de ponta têm ajudado a derrubar barreiras

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ROSICLEIA CAMPOS

Da Redação

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ROSICLEIA CAMPOS

AS CAMPEÃS

Judô

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No Taekwondo, além de Natália Falavigna, Talisca Reis e Íris Sing estão no topo: Íris, por exemplo, aos 24 anos, já é campeã pan-americana, me-dalhista de bronze sul-americana, terceira colocada no ranking mundial

dos 49 kg e oitava no ranking olímpico. No Jiu Jitsu, Kyra Gracie, pentacampeã mundial e integrante da família

que difundiu a corrente no país e no mundo, é a principal atleta, já que Michel-le Nicolini, hexacampeã mundial, campeã europeia absoluta e do World Pro Cup, bem como integrante do Hall da Fama da International Brazilian Jiu Jitsu Federation (IBJJF), tem disputado eventos de MMA.

A lutadora de Muay Thai Tainara Lisboa, de 23 anos, é a atual campeã mundial pela World Professional Federation (WlPMF). Anteriormente, já deti-nha o cinturão da World Woman Boxing Association (WWBA), na categoria 63

kg. Com a unificação dos triunfos, é a grande representante da modalidade no planeta.

No Karate, Valéria Kumizaki, prata no Pan-Americano do Rio e bronze no de Guadalajara, no México, e Natália Brozulatto, campeã brasileira, bronze nos abertos da França e dos Estados Unidos, e nos Jogos Sul-Americanos, além de atual número um do ranking nacional em sua categoria, são as fontes de ins-piração das novatas.

Por paixão, vocação e determinação, todas essas meninas ajudaram a der-rubar o sexismo, deixando para trás os conceitos de inferioridade e fragilidade.

Seja para manter a forma física ou para simplesmente estimular a autode-fesa, as artes marciais têm um mesmo ponto em comum: exercitar o corpo e a mente dessas guerreiras.

Nos Jogos de 2012, com o ouro inédito de Sarah Menezes, o Judô e as as artes marciais como um todo ganharam um pouco mais de visibilidade. Segundo a técnica da Seleção Feminina do esporte, Rosicleia Campos, que também brilhou como atleta, chegando a participar de duas edições olím-picas, o grande diferencial foi entender que o Judô das mulheres era dife-rente dos homens. “Nos primórdios, nossa equipe não tinha planejamento independente, éramos e vivíamos à sombra do Judô masculino. Em 2006, o coordenador técnico internacional, Ney Wilson, e eu decidimos fazer um calendário diferenciado, voltado para nossa realidade e com objetivos espe-cíficos a curto, médio e longo prazo. O Judô feminino após esse calendário e investimento linear conseguiu ter autonomia e identidade”, revela.

A treinadora, que comanda a equipe desde 2005, é um das poucas que acompanhou todo esse processo evolutivo. “Graças a Deus tive o pri-vilégio de ver tudo mudar. Participei ‘in loco’ de toda evolução do Judô feminino. Me tornei atleta no mesmo ano em que as mulheres do Brasil fizeram a sua primeira competição internacional. Estive ainda na primeira Olimpíada, valendo medalhas em Barcelona (1992). Convivi na mesma equipe de atletas que pavimentaram toda essa estrada, como Monica Angelucci, Soraia André, Solange Pessoa, Carla Livia, Tania Ishi, Patrícia Bevilaqua, todas guerreiras e campeãs. Enfim, sei o quanto foi dura essa virada, marcada por conquista, autonomia de voo, identidade e, princi-palmente, independência”.

Questionada sobre o aumento de mulheres nos tatames, a treinado-ra disse que o crescimento se deve ao fato dos resultados expressivos. “A ótima campanha das meninas fez com que novas praticantes surgissem. Além de ser uma atividade física, é uma prática cognitiva. O Judô não trabalha simplesmente o corpo, é preciso pensar para executar de forma correta os movimentos dos golpes. Quem pratica apenas por hobby tam-bém tem benefícios, como aumento da autoconfiança e conhecimento de defesa. Com ele, a mulher se sente mais segura e tem noção de até onde o seu corpo pode chegar. Nem toda praticante de Judô será uma atleta de alto rendimento e também não se matricula no esporte pensando nisso, mas, sem dúvida, se espelha nas grandes esportistas”, completa.

No Brasil estima-se que haja aproximadamente 500 mil praticantes. No alto rendimento, os grandes nomes são Sarah Menezes, Erika Miranda, Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Mayra Aguiar e Suelen Altheman.

