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Entrevista & 145 Maio Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul BENS SERVIÇOS AGENDA DESTACA OS PROJETOS DE LEI MAIS IMPORTANTES PARA O COMÉRCIO LEGISLAÇÃO CRISTINA PALMAKA, PRESIDENTE DA SAP BRASIL, COMENTA AS TENDÊNCIAS DO MERCADO DE TECNOLOGIA NO BRASIL FINANÇAS Conheça os modelos de comissão para impulsionar as vendas NICHO Em tempos de home studio, estúdios de música precisam se reinventar PLANEJAMENTO Como empresárias se preparam para a licença-maternidade

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oRevista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

BENS SERVIÇOS

agenda destaca os projetos de lei mais importantes para o comércio

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Cristina palmaka, presidente da sap Brasil, Comenta as tendênCias do merCado de teCnologia no Brasil

fiNaNçaS Conheça os modelos de comissão para

impulsionar as vendas

Nicho em tempos de home studio, estúdios de música

precisam se reinventar

plaNEjamENto Como empresárias se preparam para

a licença-maternidade

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Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac

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luiz carlos bohn

Passos firmes e Posições claras

CoM o intuito de avançaR na defesa dos interesses do setor terciário da economia gaúcha, lançamos recentemente a Agenda Legislativa 2017. A publicação tem um caráter pioneiro: a edição inicial foi produzida em 2010, sendo a primeira Agenda Legislativa entre as federações do comércio no Brasil e entre as federações do Rio Grande do Sul.

A entrega do manifesto da entidade ocorreu em duas etapas. Primeiramente, foi junto à bancada gaúcha na Câmara dos Deputados, em Brasília, e num segundo momento, em so-lenidade na Assembleia Legislativa do Estado.

Ao divulgar o documento, ressaltamos o compromisso da Fecomércio-RS com a democracia e esperamos que a relação entre empresários e política seja cada vez mais construtiva e transparente. Além disso, mostramos que estamos de forma consistente ao lado do empreendedor do Estado.

O acompanhamento, a compreensão e o debate acerca das proposições legislativas estaduais e federais já se tornaram rotina nas comissões e conselhos da Fecomércio-

RS. Sabemos que a defesa dos interesses do comércio de bens e de serviços passa, necessariamente, pelas Casas do Poder Legislativo Municipal, Estadual e Federal.

O documento, disponível nos formatos impresso e online, traz os nossos posicionamentos sobre 86 proposições estaduais e federais, organizados de acordo com as bandeiras defendidas pela entidade. São elas: Gestão Pública Eficiente e Eficaz, Racionalização dos Tributos (simplificação do sistema de arrecadação), a Modernização da Relação Capital e Trabalho (fortalecimento das negociações coletivas e atualização da legislação trabalhista), a Formalização e Longevidade das Empresas e Educação de Qualidade.

Além das bandeiras, a agenda é um reflexo fiel à nossa missão – assegurar às empresas do setor terciário as melhores condições para gerar resultados sustentáveis – e à nossa visão – liderar as empresas do setor com reconhecida influência no desenvolvimento do Estado. Conheça mais sobre a publicação, seu objetivo e sua importância na reportagem especial deste mês.

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especial / legislação

revista bens & serviços / 145 / maio 2017

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agenda legislativa 2017

destaca projetos que

são acompanhados pela

fecomércio-rs nas esferas

estadual e federal, em nome

da defesa dos interesses do

setor. o documento deste

ano traz 32 proposições

estaduais e 54 federais

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finançasentrevista

interessados em impulsionar as

vendas, empresários devem se

fazer perguntas antes de escolher

um modelo de comissões

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presidente da sap Brasil, cristina

palmaka fala soBre nuvem,

internet das coisas e o mercado

Brasileiro de tecnologia

conheça a história e a evolução

da câmera fotográfica, um

equipamento que se transformou e

se tornou um item de uso diário

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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente

responsável da matéria-prima florestal.

