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Proporcionando Educação Profissional a Serviço da Odontologia Mundial Biofilmes: comunidade de Bactérias Editor Chefe Chester Douglass, DMD, PhD; E.U.A. Professor de Política de Saúde Oral e Epidemiologia, Harvard School of Dental Medicine e School of Public Health Editores Associados John J. Clarkson, BDS, PhD; Irlanda Saskia Estupiñan-Day, DDS, MPH Organização Pan-Americana de Saúde; Washington, D.C. Joan I. Gluch, RDH; E.U.A. Kevin Roach, BSc, DDS, FACD; Canadá Zhen-Kang Zhang, DDS, Hon. FDS, RCS (Edin.); China Conselho Internacional Per Axelsson, DDS, Odont. Dr.; Suécia Irwin Mandel, DDS; E.U.A. Roy Page, DDS, PhD; E.U.A. Gregory Seymour, BDS, MDSc, PhD, MRCPath; Austrália EXPEDIENTE Informativo publicado pelo departamento de Relações Profissionais da Colgate-Palmolive R. Rio Grande, 752 - V. Mariana São Paulo/SP CEP 04018-002. Coordenação: Regina Antunes. Jornalista responsável: Maristela Harada Mtb. 28.082. Produção: Cadaris comunicação e-mail: [email protected]. CTP e impressão: Typelaser. Tiragem: 25 mil exemplares. Distribuição gratuita. Proibida reprodução total ou parcial sem prévia autorização. Nesta edição Biofilmes: Comunidades de Bactérias 1 Na Prática 4 Página Periodontal 5 Página Higiene 8 Atualização Colgate 11 Os Biofilmes, contendo comunida- des de bactérias patogênicas, são o principal fator de contribuição associado a cárie dental, gengivite e periodontite 1. O desenvolvimento de métodos científicos mais avançados nas duas últimas décadas aumentou nosso conhecimento da natureza dos biofilmes e dos microorganismos presentes nessas comunidades. Por exemplo, a microscopia de varredura confocal a laser é capaz de produzir seções ópticas seriadas de um biofilme (in situ), que podem ser integradas e registradas por um computador para criar vistas tridimensionais do biofilme. 2 Outro exemplo é a técnica que utiliza sondas de DNA para examinar materiais genéticos liberados pelos biofilmes 1 , permitindo a identifica- ção das bactérias da comunidade e a classificação das bactérias em grupos comumente encontrados juntos (checkerboard DNA-DNA hybridization). 2 Propriedades Físicas dos Biofilmes Um biofilme é uma comunidade cooperativa e estruturada de microorganismos que estão embutidos em uma matriz autoproduzida que está associada a uma superfície 3-5 . As bactérias do biofilme não estão distribuídas uniformemente, mas sim agrupadas em microcolônias, cada uma envolta por uma matriz de proteção 4 . A matriz é penetrada por canais que permitem o fluxo de nutrientes, oxigênio, metabólitos, produtos de excreção e enzimas 3,4 . A formação do biofilme começa com células bacterianas livres se aproxi- mando tão intensamente de uma superfície que sua motilidade fica diminuída (ver figura na próxima página) 5 . As células bacterianas formam uma associação temporária com a superfície e/ou com outros microorganismos aderidos à superfí- cie, o que lhes permite a fixação 5 . As células bacterianas então migram e se reproduzem para formar uma microcolônia com outros organismos já presentes, e uma matriz é produzi- da 4,5 . A adesão à superfície é um mecanismo pelo qual as células bacterianas permanecem em um ambiente favorável em vez de serem removidas (i.e., pelo fluxo salivar) 5 . Quando as condições se modificam, células bacterianas podem se desta- car e se deslocar para encontrar uma superfície mais favorável; entretanto, uma vez que essas células são envol- tas pela matriz, escapar do biofilme torna-se uma tarefa mais difícil 5 . Um biofilme é uma comunidade cooperativa e estruturada de microorganismos que estão embutidos em uma matriz autoproduzida que está associada com uma superfície. Volume 13, número 3

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página 1Proporcionando Educação Profissional a Serviço da Odontologia Mundial

Biofilmes: comunidadede Bactérias

Editor ChefeChester Douglass, DMD, PhD; E.U.A.Professor de Política de Saúde Oral eEpidemiologia, Harvard School of DentalMedicine e School of Public Health

Editores AssociadosJohn J. Clarkson, BDS, PhD; IrlandaSaskia Estupiñan-Day, DDS, MPHOrganização Pan-Americana de Saúde;Washington, D.C.Joan I. Gluch, RDH; E.U.A.Kevin Roach, BSc, DDS, FACD; CanadáZhen-Kang Zhang, DDS, Hon. FDS,RCS (Edin.); China

Conselho InternacionalPer Axelsson, DDS, Odont. Dr.; Suécia

Irwin Mandel, DDS; E.U.A.