Todas essas judocas tiveram uma vivência de sucesso nas catego-rias de base, endossando o quanto é importante o trabalho das classes juvenil e júnior, que hoje estão sob o comando de Danusa Shira e An-drea Berti, respectivamente. “O estigma da mulher sexo frágil não exis-te. Sou mãe de gêmeos e apesar da rotina atribulada e da energia que se tornou minha marca registrada, sempre tenho um sorriso no rosto e a paciência necessária para vencer qualquer obstáculo”, fala.

Apaixonada pela modalidade, a treinadora faz questão de ressaltar o trabalho desenvolvido pelo departamento de estrategismo da Confedera-

ção Brasileira de Judô que atua na captação e análise de informações das principais potências mundiais (Japão, França, Rússia, Alemanha). Nesse trabalho conta com um fiel escudeiro que se chama Maurício Neves, que sempre a auxiliou pelo simples fato de amar o Judô. No último mundial, ele montou uma plataforma online com todas as informações necessárias por categoria, uma ferramenta extremamente funcional e essencial na busca por títulos. “Os excelentes resultados da equipe vêm de um traba-lho sincronizado entre os treinadores dos clubes de origens das atletas, do excelente planejamento, empenho e dedicação da equipe técnica e multidisciplinar coordenada pelo Ney Wilson e chefiada pelo Prof. Paulo Wanderlei, pelo investimento da CBJ e seus apoiadores privados, COB/Time Brasil e, especialmente, pela raça e comprometimento das atletas, porque sem isso, não se chega a lugar algum”.

Para Rosicleia Campos sua grande contribuição é ter caminhado por essa estrada. “Vivi o Judô em tempos difíceis, competi, treinei com dor, perdi peso, superei, chorei e sorri. Contribuo com meus conselhos, minha vivência, meu amor e dedicação”.

Rosicleia Campos

Page 34: Biografias imortalizadas - Revista Master

CADERNO DE KARATE | REVISTA MASTER 34

TAINARA LISBOASua história no esporte tailandês já dura 10 anos. Tudo começou quando

tinha entre 13 e 14 anos, na Thai Center, com o treinador Sandro de Castro, e foi amor à primeira vista. “Aos 14 anos, fiz uma luta interna e, desde então, a jornada está mais séria e profissional. Conquistei Campeonatos Paulistas, Brasileiros, Sul-Americanos, já lutei no Chile, Peru, Itália, entre outros luga-res, e tenho outras vitórias. Meu treinador Sandro sempre acreditou e inves-tiu muito no esporte que ama e em seus atletas”, considera.

Aos 18 anos, como não tinha recursos para ir pela primeira vez à Tai-lândia, a terra do Muay Thai, fez rifas, festas, camisetas, e com a ajuda da família e apoio da academia, realizou o sonho. “Depois, tive a possibili-dade de ir mais cinco vezes. Cada viagem foi de muito aprendizado e de diversas vitórias. Até que, em 2013, ganhei o título inédito para o país. Em 2014, conquistei o segundo cinturão. Sou a única brasileira bicampeã mundial profissional”, orgulha-se.

O fato de ser mulher dificultou que fosse reconhecida, porém, per-severou. “No começo escutei muitas vezes que lutar era um absurdo ou perda de tempo. Eles diziam: como poderia uma mulher tão feminina ser lutadora? As pessoas associam a arte marcial à falta de feminilidade. Meu treinador durante muito tempo escutou provocações. Hoje, ainda enfren-to, mas é bem menos. Me olham de soslaio, mas quando têm a oportu-nidade de verem meu currículo ou assistirem a alguma luta, mudam de ideia. A melhor resposta para qualquer dúvida ou ofensa é a atitude. Nós, mulheres, estamos provando que somos capazes de dar um espetáculo e, consequentemente, sermos respeitadas como atletas”, frisa.

Vislumbrando mais oportunidades, Tainara Lisboa planeja migrar para o MMA e construir uma trajetória tão vitoriosa quanto no Muay Thai.

A desvalorização profissional, da qual as mulheres sofrem, não a inti-mida. “Eu sei que a diferença é muito grande em relação aos homens, des-de o salário ao número de lutas que fazemos. Outra disparidade está liga-da à falta de comprometimento dos treinadores de preparar uma mulher como atleta. Eles precisam entender que a nossa anatomia e as condições fisiológicas, embora sejam diferentes, não são desculpas para desistir de testar os limites. As mulheres querem conquistar direitos iguais e propor-cionar apresentações cada vez melhores. Afinal, essa coisa de mulher ser o sexo frágil nós já provamos há muito tempo que é balela”.

