bhava: mostra de cinema indiano no rio de janeiro
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Entrevista a Carina Bini e Anada Jyothi, organizadores da mostra "Bhava", no Rio de Janeiro.TRANSCRIPT
l A fé faz tudo possível, e oamor faz tudo mais fácil. Afrase é o lema do indianoAnanda Jyothi, que vive emtrânsito entre o seu país e oRio, sempre acompanhadoda mulher, a roteirista brasi-leira Carina Bini, com quemtem dois filhos. Aqui, o casalfaz do Cosme Velho sua ba-se. Seu trabalho é intensifi-car o intercâmbio culturalentre os dois países, e partedesse esforço pode ser con-ferida na mostra “Bhava:universo do cinema india-no”, que segue até o dia 30,no Centro Cultural Banco doBrasil (CCBB), no Centro.
Jyothi pesquisou os prin-cipais estúdios de cinema daÍndia durante um ano e le-vou seis meses para fazer aseleção dos filmes que apre-senta no Rio. Ele buscou tra-zer o melhor de cada regiãode seu país para quebrar aimpressão de que a produ-ção cinematográfica da na-ção asiática se resume aBollywood.
— Temos tido um retornopositivo do público. Muitaspessoas demonstram sur-presa com o estilo dos fil-mes, bem diferente do queimaginavam — conta Jyothi.
Mais do que apresentarvalores, estéticas e caracte-rísticas de uma cultura mile-nar, o casal tenta estreitar arelação entre os dois países.Hoje, Carina e Jyothi promo-vem um debate no CCBB, apartir das 16h, sobre os ca-minhos de coproduções en-tre Brasil e Índia. Ela tam-bém trabalha no roteiro deum filme que tem como ce-nários cidades brasileiras eindianas.
O casal não se limita à di-vulgação de filmes estran-geiros. De 11 a 14 de janeiro,Carina e Jyothi realizarão amostra “Mudra: música edança da Índia”, também noCCBB. No evento, o públicopoderá conferir os sons pro-duzidos pela veena, um ins-trumento de cordas criadohá mais de cinco mil anos,mencionado em diversostextos sagrados indianos epresente em muitas escultu-ras espalhadas pelo país.
— Vivemos um momentomuito propício para esse in-tercâmbio. Contamos comum maior interesse tanto dopúblico quanto dos gover-nos — conta Carina.
Jyothi considera que os
povos brasileiro e indianotêm muitos pontos em co-mum e vê uma simpatia mú-tua. O produtor cultural,que também é músico, filó-sofo e astrólogo, já fez docu-mentários e planeja produ-zir um longa-metragem naÍndia em breve.
Um outro projeto de Jyo-thi representa um caminhoinverso ao que ele faz hoje.No ano que vem, ele e Carinadeverão realizar uma mos-tra de cinema brasileiro emterras indianas.
— O Brasil ainda não per-cebeu o tamanho do mer-
cado cultural que existe naÍndia. No meu país, há mui-ta vontade de conhecermelhor a produção cultu-ral dos brasileiros. Quere-mos matar um pouco dessavelha curiosidade — con-clui Jyothi , que fala portu-guês fluentemente.
O caminho daÍndia no RioCasal que tem o CosmeVelho como uma de suasbases organiza mostrasde cinema e música
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n ANANDA JYOTHI e Carina Bini: em busca de um maior intercâmbio cultural entre Brasil e Índia
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