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Cómo citar este documentoPhelipini Borges, Tatiane Angélica; Poll Maria Marciapermanente em saúde e sua influência no processo de trabalho dos profissionais de enfermagem voltados ao atendimento as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares. Biblioteca Lascasas, 2014; 10(2Disponible en http://www.index

BIBLIOTECA LAS CASAS – Fundación Index http://www.index -f.com/lascasas/lascasas.php

Cómo citar este documento Phelipini Borges, Tatiane Angélica; Poll Maria Marcia Adriana. Educação permanente em saúde e sua influência no processo de trabalho dos profissionais de enfermagem voltados ao atendimento as vítimas de causas externas e emergências

Biblioteca Lascasas, 2014; 10(2). w.index-f.com/lascasas/documentos/lc0762

Fundación Index f.com/lascasas/lascasas.php

Adriana. Educação permanente em saúde e sua influência no processo de trabalho dos profissionais de enfermagem voltados ao atendimento as vítimas de causas externas e emergências

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Universidade Federal do

Pampa

Trabalho de Conclusão de Curso II

URUGUAIANA

2014

Tatiane Angélica Phelipini Borges

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE

ENFERMAGEM VOLTADOS AO ATENDIMENTO AS VÍTIMAS DE CAUSAS EXTERNAS E EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES

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TATIANE ANGÉLICA PHELIPINI BORGES

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE

ENFERMAGEM VOLTADOS AO ATENDIMENTO AS VÍTIMAS DE CAUSAS EXTERNAS E EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pampa, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª Ma. Márcia Adriana Poll

Uruguaiana

2014

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TATIANE ANGÉLICA PHELIPINI BORGES

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE

ENFERMAGEM VOLTADOS AO ATENDIMENTO AS VÍTIMAS DE CAUSAS EXTERNAS E EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pampa, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Área de concentração: Enfermagem

Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em: 11 de março de 2014.

Banca examinadora:

_____________________________________________________

Professora Mestra Márcia Adriana Poll

Orientadora – UNIPAMPA

______________________________________________________

Professora Doutora Josefine Busanello

(UNIPAMPA)

______________________________________________________

Professora Doutora Simone Lara

(UNIPAMPA)

______________________________________________________

Profª. Aline Wachholz

(UNIPAMPA)

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AGRADECIMENTOS

À DEUS pela dádiva da vida, por iluminar meu caminho, pela força е coragem durante toda

esta longa caminhada e pelas oportunidades e conquistas concedidas.

Ao meu esposo Fábio com quem amo partilhar a vida... Agradeço-te por você sempre me

apoiar e incentivar incondicionalmente, sabendo compreender com grandiosidade minhas

ausências, angústias, expectativas e medos durante todo este período. Pela sua capacidade de

me trazer tranquilidade e paz na correria do dia a dia e me auxiliar no uso das tecnologias e

dos softwares!! A você, minha admiração e meu amor.

Aos meus pais pelo incentivo, torcida e confiança.

À minha sogra pela torcida.

À minha orientadora professora Me. Márcia Adriana Poll que dedicou seu tempo e

compartilhou suas experiências na construção do meu conhecimento nestes dois anos que

trabalhamos juntas. O seu olhar critico e construtivo me ajudou a superar os desafios deste

estudo... Serei eternamente grata e levarei você em meu coração.

Às equipes de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Adulto, Pronto Socorro e Centro

Cirúrgico do hospital onde realizei o estudo, em especial à coordenadora de Enfermagem Jane

Chaves e Coordenadora do Núcleo de Estudos Aline Martinelli, pela colaboração, torcida e

confiança.

A todos aqueles professores que fizeram a diferença e foram tão importantes em minha vida

acadêmica, pelo convívio, pеlо apoio, pеlа compreensão е pela amizade durante todos estes

anos da contínua construção de conhecimento!!!

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“A verdadeira viagem de descobrimento

não consiste em procurar novas paisagens,

mas em ter novos olhos”.

(Marcel Proust)

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RESUMO

A realidade social vivenciada, hoje, no país, apresenta um crescente índice de morbimortalidade, ocasionado por causas externas e pelas emergências clínicas cardiovasculares. Para tanto, a equipe de enfermagem em suas práticas profissionais necessitam estar constantemente em processo de atualização técnico-científico a fim de estar capacitada para atender com eficiência e qualidade a estes dois grandes problemas epidemiológicos. Assim, a Educação Permanente em Saúde (EPS) apresenta-se como uma proposta de ação estratégica capaz de contribuir para a transformação dos processos formativos, das práticas pedagógicas, assistenciais e de saúde. Para tanto, buscou-se como objetivo conhecer o entendimento da equipe de enfermagem sobre a importância das atividades de EPS direcionadas ao atendimento de vítimas acometidas por causas externas e emergências cardiovasculares. Este estudo caracteriza-se por uma pesquisa quantitativa de análise descritiva e exploratória. Os sujeitos da pesquisa foram os profissionais de enfermagem do Pronto Socorro, Centro Cirúrgico e Unidade de Terapia Intensiva adulto de um Hospital Geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Tendo como critério de inclusão os sujeitos que participaram das atividades de EPS propostas pelo Projeto de Extensão vinculado ao curso de enfermagem da Universidade Federal do Pampa intitulado: Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário fechado, subdividido em duas partes. Uma parte buscou traçar o perfil profissional e a outra parte visou responder os objetivos propostos pela pesquisa, a partir de questões afirmativas com opções de respostas graduadas. A partir da análise dos dados verificou-se que a maior partes dos participantes foram adultos jovens, mulheres, com formação profissional e tempo de atuação na unidade em questão entre um e cinco anos. Os participantes apontaram que as atividades de EPS e a maneira como as ações aconteceram acarretaram em melhorias na qualidade da assistência, possibilitando a transformação, atualização e ampliação do conhecimento voltado para temática e facilitou o relacionamento interpessoal dos profissionais de enfermagem com a equipe multiprofissional. As estratégias de ensino utilizadas e os recursos audiovisuais favoreceram o aprendizado da equipe, capacitando-os a realizarem suas atividades com mais segurança, tendo assim um aprendizado esperado. Conclui-se que inúmeros desafios envolvem o planejamento, a implantação e análise das atividades de EPS, porém, os objetivos deste estudo foram alcançados mediante o entendimento da equipe de enfermagem sobre a importância das ações e a maneira como as mesmas acontecem na EPS, o que acarretou em melhorias na qualidade da assistência, possibilitando a transformação, atualização e ampliação do conhecimento voltado para as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares. A EPS representa um dos profícuos caminhos para a transcendência nas formas de pensar e fazer dos sujeitos como modo de propiciar-lhes crescimento pessoal, para que os resultados atingidos sejam favoráveis e desejáveis para o profissional, a equipe de trabalho, a unidade, a instituição de saúde visando à qualificação do atendimento ao paciente.

Descritores: Enfermagem; Causas Externas; Educação em Saúde; Enfermagem em Emergência.

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ABSTRACT

The social reality experienced today in the country, presents an increasing rate of morbidity and mortality caused by external causes and cardiovascular clinical emergencies. Therefore, the nursing staff in their professional practices need to be constantly updated technical-scientific process in order to be able to answer with efficiency and quality to these two large epidemiological problems. Thus, the Permanent Health Education is presented as a draft strategic action can contribute to the transformation of educational processes, the pedagogical, and health care practices. To this end, we sought to meet the objective understanding of the nursing staff on the importance of EPS activities focused on serving victims affected by external causes and cardiovascular emergencies. This study is characterized by a quantitative survey of descriptive and exploratory analysis. The research subjects were the nursing staff of the Emergency Department, Operating Room and Intensive Care Unit of a General Hospital adult West Frontier of Rio Grande do Sul having as inclusion criteria the subjects who participated in the activities of Permanent Education in Health proposed by Extension Project linked to the nursing program at the Federal University of Pampa titled : Training in nursing Care for Victims of External Causes and Clinical Emergencies in a general hospital in the West Frontier of Rio Grande do Sul to data collection was used A questionnaire was divided into two parts. One party tried to trace the professional profile and the other party sought to answer the objectives proposed by the study, from affirmative questions with graded responses options. From the data analysis it was found that most parts of the participants were young adults , women with vocational training and work experience in the unit in question between one and five years. Participants pointed out that the activities of EPS and how the actions occurred resulted in improvements in quality of care, enabling the transformation, updating and expanding the knowledge aimed at thematic and facilitated the interpersonal relationship of nursing professionals with the multidisciplinary team. The teaching strategies used and audiovisual resources favored team learning, enabling them to conduct their activities safely, thus having an expected learning. We conclude that numerous challenges involving the planning, implementation and analysis of the activities of EPS, however, the objectives of this study were achieved by understanding the nursing staff about the importance of the actions and the way they arise in EPS, which resulted in improvements in quality of care, enabling the transformation, updating and expanding the knowledge aimed at the victims of external causes and cardiovascular emergencies. The EPS is one of the fruitful paths to transcendence in ways of thinking and doing of the subject as a way to provide them with personal growth, so that the achieved results are favorable and desirable for the professional work team, the unit, the institution health seeking the qualification of patient care.

Keywords: Nursing; External Causes; Health Education; Emergency Nursing.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Organograma da instituição hospitalar ................................................................. 23

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Distribuição da equipe de enfermagem, segundo a idade ................................... 27 Gráfico 2 - Distribuição da equipe de enfermagem, segundo o gênero ................................ 28 Gráfico 3 - Distribuição da equipe de enfermagem, segundo a categoria profissional ......... 29 Gráfico 4 - Distribuição da equipe de enfermagem, segundo o tempo de formação profissional ............................................................................................................................ 30 Gráfico 5 - Distribuição da equipe de enfermagem, segundo o tempo de atuação na função atual na instituição hospitalar ................................................................................................ 31 Gráfico 6 - Distribuição da equipe de enfermagem, segundo as unidades de trabalho ......... 32 Gráfico 7 - Proposição: as atividades realizadas pela EPS acarretaram em melhorias na qualidade da assistência de enfermagem ............................................................................... 34 Gráfico 8 - Proposição: as atividades da EPS oferecidas possibilitaram a transformação do conhecimento ......................................................................................................................... 35 Gráfico 9 - Proposição: as atividades da EPS ampliaram meu conhecimento ...................... 36 Gráfico 10 - Proposição: a EPS desconheceu minhas necessidades ..................................... 37 Gráfico 11 - Proposição: as atividades desenvolvidas pela EPS atenderam as necessidades da equipe de enfermagem ........................................................................................................... 38 Gráfico 12 - Proposição: considerei importante as atividades da EPS ................................. 39 Gráfico 13 - Proposição: as formas como as atividades foram desenvolvidas através da EPS favoreceram meu aprendizado ............................................................................................... 40 Gráfico 14 - Proposição: as atividades ministradas na EPS propiciaram a minha atualização profissional contribuindo para a tomada de decisões ............................................................ 41 Gráfico 15 - Proposição: as dúvidas foram sanadas durante as atividades da EPS ............... 42 Gráfico 16 - Proposição: os itens que compuseram o instrumento de avaliação de desempenho ........................................................................................................................... 43 Gráfico 17 - Proposição: a localização da área física onde aconteceram as atividades da EPS é de difícil acesso ................................................................................................................... 45 Gráfico 18 - Proposição: a sala onde aconteceram as atividades de EPS possui imobiliário desconfortável ........................................................................................................................ 46 Gráfico 19 - Proposição: os recursos audiovisuais utilizados foram adequados para as atividades de EPS .................................................................................................................. 47 Gráfico 20 - Proposição: as atividades da EPS foram divulgadas com suficiente antecedência........................................................................................................................... 48 Gráfico 21 - Proposição: a divulgação das atividades da EPS foram afixadas em locais de fácil visualização ................................................................................................................... 49 Gráfico 22 - Proposição: as informações contidas na divulgação das atividades da EPS foram suficientes .............................................................................................................................. 50 Gráfico 23 - Proposição: os horários que aconteceram as atividades da EPS são inadequados ........................................................................................................................... 51 Gráfico 24 – Proposição: os resultados das atividades da EPS foram divulgadas para toda equipe de enfermagem ........................................................................................................... 52 Gráfico 25 – Proposição: a Instituição Hospitalar possibilitou a participação dos profissionais de enfermagem nas atividades de EPS .................................................................................. 53

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LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 26 – Proposição: não há incentivo por parte das chefias de enfermagem para participação dos profissionais de enfermagem ...................................................................... 54 Gráfico 27 - Proposição: não participei de todas as atividades da EPS, pois não tive interesse ................................................................................................................................. 55 Gráfico 28 - Proposição: os profissionais que desenvolveram as atividades da EPS atenderam às necessidades das unidades envolvidas voltadas ao atendimento as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares. ............................................................................. 57 Gráfico 29 - Proposição: as estratégias de ensino utilizadas na EPS desfavoreceram a minha aprendizagem ......................................................................................................................... 58 Gráfico 30 - Proposição: os profissionais que desenvolveram as atividades da EPS demonstraram disponibilidade para atender e ouvir os participantes .................................... 59 Gráfico 31 - Proposição: o número de profissionais que atuaram na EPS é insuficiente para o atendimento das necessidades realizadas por este serviço .................................................... 60 Gráfico 32 - Proposição: as sugestões/ críticas apresentadas nas avaliações pelos profissionais de enfermagem foram atendidas ............................................................................................ 61 Gráfico 33 - Proposição: os profissionais que desenvolveram as atividades da EPS são preparados .............................................................................................................................. 62 Gráfico 34 - Proposição: o aproveitamento das atividades realizadas através da EPS foram menor do que o esperado........... ............................................................................................ 63 Gráfico 35 - Proposição: a minha participação nas atividades oferecidas através da EPS, capacitou-me a realizar minhas atividades com mais segurança ........................................... 64 Gráfico 36 - Proposição: as atividades desenvolvidas através da EPS contemplaram as especificidades de cada unidade ............................................................................................ 65 Gráfico 37 - Proposição: a EPS facilitou no relacionamento interpessoal da equipe de enfermagem com a equipe multidisciplinar .......................................................................... 66

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIH - Autorização de Internação Hospitalar CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CEP - Comitê de Ética em Pesquisa COFEN - Conselho Federal de Enfermagem COREN - Conselhos Regionais de enfermagem CC - Centro Cirúrgico CNS - Conselho Nacional de Saúde C - Concordo CT - Concordo Totalmente DATASUS - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde D - Discordo DT - Discordo Totalmente EPS - Educação Permanente em Saúde I - Indiferente IAM - Infarto Agudo do Miocárdio N - Negativa P - Positiva PS - Pronto Socorro PBDA - Programa de Bolsas de Desenvolvimento Acadêmico SPSS - Statistic Package for Social Sciences SUS - Sistema Único de Saúde TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UTI - Unidade de Terapia Intensiva UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12

