bíblia - diversos

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  • 7/23/2019 Bblia - Diversos

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    Bblia

    Jesus e um bom peixe assado - Lucas 24,36-49 (EdmilsonSchinelo)Sexta-feira, 20 de abril de 2012 - 1h26min

    Edmilson Schinelo colaborador no livro Bblia e Negritude: pistas para um leitura afro-descendenteeem outras publicaes.

    Algumas correntes dos cristianismos originrios espiritualizaram muito cedo a pessoa e a proposta de Jesus!ara esses grupos, as chagas do "rucificado desapareceram e passando a cultuar uma religi#o $ue nega%a aencarnao 'uitos afirma%am $ue Jesus morreu na cruz aparentemente, seu corpo era apenas um corpoaparente (docetismo) *al negao te+rica tinha uma implicao prtica para ser uma boa pessoa crist#,basta%a buscar conhecer (gnose) de %erdade esse esprito e a ele chegar pelo esfor&o intelectual.espiritual

    !or essa raz#o, as comunidades /oaninas, / no con%%io com correntes de influncia gn+stica, s#o enfticas emafirmar o erbo se fez carne e acampou no nosso meio (Jo#o 1,13) Se, por um lado, a fala de *om4 4express#o de sua d5%ida, por outro, 4 sinal de $ue acredita em um eus encarnado e sofredor Se eu n#o %irnas suas m#os os sinais dos cra%os, e ali n#o puser o meu dedo, e n#o puser a minha m#o no seu lado, demodo algum acreditarei (Jo#o 20,27)

    8o texto de 9ucas 23,:6-3;, Jesus chega dese/ando a paz, fazendo uso de um cumprimento $ue todo /udeugosta de ou%ir shalom< (23,:6) = susto 4 grande e o grupo pensa $ue 4 um esprito >m esprito n#o temcarne e osso, lembra Jesus, %ede minhas m#os e meus p4s, sou eu (23,:;) 8#o h como negar, afirmam ascomunidades lucanas nosso eus n#o 4 s+ um esprito, o "ruficidado.?essuscitado permanece entre n+s< @rra$uem prega um eus desencarnado 8#o entende a proposta $uem imagina $ue 4 suficiente lou%ar um esprito,muitas %ezes at4 distante, outras %ezes apenas doce e %irtual= ?essuscitado 4 carne, 4 gente de %erdade e continua com m#os, p4s e o lado marcados por ferimentos "abea n+s tratar desses ferimentos, como fez o samaritano em outro texto narrado exclusi%amente por 9ucas(10,2;-:) "abe a n+s n#o fugir e testemunhar por nossos atos o ?essuscitado 4 o mesmo "rucificado acontar conosco tamb4m ho/e, nos pobres e necessitados, os crucificados deste mundo A f4 em Jesus 4 algomais exigente 4 preciso continuar reconhecendo sua pessoa sofredora, encarnada nas pessoas sofredoras deontem e de ho/e

    Primeiro comer para depois "abrir a mente"epois de saborear um bom peixe assado, Jesus con%ida o seu grupo a ler a Bblia era preciso $ue secumprisse tudo o $ue est escrito sobre mim na 9ei de 'ois4s, nos !rofetas e nos Salmos @ abriu-lhes a mentepara $ue entendessem as @scrituras (9ucas 23,33-37) "omo tinha feito no caminho de @ma5s (23,2), Jesusretoma a Bblia a 9ei (a Torah, o !entateuco), os !rofetas (os Nebiin, li%ros hist+ricos e prof4ticos) e os Salmos($ue representam os Ketubin, os outros @scritos)8esse sentido, a experincia com Jesus ressuscitado 4 uma luz $ue ilumina todas as @scrituras um no%osabor a textos antigos *al%ez o in%erso tenha sido mais decisi%o a mem+ria de tradi&Ces de Dsrael a/udou ascomunidades a interpretar a "ruz E luz da profecia e da esperan&a na %inda do libertador A releitura de textos

    como =s4ias 6,2 (epois de dois dias nos far re%i%erF no terceiro dia nos le%antar e n+s %i%eremos em suapresen&a) e da figura do ser%o em Dsaas, especialmente do cGntico de Dsaas 72,1:-7:,12, a/uda o grupo $ueseguiu Jesus pelo caminho a reconhecer nele a realizao dessa esperan&a popular H luz destes textos, ascomunidades passaram a compreender a "ruz, de modo $ue, em %ez de sinal de morte, passou a ser sinal deressurreio e de %ida I a %it+ria da %ida sobre a morte 8asceu uma no%a esperan&a e, com entusiasmo emo%idas pelo dinamismo do @sprito, testemunharam a Boa 8o%a da /usti&a do ?eino a todas as na&Ces

    @ntretanto, parece $ue mais uma %ez Jesus $uer nos apresentar um m4todo de e%angelizao a mesa dapartilha e o ato de matar a fome %m em primeiro lugar em nossos trabalhos pastorais e sociais 8enhumadoutrina pode ser usada como camisa de for&a para a !ala%ra, uma %ez $ue esta n#o pode ser algemada pora$uela (cf 2*im+teo 2,;) 'uito menos, a Bblia e as normas das diferentes igre/as podem ser usadas paradoutrinar a %ida, mas para ilumin-la espertar a conscincia 4 algo $ue n#o se faz com a barriga %azia

    Ressurreio acontece ao redor da mesa

    = tema da mesa (comensalidade) 4 um dos mais caros ao e%angelho de 9ucas Jesus come com publicanos (9c7,2;-:2)F E mesa, na casa de um fariseu, 4 ungido pela mulher pecadoraF (,:6-70F 11,:-73)F tamb4m na

    http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=229http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=229http://www.cebi.org.br/publicacoes-busca.php?termo=Edmilson+Schinelo&item=&tipo=http://www.cebi.org.br/publicacoes-busca.php?termo=Edmilson+Schinelo&item=&tipo=http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=229
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    casa de um fariseu desmascara a hipocrisia e o legalismo de $uem o acolhia (10,:-32)F /anta na casa deKa$ueu e o ensina a repartirF faz-se ele mesmo p#o repartido (22,13-2)F e se d a conhecer, em @ma5s, aoredor da mesa (9c 23,1:-:7) Ao todo, por doze %ezes Jesus se senta E mesa no e%angelho de 9ucas @ aindacon%ida a $uem permanecer fiel a sentar-se na mesa de seu ?eino (22,2-:0)

    8o e%angelho de ho/e, ele pede peixe e come com os seus (22,32) = peixe se tornou um forte smbolo docristianismo primiti%o @ra e ainda 4 comida de gente simples, $ue busca sobre%i%er como consegue, E margem

    de lagos, rios e mares Ao mesmo tempo, um pouco de sal e algumas brasas s#o suficientes para $ue oban$uete este/a pronto e apetitoso A mesa 4 o ch#o da pesca, 4 a lida do dia-a-dia, a marmita do boia-fria,mas com o direito de estar $uentinha, na brasa< @ o 'estre come com eles, mais uma %ez, um bom peixeassadoma no%a experincia comunitria da ressurreio, com *om4 (Jo 20,23-

    2;)7 "onclus#o o ob/eti%o da redao do @%angelho 4 le%ar as pessoas a crer em

    Jesus e, acreditando nele, ter a %ida (Jo 20,:0-:1)

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    8a maneira de descre%er a apario de Jesus a 'aria 'adalena transparecem asetapas da tra%essia $ue ela te%e de fazer, desde a busca dolorosa at4 o reencontroda !scoa @stas s#o tamb4m as etapas pela $uais passamos todos n+s, ao longoda %ida, na busca em direo a eus e na %i%ncia do @%angelho

    !OM$#4A#O*oo +,-..0.16 Maria Madalena c?ora- mas buscaNa%ia um amor muito grande entre Jesus e 'aria 'adalena @la foi uma das poucaspessoas $ue ti%eram a coragem de ficar com Jesus at4 a hora da sua morte nacruz epois do repouso obrigat+rio do sbado, ela %oltou ao sepulcro para estar nolugar onde tinha encontrado o Amado pela 5ltima %ez 'as, para a sua surpresa, osepulcro esta%a %azio< =s an/os perguntam !or $ue %oc choraM ?esposta9e%aram meu senhor e n#o sei onde o colocaram

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    Jo 20,111-1)F como en%iada aos =nze com uma mensagem de Jesus ('t 2,10FJo 20,1-1) 8enhum texto do @%angelho diz $ue 'aria 'adalena foi umapecadora *eriam interpretado mal a express#o 'aria 'adalena da $ual ha%iamsado sete demQnios (9c ,2)M @sta express#o, $ue aparece somente em 9ucas eno apndice de 'arcos (9c ,2F 'c 16,;), criou uma s4rie de preconceitos contra

    'aria 'adalena 'as, para o @%angelho de 9ucas, a possess#o n#o significa pecadoe sim doen&a = n5mero , sempre simb+lico, parece indicar a gra%idade dasituao entro do contexto de 9ucas, podemos interpretar $ue 'aria 'adalenapadecia de uma gra%e doen&a ner%osa ou psicossomtica 8o encontro com Jesus,ela recupera a harmonia interior e entra em um processo de crescimento eamadurecimento pessoal at4 atingir a plenitude do seu ser na experincia pascal

    @ncontramos nos $uatro e%angelhos %rias listas com os nomes dos 12 discpulos$ue seguiam Jesus Na%ia tamb4m mulheres $ue o seguiam desde a Palil4ia at4Jerusal4m = @%angelho de 'arcos define a atitude delas com trs pala%ras seguir,ser%ir, subir at4 Jerusal4m ('c 17,31) =s primeiros crist#os n#o chegaram a

    elaborar uma lista destas discpulas $ue seguiam Jesus como o fizeram com oshomens 'as os nomes de seis destas mulheres est#o espalhados pelas pginasdos e%angelhos 'aria 'adalena (9c ,:)F Joana, mulher de "uza (9c ,:)F Suzana(9c ,:)F Salom4 ('c 17,30)F 'aria, m#e de *iago e Jos4 ('c 17,30)F e a m#e dosfilhos de Kebedeu ('t 2,76) @m todos estes textos, exceto Jo#o 1;,27, 'aria'adalena 4 citada em primeiro lugar, indicando sua lideran&a no grupo de discpulasde Jesus N muitas outras mulheres, amigas de Jesus, $ue s#o nomeadas nose%angelhos, por exemplo, as duas irm#s 'arta e 'aria 'as s+ destas seis se diz$ue seguiam a Jesus desde a Palil4ia ('t 2,77-76F 'c 17,31) ou $ue oacompanha%am /unto com os oze (9c ,1-:)

    Bblia

    iane do sepulc!o, a !essu!!ei'o - 1ese!s e LopesSegunda-feira, ; de abril de 2012 - 21h3min

    por CEBI ublica!"es

    IA#4$ O S$P2!RO- A R$SSRR$IDOMarcos .;-.0

    Te#to e#tra$do do livro %aminhando com "esus - rculos Bblicos de &arcos%. Cole!&o a alavra na 'ida,+,8. -utores Carlos /esters e /ercedes 1opes. ublica!&o CEBI. /ais in4orma!"es pelo

    endere!o !endas$cebi%org%br

    ABRIR OS O23OS PARA 5$RAs mulheres aparecem como testemunhas pri%ilegiadas da morte, do enterro e da ressurreio de Jesus!articipantes de todo o processo da pris#o, condenao, paix#o, morte e ressurreio de Jesus, elas mesmas,por assim dizer, ti%eram uma experincia de morte e ressurreio e, agora, d#o testemunho do $ue %iram e%i%eram = testemunho nasce da experincia A gente testemunha o $ue %i%e

    SI4A#O*udo se passa diante do sepulcro As figuras centrais s#o as mulheres @las s#o testemunhas n#o s+ da mortede Jesus ('c 17,30-31), mas tamb4m do lugar onde Jesus foi enterrado ('c 17,32-3) @ de madrugada,saindo de casa para ungir o corpo de Jesus ('c 16,1-2), s#o testemunhas tamb4m da sua ressurreio ('c16,:-6) e s#o en%iadas para testemunhar e anunciar a ressurreio aos outros ('c 16,-)

    A$ui, a f4 na ressurreio brota dos pr+prios acontecimentos atra%4s do testemunho das mulheres e re%ela odesafio permanente $ue esta f4 representa para n+s no dia-a-dia da nossa %ida = $ue significa crer na

    http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=212mailto:[email protected]://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=212mailto:[email protected]
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    ressurreio para $uem %i%e amea&ado de morte ou para $uem %i%e totalmente sem futuroM @ para $uem %i%edesanimado numa depress#o permanente, sem possibilidade de cura, desenganado pelos m4dicos, 4 fcil crerna ressurreioM "omo crer na ressurreio numa sociedade %iolenta, marcada pela explorao, onde o po%o%i%e desempregado, ou numa terra onde muitos passam fome e onde, em %ez de melhorar, as coisas pioramM@ste 4 o grande desafio da nossa f4ada para un>ir o corpo8o%amente, 'arcos oferece uma informao com muitos detalhes hora, lugar, pessoas, dificuldade para tirar apedra @stes detalhes sugerem $ue as mesmas trs mulheres s#o pessoas de confian&a para testemunhar aressurreio A f4 na ressurreio n#o foi fruto da fantasia, mas algo totalmente inesperado @las esta%amcon%encidas de $ue Jesus esta%a morto, pois iam para o t5mulo para ungi-lo