Selo FSC

PubliCação mEnSal do SiStEma FEComérCio-rS FEdEração do ComérCio dE bEnS E dE SErviçoS do EStado do rio GrandE do Sulavenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre/rS – brasil

CEP 90030-142 / Fone: (51) 3284.2184 – Fax: (51) 3286.5677 www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]

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Presidente:luiz Carlos bohn

Vice-Presidentes: luiz antônio baptistella, andré luiz roncatto, levino luiz Crestani, ademir José da Costa, alécio lângaro ughini, arno Gleisner

(licenciado), diogo Ferri Chamun, Edson luis da Cunha, Flávio José Gomes, Francisco José Franceschi, ibrahim mahmud, itamar tadeu barboza da Silva,

ivanir antônio Gasparin, João Francisco micelli vieira, Joel vieira dadda, leonardo Ely Schreiner, marcio Henrique vicenti aguilar, moacyr Schukster, nelson

lídio nunes, ronaldo Sielichow, Sadi João donazzolo,Júlio ricardo andriguetto mottin, Zildo de marchi, leonides Freddi, Paulo roberto diehl Kruse, adair

umberto mussoi, élvio renato ranzi, manuel Suarez, Gilberto José Cremonese, ivo José Zaffari

diretores: Walter Seewald, Jorge ludwig Wagner, antonio trevisan, Carlos Cezar Schneider, Celso Canísio müller, Cladir olimpio bono, daniel amadio,

davi treichel, denério rosales neumann, denis Pizzato, dinah Knack (licenciada), Eduardo luiz Stangherlin, Eduardo luís Slomp, Eider vieira Silveira, Elenir luiz bonetto, Ernesto alberto Kochhann, élio João Quatrin, Gerson nunes

lopes, Gilberto aiolfi, Gilmar tadeu bazanella, Giraldo João Sandri, Guido José thiele, isabel Cristina vidal ineu, Jaucílio lopes domingues, João antonio

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odil Gomes de Castro, ary Costa de Souza, Carina becker Köche, Carlos alberto Graff, Celso Fontana, Cezar augusto Gehm, Clori bettin dos Santos, daniel miguelito de lima, daniel Schneider da Silva, Eliane Hermes rhoden, Elvio morceli Palma, Erselino achylles Zottis, Flávia Pérez Chaves, Francisco

amaral, Gilda lúcia Zandoná, Henrique José Gerhardt, Jamel Younes, Jarbas luff Knorr, Jolar Paulo Spanenberg, José lúcio Faraco, Jovino antônio demari, leomar rehbein, luciano Francisco Herzog, luiz Carlos brum, marcelo Soares reinaldo (licenciado), marco aurélio Ferreira, miguel Francisco Cieslik, nasser mahmud Samhan, ramão duarte de Souza Pereira, reinaldo antonio Girardi,

régis luiz Feldmann, ricardo Pedro Klein, Sérgio José abreu neves, valdir appelt, valdo dutra alves nunes, vianei Cezar Pasa

conselho Fiscal: luiz roque Schwertner, milton Gomes ribeiro, Hildo luiz Cossio, nelson Keiber Faleiro, Susana Gladys Coward Fogliatto

delegados rePresentantes cnc: luiz Carlos bohn, Zildo de marchi, andré luiz roncatto, ivo José Zaffari

conselho editorial: Júlio ricardo andriguetto mottin, luiz Carlos bohn e Zildo de marchi

assessoria de comunicação: aline Guterres, Camila barth, Caroline Santos, Catiúcia ruas, Fernanda romagnoli, liziane de Castro, Juliana borba e

Simone barañano

coordenação editorial: Simone barañano

Produção e eXecução: temática Publicações

edição: Fernanda reche (mtb 9474)

rePortagem: Cláudia boff, diego Castro, laura Schenkel e ludmila Cafarate

colaboração: Edgar vasques, Flávio obino Filho, laís albuquerque, nathália Cardoso, nathália lemes, Paulo ancona e rafael Pandolfo

edição de arte: Silvio ribeiro

reVisão: Flávio dotti Cesa

imagem de caPa: ©iStock.com/ajfilgud

tiragem: 21,1 mil exemplares

é permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do veículo.