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TAINARA LISBOATAINARA LISBOA

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NATÁLIA FALAVIGNAA paranaense se interessou pelo esporte depois de ver o judoca Aurélio

Miguel ser ouro nos Jogos de Seul, em 1988. Antes de escolher o Taekwondo para seguir, tentou o Handebol e o Tênis, entretanto, acabou desistindo.

Dez anos mais tarde, ao acompanhar uma amiga em um treino de Taekwondo, ficou encantada pela modalidade e não parou mais.

Em 2000, durante sua estreia internacional, no Campeonato Mundial Júnior, organizado na Irlanda, foi medalha de ouro, a primeira do Brasil na história. O triunfo lhe deu o prêmio de melhor atleta do ano pela Con-federação Brasileira.

A partir daí, estava sempre nos pódios. Em 2001, venceu o Brasileiro e ganhou o bronze no Mundial. No ano seguinte, sagrou-se bicampeã na-cional e medalhista de prata no Universitário.

Em 2004, ficou um pouco mais conhecida ao conseguir o quarto lu-gar nos Jogos de Atenas, todavia, sua consagração internacional veio em 2005, quando foi campeã mundial adulta.

Antes de brilhar nos Jogos Olímpicos de Pequim, faturou o bronze em mais um Mundial e conquistou a prata no Pan-Americano do Rio de Janeiro.

A jornada de sucesso não foi por acaso, já que sempre sonhou alto. “Fico muito feliz pela trajetória que escolhi e idealizei. Eu sempre tive grandes expectativas, assim me dediquei muito para medalhar em todos esses campeonatos. Antes de começar a ganhar títulos inéditos, nem se falava em Taekwondo feminino. Vi a mídia e os patrocinadores darem es-paço para nós e a compreenderem o nosso potencial”, fala.

Na década de 2000, o esporte feminino estava em plena ascensão, conseguindo os melhores resultados. Paralelamente, alguns dirigentes, técnicos e gestores da modalidade insistiam em olhar diferente. “Por um lado, isso foi bom, porque nos deixou mais unidas e ávidas por vitórias. Para silenciar o preconceito, ficamos entre as melhores do mundo. Me orgulho em ter feito parte disso”, conta.

De lá para cá, o país só emplacou Grand Prixs, Mundiais e Pan-Ame-ricanos, se afastando do pódio olímpico. “A meu ver, a solução está em fazer um trabalho mais bem feito, com estrutura e planejamento”, afirma.

No auge dos 30 anos, Natália continua com a mesma ousadia que começou, querendo chegar aos lugares mais desafiantes.

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NATÁLIA FALAVIGNA

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DEFESA PESSOAL

DEFESA PESSOAL | REVISTA MASTER36

Segurança PessoalBarreto System capacita cidadãos e profissionais a enfrentarem problemas urbanos

Por meio das técnicas, é possível se livrar de roubos, agressões, intimidação física e outros dilemas.

Mesmo com o pouco tempo de existência, a Barreto System - Urban Defense, fundada pelo mestre e sar-gento de Polícia Militar Aloysio Barreto, em 2013, se consolidou no mercado de segurança graças à vasta experiência do idealizador, que há mais de 30 anos presta serviços ao Estado de São Paulo.

Além de oferecer conhecimentos de defesa urbana e treinamentos táticos para os setores privados e públicos, também ensina cidadãos co-muns a preservarem a vida.

Há vários cursos de capacitação:• Defesa Pessoal para Políciais Federais.• Defesa Urbana para Segurança Privada e Cidadãos Comuns.• Liderança e Gestão de Pessoas em Segurança.• Supervisor de Segurança.• Prevenção a Roubo, Sequestro e Situações de Risco.• Técnica de Abordagem de Suspeitos com Uso Progressivo da Força.• Pilotagem Tática de Motocicleta (com apoio Honda Sammell).

A Barreto System, símbolo de carreira de Aloysio Barreto, conta com instrutores devidamente capacitados para as matérias que ministram. Em 2014 capacitou cerca de 300 alunos em seus vários cursos.

