bianca brito novaes palandi efeito do sistema auditivo...
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Bianca Brito Novaes Palandi
Efeito do Sistema Auditivo Eferente na Audição Periférica
Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Audiologia
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo/ FMUSP.
São Paulo
2007 Bianca Brito Novaes Palandi
Efeito do Sistema Auditivo Eferente na Audição Periférica
Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Audiologia
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo/ FMUSP.
Orientadora: Profª. Drª. Renata Mota Mamede de Carvallo
Co-autora: Fga. Pierina Paula Prado Santos
São Paulo
2007 Sumário
Listas de tabelas
Resumo
Abstract
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1
Objetivos ................................................................................................. 3
2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 4
2.1 Sistema Auditivo Eferente ................................................................ 5
2.2 Reflexo Acústico ............................................................................... 6
2.3 Emissões Otoacústicas e Efeito de Supressão das Emissões
Otoacústicas ...................................................................................................... 7
3. MÉTODOS ......................................................................................................
9
3.2 Casuística .......................................................................................... 9
3.2.1 Critérios de Inclusão ............................................................ 9
3.3 Equipamentos ................................................................................. 10
3.4 Procedimentos ................................................................................ 10
3.4.1 Procedimentos Específicos ............................................... 10
4. RESULTADOS ............................................................................................. 12
5. DISCUSSÃO ................................................................................................ 15
6. CONCLUSÕES ............................................................................................ 16
7. ANEXOS ...................................................................................................... 17
8. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 20
Bibliografia Consultada
Listas de Tabelas Tabela 1: Relação entre Supressão e Sexo .................................................... 13
Tabela 2: Relação entre Reflexo e Sexo ......................................................... 13
Tabela 3: Relação entre SSW e Supressão na Orelha Direita ........................ 14
Tabela 4: Relação entre SSW e Supressão na Orelha Esquerda ....................14
Tabela 5: Relação entre Fala com Ruído e Supressão na Orelha Direita ....... 14
Tabela 6: Relação entre Fala com Ruído e Supressão na Orelha Esquerda ...14
Tabela 7: Relação entre Supressão e SSW Ordem .........................................15
Tabela 8: Relação entre Supressão e SSW Tipo A ..........................................15
Tabela 9: Relação entre Supressão e SSW Inversão ......................................15
Resumo
Com o objetivo de o Efeito da ativação do sistema auditivo eferente na
supressão das Emissões Otoacústicas em escolares com DPA associado à ausência reflexos acústicos, foram avaliadas 27 crianças de 7 a 14 anos, sendo 15 sem queixas auditivas (grupo controle) e 12 com distúrbio de processamento auditivo e Reflexo Acústico ausente. Foram determinados, para cada grupo, a média e o desvio padrão dos valores de supressão em cada condição de estímulo: clique linear. Verificou-se que a ausência de reflexo pode não estar associada a maior alteração nas provas de SSW, Fala com Ruído e Supressão das EOAT.
Palavras Chave: supressão das EOA, reflexo acústico, distúrbio do processamento
auditivo.
Abstract
With the objective of the effect of activation of the auditory system in the efferent elimination of emissions Otoacústicas in school DPA associated with the absence acoustic reflections were evaluated 27 children from 7 to 14 years and 15 without hearing complaints (control group) and 12 with disorder auditory processing and Acoustic Reflex missing. Were determined for each group, the mean and standard deviation values of elimination in each condition of stimulus: click linear. It was found that the lack of reflection may not be associated with greater change in evidence SSW, Speaking with Noise and abolition of TOAE. Keywords: Abolition of OAE, acoustic reflex, the auditory processing disorder.
1. INTRODUÇÃO
As emissões otoacústicas (EOA) refletem a atividade de mecanismos
biológicos ativos dentro da cóclea, e que células ciliadas externas são as responsáveis
por estes mecanismos (Norton, 1999). Considera-se que as EOAs como importante
ferramenta diagnóstica na avaliação auditiva, porque permitem a identificação e
intervenção precoce dos distúrbios auditivos.
As EOAs são classificadas em espontâneas ou evocadas. Emissões
espontâneas ocorrem sem apresentação de estímulo. Emissões evocadas são
eliciadas por um estimulo que pode ser um breve "click" - originando emissões
otoacústicas evocadas transitória (EOAT) ou um estímulo de dois tons puros
apresentados simultaneamente – originando emissões otoacústicas evocadas produto
de distorção (EOAPD).