Roy Page, DDS, PhD; E.U.A.

Gregory Seymour, BDS, MDSc, PhD,MRCPath; Austrália

EXPEDIENTEInformativo publicado pelo departamento deRelações Profissionais da Colgate-PalmoliveR. Rio Grande, 752 - V. Mariana São Paulo/SP

CEP 04018-002.Coordenação: Regina Antunes.

Jornalista responsável: Maristela HaradaMtb. 28.082. Produção: Cadaris comunicação

e-mail: [email protected] e impressão: Typelaser.

Tiragem: 25 mil exemplares. Distribuição gratuita.Proibida reprodução total ou parcial

sem prévia autorização.

Nesta edição Biofilmes: Comunidades de Bactérias 1

Na Prática 4

Página Periodontal 5

Página Higiene 8

Atualização Colgate 11

Os Biofilmes, contendo comunida-des de bactérias patogênicas, são oprincipal fator de contribuiçãoassociado a cárie dental, gengivite eperiodontite1. O desenvolvimento demétodos científicos mais avançadosnas duas últimas décadas aumentounosso conhecimento da natureza dosbiofilmes e dos microorganismospresentes nessas comunidades. Porexemplo, a microscopia de varreduraconfocal a laser é capaz de produzirseções ópticas seriadas de umbiofilme (in situ), que podem serintegradas e registradas por umcomputador para criar vistastridimensionais do biofilme.2 Outroexemplo é a técnica que utilizasondas de DNA para examinarmateriais genéticos liberados pelosbiofilmes1, permitindo a identifica-ção das bactérias da comunidade e aclassificação das bactérias em gruposcomumente encontrados juntos(checkerboard DNA-DNAhybridization).2

Propriedades Físicas dos Biofilmes

Um biofilme é uma comunidadecooperativa e estruturada demicroorganismos que estão embutidosem uma matriz autoproduzida que estáassociada a uma superfície3-5. Asbactérias do biofilme não estãodistribuídas uniformemente, massim agrupadas em microcolônias,cada uma envolta por uma matriz deproteção4. A matriz é penetrada porcanais que permitem o fluxo de

nutrientes, oxigênio, metabólitos,produtos de excreção e enzimas3,4. Aformação do biofilme começa comcélulas bacterianas livres se aproxi-mando tão intensamente de umasuperfície que sua motilidade ficadiminuída (ver figura na próximapágina)5. As células bacterianasformam uma associação temporáriacom a superfície e/ou com outrosmicroorganismos aderidos à superfí-cie, o que lhes permite a fixação5. Ascélulas bacterianas então migram ese reproduzem para formar umamicrocolônia com outros organismosjá presentes, e uma matriz é produzi-da4,5. A adesão à superfície é ummecanismo pelo qual as célulasbacterianas permanecem em umambiente favorável em vez de seremremovidas (i.e., pelo fluxo salivar)5.Quando as condições se modificam,células bacterianas podem se desta-car e se deslocar para encontrar umasuperfície mais favorável; entretanto,uma vez que essas células são envol-tas pela matriz, escapar do biofilmetorna-se uma tarefa mais difícil5.

Um biofilme é umacomunidade cooperativa eestruturada demicroorganismos que estãoembutidos em uma matrizautoproduzida que estáassociada com umasuperfície.

Volume 13, número 3

página 2

Além das células fixas ou destacadas,também existem células commotilidade como parte do biofilme,que permanecem associadas aobiofilme conforme se movimentamentre pilares de outras bactérias.5

Comunicação EntreBactérias nos Biofilmes

A comunicação entre as bactérias éuma determinante importante de suadiversidade e distribuição no biofilme2,5.A comunicação pode ocorrer por meio

de sinalização intercelular e/outransferência de informação genéti-ca2,5. Sinais intercelulares são ampla-mente definidos como qualquerproduto bacteriano transportadoativa ou passivamente que altera oestado dos microorganismos vizi-nhos5. Esses sinais podem alterar aexpressão protéica das células vizi-nhas, alterar a distribuição dasbactérias no biofilme, fornecer novostraços genéticos para as célulasvizinhas ou atrair e incorporar outrasbactérias no biofilme5. Esses sinais

podem ser benéficos ou prejudici-ais para o receptor2,5. A transferên-cia de informações genéticas deum organismo para outro foidemonstrada em diversos estudosin vitro com membros das espéciesStreptococcus e também com outrasespécies bacterianas2. Esse meio decomunicação pode ocorrer emvelocidades aceleradas entre osmicroorganismos dentro dobiofilme, resultando em sua rápidaevolução5. Isso cria um ambienteperfeito para o surgimento denovos patógenos, o desenvolvi-mento de resistência a antibióticose a evolução de outras táticas desobrevivência5.

