Biodiversidade na Serra da Estrela Biodiversidade, segundo a Convenção de Diversidade Biológica, adoptada pelas Nações Unidas em 1992, “representa a variabilidade entre todos os organismos vivos, o que implica as diferenças entre uma espécie e outra, as variações genéticas entre indivíduos de uma mesma espécie e, também, as distinções entre ecossistemas”. A Biodiversidade é um factor fundamental da evolução biológica, pois a sua diminuição levará à suspensão de processos evolutivos naturais. O Homem deve preservar a diversidade biological peals sequents razes:

1. Estéticas: O Homem aprecia a Natureza;

2. Éticas: O Homem deve proteger outras formas de vida e impedir a sua extinção;

3. Económicas: O Homem deve garantir que determinadas espécies não diminuam, pois podem pôr em causa a existência de actividades produtivas;

4. Funcionais: Todos os seres vivos estão articulados em mecanismos naturais com importantes funções, como proteger o solo contra a erosão, polinizar as culturas, regular o clima, purificar o ar, controlar ou evitar pragas, etc.

Devemos preocupar-nos em preservar todas as espécies pois cada uma delas tem funções específicas. No entanto, nos dias de hoje, o Homem assiste à extinção

de muitas espécies, não por causas naturais, mas antes pela acção humana. Para contrariar esta tendência temos de:

� Preservar os habitats naturais que estão a ser destruídos pela expansão humana;

� Proteger os indivíduos de cada espécie.

A criação de áreas protegidas e a sua manutenção são um dos garantes da conservação dos habitats.

Lagoa Comprida

Bosque de Prunus Lusitanica

Ciência Viva no Verão 2010

A Fauna e a Flora na Serra da Estrela

A Fauna e a Flora na Serra da Estrela A Serra da Estrela é a “majestosa montanha que alberga um valioso coberto vegetal, constituindo a “jóia da coroa” do património ecológico do interior de Portugal.” (Guia Geobotânico da Serra da Estrela, de Jan Jansen)

A Serra da Estrela, constituída por granitos na sua parte central e por xistos na periferia, encontra-se coberta por mosaicos de matos, prados, lagoas, cursos de água, fornecendo habitats que garantem uma diversidade de indivíduos ao nível da fauna e da flora.

22 de Maio – Dia Internacional da Biodiversidade

Transecto da Serra da Estrela, três variantes altitudinais

(Figura retirada de “Guia Geobotânico da Serra da Estrela”, de Jan Jansen.)

De acordo com as formações climáticas e a altitude estão definidas 5 a 6 andares altitudinais, sendo que na figura estão representados três deles. O Andar Basal, entre os 400 e 900 metros, seria formado por bosques de Quercus super (sobreiro), Quercus rotundifolia (azinheira), Quercus robur (carvalho alvarinho) e, ao longo dos rios, haveria Fraxinus angustifolia (freixo) e Alnus glutinosa (amieiro). Este é o andar altitudinal onde a presença humana é muito forte. O Andar Intermédio, entre os 900 e 1600 metros, seria formado por bosques de Quercus rotundifolia (azinheira), Quercus pyrenaica (carvalho negral), existem ainda bosques de Bétula celtibérica (vidoeiro), Taxus baccata (teixo) e Ilex aquifolium (azevinho) e Fraxinus angustifolia (freixo) O Andar Superior, entre os 1600 e 1993 metros, seria formada por zimbrais-rasteiros, urgueiras e caldoneiras.