Barreto Systemwww.barretosystem.com(13) 3026 [email protected]

www.restaurantenagoya.com.br

Nagoya IAv. Siqueira Campos, 564Boqueirão / Santos

Nagoya IIAv. Epitácio Pessoa, 167Embaré / Santos

Liderança e Gestão em Segurança

Defesa Urbana

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Violência e segurança são debatidos no II Congresso Brasileiro do Saber PsicanalíticoPrograma incluiu conferências, palestras, mesas de discussões, apresentação

de casos clínicos e mini-cursos

A Bahia, chamada de a capital da Capoeira, também foi o epi-centro da Psicanálise em novembro, mês em que ocorreu o II Congresso Brasileiro do Saber Psicanalítico, que teve como tema Violência e Segurança: o mal-estar de cada dia.

Em geral, contou com palestrantes de todo o Brasil, Ar-gentina, Alemanha e de El Salvador, e foi prestigiado pela

vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, o general Marcos Oliveira Castro Coelho, o gestor acadêmico da Faculdade Dom Pedro II e diretor do Instituto Superior de Ciências Empresariais e Políticas, Pietr Zalkowitsch, pelos edito-res da Master, Elaine e Fábio Bueno, e por muitos outros convidados.

Na abertura, realizada em 20 de novembro, na Faculdade Dom Pedro II, o coordenador do congresso, José Augusto Maciel Torres, relacionou a psica-nálise à segurança pública. “Aliar o contexto da psicanálise à criminologia é o primeiro passo para uma longa caminhada. Por ser um tema inovador neste tipo de congresso, não houve uma grande adesão de membros da segurança pública e privada, mas basicamente de psicólogos e psicanalistas”, aponta.

No entanto, mais de 350 pessoas compareceram. Os dias seguintes de palestras aconteceram na Associação Cultura Hispano-Galega (Caballeros de Santiago), onde a presidente do Sindicato dos Psicanalistas do Estado de São Paulo e realizadora do congresso, Araceli Albino, trouxe à tona as questões do homem e o mal-estar atual. “A psicanálise, que considera a existência do inconsciente e a subjetividade do sujeito, pode estabelecer uma interlocução com o homem da cultura e com outros saberes da ciência, no sentido de pro-piciar reflexões e caminhos para melhorar a qualidade psíquica do homem moderno”, explica.

O II Congresso do Saber Psicanalítico incluiu conferências, palestras, me-sas de discussões, apresentação de casos clínicos e mini-cursos, enfatizando as questões do desamparo, da violência, da segurança e das patologias atu-ais, como depressão e Síndrome do Pânico.

Da Redação

Mais de 100 conferencistas expuseram seus painéis, entre eles, Ale-xandre Garcia Tabagiba, Ana Carolina Bazzo da Silva, Ana Laura Gomes , Ana Laura Pepe, Prof. Dr. Andrei Venturini Martins, Andreia Naumann Ro-cha, Bruno Rudar Teixeira Vasconcelos, Camila Souza Brito Neves, Carlos Linhares, Danielle Assis Santos Gois, João Aleixo da Silva Neto, Keziah da Costa Silva, Maria Tereza M. Barros, Nádia Vitorino Vieira, Norberto Bueno dos Santos, Reginaldo Rufino e Ulisses Moreira dos Santos. O próximo en-contro dos especialistas será no Espírito Santo.

Assim que foi encerrado o congresso, o editor e escritor Fábio Bueno foi convidado para lançar dois livros na Bahia: “Grandes Mestres das Artes Marciais- 6ª edição”, que apresenta biografias de educadores e está ligado à defesa pessoal, e “Não seja mais uma vítima”, assinado por José Roberto Romeiro Abrahão e Ricardo Nakayama, que explica quais são os perigos da violência urbana e como o cidadão pode enfrentar o problema.

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REVISTA MASTER 38

SAÚDE ESPORTIVA

A alemã Dina Barela, de 37 anos, começou a se interessar por Fisiculturismo ao assistir às competições da Federação Internacional de Condicionamento Corpo-ral (IFBB em inglês).

Atualmente, é qualificada pela National Physique Committee (NPC), na ca-tegoria “Bikini” (esporte amador). Seu segundo torneio, alcançou a vice-lide-rança e a chancela para disputar campeonatos nacionais e buscar novos níveis.