Microbiologia dos BiofilmesDentais

Os biofilmes dentais podem seformar em diferentes superfícies,incluindo tecidos duros (esmalte ecemento), bem como em mole(epitelial)2. As interações entre asbactérias e a superfície dependerãoda topografia da superfície; porexemplo, esmaltes que são rugosose desgastados acumulam maisbactérias do que superfícies lisas1.Os biofilmes são compostos denumerosos tipos de bactérias2,5; atéagora mais de 500 grupostaxonômicos de bactérias foramisolados de superfícies orais2.Streptococci e Actinomyces são osprincipais colonizadores queformam a comunidade inicial dobiofilme2. Outras espécies queforam identificadas incluemActinobacillus, Eikenella,Fusobacterium, Porphyromonas eTreponema2. Em biofilmes compos-tos por várias espécies as bactériasnão são distribuídas aleatoriamen-te; elas são organizadas de acordocom a capacidade que cada uma

Etapas na Formação do Biofilme

Células bacterianas livres

Células bacterianas aderidas

Microcolônia

Biofilme

Células destacadas

↓↓↓↓ ↓Fluxo salivar

Superfície dental

↓↓↓↓↓

↓↓↓↓↓

↓↓↓↓↓

↓↓↓↓↓

Etapas na formação do biofilme. Células bacterianas livres viajam na saliva em direção a uma superfície dental habitadapor múltiplas espécies bacterianas. As células bacterianas livres formam adesões frouxas com a superfície e migram paraformar um microcolônia com as outras bactérias presentes. Uma matriz é produzida como etapa final. Quando ascondições tornam-se desfavoráveis, algumas bactérias podem se desprender.Adaptado de Watnick et al. 20005

página 3

PN

tem de sobreviver melhor nomicroambiente específico e segundosuas relações simbióticas5. Comoresultado, a organização dosmicroorganismos muda ao longo dobiofilme e é singular dentro de cadamicrocolônia2.

Entre as bactérias que povoam obiofilme, alguns microorganismospodem ser patogênicos, contribuin-do para o desenvolvimento de cáriesdentais, gengivite e periodontite1. Odesenvolvimento dessas infecçõesorais é multifatorial, e as bactériasespecíficas no biofilme são uma causanecessária porém não suficiente para adoença4. Estudos recentes identificaramBacteroides forsythus, Porphyromonasgingivalis e Actinobacillusactinomycetemcomitans comopatógenos primários na maioria dasinfecções periodontais, e Streptococcusmutans como causa de cárie dental4.Outros possíveis patógenos incluemCampylobacter rectus, Eubacteriumnodatum, Fusobacterium nucleatum,Prevotella intermedia/nigrescens,Peptostreptococcus micros, Spirostomum

essas infecções ainda são bastantedifundidas4,6. A gengivite acomete demaneira intermitente a maioria dapopulação americana, que é afetadaem menor proporção (30-40%) pordoença periodontal4. O tratamentode infecções orais requer a remoçãodo biofilme e cálculo (tártaro) dasuperfície dos dentes e das gengivaspor meio de procedimentos cirúrgi-cos ou não cirúrgicos(quimioterapia), seguidos de terapiaantibiótica6. Infelizmente, essasinfecções não respondem totalmenteaos antibióticos, e os mecanismos dedefesa do hospedeiro também nãosão capazes de ajudar em seu comba-te3,4. Células bacterianas dentro dobiofilme liberam antígenos, resultan-do na produção de anticorpos3

Porém, esses anticorpos são eficientessomente na remoção de célulasbacterianas livres, e não matammicroorganismos presentes nobiofilme.3 As células bacterianaslivres também podem ser eliminadaspor antibioticoterapia, que podereverter alguns dos sintomas tempo-rariamente, mas os microorganismospresentes no biofilme são resistentesa muitos desses agentes3. A resistên-cia aos antibióticos pode se desenvol-ver por meio de vários mecanismosdiferentes: 1) o agente pode serincapaz de penetrar a profundidade

intermedium e Treponema denticola4.Prevenção da Formação deBiofilme e Tratamento

Embora a gengivite e aperiodontite possam ser controladaspor medidas adequadas de higiene(e.g., escovação dental, uso do fiodental e de enxaguatórios bucais),

do biofilme; 2) células de crescimen-to lento ou com falta de nutrição nobiofilme (devido à diminuição dataxa de crescimento bacteriano nobiofilme) podem não ser muitoresponsivas aos antibióticos; ou 3)microorganismos no biofilme podemproduzir substâncias específicas queos protegem4,5. Por essas razões,infecções orais são doenças crônicasque requerem tratamento contínuo ecuidado diário por medidas adequa-das de higiene.3,6 A prevenção é amelhor estratégia contra a gengivitee a periodontite.3,6

Referências1. Steinberg D, Mor C, Dogan H, Daufmann D,Rotstein I. Formation of streptococcus mutansbiofilm following toothbrushing with regular andwhitening toothpastes. Am J Dent 2003; 16(1):58-60.