    Marcos .;-80;6 $las testemun?am a ressurreio e a 'ida no'aLuando chegam, %em $ue a pedra / tinha sido retirada @ntrando dentro do sepulcro, encontram um /o%em$ue lhes anuncia $ue Jesus est %i%o =u%indo a notcia da ressurreio de Jesus, elas mesmas ressuscitam pordentro *udo isto reflete a profunda experincia de morte e ressurreio pela $ual elas mesmas passaram e $ueera a experincia das comunidades Jesus est %i%o< @le ressuscitou

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    SBIR6 mostra $ue elas s#o testemunhas $ualificadas da morte e ressurreio de Jesus, pois, como osdiscpulos, elas o acompanharam desde a Palil4ia at4 Jerusal4m (At 1:,:1)*estemunhando a ressurreio de Jesus, testemunham tamb4m o $ue elas mesmas %iram e experimentaram amorte e a ressurreio I a experincia do nosso batismo !elo batismo fomos sepultados com Jesus na morte,para $ue, assim como "risto foi ressuscitado dos mortos por meio da gl+ria do !ai, assim tamb4m n+spossamos caminhar numa %ida no%a (?m 6,3) !elo batismo, todos n+s participamos da morte da ressurreiode Jesus

    Bblia

    Sole 5a!!abs7 8ondene Jesus7 1ese!s e LopesLuarta-feira, 3 de abril de 2012 - 21h01min

    por CEBI ublica!"es

    #O PA2E!IO O @O5$R#AOR ROMA#O"SO24$ BARRABES) !O#$#$ *$SS)"

    Marcos .9-.0+,

    Te#to e#tra$do do livro %aminhando com "esus - rculos Bblicos doE!angelho de &arcos%. -utores Carlos /esters e /ercedes 1opes 5 Cole!&o a

    alavra na 'ida ,+,8/ais in4orma!"es !endas$cebi%org%br

    ABRIR OS O23OS PARA 5$RJesus 4 le%ado ao !alcio de !ilatos "ontraste estranho< Jesus, um operriocampons do interior da Palil4ia $ue s+ pensa%a em ser%ir aos outros, frente a

    !ilatos,um poltico romano $ue s+ pensa%a em fazer carreira e $ue pouco seimporta%a com a sorte do po%o /udeu !ara %er-se li%re do caso incQmodo, !ilatosmanipula as leis e propCe soltar um preso, conforme um costume da 4poca< @leespera%a $ue o po%o fosse pedir a libertao de Jesus< 'as o po%o, manipuladopelos lderes, gritou Solte Barrabs< "ondene Jesus

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    !OM$#4A#O.F Marcos .9-.6 *esus le'ado perante o poder romano= processo segue o seu rumo "onforme as leis da 4poca, o sin4drio podia

    condenar algu4m E morte, mas n#o tinha o direito de executar a senten&a!recisa%a da licen&a do poder romano !or isso, as autoridades dos /udeusdecidiram le%ar Jesus at4 !ilatos, a fim de conseguir a sua condenao

    +F Marcos .9-+096 O interro>atCrio diante do tribunal romanoiante do tribunal dos /udeus, Jesus tinha sido condenado por dois moti%osreligiosos por ter dito $ue era o messias e por ter falado contra o *emplo ('c13,762) A$ui, diante do tribunal romano, o moti%o 4 outro @les apresentamJesus como um messias anti-romano $ue pretendia ser ?ei dos /udeus< I ummoti%o poltico, mais fcil para se conseguir a condenao de Jesus = poderromano era muito sens%el a $ual$uer tipo de rebeli#o popular !ilatos pergunta

    oc 4 o rei dos /udeusM Jesus responde I %oc $ue est dizendo

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    aos $ue me arranca%am a barbaF n#o escondi o rosto aos $ue me afronta%am e mecuspiam (Ds 70,6)

    A2AR@A#O

    O poder romano na terra de *esus@ste texto descre%e o confronto de Jesus com o poder romano 8o ano 6: antes de"risto, os romanos tinham in%adido toda a !alestina, $ue compreendia Palil4ia nonorte, Samaria no centro e Jud4ia no sul Dnicialmente, os romanos foram bemacolhidos pelos /udeus 'as, logo mostraram sua %erdadeira face oprimindo eexplorando o po%o atra%4s de tributos, impostos, taxas, dzimos e outros rouboslegalizados !or isso, de 7 a : A", em apenas 20 anos, s+ na Palil4ia,estouraram seis re%oltas dos camponeses contra a dominao romana = po%o iaatrs de $ual$uer um $ue prometia libert-lo do peso dos romanos As re%oltasforam duramente reprimidas

    Luem a/uda os romanos na repress#o ao po%o re%oltado, foi um tal de Nerodes,$ue, como pagamento pelos seus esfor&os, recebeu dos romanos o ttulo de reisobre toda a !alestina e, de : a 3 A", go%ernou sobre Palil4ia, Samaria e Jud4ia!ara agradar aos romanos, ele promo%ia a assim chamada !az ?omana @sta paztrouxe certa estabilidade econQmica para o Dmp4rio e para o pr+prio Nerodes, maspara o po%o dominado da !alestina n#o era paz, e sim repress#o brutal Jesusnasceu no final do go%erno deste Nerodes Nerodes, chamado o Prande, 4 a$uele$ue matou as crian&as de Bel4m ('t 2,16)

    =BS >m frade chamado ionsio !e$ueno, do s4culo D, calculou a data do

    nascimento de Jesus @le errou por uma pe$uena margem de 7 ou 6 anos Jesusnasceu 7 ou 6 anos antes da data calculada pelo frade

    epois da morte de Nerodes, Ar$uelau, seu filho, assumiu o go%erno sobre aJud4ia = irm#o dele, Nerodes Antipas, recebeu o go%erno sobre a Palil4iaAr$uelau era um homem cruel e incompetente J na sua tomada de posse, no diada !scoa, reprimiu uma rei%indicao popular e matou : mil peregrinos na pra&ado templo em Jerusal4m A matan&a fez explodir a re%olta do po%o, $ue, duramentereprimida, pro%ocou uma forte repress#o romana = go%erno de Ar$uelau sobre aJud4ia foi muito %iolento !or isso, Jos4 e 'aria, depois da fuga no @gito, n#o$uiseram %oltar para Bel4m na Jud4ia e resol%eram ir morar em 8azar4 na Palil4ia,

    /unto com o menino Jesus ('t 2,22)8o ano 6 depois de "risto, - Jesus tinha em torno de 10 anos - Ar$uelau foi depostopelos romanos, $ue esta%am insatisfeitos com o mau rendimento do go%erno dele!ara terem um controle melhor da situao, transformaram a Jud4ia numapro%ncia romana, cu/o go%ernador ou procurador era nomeado diretamente pelaautoridade central do Dmp4rio, com sede em ?oma !ara poder reorganizar aadministrao e atualizar o pagamento do tributo, decretaram um recenseamento,o $ue pro%ocou forte reao popular, inspirada pelo Kelo pela 9ei = Kelo le%a%a opo%o a boicotar o censo e a n#o pagar o tributo @ra uma no%a forma de resistircontra o imp4rio, uma esp4cie de desobedincia ci%il 8este perodo, Jesus crescia

    em sabedoria e idade diante de eus e dos homens, l em 8azar4

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    Assim, de 6 a 33 depois de "risto, a Jud4ia era go%ernada por procuradores,representantes diretos do poder romano A maior parte dos procuradores romanoseram funcionrios $ue n#o gosta%am dos /udeus A forte repress#o e o desprezodeles pelo po%o /udeu fizeram crescer o +dio anti-romano >m deles, o senhor!Qncio !ilatos, go%ernou de 26 a :6 d" Ooi ele $ue, a pedido da elite dos /udeus,

    sancionou com o seu poder a senten&a de morte contra Jesus

    A residncia dos procuradores fica%a na cidade de "esar4ia, no litoral Somente$uando ha%ia alguma amea&a de manifestao popular, por exemplo, na festa de!scoa, eles se transferiam para Jerusal4m para poder controlar melhor a situaoe reprimir $ual$uer tentati%a de re%olta I $ue, por ocasi#o da festa anual de!scoa, aumenta%a no po%o a expectati%a messiGnica e milhares de romeiros seconcentra%am ao redor do *emplo !or isso, nos dias em $ue Jesus foi preso, !ilatosse encontra%a em Jerusal4m Ooi diante dele $ue Jesus compareceu e por ele foicondenado E morte de "ruz

    Bblia

    *!o%a de +mo! maio! no h "ue doa! a %ida peloi!mo - 1ese!s, Lopes e !oinoSegunda-feira, 2 de abril de 2012 - 22h72min

    Pro'a de Amor maior no ?G =ue doar a 'ida pelo irmo)2a'ar os ps uns dos outros

    *oo .1-.0.E#tra$do do 1ivro Raio-X da Vida5 C$rculos B$blicos do Evan6elho de 7o&o. -utoria

    de Carlos /esters0 /ercedes 1opes e 2rancisco 3ro4ino./ais in4orma!"es pelo endere!o !endas$cebi%org%br

    O23AR $ P$R4O AS !OISAS A #OSSA 5IASomos con%idados a meditar sobre a 5ltima ceia de Jesus com os seus amigosurante a ceia, Jesus se le%anta para la%ar os p4s dos seus discpulos >m gesto$ue era pr+prio dos empregados !edro n#o entende o gesto e n#o $uer $ue Jesusla%e seus p4s @le n#o aceita este ser%i&o da parte de Jesus Acha $ue ia contra adignidade de Jesus la%ar os p4s dos seus discpulos @le n#o entende $ue pro%a deamor maior n#o h do $ue doar a %ida pelo irm#o A %erdadeira prtica religiosa 4 o

    ser%i&o amoroso aos pobres, aos irm#os e irm#s

    SI4A#O= @%angelho de Jo#o tem uma dinGmica $ue en%ol%e os leitores e as leitoras 8oprimeiro li%ro, o 9i%ro dos Sinais (1,1; a 11,73), %imos a re%elao progressi%a $ueJesus fazia de si e do !ai !ouco a pouco, a gente ficou sabendo $uem 4 Jesus e$ual a miss#o $ue recebeu do !ai !aralelamente a esta re%elao, apareciam aaceitao por parte do po%o e a resistncia por parte das autoridades religiosas 8ofim, o balan&o foi o seguinte = grupo fiel dos discpulos e das discpulas, mesmo

    sem entender tudo, aceitou Jesus, acreditou nele e se comprometeu com ele =outro grupo dos /udeus resistiu e acabou rompendo com Jesus, $uerendo mat-lo

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    = segundo li%ro, o 9i%ro da Plorificao, $ue estamos iniciando neste crculo, temuma outra dinGmica 8a primeira parte (Jo 1: a 1), Jesus se re5ne com o grupofiel na 5ltima ceia 8a segunda parte (Jo 1 e 1;), o outro grupo toma aspro%idncias para executar o plano de matar Jesus 8a terceira parte (Jo 20 e 21),Jesus ressuscitado reencontra a comunidade e a en%ia em miss#o, a mesma $ue ele

    recebeu do !ai

    !OM$#4A#O"o#o '()': * passagem) a +,scoa de "esus

    Oinalmente, chegou a hora de Jesus fazer a passagem definiti%a deste mundo parao !ai @sta passagem atra%4s da morte e ressurreio 4 moti%ada pelo amor aosamigos *endo amado os seus, amou-os at4 o fim

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    'ateus, 'arcos e 9ucas descre%em como Jesus instituiu a @ucaristia durante a5ltima ceia Jo#o descre%e a 5ltima ceia, mas n#o descre%e a instituio daeucaristia Ser $ue es$ueceu ou achou $ue n#o era importanteM I $ue Jo#o tem asua maneira de descre%er a "eia @ucarstica

    @la est no captulo 6, onde fala da multiplicao dos p#es para o po%o (Jo 6,7-17)@st no longo discurso sobre o !#o da ida (Jo 6,22-1) @st a$ui no captulo 1:,onde insiste no ser%i&o amoroso, simbolizado no la%a-p4s (Jo 1:,1-1) @st nocaptulo 1;, onde descre%e a morte de Jesus como cordeiro pascal (Jo 1;,:1-:)

    A ceia narrada no e%angelho de Jo#o 4 bem diferente da$uela narrada nos outrose%angelhos A$ui no $uarto e%angelho n#o se fala em comer o corpo e beber osangue de Jesus num memorial at4 $ue ele %enha (1"or 11,2:-26)