1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 15

1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 16

3 CAMINHO METODOLÓGICO ........................................................................................ 20

3.1 Delineamento do Estudo .................................................................................................. 20

3.2 Cenário Investigativo ....................................................................................................... 21

3.3 População do Estudo ....................................................................................................... 24

3.4 Coleta de Dados ............................................................................................................... 24

3.5 Análise dos Dados ........................................................................................................... 25

3.6 Aspectos Éticos .............................................................................................................. 26

4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................ 27

4.1 Caracterização dos profissionais participantes do estudo................................................ 27

4.2 Análise da EPS no entendimento da equipe de enfermagem .......................................... 33

4.2.1 Frequência de respostas ................................................................................................ 34

4.2.2 EPS frente à qualidade da assistência prestada às vítimas de causas externas e

emergências cardiovasculares................................................................................................ 34

4.2.3 Operacionalização da EPS versus a adesão da equipe de enfermagem ........................ 44

4.2.4 Qualidade das estratégias adotadas para EPS para viabilizar a qualidade da

assistência .............................................................................................................................. 56

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 68

6 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 70

APÊNDICE A – Instrumento de coleta dos dados ................................................................ 76

ANEXO A –Termo de Autorização da Instituição Coparticipante ....................................... 82

ANEXO B –Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .................................................. 83

ANEXO C – Termo de Confidencialidade ............................................................................ 86

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1- INTRODUÇÃO

Esta pesquisa se propõe a investigar o entendimento da equipe de enfermagem de um

Hospital Geral que participaram das atividades de Educação Permanente em Saúde (EPS)

voltadas ao atendimento de enfermagem às vítimas de causas externas e emergências

cardiovasculares ocorridas entre os meses de abril de 2012 a março de 2013. A proposta é

reconhecer se a partir da EPS ocorreram modificações nas práticas clínicas e na assistência

prestada aos pacientes recebidos no Pronto Socorro (PS) e encaminhados ao Centro Cirúrgico

(CC) e Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI) acometidos por tais eventos.

A escolha deste primeiro local deu-se através de vivências de atividades práticas

curriculares no curso de enfermagem, onde foi possível constatar por vezes, algumas

situações de despreparo dos profissionais de enfermagem no atendimento voltado aos

pacientes acometidos por eventos traumáticos e urgências e emergências clínicas

cardiovasculares. Diante desta necessidade, desenvolveu-se o Projeto de Extensão vinculado

ao curso de enfermagem da Universidade Federal do Pampa, no qual participei como bolsista

do Programa de Bolsas de Desenvolvimento Acadêmico (PBDA), intitulado: “Capacitação em

Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um

hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”, cujo principal objetivo foi capacitar

a equipe de enfermagem, a fim de melhorar o atendimento à população acometida por estes

agravos.

A partir do desenvolvimento do Projeto de Extensão surgiu o interesse em dar

continuidade às atividades propostas junto a estes profissionais por meio deste Projeto de

Pesquisa, visando conhecer a real efetividade do processo de EPS desenvolvido com a equipe

de enfermagem no âmbito do PS, CC e UTI.

Porém, cabe ressaltar que estas unidades foram incluídas no estudo pela gravidade das

vítimas que adentraram o PS pela área vermelha, as quais na maioria das vezes são

encaminhadas seguindo um determinado fluxo de destino, ou seja, o CC e/ou UTI.

Sendo assim, frente ao trabalho de Extensão desenvolvido, reconhece-se a relevância

desta pesquisa na medida em que a mesma contribuiu para estimular a reflexão sobre as ações

educativas direcionadas aos trabalhadores de enfermagem. Bem como, a importância da EPS

para equipe de enfermagem diante das necessidades da prestação de um atendimento de

qualidade às vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

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Para tanto, fez-se necessário um maior entendimento sobre o cenário atual, tanto

internacional quanto nacional, das duas principais morbidades que acometem a população de

uma forma geral, as quais também levam aos altos índices de mortalidade atualmente

registrados, que são as causas externas e as emergências cardiovasculares.

As causas externas configuram-se em um conjunto de agravos à saúde que podem ou

não levar ao óbito, as quais incluem as causas ditas acidentais (devidas ao trânsito, trabalho,

quedas, envenenamentos, afogamentos e outros tipos de acidentes) e as causas intencionais

(agressões, suicídios, homicídios, abusos sexuais e lesões autoprovocadas) (LIGNANI,

VILLELA, 2013; RODRIGUES, et al., 2008).

O crescente índice de morbimortalidade, ocasionado por causas externas,

especificamente o trauma e a violência se encontram em segundo lugar em mortalidade,

abaixo somente das enfermidades cardiovasculares e passando a primeiro lugar em uma faixa

etária específica dos 15 aos 29 anos, o que torna o problema sem precedentes em nosso país

(MINAYO, 2005; IMPERATORI; LOPES, 2009, HENNINGTON, et al.; 2008). Atualmente

as mortes por causas externas representam um importante problema de saúde pública no

mundo, ocupando quase sempre a segunda ou terceira colocação entre as causas de óbito

(ANDRADE-BARBOSA et al., 2013).

Em se tratando dos agravos clínicos do ponto de vista das urgências, as doenças

cardiovasculares estão entre as primeiras causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo.

Anualmente, a cardiopatia isquêmica, acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial e

outras cardiopatias são responsáveis por 15,9 milhões de óbitos mundialmente (RIBEIRO,

COTTA, RIBEIRO, 2012).

Estima-se que cerca de 5 a 10% de todos os atendimentos realizados nas salas de

emergência anualmente nos Estados Unidos são relacionados aos pacientes que apresentam

Síndrome Coronária Aguda. Além disso, as doenças cardiovasculares permanecem sendo a

principal causa de morte, o que contribui com 38,5% de todas as mortes nos Estados Unidos

(SANTOS, PIAGGI, 2010).

No Brasil, os agravos clínicos são responsáveis pela primeira e segunda causa de

óbitos. Segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS),

das causas de mortalidade cardiovascular em 2012, 12% corresponderam ao infarto agudo do

miocárdio (IAM), 24% foram decorrentes de acidente vascular cerebral de origem isquêmica

ou hemorrágica, 2% correspondem à hipertensão arterial e os 62% restantes foram

relacionados a outras lesões (DATASUS, 2013).

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Frente a estes dois problemas epidemiológicos, a EPS é um quadrilátero formado por

diferentes atores do processo de trabalho: atenção, ensino, gestão e controle social que dão

direção para as ações desenvolvidas para a equipe de saúde, conforme cita Silva et al., (2010),

principalmente, a equipe de enfermagem diante das necessidades impostas por estes agravos

que levam aos altos índices de morbimortalidade a população acometida por estes dois

eventos.

Para tanto, a equipe de enfermagem em suas práticas profissionais necessitam estar

constantemente em processo de atualização técnico-científico a fim de estar capacitada para

atender com eficiência e qualidade a estas duas morbidades. Buscar conhecer novas

tecnologias para o cuidado e aperfeiçoar seus conhecimentos são necessários para que

desenvolvam um trabalho efetivo. Aliado à isso, faz-se necessário que o enfermeiro incentive

e promova mudanças no ambiente de trabalho, proporcionando uma melhor qualidade do

cuidado prestado as vítimas de emergencia clínicas e traumáticas.

Além disso, a equipe de enfermagem necessita apropriar-se de novos conhecimentos

no intuito de qualificar seu trabalho, através de cursos, capacitações, atualizações sobre as

principais necessidades vividas no cotidiano de trabalho. Para tanto, a EPS precisa ser um

instrumento que venha a despertar nos profissionais de saúde envolvidos, a motivação

indispensável para a modificação da atividade profissional, tornando-o mais crítico, a fim de

não mais trabalhar apenas de forma a cumprir suas atividades de forma mecanicista

(SARDINHA, et al., 2013; CUNHA, MAURO, 2010).

Diante disso, faz-se necessário induzir processos de transformações das práticas

clínicas através da educação em saúde aplicada ao processo de trabalho. A EPS deve ser

tomada como um recurso estratégico, no qual possibilite a atualização técnica científica, a

reflexão crítica sobre o cotidiano no ambiente de trabalho, que é o alicerce para mudanças no

desenvolvimento da autonomia, nas práticas assistenciais, gerenciais e da criatividade no ato

de pensar, de sentir e de fazer em saúde (SARDINHA, et al., 2013).

Desta forma, julga-se pertinente responder a seguinte questão Norteadora: A EPS

contribuiu para modificar as práticas clínicas e assistenciais prestadas às vítimas de causas

externas e emergências cardiovasculares? A EPS é vista pelos profissionais envolvidos, como

uma forma de difundir o conhecimento dentro da instituição hospitalar?

Sendo assim, o presente estudo apresentou como objetivos:

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1.1 Objetivo Geral

Avaliar o entendimento da equipe de enfermagem sobre a importância das atividades

de EPS no âmbito do atendimento as urgências e emergências.

1.2 Objetivos Específicos

Avaliar se as atividades oferecidas através da EPS contribuíram para modificações das

práticas clínicas visando a melhoria da assistência de enfermagem prestada as vítimas

recebidas no PS, CC e UTI.

Identificar se os assuntos abordados nas capacitações contribuíram na tomada de

decisão frente ao atendimento de causas externas e emergências cardiovasculares.

Identificar os fatores que contribuíram e dificultaram para o aprimoramento das

competências na EPS dos profissionais de enfermagem.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Em todos os campos de atuação da área da saúde, a busca pelo processo educativo que

acompanhe o desenvolvimento tecnológico e a evolução dos saberes transcende ao

aperfeiçoamento técnico. A preocupação vai além destas características pontuais, devido à

necessidade de garantir uma assistência de qualidade à população. Logo, o processo

educativo pode se caracterizar como um cuidado das instituições para com os trabalhadores

no processo de trabalho. A educação voltada para os profissionais que desenvolvem

atividades de enfermagem nos serviços de saúde nasceu com o intuito de aperfeiçoamento da

prática assistencial para que promovam melhorias nos ambientes de trabalho constantemente

(CAVALCANTE, et al., 2013; SILVA, et al., 2010).

Dentro de todo contexto que se insere a educação no ambiente de trabalho, cada vez

mais se sente a necessidade de uma educação alicerçada no modelo de aprendizagem no

cotidiano das ações, no qual o aprender e o ensinar incorporam-se às atividades das

organizações e do trabalho dos profissionais de enfermagem. Ainda, torna-se imprescindível

que esta educação seja conduzida conforme a realidade das situações das tarefas, e que seja

desenvolvida coletivamente, de acordo com as necessidades sociais e ancorada nos preceitos

das práticas transformadoras (CAVALCANTE, et al., 2013).

Desta forma, a EPS constitui-se em uma das alternativas viáveis de mudanças no

espaço de trabalho, em razão de cogitar formas diferenciadas de educar e aprender, através da

qual se propõe transcender ao tecnicismo e as capacitações pontuais, instigando a participação

ativa dos educandos no processo, assim como o desenvolvimento da capacidade crítica e

criadora dos sujeitos (SILVA, et al., 2011).

A proposta de EPS na perspectiva de transformação ocorre por meio da articulação

entre a teoria e a prática realizada pelos sujeitos-trabalhadores, mediada por políticas

institucionais que amparem estas ações. A EPS apresenta-se como uma proposta de ação

estratégica capaz de contribuir para a transformação dos processos formativos, das práticas

pedagógicas, assistenciais e de saúde. Surgiu na tentativa de aprimorar o método educacional

em saúde, tendo o processo de trabalho como seu objeto de transformação, com o intuito de

melhorar a qualidade dos serviços, visando alcançar equidade no cuidado, tornando-os mais

competentes para o atendimento das necessidades da população, empreendendo um trabalho

articulado entre o sistema de saúde em suas várias esferas de gestão, e as instituições

formadoras (SILVA, et al., 2010; BRASIL, 2004).

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17

Por conseguinte, o processo educativo transpassa a atividade do trabalhador, enquanto

este, de algum modo, ora é educador, ora é educado, dado que se utiliza de conhecimentos

específicos ao interferir/contribuir no mundo do trabalho transformando a natureza e a

sociedade, ao passo que transforma a si próprio. A partir desta perspectiva, a EPS pode ser

compreendida como a apropriação de saberes socialmente construídos, que são continuamente

produzidos e socializados (SILVA, et al., 2011).

A EPS hoje no Brasil, já figura com uma política bem definida (Portaria Nº

198/GM/MS de 13 de fevereiro de 2004) e a sua gestão deve ser feita pelos Pólos de EPS que

funcionam como dispositivos do Sistema Único de Saúde (SUS) para a promoção de

mudanças e articulações interinstitucionais necessárias para sua viabilização. Segundo esta

Política, a EPS é o conceito pedagógico, no setor da saúde, para efetuar relações orgânicas

entre ensino e as ações e serviços, e entre docência e atenção à saúde, sendo ampliado, na

Reforma Sanitária Brasileira, para as relações entre formação e gestão setorial,

desenvolvimento institucional e controle social em saúde; a EPS realiza a agregação entre

aprendizado, reflexão crítica sobre o trabalho, e resolutividade da clínica e da promoção da

saúde coletiva (BRASIL, 2004b).

Nesta perspectiva, uma das áreas priorizadas pelo SUS para implementação da EPS

são as equipes que trabalham nas unidades que atendem pacientes em situações de urgência e

emergência, conforme instituído pelo Ministério da Saúde para a formação e o

desenvolvimento de trabalhadores para o setor (BRASIL, 2005b; BRASIL, 2004b).

Os serviços de urgências e emergências hospitalares têm sido priorizados pelo SUS

com maciços investimentos em EPS para profissionais de saúde, em especial para

profissionais de enfermagem, já que muitas vezes, estes profissionais ocupam cerca de 60%

do quadro de profissionais nas instituições hospitalares nos quais realizam o maior número de

atividades de cuidado em saúde (BRITO, SILVA, MONTENEGRO, 2012).

Esforços em implementar a EPS, justifica-se pelos elevados índices de

morbimortalidade por causas externas e emergências cardiovasculares, pois concentra grande

parte da demanda de atendimentos. Um estudo que analisa a política de atenção às urgências

no Brasil afirma que existem deficiências estruturais nesse tipo de atendimento e aponta entre

elas a inadequação no preparo e formação dos profissionais, no qual merece atenção para

aperfeiçoamento e melhoria da prática assistencial para que promovam o desenvolvimento de

competências para assistência (SILVA, et al., 2012).