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Sobre / Humildade

Palavra do Presidente

Notícias & Negócios

Ambiente

10 Passos / Home office

Opinião

Entrevista

Sindicato

Planejamento

Especial / legislação

Saiba Mais

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AindA que umA boA AutoestimA sejA importAnte pArA

se mAnter combAtivo e AtuAlizAdo no mundo dos

negócios, A humildAde é fundAmentAl pArA estAr

fortAlecido. este conceito compreende não ApenAs

deixAr de AcreditAr que é melhor do que os outros,

mAs entender que todos merecem respeito e o

mesmo trAtAmento – do ceo Ao mAnobristA. AliAdA à

gentilezA, A humildAde Abre portAs e sensibilizA todos,

promovendo um Ambiente de trAbAlho produtivo

Humildade não é pensar menos de você, mas pensar menos em você. “

C. S. LewiS Escritor britânico ”“Agora, para que ficar reclaman-do? Temos muito mais a agradecer do que a reclamar. É fundamental nos lembrarmos, a toda hora, da grande oportunidade que é o fato de estarmos vivos e agrade-cer por isso. Mais do que posses ou títulos, o tempo que passa-

mos numa convivência de amor é o que dá sentido à existência. Uma pessoa virtuosa é aquela que, dentre todas as virtudes, cultiva a que considero ser a essencial: a humildade. Uma pessoa humilde tem desejo pelo quê? Pelo momento, pela vida, por fazer o bem; qualquer coisa pode ser boa. A humildade é a virtude para todas as horas.”

ian MeCLer, no livro Palavras de Poder, organizado por Lauro Henriques Jr.

“Ser humilde é não ser

arrogante e prepotente. Ser

humilde tem uma correlação

com a simplicidade criativa e

a modéstia para alcançar a

sabedoria espiritual. Devemos

pensar grande, porém com

humildade para tratar todos que convivem ao nosso

redor com igualdade e respeito. Aonde você quer

chegar? Lembre que só com humildade e disciplina

você terá a chance de chegar ao topo. Não adianta

querer sucesso e ser o homem mais rico do Brasil se

esquecer de praticar a arte da humildade.”

DaviD PorteS, empreendedor e ex-camelô,

comanda as empresas Talk About, Agência D!Marketing, AD POP e

Investcomm, e é palestrante há 15 anos

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Brasileiros acreditam que o turismo deve ser mais Bem exploradoA população brasileira acredita que o país deve aproveitar melhor seu patrimônio histórico para alavancar o setor de turismo. Esse é um dado apontado na pesquisa realizada para o Ministério do Turismo para medir a percepção dos brasileiros sobre o setor. Foram entrevistadas 2.002 pes-soas acima dos 16 anos em todas as regiões do país. O estudo indica que oito em cada dez brasileiros analisam o potencial turístico do Brasil como médio para muito alto, mas 59,8% afirmam que ele não bem é aproveita-

do. Mesmo assim, 79,7% dizem que passariam as próximas fé-rias em destinos nacionais. Os principais benefícios do turis-mo apontados são a impulsão da economia, com 59%, e a ge-ração de empregos, com 27,4%. A pesquisa sondou o meio de transporte favorito: 33,1% pre-ferem ônibus, contra 33% do avião e 32,6% para carro.

Projeção de juros no fim de

2017 cAi PArA 8,5% O Boletim Focus

voltou a reduzir a expectativa para a

taxa básica de juros no final deste ano.

Os especialistas consultados apontaram

aceleração do ritmo de corte da Selic

e projetam a inflação abaixo de 4,5%

em 2018. Segundo o levantamento, a

perspectiva é de redução de 1 ponto

percentual da Selic. Depois dos dois

cortes seguidos de 0,25 ponto percen-

tual e de outros dois de 0,75 ponto, a

taxa básica de juros chegou a 12,25%.

Para o fim deste ano, os especialistas

passaram a ver a Selic a 8,50%, ante

8,75% na última apuração. Para o ano

que vem, a projeção da Selic permane-

ce a mesma: ficará em 8,50%.

©iStock.com/Filipe Frazão

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espaço sindical

subsede GlorinhA inAuGurA Prédio PróPrio

Foi inaugurado em 20 de março o prédio pró-

prio da Subsede Glorinha do Sindilojas Gravataí.

A unidade vai operar junto com a Escola do

Varejo do Sindilojas e serão mantidas também

as parcerias com a Fecomércio-RS.

novA diretoriA nA Acisb de são borjA

A posse da nova diretoria da Associação

Comercial e Industrial de São Borja (Acisb) para

2017/2019 ocorreu em 31 de março, no Clube

Comercial. Quem ficou à frente da entidade foi

o empresário Wolmi de Oliveira.

sindilojAs PAsso fundo discute PermA-

nênciA do boe O Sindilojas Passo Fundo

participou de reunião realizada pelo Batalhão

de Operações Especiais (BOE) Passo Fundo.

O BOE divulgou que não é verdade a suposta

mudança do núcleo para Caxias do Sul.