    8o @%angelho de Jo#o, o p#o e o %inho s#o substitudos pelo gesto de la%ar os p4sde seus discpulos e discpulas Pesto de amor e de entrega $ue precede e conduz Esua glorificao *endo amado os seus, Jesus amou-os at4 o fim (Jo 1:,1) @stemandamento de ser%i&o e de amor 4 $ue purifica $ual$uer pessoa $ue $ueira seguirJesus (Jo 17,:)

    = gesto de la%ar os p4s n#o 4 feito antes da ceia, mas durante a ceia Jesus n#o$uer fazer um mero gesto de purificao ou higiene urante a ceia (Jo 1:,2) ele sele%anta, tira o manto, $ue 4 um gesto de entrega e ser%i&o (Jo 1:,3), e ele mesmoderrama a gua na bacia para la%ar os p4s de seus discpulos Luando chega diantede !edro, este toma o gesto de Jesus como se fosse de fato um gesto ritual depurificao e n#o aceita $ue Jesus lhe la%e os p4s (Jo 1:,6-11) Jesus corrige ainterpretao de !edro e d o sentido %erdadeiro = gesto do la%a-p4s significa $ue

    a %erdadeira purificao acontece na entrega e no ser%i&o (Jo 1:,10) Significatamb4m $ue Jesus 4 o 'essias-Ser%o, anunciado por Dsaas (Ds 32,1-;) !or isso, se!edro n#o aceitar tal gesto, n#o poder estar em comunh#o com Jesus (Jo 1:,)!ara Jesus, os $ue aceitam sua mensagem, suas pala%ras e seus gestos, est#opuros e prontos para o ?eino = $ue purifica a pessoa n#o 4 a obser%Gncia da 9ei,mas sim a prtica das pala%ras de Jesus Luem for capaz de amar como Jesusamou, receber o @sprito $ue 4 ser%i&o gratuito aos irm#os e irm#s (Jo 1:,:3-:7)@ste exemplo dele nos deixou (Jo 1:,17) 'as na ceia nem todos esta%am puros (Jo1:,11) = ad%ersrio se fazia presente em Judas (Jo 1:,2) 'esmo assim, Jesusla%a os p4s de Judas antes $ue ele saia para cumprir sua miss#o (Jo 1:,21-:0) =amor %ence o +diosamos o instrumental cientfico dispon%el no trato com as lnguas e as culturas$ue sustentam o texto 'as n#o abrimos m#o de cheirar o texto, de suspeitar delee at4 mesmo de recus-lo se nos cheira mal ?ecriamos o texto n#o nele mesmomas ao recit-lo o rein%entamos a partir de n+s mesmas $ue somos donas do nossonariz

    Nanc3 ardoso 0 pastora metodista) com forma#o especfica na ,rea de

    Bblia

    Bblia

    No podemos sepa!a! eus do so!imeno dosinocenes - Jos *a&olaSexta-feira, :0 de mar&o de 2012 - 1;h2;min

    por Instituto Humanitas Unisinos (IHU)

    A leitura $ue a Dgre/a propCe neste domingo 4 o @%angelho de Jesus "risto segundo'arcos 13, 1-17,3 $ue corresponde ao omingo de ?amos, ciclo B do Ano9it5rgico = te+logo espanhol Jos4 Antonio !agola comenta o texto

    @is o texto

    Identificado com as 'timas8em o poder de ?oma nem as autoridades do *emplo puderam suportar a no%idadede Jesus Sua forma de entender e de %i%er eus era perigosa 8#o defendia oimp4rio de *ib4rioF chama%a todos a procurar o ?eino de eus e sua /usti&a 8#oconsidera%a importante $uebrar as leis do sbado nem as tradi&Ces religiosasFsomente lhe preocupa%a ali%iar as dores das pessoas enfermas e desnutridas daPalileia

    'as isso n#o foi perdoado @le se identifica%a demais com as %timas inocentes doimp4rio e com os es$uecidos pela religi#o do templo @xecutado sem piedade em

    uma cruz, nele eus re%ela-se a n+s sempre identificado com todas as %timas

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    inocentes da hist+ria Junto ao grito de todos , eles unem-se agora ao grito da dordo mesmo eus

    8esse rosto desfigurado do "rucificado re%ela-se a n+s um eus surpreendente,$ue $uebra nossas imagens con%encionais de eus e pCe em $uest#o toda prtica

    religiosa $ue tente dar culto a eus, es$uecendo o drama de um mundo no $ual sesegue crucificando aos mais frgeis e indefesos

    Se eus foi morto identificado com as %timas, sua crucifix#o con%erte-se numdesafio in$uietante para os seguidores de Jesus 8#o podemos separar eus dosofrimento dos inocentes 8#o podemos adorar o "rucificado e %i%er dando ascostas ao sofrimento de tantos seres humanos destrudos pela fome, guerras emis4ria

    eus continua interpelando-nos desde todos os crucificados do nosso tempo 8#opodemos continuar %i%endo como expectadores desse sofrimento t#o grande,alimentando nossa ingnua ilus#o de inocncia *emos $ue nos manifestar contraessa cultura do es$uecimento $ue permite isolarmos dos crucificados deslocando osofrimento in/usto $ue h no mundo para uma distGncia onde desapare&a o clamor,o gemido e o pranto

    8#o podemos nos fechar em nossa sociedade do bem-estar, ignorando essa outrasociedade do mal-estar na $ual milhares de pessoas nascem somente paraextinguir-se aos poucos anos de uma %ida $ue somente foi morte 8#o 4 humanonem crist#o nos instalar na seguridade es$uecendo aos $ue somente conhecemuma %ida insegura e continuamente amea&ada

    Luando os crist#os dirigiram seus olhos at4 o rosto do "rucificado, eles

    contemplaram o amor imenso de eus $ue se entregou at4 a morte por nossasal%ao Se olharmos mais detidamente, logo descobriremos o rosto de muitoscrucificados $ue, longe ou perto de n+s, est#o reclamando nosso amor desolidariedade e compaix#o

    Bblia

    :m caminho "ue se ee!nia;;; el?o da Pai7o6 Mc .8-.0.9-8I o incio da Semana Santa, da Prande Semana em $ue n+s lembramos o e%ento

    fundante da nossa %ida crist# a 'orte-?essurreio de "ristoF 4 a ocasi#o na $ualn+s nos lembramos deste caminho de cruz $ue se eterniza 8este domingo de

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    ?amos e da !aix#o do Senhor, esta festa / marca o duplo e%ento, $ue n#o podeficar separado na nossa f4 crist# a morte-ressurreio = paradoxo dessa festa seexpressa atra%4s da contradio de multid#o $ue, por momentos, aclama o "ristocomo rei com ramos nas m#os, $ue grita pedindo $ue o crucifi$uem como umbandido $ual$uer com os punhos fechados

    'as, ateno< @sses dois e%entos narrados por S#o 'arcos s#o narrati%asteol+gicas, n#o s#o hist+ricas no sentido material do termo, mas $ue $uerem nosdizer algo da nossa realidade humana contemporGnea Ooram compostas E luz da!scoa e 4 na luz da !scoa $ue de%emos interpret-las =s ?amos e a !aix#o s#oduas festas diferentes $ue foram postas /untas a partir do d4cimos s4culo na Dgre/alatina

    A festa de ?amos tem origem na festa /udaica das *endas ou dos *abernculos,onde os /udeus, no ms de setembro, faziam grandes procissCes com os ramos nas

    m#os no intuito de celebrar o fim das colheitas e para se lembrarem da estadia dosDsraelitas no deserto = e%angelista 'arcos aplicou, ent#o, a Jesus ?essuscitadoessa prociss#o de ramos, para sublinhar o e%ento teol+gico da sua morte-ressurreio @ssa festa dos ?amos, os crist#os do terceiro s4culo a celebra%am nodomingo precedente E !scoa A festa da !aix#o, com seu caminho de cruz, eracelebrada em ?oma a partir do $uarto s4culo, no momento da con%ers#o doimperador "onstantino @ssa festa marca%a a entrada da Dgre/a na Semana SantaA partir do s4culo U, as duas tradi&Ces se /untaram oficialmente na Dgre/a latina, eno s4culo UD encontramos a dupla festa no missal romano = !apa !io UDD, em1;77, marcou os ritos $ue foram adaptados em 1;0, com a reforma lit5rgica do"onclio aticano DD @ssa 4 a hist+ria da festa de ho/e 'as, em 2012, o $ue

    podemos resgatar dessa dupla festaM

    1 isto $ue a morte e a ressurreio de Jesus s#o insepar%eis como e%entofundador da f4 crist#, certamente de%emos entrar nessa contradio, nesseparadoxo da f4 em $ue a %ida e a morte se superpCem continuamenteF elas s#osempre parte da nossa realidade humana nascemos e morremos A naturezatestemunha isso sem cessar A %ida e a morte s#o dois lados de uma mesmarealidade a %ida abre a porta da morte e a morte chama E %ida

    2 =utro paradoxo da festa de ho/e merece ser sublinhado 4 essa mesma multid#o

    $ue por %ezes aclama ('c 11,;-10) e $ue tamb4m depois condena ('c 17,1:-13)'ais uma %ez, isso faz parte da nossa realidade humana A multid#o 4 sempre%erstil Basta uma lideran&a para manipul-la em $ual$uer sentido, no melhor ouno pior =s humanos $ue compCem a multid#o s#o facilmente influenci%eis porelementos e situa&Ces $ue, Es %ezes, lhes fazem renegar a si pr+prios nasinstitui&Ces, nas empresas ou nas fbricas, %emos fre$uentemente situa&Cesin/ustas flagrantes Luantas pessoas %#o aceitar se arriscar para denunci-lasM =medo se instala rapidamente o medo de perder o emprego, o medo de serre/eitado, o medo de ser isolado, o medo de n#o poder ter acesso a um lugarsuperior, o medo de ter $ue brigar em nome da /usti&a, o medo de ter medo Itriste< 'as a maioria das pessoas 4 assim @u mesmo experimentei isso mais deuma %ez I, portanto, essa maioria $ue compCe a multid#o, isto 4, as mulheres e oshomens aos $ue d para lhes fazer $ual$uer coisa

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    : ?elendo a !aix#o de 'arcos, onde o e%angelista nos apresenta um Jesus humanoe um homem seguro de si, eu creio $ue seria 5til nos situarmos em relao Esnumerosas personagens $ue integram sua narrati%a sumos sacerdotes, escribas eanci#os, uma mulher de BetGnia na casa de Sim#o o leproso, Judas Dscariotes o

    traidor, os dois discpulos e o homem com o cGntaro de gua, os oze com !edroseu porta-%oz, os dois irm#os *iago e Jo#o, uma tropa armada de espadas e depaus, ser%idores do sumo sacerdote, sendo $ue um deles perdeu a orelha, "aifs eas falsas testemunhas, os ser%entes, !ilatos, a multid#o, Barrabs, os soldados,Sim#o de "irene, pai de Alexandro e de ?ufo, os transeuntes, os anQnimos nomomento da crucifix#o, as mulheres $ue olha%am, entre elas 'aria de 'agdala,'aria, a m#e de Jos4, o centuri#o romano, Jos4 de Arimateia, e esse /o%em %estidocom um len&ol $ue se escapou nu N muita gente e todas essas pessoas nosdizem algo do $ue n+s somos

    :1 Oica e%idente $ue Jesus 4 o autor principal da !aix#o !or4m, basta de pensarfantasias, dizendo $ue ele sofreu mais do $ue todos os demais A hist+ria no mundoest cheia de mulheres, de homens e de crian&as $ue foram %timas, torturados emortos in/ustamente !or outro lado, o $ue a hist+ria teol+gica de Jesus nos ensina4 $ue a sua paix#o, seus sofrimentos e a sua morte nos fazem tomar conscincia$ue, atra%4s de Jesus, eus $uis se solidarizar conosco, com as nossas paixCes,com os nossos sofrimentos e mortes Sofrendo a sua paix#o, Jesus representatodos a$ueles e a$uelas $ue, na nossa humanidade, s#o crucificados de umamaneira ou de outra, pelo mal, E pro%a, E doen&a, E fra$ueza, E brutalidade, Esolid#o e E in/usti&a *odas a$uelas e todos a$ueles $ue s#o %timas do abandono,da cal5nia ou da senten&a in/usta, da tortura ps$uica ou moral *odas essas

    pessoas podem se reconhecer em Jesus "risto Oui morto, diz S#o !aulo, na cruzcom "risto (Pal 2,1;) Dsso $uer dizer $ue ele est perto de n+s nos nossoscaminhos de cruz 8ossas lutas s#o a imagem do seu combate contra o mal e ain/usti&a @ 4 por isso $ue n+s de%emos ir at4 o fim, sem compromisso, se$uisermos ser semelhantes a ele amos precisar a %ida toda para chegar a issoF 4melhor come&ar desde / 8a espera, n+s podemos nos situar tamb4m em relaoaos outros autores do drama, apresentados por S#o 'arcos e $ue eu enumereiantes