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18

Diante desta problemática, a EPS tem-se mostrado a maneira mais produtiva para

implementações de práticas pedagógicas que atendam as especificidades próprias dos

profissionais de enfermagem, pois é uma atividade educativa de caráter contínuo, cujo eixo

norteador é a transformação do processo de trabalho, centro privilegiado de aprendizagem. É

voltada para a prática educativa que se orienta pelo cotidiano dos serviços, partindo da

reflexão crítica sobre os problemas referentes à qualidade da assistência, assegurando a

participação coletiva e interdisciplinar favorecendo a construção de novos conhecimentos e

intercâmbio de vivências; representando o esforço de transformar o hospital em um espaço de

ensino-aprendizagem no exercício do trabalho (CAVALCANTE, et al., 2013; SILVA, et al.,

2010).

As demandas para o desenvolvimento de competências na educação permanente não

se definem somente a partir de uma lista de necessidades individuais de atualização, nem das

orientações dos níveis centrais, mas, prioritariamente, desde a origem dos problemas que

acontecem no dia-a-dia da assistência, referentes à atenção a saúde e à organização do

trabalho, considerando, sobretudo, a necessidade de realizar ações e serviços relevantes e de

qualidade. Essa soma de fatores são o objeto de discussão, análise, reflexão e para os quais se

buscam soluções, mudanças, respostas e produção de conhecimentos. Este processo leva em

consideração as experiências, as vivências e os conhecimentos anteriores para a construção de

novos conhecimentos. Desta forma, possibilita ao mesmo tempo, o desenvolvimento pessoal

dos trabalhadores da área da saúde e o desenvolvimento das instituições (BRASIL, 2004;

BRASIL, 2005b; MASSAROLI, SAUPE, 2005; CECCIM, FERLA, 2009).

Para que a EPS seja uma realidade nas instituições hospitalares é preciso que os

enfermeiros estejam preparados para desenvolvê-la com base em metodologias do ensino com

vistas a garantir um processo de aprendizagem passíveis de serem aplicados na prática

profissional.

Nesta perspectiva, a metodologia da pedagogia de Paulo Freire tem-se mostrado eficaz

no processo ensino-aprendizagem, possível de ser utilizado para aplicação no cotidiano da

EPS da equipe de enfermagem. A metodologia de Paulo Freire (2007) prioriza a ação humana

com base na comunicação dialógica sendo esta comunicação horizontal, no qual os sujeitos

sociais compartilham experiências na transformação e autotransformação. Dessa maneira

acredita-se que a comunicação dialógica é importante ferramenta para as atividades da EPS,

principalmente quando se trata de profissionais que atuam em setores de maiores

complexidades como urgência e emergência e de tratamento intensivo. Assim, estes

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profissionais de enfermagem atuantes em unidades que atendem pacientes de maior

complexidade precisam estar atualizados constantemente, uma vez que realizam

procedimentos invasivos e cuidados com alto grau de responsabilidade (BRITO, SILVA,

MONTENEGRO, 2012).

Atualmente, a EPS tem como finalidade garantir a boa qualidade da assistência

prestada aos pacientes, por meio de ações qualificadas e sistematizadas. Vale ressaltar, que a

EPS hoje, não é vista somente como mero recurso de atualização para redução de erros e

custos, mas sim como uma forma de difundir o conhecimento dentro das instituições

(BRASIL, 2007; BEZERRA, 2003).

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20

3 CAMINHO METODOLÓGICO

O percurso metodológico foi desenvolvido tendo em vista o objetivo que busca

enfatizar o entendimento que a equipe de enfermagem atribuiu às atividades oferecidas

através da EPS. Nesse capítulo, será apresentado o delineamento da presente pesquisa, a partir

da definição do tipo de estudo, do cenário investigativo, da população da pesquisa, da coleta

dos dados, da análise dos dados e dos aspectos éticos envolvidos no estudo.

3.1 Delineamento do Estudo

Este estudo caracterizou-se por uma pesquisa quantitativa de análise descritiva e

exploratória. A pesquisa quantitativa é utilizada como um método que se apropria da análise

estatística para o tratamento dos dados. Podem ser aplicados em algumas situações, como

estudo exploratório para conhecimento mais profundo do problema, quando se faz necessário

um diagnóstico inicial da situação, em estudos experimentais, estudos de análise ocupacional

e análise de desempenho (POLIT, BECK, HUNGLER, 2004).

Este desenho metodológico inicia-se com raciocínio dedutivo e de generalização. O

raciocínio dedutivo é o processo em que o pesquisador começa com uma teoria ou um

arcabouço estabelecido, no qual conceitos já foram reduzidos a variáveis, e então coleta-se

evidências para avaliar ou testar se a teoria é confirmada. Generalização é a extensão na qual

conclusões desenvolvidas a partir das evidências coletadas de uma amostra podem ser

estendidas para uma população maior (POLIT, HUNGLER, 2004).

Em razão de sua maior precisão e confiabilidade, os estudos quantitativos são mais

indicados para o planejamento de ações coletivas, pois seus resultados são passíveis de

generalização, principalmente quando as amostras pesquisadas representam, com fidelidade, a

população de onde foram retiradas (SILVA, MENEZES, 2001; SILVA, 2004).

A pesquisa descritiva tem como propósito observar, descrever e explorar aspectos de

uma situação. A abordagem descritiva é usualmente utilizada por pesquisadores sociais que se

preocupam com a atuação prática, com o objetivo primordial de descrever as características

de determinada população, e é usada para descrever fenômenos existentes, situações presentes

e eventos, identificar problemas e justificar condições, comparar e avaliar o que os outros

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estão desenvolvendo em determinadas situações, para planejar futuros planos e decisões

(POLIT, HUNGLER, 2004; GRESSLER, 2003).

A abordagem exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade e uma

visão geral mais próxima do problema, para poder torná-lo mais explícito ou construir novas

hipóteses a partir de um tema em questão, pode-se dizer que tem a presunção geral, o

aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. A grande maioria dessas pesquisas

podem envolver o levantamento bibliográfico e/ou entrevistas com pessoas que tiveram

experiências práticas com o problema pesquisado. Seu planejamento é, portanto, bastante

flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato

estudado. Tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e

ideias tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para

estudos posteriores (MINAYO, 2007; GIL, 2007).

3.2 Cenário Investigativo

A pesquisa foi realizada em um Hospital de um município da Fronteira Oeste do Rio

Grande do Sul, Brasil, que oferece à população assistência baseada em tecnologias de média e

alta complexidade. É uma Instituição Filantrópica, fundada em 30 de Maio de 1897, geral

regional, com alta complexidade em oncologia e neurocirurgia atende a 13 municípios da

região da Fronteira Oeste, Alegrete, Itaqui, São Borja, Barra do Quaraí, Quaraí, Santana do

Livramento, Maçambará, Garruchos, Rosário do Sul, São Gabriel, Manoel Viana, Itacurubi.

Sendo referência regional em oncologia e neurocirurgia para mais de 30 municípios do Rio

Grande do Sul (http://santacasauruguaiana.com.br/2013).

Seu Corpo Clínico é composto por aproximadamente 100 médicos de várias

especialidades, sendo que 58 médicos fazem parte do quadro funcional do hospital, que conta

com 38 enfermeiros, 40 auxiliares de enfermagem, 174 técnicos em enfermagem, 01

nutricionista, 04 farmacêuticos bioquímicos e mais 216 funcionários do serviço de apoio e

administração ( http://santacasauruguaiana.com.br/2013).

A capacidade instalada do hospital é de 230 leitos, referente às internações Pediátrica,

Obstetrícia, Clinica, Cirúrgica, Psiquiatria, UTI Adulta e Pediátrica e Neonatal, atende a

população, com cobertura do SUS, correspondendo 650 autorizações de internações

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hospitalares em média por mês (AIHs). O hospital é equipado com Centro Cirúrgico, Centro

Obstétrico, UTI Adulto, UTI Pediátrico, Neonatal, Pronto Socorro e unidades de clínica

médica (http://santacasauruguaiana.com.br/2013).

A estrutura organizacional é composta pela Irmandade, Provedoria, Prefeitura

Municipal e Comissão gestora, conforme explicitado na figura 1.

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Figura 1. Organograma de um hospital da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, (interior) 2013

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3.3 Amostra do Estudo

A população que frequentou as atividades de EPS foi constituída por 92 participantes.

A amostra do estudo foi composta por 16 profissionais da equipe de enfermagem, um

enfermeiro e 15 técnicos de enfermagem que atuam na referida instituição hospitalar nos três

turnos e que atenderam aos seguintes critérios de elegibilidade.

Como critérios de inclusão da pesquisa foram selecionados enfermeiros e técnicos de

enfermagem que atuam nas unidades de PS, CC e UTI que participaram de pelo menos 75%

das oito atividades oferecidas ao longo do ano de 2012 e início de 2013 através projeto de

extensão vinculado ao curso de enfermagem da Universidade Federal do Pampa.

E de exclusão todos os demais enfermeiros e técnicos de enfermagem que

participaram dos cursos para o aprimoramento do conhecimento, porém não pertencentes às

unidades elencadas pelo estudo, os profissionais que se encontravam em período de férias ou

afastamento e que frequentaram menos de 75% das capacitações.

3.4 Coleta de Dados

As atividades de EPS tiveram a carga horária quatro horas por encontro, somando-se

ao final, um total de 32 horas. Os assuntos abordados foram: Cinemática do trauma e trauma

de crânio; trauma raquimedular e trauma torácico; Trauma abdominal e de extremidades;

Farmacologia utilizada nas situações de urgência e emergência; Cuidados de enfermagem no

acidente vascular isquêmico e hemorrágico; Cuidados de enfermagem no infarto agudo do

miocárdio; Atendimento na parada cardiorrespiratória.

A coleta de dados ocorreu no período de 02 a 28 de setembro de 2013, por meio da

aplicação de um questionário, ou seja, um roteiro estruturado, no qual se baseou em

instrumento validado por Braga (2009) e adaptado para as especificidades desta pesquisa.

Cabe ressaltar que os dados foram coletados após um período de seis meses após o término

das atividades de EPS, para que fosse possível que os profissionais de enfermagem

respondessem ao questionário sobre entendimento, importância e influência das atividades de

EPS em seus processos de trabalho.

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O instrumento de coleta de dados (APÊNDICE A) foi subdividido em duas partes, a

primeira parte contemplou o perfil profissional da população em estudo contendo sete

questões, e a segunda parte foi composto por 32 questões dispostas de acordo com a Escala de

Likert, o qual apresenta dois campos de variação, um de concordância e outro de

discordância. É uma escala com intervalos graduados, cuja distância entre as posições é a

mesma, e visa quantificar julgamentos, opiniões, atitudes, percepções e necessidades, ou seja,

expressam o ponto de vista sobre determinado assunto (MARCONI, LAKATOS, 2004).

A escala de Likert estabelece respostas graduadas para cada afirmação constante no

questionário. Geralmente, é apresentada em cinco níveis, sendo um extremo (nível 1) que

demonstra concordância total, o extremo oposto (nível 5) que demonstra o desacordo total e o

ponto intermediário (nível 3) que demonstra indiferença em relação ao questionamento, a fim

de identificar posições favoráveis ou desfavoráveis (HAYES, 2003).

As principais vantagens das Escalas Likert são a simplicidade de construção, o uso de

afirmações que não estão explicitamente ligadas à atitude estudada, permitindo a inclusão de

qualquer item que se verifique, empiricamente, ser coerente com o resultado final e ainda, a

amplitude de respostas permitidas apresentam várias informação mais precisa da opinião do

respondente em relação a cada afirmação (MATTAR, 2001).

A aplicação do questionário foi realizada, conforme disponibilidade dos profissionais

de enfermagem, no próprio local de trabalho em horário agendado de acordo com a

preferência dos profissionais. O questionário foi entregue ao pesquisado para que o mesmo

preenchesse as questões, e em quando houve dúvidas o pesquisador esclareceu quanto ao

preenchimento das mesmas, sem interferir nas respostas.

3.5 Análise dos Dados

Os dados foram transcritos a partir das respostas graduadas da Escala de Likert e

armazenados em Planilha Eletrônica Excel® para o processamento. Com relação à análise

foram utilizados recursos de computação por meio dos programas de processamentos do

Excel® e do Statistic Package for Social Sciences (SPSS®), versão 21.0, ambos em ambiente

Windows XP.

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Os dados foram analisados por técnicas de estatística descritiva e apresentados em

número absolutos, no formato de gráficos.

3.6 Aspectos Éticos

Para a realização desta pesquisa, foram respeitados o sigilo, a privacidade e os

preceitos éticos protegendo os direitos dos indivíduos envolvidos, conforme defende o Código

de Ética de Pesquisa com Seres Humanos apontadas pelas Normas de Pesquisa em Saúde

determinadas pela Resolução nº466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (BRASIL,

2012).

Desta forma, esta pesquisa teve início somente após aprovação pelo Comitê de Ética

em Pesquisa (CEP) UNIPAMPA, com número 10939013.8.0000.5323 na data de 20 de

agosto de 2013 e aprovação do diretor o Hospital Santa Casa de Caridade de Uruguaiana, por

meio da assinatura do Termo de Autorização da Instituição Coparticipante (ANEXO A).

Após as devidas autorizações deu-se início a pesquisa propriamente dita, por meio da

aplicação de um questionário, que foi aplicado ao enfermeiro e aos técnicos de enfermagem,

após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B), impresso em

duas vias de mesmo teor, ficando uma via em poder dos pesquisadores e a outra com o sujeito

da pesquisa.

Cabe salientar que os sujeitos da pesquisa foram devidamente orientados quanto aos

objetivos do estudo e a garantia do seu anonimato. Ainda, os mesmos foram informados sobre

a possibilidade de desistência de sua participação a qualquer momento, sem que isso lhe

acarretasse qualquer constrangimento ou ônus.

Também foi assegurado aos participantes o sigilo a sua identidade sendo que os dados

poderão ser divulgados nos meios científicos sempre de forma anônima. Sobre a divulgação

de resultados e destino dos dados coletados, garantiu-se que os resultados da pesquisa serão:

inicialmente devolvidos ao serviço de saúde, por meio de reunião e entrega de relatório final

impresso; por fim, ocorrerá a divulgação científica dos resultados por meio de apresentação

em eventos e a publicação em periódicos indexados no Qualis da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Os pesquisadores, através do Termo de Confidencialidade (ANEXO C), serão

responsáveis pela garantia da manutenção do sigilo das informações obtidas. Bem como, os

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27

mesmos serão responsáveis pela garantia da manutenção do sigilo das informações obtidas e

pela guarda do material pelo período de cinco (5) anos, quando os mesmos serão destruídos.