2. Kolenbrander PE. Oral microbialcommunities: Biofilms, interactions, and geneticsystems. Ann Rev Microbiol 2000;54:423-437.

3. Costerton Jw, Stewart PS, Greenberg EP.Bacterial biofilms: A common cause of persistentinfections. Science 1999;284(5418):1318-1322.

4. Overman PR. Biofilm: A new view of plaque. JContemp Dent Pract 2000;1(3):18-29.

5. Watnick P, Kolter R. Biofilm, city of microbes.J Bacteriol 2000;182(10):2675-2679.

6. Greenspan JS.Oral manifestations of diseae,In: Fauci AS, Braunwald E, Isselbacher KJ, et al.,eds. Principles of Internal \medicine. 14th ed.McGraw-Hill; 2002. pp. 185-190.

O desenvolvimento decáries dentais, gengivite eperiodontite é multifatorial,e as bactérias específicasno biofilme são uma causanecessária, porém nãosuficiente para a doença

Edições anteriores doPrev News estão disponíveisna internet, acesse:www.colgateprofissional.com.br

página 4

Diversas superfícies na naturezasão colonizadas por microorganismosque ocorrem na forma de biofilme.Esses biofilmes contêm comunidadesagregadas de bactérias e outrosmateriais aderidos a superfícies não-repelentes (ver Artigo de Capa, nestaedição)13. A placa bacteriana sobre osdentes é um ótimo exemplo debiofilme dental.

O acúmulo descontrolado debactérias orais na placa dental foiassociado com diversas condiçõesclínicas, incluindo a cárie, agengivite e a doença periodontal1.Embora as práticas adequadas dehigiene oral desempenhem umpapel fundamental na prevenção dodesenvolvimento do biofilme,produtos com agentes biocidas sãoparticularmente úteis quando ahigiene oral não é a ideal1,3.

Em um esforço para reduzir aincidência dessas condições orais,práticas atuais de odontologiapreventiva são direcionadas para aredução da placa dental por meio deuma variedade de formulações deuso oral com biocidas antiplacabastante conhecidos1. Os biocidascompreendem um grande grupo dediferentes agentes químicos que sãoeficazes na desativação de váriosmicroorganismos1. Uma descriçãodos biocidas mais comumente usadosem produtos de uso bucal éfornecida na tabela.

Por atingir diversos sítios-alvo nosmicroorganismos, os biocidas inibemdiversos processos celulares e, demodo cumulativo, parecem resultarem perda da viabilidade microbiana1.

grau de placa e gengivite sem levar àresistência microbiana ou alterações namicroflora que resultariam em coloni-zação patogênica ou oportunista.1

O FDA (Food and DrugAdministration) nos Estados Unidosaprovou dentifrícios contendo triclosancomo seguros e eficazes no combate àplaca. O Subcomitê de ProdutosContra Placa, uma equipe do FDAresponsável por revisar ingredientesantiplaca em produtos de consumosem prescrição, recomendou que doisingredientes, a combinação fixa deóleos essenciais e cloreto decetilpiridínio, também fossemincluídos na Categoria 1 (seguros eeficazes).3 O Conselho de Terapêuti-ca dental da ADA (American DentalAssociation) exige uma redução dainflamação gengival num período deseis meses para aceitar um agentecomo eficaz no tratamento dagengivite. Até o momento, apenastrês produtos receberam o Selo de

Uma vez que os antibióticos, aocontrário dos biocidas, atingem umsítio-alvo específico nomicroorganismo e a formação deresistência aos antibióticos é bastanteconhecida, a falta de desenvolvimentode resistência bacteriana com biocidasprovavelmente deve-se ao seu efeitoem múltiplos sítios-alvo1.

Formulações desenvolvidas paraliberação de biocidas no ambientebucal consistem de agentes surfactantes(que permitem a penetração dobiocida no biofilme) e agentesantinucleadores (que impedem aconversão do biofilme mole emdepósitos duros calcificados). Essasformulações essencialmente inibem aformação do filme da placa dentalsupragengival1. Estudos clínicosmostraram que diversos agentesbiocidas formulados em dentifrícios ouenxaguatórios bucais – como porexemplo a clorexidina, o triclosan, osóleos essenciais e metais – reduzem o

Novos Fármacos paraControle Químico doBiofilme Dental

Continua na página 10

PÁGINAN A P R Á T I C A

Biocida Modo de Ação Contra Bactérias Uso Típico

Biocidas Comumente Usados em Produtos Odontológicos

Perda de organização estrutural, danos à membrana,solidificação do citoplasma em altas concentraçõesClorexidina

´dentifrício´Enxaguatório bucal*´goma de mascar´spray oral

Cloreto deCetipiridínio

Detergente catiônico com ação antisséptica ´enxaguatório bucal

Óleos Essenciais Por meio de uma combinação de timol,mentol, eucaliptol e metil salicilato ´enxaguatório bucal