O estudo das emissões otoacústicas fornece também informações acerca da
atividade realizada pelo sistema auditivo eferente que é caracterizada por uma
redução na amplitude de resposta das EOAT na presença de estimulação acústica
contralateral. Acredita-se que esse efeito denominado por muitos autores como efeito
de supressão das EOA resulte da ação da via eferente olivococlear e, portanto, o seu
registro fornece dados sobre a integridade do feixe olivococlear.
A presença de supressão indica que, quando ativado, o Sistema Olivococlear
Eferente Medial (SOEM) inibe as contrações das células ciliadas externas, provocando
a diminuição da amplitude das EOAT em indivíduos otologicamente normais. Esta
diminuição é a medida de atividade do SOEM.
Há algumas hipóteses de que o SOEM é o responsável pelo papel na
performance da captação do sinal auditivo em presença de ruído de fundo; na
proteção contra lesão por ruído elevado; no controle do estado mecânico da cóclea; e
na atenção auditiva (Bonaldi, Angelis e Smith, 1997; Sahley, Nodar e Musiek, 1997).
Por meio do efeito de supressão das EOA, ou seja, realização das EOAT sem
e com ruído contralateral respectivamente, é possível verificar o funcionamento das
células ciliadas externas e a atividade do SOEM e com isso realizar um diagnóstico
diferencial entre alterações auditivas cocleares e retrococleares.
Outra grande ferramenta para a avaliação diagnóstica em audiologia é a
pesquisa dos reflexos acústicos, pois possibilita a investigação do sistema aferente
(sensorial) e do sistema eferente (motor) do arco reflexo estapediano, além do sistema
tímpano ossicular (Carvallo & Albernaz, 1997).
A via ipsilateral, após estimulação de intensidade e duração suficientes, é
ativada por impulsos das células sensoriais cocleares que são transmitidos pelo nervo
acústico ao núcleo coclear ventral ipsilateral.
No reflexo contralateral, os impulsos são transmitidos ao complexo olivar
superior medial, após estimulação do nervo acústico e do núcleo coclear. Então, os
impulsos se dirigem ao núcleo motor facial contralateral, chegando até o músculo
estapediano contralateral. Tanto a via ipsi quanto a contralateral são acionadas por
estímulo uni ou bilateral, simultaneamente.
De acordo com Carvallo et al. (2000); Fria et al. (1975); Sesterhen e Breuninger
(1976) a menor intensidade de estímulo acústico que desencadeia o reflexo, ou seja, o
limiar de reflexo acústico é encontrado entre 70 e 100 dB em ouvintes normais. Para
ruído branco e ruído de faixa estreita, os limiares de reflexo acústico são 20 dB mais
baixos (Deutsch, 1972).
Segundo Colletti et al., (1992) indivíduos sem reflexo acústico, com lesão do
músculo estapediano, têm pior desempenho em provas de seletividade de freqüência
e em provas de reconhecimento de fala no ruído. Para esse autor, o reflexo acústico
melhoraria a discriminação de fala em presença de mascaramento ipsilateral, devido
ao efeito deste reflexo na atenuação da energia sonora em baixas freqüências.
Considerando as informações acima descritas, o presente trabalho teve como
objetivo verificar a correlação entre o Efeito de Supressão das EOAs e a ausência do
reflexo acústico em crianças escolares.
Objetivos Geral e Específico
O presente estudo teve como objetivo verificar o Efeito da ativação do
sistema auditivo eferente na supressão das EOAs em escolares com
diagnóstico de alteração do processamento auditivo associado à ausência de
reflexos acústicos.
2. Revisão de Literatura
Nesta revisão de literatura, optamos por mostrar cada assunto abordado
por partes sem seguir uma ordem cronológica, para melhor compreensão do
que foi estudado. Com isto, foi dividida em:
2.1 Sistema Auditivo Eferente
2.2 Reflexo Acústico
2.3 Emissões Otoacústicas e Efeito de Supressão das Emissões Otoacústicas
2.1 Sistema Auditivo Eferente
O sistema auditivo não é constituído por uma progressão linear de
neurônios, como os outros sistemas e sim, por uma rede composta sensores,
de núcleos em diferentes alturas, e de conexões aferentes e eferentes, as
quais seguem mais de um caminho, sendo que algumas se comunicam,
formando circuitos de retroinformação (SPINELLI e BREUEL, 1999).