4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os resultados e discussões dos dados foram apresentados no formato de gráficos com

frequências absolutas e relativas na seguinte ordem: caracterização dos participantes, análise

da equipe de enfermagem em relação a EPS, frequência de respostas e escore de

favorabilidade nas dimensões de estrutura, de processo de resultado.

4.1 Caracterização dos profissionais participantes do estudo

Os gráficos descritos a seguir referem-se à idade, gênero, categoria e tempo de

formação profissional e de atuação na função atual no referido hospital, e suas respectivas

unidades de trabalho.

Gráfico 1- Distribuição da equipe de enfermagem, segundo a idade.

12,50

25,00

37,50

25,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

20˧25 26˧30 31˧35 36˧40

Faixa etária (em anos)

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

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O gráfico demonstra que a idade dos participantes variou dos 20 aos 40 anos; 6

(35,50%) sujeitos encontram-se na faixa etária dos 31 aos 35 anos, demonstrando assim, que a

maior parte dos colaboradores são adultos jovens.

GRÁFICO 2- Distribuição da equipe de enfermagem, segundo o gênero.

Feminino

81,25%

Masculino

18,75%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”. Conforme demonstrado no gráfico 2, a maior parte dos profissionais de enfermagem

participantes eram do gênero feminino. Uma característica marcante da equipe de

enfermagem é a feminização, ou seja, a força de trabalho é formada quase que integralmente

por mulheres e ultrapassa os 80,00%, o que vai ao encontro da literatura que discute sobre a

força de trabalho na enfermagem (MACHADO, VIEIRA, OLIVEIRA, 2012).

A enfermagem, nesse contexto, foi a primeira profissão feminina universitária no

Brasil, sustentando programas de saúde pública e garantindo o funcionamento dos serviços de

saúde. Os dados no Brasil revelam que as mulheres constituem a maior parte dos estudantes

de nível superior. A tendência deste processo de feminização foi verificada no Censo de 2000,

mostrando que entre os profissionais com diploma universitário, 61,70% eram mulheres,

sendo que da categoria da enfermagem, 90,40% são enfermeiras. Já entre os profissionais de

nível técnico e auxiliar, as mulheres representaram 86,9% dos técnicos e auxiliares de

enfermagem (MATOS, CERIOTTI TOASSI, OLIVEIRA, 2013).

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GRÁFICO 3- Distribuição da equipe de enfermagem, segundo a categoria profissional.

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Conforme demonstrado no gráfico

técnicos de enfermagem. A maior concentração do número de

justifica pelo quadro de profissionais da instituição hospitalar

com 55 enfermeiros, 108 técnicos de enfermagem e

quadro de profissionais de enfermagem registrados n

(COREN), conforme dados do

inscrições de profissionais de enfermagem é de 1.535.568 profissionais em todo o Brasil, no

ano de 2011. Desse total, corresponde

do total), técnicos de enfermagem 698.697 inscrições (45,50% do total), auxiliares de

enfermagem 522.457 inscrições (34,02% do total

Na região Sul os enfermeiros representam 46.712 do total de profissionais (18

os técnicos de enfermagem representam 128.190 (50,43%) do total e auxiliares de

enfermagem são em número d

Porém, cabe ressaltar que um número expressivo de enfermeiros da referida instituição

podem não ter participado das atividades de EPS,

mudanças advindas de fora da instituição hospitalar, como é o caso das ações de EPS que

foram dirigidas por profissionais da universidade. Outra justificativa é o excesso de atividad

administrativas e assistenciais que já tomam a maior parte do tempo do plantão.

Distribuição da equipe de enfermagem, segundo a categoria profissional.

“Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Conforme demonstrado no gráfico 3, quase em sua totalidade, os

A maior concentração do número de técnicos de enfermagem se

justifica pelo quadro de profissionais da instituição hospitalar (dezembro de 2013)

com 55 enfermeiros, 108 técnicos de enfermagem e 25 auxiliares de enfermagem

ssionais de enfermagem registrados nos Conselhos Regionais de enfermagem

conforme dados do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN),

inscrições de profissionais de enfermagem é de 1.535.568 profissionais em todo o Brasil, no

corresponde a categoria de enfermeiros 314.127 inscrições (20,46%

do total), técnicos de enfermagem 698.697 inscrições (45,50% do total), auxiliares de

enfermagem 522.457 inscrições (34,02% do total).

Na região Sul os enfermeiros representam 46.712 do total de profissionais (18

os técnicos de enfermagem representam 128.190 (50,43%) do total e auxiliares de

enfermagem são em número de 79.274 (31,19%) (COFEN, 2011).

Porém, cabe ressaltar que um número expressivo de enfermeiros da referida instituição

ticipado das atividades de EPS, por serem inflexíveis, principalmente por

advindas de fora da instituição hospitalar, como é o caso das ações de EPS que

foram dirigidas por profissionais da universidade. Outra justificativa é o excesso de atividad

administrativas e assistenciais que já tomam a maior parte do tempo do plantão.

Enfermeiro

6,25%

Técnico de

enfermagem

93,75%

29

Distribuição da equipe de enfermagem, segundo a categoria profissional.

Vítimas de Causas Externas

e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

quase em sua totalidade, os participantes eram

técnicos de enfermagem se

(dezembro de 2013) que conta

25 auxiliares de enfermagem. E pelo

os Conselhos Regionais de enfermagem

o Federal de Enfermagem (COFEN), o número de

inscrições de profissionais de enfermagem é de 1.535.568 profissionais em todo o Brasil, no

a de enfermeiros 314.127 inscrições (20,46%

do total), técnicos de enfermagem 698.697 inscrições (45,50% do total), auxiliares de

Na região Sul os enfermeiros representam 46.712 do total de profissionais (18,38%),

os técnicos de enfermagem representam 128.190 (50,43%) do total e auxiliares de

Porém, cabe ressaltar que um número expressivo de enfermeiros da referida instituição

inflexíveis, principalmente por

advindas de fora da instituição hospitalar, como é o caso das ações de EPS que

foram dirigidas por profissionais da universidade. Outra justificativa é o excesso de atividades

administrativas e assistenciais que já tomam a maior parte do tempo do plantão.

Enfermeiro

6,25%

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30

Para modificar o quadro atual da não adesão e participação dos enfermeiros nas

atividades de EPS, primeiramente estes profissionais teriam de ultrapassar as dimensões de

aparente conformismo, em que, por vezes, se encontram, possivelmente por acomodação, ou

pelo não incentivo da chefia de enfermagem para poderem avançar no contexto das

modificações de práticas, considerando as formas de aprimoramento profissional no ambiente

de trabalho como uma oportunidade da permanente busca pela qualidade da assistência ao

paciente, da equipe, da unidade e da instituição como um todo (MEDEIROS, et al., 2010).

GRÁFICO 4- Distribuição da equipe de enfermagem, segundo o tempo de formação

profissional.

6,25

62,50

25,00

6,25

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

≤ 1 1 ˧ 5 6 ˧ 10 11 ˧ 15

Tempo de formação (em anos)

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

No que se refere ao tempo de formação profissional verificou-se que o maior

percentual 62,50% , 10 profissionais da equipe de enfermagem possuem entre 1 a 5 anos. Isso

permite inferir que os profissionais de enfermagem tem um tempo de formação entre pequeno

e médio, o que denota que os sujeitos participantes estão preocupados com seu

aprimoramento do conhecimento, para que assim possam melhor desempenhar suas funções.

Desta forma, a possibilidade de fazer cursos de aperfeiçoamento, principalmente

àqueles que acontecem dentro da própria instituição é muito válido e fundamental para que

haja crescimento e desenvolvimento profissional da categoria.

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31

Ainda cabe ressaltar que o tempo de formação dos sujeitos pode estar intimamente

relacionado a problemas inerentes á fragilidade dos vínculos empregatícios, juntamente com a

baixa remuneração, a rotatividade e a mudança do quadro de profissionais constante, o que

dificulta na continuidade das atividades de EPS. Isso não quer dizer que aliados a esse fator,

também possa estar relacionada a não adesão de profissionais com maior tempo de formação

que não acham importante as transformações e aprimoramento do conhecimento, por se

sentiram seguros na assistência e por excesso de autoconfiança (MEDEIROS, et al., 2010).

GRÁFICO 5 - Distribuição da equipe de enfermagem, segundo o tempo de atuação na função

atual na instituição hospitalar.

12,50

68,75

6,25

12,50

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

≤ 1 1 ˧ 5 6 ˧ 10 11 ˧ 15

Tempo de atuação na função atual (em anos)

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Pode-se observar, por meio do gráfico 5, que a equipe de enfermagem com maior

percentual (11) 68,75% tem um intervalo de tempo (1 a 5 anos) relativamente pequeno de

atuação nas áreas pesquisadas da referida instituição, por outro lado apenas (2) 12,50% atuam

entre (11 a 15 anos) na mesma função.

O tempo de atuação de grande parte dos profissionais (1 a 5 anos) com pouca

experiência teórica e prática em assistência de alta complexidade, principalmente em PS e

UTI demonstram a necessidade do desenvolvimento de competências apoiadas em

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32

conhecimento científico para que possam conduzir o atendimento do paciente com segurança

e qualidade (MACHADO, VIEIRA, OLIVEIRA, 2012).

Diante disso, a experiência profissional, o envolvimento institucional e a estabilidade

adquirida pelo tempo de serviço são fatores que estimulam nos profissionais a permanência

em uma organização, e ainda, o tempo de trabalho em uma instituição e na função

desempenhada podem estar associados à proposta de trabalho e a satisfação individual, o que

pode refletir na melhora da qualidade da assistência. Sem contar, que o tempo de atuação

pode ser uma incongruência, pois muitas vezes, o tempo de atuação na função que exerce traz

segurança na assistência prestada, porém, por vezes, o longo tempo de atuação na mesma

função pode acarretar em excesso de confiança e descuido das ações desempenhadas (SILVA

et al., 2010).

Assim, as instituições devem investir na qualificação da equipe de enfermagem através

da EPS e planejar ações para os profissionais estarem constantemente aprimorando seus

conhecimentos e modificando suas práticas, para poder contemplar os profissionais com

menor e maior tempo de atuação nas funções que exercem, trazendo-lhes a segurança

desejada.

GRÁFICO 6 - Distribuição da equipe de enfermagem, segundo as unidades de trabalho.

50,00

18,75

31,25

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

UTI CC PS

Unidades de trabalho

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

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33

Diante do exposto no gráfico 6, pode-se verificar que há uma maior participação dos

profissionais atuantes em UTI (8) com percentual de 50,00%. A UTI por ser um local

específico dos hospitais, com a finalidade de atender pacientes gravemente acometidos, requer

experiência, conhecimento, agilidade e capacidade para trabalhar com adversidades, além do

vasto conhecimento técnico-científico que os profissionais devem ter, dentro das

especificidades de cada categoria da enfermagem, pela complexidade do cuidado que

pacientes internados em UIT exigem (RODRIGUES, 2012).

Além disso, os profissionais da enfermagem necessitam estar preparados para a

realização de cuidados, mas também interagirem com os pacientes, familiares e com as

equipes multiprofissionais para desenvolverem a atenção humanizada. O processo de EPS é

extremamente importante para proporcionar melhor atendimento à população, pautado em

atuação compromissada e tecnicamente eficiente, a fim de despertar reflexidade crítica,

proporcior atuação efetiva pautada nos princípios de integralidade e da interdisciplinaridade

(SILVA et al., 2010).

Assim, a EPS caracteriza-se como um método de aprimorar os conhecimentos dos

profissionais constantemente e contribuir na produção do processo de trabalho favorecendo a

participação e discussão da vivência dos profissionais perante a realidade enfrentada no dia a

dia.

4.2 Análise da EPS no Entendimento da Equipe de Enfermagem

Nesta etapa são apresentadas as 32 proposições de acordo com as frequências das

respostas na escala, sendo que a partir dos dados emergiram e agrupou-se as informações em

três categorias na seguinte ordem: EPS frente a qualidade da assistência prestada às vítimas de

emergências traumáticas e clínicas, operacionalização da EPS versus a adesão da equipe de

enfermagem e qualidade das estratégias adotadas para EPS para viabilizar a qualidade da

assistência.

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34

4.2.1 Frequência de respostas

Para uniformizar a legenda dos gráficos descritos abaixo, empregou-se a seguinte

nomenclatura para abreviações das respostas: (CT) concordo totalmente, (C) concordo, (I)

indiferente, (D) discordo, (DT) discordo totalmente.

4.2.2 EPS frente à qualidade da assistência prestada às vítimas de causas externas e

emergências cardiovasculares

Nesta categoria são apresentadas 10 proposições concernentes a melhoria na qualidade

da assistência de enfermagem prestada, necessidades do aprimoramento profissional

individual e da equipe, a forma como a EPS foi desenvolvida favoreceu aprimorar os

conhecimentos do profissional e contribuiu para tomada de decisão dos profissionais na

assistência prestada.

GRÁFICO 7 - Distribuição das respostas à questão: as atividades realizadas pela EPS

acarretaram em melhorias na qualidade da assistência de enfermagem prestadas às vítimas de

causas externas e emergências cardiovasculares.

25,00

75,00

0,00 0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

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35

O gráfico 7 demonstra que paticipantes foram favoráveis à assertiva nela descrita no

qual observa-se com clareza que a EPS tem se mostrado uma metodologia eficaz no contexto

dos sistemas de saúde, segundo a opinião dos profissionais da referida instituição.

A EPS é um processo que promove o desenvolvimento integral dos profissionais de

saúde, empregando acontecimentos e discussão dos problemas reais e do cotidiano e situações

mais apropriadas para atingir uma aprendizagem siginificativa, capaz de agregar

conhecimentos (SILVA, SEIFFERT, 2009).

Cada vez mais, as instituições hospitalares devem apostar na EPS, pois observa-se

atualmente que o constraste entre necessidades e realidade é acentuado. Desse modo, um

programa de educação voltado aos profissionais de enfermagem requer um planejamento

dinâmico, participativo, interdisciplinar com objetivos definidos, buscando atender

diretamente as necessidades da organização e dos profissionais para enfrentar os desafios

diários, para assim acarretar melhorias na qualidade dos serviços de saúde prestados (SILVA,

SEIFFERT, 2009).