    :2 I difcil para n+s olharmos de longe para estes outros autores do drama, como

    se n#o ti%4ssemos nada em comum com eles uma das 5ltimas refei&Ces de Jesusna casa de Sim#o o leproso, isto 4, um excludo e, ao longo da comida, umamulher, sem nome, %em ungir Jesus antes da sua morteF ela %em perfumar acabe&a da$uele $ue seria coroado de espinhos ('c 13,:) @ssa mulher 4 criticadase%eramente por uma $uest#o de dinheiro ('c 13,3-7) !or4m Jesus diz por todaa parte, onde a Boa 8otcia for pregada, tamb4m contar#o o $ue ela fez, e ela serlembrada ('c 13,;) *odos os excludos de ho/e, da nossa sociedade e da nossaDgre/a, podem se reconhecer em Sim#o o leproso, ou nesta mulher sem nome $uetem um lugar pri%ilegiado no corao do "risto da !scoa @les s#o os escolhidos deeus 8#o de%emos es$uecer-nos disso @ os outros agora Judas nos lembra asnossas trai&Ces na amizade, no amor, com as pala%ras $ue falamos !edro nos le%apara as nossas nega&Ces e aos nossos abandonos, $uando nos achamos melhoresdo $ue os outros =s discpulos adormecidos, depois fugindo, ser $ue eles n#o s#o

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    o reflexo dos momentos em $ue ficamos dormidos e das nossas faltas de coragem$uando temos $ue nos expor e testemunharM Ser $ue !ilatos n#o e%oca as nossasnegligncias diante de eus e diante dos homens $uando os nossos interessespessoais ficam antes da /usti&a e da %erdadeM

    !elo contrrio, outros atos da !aix#o d#o pro%a da coragem e da f4 Sim#o de"irene, $ue le%ou a cruz ao lado do SenhorF ele encarna os acompanhamentosfraternais $ue n+s fazemos das pessoas $ue sofrem ou $ue s#o excludas @ssehomem %estido com um len&ol 4, sem d5%ida, o pr+prio 'arcos $ue, como AlfredNitchcocV, entra na sua pr+pria narrati%a para d-lhe ainda mais credibilidadeF 4este mesmo /o%em $ue encontramos na manh# da !scoa, sentado no t5mulo,desta %ez %estido com uma roupa branca, a roupa da ?essurreio @sse /o%em 4 opr+prio Jesus, des%estido para expressar a morte, mas ele 4 tamb4m o "risto%estido de branco para expressar a ?essurreio @le representa tamb4m todos oscrist#os $ue aceitam ser des%estidos, isto 4, despo/ado de si mesmos, da sua

    pr+pria %ida, para re%estir-se do "risto ?essuscitado = "enturi#o romano $uerende homenagem ao "rucificado, n+s o acompanhamos $uando testemunhamos anossa esperan&a crist# !oderamos continuar com todas as personagens danarrati%a @m $uais nos reconhecemosM

    A !aix#o de "risto continua ainda ho/e, sob nossos olhos, da mesma forma $ue asua ?essurreio Lual 4 o papel $ue n+s temosM !odemos ter a impress#o de $ueos nossos caminhos de cruz se eternizam I %erdade< 'as n#o es$ue&amos $ueeles desembocam necessariamente sob o sol da manh# da !scoaF caso contrrioas nossas cruzes s#o in5teis e os nossos caminhos n#o nos conduzem a lugarnenhum

    Boa Semana Santania uma disc?pula iel - 1ese!s eLopesLuarta-feira, 2 de mar&o de 2012 - 16h37min

    #A !ASA $ B$4#IA MA IS!JP2A

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    %ai crescendo, at4 manifestar-se plenamente na ressurreio Jesus n#o 4 umderrotado errotados, sim, s#o os $ue o matam A %it+ria da %ida transfigura amorte de Jesus

    Sofrimento, paix#o e morte eram o p#o de cada dia das comunidades crist#s nos

    anos 0 8a maneira de descre%er o sofrimento, a paix#o e a morte de Jesus,'arcos as a/uda a experimentar, desde /, no meio do sofrimento, algo da %it+riada %ida sobre a morte

    !OM$#4A#OMarcos .8-.0+6 O pano de fundo 0 a conspirao contra *esus8o fim da sua ati%idade missionria, chegando em Jerusal4m, Jesus 4 aguardado e%igiado pelos $ue detm o poder sacerdotes, anci#os, escribas, fariseus,herodianos, saduceus e romanos @les tm o controle da situao 8#o %#o permitir$ue Jesus, um carpinteiro agricultor l do interior da Palil4ia, pro%o$ue desordemna capital A morte de Jesus / esta%a decidida por eles ('c 11,1F 12,12) Jesusera um homem condenado Agora %ai realizar-se o $ue ele mesmo tinha anunciadoaos discpulos = Oilho do Nomem %ai ser entregue e morto ('c ,:1F ;,:1F10,::)

    Marcos .8-1096 A uno de *esus por uma discpula e a crticas dosdiscpulos>ma mulher, cu/o nome n#o 4 mencionado, unge Jesus com um perfume carssimo8um gesto de total gratuidade, ela $uebra o frasco =s discpulos criticam o gestoAcham $ue 4 um desperdcio e fato, :00 denrios eram o salrio mnimo de :00

    dias< = salrio de $uase um ano inteiro foi gasto de uma s+ %ezMarcos .8-;6 A resposta de *esus "ma boa ao para mim)"=s discpulos olham o gasto e criticam a mulher Jesus olha o gesto e defende amulher !or $ue %ocs aborrecem esta mulherM @la praticou uma ao boa paracomigo @la se antecipou a ungir meu corpo para o enterro 8a$uele tempo, umapessoa condenada E morte de cruz n#o recebia sepultura e n#o podia ser ungida,pois fica%a pendurada na cruz at4 $ue os bichos comessem o cad%er, ou recebiasepultura rasa de indigente Jesus ia ser condenado E morte de "ruz, conse$unciado seu compromisso com os pobres e da sua fidelidade ao pro/eto do !ai 8#o ia terenterro !or isso, depois de morto, n#o poderia ser ungido Sabendo isso, a mulher

    se antecipa e o unge antes de ser crucificado "om este gesto, ela mostra $ueaceita Jesus como 'essias, mesmo crucificado< Jesus entende o gesto dela a oapro%a Anteriormente, !edro te%e a reao contrria !ara ele, um crucificado n#opodia ser o 'essias !or isso, tentou dissuadir Jesus, mas recebeu uma respostadurssima ai embora, Satans

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    ter sempre pobres com %ocs (t 17,11a) = resto da frase $ue o pessoal /conhecia e $ue Jesus $uis lembrar dizia !or isso, eu ordeno abra a m#o em fa%ordo seu irm#o, do seu pobre e do seu indigente, na terra onde %oc esti%er

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    (Jo 1:,2-7) @le expressa um tra&o importante da identificao dos discpulos ediscpulas de Jesus, $ue 4 o ser%i&o amoroso

    @stes trs textos de 'arcos 13,:-;, 'ateus 26,6-1: e Jo#o 12,1- colocam oepis+dio da uno com perfume no contexto da !scoa, $uando Jesus / esta%a, por

    assim dizer, condenado E morte @nt#o, a partir desse dia, resol%eram mat-loJesus, por isso, n#o anda%a mais em p5blico, entre os /udeus (Jo 11,7:-73)!rocurado pela polcia, Jesus %i%ia clandestinamente com sues discpulos, na regi#opr+xima ao deserto (Jo 11,73) Ooi nesta situao de incerteza e tens#o $ue 'arta,'aria e 9zaro con%idaram Jesus para um ban$uete em sua casa de BetGnia, seisdias antes da !scoa "om o ban$uete, buscam solidarizar-se com Jesus,assumindo com ele as conse$uncias da sua miss#o

    = e%angelho de 9ucas ,:6-70 apresenta tamb4m uma mulher anQnima,identificada como uma mulher da cidade, uma pescadora (9c ,:) @la banha osp4s de Jesus com suas lgrimas, enxuga-os com seus cabelos, bei/a-os e unge com

    perfume @ste texto n#o est no contexto da !scoa, mas se encontra inseridodentro do minist4rio p5blico de Jesus, $uando ainda caminha%a com seus discpulose discpulas pela Palil4ia 8o centro do epis+dio narrado por 9ucas n#o est a unode Jesus para a sepultura, mas o rito de acolhida t#o importante para as pessoas$ue percorriam longas distGncias a p4, pelas estradas poeirentas da !alestina

    8o entanto, todos os textos tm algo em comum a mulher 4 criticada pelo seugesto e Jesus a defende diante de todos 8o texto $ue acabamos de citar (9c ,:6-70), a crtica %em de um fariseu de nome Sim#o Seu olhar est acostumado com o

    /ulgamento e o controle @la nem conseguia fazer o gesto t#o comum de acolhidacarinhosa $ue sua cultura pede *amb4m n#o era capaz de perceber a Boa 8o%a de

    eus, escondida no gesto da mulher

    @m 9ucas ,:6-70, a defesa de Jesus mostra onde e como se manifesta o om deeus 8#o s#o os pecados da mulher $ue contam = $ue %ale mesmo 4 o amor,%i%ido nos pe$uenos gestos de gratuidade !or$ue muito amou, tem a minha paz

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    Mc ..-.0..

    ublicado no livro %Caminhando com 7esus 5 C$rculos B$blicos de /arcos 5 II arte)9rie - alavra na 'ida ,+,8. -utoria de Carlos /esters e /ercedes 1opes

    ublica!&o Centro de Estudos B$blicos. /ais in4orma!"es em !endas$cebi%org%br

    ABRIR OS O23OS PARA 5$R@sse texto fala da grande manifestao popular em fa%or de Jesus no omingo de?amos Sentado num /umento, animal de carga, Jesus entra em Jerusal4m, capitaldo seu po%o =s discpulos, as discpulas e po%o romeiro, %indos da Palil4ia, oaclamam como messias 'as o po%o da capital n#o participa Apenas assiste, e asautoridades nem aparecem A romaria termina na pra&a do *emplo, a pra&a dospoderes !arece uma passeata $ue termina diante da catedral e do !alcio do!lanalto *amb4m ho/e h manifesta&Ces populares As suas rei%indica&Ces re%elamo sofrimento do po%o e a sua indignao frente Es in/usti&as 8em todos participam,

    pois tm medo A maioria apenas assiste

    SI4A#OOinalmente, ap+s uma longa caminhada de mais de 130 $uilQmetros, desde aPalil4ia at4 Jerusal4m, a romaria est chegando ao seu destino 8este $uinto bloco('c 11,1 a 1:,:), tudo se passa em Jerusal4m, smbolo central da religi#o (Sl122,:) 8o incio do bloco, est o gesto simb+lico de Jesus aclamado pelo po%operegrino, ele entra na cidade montado num /umentinho, animal de carga

    A caminhada de Jesus e seus discpulos era tamb4m a caminhada das comunidadesno tempo em $ue 'arcos escre%ia o seu e%angelho seguir Jesus, desde a Palil4iaat4 Jerusal4m, desde o lago at4 o cal%rio, com a dupla miss#o de denunciar osdonos do poder $ue preparam a cruz para $uem os desafia e de anunciar ao po%osofrido a certeza de $ue um mundo no%o 4 poss%el @sta mesma caminhadacontinua at4 ho/e

    !OM$#4A#OMarcos ..-.016 A c?e>ada em *erusalmJesus %em caminhando, como romeiro no meio dos romeiros< = ponto final da

    romaria 4 o *emplo, onde mora eus< @m BetGnia ele faz uma parada BetGniasignifica Casa da obre:a @ra um po%oado pobre fora da cidade, do outro lado do'onte das =li%eiras e l, Jesus organiza e prepara a sua entrada na cidade @lemanda os discpulos buscar um /umentinho, um /egue, animal de carga, para poderrealizar um gesto simb+licoMarcos ..-80;6 A a&uda dos discpulos e das discpulas=s discpulos fazem como Jesus tinha mandado, e tudo acontece conforme opre%isto @les encontram o /umentinho e o le%am at4 Jesus @ alguns dos $ue ali seencontra%am perguntaram !or $ue %ocs est#o soltando o /umentinhoM @ elesresponderam Jesus est precisando

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    Jesus monta o /umentinho e entra na cidade, aclamado pela multid#o de peregrinose pelos discpulos 8a cabe&a deles est a ideia do messias rei glorioso, filho dea%i< @les acreditam $ue, finalmente, o ?eino de a%i tenha chegado e gritamBendito o ?eino $ue %em de nosso pai a%i

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    unem para expressar o $ue se %i%e 9e%antem as m#os para o santurio ebendigam a Ja%4m grande dese/o de paz e de liberdade percorre $uase todos estes salmosF; 8#o usam ideias rebuscadas, mas transformam em prece as coisas comuns

    da %idaF108o centro de tudo, no come&o e no fim, est a f4 em Ja%4 $ue fez o c4u e

    a terra

    Bblia

    @uando s# se pensa em 1essias como

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    autoridades nem aparecem A romaria termina na pra&a do *emplo, a pra&a dospoderes !arece uma passeata $ue termina diante da catedral e do !alcio do!lanalto *amb4m ho/e h manifesta&Ces populares As suas rei%indica&Ces re%elamo sofrimento do po%o e a sua indignao frente Es in/usti&as 8em todos participam,pois tm medo A maioria apenas assiste