Este é organizado de forma para captar estímulos sonoros que são
propagados no meio, para amplificá-lo e conduzi-los ao Órgão de Corti e
transduzi-los em informação neural para o córtex auditivo, através das vias
auditivas aferentes (CARVALLO, 1996).
Segundo Musiek e Lamb (1992), é possível que as vias eferentes
estejam presentes em todo o sistema auditivo, com conexões desde o córtex
até as estruturas mais periféricas.
Warr (1980) caracteriza o feixe olivococlear como o circuito mais
conhecido dentro do sistema eferente, neste feixe compreende os tratos medial
e lateral. O trato lateral é composto por fibras não-mielinizadas e não cruzadas,
as quais terminam nas células ciliadas internas, localizadas na cóclea; e o trato
medial é composto por fibra mielinizadas que tem origem na área ao redor da
oliva superior medial, que se conectam com as células ciliadas externas.
A atividade auditiva aferente da cóclea é atenuada por ação da
estimulação elétrica do trato eferente olivococlear. Existem fibras eferentes
com atividade espontânea e fibras que entram em atividade após uma
estimulação sonora, sugerindo um sistema de retro alimentação. Este
mecanismo sugere um importante papel da via eferente olivococlear na
discriminação da mensagem em presença de ruído competitivo (Galambos,
1956).
A integridade do sistema medial eferente permite a diminuição da
amplitude de emissões otoacústicas; a diminuição do potencial de ação N1 do
nervo coclear; a proteção contra o ruído; a localização da fonte sonora e a
melhora da detecção da fonte sonora em ambientes ruidosos; a melhora na
sensibilidade auditiva; o controle de estado mecânico da cóclea; a atenção
auditiva; além se exercer a função de proteção (BONALDI et al., 1997; HILL et
al., 1997; ATTANASIO et al., 1999; BRUEL et al., 2001; HOOD e BERLIN,
2001).
2.2 Reflexo Acústico O reflexo acústico é a contração dos Músculos Tensor do Tímpano e
Estápedio, devido um estímulo sonoro de alta intensidade, embora vários
autores ressaltarem a participação efetiva do Músculo Estapédio (NORTHERN
et al., 1989).
Alguns autores como Carvallo, Albernaz (1997), afirmam que o Reflexo
Acústico é uma medida funcional de estruturas localizadas no tronco encefálico
por causa do seu envolvimento com as atividades neurais dos núcleos
auditivos localizados nesta área.
O conhecimento da anatomia e fisiologia do arco reflexo estapediano é
de fundamental importância para a interpretação dos achados em testes
auditivos. O estudo de Borg (1973) é considerado um dos estudos pioneiros do
arco reflexo estapediano. Nesse estudo, o autor localiza a via direta do reflexo
acústico no tronco encefálico, composta de duas rotas: a ipsilateral, ou seja, a
contração ocorre do mesmo lado em relação ao estímulo sonoro e a
contralateral, em que a contração ocorre do lado oposto ao estímulo sonoro.
Musiek e Rintelmann (2001) relataram que o músculo do estapédio se
contrai bilateralmente na presença de um som suficientemente forte. Esta
contração causa um movimento da platina do estribo para dentro e para fora da
janela oval. Esta ação limita a movimentação dos ossículos e atenua a vibração
da platina do estribo, reduzindo, assim, a movimentação dos líquidos da orelha
interna. O reflexo acústico tem, portanto, a função de proteger a orelha interna
de níveis de pressão sonora elevados.
Carvallo (1996) referiu que as ligações da via auditiva eferente permitem
que através da entrada do estímulo, pelas duas orelhas, haja resposta do nervo
facial bilateralmente.
A complexidade neural do arco reflexo estapediano sugere que a função
protetora seja a mais elementar do reflexo acústico. A atividade dos músculos
da orelha média propicia melhora no estado de atenção auditiva, da percepção
de alterações de intensidade, da localização sonora, e da inteligibilidade de fala
(MAROTTA et al., 2002).