Metais(e.g., zinco, estanho) Ligação de grupos tiol (-SH)

´dentifrício´Enxaguatório bucal´goma de mascar

Triclosan(e.g.Colgate Total,Colgate Plax)

Danos à membrana, liberaçãode componentes celulares

´dentifrício´Enxaguatório bucal**

Xilitol4

Inibição do crescimetno celular através deacúmulo intracelular de metabólitointermediário e redução de polímeros deaçúcar armazenados

´dentifrício´goma de mascar

* A clorexidina só está disponível como enxaguatório bucal nos Estados Unidos** O triclosan em enxaguatório bucal está disponível em todo mundo menos na América do Norte3 Compilado de Sreenivasan e Gaffar,1 Barnett,3 Levine,4 e Simons, 5 et al.

página 5

Continua na página 10

A doença periodontal foi experi-mentalmente relacionada comdoença cardiovascular, embora asrazões para a associação observadanão sejam claras1. Uma possívelexplicação é que fatores genéticoscompartilhados por certos indivídu-os contribuam com ambas as condi-ções, levando a uma aparente associ-ação mesmo que não exista nenhumvínculo direto. Uma vez que osfatores genéticos que levam a essascondições são desconhecidos, estudara coexistência das condições emgêmeos pode fornecer informaçõesúteis. Um estudo recente visou testarse a doença periodontal e a perda dedentes são geneticamente associadascom risco aumentado de doençacardiovascular em geral, ou numsubgrupo com doença cardíacacoronariana, usando co-análise degêmeos. Lorelei Mucci apresentouresultados preliminares desse estudono congresso da InternationalAssociation for Dental Research naSuécia2.

Para investigar a associação, usou-se o Registro Sueco com Gêmeos, omaior registro do mundo com basena população. O banco de dadosinclui mais de 70 mil pares degêmeos nascidos na Suécia desde1886, e está vinculado com o Regis-tro de Causa de Morte e de PacientesInternados da Suécia. Informaçõessobre os resultados de saúde tambémforam adicionadas ao registro por

Uma Nova Visão sobrea Doença Periodontal,Perda de Dentes eDoença CardiovascularUsando o RegistroSueco com Gêmeos

PÁGINAP E R I O D O N T A L

meio de questionários postais com-pletados nas décadas de 60 e 70, epor meio de entrevistas por telefonerealizadas de 1998-2002. Um grupode estudo de 15.273 indivíduosnascidos entre 1886 e 1925 foiescolhido com base nas respostas aum questionário de 1963; foramexcluídos os respondentes quetinham doença cardiovascularnaquela época ou dados incompletos. Osindivíduos foram classificados deacordo com a extensão da perda dedentes na idade de 35 anos, ou de acordocom a extensão da doença periodontalrelatada no questionário de 1963. Ahistória médica subseqüente de cadasujeito foi examinada em 2000 paradoenças cardiovasculares gerais, etambém para doença cardíacacoronariana isoladamente. As taxasde risco para a amostra completa epara os conjuntos de gêmeos idênti-cos foram calculadas para cadaassociação potencial para indicar orisco relativo de desenvolvimento dedoença cardiovascular ou doençacardíaca coronária com a crescenteperda de dentes ou doençaperiodontal. As taxas de risco foram

ajustadas por idade, sexo, educação,número de irmãos, tabagismo,diabetes, hipertensão e índice demassa corporal. Observe que aanálise de gêmeos idênticos inerente-mente ajusta-se para exposição afatores e genética.

Doença CardiovascularTanto a doença periodontal como a

perda de dentes foram associadas comum discreto aumento do risco de doençacardiovascular entre todos os sujeitos(ver tabela). A análise de gêmeosmostrou risco similar de doençacardiovascular em gêmeos idênticos ena amostra geral do estudo, sugerindo aausência de base genética para as duasassociações.

Doença CardíacaCoronariana

Os dados preliminares usando todosos sujeitos indicaram risco de doençacardíaca coronariana discretamenteaumentada em sujeitos que relata-ram doença periodontal ou perda dedentes (ver tabela).

Para aqueles com doença

—: taxa de risco 1,0-1,1; ↑: taxa de risco 1,1-1,5; ↑↑: taxa de risco 1,5-2,0; ↑↑↑: taxa de risco>2,0De Mucci, et al.2

Associação de Doença Periodontal e Perda dos Dentes com DoençaCardiovascular e Doença Cardíaca Coronariana

Doença Cardiovascular Doença Cardíaca Coronariana

GêmeosIdênticos

Amostrageral

GêmeosIdênticos

Amostrageral

Referência Referência Referência Referência

DoençaPeriodontal(DP)

Discretamobilidade

Nenhuma

DP completa

↑↑↑↑↑ ↑↑↑↑↑

↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑ ↑↑↑↑↑ ↑↑↑↑↑

↑↑↑↑↑

↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑ ↑↑↑↑↑ ↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑

Nenhuma/poucas perdas

— — —Cerca da metadede perdidos

Todos /quasetodos perdidos

Perdade Dentes

Referência Referência Referência Referência

— —

página 8

Flúor em Forma deGel: Uma RevisãoSistemática

Nessas últimas décadas, dentistas demuitos países fizeram aplicação tópicade flúor na forma de gel para prevençãoda cárie em crianças. Para não haverconfusão com cremes dentais em formade gel que contêm flúor, o flúor naforma de gel (que geralmente contém12.300 partes por milhão de fluoreto) écomumente aplicado por profissionaisda Odontologia, duas vezes ao ano1.