A instalação do batalhão na cidade faz parte

de um projeto tático para o combate da crimi-

nalidade na região.

cAfé com ideiAs no sindilojAs noroeste

Representantes de empresas do comércio e

da indústria de Ijuí se reuniram para a edição

de abril do Café com Ideias. Foi apresentado o

projeto Comércio Facilitado, ferramenta dispo-

nibilizada às empresas da região para ingressa-

rem no comércio eletrônico.

terceirizAção em debAte Na reunião-jantar

de abril do Sindilojas Caxias do Sul, o consultor

trabalhista e sindical da Fecomércio-RS, Flávio

Obino Filho, abordou sobre o histórico de leis

referentes à terceirização. O evento trouxe a

todos uma maior compreensão sobre as con-

sequências para o varejo.

ldo de 2018 não corriGirá tAbelA do imPosto de rendA

O governo federal anunciou que o projeto da Lei de Diretrizes Orça-

mentárias (LDO) de 2018 até o momento não prevê correção da

tabela do Imposto de Renda (IR). Segundo o Ministério da Fazenda,

ainda que o governo decida corrigir a tabela no próximo ano, a deci-

são terá efeito apenas sobre as receitas da União em 2019, quando

é feita a Declaração de Ajuste com base nos rendimentos de 2018.

A Fazenda afirmou ainda que não há decisão sobre a correção da

tabela do Imposto de Renda sobre os rendimentos de 2017, que

serão declarados em 2018.

três passos sedia o primeiro Giro pelo rio Grande do anoA primeira edição do Giro Pelo Rio Grande do ano ocorreu em Três Passos, no dia 18 de abril. Os especialistas presentes trataram sobre te-mas como as reformas tributária, trabalhista e previdenciária. Promo-vido pela Fecomércio-RS, o evento ocorreu nos pavilhões da 14ª Feira de Exposição Industrial Comercial e Agropecuária de Três Passos (Fei-cap) e reuniu cerca de 100 pessoas. O consultor Rafael Borin explanou sobre a reforma tributária; a trabalhista foi o tema da palestra do con-

sultor Flávio Obino Filho, e o consultor Marcelo Portugal teve a missão de falar sobre a reforma previdenciária. Além de explicarem como essas mudanças ocorrerão, eles apresentaram dados, informações e os prós e contras das re-formas. O próximo encontro ocorrerá em Camaquã, em 16 de maio.

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Bid recomenda livre comércio na américa latina e cariBeo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere para a América Latina e o Caribe integrar seu comércio regional com a cria-ção de uma área de Livre Comércio da América Latina e Caribe (LA-CFTA). O potencial apontado é de US$ 5 trilhões, representando 7% do Produto Interno Bruto (PIB) global. O Banco sugere que essa inte-gração aumentaria as exportações e estimularia as empresas a serem mais produtivas. Conforme cálculos do BID, as exportações entre os países cresceriam 9% com a área de livre comércio. Para a organiza-ção, a Aliança do Pacífico, que reúne Chile, Peru, Colômbia e México, pode servir de modelo para um eventual tratado de integração.

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três perGuntas

Fernando Schuler é doutor

em filosofia pela Universidade

Federal do Rio Grande do

Sul (UFRGS) e pós-doutor pela

Columbia University. É professor

do Insper e curador do Projeto

Fronteiras do Pensamento, que

se inicia em 15 de maio.

QuAl o objetivo do fronteirAs do PensAmento?

O sentido é oferecer espaço para o debate de ideias.

Ele surgiu em Porto Alegre, em 2006, em um diálogo

com Luis Fernando Cirne Lime. Nós já vínhamos orga-

nizando uma série de debates em torno do projeto

Metamorfoses da Cultura Contemporânea e decidi-

mos que era o momento de sistematizá-los e buscar

um público mais amplo. A primeira palestra foi dada

pelo historiador americano Paul Kannedy, e hoje já são

quase 300 conferências nacionais e internacionais.

o Que é A democrAtizAção do conhecimento?

Os intelectuais perderam a condição de “porta-vozes”

da cultura. Milhões de pessoas expressam suas visões

de mundo na internet. A tecnologia democratizou o

exercício da opinião e permitiu um acesso inédito à

informação. Temos visto a crescente radicalização po-

lítica e invasão da esfera privada da vida no universo

público. Há o que veio a se chamar de “pós-verdade”,

e há um quadro crescente de banalização do debate

público e de perda de confiança nas instituições. A de-

mocracia vive um tempo difícil e tudo isto requer uma

renovação em nosso repertório de ideias.