2.3 Emissões Otoacústicas e Efeito de Supressão das Emissões Otoacústicas As Emissões Otoacústicas (EOA) podem fornecer informações clínicas
sobre alterações envolvendo a função auditiva periférica ou central (MUSIEK et
al., 1994).
Alguns autores relatam que é possível avaliar a atividade do sistema
olivococlear de forma não invasiva, por meio das EOA (KOWALSKA e
KOTYLO, 2002; KHALFA et al., 2001).
Uma das principais vantagens das EOA é que sua presença indica que o
mecanismo de recepção pré-neural é capaz de responder ao som de qualquer
forma adequada (KEMP et al., 1990). As EOA são específicas e seletivas por
freqüência, sendo assim possível à obtenção de informações sobre as
diferentes partes da cóclea.
As emissões evocadas ocorrem em resposta à apresentação de um
estímulo acústico à orelha. As emissões otoacústicas transientes (EOAT) são
estimuladas por um som transiente, tal como o “click” ou "torn burst”; a
emissões por estímulo-frequência são estimuladas por um único e contínuo
tom puro; as EOA por produto de distorção são a resposta de dois tons puros
contínuos, separados em freqüência por uma diferença prescrita em hertz (Hz)
(LONSBURY-MARTIN, 1991).
Quando um som é apresentado na orelha ipsilateral ou contralateral,
causa um efeito de supressão na amplitude das EOA. Este procedimento avalia
a função e o status do feixe olivococlear, o qual faz parte do sistema auditivo
eferente (MUSIEK et al., 1994).
Segundo Hood et al. (1999), a supressão eferente das EOA é
caracterizada pela redução da amplitude das respostas e/ou pela mudança de
tempo e fase, e pode ser usada para avaliar a integridade das vias neurais de
uma cóclea para a outra (RYAN et al., 1991).
Alguns autores como Guinan Jr et al. (2003), afirmam que a diminuição
das respostas de EOA, na presença de ruído contralateral, ipsilateral ou
binaural, ocorre devido à ação das fibras do trato olicococlear medial (TOCM),
por meio de sinapses nas células ciliadas externas (CCE), atenuando o ganho
da amplificação coclear, e reduzindo a movimentação da membrana coclear,
modificando a amplitude de EOA.
As EOAT parecem ser mais susceptíveis à supressão contralateral
quando o estímulo supressor é menos intenso (RYAN e KEMP, 1996).
Giraud et al. (1997), concluíram que o sistema olivococlear medial tem
um papel na inteligibilidade de fala com ruído, por afetar as propriedades das
fibras auditivas, tal como na adaptação na faixa dinâmica, as quais podem
melhorar a codificação de sinais complexos, como a fala na presença de ruídos
ambientais, bem como melhorar pela ação das CCE, as quais podem modificar
as propriedades da membrana basilar, melhorando a resolução temporal. O
sistema olivococlear melhoraria a habilidade de divisão coclear de seguir a
flutuação rápida na amplitude, tal como aquela contida na fala em condições de
ruído.
O TOCM auxilia na percepção de fala no ruído, sugerindo a possível
participação das fibras cocleares eferentes na audição. As medidas
psicoacústicas podem ser utilizadas para avaliar as vias auditivas eferentes,
nos acasos em que não seja possível o registro das EOA (KUMAR e VANAJA,
2004).
3. Método
A pesquisa foi desenvolvida junto ao Laboratório de Investigação
Fonoaudiológica em Audição Humana no Centro de Docência e Pesquisa
(CDP) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Aprovada pela Comissão de Pesquisa do Departamento sob o protocolo
de número 73/2007. Os indivíduos participantes, bem como os responsáveis
pela pesquisa, assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido, no
qual constam informações acerca do estudo e os direitos dos sujeitos
participantes da pesquisa (Anexo1).
3.2 Casuística
O trabalho foi constituído por dois grupos de estudo, o Grupo
Experimental (GE) formado por 12 indivíduos que apresentam alteração do
processamento auditivo e Reflexo Acústico ausente e o Grupo Controle (GC)
formado por 15 indivíduos foi formado por indivíduos sem queixa de problemas
auditivos, escolares e/ou fonoaudiológicos. E ambos os grupos estão divididos
em orelhas.