GRÁFICO 8 - Distribuição das respostas à questão: as atividades da EPS oferecidas

possibilitaram a transformação do conhecimento voltados as vítimas de causas externas e

emergências cardiovasculares.

31,25

56,25

12,50

0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Diante do exposto, um grande percentual de profissionais asseguram que a EPS

modifica a prática assistencial, isso acarreta no sentimento de seguridade e confiança na

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36

resolução de problemas cotidianos e reflete diretamente no atendimento aos pacientes

assistidos.

A EPS constitui-se em uma das alternativas viáveis de transformações de práticas no

espaço de trabalho, em razão de cogitar formas diferenciadas de educar e aprender, através da

qual se propõe transcender ao tecnicismo e as capacitações pontuais, instigando a participação

ativa dos educandos no processo, assim como o desenvolvimento da capacidade crítica e

criadora dos sujeitos, cujo eixo norteador é a transformação do processo de trabalho, centro

privilegiado de aprendizagem (SARDINHA et al., 2013).

Além do mais, a EPS busca transformar as práticas profissionais existentes através de

respostas construídas a partir da reflexão dos profissionais com o propósito de aquisição do

conhecimento, habilidades e mudanças comportamentais para o aprimoramento profissional e

da assistência presta aos pacientes e familiares (SILVA, SEIFFERT, 2009; SARDINHA et al.,

2013).

GRÁFICO 9 - Distribuição das respostas à questão: as atividades da EPS ampliaram meu

conhecimento no que diz respeito ao atendimento de causas externas e emergências

cardiovasculares, a fim de contribuir para modificar minhas práticas.

25,00

68,75

6,25

0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

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37

O gráfico 9 apontou que o processo educativo dentro do trabalho tem a finalidade de

ampliar o conhecimento do profissional para que o profissional sinta-se mais seguro e

preparado para realizar suas atividades e ações na assistência direta e indireta aos pacientes

A EPS é um processo de atualização técnico-científico contínuo que oferece ao

profissional preparo para realizar suas atividades, a reflexão da profissão, e de suas práticas,

promovendo o desenvolvimento pessoal, além de ajudar na promoção da autoestima, através

da experimentação da autonomia no desempenho profissional (SARDINHA et al., 2013).

GRÁFICO 10 - Distribuição das respostas à questão: a EPS desconheceu minhas

necessidades em relação ao atendimento as vítimas de causas externas e emergências

cardiovasculares.

6,25 6,25

0,00

81,25

6,25

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

A análise do gráfico 10 assinalou para uma percepção favorável quanto a EPS, em

relação às necessidades da equipe de enfermagem, diante do grande percentual de

discordantes.

A EPS deve estar voltada para as necessidades dos profissionais de enfermagem e

considerá-los como sujeitos de um processo de construção de saberes e práticas, preparando-

os para serem sujeitos dos seus próprios processos de formação ao longo de sua trajetória. O

aprimoramento do conhecimento precisa incidir sobre o processo de trabalho, pois

conhecendo as necessidades dos profissionais possibilita uma atuação mais concreta sobre os

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38

reais problemas apresentados, podendo obter os resultados esperados sobre as modificações e

atualizações do conhecimento (BRASIL, 2005b; CAVALCANTE et al., 2013).

A principal preocupação da implantação da EPS deve focalizar ações que visem obter

resultados favoráveis em seus processos de trabalho, com intuito de proporcionar aos

profissionais de enfermagem segurança e agilidade para realização de suas atividades,

independentemente do local ou função hierárquica que assumam em suas práticas diárias,

evitando assim a verticalização do conhecimento (CARDOZO et al., 2013)

E ainda, cabe ressaltar que as atividades de EPS devem ser planejadas a partir de

necessidades visualizadas e identificadas na unidade ou instituição e devem ter incentivos das

chefias imediatas. Talvez, o pequeno percentual de participantes que discordaram que a EPS

desconheceu as necessidades dos profissionais seja por que a EPS foi planejada e

implementada por profissionais externos à instituição, ou seja, profissionais da Universidade a

partir de necessidades visualizadas em campos práticos e que ainda não teve o apoio incentivo

esperado da instituição.

GRÁFICO 11 - Distribuição das respostas à questão: as atividades desenvolvidas pela EPS

atenderam as necessidades da equipe de enfermagem no que visa ao atendimento às situações

de causas externas e emergências cardiovasculares.

31,25

56,25

0,00

12,50

0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

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39

Sardinha (2013) relata que é de suma importância que a EPS oportunize uma prática

reflexiva e não apenas mecanizada pela intensidade do fazer, além disso, deve buscar uma

prática institucionalizada, baseada não somente nas necessidades individuais e focais, mas

também ser baseada nas necessidades da equipe, do setor e da instituição para que as

transformações e aprimoramento do conhecimento ocorram de modo global na apropriação do

saber, fortalecendo assim a equipe de saúde.

GRÁFICO 12 - Distribuição das respostas à questão: considerei importante as atividades da

EPS direcionadas ao atendimento das vítimas de causas externas e emergências

cardiovasculares.

62,50

37,50

0,00 0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Verifica-se no gráfico acima que é unanimidade entre os profissionais participantes a

importância da EPS.

É notório que EPS destina-se ao aprimoramento e desenvolvimento de habilidades,

para mudanças de atitudes e comportamentos. Está baseada na preocupação do profissional,

com a autonomia e capacidade de autoaprimoramento e aprendizado contínuo, na busca da

competência pessoal, profissional e social, beneficiando todos que estão envolvidos no

cuidado.

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40

GRÁFICO 13 - Distribuição das respostas à questão: as formas como as atividades foram

desenvolvidas através da EPS favoreceram meu aprendizado.

31,25

62,50

6,25

0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

O gráfico 13 mostra que a maioria dos sujeitos foram favoráveis de que as atividades

da EPS contribuíram com o aprendizado do profissional de enfermagem. A EPS realizada na

referida instituição buscou desvincular-se da metodologia tradicional de ensino, somente com

palestras e aulas e utilizou a metodologia, no qual o sujeito fosse participativo, levando-o ao

encontro de assuntos e acontecimentos de que ele já teria presenciado, vivenciado, sendo

convidado a compartilhar das experiências no grande grupo, após a explanação do assunto

pelo profissional responsável pela EPS, estimulando o profissional a participar e assim

aprimorar seus conhecimentos de maneira natural. Por este fato, e através de relatos dos

participantes, a EPS não se tornou cansativa, motivo pelo qual não desistiram de participar.

A metodologia empregada na EPS da instituição vai ao encontro do que preconiza a

Política Nacional de EPS, em que o aprender e o ensinar são incorporados ao cotidiano das

organizações e ao processo de trabalho e propõe que, os processos de educação dos

trabalhadores da saúde se façam a partir da problematização da própria prática, o que garante

a aplicabilidade, a relevância dos conteúdos a serem ministrados o que facilita o aprendizado

(BRASIL, 2004b).

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41

GRÁFICO 14 - Distribuição das respostas à questão: as atividades ministradas na EPS

propiciaram a minha atualização profissional contribuindo para a tomada de decisões.

50,00

43,75

6,25

0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Pela análise do gráfico 14 verificou-se elevada concordância dos participantes com a

questão de que as atividades da EPS auxiliou no aprimoramento do conhecimento e contribuiu

para tomada de decisão na assistência prestada. A prioridade da EPS é sua capacidade de se

remodelar frente às incensáveis mudanças ocorridas nas ações e nos serviços de saúde, tendo

uma estreita ligação com a Política Nacional da EPS e as necessidades da instituição

hospitalar. A possibilidade do aprimoramento do conhecimento e das mudanças nas práticas

profissionais existem porque as perguntas e respostas são construídas a partir da reflexão dos

trabalhadores sobre as ações e cuidados que realizam, para que possam estar preparados para

lidar com problemas de ordens diversas, de maneira natural, compromissada e ética (BRASIL,

2004b; ELIAS, 2009).

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42

GRÁFICO 15 - Distribuição das respostas à questão: as dúvidas foram sanadas durante as

atividades da EPS de modo a contribuir para as modificações das práticas.

37,50

50,00

6,25 6,25

0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

O gráfico 15 demonstra o elevado percentual de participantes que concordam com a

assertiva e um pequeno percentual de discordantes. Durante as atividades da EPS é importante

que se garanta espaços para que os profissionais participantes esclareçam suas dúvidas, pois

uma informação compreendida erroneamente pode ser reproduzida nas ações e também

propagada para equipe, podendo algumas vezes prejudicar a qualidade da assistência prestada

aos pacientes pelos profissionais de enfermagem.

Desta forma, sempre que possível, deve-se conhecer as limitações, dificuldades e

potenciais da equipe que participa das atividades de EPS para que as ações possam ser

planejadas e adequadas com seu público alvo.

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43

GRÁFICO 16 - Distribuição das respostas à questão: os itens que compuseram o instrumento

de avaliação de desempenho possibilitou identificar o conhecimento adquirido nas atividades

da EPS voltadas as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

37,50

56,25

6,25

0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

A avaliação do conhecimento foi uma realidade nas atividades desenvolvidas pela EPS

na instituição. Antes e depois de cada assunto abordado eram distribuídas questões que

compunham o pré e pós-testes e que continham relação direta com os temas tratados para que

fossem respondidos pelos profissionais participantes. As questões eram as mesmas para que

fosse possível detectar dúvidas e se possível saná-las.

Braga (2009) cita que para a compreensão da avaliação da eficácia da EPS é

indispensável a avaliação dos participantes e avaliadores para poder ter subsídios para

readequar as atividades, considerando aspectos cognitivos, desempenho e de aprendizado.

Cabe ressaltar que diversos fatores podem influenciar na eficiência do processo avaliativo,

restrição de tempo e comprometimento da equipe executora e participante.

Na literatura ainda não há um consenso sobre o melhor método avaliativo para EPS,

segundo Peduzzi et al., (2009) a avaliação deve focar na descrição de elementos que irão

contribuir para uma prática futura e não sobre uma prática já realizada. Já Cardozo, et al.,

(2013) cita que o método avaliativo de se preocupar em desenvolver um olhar avaliativo sobre

uma prática já realizada e embasadas basicamente pelas categorias, desempenho, efeito e

efetividade das ações desenvolvidas. Em ambos os processos avaliativos, os autores ressaltam

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44

a positividade dos métodos escolhidos e sua capacidade de gerar informações de qualidade.

Entretanto nenhum deles se detém em categorias menos objetiváveis do conceito de EPS tais

como, intersubjetividade, identidade e transdisciplinaridade.

Os autores não chegam a formular uma proposta de avaliação válida ou totalmente

eficaz de práticas de EPS que possibilite compreendê-la em sua totalidade, ou seja, vê-la no

conjunto complexo de categorias que a sustentam os consensos de, democracia participativa,

inter/transdiciplinaridade, trabalho em equipe, identidade, subjetividade e eficácia. Ainda se

faz necessário pensar modelos de avaliação que consigam capturar os diferentes sentidos que

e equipe participativa e executora dão a estes processos.

Segundo análise das questões desta categoria e os maiores percentuais das respostas

dos profissionais de enfermagem participantes possibilitaram identificar que as atividades de

EPS e a maneira como as ações aconteceram acarretaram em melhorias na qualidade da

assistência, possibilitaram a transformação, atualização e ampliação do conhecimento voltado

para as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

As ações planejadas para EPS foram consideradas pelos participantes bastante

importantes, indo ao encontro das necessidades do profissional e da equipe de enfermagem

auxiliando-os a sanarem suas dúvidas quanto às temáticas. Além disso, o instrumento

aplicado para avaliação do desempenho possibilitou identificar os conhecimento adquirido

pelos sujeitos durante as atividades.

Ressalta-se ainda, que os elevados percentuais de concordância nas questões que

envolvem a EPS frente à qualidade da assistência prestada às vítimas de causas externas e

emergências cardiovasculares reforçam que a ações tiveram o resultado pretendido e almejado

pela equipe executora das ações, no que tange a ampliação dos conhecimentos da equipe de

enfermagem atuantes no PS, UTI e CC e refletindo na qualidade da assistência prestada aos

pacientes e da instituição enquanto viabilizadora da EPS.

4.2.3 Operacionalização da EPS versus a adesão da equipe de enfermagem

Nesta categoria são apresentadas 11 proposições concernentes à área física, recursos

audiovisuais, divulgação da EPS, horários da EPS, incentivo e liberação da instituição para

que os funcionários participassem da EPS.

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45

GRÁFICO 17 – Distribuição das respostas à questão: a localização da área física onde

aconteceram as atividades da EPS é de difícil acesso para os profissionais.

0,00 0,00 0,00

37,50

62,50

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Pela análise do gráfico 17 verificou que a grande mairoria dos sujeitos da equipe de

enfermagem discordaram totalmente da assertiva acima. Conforme resultado apresentado,

os profissionais não percebem como de difícil acesso a localização da área física onde

aconteceram a EPS, não se tornando um empecilho para que os profissionais participassem.

O ambiente exerce forte influência sobre o indivíduo e pode estimular ou inibir a

interação entre os sujeitos e a frequentação. Isso engloba não somene o acesso ao espaço

físico utilizado pelas pessoas, como também a interação entre elas dentro de um contexto

(SALLES, CASTRO, 2010).

As atividades de EPS propõem a pedagogia libertadora e problematizadora e precisa

incidir em um espaço de ensino-aprendizagem sobre seu cotidiano e processo de trabalho,

sendo realizada de preferência no próprio local de trabalho, ou seja, in loco, para poder ser

entendida como uma forma de se adaptar e ler o mundo no próprio contexto onde se

desempenha suas atividades e ações (SARDINHA, 2013; FREIRE, 2007).

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46

GRÁFICO 18 – Distribuição das respostas à questão: a sala onde aconteceram as atividades

de EPS possui imobiliário desconfortável.

0,00

6,25 6,25

68,75

18,75

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

A partir dos resultados apresentados no gráfico 18, foi possível verificar que vários

profissionais discordam que a sala onde ocorreram as atividades de EPS possui mobiliário

desconfortável. Assim, como o ambiente exerce forte influência sobre o indivíduo, também

deve ser levado em consideração o mobiliário do ambiente, principalmente daqueles em que

os frequentadores necessitam de conforto para que para que se obtenha o máximo de proveito

das atividades da EPS.

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47

GRÁFICO 19 – Distribuição das respostas à questão: os recursos audiovisuais utilizados

(data show, computador) foram adequados para as atividades da EPS.