QuAl A ProPostA do fronteirAs do PensAmento

neste Ano? Em 2017 o debate é sobre civilização e

quais os valores que pautam a nossa sociedade. Há

um mal-estar atual que brota de vários lugares. A crise

dos refugiados, por exemplo, tem testado os valores de

tolerância e respeito à diversidade na Europa. Um de-

bate bastante complexo, que diz respeito a questões

de identidade cultural e direitos humanos.

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Governo estuda incentivar o uso racional de enerGia

A Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) aponta que as grandes redes varejistas de vestuário no Brasil estão trabalhando seus estoques de maneira mais cautelosa neste outono/inverno. A fragilidade da economia e as incertezas em relação às perspectivas meteorológicas sobre a intensi-dade do frio em 2017 foram as razões para o maior cuidado. A maioria das lojas do país estão com estoques similares aos do mesmo período do ano passado, aponta a entidade. As coleções outono/inverno possuem produtos de maior valor agregado que demoraram para vender em 2016, em razão das temperaturas ainda elevadas em abril. O que ajudou nas vendas no ano passado foram as frentes frias de junho, que aumentaram a demanda e impulsionaram os resulta-dos do segundo trimestre. Entretanto, a Abvtex afirma que os números em vendas em março de 2017 foram melhores do que em 2016.

o Ministério de Minas e Ener-gia informou que está estudando fazer campanhas de conscienti-zação para a população sobre a economia e o uso consciente da energia. A falta de chuva do se-gundo semestre do ano é a princi-pal razão para a campanha, pois a

estiagem deve aumentar o acionamento de usinas termelétri-cas, o que pode gerar aumento nos custos da operação do siste-ma elétrico. Consequentemente, isso faria o valor das contas de energia aumentarem em todo o país. O assunto foi debatido na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). No evento foi formado um grupo de trabalho para analisar as condições de fornecimento de energia no Brasil. O grupo terá ainda a missão de definir ferramentas e maneiras de intensifi-car a divulgação do uso consciente para a população.

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cautela no estoque da temporada outono/inverno

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nike lAnçA cAmPAnhA Promovendo A iGuAldAde de Gêneros

No início de 2017, a Assembleia Federal da Rússia (Duma) descriminalizou a violência doméstica no país nos casos em que não houve agressão física grave e que não ocor-reram mais de uma vez ao ano. A medida causou polêmica em todo o mundo e ser-viu de inspiração para uma campanha da marca de produtos para atletas Nike. Com duração de dois minutos, o anúncio mostra uma menina cantando para um seleto público a canção infantil russa Do que as garotas são feitas?. Mas em vez de cantar que as mulheres são feitas de flores e fofoca, como a letra original fala, ela reforça que o feminino também é sinônimo de garra, força, luta, independência, dignidade e determinação. Durante o longa, diversas mulheres atletas de esportes como patinação, ginástica olímpica, skate e futebol surgem em meio à plateia e encorajam a garotinha a continuar cantando sobre do que realmente as mulheres são feitas.

Branding

dívidas dos países emerGentes cheGam a us$ 56 trilhõessegundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF), as dívidas totais dos países emergentes saltaram para US$ 56 trilhões ao final de 2016. Isso representa um valor 3,5 vezes acima do que era há dez anos (US$ 16 trilhões). Em relação ao Pro-duto Interno Bruto (PIB), os passivos aumentaram de 146% para 215%. Ao apro-veitarem as taxas baixas de juros no mercado internacional para captar recursos, as empresas não financeiras acabaram ajudando a aumentar esse número. Gran-de parte desse valor foi obtido em moeda local. A parcela em moeda estrangeira vem crescendo, chegando a 30% do PIB dos países emergentes. As dívidas em dó-lar e demais moedas internacionais foram maiores em países da América Latina, Turquia e na África do Sul.

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bAncos bAtem recorde em

reneGociAção As renegociações

nas dívidas de empréstimo

aumentaram no Brasil. De acordo

com o Banco Central, o saldo de

empréstimos que tiveram suas

condições modificadas chegou

a R$ 416 bilhões no fim de 2016.

Isso representa alta de 37% ao

ano, um recorde que significa 13%

do saldo total de crédito no país.