Os indivíduos selecionados são crianças entre 7 e 14 anos, de ambos os
sexos. Todas as crianças apresentaram audição dentro dos padrões de
normalidade, confirmadas por audiometria tonal, logoaudiometria e
imitanciometria.
3.2.1 Critérios de Inclusão
O Grupo Experimental foi formado por indivíduos que se encaixaram nos
seguintes critérios de inclusão:
- Llimiares tonais até 15 dBNA nas freqüências de 500, 1000, 2000, 3000 e
4000 HZ e menores ou iguais a 20 dBNA nas freqüências de 250, 6000, 8000
HZ;
- Timpanometria com curva A bilateralmente;
- Ausência de reflexos acústicos;
3.3 Equipamentos
a) Otoscópio marca “Heine” para inspeção do meato acústico externo;
b) Audiômetro clínico GSI-61 – Grason Standler com dois canais
independentes, microprocessado e calibrado dentro dos padrões.
Equipado com fones Telephonics TDH 50P;
c) Analisador de Ouvido Médio GSI-33 Grason Standler Versão 2,
microprocessado para timpanometria e pesquisa de reflexos acústicos
estapedianos ipsilaterais;
d) Analisador de Emissões Cocleares ILO 92 (Otodynamics, London), com
dois canais, que incorpora os recursos ILO88-Versão 5.61,
possibilitando o registro das EOAT. Este equipamento esteve acoplado
a um microcomputador IBM, processador Pentium IV, monitor colorido;
e) Sonda utilizada na avaliação das EOAT para transmitir o estímulo B-
Type ILO OAE Probe (descrito por Kemp, Ryan e Bray, 1990).
3.4 Procedimentos
Foi realizada uma Anamnese com cada indivíduo. Em seguida, todos
foram submetidos à audiometria tonal, logoaudiometria e imitanciometria a uma
avaliação objetiva do Sistema Auditivo Periférico.
3.4.1 Procedimentos Específicos
1) Audiometria Tonal: foram determinados os limiares de audibilidade, por
via aérea, compreendendo a faixa de freqüência de 250 a 8000 Hz, e via
óssea, de 500 a 4000 Hz;
2) Logoaudiometria: foi realizado o índice de reconhecimento para a fala
(lista de palavras foneticamente balanceadas) e o limiar de
reconhecimento de fala (SRT);
3) Imitanciometria: pesquisa da complacência estática (timpanometria) e
pesquisa dos reflexos acústicos nas freqüências de 500Hz, 1KHz, 2KHz,
3KHz e 4KHz , na modalidade ipsilateral;
A avaliação objetiva do Sistema Auditivo Periférico:
4) EOAT: analisou a integridade da função coclear e descartou a
possibilidade de perdas auditivas sensorias. Foram consideradas como
critério de passa a presença de resposta superior a 3dB em 1 ou 1,5
KHz e superior a 6 dB em 2, 3 e 4 KHz com reprodutibilidade de
resposta maior do que 50% (Finitzo, Albright, O'neal, 1998).
5) Supressão das EOAT: O estímulo supressor que foi utilizado é White
Noise e enviado por uma sonda (ILO 92 General Probe) para a orelha
contralateral àquela que foi estimulada pelo clique. O nível de
intensidade de apresentação do ruído supressor foi de 60dBNPS, em
todos os registros com a presença do ruído contralateral. O estímulo
utilizado para a captação foi linear, pois apresenta 4 pulsos regulares de
mesma amplitude e polaridade. O clique linear favorece a verificação do
efeito de Supressão das EOAT, pois há possibilidade de avaliar a
resposta como um todo. O estímulo linear foi apresentado em nível de
intensidade inferior a 60-70 dB speak para evitar a contaminação da
resposta por artefatos (Hood et al 1996; Probst e Harris, 1997). Para a
captação do clique linear optou-se pelo modo convencional.
4. Resultados
Os resultados do presente estudo comparam ocorrências de respostas
normais e alteradas nos testes de Dicótico de Dissílabos Alternados (SSW),
Fala com Ruído, presença ou ausência de reflexos acústicos e Supressão das
EOAT.
Averiguamos que não existe relação e/ou associação estatisticamente
significante entre Supressão (isso para ambas as orelhas) e sexo (tabela1).