O flúor em forma de gel foi recente-mente submetido a pesquisas por causada baixa prevalência de cárie e daredução da gravidade das cáries emmuitos países, do uso comum de cremedental com flúor e do risco de

superexposição ao flúor1-3. O custotambém é uma preocupação, e umaatenção cada vez maior é dada ao custo-benefício do flúor em gel. Como essasquestões estão surgindo, essa é a horacerta para avaliar a atual situação daeficácia dos géis com flúor. Será queeles realmente funcionam?

Marinho e colegas realizaram recente-mente uma revisão sistemática daliteratura para avaliar a eficácia do flúorem gel na prevenção da cárie emcrianças1,4. Os autores identificaram25 estudos representando 7.747crianças (com idades abaixo de 17anos) randomizadas para tratamentocom flúor em gel (pelo menos umano ou um ano escolar) ou paraplacebo/ nenhum tratamento4. Osprincipais resultados cegos foramalterações no índice CPO (superfíciescariadas, perdidas e obturadas) na

dentição permanente, sendo a fraçãode prevenção a medida primária deeficácia (i.e., a diferença no incre-mento médio de cárie entre osgrupos de tratamento e controleapresentada como uma porcentagemdo incremento médio no grupocontrole)1. Os estudos selecionadosforam conduzidos entre 1964 e 1996,principalmente na América doNorte, Europa e Brasil. Aprevalência de cárie na fase inicialapresentou índice CPO variando de0,24 a 12,21.

Uma meta-análise de 23 estudos querelataram dados de CPO demonstrouuma fração de prevenção de 18% (95%IC: 19%-37%; p<0,0001) para pacientestratados com flúor em gel. A análise dos14 estudos controlados com placeboisoladamente produziu resultadosdiscretamente mais conservadores em21% (95% IC: 14%-28%; p<0.0001);entretanto, o claro benefício do flúorem gel foi mantido. Esse índice deprevenção é muito próximo dos 22%(95% IC: 18%-25%) estabelecido emuma meta-análise anterior5. Umaavaliação adicional os 14 estudoscontrolados com placebo revelou queem populações de crianças com umincremento de cárie de CPO 2,2/ ano, onúmero necessário a ser tratado paraprevenir 1 CPO foi 2 (95% IC: 1-3), eem populações com incremento de cáriede 0,2, o número necessário a sertratado foi 24 (95% IC: 18-36).

Não foram encontradas associaçõesestatisticamente significantes entreestimativas de fração de prevenção CPOe os seguintes: níveis iniciais de cárie,exposição anterior a outras fontes deflúor, método de aplicação do gel econcentração de flúor (ver figura).1 Umbenefício maior do tratamento comflúor em gel foi observado com aplica-ções mais freqüentes e com “intensidadetotal de aplicação” mais alta (i.e.,freqüência x concentração) comparados

PÁGINAD E H I G I E N E

Associação Entre os Benefíciosdo Tratamento com Flúor em Gel

e Várias Medidas

NenhumaAssociação

Alguma Associação

• Níveis iniciais de cárie• Exposição anterior a outras fontes de flúor• Método de aplicação do gel• Concentração de flúor

• Aplicações mais freqüentes• “Intensidade total de aplicação” mais alta (i.e., freqüência vs. con- centração)

página 9

Referências

1. Marinho VC, Higgins JP, Logan S, Sheidham A.Systematic review of controlled trials on theeffectiveness of fluoride gels for the preventionof dental caries in children. J Dent Educ2003;67(4):448-458.

2. Whitford GM. Acute and chronic fluoridetoxicity. Dent Res 1992;71:1249-1254.

3. Ripa LW. An evaluation of the use ofprofessional (operator-applied) topicalfluorides. J Dent Res 2003;69(Spec Iss):786-796.

4. Marinho VCC, Higgins JPT, Logan S, et al.

PN

com placebo ou ausência de tratamento(ver figura); entretanto, a significânciaestatística foi perdida com a remoção deum estudo (Englander, 1967) queapresentava resultados especialmentefortes6. A revisão sistemática reveloupouquíssimas informações pertinentesao flúor em gel na incidência de cárie nadentição decídua, efeitos colateraisagudos ou manchamento dental ereações alérgicas1.