43,75

56,25

0,00 0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Pode-se obervar que os participantes concordam com a assertiva, apontando que os

recursos audiovisuais utilizados nas atividades da EPS são adequados. Desta forma,

acredita-se que para o desenvolvimento das ações de EPS se tornarem efetivas e produtivas,

no qual o participante seja o maior beneficiado é necessário um conjunto que envolva

recursos humanos, materiais, espaço fisico e mobiliários adequados.

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48

GRÁFICO 20 – Distribuição das respostas à questão: as atividades da EPS foram divulgadas

com suficiente antecedência nas unidades da instituição hospitalar.

43,75

50,00

6,25

0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

O gráfico 20 demonstra que a maior parte de sujeitos concordam totalmente com a

proposição de que as atividades de EPS são divulgadas com suficiente antecedência nas

unidades. De acordo com a percepção dos participantes, o tempo de 10 dias com que as

atividades de EPS eram divulgadas foram o suficiente para que muitos profisionais pudessem

se programar para participar.

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49

GRÁFICO 21 – Distribuição das respostas à questão: a divulgação das atividades da EPS

foram afixadas em locais de fácil visualização na instituição hospitalar.

37,50

56,25

0,00

6,25

0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Conforme pode-se inferir do gráfico 21, a maioria dos participantes concordam com a

proposição de que as atividades de EPS foram afixadas em locais de fácil visualização. As

atividades de EPS da instituição em questão divulga suas ações em locais de fácil acesso,

como, murais informativos das unidades e do corredor principal da instituição. Porém,

observou que a divulgação, mesmo com a maioria concordante, necessita ser repensada e

revista, pois houve um percentual de discordância.

Braga (2009) cita que a divulgação de informações relevantes que devam ser

repassadas para equipe de enfermagem são necessárias ocorrer por meio de catazes coloridos

e afixados, preferencialmente, nas unidades em que o público alvo desenvolve suas

atividades, porém, ressalta-se que, muitos profissionais sugerem e preferem que as

divulgações de informações relevantes sejam, ainda, efetuadas via internet, por e-mail, pela

razão de que muitas vezes, os murais ficarem repletos de informações atualizadas e

desatualizadas, não chamando a atenção da equipe.

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50

GRÁFICO 22 – Distribuição das respostas à questão: as informações contidas na divulgação

das atividades da EPS foram suficientes.

31,25

37,50

12,50

18,75

0,000,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

O gráfico 22 demonstra que os profissionais concordam que as informações contidas

na divulgação das atividades de EPS foram suficientes.

Conforme resultado apresentado nesta questão, mesmo havendo um índice satisfatório

de participantes que se mostraram favoráveis a assertiva, no qual as informações referentes ao

conteúdo programático, público alvo, dia, horário, local e emissão de certificados foram

divulgados, inferindo serem adequadas, existe um percentual desfavorável e indiferente que

julga que as informações divulgadas não foram suficientes, devendo assim, serem melhor

planejadas e revistas.

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51

GRÁFICO 23 – Distribuição das respostas à questão: os horários que aconteceram as

atividades da EPS são inadequados às minhas necessidades.

12,50

43,75

0,00

37,50

6,25

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

A partir da análise do gráfico 23, verificou-se que o maior percentual foi de

concordância com a proposição de que os horários que aconteceram as atividades de EPS são

inadequados. Cabe ressaltar, que as as atividades de EPS foram planejadas para atender

todos os turnos, pois aconteceram em dois horários diferentes (tarde e noite) no mesmo dia,

com intuito de contemplar um maior número de profisionais possíveis. Porém, devido a carga

horário de trabalho, cansaço físico e mental, o que pode ser visualizado na prática, é que

alguns profissionais não puderam participar ou não conseguiram ter um rendimento esperado

de aprendizado, ou por participaram das ações de EPS antes de iniciar o turno de trabalho ou

após finalizar o turno de trabalho.

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52

GRÁFICO 24 – Distribuição das respostas à questão: os resultados das atividades da EPS

foram divulgadas para toda equipe de enfermagem.

31,25

25,00

18,75 18,75

6,25

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Conforme pode-se inferir do gráfico 24 a quantidade de participantes que concordaram

com a proposição de que os resultados das atividades de EPS foram divulgadas para toda a

equipe de enfermagem foi superior ao número de profissionais que discordaram, porém no

não houve um concenso geral entre os profissionais. A avaliação dos resultados das atividades

e ações de EPS, muitas vezes, é verificada na prática somente como forma de registrar dados

e estatísticas, havendo pouca preocupação em divulgar os resultados propriamente ditos.

Ainda com relação aos resultados das atividades de EPS, existem poucos instrumentos

eficazes capazes de avaliar as ações educativas realizadas para os profissionais participantes

(BRAGA, 2009).

Desta forma, a instituição e os profissionais que executam as ações de EPS deveriam

se preocupar também com a divulgação dos resultados obtidos para o restante da equipe, que

por algum motivo não participou da EPS. Dessa forma, recomenda-se que desenvolvam

instrumentos e mecanismos de avaliação confiantes e voltados para realidade das atividades e

objetivos reais da EPS, para que possam identificar os impactos, efeitos e ajustes das ações

desenvolvidas.

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53

GRÁFICO 25 – Distribuição das respostas à questão: a Instituição Hospitalar possibilitou a

participação dos profissionais de enfermagem nas atividades desenvolvidas através da EPS.

12,50

56,25

18,75

6,25 6,25

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

A partir da análise do gráfico 25 pode-se inferir que a maioria dos participantes

concordou que a instituição hospitalar possibilitou a participação dos profissionais de

enfermagem nas atividades desenvolvidas através da EPS. Mesmo que a maioria dos sujeitos

concordou com a assertiva, a instituição hospitalar não estimula a participação nas atividades

de EPS dos seus profissionais por meio de compensação de horas, ou seja, a participação das

ações de EPS fora de horário de trabalho não é compensada posteriormente em horas de

folgas ou horas-extras. A referida instituição apenas incentiva seus funcionários a

participarem fora do horário de trabalho sem compensação e se estiver em atividade, desde

que não comprometa a assistência.

Isso nos levar a refletir que se a referida instituição tivesse uma política institucional

de compensação, o incentivo dado aos profissionais de enfermagem serviria como estímulo

para que eles participassem das atividades de EPS fora do horário de trabalho. O benefício

seria da instituição que teria seu quadro de profissionais em constante aprimoramento do

conhecimento, dando-lhe mais segurança, autonomia e destreza nas ações e por fim, do

paciente que seria assistido por profissionais melhor preparados.

Outro dado relevante, mesmo a instituição não tendo implementada a política de

compensação, dos 16 sujeitos da pesquisa, 15 (93,75%) participaram de cursos de

aprimoramento do conhecimento nos últimos anos e apenas 1 (6,25%) não participou.

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54

GRÁFICO 26 – Distribuição das respostas à questão: não há incentivo por parte das chefias

de enfermagem para participação dos profissionais de enfermagem nas atividades

desenvolvidas através da EPS.

25,00

31,25

12,50

18,75

12,50

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

O gráfico 26 demonstra que os sujeitos não são unânimes quando a questão do

incentivo por parte das chefias de enfermagem para participação nas atividades de EPS. Isso

mostra, que mais da metade dos profissionais acreditam que a chefia de enfermagem não

incentiva a participação da equipe nas ações de EPS, ficando claro a despreocupação e não

comprometimento com aprimoramento do conhecimento e qualificação da equipe de

enfermagem.

O resultado vai ao encontro do que Braga (2009) cita a partir de depoimentos,

principalmente de técnicos de enfermagem, que o não incentivo da chefia de enfermagem, e a

inflexibilidade na escala de trabalho atuam como empecilho na participação das atividades

EPS por parte da equipe. Porém, mesmo contando com a falta de incentivo, é imprescindível

que os profissionais tomem iniciativa e busque aprimorar seus conhecimentos oportunizados.

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55

GRÁFICO 27 – Distribuição das respostas à questão: falta de interesse em participar das

atividades da EPS.

0,00 0,00 0,00

43,75

56,25

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Pode-se inferir a partir do gráfico 27 que todos os profissionais de enfermagem

discordaram da assertiva de que não participaram das atividades de EPS por falta de interesse.

Esse dado é bastante significativo já que a continuidade das ações de EPS dependem da

adesão e participação dos sujeitos, o que torna um desafio para os profissionais que planejam

e executam as atividades de EPS para estarem constantemente repensando metodologias e

temáticas que contemplem as necessidades dos profissionais e do serviço de saúde para

estimular e despertar o interesse dos participantes envolvidos.

De acordo com a Política Nacional de EPS e ainda a interface com a obra de Freire

(2007), o aprimoramento e transformação do conhecimento dos trabalhadores, em especial,

trabalhadores da saúde, deve ocorrer permanentemente, e considerá-los como sujeitos de um

processo de construção social de saberes e práticas, preparando-os para serem sujeitos de seus

próprios processos de formação ao longo de toda a sua vida, tanto pessoal quanto profissional

(BRASIL, 2005b). Outro fator, a ser considerado é que em muitos casos são dadas as

oportunidades de participação em atividades e ações de EPS aos profissionais da saúde,

porém o envolvimento dos sujeitos está bem aquém do esperado.

Ao finalizar a análise desta categoria conclui-se que os maiores percentuais das

respostas dos profissionais de enfermagem foram favoráveis no que se refere aos recursos

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56

audiovisuais utilizados, a localização da sala, a sala e os imobiliários onde ocorreram as

atividades de EPS. A divulgação, as informações, os horários e a exposição dos resultados

referentes às ações de EPS foram apropriados. Os profissionais julgaram ter interesse nas

atividades de aprimoramento e modificações das práticas assistenciais voltadas às vítimas de

causas externas e emergências cardiovasculares

Cabe ressaltar que os elevados percentuais de concordância nas questões que

envolvem a operacionalização da EPS versus adesão da equipe de enfermagem ratificam que

o planejamento e as atividades vão ao encontro da preocupação dos executores das ações com

as formas de articular os sujeitos participantes, espaços físicos e o conhecimento da realidade

local para se obter o êxito de uma política que articule os campos do trabalho em saúde com a

educação com base em uma concepção ampliada do aprimoramento do conhecimento e de

mudanças nas práticas da equipe de enfermagem atuantes no PS, UTI e CC.

4.2.4 Qualidade das estratégias adotadas para EPS para viabilizar a qualidade da

assistência

Nesta categoria são apresentadas 10 proposições concernentes aos profissionais que

desenvolveram a EPS, as sugestões e críticas da equipe de enfermagem atendidas pelos

profissionais que desenvolveram a EPS, aproveitamento no aprimoramento dos

conhecimentos da equipe de enfermagem, melhora na tomada de decisão e no relacionamento

interpessoal através da EPS.

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57

GRÁFICO 28 - Distribuição das respostas à questão: os profissionais que desenvolveram as

atividades da EPS atenderam às necessidades das unidades envolvidas voltadas ao

atendimento as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

37,50

62,50

0,00 0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

A partir da análise do gráfico 28, todos os participantes concordaram com a

proposição descrita de que os profissionais que desenvolveram as atividades de EPS

atenderam às necessiades das unidades envolvidas no estudo. A eficácia da ações de EPS

ocorrem quando há o conciliamento dos objetivos, obtidos pelas construções coletivas,

articulando atuações entre os gestores, profissionais de saúde e docentes em prol do benefício

dos pacientes e da instituição hospitalar. A EPS é a ponte entre o ensino e os serviços, razão

pela qual as ações transcendem das práticas isoladas para ações coletivas, havendo

efetivamente a integração docente-assistencial e o conhecimento das dificuldades e

necessidades dos profissionais de enfermagem (SILVA et al.; 2013).

A integração docente-assistencial constitui-se em um dos alicerces sobre os quais se

fundamentam os processos de transformações na EPS dos profissionais e dos sistemas de

saúde, o que se expressa, especialmente, por meio de articulações entre universidade e o

serviço, que embasa a possibilidade de compartilhar conhecimentos e intervenções,

considerando as subjetividades, singularidades e problemáticas dos sujeitos e do coletivo.

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58

GRÁFICO 29 - Distribuição das respostas à questão: as estratégias de ensino utilizadas na

EPS desfavoreceram a minha aprendizagem.

6,25

18,75

6,25

31,25

37,50

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Mesmo sendo a minoria dos profissionais que tenham concordado ou ainda ficado

indiferente frente às estratégias utilizadas na EPS e o desfavorecimento da aprendizagem, este

é um ponto chave que necessita ser repensado através de sugestões de todos os envolvidos

para traçar novas combinações e ações para que o aprendizado, o aprimoramento do

conhecimento e a modificação das práticas ocorram de modo satisfatório para a equipe de

enfermagem.

A participação dos trabalhadores nas atividades concernetes à EPS apresenta-se como

uma das alternativas viáveis para envolver os sujeitos no processo para viabilizar e concretizar

as novas propostas pedagógicas de ensino-aprendizagem. Portanto, a participação dos

trabalhadores precisa ser efetiva, pois é essencial que estes sejam protagonistas da concepção

e definição até a implantação das propostas educativas preconizadas pelo MS sob a ótica da

aprendizagem inovadora, que estrategicamente prevê a transformação e a qualificação das

ações e serviços de saúde, porém demanda tempo e experiência (SILVA et al.; 2013;

BRAGA, 2009).

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59

GRÁFICO 30 - Distribuição das respostas à questão: os profissionais que desenvolveram as

atividades da EPS demonstraram disponibilidade para atender e ouvir os profissionais de

enfermagem da instituição.

50,00

43,75

6,25

0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

De acordo com a percepção dos participantes, as ações e os profissionais executores da

EPS caminham em consonância com o que prioriza a Política Nacional de EPS, no qual

sugere que a construção do saber deve acontecer de forma coletiva, crítica e inserida no

contexto social, com a participação de todos os envolvidos e que a transformação das práticas

profissionais esteja baseada na reflexão crítica sobre as práticas reais, de profissionais em

ação na rede de serviços. Desta forma, a EPS é o encontro entre o mundo da formação e o

mundo do trabalho, onde o aprender e ensinar estão caminhando juntos no cotidiano de

trabalho (BRASIL, 2004b).

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60

GRÁFICO 31 - Distribuição das respostas à questão: o número de profissionais que atuaram

na EPS é insuficiente para o atendimento das necessidades realizadas por este serviço.