    SI4A#OOinalmente, ap+s uma longa caminhada de mais de 130 $uilQmetros, desde aPalil4ia at4 Jerusal4m, a romaria est chegando ao seu destino 8este $uinto bloco('c 11,1 a 1:,:), tudo se passa em Jerusal4m, smbolo central da religi#o (Sl122,:) 8o incio do bloco, est o gesto simb+lico de Jesus aclamado pelo po%operegrino, ele entra na cidade montado num /umentinho, animal de carga

    A caminhada de Jesus e seus discpulos era tamb4m a caminhada das comunidadesno tempo em $ue 'arcos escre%ia o seu e%angelho seguir Jesus, desde a Palil4iaat4 Jerusal4m, desde o lago at4 o cal%rio, com a dupla miss#o de denunciar osdonos do poder $ue preparam a cruz para $uem os desafia e de anunciar ao po%osofrido a certeza de $ue um mundo no%o 4 poss%el @sta mesma caminhadacontinua at4 ho/e

    !OM$#4A#OMarcos ..-.016 A c?e>ada em *erusalmJesus %em caminhando, como romeiro no meio dos romeiros< = ponto final daromaria 4 o *emplo, onde mora eus< @m BetGnia ele faz uma parada BetGnia

    significa Casa da obre:a @ra um po%oado pobre fora da cidade, do outro lado do'onte das =li%eiras e l, Jesus organiza e prepara a sua entrada na cidade @lemanda os discpulos buscar um /umentinho, um /egue, animal de carga, para poderrealizar um gesto simb+licoMarcos ..-80;6 A a&uda dos discpulos e das discpulas=s discpulos fazem como Jesus tinha mandado, e tudo acontece conforme opre%isto @les encontram o /umentinho e o le%am at4 Jesus @ alguns dos $ue ali seencontra%am perguntaram !or $ue %ocs est#o soltando o /umentinhoM @ elesresponderam Jesus est precisando

  • 7/23/2019 Bblia - Diversos

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    A2AR@A#OAs romarias do po'o e os salmos de romariaAs romarias para Jerusal4m se faziam trs %ezes ao ano, nas trs grandes festas!scoa, !entecostes e *abernculos (cf @x 2:,13 e 1) os lugares mais distantesos romeiros %inham caminhando Alguns faziam cinco, seis ou mais dias de %iagem

    inham para Jerusal4m, a capital, a cidade grande e bela, para onde tudocon%erge (cf Sl 122,:-3) As romarias eram momentos de confraternizao e demuita alegria Oi$uei foi contente, $uando me disseram amos para a "asa doSenhor

  • 7/23/2019 Bblia - Diversos

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    3 @m alguns destes salmos, se passa do eu para o n+s, o $ue re%ela aintegrao na comunidadeF

    7 8eles se expressa a alegria intensa da confraternizao dos romeiros emJerusal4mF

    6 = *emplo ocupa um lugar importante na %ida do po%o, lugar de encontro

    com eusF A ambi%alncia da monar$uia e da cidade de Jerusal4m centro $ue atrai e

    $ue oprimeF >m grande dese/o de paz e de liberdade percorre $uase todos estes salmosF; 8#o usam ideias rebuscadas, mas transformam em prece as coisas comuns

    da %idaF108o centro de tudo, no come&o e no fim, est a f4 em Ja%4 $ue fez o c4u e

    a terra

    Bblia

    S# come'amos a enende! al&o da "uando nos senimos amadospo! eus - Jos *a&olaSexta-feira, 2: de mar&o de 2012 - 1h::min

    por Instituto Humanitas Unisinos (IHU)

    A leitura $ue a Dgre/a propCe neste domingo 4 o @%angelho de Jesus "risto segundo Jo#o 12, 20-:: $uecorresponde ao omingo 7X da Luaresma, ciclo B do Ano 9it5rgico = te+logo espanhol Jos4 Antonio !agolacomenta o texto

    @is o texto

    O atrati'o de *esus>ns peregrinos gregos $ue %ieram celebrar a !scoa dos /udeus aproximaram-se de Oelipe com uma petioLueremos %er Jesus 8#o 4 curiosidade I um dese/o profundo de conhecer o mist4rio $ue se encerra na$uele

    Nomem de eus *amb4m a eles lhes pode fazer bem

    Jesus 4 %isto preocupado entro de alguns dias ser crucificado Luando lhe comunicam o dese/o dosperegrinos gregos, pronuncia umas pala%ras desconcertantes "hega a hora de $ue se/a glorificado o Oilho doNomem Luando for crucificado, todos poder#o %er com claridade onde est a Sua %erdadeira grandeza e aSua gl+ria

    !ro%a%elmente ningu4m entendeu nada 'as Jesus, pensando na forma de morte $ue o espera, insisteLuando @u for ele%ado sobre a terra, atrairei todos at4 'im Lue se esconde no crucificado para $ue tenhaesse poder de atraoM Apenas uma coisa = Seu amor incr%el a todos

    = amor 4 in%is%el S+ o podemos %er nos gestos, nos sinais e na entrega de $uem nos $uer bem !or isso, emJesus crucificado, na Sua %ida entregue at4 E morte, podemos perceber o amor insond%el de eus 8arealidade, s+ come&amos a ser crist#os $uando nos sentimos atrados por Jesus S+ come&amos a entenderalgo da f4 $uando nos sentimos amados por eus

    !ara explicar a for&a $ue se encerra em Sua morte na cruz, Jesus utiliza uma imagem simples $ue todospodemos entender Se o gr#o de trigo n#o cai na terra e morre, fica infecundoF mas se morre, d muito frutoSe o gr#o morre, germina e faz brotar a %idaF mas se se encerra no seu pe$ueno in%olucro e guarda para si asua energia %ital, permanece est4ril

    @ssa bela imagem descobre-nos uma lei $ue atra%essa misteriosamente a %ida inteira 8#o 4 uma norma moral8#o 4 uma lei imposta pela religi#o I a dinGmica $ue torna fecunda a %ida de $uem sofre mo%ido pelo amor Iuma ideia repetida por Jesus em di%ersas ocasiCes Luem se agarra egoisticamente E sua %ida, coloca-a aperderF $uem sabe entreg-la com generosidade gera mais %ida

    8#o 4 difcil compro%-lo Luem %i%e exclusi%amente para o seu bem-estar, o seu dinheiro, o seu xito, a suaseguran&a, acaba %i%endo uma %ida medocre e est4ril a sua passagem por este mundo n#o faz a %ida maishumana Luem se arrisca a %i%er uma atitude aberta e generosa difunde a %ida, irradia alegria, a/uda a %i%er8#o h uma forma mais apaixonante de %i%er $ue fazer a %ida dos outros mais humana e le%e "omopoderemos seguir Jesus se n#o nos sentimos atrados pelo Seu estilo de %idaM

  • 7/23/2019 Bblia - Diversos

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    Bblia

    @uem no c!e!, es condenado; 8ondenado a "u.A B EdmilsonSchineloSexta-feira, 16 de mar&o de 2012 - 1:h77min

    Edmilson 9chinelo colaborador do CEBI. ; or6ani:ador do livroBblia e Negritudeeoutras publicaes

    = texto do e%angelho a ser proclamado neste domingo (Jo :,13-21) traz uma bonita e ao mesmo tempocontro%ersa frase nico para =ue todo a=uele =uecr? n&o pere!a0 mas tenha a vida eterna(Jo :,16) *amanho foi o amor de eus $ue nos deu seu 5nico filhoma traduo poss%el e at4 melhor para esta frase seria 'eu reino n#o 4 con4orme- de acordocom- este mundo

  • 7/23/2019 Bblia - Diversos

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    o reconheceu (Jo 1,10) Luem n#o crer, de antem#o / est condenado (Jo :,1) >ma traduo melhor seria/ulgado (em grego, @r$no) = acr4scimo de 'arcos modificou o texto e o %erbo al4m de crer, 4 preciso serbatizado ('c 16,16) Luem n#o crer ser condenado ('arcos usa outro %erbo - @ata@r$no, mais ligado a dar asenten&a)N $uem prefira interpretar $ue a f4 em Jesus 4 condio para a sal%ao @stariam condenadas as pessoas $uen#o acreditam e n#o aceitam a luz I at4 poss%el $ue se/a essa a inteno dos redatores, tamanha eraperseguio do mundo sobre as comunidades E 4poca da redao do texto @ntretanto, duas perguntas s#o

    muito importantes Luem condenaM @ condena a $uM

    "om certeza, $uem nos condena n#o 4 eus *amanho 4 o seu amor por n+s $ue nos en%iou seu pr+prio Oilho

    "onfira os li%ros de 'ilton SchYantes

  • 7/23/2019 Bblia - Diversos

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    @(nesis .0..F 5ida- !omunidade e BbliaAs monar=uias no Anti>o IsraelF m roteiro de pes=uisa ?istCrica ear=ueolC>ica

    DN> =n-9ine - = senhor pode falar um pouco da sua tra/et+ria de %idaM

    'ilton SchYantes - 8asci em *apera, no ?io Prande do Sul 'eus pais eramagricultores em 9agoa dos *rs "antos *inham uma pe$uena gleba de terra e

    planta%am de tudo 9agoa dos *rs "antos era uma pe$uena %ila em meio EscolQnias de pe$uenos agricultores, todos e%ang4licos A rigor n#o existia Dgre/a"at+lica l Na%ia um ou outro cat+lico no meio *rabalhei um pouco na ro&a, comoagricultor, $uando pe$ueno, mas, como era o 5ltimo da famlia, fui o $ue menosrecebeu influncia da ro&a diretamente Sa da ro&a antes dos 10 anos 'inha m#eprocurou emprego na cidade, pois meus irm#os / ha%iam ido estudar como era aorientao do meu pai

    DN> =n-9ine - @ sua tra/et+ria intelectualM

    'ilton SchYantes - @studei no !r4-*eol+gico, em S#o 9eopoldo, $ue era umaformao anterior E teologia Aprendia-se grego e latim al4m das outras disciplinasdo atual @nsino '4dio epois fui estudar *eologia, formando-me em meados de1;0 A Dgre/a, $ue tem muito contato com a @uropa, me encaminhou para umestudo de p+s-graduao na Alemanha, em Neidelberg @studei de 1;1 a 1;3 eterminei o doutorado em Antigo *estamento, com um professor $ue foi muitoespecial, Nans Zalter Zolff oltei em 1;3 e assumi uma par+$uia em Santa"atarina, numa cidadezinha chamada "unha !or# @ra uma cidade tamb4me%ang4lica do tipo dessas coloniza&Ces $ue aloca%am cat+licos e e%ang4licos empo%oados diferentes 8o caso, "unha !or# fora inicialmente pre%ista parae%ang4licos A ha%ia uma igre/a e%ang4lica bem numerosa, algo como mil eduzentas famlias, mais do $ue cinco mil pessoas @u acompanha%a %rias

    comunidades, 26 no total Ooi um trabalho muito bonito Oi$uei l at4 1; epoistrabalhei no%e anos a$ui no 'orro do @spelho, em S#o 9eopoldo, de 1; a 1;,na Oaculdade de *eologia, na formao de pastores e pastoras, isso at4 1;,$uando me transferi para S#o !aulo 9 atuei como pastor na comunidade luteranade Puarulhos e fui e sou professor no !rograma de !+s-Praduao em "incias da?eligi#o da >ni%ersidade 'etodista de S#o !aulo I o $ue fa&o at4 ho/e

    DN> =n-9ine - A sua tese doutoral foi sobre = direito dos pobres

    'ilton SchYantes - Sim, o ttulo em portugus ser este, mas ainda n#o conseguipublicar a tese no Brasil @st em alem#o, as ?echt der Armen, tendo sidopublicada por uma editora de OranVfurt A tese aborda o sentido social do conceito

    http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=301http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=245http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=245http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=301http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=245http://www.cebi.org.br/publicacoes-produto.php?produtoId=245
  • 7/23/2019 Bblia - Diversos

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    pobre = $ue 4 sociologicamente o pobre e em $ue sentido ele tem direitoM = $ue$uer dizer, neste caso, direitoM ireito, no caso da cultura semita, significa a$uilo$ue corresponde a algu4m $ue tem necessidade de obter coisas da sociedade @steseria o significado poltico do termo hebraico $ue costumamos traduzir por direito= pobre tem, pois, o direito tamb4m de receber comida e uma terra da sociedade

    = direito 4 o de obter da sociedade o apoio na necessidade e na crise, em meio aosparentes e E comunidade Dgualmente $uis saber $uem s#o exatamente os pobres= termo pobre 4 usado no Antigo *estamento e na Bblia de modo diferente do $uen+s o usamos 8+s damos aos pobres o sentido de carentes A Bblia o entendecomo $uem tem o direito de rei%indicar os direitos sociais garantidos 8a tradiobblica, um pobre n#o pede (n#o 4 pedinte), mas exige sua parcela da sociedade