Dina sabe que o caminho não será nada fácil, ainda mais devido às exigências. “O Fisicultu-rismo, assim como o MMA, não é um esporte fácil, pois além de disciplina, exige muito sacrifício. Tenho uma dieta balanceada e treino seis vezes por semana. Faço levantamento de peso, Pilates

e Spinning. Malhar é minha paixão e uma ótima forma de aliviar o estresse”, conta.Seu grande objetivo é conquistar o “Pro Card”, uma espécie de carteira que possi-

bilita competir nos eventos profissionais, como o Ms.Olympia, o mais desejado pelos atletas, e ser patrocinada por companhias de esporte e nutrição.

Embora tenha crescido na Alemanha, reside em Las Vegas com os dois filhos, onde trabalha como instrutora pessoal de treinamento e nutrição, representa a Gat e dirige a Results by Dina­LLC desde julho deste ano.

Mãe solteira, Dina quer mostrar a muitas mulheres que, com muito trabalho e dis-posição, é possível se dedicarem à família e também ao esporte. “Eu realmente acredito

que, com coragem, dedicação, persistência e paixão por Bodybuilding, qualquer mulher pode competir”, comenta.

Nos próximos cinco anos, pretende abrir uma empresa de reeducação alimentar e con-dicionamento corporal para crianças e adolescentes. “Quero melhorar o estilo de vida delas e

aumentar sua autoestima para que sejam mais felizes. Meu lema de vida é instruir e motivar pessoas”, conclui.

Além de musculação, é fã de futebol e MMA, uma de suas inspirações. Para os clientes lutadores apresenta um treino de resistência metabólica. “Percebo que os atletas de MMA se beneficiam com meu treino de intervalo. Sei que não é prazeroso de fazer, mas qualquer luta-dor precisa focar sua energia em exercícios de condicionamento de alta velocidade”, conclui.

Dina Barela se inspira no MMA para se destacar no Fisiculturismo

Com disciplina e muito treinamento, atleta da Gat sonha em disputar os campeonatos profissionais

Por Mario Guardado - Editor Internacional de Esportes | fotos: Fraser Almeida

Ao longo da vida, mais de 80% das pessoas vão apresentar algum episódio de dor lombar e essa é a principal queixa nos consultórios médicos ao redor do mundo.

Em 90% dos casos esta patologia vai se resolver entre quatro e 12 semanas. Apenas 10% se tornam portadores de dor lombar crônica.

A crise de lombalgia é descrita como dor de forte intensidade do tipo fisgada, queimação e às vezes, mal definida na região lombar baixa. Pode ser localizada ou irradiar para região posterior dos glúteos e coxas. Tem iní-cio após um esforço físico, quedas ou intensidade nos esportes de contato.

Em novembro, o peso médio e ex-campeão do UFC, Anderson Silva foi internado no Rio de Janeiro com fortes dores nas costas e dormência nas pernas, sintomas clássicos de lombalgia.

Mais de 80% da população terá lombalgiaNa maioria dos casos, doença começa após um esforço físico, quedas ou intensidade

nos esportes de contato

Por Dr. Alexandre Fogaça Cristante

A melhor forma de diagnosticar o problema é por meio de uma boa anamnese e exame físico. Exames de imagem são prescritos quando a pessoa apresenta febre, perda de peso sem explicação, histórico de cân-cer, traumas, osteoporose, idade acima de 50 anos, falta de melhora após tratamento indicado, alterações ou sintomas neurológicos.

Para evitar o problema, não fique muito tempo de cama, movimen-te-se conforme tolerado, faça atividade física, não carregue tanto peso, hesite em praticar esportes competitivos ou de impacto, não se autome-dique e nem faça massagens ou procedimentos alternativos realizados por pessoas não habilitadas. *Ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP e cirurgião de coluna da Clínica Vertebrae

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A fim de avaliar riscos e prevenir lesões, os lutadores não con-tam somente com educadores físicos e fisioterapeutas, mas com recursos tecnológicos, como a Avaliação Isocinética, uma análise muscular computadorizada.

Por meio de um aparelho chamado Dinamômetro Isocinético Computadorizado, é possível identificar os

possíveis desequilíbrios e déficits musculares que levam ao desgaste prematuro das articulações, fornecendo dados de força e potência.

Um dos que experimentaram essa avaliação foi Anderson Silva, que ficou mais de seis meses se recuperando da grave lesão sofrida na perna esquerda, durante a revanche contra Chris Weidman, em 2013.

Indicado pelo seu médico, Marcio Tanure, ele passou pela análise no Centro de Avaliação Isocinética Biolab, no Rio de Janeiro, dirigido pelo preparador físico do Vasco, Daniel Gonçalves, e pelo jogador de futebol, Carlos Alberto.