12,50 12,50

6,25

62,50

6,25

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Diante dos dados do gráfico 31, cabe ressaltar que mesmo sendo a minoria da equipe

de enfermagem que tenha concordado, concordado totalmente ou ainda ficado indiferente

diante da proposição que afirmava que o número de profissionais que atuaram na atividades

de EPS era insuficiente para as necessidades da instiuição, e diante do número de

componentes executores da EPS que contava com um docente e um discente bolsista e

eventualmente com mais três docentes e um discente voluntário, o número de profissionais

não foi empecilho para que a realização das ações da EPS ocorresse em disconformidade com

o conteúdo programático e conforme o planejado e esperado.

Diante disso, cabe observar que em busca de artigos científicos que guardam relação

direta com esta questão, verificou-se a escassez de estudos referentes ao dimensionamento de

pessoal para EPS.

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61

GRÁFICO 32 - Distribuição das respostas à questão: as sugestões/ críticas apresentadas nas

avaliações pelos profissionais de enfermagem foram atendidas.

6,25

50,00

31,25

12,50

0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

O gráfico 32, revela um dado que merece atenção é o número de sujeitos indiferentes,

que corresponde a 5 (31,25%), sendo a proposição com maior índice de indiferentes de todas

as categorias analisadas. Esse fator sugere que os executores da EPS devam ter um olhar mais

acurado para críticas e sugestões apresentadas nas sugestões após as ações de aprimoramento

do conhecimento, no intuito de inserí-las nas ações educativas na enfermagem, uma vez que

podem apresentar as necessidades concretas da realidade vivenciada pelos participantes e

guiar as intervenções executadas das atividades de EPS.

No entanto, cabe destacar que os 5 (31,25%) sujeitos não quiseram se posicionar de

forma positiva ou negativa em relação a assertiva, o que também pode-se inferir que, mesmo a

EPS atualmente sendo uma poderosa ferramenta dos processos de trabalho para as Instituições

de saúde e de formação, não há aprendizagem se os atores não tomam consciência do

problema e se nele não se reconhecem em sua singularidade, ou seja, não haverá

aprendizagem sem a autoimplicação e comprometimento do sujeito (MEDEIROS et al,

2010).

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62

GRÁFICO 33 - Distribuição das respostas à questão: os profissionais que desenvolveram as

atividades da EPS são preparados para o desenvolvimento das atividades destes serviços.

31,25

68,75

0,00 0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

A partir da análise do gráfico 33 pode-se inferir que é unanimida entre os participantes

que os profissionais que desenvolveram as atividades de EPS são preparados para o

desenvolvimento das ações. É importante destacar que os profissionais que conduziram as

atividades de EPS possuiam conhecimento técnico e científico e experiência profissional na

temática trabalhada, o que é essencial para o desenvolvimento satisfatório das atribuições da

tarefa que lhe compete.

O desenvolvimento de competências é progressivo. Os profissionais executores da

EPS devem ser capacitados para desempenhar o papel de educador, tendo consciência da

realidade em que estão inseridos, assumindo a experiência como papel fundamental na

consolidação dos saberes. Este desenvolvimento progressivo responde às necessidades da

instituição de saúde à rápida adaptação ao mercado através da inovação, e também à crescente

aspiração das pessoas no que diz respeito à sua autonomia e iniciativa profissional.

Corroborado a isso, uma das dificuldades mais apontadas no discurso dos enfermeiros

no cotidiano profissional é a falta de reconhecimento de seu papel, tanto pelos próprios

profissionais quanto por outros membros da equipe, isso pode ser justificado por ainda

persistir uma prática empírica, sem o planejamento das ações e sem a aplicação do

conhecimento científico na prática do cuidado de Enfermagem. Assim, o profissional

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63

educador deve buscar continuamente o autodesenvolvimento e que seja capaz de influenciar

os sujeitos na busca do aprimoramento do conhecimento, para que todos sejam aliados na

busca da qualidade da assistência prestada aos pacientes (SOUZA, SANTOS, MONTEIRO,

2013; BRAGA, 2009).

GRÁFICO 34 - Distribuição das respostas à questão: o aproveitamento das atividades

realizadas através da EPS foram menor do que o esperado.

0,00

12,50

6,25

62,50

18,75

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

O gráfico 34 demonstra o elevado percentual de discordantes da assertiva negativa, no

que concerne que o aproveitamento das atividades de EPS foram menor do que o esperado, o

que pode inferir que as ações de EPS atenderam às expectativas da maioria dos profissionais

de enfermagem. Para Braga (2009) atender aos anseios dos profissionais, além das qualidades

inerentes ao profissional executor das ações, como, motivação, didática, conhecimento e a

facilidade no relacionamento interpessoal, alguns quesitos são fundamentais na elaboração e

operacionalização dos programas de EPS, a duração, o conteúdo programático, a metodologia

e estratégias a serem adotadas, o conhecimento da realidade local e das unidades da

instituição, o incentivo das chefias imediatas e a relação com os profissionais dos setores.

Todo este conjunto de qualidades e ações pode resultar no aproveitamento máximo das

atividades de EPS, caso o profissional de enfermagem participante esteja disposto e

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64

interessado a participar ativamente do processo, aprimorar seus conhecimentos e modificar

suas práticas assistenciais.

GRÁFICO 35 - Distribuição das respostas à questão: a minha participação nas atividades

oferecidas através da EPS, capacitou-me a realizar minhas atividades com mais segurança.

25,00

75,00

0,00 0,00 0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Os dados do gráfico 35 mostram que todos os profissionais de enfermagem

concordaram com a proposição de que suas participações nas atividades de EPS capacitaram-

nos a realizarem a assistência com mais segurança. A EPS deve ser desenvolvida por meio de

ações de ensino-aprendizagem em que os profissionais de enfermagem experienciem práticas

significativas, que repercutam em uma atuação segura na assistência direta e indireta ao

paciente ao longo de sua atuação profissional.

Desta forma, o aprimoramento do conhecimento e as mudanças de práticas

assistenciais podem promover autonomia, responsabilidade social, além de contribuir para a

formação de indivíduos politizados, críticos e reflexivos, capazes de transpor as dificuldades e

modificar a realidade de sujeitos passivos e reprodutores de tarefas perante a equipe

multidisciplinar (MEDEIROS et al, 2010).

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GRÁFICO 36 - Distribuição das respostas à questão: as atividades desenvolvidas através da

EPS contemplaram as especificidades de cada unidade contribuindo desta forma para a

assistência prestada as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

18,75

62,50

6,25

12,50

0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

A partir da análise do gráfico 36 demonstra-se que uma grande parcela de

participantes percebem que as atividades de EPS realizadas contemplam as especificidades de

cada unidade. Desta forma, ficou evidenciado que não é uma tarefa muito difícil contemplar

nas ações de EPS as especificidades de cada setor, bastando para isso conhecer as dificuldades

e problemáticas não somente de cada profissional, mas da equipe e da unidade, para que se

possam planejar estratégias válidas e eficientes de transformações das práticas assistenciais.

A EPS tem se mostrado uma ferramenta bastante interessante e válida para ser

aplicada dentro das instituições de saúde, no que diz respeito ao aprimoramentos do

conhecimento dos profissionais, por ser exatamente uma estratégia para a aprendizagem

coletiva a partir das práticas e do trabalho. Além de ser parte construtiva da gestão

democrática e apresentar resultados em longo prazo, pois sua implementação se dá de forma

lenta e gradativa, porém indiscutivelmente confiáveis (CARDOZO et al., 2013).

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GRÁFICO 37 - Distribuição das respostas à questão: a EPS facilitou no relacionamento

interpessoal da equipe de enfermagem com a equipe multidisciplinar, contribuindo para

tomada de decisões.

6,25

62,50

12,50

18,75

0,000,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

CT C I D DT

%

Fonte: Projeto de Extensão “Capacitação em Cuidados de Enfermagem a Vítimas de Causas Externas e Emergências Clínicas em um hospital geral da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”.

Através do gráfico 37 pode-se inferir que o percentual de sujeitos que concordaram

com a proposição positiva é a maioria.Mesmo que uma pequena parcela dos profissionais

tenha discordado que as atividades de EPS facilitou o relacionamento interpessoal da equipe

de enfermagem com a equipe multiprofissional, contribuindo para tomada de decisões, cabe

destacar que a maioria dos sujeitos concordou, e devem ter constatado estas mudanças na

prática.

Desta forma, a tomada de decisão e a gestão participativa com base na EPS fortalecem

e valorizam o trabalho em equipe, viabilizando a participação dos profissionais no

planejamento e nas ações do cuidado. Também ajudam a estimular relações de trabalho,

ampliando o cuidado entre a equipe da saúde, ou seja, a EPS cria e facilita espaços de trocas e

produção de conhecimento coletivo (MEDEIROS et al., 2010).

A partir da análise das questões desta categoria pode-se inferir que as atividades de

EPS contemplaram as especificidades das unidades (PS,UTI e CC), facilitou o relacionamento

interpessoal dos profissionais de enfermagem com a equipe multiprofissional. As estratégias

de ensino utilizadas favoreceram o aprendizado da equipe, capacitando-os a realizarem suas

atividades com mais segurança, tendo assim um aprendizado esperado. Também destaca-se o

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reconhecimento dos profissionais de enfermagem para com os profissionais que executaram

as atividades de EPS, que conseguiram atender as necessidades das unidades envolvidas

voltadas ao atendimento as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares,

demonstrando disponibilidade em ouvir e atender os participantes, suas dúvidas e críticas,

estando assim preparados para desempenhar o papel de educador na instituição.

Vale ressaltar que os elevados percentuais de concordância nas questões que envolvem

a qualidade das estratégias adotadas nas atividades de EPS deve-se principalmente, ao fato de

que as ações são implementadas de forma planejada, somado ao preparo e conhecimento

técnico-científico dos docentes executores das ações, atingindo resultados favoráveis e

desejáveis para o profissional, a equipe de trabalho, a unidade e por fim o paciente.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa demonstrou os desafios que envolvem o planejamento, a

implantação e análise das atividades de EPS e em transcender à construção de propostas de

ações educativas, no qual os sujeitos são meramente ouvintes, para atividades que permitam

maior participação dos sujeitos, comprometidos com a inovação e construções coletivas,

embasadas na reflexão e na crítica, buscando a transformação do conhecimento e das práticas

assistenciais dos profissionais de enfermagem.

Desta forma, os objetivos deste estudo foram alcançados mediante o entendimento da

equipe de enfermagem sobre a importância das ações e a maneira como as mesmas acontecem

na EPS, o que acarretou em melhorias na qualidade da assistência, possibilitando a

transformação, atualização e ampliação do conhecimento voltado para as vítimas de causas

externas e emergências cardiovasculares. Pois as ações planejadas para EPS foram

consideradas pela maioria dos participantes importantes, além de irem ao encontro das

necessidades da equipe de enfermagem auxiliando-os a sanarem dúvidas quanto às temáticas

propostas.

O instrumento aplicado para avaliação do desempenho possibilitou identificar o

conhecimento adquirido pelos sujeitos durante as atividades. As ações da EPS tiveram o

resultado pretendido e almejado pela equipe executora no que tange a ampliação do

conhecimento da equipe de enfermagem atuantes no PS, UTI e CC refletido na qualidade da

assistência prestada aos pacientes.

Os recursos audiovisuais utilizados, a localização da sala, o espaço físico e o

imobiliário onde ocorreram as atividades de EPS foram adequados. E ainda, a exposição das

informações, os horários e a divulgação dos resultados referentes às ações de EPS foram

apropriados. Os profissionais de enfermagem julgaram ter interesse em participar das ações de

EPS, bem como, a instituição e a chefia de enfermagem incentivaram a participação da

equipe.

Com relação à operacionalização da EPS as ações pretendidas articularam os sujeitos

participantes, espaços físicos e o conhecimento da realidade local obtendo, dessa forma, êxito

diante de uma concepção ampliada do aprimoramento do conhecimento e de mudanças nas

práticas da equipe de enfermagem, contemplando as especificidades das unidades e

facilitando o relacionamento interpessoal dos profissionais de enfermagem com a equipe

multiprofissional.

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As estratégias de ensino utilizadas foram implementadas de forma planejada,

favorecendo o aprendizado da equipe de enfermagem capacitando-os a realizarem suas

atividades com mais segurança, tendo assim um aprendizado esperado, aliado ao

conhecimento dos profissionais que executaram as atividades de EPS, que conseguiram

atender as necessidades das unidades envolvidas voltadas ao atendimento as vítimas de causas

externas e emergências cardiovasculares, demonstrando disponibilidade em ouvir e atender os

participantes, suas dúvidas e críticas.

Embora implantar a política de EPS em uma instituição de saúde não seja tarefa

simples, mesmo que seja comprovadamente uma metodologia de ensino/ aprendizagem eficaz

em ambiente de trabalho. Ainda o maior desafio está em conscientizar os profissionais de

enfermagem para abdicarem suas prerrogativas de passividade pessoal, profissional e social,

ressaltando cada vez mais, que o conhecimento constitui a força propulsora dos indivíduos

nas organizações e na sociedade.

Portanto, desenvolver ações que possam conscientizar os trabalhadores de que a EPS

representa um dos profícuos caminhos para a transcendência nas formas de pensar e fazer dos

sujeitos como modo de propiciar-lhes crescimento pessoal e profissional e,

consequentemente, contribuir para a organização do processo de trabalho, para que os

resultados atingidos sejam favoráveis e desejáveis para o profissional, a equipe de trabalho, a

unidade, a instituição de saúde e por fim o paciente ainda parece ser o melhor caminho.

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INSTRUMENTO DE COLETA DOS DADOS

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E SUA INFLUÊNCIA NO PR OCESSO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM VOLTADOS A O

ATENDIMENTO AS VÍTIMAS DE CAUSAS EXTERNAS E EMERGÊN CIAS CARDIOVASCULARES

PARTE I – Perfil Profissional

Questionário nº___________

Setor: ( ) Pronto Socorro ( ) Centro Cirúrgico ( ) Unidade de Terapia Intensiva Adulto

Idade: ( ) 20 a 25 anos ( ) 26 a 30 anos ( ) 31 a 35 anos ( ) 36 a 40 anos

( ) 41 a 45 anos ( ) 46 a 50 anos ( ) 51 a 55 anos ( ) 56 a 60 anos ( ) mais de 60 anos

Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Categoria Profissional: ( ) Enfermeiro ( ) Técnico de Enfermagem

Tempo de Formação: ( ) menos de 1 ano ( ) 1 a 5 anos ( ) 6 até 10 anos ( ) 11 a 15 anos ( ) 16 a 20 anos ( ) mais de 20 anos

Tempo de Instituição (na função atual): ( ) menos de 1 ano ( ) 1 a 5 anos ( ) 6 até 10 anos ( ) 11 a 15 anos ( ) 16 a 20 anos ( ) mais de 20 anos

Já participou de outros cursos de aprimoramento profissional (Educação Permanente em Saúde no último ano:

( ) Sim ( ) Não

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PARTE II – Dados referentes às atividades da Educação Permanente em Saúde (EPS)

Instruções para o Preenchimento

Este questionário contém uma série de frases referentes a EPS, com as seguintes possibilidades de respostas:

Ao final da leitura de cada frase, assinale com um X, no espaço correspondente à alternativa escolhida, conforme o nível de concordância com a afirmação.