    DN> =n-9ine - "omo foi a sua descoberta da teologia da libertaoM

    'ilton SchYantes - Luando estudei na Oaculdade de *eologia, no $ue ho/e 4 a@scola Superior de *eologia, ainda tnhamos muita aula em alem#o 8a d4cada de1;60, os professores %inham da Alemanha e n#o se entendiam muito bem comnossa lngua, nem aprendiam muito portugus A n+s, alunos e alunas, cabiaaprender alem#o e ingls A dependncia da nossa teologia, at4 ent#o, foi mais oumenos completaF as bibliotecas esta%am cheias de li%ros em lnguas estrangeiras Ateologia era importada, sua lngua tamb4m A nacionalizao da teologia foi um dostemas muito importantes dos anos 1;60 Sim, esse processo foi muito importantepara a nossa gerao 8#o foram poucos os conflitos, em especial com professores$ue da%am aulas em alem#o *ais insistncias com o portugus n#o s+ eram umdos temas de n+s, estudantes de teologia, a pr+pria Dgre/a passa%a rapidamente ao

    portugus, por$ue as comunidades e%ang4licas se torna%am mais e mais urbanas,nos anos 1;60 e 1;0 @ram tempos de grande crise interna A pobrezaaumenta%a, principalmente na periferia dos centros urbanos A Dgre/a corria o riscode perder o contato com o seu po%o da periferia *i%emos $ue reestruturar-nos>ma igre/a de imigrantes nas colQnias e ro&as torna%a-se urbana e perif4rica 9ogo,o portugus torna%a-se urgente dentro das comunidades e par+$uias @,simultaneamente, re$ueria-se, de n+s, estudantes, uma teologia mais social, maiscontextual A teologia europ4ia clssica e em lngua estrangeira era percebida comodeslocada, e como descolada de nossas comunidades eclesiais Busc%amosna$ueles dias por no%as guas A teologia da libertao foi %i%ida, por n+s, como

    fonte de gua fresca "orrespondia a um anseio $ue %i%amos, na$ueles dias, no!as, ocupado por militares desde 1;63, e por teologias importadas em lnguasestrangeiras A teologia da re%oluo, formulada / nos anos 1;70 e aprofundadanos anos 1;60 por ?ichard Shaull[1\, um te+logo norte-americano $ue atuou entreoutros no seminrio teol+gico presbiteriano de "ampinas (S!), era muito lida entren+s, protestantes 8os anos 1;60, antes e durante o "onclio aticano DD, o mundoprotestante te%e uma teologia $ue n#o se tornou muito conhecida pelos cat+licos8+s a chamamos de teologia da re%oluo [2\ = conceito %inha deste te+logo e4tico, ?ichard Shaull, professor em "ampinas @le influenciou, com sua correnteino%adora, o mo%imento de /o%ens estudantes de teologia Afinal, osacontecimentos re%olucionrios em "uba, em 1;7;, punham na ordem do dia o

    tema da transformao social rpida na Am4rica 9atina, se/a para solucionar agra%e crise de integrao dos camponeses nas cidades, se/a de distribuio de terra

  • 7/23/2019 Bblia - Diversos

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    e renda A teologia da re%oluo tematiza%a a participao crist# nestastransforma&Ces 8o Brasil, o golpe de 1;63[:\ desmantelou mais e mais essateologia, $ue representa%a os setores mais dinGmicos dos protestantes nos anos1;70 e 1;60

    DN> =n-9ine - "omo a teologia da libertao a/udou ou a/uda na interpretao daBbliaM

    'ilton SchYantes - A teologia da libertao situa-se para mim na continuidade dateologia da re%oluo @ncontra%a-me em estudos doutorais em Neidelberg,$uando Pusta%o Puti4rrez[3\ publicou sua obra @, dizendo-o de modo abre%iado, amagnfica obra da teologia da libertao inicialmente tende a apresentar umadificuldade $ue / se podia obser%ar na teologia da re%oluo ambas enfocamprincipalmente os $uadros da pr+pria igre/a, seus colaboradores mais diretos,bispos, padres, pastores, irm#s e irm#os de congrega&Ces Dnicialmente tamb4m ateologia da libertao 4 de $uadros e n#o do po%o Sim, o li%ro de nosso $ueridoPusta%o Puti4rrez 4 uma reflex#o para os bispos e te+logos, e, a rigor, n#o tantopara o po%o "ita muitos autores europeus e franceses, situando-se ainda em parte,no Gmbito da teologia importada A reflex#o popular ainda n#o iniciou, de %erdadee com for&a A reflex#o 4 antes sobre o po%o, mas n#o popular Assim, o li%ro da*eologia da libertao 4 t#o espetacular $uanto frgil !enso $ue grande passoino%ador e exemplar, culturalmente re%olucionrio 4 a segunda grande obra dePusta%o Puti4rrez *eologia a partir dos pobres (1;) @ssa reflex#o completa aprimeira e coloca a no%a teologia em seu de%ido foco os pobres como su/eitosteol+gicos @ste enfo$ue implica numa mara%ilhosa con%ers#o a igre/a precisa

    ou%ir os pobres, mulheres, crian&as e homens, para poder teologizar Sem escutan#o h libertao 8a teologia da libertao, em seu sentido profundo, a Dgre/a 4aprendiz do caminho dos empobrecidos @stes, os 5ltimos, s#o de %erdade osprimeiros @ntendo, pois, $ue nesta sua %ers#o a partir de 1;, a teologia toda duma %irada, encontra seu eixo, sua tarefa pr+pria, a de ser seguidora de Jesus noscaminhos das man/edouras e das cruzes, das %idas sofridas e destrudas de nossospases Luem tem %ida s#o as %idas secas -se uma %irada radical e definiti%ana %ida teol+gica latino-americana !assa a experimentar-se $ue os pobres s#o eixode tudo Antes a Dgre/a modernizada e mundanizada, a do aggionamento, era oeixo de tudo @m 1;, Pusta%o Puti4rrez alcan&ou formular a grande ino%ao $ue

    4 o $ue de %erdade impacta n#o se trata de modernizar a Dgre/a, mas de retornarEs man/edouras !enso $ue estas luzes, $ue a teologia nos foi dizendo na$uelesanos, continuam sendo nossas luzes @ o ciclo da teologia da libertao n#o estconcludo, pois das luzes da man/edoura da pobreza de Bel4m e do crucificadoemerge a profundeza da %ida = desafio permanece @ este est delineado em*eologia a partir dos pobres =s cGnticos nascidos deste des%endamento teol+gico,desta coragem de %er a %erdade cristol+gica carregam nossa %ida de f4 ia a dia,Jesus nos arranca da morte para $ue, com alegria, %i%amos com nosso pr+ximo,pobre e destitudo da %ida em nossa Am4rica 9atina 8as terras latino-americanas,n#o se pode %i%er sem ser militante de uma f4 centrada nos pobres

    DN> =n-9ine - Na%eria uma crise da Dgre/a ho/eM

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    'ilton SchYantes - A crise se refere, a meu %er, E tarefa pastoral Sem corao pelosocial, a pastoral esfarela-se, esmigalha, despeda&a-se 'o%imento eclesial nenhumfaz /us Es terras brasileiras, se n#o ti%er uma intuio social clara @is a crise daspar+$uias 8elas, assim me parece, tende a es$uecer-se de animar pessoas para apresen&a maci&a nas periferias =s pobres, a$uele cintur#o de empobrecidos $ue

    faz aumentar os cinturCes ao redor das cidades, continua sendo prioridade 8asperiferias, n#o pode faltar m#o-de-obra pastoral

    DN> =n-9ine - Luais as perspecti%as do dilogo inter-religiosoM

    'ilton SchYantes - 8#o me agrada muito o termo dilogo inter-religioso, $uandose pretende diferenci-lo de ecumenismo @cumnico seriam as aproxima&Ces entreigre/as e tradi&Ces crist#s, en$uanto dilogo inter-religioso seria a ati%idadeecumnica com n#o-crist#os !ode-se acentuar tais diferen&as por $uestCesprticas, mas em seguida h $ue %oltar a insistir em $ue em eus todos e tudo seencontra A n#o h departamentos 9ogo, sou dos $ue tm criticado essalinguagem, em $ue o ecumnico re5ne igre/as crist#s e em $ue o inter-religiosocon%oca pessoas religiosas de boa ndole !enso $ue o dilogo entre as igre/assempre 4 uma forma do dilogo inter-religioso, n#o cria uma outra categoria!refiro designar tamb4m todo dilogo inter-religioso de ecumnico Ambos tm amesma $ualidade Afinal, no dilogo, se/a ele ecumnico ou inter-religioso,$ueremos experimentar eus, em sua compaix#o com a humanidade e sua criao*emos di%ersas experincias deste encontro com eus, mas todas elas secomplementam = protestante e o cat+lico se complementam ao buscarem ocon%%io ecumnico Ambos se alteram< @ ambos tamb4m encontram a si mesmos

    no outro =ra, o encontro ecumnico com os mu&ulmanos nos permite dar no%ospassos de mutua admirao e alterao no $ue se chamaria de ati%idade inter-religiosa 'as, por igual se poder designar este encontro crist#o-mu&ulmano deecumnico, por ser da $ualidade humana e teol+gica e$uipar%el ao de ati%idadesintracrist#s 8#o h a uma grande diferen&a 8o con%%io, as distGncias criam no%osespa&os A m#e-de-santo 4 t#o profundamente dedicada ao encontro com euscomo n+s o somos com o mesmo eus, considerando $ue o eus da ida n#oexiste em duas esp4cies, como eus e n#o-eus @le s+ subsiste como eusexodal, do $ual estamos igualmente pr+ximos e desesperadamente distantes=utro dia escre%i um pe$ueno ensaio sobre este problema !ensei-o com base em

    uma cena do metrQ 9 n#o tem setor ecumnico, ou setor inter-religioso 8o metrQs+ h um lugar, simultaneamente excludente e coeso 8ele, o metrQ nos torna um

    DN> =n-9ine - = senhor est num estado delicado de sa5de "omo est enfrentandoeste momento, tendo uma hist+ria de %ida cheia de f4M

    'ilton SchYantes - !ara mim, est tudo bem ou risada @ muita Oi$uei commuitas se$]elas, com as $uais agora %i%o, mas n#o posso dizer $ue %ida sob ascondi&Ces de limites e restri&Ces se/a %ida ruim I %ida boa, por$ue n#o canso dereceber uma m#ozinha, se/a para atra%essar uma rua ou entrar em um Qnibus

    *enho experimentado muita gra&a @ descobri muitas pessoas $ue %i%em com

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    limites como os $ue experimento Dmporta $ue os %i%amos na alegria da f4 emJesus, na alegria da %ida, doada por eus

    DN> =n-9ine - = senhor completou 60 anos Luais suas perspecti%as profissionais e

    de %idaM

    'ilton SchYantes - Andei limitando minha atuao Ao menos, era este o meudese/o 'as as tarefas continuam sendo muitas "om grande alegria dou aulas"on%i%o com alunos e alunas, e trato de mostrar $ue teologia 4 gratuidade, gra&a*rabalho >ni%ersidade 'etodista de S#o !aulo e gosto muito de dar aula *enhomuitos orientandas e orientandos no mestrado e no doutorado e/o com grandefelicidade $ue aumentam os sinais ecumnicos

    DN> =n-9ine - 8a %ida pessoal, h alguma coisa $ue o senhor $ueira fazerM'ilton SchYantes - Postaria de ir a Dsrael, !alestina e JordGnia com meus alunos eminhas alunas 'as, isso ainda n#o deu certo @spero $ue o plano d certo em200 epois tenho muita alegria em %i%er com minha esposa A ?osi 4 mesmo umencanto de pessoa I bom demais con%i%er com ela Pra&a gratuita< As meninas%#o fazendo suas experincias na %ida e algumas aprendoF para outras prefiropreparar-me com bom humor Afinal, cada $ual precisa ter o direito de e$ui%ocar-se Bater a cabe&a 4 algo como um direito natural e todo modo, somos uma belacomunidade, de muita risada

    --------------------------------------------------------------------------------

    [1\ ?ichard Shaull (1;1;-2002) te+logo presbiteriano norte-americano, le%antou a$uest#o sobre se a re%oluo teria um significado teol+gico @scre%eu Surpreendidopela gra&a - 'em+rias de um te+logo *rad Zaldo "4sar ?io de Janeiro ?ecord,200: (8ota da DN> =n-9ine)

    [2\ *eologia da ?e%oluo ttulo de um importante li%ro de Jos4 "omblin, de 1;0"omblin 4 te+logo cat+lico belga, ensinou *eologia no ?ecife durante sete anos,sendo depois expulso do Brasil, em 1;2 No/e %i%e em Jo#o !essoa, na !araba"onfira a entre%ista $ue publicamos com ele, sob o ttulo >ma radiografia daAm4rica 9atina, na edio nX 16, de 1 de abril de 2006 (8ota da DN> =n-9ine)