Na ocasião, Gonçalves mostrou ao lutador quais eram os seus níveis de recuperação muscular após a cirurgia. “Foi feito um trabalho semanal na clí-nica com o Anderson, como parte de seus treinamentos para voltar às lutas. O exame permitiu fazer uma comparação bilateral (lado lesionado e lado sadio), avaliar o equilíbrio muscular e a evolução da reabilitação”, revela.

A Avaliação Isocinética é indicada também para as pessoas que so-freram lesões articulares e musculares, e para pacientes pós-cirúrgicos.

Avaliação Isocinética é recomendada para identificar os níveis de força e

potência dos lutadoresUm dos que experimentaram esse exame foi Anderson Silva, que ficou mais de seis meses

se recuperando de uma grave lesão na perna esquerda, em 2013.

Da: Redação | com informações e fotos: DJL Comunicação

O massagista Profissão, regulamentada desde 1961, sofre com vinculação sexual e falta de reconhecimento

Quando falamos no termo massagista, uma parte da população acredita que a profissão tem uma conotação sexual, em virtude de estar vinculada à prostituição estampada em anúncios de jornais e

na internet . Mas é importante frisar que a atividade é algo sério, regula-mentada pela lei federal 3.968, implantada em 05 de outubro de 1961. Anos , com o decreto da lei 8.345, de 10 de dezembro de 1945, já existia uma definição em relação à habilitação para o exercício.

O reconhecimento legal veio bem antes que outras profissões do setor da saúde, incluindo fisioterapeuta, psicólogo, enfermeiro e edu-cador físico.

Entretanto, por não existir força política e social, está relegada a uma posição inferior, basicamente inexistente e sem credibilidade, apesar de termos muitos especialistas que atuam, inclusive, em praias e áreas de lazer e esporte.

O massagista continua em voga, somente a lei regularizadora é que está desatualizada. Outras ocupações também sofrem com isso, devido às mudanças sociais sofridas com o passar dos anos.

Uma das mudanças foi exatamente o surgimento de uma nova abor-dagem do ser humano, que passou a ser visto sob uma ótica não mais meramente cartesiana e ou positivista, como era no passado. Nos dias

atuais, há uma análise mais completa, em que se olha a mente, o corpo e o espírito como um processo unitário.

Basta obedecermos as leis naturais do universo que teremos saúde. O homem é um microcosmo, e o universo um macrocosmo, o que o colo-ca como um ser holístico, em vez de reducionista, centrado na dualidade cartesiana da mente e do corpo.

Por conta de o massagista estar associado à prostituição, a maioria se intitulou massoterapeuta, um indivíduo que usa a prática para fins terapêuticos.

A meu ver, devemos fazer de tudo para que seja mais respeitado e valorizado, colocando-o no patamar que merece.

José Augusto Maciel Torres é massa­gista, professor universitário e escritor. Contatos: www.seitai.com.brwww.portaldomassagista.com.br©

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REVISTA MASTER 40

SAÚDE ESPORTIVA

Abra os braços na altura do ombro e Gire 21 vezes no sentido horário

Eleve a cabeça, tocando o queixo no peito e simul-taneamente eleve as pernas a 900

Quando subir as pernas, inspire, e na descida, expire

Ritos TibetanosSão constituídos por cinco exercícios que harmonizam os sete centros

de energia do corpo, conhecidos também como chakras

Em busca de saúde, vitalidade e longevidade, muitas pessoas têm recorrido aos Ritos Tibetanos, um conjunto de cinco exer-cícios físicos descobertos pelo Ocidente em 1939, e hoje, prati-cados em todo o planeta.

Os movimentos estimulam os chakras e todo o sistema gandular com contração e alongamento. Embora sejam pauta-

dos pela simplicidade, são muitos eficientes, e em uma vida moderna tão agitada, “toma pouco tempo”, mais precisamente 20 minutos.

Leves e rápidos, podem ser feitos por qualquer pessoa e têm como objetivo harmonizar os sete centros de energia de nosso corpo.

O mestre em Taekwondo, Joe Campos, um dos adeptos do movimen-to, conta que descobriu os benefícios tibetanos depois de um problema de saúde. “Quando descobri que estava com duas hérnias de disco no lombar, já cogitava uma intervenção cirúrgica, porém, meu pai, Taneo Campos, me enviou uma apostila dos Ritos Tibetanos e aí comecei a pra-ticá-los, chegando à cura”, disse.