Os achados sobre a fração de preven-ção e o número necessário de tratamen-to da revisão fornecem um resumoexcelente da eficácia do flúor em gel emum grande e diverso grupo de crianças, epode ser útil em futuras análises decusto-benefício ou outras. Recomen-dou-se que estudos futuros se concen-trem na comparação do flúor em formade gel com outras estratégias de preven-ção da cárie em vez de uma comparaçãocom placebo ou nenhum tratamento.Também sugeriu-se que potenciaiseventos adversos ligados ao flúor em gelfossem investigados1. Por exemplo, afluorose, como evento adverso potencialresultante da superexposição ao flúor

Uma revisão sistemática daliteratura confirma que oflúor em gel reduz oincremento no número decáries que ocorrem emcrianças ao longo do tempo

em geral,7 merece ser estudada emassociação com o uso de flúor em gel.Em resumo, concluiu-se que o flúor emgel reduz de maneira eficiente osincrementos no número de cáries queocorre em crianças ao longo dotempo.

O programa de Educação Continuadada Havard School of Dental

Medicine está disponível no sitewww.colgateprofessional.com,

somente no idioma inglês.

Essa mudança atende às diretrizes globaisda Colgate em padronizar a elaboração dos

testes. Os profissionais de saúde bucalpoderão realizar o teste online e

acompanhar seu desempenho pela internet.

Os participantes aprovados receberão umcertificado de educação continuada emitidopor Harvard, uma das universidades mais

conceituadas no mundo.

Não perca essa oportunidade deenriquecer o seu currículo.

* Consulte o regulamento.

Fluoride gels for preventing dental caries inchildren and adolescents (Cochrane Review).The Cochrane Library. Oxford; 2002.

5. van Rijkom HM, Truin GJ, van’t Hof MA. Ameta-analysis of clinical studies on the cariesinhibiting effect of fluoride gel treatment. CariesRes 1998;32:83-92.

6. Englander HR, Keyes PH, Gestwicki M, SultzHÁ. Clinical anticaries effect of repeatedtopical sodium fluoride application bymouthpieces. JADA 1967;75:638-644.

7. Clarkson JJ, et al. International collaborativeresearch on fluoride. J Dent Res2000;79(4):893-904.

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Editor chefe Chester Douglass,DMD, PhD; E.U.A.

Professor de Política de Saúde Oral eEpidemiologia da Harvard School ofDental Medicine e School of PublicHealth

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Continuação de Na Prática (p. 4)

Referências

1. Sreenivasan P, Gaffar A. Antiplaque biocidesand bacterial resistance: A review. J ClinPeriodontol 2002;29(11):965-974.2.Socransky SS, Haffajee AD. Dental biofilmes:Difficult therapeutic targets. Periodontol 20002002;28:12-55.3. Barnet ML. The role of therapeuticantimicrobial mouthrinses in clinical practice.JADA 2003;134:699-704.4.Levine RS. Briefing paper: Xylitol, caries andplaque. Br Dent J 1998;185(10):520.5.Simons D, Beighton D, Kidd EA, Collier FL. Theeffect of xylitol and chlorhexidine acetate/xylitolchewing gums on plaque accumulation andgingival inflammation. J Clin Periodontol1999;26(6):388-391.6. Research, Science and Therapy Committee ofthe American Academy of Periodontology.Treatment of plaque-induced gingivitis, chronicperiodontitis, and other clinical conditions. JPeriodontol 2001; 72(12):1790-1800.7. Addy M, Moran JM. Clinical indications forthe use of chemical adjuncts to plaque control:Chlorhexidine formulations. Periodontol 20001997;15:52-54.8. Fine DH, Furgang D, Barnett ML, Drew C,

Continuação de Periodontal (p. 5)

PN

Aceitação da ADA para tratamen-to da gengivite.

Os ingredientes ativos nessesprodutos são digluconato declorexidina, triclosan e a combina-ção de timol, mentol, eucaliptol eóleos essenciais de metil salicilato6.

O uso estendido de formulaçõesde uso bucal com biocidasantiplaca tem importante funçãonas abordagens dirigidas aopaciente para o controle da placa eda gengivite, especialmente emsituações que a higiene oral édifícil, comprometida ou mesmoimpossível1,7,8.

periodontal, o risco de doençacardíaca coronariana mostrou-se maisalto em gêmeos idênticos (taxa derisco 1,51) do que na amostra deestudo geral (taxa de risco 1,36).Além disso, para aqueles que perde-ram todos ou quase todos os dentes,gêmeos idênticos apresentaram risconotavelmente maior de doençacardíaca coronariana (taxa de risco2,10) do que a amostra geral (taxade risco 1,29). Dessa forma, pareceexistir uma base genética para aassociação entre doença periodontale doença cardíaca coronariana, etambém para a associação entreperda de dentes e doença cardíacacoronariana. Deve-se observar, noentanto, que os dados de gêmeosidênticos mostraram amplo intervalode confiança de 95% (0,67-3,40 paradoença periodontal e 1,16-3,78 paraperda de dentes), tornando difícilchegar a conclusões claras.