    [:\ Polpe 'ilitar 'o%imento deflagrafo em 1X de abril de 1;63 =s militaresbrasileiros, apoiados pela press#o internacional anticomunista liderada e financiadapelos @>A, desencadearam a =perao Brother Sam, $ue garantiu a execuo doPolpe, $ue destituiu do poder o presidente Jo#o Poulart, o Jango @m seu lugar osmilitares assumem o poder Sobre a ditadura de 1;63 e o regime militar o DN>

    publicou o 3X n5mero dos "adernos DN> em Oormao, intitulado itadura 1;63 Amem+ria do regime militar "onfira, tamb4m, as edi&Ces nX ;6 da DN> =n-9ine,

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    intitulada = regime militar a economia, a igre/a, a imprensa e o imaginrio, de 12de abril de 2003, e nX ;7, de 7 de abril de 2007, 1;63 - 2003 hora de passar oBrasil a limpo (8ota da DN> =n-9ine)

    [3\ Pusta%o Puti4rrez (1;2) padre e te+logo peruano, um dos pais da *eologia da

    9ibertao Puti4rrez publicou, depois de sua participao na "onferncia @piscopalde 'edelln de 1;6, a *eologia da 9ibertao !etr+polis ozes, 1;7, traduzidapara mais de uma dezena de idiomas, e $ue o con%erteu num te+logo polmico>ma d4cada mais tarde participou da "onferncia @piscopal de !uebla ('4xico,1;), $ue selou seu compromisso com os desfa%orecidos e ser%iu de motor demudan&a na Dgre/a, especialmente latino-americana Alguns dos 5ltimos li%ros dePusta%o Puti4rrez s#o @m busca dos pobres de Jesus "risto = pensamento deBartolomeu de 9as "asas (S#o !aulo !aulus, 1;;2)F e =nde dormir#o os pobresMS#o !aulo !aulus, 200: (8ota da DN> =n-9ine)

    Bblia

    Ese o meu ilho amado, escuai-o (1a!cos 9,2-0/) - ldo 5ohn =assLuarta-feira, 2; de fe%ereiro de 2012 - 20h22min

    Situando o te7to na estrutura do $'an>el?o e na inteno de Marcos8o pr+ximo domingo, muitas comunidades celebram, tendo como @%angelho anarrati%a de 'arcos $ue apresenta Jesus %itorioso sobre a morte e sobre ospoderes $ue o mataram I o texto mais conhecido como a trans4i6ura!&o de 7esusno monte('arcos ;,2-10)

    "onforme o plano deste @%angelho, encontramo-nos na parte $ue se refere aocaminho do discipulado, do seguimento ('arcos ,22-10,72) I o caminho em $ueJesus %ai abrindo os olhos, isto 4, %ai instruindo as pessoas $ue o seguem sobre$uais os crit4rios e $uais as exigncias do seguimento ao pro/eto do ?eino !or isso,come&a narrando a cura da cegueira como um processo ('arcos ,22-26) $uesomente ser completo, depois de todas as orienta&Ces de Jesus, $uando Bartimeu,curado da cegueira, decide seguir Jesus pelo caminho ('arcos 10,36-72) 8essecaminho, est#o os trs an5ncios da paix#o ('arcos ,:1-:2F ;,:0-:1F 10,:2-:3)"ada an5ncio %em seguido pela incompreens#o ou cegueira dos discpulos e porinstru&Ces de Jesus sobre o seguimento = relato da transfigurao no monte fazparte das instru&Ces ap+s o primeiro an5ncio da paix#o Sua funo 4 contribuir na

    cura da cegueira, na falta de entendimento do caminho, do seguimento ontem eho/e

    Al4m disso, este relato 4 uma leitura p+s-pascal e pretende narrar antecipadamentea %it+ria de Jesus sobre a morte na cruz, apresentando-o como o messias gloriosoI o $ue indica sua roupa brilhante ('arcos ;,:) A ressurreio, a %it+ria sobre acruz, 4 a %ida em toda a sua plenitude $ue %ence os poderes de morte destemundo I $ue nos encontramos num momento em $ue a cruz do imp4rio mais uma%ez pesa forte sobre o po%o @stamos no perodo da guerra /udaico-romana (66 a: d"), realidade em $ue este @%angelho foi escrito nos arredores da Palileia

    !or um lado, apresentar Jesus %itorioso sobre a cruz anima as comunidades aresistirem com esperan&a contra a %iolncia imperial @ a crucificao era o

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    instrumento principal de condenao E morte para $uem n#o se submetesse aopoder implac%el de ?oma

    !or outro lado, esta narrati%a $uer a/udar a superar a dificuldade em aceitar Jesuscomo o messias, uma %ez $ue fora crucificado como algu4m $ue amea&ara o poder

    colonialista na regi#o I como escre%e a pr+pria comunidade de 'arcos Acimadele, ha%ia a inscrio do moti%o ^= rei dos /udeus_ ('arcos 17,26) !ara os/udeus, ser pendurado numa r%ore, ter o corpo exposto de forma humilhantecomo ad%ertncia Es demais pessoas $ue n#o se su/eita%am E opress#o era umescGndalo (euteronQmio 21,22-2:F Josu4 ,2;F 10,26) a a resistncia demuitas pessoas de origem /udaica em aceitar Jesus como o messias @ para osgentios, tamb4m ha%ia uma dificuldade para aderirem a Jesus como o en%iado deeus @ra o fato de ele ter sofrido a pena de morte @ra uma loucura, algoinaceit%el e $ue impedia reconhecerem em Jesus o filho amado do !ai (1 "orntios1,2:)

    Abrindo ol?os e coraQes!ara a/udar as comunidades neste contexto a aderirem firmemente ao messias, $uepassou pela cruz, e para resistirem com esperan&a num momento em $ue a cruzfazia parte do cotidiano durante a guerra com os romanos em torno do ano 0,'arcos faz mem+ria das @scrituras /udaicas como luz a iluminar o caminho dodiscipulado, do seguimento "om essa narrati%a, 'arcos $uer a/udar ascomunidades a perceberem $ue a cruz, em %ez de ser escandalosa ou uma loucura,re%ela a fidelidade de Jesus E defesa da %ida, ao pro/eto do !ai

    As tradiQes do passado iluminam o presente!rimeiro, apresenta a %ida de Jesus transfigurada, com um no%o brilho, um no%osentido ('arcos ;,2-3) @la re%ela a for&a de eus 'anifesta a sua gl+ria nafidelidade de seu ungido at4 as 5ltimas conse$uncias Ao mesmo tempo, atransfigurao ou ressurreio de Jesus manifesta, de um lado, a condenao deeus sobre a %iolncia imposta pelos poderes deste mundo e outro, re%elatamb4m a exaltao, o reconhecimento de $uem d sua %ida em fa%or do pro/etodo ?eino e de sua /usti&a, como fiel ser%idor

    Ao lembrar um alto monte em um lugar deserto, %em E mem+ria o brilho da alian&a

    de eus com seu po%o liberto da casa da escra%id#o e a caminho da partilha dop#o, do poder e da terra @m Jesus, reno%a-se essa alian&a, esse mesmo pro/etolibertador, pro/eto de %ida

    @lias 4 o representante da profecia 'ois4s faz lembrar n#o somente o xodo, mastamb4m todo !entateuco, toda lei, $ue a tradio /udaica atribua a ele !or umlado, a lei e os profetas, isto 4, todas as @scrituras, se realizam em Jesus =u se/a,o 8azareno d continuidade E primeira alian&a, le%ando-a a sua plenitude !or outrolado, a comunidade de 'arcos apresenta Jesus como um profeta $ue, como osprofetas @lias (1 ?eis 1,1) e 'ois4s (euteronQmio 1,17), %eio anunciar um no%oxodo de liberdade para seu po%o = fato de Jesus subir no alto de uma montanha('c ;,2) confirma esta perspecti%a, pois 4 uma referncia ao monte Sinai, no $ual,segundo as narrati%as de Wxodo 1;-23, eus deu a conhecer ao po%o o seu pro/eto

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    de %ida e de liberdade Se l 'ois4s te%e a responsabilidade de mediar a alian&a,agora essa mediao 4 tarefa de todas as comunidades representadas pelos trsap+stolos A roupa resplandecente, muito branca, tal como tamb4m resplandeceraa face de 'ois4s no monte Sinai ('arcos ;,:F Wxodo :3,2;-:7), manifesta a gl+riade eus em Jesus %itorioso sobre a morte

    A ce>ueira de PedroLuando Jesus anunciou a cruz como conse$uncia de sua fidelidade E luta pela %idaem abundGncia para todas as pessoas ('arcos ,:1F Jo#o 10,10), !edro / ha%iare%elado sua cegueira, sua incompreens#o ('arcos ,:2) @ Jesus o repreenderapor isso, dizendo $ue todas as %ezes $ue tramos o pro/eto do ?eino nos tornamosSatans ('arcos ,::) Agora, ao propor ficar na montanha e construir trs tendas,!edro no%amente re%ela sua falta de compreens#o ('arcos ;,7-6) @le ainda n#oentendeu $ue a construo da /usti&a do ?eino n#o permite pri%il4gios, nem

    acomodao Ser discpulo n#o 4 somente participar da gl+ria de Jesus, mas 4tamb4m carregar a sua cruz, gerando e defendendo a %ida

    !edro n#o est sozinho "om ele, est#o *iago e Jo#o ?epresentam, portanto, atoda comunidade, inclusi%e a n+s essa forma, a narrati%a $uestiona tamb4m anossa cegueira $uando ela nos induz a limitar a execuo de Jesus a uma morte emnosso fa%or des%inculada de toda uma trama $ue o le%ou E cruz @m outraspala%ras, o texto $uestiona nossa dificuldade em aceitar Jesus de 8azar4 como omessias de eus, como algu4m $ue n#o retrocedeu diante do pro/eto de morte efirmemente enfrentou a %iolncia da cruz imposta por interesses religiosos eimperialistas, tal como um ser%o sofredor $ue d sua %ida por fidelidade ao po%o e

    a eus Luantas pessoas n+s conhecemos e $ue tamb4m sofreram morte %iolentapor defenderem %ida dignaM

    = fato de Jesus pedir silncio at4 a hora da cruz ('arcos ;,;-10) confirma ainteno da comunidade de 'arcos 8#o 4 poss%el des%incular a miss#o de Jesusda sua morte %iolenta imposta pelos romanos em conluio com as autoridades dotemplo @stas, alis, indicadas ou confirmadas por a$ueles !ortanto, autoridadesdependentes e tamb4m a ser%i&o do poder central Assim, a cruz fez parte da %idade Jesus, n#o por $ue eus assim o exigisse e sentisse prazer com sua execuo,mas por ele ser fiel E miss#o na defesa da %ida essa forma, assumiu a mesmacruz $ue fez parte da %ida dos profetas no passado e tamb4m da %ida dos exilados

    %iolentados pela tirania babilQnica, tal como um ser%o sofredor condenado E morte(Dsaas 7:,:-;)

    $ste o meu fil?o amado- escutai0o!or fim, no%amente a mem+ria das @scrituras ilumina a miss#o de Jesus ('arcos;,-;) A nu%em 4 um dos smbolos pri%ilegiados na Bblia para falar da presen&ade eus (Wxodo 1:,21F 16,10F :3,7F 30,:3-:F 85meros 12,7) @, tal como em9ucas o an/o dissera a 'aria ^o poder do Altssimo te cobrir com a sua sombra_(9ucas 1,:7), agora desceu uma nu%em sobre a montanha, cobrindo-os com a sua

    sombra ('arcos ;,) I o !ai confirmando a miss#o do Oilho o seio de eus saiuuma %oz $ue disse @ste 4 meu filho amado, escutai-o ('arcos ;,), da mesma

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    forma como / ha%ia anunciado por ocasi#o do batismo *u 4s o meu filho amado('arcos 1,11) Jesus 4 o @manuel, presen&a libertadora de eus entre n+s

    @ mais @le 4 o ser%o amado, o filho amado, experimentado e aguardado h muitotempo pelo mo%imento prof4tico (Dsaas 32,1) A express#o ^escutai-o_ confirma

    essa perspecti%a = ser%o amado tem ou%idos de discpulo para proclamar aocansado pala%ras de conforto (Dsaas 70,3) @ $uando o po%o hebreu alimentou suaesperan&a na %inda de um profeta como 'ois4s, o chamado tamb4m foi escutai-o(euteronQmio 1,17) A atitude de escuta da %oz de eus em toda a sua criao,especialmente na %oz de $uem clama por %ida plena, 4 uma das mais profundasformas de orao, de comunh#o com o sagrado

    = fato de 'ois4s e @lias desaparecerem de cena mostra $ue a miss#o deles seintegra na de Jesus, e este d uma no%a perspecti%a Es antigas tradi&Ces 8#o maisum legalismo sobreposto E profecia, mas no%amente a profecia, libertada pelo amorfiel de Jesus at4 a cruz, 4 o no%o esprito $ue fortalece a $uem o segue pelo

    caminho @m sua %ida, re%ela-se o amor pleno de eus por n+s8#o 4 poss%el acomodar-se no alto da montanha @scutar a sua %oz desinstala ele%a a descer para /unto do po%o sofrido e tornar o ?eino de eus presente, semufanismo ou triunfalismo ('arcos ;,;), mas seguindo humildemente o ser%o Jesusna sua prtica libertadora