Por ter melhorado a sua saúde e força física, decidiu introduzir os en-sinamentos na Associação Joe Team Taekwon-Do ITF Tradicional. “Desde que fiz isso, tenho conseguido excelentes resultados com os alunos, como maior disposição, tranquilidade, alívio nas dores das articulações, melhor comportamento, bom aproveitamentos nos torneios e, principalmente, um alto grau de meditação. Uso sempre no início das aulas como aqueci-mento e alongamento”, afirma.

Atualmente, como o lado holístico é sucumbido pelo espírito competitivo nas artes marciais, Campos considera que é necessário resgatar essa tradição. “Particularmente, sou muito tradicionalista e mantenho os ensinamentos de

Deite-se e mantenha os braços ao lon-go do corpo com as palmas das mãos voltadas para baixo

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Sentado com as pernas na largu-ra do ombro e braços ao lado do corpo com as mãos no solo...

deite-se de bruços e apoie as mãos no solo com os braços na largura dos ombros e olhe para cima...

... eleve o quadril, ins-pirando profundamen-te tocando o queixo no peito e mantenha os calcanhares no solo. Retorne a posição inicial expirando

Meditação: sente--se com as pernas cruzadas, coluna reta e braços rela-chados. Respiran-do profundamente, esvazie a mente.

Na posição de joelhos coloque o queixo no peito, inspire profundamente....

... incline o tronco para trás ao máximo, retornando a posição inicial, expirando

... eleve o quadril inspirando profundamente. Desça expiran-to retornando a posição inicial

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meu mestre Sang Min Cho e de Djalma Santos, que assumiu a Cho Taekwon­Do Center Clube. Mantenho essa essência porque a considero imprescindível e se não existisse, as artes marciais estariam incompletas”, conclui.

Especialistas recomendam que os ritos tibetanos sejam praticados preferencialmente pela manhã, ao acordar, com muita concentração e consciência corporal.

Conheça os benefícios de cada um dos ritos1º: é feito 21 vezes no sentido horário e alinha os chakras, ajudando a ali-viar as varizes, osteoporose e dores de cabeça. Melhora a circulação, tonifi-ca os braços, aumenta o fluxo de energia e revitaliza as células.

2º: contribui para aliviar a artrite, osteoporose, menstruação irregular, sin-tomas da menopausa, problemas digestivos, dor nas costas e a rigidez nas pernas e pescoço. Tem efeito sobre as glândulas tireoides, os rins, os órgãos do aparelho digestivo e partes sexuais, inclusive a próstata e o útero.

3º: alivia a artrite, menstruação irregular, sintomas da menopausa, pro-blemas digestivos, dor nas costas e no pescoço, e congestão dos sinos nasais. Tonifica e fortalece o abdômen e o diafragma, aprofunda a respi-ração e reduz a tensão muscular lombar e no pescoço.

4º: além de todos os benefícios citados acima, tem impacto positivo sobre o sistema imunológico, estimula a respiração mais profunda, a energia e a vitalidade, bem como acelera todos os chakras.

Por Joe Campos | Fotos: Fábio Bueno

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Yasmin Dias

Filha de Antônio Carlos Dias, um dos grandes mestres de Kick-boxing do Brasil, Yasmin Dias não poderia trilhar outro cami-nho que não fosse o das artes marciais.

De maneira espontânea, sem qualquer pressão familiar, começou a treinar. E o que poderia ser apenas um hobby, se transformou em algo sério.

Hoje, a carioca acumula uma série de títulos. O último foi o de bicampeã mundial, conquistado em outubro, no World Championship of Martial Arts, disputado no estádio Luna Park, na Argentina.

Por ser uma expoente das artes marciais e sintetizar a força dos jo-vens, recebeu uma homenagem da UIAMA, tendo sua imagem cunhada em todas as medalhas do Mundial e nos cartazes promocionais do evento. Foi a primeira atleta a ter essa honraria.

Formada em Educação Física pela Universidade Augusto Mota (UNISU-AM), Yasmin continuará conciliando os estudos com os treinos. Em 2015, ini-ciará o curso de pós-graduação em Fisiologia na mesma universidade e, mais tarde, o mestrado.