Em 2015, esse valor havia sido

encerrado em R$ 3,1

trilhões. Nesses valores estão

incluídos os refinanciamentos

convencionais e as operações

reestruturadas (quando o banco

abre mão dos juros e também

de parte do valor principal). Para

as instituições financeiras, as

renegociações são uma boa

estratégia. Em meio à crise,

essas operações auxiliaram na

contenção da alta nos índices

de inadimplência. O BC aponta

que a taxa de financiamentos em

atraso fechou 2016 em 3,7%, o

que representa um aumento de

apenas 0,3% em relação ao valor

registrado um ano antes.

tecnoloGia é apontada como principal causa de queda de saláriosum estudo recente do Fundo Monetário Internacional (FMI) indica que os avanços tecnológicos são a maior razão da renda cada vez mais baixa dos trabalhadores. En-tre 1991 e 2014, a fatia de salário nacional que permanece com o trabalhador caiu em 29 dos 50 países com as maiores economias do mundo, e, segundo a análise, o avanço

rápido da tecnologia de informação e comunicação ace-lerou a automação de tarefas de rotina. Anteriormente o FMI já alertou sobre a ameaça representada pelo uso cada vez mais crescente de robôs. Os economistas do Fundo destacam como prováveis implicações negativas a piora na distribuição de renda e a queda de oportuni-dades de emprego. A descoberta do FMI auxilia os eco-nomistas no debate sobre quem é o culpado por décadas de crescimento lento nos salários.

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ambiente

têm papéis importantes para o sucesso da logística reversa, um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305/10. Essa legislação é um conjunto de ações, proce-dimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a resti-tuição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para rea-proveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Assinado em novembro de 2014, o acordo setorial para a implantação do sistema de Logística Reversa de lâmpadas está sendo desenvolvido de forma nacional. Para buscar agir

Fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores

ecomércio-rS diSponibiliza

cartilha para auxiliar

lojiStaS e conSumidoreS em

relação ao que muda com

a implantação da logíStica

reverSa de lâmpadaS neSte ano

F

Novas regras para o descarte

das lâmpadas

©istock.com/aoosthuizen

Por Laura schenkel

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de forma mais rápida, o Rio Grande do Sul se antecipou e esta-beleceu a Resolução 333/2016, do Conselho Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul, que dispõe sobre o descarte e destinação final de lâmpadas inservíveis contendo mercúrio no Estado, que entra em vigor na metade do ano.

De acordo com Mário Kolberg Soares, engenheiro químico e técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henri-que Luís Roessler (Fepam), a designação do termo “lâmpadas inservíveis” é conferida para as chamadas lâmpadas queima-das, que não têm mais uso. “São produtos que foram compra-dos para satisfazer uma necessidade (produzir iluminação), e que a partir do final da sua vida útil (não mais iluminam) tornam-se resíduos perigosos, que não servem mais e que precisam ser descartados de forma a assegurar a não conta-minação ambiental e evitar prejuízos à saúde”, explica.

Para auxiliar lojistas e consumidores sobre o que muda na prática com a implantação da logística reversa de lâm-padas, a Fecomércio-RS lançou em março uma cartilha, em versão online, que pode ser acessada pelo site da Federação, na aba “Publicações”. O documento esclarece dúvidas sobre qual é o compromisso do consumidor e qual o do lojista no descarte das lâmpadas fluorescentes de vapor de Sódio e mercúrio e de luz mista.

O acordo setorial prevê que 20% dessas lâmpadas sejam recolhidas via sistema de logística reversa. “Considerando os danos à saúde, no entanto, o desafio é atingir bem mais do que esse percentual”, ressalta Adriane Moraes, da asses-soria técnica do comitê de sustentabilidade da Fecomércio-RS. “O modelo de logística reversa estabelecido no acordo setorial contempla a criação de uma entidade gestora, que é uma associação sem fins lucrativos com a responsabilida-de de estabelecer um sistema de logística reversa de lâm-padas e outros produtos de iluminação descartados. Neste caso, a Reciclus (associação criada para a logística reversa de lâmpadas) assume este importante papel de viabilizar a coleta do material ao final de seu uso e sua destinação final ambientalmente adequada”, complementa. As responsabili-dades dessa entidade gestora estão estabelecidas no acordo setorial, no qual está prevista a implantação dos pontos de coleta, com a disponibilização de contêineres e dispositivos adequados para armazenamento de lâmpadas inservíveis, contratação de transporte e descontaminação das mesmas e disposição final ambientalmente adequada.