Tabela 1: Relação entre Supressão e Sexo
Supressão Feminino Masculino Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde %
OD Com 6 100% 11 73,3% 17 81,0%
0,160 Sem 0 0,0% 4 26,7% 4 19,0%
OE Com 4 66,7% 9 60,0% 13 61,9%
0,776 Sem 2 33,3% 6 40,0% 8 38,1%
Podemos observar que somente na freqüência de 4kHz da orelha
esquerda é que existe alguma relação e/ou associação estatisticamente
significante com o sexo (tabela 2) .
Tabela 2: Relação entre Reflexo e Sexo
Reflexo Feminino Masculino Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde %
OD 500Hz
Aus 0 0,0% 2 13,3% 2 9,5% 0,347
Pres 6 100% 13 86,7% 19 90,5%
OD 1kHz
Aus 0 0,0% 1 6,7% 1 4,8% 0,517
Pres 6 100% 14 93,3% 20 95,2%
OD 2kHz
Aus 0 0,0% 1 6,7% 1 4,8% 0,517
Pres 6 100% 14 93,3% 20 95,2%
OD 4kHz
Aus 2 33,3% 7 46,7% 9 42,9% 0,577
Pres 4 66,7% 8 53,3% 12 57,1%
OE 500Hz
Aus 0 0,0% 1 6,7% 1 4,8% 0,517
Pres 6 100% 14 93,3% 20 95,2% OE
4kHz Aus 1 16,7% 10 66,7% 11 52,4%
0,038* Pres 5 83,3% 5 33,3% 10 47,6%
Mas verificamos que não existe associação estatística entre as
respostas de SSW e Supressão, isso em ambas as orelhas (tabela 3 e 4).
Tabela 3: Relação entre SSW e Supressão na Orelha Direita
Sup - OD Com Sem Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde %
SSW - OD Alterado 11 64,7% 4 100% 15 71,4%
0,160 Normal 6 35,3% 0 0,0% 6 28,6%
SSW - OE Alterado 13 76,5% 4 100% 17 81,0%
0,281 Normal 4 23,5% 0 0,0% 4 19,0%
Tabela 4: Relação entre SSW e Supressão na Orelha Esquerda
Sup -OE Com Sem Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde %
SSW - OD Alterado 8 61,5% 7 87,5% 15 71,4%
0,201 Normal 5 38,5% 1 12,5% 6 28,6%
SSW - OE Alterado 10 76,9% 7 87,5% 17 81,0%
0,549 Normal 3 23,1% 1 12,5% 4 19,0%
Foram também estudados a relação e/ou associação entre Fala com
Ruído e Supressão nas orelhas, mas não foram observadas relações
estatisticamente significantes, ou seja, o resultado de Fala com Ruído
independe do resultado de Supressão (tabela 5 e 6).
Tabela 5: Relação entre Fala com Ruído e Supressão na Orelha Direita
Sup – OD Com Sem Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde %
Fala - OD Alterado 3 17,6% 0 0,0% 3 14,3%
0,364 Normal 14 82,4% 4 100% 18 85,7%
Fala - OE Alterado 3 17,6% 0 0,0% 3 14,3%
0,364 Normal 14 82,4% 4 100% 18 85,7%
Tabela 6: Relação entre Fala com Ruído e Supressão na Orelha Esquerda
Sup -OE Com Sem Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde %
Fala - OD Alterado 3 23,1% 0 0,0% 3 14,3%
0,142 Normal 10 76,9% 8 100% 18 85,7%
Fala - OE Alterado 3 23,1% 0 0,0% 3 14,3%
0,142 Normal 10 76,9% 8 100% 18 85,7%
O estudo verificou que existe relação estatisticamente significante entre
Supressão na orelha esquerda com Efeito de Ordem no SSW (tabela 7).
Tabela 7: Relação entre Supressão e SSW Ordem
SSW - Ordem Alto/Baixo Baixo/Alto Não Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde % Qtde %
Sup - OD Com 2 50,0% 8 88,9% 7 87,5% 17 81,0%
0,217 Sem 2 50,0% 1 11,1% 1 12,5% 4 19,0%
Sup -OE Com 3 75,0% 3 33,3% 7 87,5% 13 61,9%
0,060* Sem 1 25,0% 6 66,7% 1 12,5% 8 38,1%
Para finalizarmos, concluímos que não existe relação estatisticamente
significante entre Supressão com SSW Tipo A e Inversão (tabela 8 e 9). Porem,
na relação entre Supressão na orelha esquerda e SSW Tipo A, o p-valores é
muito próximo do limite de aceitação (5% acima do alfa escolhido de 7%), nós
podemos dizer que existe uma tendência à significância (associação
estatística) (tabela 8).