Como um todo, essa análisepreliminar do Registro Sueco comGêmeos indica risco aumentado dedoenças cardiovasculares gerais edoença cardíaca coronariana empacientes que apresentam doençaperiodontal ou perda de dentes. Aanálise de gêmeos idênticos sugereque as associações entre doençaperiodontal e doença cardíacacoronariana, e entre perda de dentes edoença cardíaca coronariana são ambasafetadas por um componentegenético.Referências1. Beck Jd, Offenbacher S. The associationbetween periodontal diseases andcardiovascular diseases: A state-of-the-sciencereview. Ann Periodontol 2001;6(1):9-15.2. Mucci LA, Hsieh C-C, douglass C, Williams P,Adami H-O, de Faire U, et al. Do genetic factorsexplain the relation between periodontal diseaseand cardiovascular disease? J Dent Res SpecialAbstract Issue 2003, Abstract # 1889.

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Agentes biocidasformulados em produtos decuidados bucaismostraram-se úteis naredução da placa e dagengivite sem levar àresistência microbiana

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Steinberg L, Charles CH, et al. Effect of anessential oil-containing antiseptic mouthrinse onplaque and salivary Streptococcus mutanslevels. J Clin Periodontol 2000; 27(3):157-161.

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Biofilmes: Um Novo Conceito na Odontologia PreventivaChester W. Douglass, DMD, PhD

AtualizaçãoAS NOTÍCIAS MAIS RECENTES SOBRE PESQUISAS, PRODUTOS E TECNOLOGIAS

Estamos iniciando uma nova era no campo da odonto-logia preventiva — a Era dos Biofilmes. Biofilmes é onovo termo utilizado para bactérias orais ou, talvez maiscorretamente, para comunidades de bactérias orais.Aparentemente, as bactérias, quando organizadas juntasem um biofilme, assumem uma estrutura única e umcomportamento de grupo. Nos últimos cinco anosadquirimos um conhecimento melhorado da maneira pelaqual as bactérias orais se comportam quandoestruturadas em comunidades. Esse conhecimentoestá nos conferindo a capacidade de atacar oucontrolar as causas bacterianas das doenças bucais

fazem uso de uma variedade de novas abordagenspara o desenvolvimento de biocidas antiplaca.Alguns desses novos agentes preventivos baseiam-se em danificar a membrana bacteriana comconseqüente penetração no biofilme. Outrosbiocidas, que competem com o citoplasma, têmuma ação antinucleadora ou detergente catiônica.Outros, ainda, inibem com sucesso o crescimentode bactérias no biofilme.

A tabela na página 4, na coluna “Na Prática”desta edição, descreve o modo de ação de váriosbiocidas contra biofilmes bacterianos e os sistemastípicos de liberação que são usados em cada abor-dagem. Os biocidas podem inibir vários processoscelulares que resultam em perda da viabilidademicrobiana. Contrariamente, os antibióticos agemtipicamente em um sítio-alvo específico nosmicroorganismos, mas a preocupação com a resis-tência antibiótica persiste. Os biocidas, felizmente,não parecem desenvolver resistência bacterianadevido ao seu efeito sobre múltiplos sítios-alvo.Essa falta de resistência microbiana foi confirmadaem estudos clínicos com triclosan e clorexidina.Assim, o perfil de segurança desses biocidas mos-trou-se sólido, o que significa que esses agentesantiplacas podem ser usados por períodos detempo prolongados, e conseqüentemente desem-penhar um papel importante no cuidado domésti-co do paciente, uma vez que o controle dosbiofilmes é uma atividade diária importante. Ocontrole dos biofilmes por biocidas pode ser parti-cularmente importante em pacientes para os quaisa higiene bucal é difícil ou comprometida.

O novo conhecimento científico sobre biofilmespromete ser um capítulo empolgante na odontolo-gia preventiva.

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usando uma nova teoria científica de comporta-mento de grupo, i.e., não se trata mais de umcombate corpo-a-corpo ou contra um indivíduo, esim de uma “guerra em grupo”, baseada na des-truição, ou pelo menos, no rompimento de comu-nidades inteiras de bactérias, que agora sabemosque estão estruturadas em biofilmes.

Os biofilmes são comunidades cooperativas demicroorganismos. Avanços nos estudos do comporta-mento dos biofilmes possibilitaram novas abordagenspara o controle de bactérias orais patogênicas. Esseconhecimento resultou no desenvolvimento de novastecnologias e produtos para controle de patógenos quecausam cáries dentais, gengivite e doençaperiodontal.

Os produtos farmacêuticos que estão surgindo

Os biofilmes são comunidadescooperativas de microorganismos