Considerando que a logística reversa é um instrumen-to de responsabilidades compartilhadas, é importante que cada um saiba o seu papel. De acordo com a assessora técni-ca, os comerciantes deverão exibir, em local visível, infor-mação de que o estabelecimento recolhe esses resíduos ou indicar o ponto de entrega alternativo, além de promover campanhas educativas e de conscientização sobre o tema à população. Sendo ponto de coleta, deverão seguir as res-ponsabilidades e organizar um local apropriado, conforme descrito na resolução.

Os consumidores são outra etapa importante do pro-cesso, pois deverão entregar as lâmpadas inservíveis con-tendo mercúrio aos estabelecimentos que comercializam esses produtos, constituídos em pontos de entrega, explica a assessora da Fecomércio-RS. “As lâmpadas inservíveis devem ser entregues acondicionadas, preferencialmen-te, nas embalagens de origem ou em caixas, garantindo a sua integridade. As lâmpadas devem ser mantidas intactas como forma de evitar o vazamento de substâncias tóxicas, até que sejam processadas.” O destino final do produto é uma unidade de processamento, para reaproveitamento dos componentes presentes a serem segregados (vidro, alumínio e mercúrio, entre outros).

daNos à saúde

O metilmercúrio está presente nas lâmpadas fluores-centes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista. Entre os efeitos provenientes da intoxicação por me-tilmercúrio estão:

sistema nervoso – tremores, perturbações da visão e audi-

ção, insônia, dor de cabeça, alteração na personalidade

e comportamento com perda de memória, irritabilidade,

timidez e nervosismo, excitabilidade aumentada.

cardiovascular – enfarte de miocárdio, doença coronária.

pulmões – bronquite aguda e corrosiva,

pneumonites intersticiais.

em grávidas, o metilmercúrio pode ultrapassar a placenta

e afeta o feto com o dobro de efeito do ocorrido em um

adulto, possivelmente levando a um aborto.

contaminações mais elevadas levam à morte, se não

houver tratamento adequado.

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os Home officeHome office

Labuta no conforto

do Lar

E m um primeiro momento, trabalhar em casa parece ser simples. mas

olhando atentamente, é mais difícil do que parece. o home office

é uma modalidade que vem ganhando cada vez mais espaço nas

corporações, mas que requer disciplina e organização

O cOnceitO

Trabalhar no conforto do próprio lar é o sonho de muitas pessoas. Por isso, o home office vem se

popularizando cada vez mais e ganhando vários adeptos. Se levarmos ao pé da letra, nada mais

é do que a modalidade de se trabalhar em casa. Mas ela pode ser traduzida de maneira mais

ampla. Tawan Pimentel, sócio-fundador da HOM, empresa especializada em trabalho a distância,

define o termo assim: “Qualquer tipo de trabalho executado em casa ou qualquer outro local por

parte ou por toda semana com tempo flexível, utilizando comunicação e tecnologia”.

cOmO cOmeçar?

No início, é preciso entender que esse modelo de trabalho exige um pouco mais de disciplina.

Além disso, conseguir um espaço adequado e se possível exclusivo para o home office

também é importante. Os equipamentos e serviços possuem muita relevância, e devem ser

planejados de acordo com as necessidades do trabalho a ser executado. Para Pimentel,

implantar o modelo não é difícil, desde que as peculiaridades da modalidade sejam estudadas

e colocadas em prática de forma estruturada. “Seguindo essas dicas, grande parte dos

problemas com produtividade, horários e organização é solucionada”, explica.

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Home office

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Home office

entenda as dificuldades

A maior dificuldade mapeada pela HOM é entender que fazer home office é como um dia

normal de trabalho. A única diferença é estar em casa. É preciso se organizar, trabalhar em um

local adequado e manter o foco dentro da jornada estabelecida. Pimentel aponta que alguns

dos principais erros das pessoas é trabalhar em horários alternativos, que às vezes nem são

produtivos ou permitidos pela empresa, distrair-se com televisão e internet e trabalhar na cama

ou no sofá, o que pode ocasionar problemas de ergonomia, por exemplo.

HOme Office: O mOdelO dO futurO?

Com o crescimento dessa modalidade, tanto os trabalhadores quanto as empresas devem olhar

para ela com mais atenção. Pimental acredita que o home office se tornará ainda mais comum

em breve, principalmente com as novas gerações que estão entrando no mercado de trabalho.