    Bblia

    + 5oa No%a esada e p!o%ada no dese!o (1c

    0,02-0C) - 1ese!s e Lopes*er&a-feira, 21 de fe%ereiro de 2012 - 22h:minpor CEBI ublica!"es

    Te#to e#tra$do do livro %Caminhando com 7esus% 5 9rie - alavra na 'ida 5,D+, de autoria de Carlos /esters e /ercedes 1opes.edidos podem ser reali:ados pelo endere!o !endas$cebi%org%br

    epois do batismo, o @sprito de eus toma conta de Jesus e o empurra para odeserto, onde ele se prepara para a miss#o ('c 1,12s) 'arcos diz $ue Jesus este%e

    no deserto 30 dias e $ue foi tentado por Satans @m 'ateus 3,1-11 se explicita atentao tentao do p#o, tentao do prestgio, tantao do poder Ooram trstenta&Ces $ue derrubaram o po%o no deserto, depois da sada do @gito (t ,:F6,16F t 6,1:) *entao 4 tudo a$uilo $ue afasta algu4m do caminho de eus

    =rientando-se pela !ala%ra de eus, Jesus enfrenta%a as tenta&Ces e n#o sedeixa%a de%iar ('t 3,310) @le 4 igual a n+s em tudo, at4 nas tenta&Ces, menosno pecado (Nb 3,17) Dnserido no meio dos pobres e unido ao !ai pela orao, fiel aambos, ele resistia e seguia pelo caminho do 'essias-Ser%idor, o caminho doser%i&o a eus e ao po%o ('t 20,2)

    A2AR@A#O

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    A semente da Boa #otcia- o incio do an:ncio do $'an>el?o na Amrica2atina'arcos inicia dizendo como foi o come&o oc esperaria de 'arcos uma data bemprecisa @m %ez disso, recebe uma resposta aparentemente confusa !ara descre%eresse come&o, 'arcos cita Dsaas e 'ala$uias ('c 1,2-:) Oala de Jo#o Batista ('c

    1,3-7) Alude ao profeta @lias ('c 1,3) @%oca a profecia do Ser%o de Ja%4 ('c1,11) e as tenta&Ces do po%o no deserto, depois da sada do @gito ('c 1,1:) ocpergunta 'as afinal, o come&o foi $uando na sada do @gito, no deserto, em'ois4s, em @lias, em Dsaas, em 'ala$uias, em Jo#o BatistaM = come&o, a sementepode ser tudo isso ao mesmo tempo = $ue 'arcos $uer sugerir 4 $ue olhemos anossa hist+ria com outros olhos = come&o a semente da Boa 8o%a de eus, estescondida dentro da %ida da gente, dentro do nosso passado, dentro da hist+ria $ue%i%emos

    = come&o da Boa 8o%a na Am4rica 9atina est escondido na resistncia e nodespertar das etnias indgena e negra, $ue buscam %ida, dignidade e liberdade para

    todos ?esgatando a sua hist+ria e reconhecendo os %alores 4ticos presentes nacultura do seu po%o, os indgenas se unem aos descendentes afro e a todas aspessoas $ue sofrem in/usti&a e discriminao As mulheres despertam como su/eitode um no%o tempo, descontruindo %elhos padrCes de comportamento e gerandouma no%a conscincia

    8o campo e na cidade o 'S* %em demonstrando uma no%a capacidade deorganizao e articulao Apesar da propaganda contrria da *, re%istas e /ornais,o 'S* gera um debate nacional sobre pontos fundamentais para uma polticaagrcola Surge uma no%a sensibilidade ecol+gica e cresce a conscincia decidadania = grande dese/o de participao transformadora, $ue a discuss#o edebate dos problemas sociais %m pro%ocando, se expressa no %oluntariado de

    /o%ens, pessoas desempregadas, aposentadas At4 mesmo da$uelas $ue em meioao trabalho e ao estudo ainda encontram tempo para entragar-se gratuitamente aoser%i&o dos outros

    A busca de no%as rela&Ces de ternura, respeito, a/uda m5tua e intercGmbio %emcrescendo N uma indignao do po%o frente E corrupo e E %iolncia N algo$ue %ai nascendo dentro de cada pessoa, algo no%o, $ue n#o permite mais aindiferen&a diante dos abusos polticos, sociais, culturais, de classe e de gnero Numa no%a esperan&a, um no%o sonho, um dese/o de mudan&a ?esgata-se a utopia

    de construir uma sociedade no%a, onde ha/a espa&o de %ida e de participao paratodas as pessoas

    = an5ncio da Boa 8o%a de eus na Am4rica 9atina ser realmente Boa 8otcia seapontar para esta no%idade $ue est acontecendo no meio do po%o A/udar a abriros olhos para essa no%idade, comprometer as comunidades de f4 na busca pelautopia 4 reconhecer a presen&a libertadora e transformadora de eus agindo nodia-a-dia de nossa %ida

    = po%o da Bblia tinha esta con%ico eus est presente na nossa %ida e nanossa hist+ria !or isso, eles se preocupa%am em lembrar os fatos e as pessoas dopassado !essoa $ue perde a mem+ria perde a identidade, ela / n#o sabe de onde

    %em nem para onde %ai @les liam a hist+ria do passado para aprender a ler ahist+ria deles e descobrir dentro dela os sinais e os apelos da presen&a de eus

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    I o $ue 'arcos fez a$ui no incio do seu e%angelho @le tira o %4u dos fatos eaponta um fio de esperan&a $ue %inha desde o xodo, desde 'ois4s, passandopelos profetas @lias, Dsaas e 'ala$uias, pelos ser%idores do po%o, at4 chegar emJo#o Batista, $ue aponta Jesus como a$uele $ue realizar a esperan&a do po%o

    Bblia

    Feus pecados eso pe!doados (1c 2,0-02) -1ese!s e Lopes*er&a-feira, 13 de fe%ereiro de 2012 - 16h17min

    por CEBI ublica!"es

    "4$S P$!AOS $S4O P$ROAOS))O PRIM$IRO !O#

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    todos castigo de eus por algum pecado =s doutores ensina%am $ue tal pessoafica%a impura e torna%a-se incapaz de aproximar-se de eus !or isso, os doentes,os pobres, os paralticos e tantos outros se sentiam re/eitados por eus< 'as Jesusn#o pensa%a assim @le acha%a o contrrio A$uela f4 t#o grande era, para ele, umsinal de $ue o paraltico esta%a sendo acolhido por eus !or isso, Jesus declarou

    *eus pecados est#o perdoados

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    menino da ro&a, amea&ando com castigo e inferno @u gosta%a mais do eus domeu tio $ue n#o pisa%a na Dgre/a mas $ue, todos os dias, sem falta, compra%a odobro de p#o de $ue ele mesmo precisa%a para dar para os pobresma torre caiu e matou 1 pessoas (9c1:,3) @m outra ocasi#o, !ilatos matou um grupo de galileus e misturou sanguedeles com o sangue dos sacrifcios (9c 1:,1) Jesus pergunta%a ocm acham $ueeles eram mais pecadores do $ue os outros habitantes de Jerusal4mM @u lhe digo$ue n#o, mas se n#o hou%er arrependimento, mudan&a, muita gente ainda %aimorrer do mesmos /eito (9c 1:,23) 8#o hou%e arrependimento nem mudan&a e,

    30 anos depois, Jerusal4m foi destruda muitas torres caram e muito sangue foiderramado< @m outras pala%ras, muitos dos males $ue sofremos n#o s#o umafatalidade, mas sim conse$uncia de a&Ces pecaminosas =utros s#o fruto dacultura =utros ainda s#o fruto do sistema neoliberal $ue nos foi imposto e $ue nosoprime !or isso, os males $ue sofremos s#o um apelo E con%ers#o Apelam para anossa responsabilidade = $ue entrou no mundo como fruto de a&Ces li%res para omal pode ser expulso do mundo atra%4s de a&Ces li%res para o bemmno%o ensinamento< ado com autoridade< iferente dos escribas

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    'arcos define o conte5do do ensinamento de Jesus como Boa 8o%a de eus ('c1,13) A Boa 8o%a $ue Jesus proclama %em de eus e re%ela algo sobre eus @mtudo $ue Jesus diz e faz, transparecem os tra&os do rosto de eus *ransparece aexperincia $ue ele mesmo tem de eus como !ai ?e%elar eus como !ai 4 fonte,o conte5do eo destino da Boa 8o%a de Jesus

    Bblia

    p!imei!o impaco da 5oa No%a de Jesus no po%o(Lc 0, 20-2G) - 1ese!s e Lopes*er&a-feira, 23 de /aneiro de 2012 - 20h00min

    por CEBI ublica!"es

    O PRIM$IRO IMPA!4O A BOA #O5A $ *$SS #O PO5O

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    Jesus n#o cita autoridade nenhuma, mas fala a partir da sua experincia de eus eda %ida

    +F Marcos .-+10+;6 *esus combate o poder do mal= primeiro milagre 4 a expuls#o de um demQnio = poder do mal toma%a conta das

    pessoas e as aliena%a de si mesmas No/e tamb4m, muita gente %i%e alienada de simesma pelo poder dos meios de comunicao, da propaganda do go%erno e docom4rcio i%e escra%a do consumismo, oprimida pelas presta&Ces e amea&adapelos cobradores Acha $ue n#o %i%e direito como gente se n#o comprar a$uilo $uea propaganda anuncia @m 'arcos, o primeiro gesto de Jesus consiste em expulsare combater o poder do mal Jesus en%ol%e as pessoas a si mesmas e%ol%e aconscincia e a liberdade

    1F Marcos .-+0+6 A reao do po'o 0 o primeiro impacto=s dois primeiro sinais da Boa 8o%a $ue o po%o percebe em Jesus s#o estes o seu

    /eito diferente de ensinar as coisas de eus e o seu poder sobre os espritos

    impuros Jesus abre um no%o caminho para o po%o conseguir a pureza atra%4s docontato com ele 8a$uele tempo, uma pessoa $ue era declarada impura / n#opodia comparecer diante de eus para rezar e receber a bGno prometida poreus a Abra#o *eria $ue se purificar primeiro Assim, ha%ia muitas leis e normas$ue dificulta%am a %ida do po%o e marginaliza%am muita gente como impuraAgora, purificadas por Jesus, as pessoas impuras podiam comparecer no%amente Epresen&a de eus

    8F Marcos .-+/01.6 *esus restaura a 'ida para o ser'ioepois de participar da celebrao do sbado, na sinagoga, Jesus entra na casa de!edro e cura a sogra dele A cura faz com $ue ela se colo$ue imediatamente de p4

    "om a sa5de e a dignidade recuperadas, ela se pCe a ser%i&o das pessoas Jesusn#o s+ cura, mas cura para $ue a pessoa se colo$ue a ser%i&o da %ida

    9F Marcos .-1+0+86 *esus acol?e os mar>inali%adosAo cair da tarde, terminado o sbado, na hora do aparecimento da primeira estrelano c4u, Jesus acolhe e cura os doentes e os possessos $ue o po%o tinha trazidooentes e possessos eram as pessoas mais marginalizadas na$uela 4poca @las n#otinham a $uem recorrer Oica%am entregues E caridade p5blica Al4m disso, areligi#o as considera%a impuras @las n#o podiam participar da comunidade @racomo se eus as re/eitasse e as exclusse Jesus as acolhe Assim, aparece em $ueconsiste a Boa 8o%a de eus e o $ue ela $uer atingir na %ida da gente acolher os

    marginalizados e os excludos e reintegr-los na con%i%ncia

    1F A2AR@A#OOs oito pontos da misso da comunidade>m duplo cati%eiro marca%a a situao do po%o na 4poca de Jesus o cati%eiro dareligi#o oficial, mantida pelas autoridades religiosas da 4poca, e o cati%eiro dapoltica de Nerodes, apoiada pelo Dmp4rio ?omano e mantida por todo um sistemabem organizado da explorao e de repress#o !or causa disso, uma grande partedo po%o %i%ia excluda, enxotada e sem lugar, nem na religi#o nem na sociedade

    @ra o contrrio da fraternidade $ue eus sonhou para todos< I neste contexto $ueJesus come&a a realizar sua miss#o

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    Ap+s a descrio da preparao da Boa 8o%a ('c 1,1-1:) e da sua proclamao ('c1,13-17), 'arcos re5ne, um depois do outro, oito epis+dios ou ati%idades de Jesuspara descre%er a miss#o das comunidades ('c 1,16-37) I a mesma miss#o $ueJesus recebeu do !ai (Jo 20,21) @stes oito epis+dios s#o oito crit4rios para ascomunidades fazerem uma boa re%is#o e %erificar se est#o realizando bem a sua

    miss#o e/amos

    .T Mc .-.;0+,6 !riar comunidade 0