Tabela 8: Relação entre Supressão e SSW Tipo A
SSW - Tipo A Não Sim Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde %
Sup - OD Com 12 85,7% 5 71,4% 17 81,0%
0,432 Sem 2 14,3% 2 28,6% 4 19,0%
Sup -OE Com 7 50,0% 6 85,7% 13 61,9%
0,112# Sem 7 50,0% 1 14,3% 8 38,1%
Tabela 9: Relação entre Supressão e SSW Inversão
SSW - Inversão Não Sim Total
p-valor Qtde % Qtde % Qtde %
Sup - OD Com 9 75,0% 8 88,9% 17 81,0%
0,422 Sem 3 25,0% 1 11,1% 4 19,0%
Sup -OE Com 9 75,0% 4 44,4% 13 61,9%
0,154 Sem 3 25,0% 5 55,6% 8 38,1%
5. Discussão O presente estudo mostrou que houve diferença estatisticamente
significante entre a freqüência de 4kHz da orelha esquerda tem relação e/ou
associação estatisticamente significante com o sexo, mas não teve um
resultado estatisticamente significante quando relacionamos o sistema eferente
com o efeito de supressão das emissões otoacústicas. Este achado contra diz
com o que os autores Durante e Carvallo (2002), verificaram que o sistema
eferente medial está relacionado ao efeito de supressão das emissões
otoacústicas observado quando há a aplicação de ruído contralateral.
Porém autores como, Collet et al. (1990); Veuillet, Collet e Duclaux
(1991); Berlin et al. (1993), discutem que apesar da possibilidade de relação
entre o efeito de supressão com a ação da musculatura da orelha média, esta
relação esta dificilmente comprovada por estudos realizados. Tais estudos
demonstram que apesar de alguns sujeitos terem a musculatura do estapédio
removida ou disfunção do nervo facial, estes apresentam a supressão das
emissões otoacústicas.
Os resultados desta pesquisa permitiram concluir que houve diferença
estatisticamente significante entre o efeito de Supressão na orelha esquerda e
o Efeito de Ordem no SSW. Porém, a relação entre o efeito de Supressão na
orelha esquerda e Tipo A no SSW, o p-valor é muito próximo do limite de
aceitação, ou seja, pode-se dizer que existe uma tendência à significância
(associação estatística). Este achado está de acordo com os autores Carvallo e
Befi-Lopes (1998), que encontraram associação entre as alterações das provas
de processamento auditivo e ausência de supressão em crianças com
alteração no desenvolvimento de linguagem, sugerindo ausência do efeito
inibidor do sistema eferente.
Alguns autores como, Sanches et al. (2003) concluiu que a ocorrência
de supressão, mesmo com alteração de processamento auditivo, concorda
com o fato de que tais alterações nem sempre envolvem uma parte específica
do nervoso, como por exemplo, o sistema eferente. Entretanto essas
alterações se encontram no sistema auditivo (Pereira, 1993).
6. Conclusões
Frente ao exposto, concluímos que a ausência de reflexo não está
associada à Supressão das EOAT e a prova Fala com o Ruído. Porém existe
uma relação entre as alterações no SSW, como Efeito de Ordem, e a
Supressão das EOAs.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Nome do Paciente: ___________________________________________________________ RG : ______________________ Sexo : ____________________ Data Nascimento: ____/____/____ Endereço ___________________________________________________________________ Bairro: ______________________________ Cidade ________________________________ Cep: ____________________.Telefone: _________________________ Responsável Legal: ___________________________________________________________ Natureza (Grau De Parentesco, Tutor, Curador Etc.) ________________________________ RG : ______________________ Sexo : ____________________ Data Nascimento: ____/____/____ Pesquisadores Responsáveis : Fonoaudiólogas: Bianca Palandi e Pierina Prado Instituição: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo/ FMUSP
Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
1. Títulos dos estudos: Efeito do Sistema Auditivo Eferente na Audição Periférica Influência do Reflexo Acústico no Processamento Auditivo em Escolares
2. Propósito do estudos:
a) Verificar o Efeito da ativação do sistema auditivo eferente na supressão das Emissões Otoacústicas em escolares com diagnóstico de alteração do processamento auditivo associado à ausência ou presença de reflexos acústicos.