MASTER: Mesmo sendo muito jovem, já tem importantes vitórias. O que elas significam

em sua trajetória?YASMIN DIAS: Não só as vitórias, mas especialmente as derrotas

serviram para o meu engrandecimento pessoal. É muito bom ganhar, en-tretanto, nem sempre isso é possível. Assim como na vida, estamos sempre batendo de frente com diversos obstáculos e, algumas vezes, não consegui-remos transpô-los logo de primeira, e é nesse momento que os ensinamen-tos começam. As vitórias são capazes de nos dar confiança, já as derrotas as contrapõem, colocando nossos pés no chão e nos incentivando a persistir. Aprendi isso com as artes marciais e tento levar isso para a vida.

M: Como é ser orientada pelo seu pai, o mestre Antônio Carlos Dias?YD: Não poderia ter um mestre melhor. Ele é meu maior incentivador e faço o possível para deixá-lo orgulhoso. Diferentemente do que a maioria acha, comecei nas artes marciais por livre e espontânea vontade, meu pai nunca me obrigou, mas não foi fácil, especialmente no início, pois tinha uma grande dificuldade em diferenciar a imagem de pai e a de professor. A pressão era e ainda é muito grande, não só da parte dele, como tam-bém da minha. A cobrança é acima da média todos os dias, porém, graças a isso me tornei a atleta e a pessoa que sou hoje. Não me arrependo ne-nhum um pouco de ter ingressado nesse mundo.

M: O que ele prioriza nos treinamentos?YD: A técnica e a teoria. Ele sempre deixou claro que a prática é importante, mas deve vir sempre atrelada à fundamentação teórica, priorizando a forma correta de executar o movimento e explicando o porquê e quando aplicá-lo, além de sempre procurar trilhar o caminho da humildade e do respeito..

M: O que as artes marciais simbolizam?YD: Respeito, disciplina, perseverança, humildade, autocontrole e amizade.

M: Os jovens cada vez mais têm se interessado pela temática marcial. Sendo assim, qual mensagem daria para quem está querendo ingressar em alguma modalidade?YD: Ingressem, seja pela melhora da qualidade de vida, estética ou sim-plesmente por que gostam. Os benefícios físicos são sempre ressaltados, mas com a arte marcial você também poderá criar novas perspectivas e laços de amizade, a ponto de considerá-los uma segunda família. Não se esqueçam de pesquisar sobre as que acham mais interessantes e, acima de tudo, busquem informações sobre o professor. Verifiquem a idoneida-de dele e se é registrado numa entidade séria.

M: Além do bicampeonato mundial, qual outro título marcou a sua carreira?YD: É difícil escolher apenas um, porém, guardo com carinho o título que alcancei na primeira etapa do Mundial de Artes Marciais, em Buenos Aires. Competi contra os melhores da modalidade de formas musicais com armas e formas extremas, entre eles, meu grande amigo Oscar Nunez. Eu era a úni-ca mulher entre tantos atletas masculinos e campeões mundiais, e tinha em mente que poderia sair dali sem o título. Ainda sim, dei o melhor de mim na apresentação. Mesmo ficando em segundo lugar, me senti bem e feliz. A sensação era de trabalho bem feito e essa é a maior vitória.

HOMENAGEM ESPECIAL

Com menos de 23 anos, carioca já é campeã do Pan-Americano

de Artes Marciais, medalhista de prata do Mundial de Artes

Marciais, entre outros títulos

ENTREVISTA

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SOCIAL

REVISTA MASTER 42

“O Grande Mestre não está apenas vinculado à sua graduação, nem aos títulos ou troféus, mas à coragem e ao compromisso assumido perante a opinião pública e a sociedade em geral pela nobre missão de educador da segurança pessoal e do comportamento disciplinado através das artes marciais, com ética, dignidade e conteúdo cultural.”

Luiz Rodolfo Aragão Ortiz7º dan Okinawa Shoryn Ryu Karate Do Shinshu Kan

Este trabalho, inédito no Brasil, faz parte de um projeto maior que a Bueno Editora está desenvolvendo no país voltado às artes marciais e ao resgate dos valores morais e históricos. O livro segue firme, registrando mestres, homenageando professores e divulgando as artes marciais no Brasil e no exterior, com a intenção de, além de divulgar os grandes nomes, também dar oportunidade a todos os mestres que desejam registrar sua trajetória. Participe!

Inscrições para a terceira edição podem ser feitas no site:www.grandesmestresmarciais.com.br/contato.php

Biografias de Grandes Mestres das artes marciais do Brasil reunídas em uma belíssima obra

http://www.buenoeditora.com.br/shop/produto_detalhe.php?id=203

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