Exemplo: O morango é vermelho.

Caso você discorde totalmente dessa frase, assinale o número 1.

Caso você mais discorde mais do que concorde dessa frase, assinale o número 2.

Caso você concorde totalmente com essa frase, assinale o número 5.

Caso você mais concorde do que discorde dessa frase, assinale o número 4.

Caso você nem concorde e nem discorde dessa frase, assinale o número 3.

Obrigada pela colaboração!

5 1 4 3 2

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Totalmente

Concordo Parcialmente

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Atividades da Educação Permanente em Saúde (EPS)

1 Concordo

Totalmente

2 Discordo

Parcialmente

3 Nem Concordo Nem Discordo

4 Concordo

Parcialmente

5 Concordo

Totalmente

1. A localização da área física onde aconteceram as atividades da EPS é de difícil acesso para os profissionais.

2. A EPS desconheceu minhas necessidades em relação ao atendimento as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

3. As atividades realizadas pela EPS acarretaram melhorias na qualidade da assistência de enfermagem prestadas às vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares..

4. Os recursos audiovisuais utilizados (data show, computador) foram adequados para as atividades da EPS.

5. As formas como as atividades foram desenvolvidas através da EPS favoreceram meu aprendizado .

6. As atividades ministradas na EPS propiciaram a minha atualização profissional contribuindo para a tomada de decisões.

7. As atividades da EPS foram divulgadas com suficiente antecedência nas unidades da instituição hospitalar.

8. As estratégias de ensino utilizadas na EPS desfavoreceram a minha aprendizagem.

9. Os profissionais que desenvolveram as atividades da EPS atenderam às necessidades das unidades envolvidas voltadas ao atendimento as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

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Atividades da Educação Permanente em Saúde (EPS) 1

Concordo Totalmente

2 Discordo

Parcialmente

3 Nem Concordo Nem Discordo

4 Concordo

Parcialmente

5 Concordo

Totalmente 10. A divulgação das atividades da EPS foram

afixadas em locais de fácil visualização na instituição hospitalar.

11. A localização da sala onde aconteceram as atividades de EPS dificultaram minha participação.

12. Os profissionais que desenvolveram as atividades da EPS demonstraram disponibilidade para atender e ouvir os profissionais de enfermagem da instituição.

13. Os resultados das atividades da EPS foram divulgadas para toda equipe de enfermagem.

14. A Instituição Hospitalar possibilitou a participação dos profissionais de enfermagem nas atividades desenvolvidas através da EPS.

15. O número de profissionais que atuaram na EPS é insuficiente para o atendimento das necessidades realizadas por este serviço.

16. As atividades desenvolvidas pela EPS atenderam as necessidades da equipe de enfermagem no que visa ao atendimento às situações de causas externas e emergências cardiovasculares.

17. O aproveitamento das atividades realizadas através da EPS foram menor do que o esperado.

18. As informações contidas na divulgação das atividades da EPS foram suficientes.

19. As sugestões/ críticas apresentadas nas avaliações pelos profissionais de enfermagem foram atendidas.

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Atividades da Educação Permanente em Saúde (EPS) 1

Concordo Totalmente

2 Discordo

Parcialmente

3 Nem Concordo Nem Discordo

4 Concordo

Parcialmente

5 Concordo

Totalmente 20. A minha participação nas atividades oferecidas

através da EPS, capacitou-me a realizar minhas atividades com mais segurança.

21. Não participei de todas as atividades da EPS, pois não tive interesse.

22. As atividades da EPS ampliaram meu conhecimento no que diz respeito ao atendimento de causas externas e emergências cardiovasculares, a fim de contribuir para modificar minhas práticas.

23. Não há incentivo por parte das chefias de enfermagem para participação dos profissionais de enfermagem nas atividades desenvolvidas através da EPS.

24. Os horários que aconteceram as atividades da EPS são inadequados às minhas necessidades.

25. As atividades desenvolvidas através da EPS contemplaram as especificidades de cada unidade contribuindo desta forma para a assistência prestada as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

26. A EPS facilitou no relacionamento interpessoal da equipe de enfermagem com a equipe multidisciplinar, contribuindo para tomada de decisões.

27. Os profissionais que desenvolveram as atividades da EPS são preparados para o desenvolvimentos das atividades destes serviços.

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Atividades da Educação Permanente em Saúde (EPS)

1 Concordo

Totalmente

2 Discordo

Parcialmente

3 Nem Concordo Nem Discordo

4 Concordo

Parcialmente

5 Concordo

Totalmente

28. Minhas dúvidas foram sanadas durante as atividades da EPS de modo a contribuir para as modificações das prática.

29. Os itens que compuseram o instrumento de avaliação de desempenho possibilitou identificar o conhecimento adquirido nas atividades da EPS voltadas as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

30. A sala onde aconteceram as atividades de EPS possui imobiliário desconfortável.

31. As atividades da EPS oferecidas possibilitaram a transformação do conhecimento voltados as vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

32. Eu considerei importante as atividades da EPS direcionadas ao atendimento das vítimas de causas externas e emergências cardiovasculares.

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ANEXO A - AUTORIZAÇÃO CONDICIONADA INSTITUIÇÃO COPARTICIPANTE

Responsável técnico e ocupante do cargo de administrador no Hospital de um município da

Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul autorizo a realização nesta instituição da pesquisa:

“Educação Permanente em Saúde e sua Influência no Processo de Trabalho dos Profissionais de

Enfermagem Voltados ao Atendimento as Vítimas de Causas Externas e Emergências

Cardiovasculares”, sob a responsabilidade da pesquisadora Márcia Adriana Poll, tendo como

objetivo primário: Conhecer o entendimento da equipe de enfermagem sobre a importância das

atividades de EPS direcionadas ao atendimento de vítimas acometidas por causas externas e

emergências cardiovasculares.

Esta autorização está condicionada à prévia aprovação pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Unipampa (Prédio Administrativo da Universidade Federal do Pampa, Campus

Uruguaiana – BR 472, Km 592 – Uruguaiana – RS – tel: (55)3413-4321 ramal 2289 – email:

[email protected]) devidamente registrado junto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

(CONEP/MS), respeitando a legislação em vigor sobre ética em pesquisa em seres humanos no

Brasil (Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº466/12 e regulamentações correlatas).

Afirmo que fui devidamente orientado sobre a finalidade e objetivos da pesquisa, bem como sobre

a utilização de dados exclusivamente para fins científicos e que as informações a serem oferecidas

para o pesquisador serão guardadas pelo tempo que determinar a legislação e não serão utilizadas

em prejuízo desta instituição e/ou das pessoas envolvidas, inclusive na forma de danos à estima,

prestígio e/ou prejuízo econômico e/ou financeiro. Além disso, durante ou depois da pesquisa é

garantido o anonimato dos sujeitos e sigilo das informações.

Esta instituição está ciente de suas corresponsabilidades como instituição coparticipante do

presente projeto de pesquisa, e de seu compromisso no resguardo da segurança e bem-estar dos

sujeitos da pesquisa nela recrutados, dispondo da infraestrutura necessária para tal.

Uruguaiana, 17 de Maio de 2013.

___________________________________________________

(Assinatura e carimbo do responsável da instituição coparticipante)

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ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECID O

Título do Projeto: Educação Permanente em Saúde e sua Influência no Processo de Trabalho dos Profissionais de Enfermagem Voltados ao Atendimento as Vítimas de Causas Externas e Emergências Cardiovasculares.

Pesquisadora Responsável: Márcia Adriana Poll. Pesquisadora Participante: Tatiane Angélica Phelipini Borges. Instituição: Universidade Federal do Pampa – Unipampa.

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, em pesquisa intitulada:

Educação Permanente em Saúde e sua Influência no Processo de Trabalho dos Profissionais de

Enfermagem Voltados ao Atendimento as Vítimas de Causas Externas e Emergências

Cardiovasculares, que será desenvolvida como trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que tem por

objetivo, Conhecer o entendimento da equipe de enfermagem sobre a importância das atividades de

EPS direcionadas ao atendimento de vítimas acometidas por causas externas e emergências

cardiovasculares.

Justificativa: Avaliar se as atividades ofertadas através da Educação Permanente em Saúde

para equipe de enfermagem do Pronto Socorro, Centro Cirúrgico e Unidade de Terapia Intensiva

Adulto contribuíram para que ocorressem modificações nas práticas clínicas e assistenciais

prestadas às vítimas recebidas nesta unidade, e se a Educação Permanente em Saúde é vista pelos

profissionais envolvidos, como uma forma de difundir o conhecimento dentro da instituição

hospitalar.

Por meio deste documento e a qualquer tempo você poderá solicitar esclarecimentos

adicionais sobre o estudo em qualquer aspecto que desejar. Também poderá retirar seu

consentimento ou interromper a participação a qualquer momento, sem sofrer qualquer tipo de

penalidade ou prejuízo.

Comitê de Ética em Pesquisa Campus Uruguaiana – BR 472, Km 592 Prédio Administrativo – Sala 23 Caixa Postal 118 Uruguaiana – RS CEP 97500-970 Fone: (55) 3413 4321Ramal: 2289 E-mail: [email protected]

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Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do

estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra será

arquivada pelo pesquisador responsável.

Metodologia: Os dados serão coletados por meio da aplicação de um questionário, que será

subdivididos em duas partes, a primeira contemplará o perfil profissional da população em estudo,

e a segunda parte será composto por questões dispostas de acordo com a Escala de Likert, o qual

apresenta dois campos de variação, um de concordância e outro de discordância. Assim, as

respostas graduadas para cada afirmação constante no questionário é apresentada em cinco níveis,

sendo um extremo (nível 1) que demonstra desacordo total, o extremo oposto (nível 5) que

demonstra o total acordo e o ponto intermediário (nível 3) que demonstra indiferença em relação ao

questionamento, a fim de identificar posições favoráveis ou desfavoráveis. Os dados serão

transcritos e armazenados em Planilha Eletrônica Excel® para o processamento.

Benefícios: o estudo não apresenta benefícios diretos para o participante, pois trata-se de

um estudo exploratório descritivo visando no final de seu projeto qualificar o conhecimento sobre a

temática a ser estudada. Ao final do estudo poderemos concluir sobre a presença de benefícios e se

existe possibilidades de prosseguir com as atividades de Educação Permanente em Saúde .

Riscos: o estudo oferece riscos mínimos aos participantes, os quais poderão ser cansaço e

desconforto físico, em função da necessidade de disponibilizar tempo para responder o

questionário.

Garantia de acesso: em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais

responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador é a

Márcia Adriana Poll que pode ser encontrada no endereço BR 472, km 592 – Uruguaiana, fone:

(55) 99171169, o qual estará disponível para ligações a cobrar caso necessário. Se você tiver

alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética

em Pesquisa (CEP)/Unipampa - Campus Uruguaiana –, BR 472, Km 592, Prédio administrativo,

sala 23, CEP: 97500-970, Fone: (55) 34134321,– ramal 2289, E-mail: [email protected].

Destaca-se que não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo.

Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer

despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.

Será garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de

participar do estudo, sem qualquer prejuízo na instituição hospitalar. Seu nome e sua identidade

serão mantidos em sigilo, as informações obtidas serão analisadas pela pesquisadora e

colaboradora, não sendo divulgada a identificação de nenhum participante. Os resultados poderão

ser divulgados em publicações e eventos científicos, entretanto, ele mostrará apenas os resultados

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obtidos como um todo, sem revelar seu nome, instituição a qual pertence ou qualquer informação

que esteja relacionada com sua privacidade.

Acredita-se que os dados obtidos a partir desta pesquisa poderão subsidiar políticas de

Educação Permanente em Saúde e encorajar os administradores da instituição hospitalar onde

ocorreu o estudo para que sejam implementadas aos profissionais de enfermagem, no intuito das

modificações das práticas clínicas e assistenciais dos profissionais envolvidos.

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li e/ou que

foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Educação Permanente em Saúde e sua Influência

no Processo de Trabalho dos Profissionais de Enfermagem Voltados ao Atendimento as

Vítimas de Causas Externas e Emergências Cardiovasculares”.

Eu discuti com a pesquisadora sobre a minha decisão em participar nesse estudo. Ficaram

claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus

desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou

claro também que minha participação é isenta de despesas. Concordo voluntariamente em

participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou

durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízos.

Uruguaiana, _____de___________________ de __________ .

Nome do sujeito participante da pesquisa:______________________________________________

Assinatura:________________________________

_____________________________________

Assinatura do responsável pelo estudo

Márcia Adriana Poll

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ANEXO C - TERMO DE CONFIDENCIALIDADE

Título do Projeto: Educação Permanente em Saúde e sua Influência no Processo de Trabalho dos Profissionais de Enfermagem Voltados ao Atendimento as Vítimas de Causas Externas e Emergências Cardiovasculares.

Pesquisador responsável: Márcia Adriana Poll

Campus/Curso: Uruguaiana/ Enfermagem

Telefone para contato: (55) 3413-4321

Local da coleta de dados: Hospital de um município da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul

Os pesquisadores do presente projeto se comprometem a preservar a privacidade e o

anonimato dos sujeitos cujos dados serão coletados através de aplicação de questionário

semiestruturado. Concordam, igualmente, que estas informações serão utilizadas única e

exclusivamente para execução do presente projeto. As informações somente poderão ser divulgadas

preservando o anonimato dos sujeitos e serão mantidas em poder do responsável pela pesquisa,

Prof.(a) Pesquisador(a) Márcia Adriana Poll por um período de cinco (5) anos. Após este período,

os dados serão destruídos.

Uruguaiana, 15 de Maio de 2013.

___________________________________

Márcia Adriana Poll

SIAPE: 1572685

______________________________________ Tatiane Angélica Phelipini Borges

Matrícula: 091011478

Comitê de Ética em Pesquisa Campus Uruguaiana – BR 472, Km 592 Prédio Administrativo – Sala 23 Caixa Postal 118 Uruguaiana – RS CEP 97500-970 Fone: (55) 3413 4321Ramal: 2289 E-mail: [email protected]