b) Verificar o desempenho em provas de reconhecimento de fala em escolares com diagnóstico de alteração do processamento auditivo associado à ausência ou presença de reflexos acústicos. Especificamente em provas envolvendo o reconhecimento de fala em tarefa dicótica de dissílabos alternados e reconhecimento de fala com ruído competitivo ipsilateral. 3. Procedimentos:
Em um primeiro momento, serei solicitado a realizar uma Anamnese. Em seguida a uma avaliação audiológica que é composta por quatro etapas. A primeira é a otoscopia, inspeção visual do ouvido, que irá verificar a presença de cera excessiva e/ou corpo estranho. A seguir será realizada a audiometria tonal para investigar o quanto eu ouço, sendo que serão apresentados apitos de diferentes volumes e tonalidades e será solicitado que eu levante a mão quando estiver ouvindo. A terceira etapa é a logoaudiometria, que irá verificar o nível mínimo que eu posso identificar um sinal de fala, sendo que será solicitado que eu repita palavras. A última etapa da avaliação audiológica é a imitanciometria, que investigará a presença de possíveis inflamações de ouvido, por meio da colocação de um plug parecido com fone de ouvido de Walkman e sem a necessidade de qualquer tipo de resposta. Nesse teste, eu sentirei uma leve pressão nos ouvidos, como quando descemos a serra, e ouvirei alguns apitos. Esta etapa terá a duração de 30 minutos.
Em seguida eu passarei por mais uma avaliação que é constituída de dois testes: teste de Fala com ruído branco, no qual eu serei solicitado a responder aos mesmos apitos, mas
agora com um ruído estimulando ao mesmo tempo e teste SSW, no qual serei solicitado a responder imitando quais foram os quatro estímulos interpostos que eu ouvi, sendo dois em cada orelha e a resposta tem que ser dada na seqüência correta.
Por fim, eu passarei por mais dois testes que são objetivos, ou seja, não demandam minha resposta e que verificam a audição periférica. Esses testes chamam-se Emissões Otoacústicas e Supressão das Emissões Otoacústicas. Neles, eu estarei dentro de uma cabina acústica com uma sonda parecida à usada anteriormente na Timpanometria, com duração de aproximadamente 15 minutos.
4. Riscos e desconfortos: Não existem riscos ou desconfortos associados com este projeto, embora eu possa experimentar alguma fadiga e/ou stress durante estes testes. O examinador fará tantas interrupções quanto eu desejar durante a sessão de testes. 5. Benefícios: Compreendo que não serei remunerada(o) financeiramente pela minha participação neste estudo. Entretanto, entendo que os resultados obtidos neste estudo podem ajudar os pesquisadores e os terapeutas a entenderem melhor e obterem mais dados para direcionamento e condução das terapias fonoaudiológicas. Eu serei beneficiado uma vez que passarei por uma avaliação completa da audição.
6. Direitos do participante: Eu entendo que se desejar posso me retirar deste estudo a qualquer momento, sem a necessidade de justificativa.
7. Confidencialidade: Tenho assegurado pelas pesquisadoras que, em nenhuma hipótese, a identidade de qualquer pessoa que participou deste estudo será revelada. Compreendo e autorizo que os resultados deste estudo, parcialmente ou na íntegra, componham o corpo da Monografia de Especialização das pesquisadoras e poderão ser publicados em revistas profissionais ou apresentados em congressos. 8. Contatos: Se tiver dúvidas, posso telefonar para Bianca Palandi (012) 3937-8711 / (012) 97039592 ou para Pierina Prado no telefone (011) 6693-5963 / (011) 7170-9953 a qualquer momento.
Eu compreendo meus direitos como sujeito de pesquisa e voluntariamente aceito
participar deste estudo. Compreendo sobre o que, como e porque este estudo está sendo feito.
Receberei uma cópia assinada deste formulário de consentimento.
Data
Assinatura do responsável
Fga. Bianca Brito Novaes Palandi Pesquisadora responsável
Fga. Pierina Paula Pesquisadora responsável
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