“As empresas que apostarem o quanto antes nesse modelo podem ter vantagens expressivas em

relação aos concorrentes dentro de poucos anos”, sugere. Além disso, a prática é bem vista por

auxiliar na melhora da mobilidade urbana sem requerer grandes investimentos.

estar presente é diferente de estar dispOnível

Essa frase resume como separar a vida pessoal e a profissional quando se trabalha em casa.

Pimentel explica que aqueles que convivem no mesmo lar precisam entender que o home office é

como mais um dia normal de trabalho – não é porque a pessoa está em casa que ela pode deixar

o trabalho de lado. Os trabalhadores remotos também precisam respeitar a sua jornada laboral,

com disciplina para manter uma rotina de trabalho, separando-a da rotina pessoal.

cOnHeça as vantagens

Segundo Tawan Pimentel, as vantagens para quem faz home office são um equilíbrio maior entre

a vida pessoal e profissional, economia nos custos de deslocamento, diminuição do estresse e

doenças, aumento da autonomia e flexibilidade, contribuição no autodesenvolvimento profissional

e pessoal e aumento da produtividade. Já para as empresas, o profissional aponta que os

colaboradores ficam mais motivados e menos cansados, há melhora do clima organizacional e na

na gestão (por resultados), diminui o índice de absenteísmo, gera economia com otimização de

espaços e diminuição dos custos fixos, melhora a acessibilidade e aumenta a sustentabilidade.

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Home office10 passos

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invista em treinamentOs

Ao apostar no home office, as empresas precisam saber que não basta entregar um notebook

e um celular para os colaboradores para trabalhar de casa. “É preciso investir também em

consultorias especializadas, treinamentos, comunicação e tecnologia. Dessa forma, o processo

de transição se torna mais rápido, natural e seguro”, explica Pimentel. Além disso, o profissional

afirma que é preciso levar em consideração o perfil de cada pessoa, pois há quem não se

adapte ao modelo e prefira trabalhar no escritório. Começar o home office gradualmente, por

exemplo, torna a adaptação mais fácil e natural.

crie uma rOtina de trabalHO

Para conseguir criar uma rotina, Tawan Pimentel indica: “Faça tudo como se fosse sair

de casa para trabalhar no escritório. Dê meia volta e trabalhe de casa”. Outro fator

importante é a disciplina. Mantenha os mesmos horários para acordar e trabalhar e não

trabalhe de pijama, por exemplo. Assim você mantém a rotina e ainda garante vantagens

como acordar mais tarde, ter tempo para fazer atividade física e não perder horas com

deslocamentos, pois já estará em sua casa.

Quem pOde apOstar nesse mOdelO?

As empresas costumam se questionar sobre quais trabalhadores podem trabalhar de casa. Tawan

Pimentel explica que se o colaborador não precisa estar na empresa para exercer sua função,

ele pode trabalhar remotamente. Isso significa que em uma fábrica isso seria difícil, por exemplo.

Mas o profissional alerta que há outros casos a serem avaliados, como aqueles que envolvem a

segurança da informação. “Empresas e departamentos de tecnologia, marketing, RH, jurídico e

administrativo possuem maior facilidade para o modelo de home office. As multinacionais, por já

trabalharem de forma global, também costumam se adaptar bem”, explica.

cuidadO cOm O isOlamentO

Como culturalmente o brasileiro é bastante sociável no trabalho, ficar sem interagir com uma

equipe pode gerar o sentimento de solidão, o que impacta na produtividade. Pensando nisso,

a HOM utiliza o conceito “Faça rodízio de pessoas, não de carros”. A ideia é que as pessoas

possam trabalhar até três dias remotamente e os demais dias na empresa. É uma boa dica,

pois assim as pessoas se desgastam menos com deslocamentos e as empresas podem reduzir

custos apostando em escritórios rotativos.

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2016 foi um ano atípico não apenas pelos aspectos da crise, decorrente não so-mente de aspectos internos, como também de um exaurimento do atual modelo eco-nômico mundial. Esperamos que 2017 seja melhor. Porém, para algumas coisas não há mais volta. Esse é o caso das mudanças e da velocidade com que acontecem.

As mudanças de cenário irão continuar ano após ano, até que se chegue em um novo patamar entre as empresas, modelos de gestão, tecnologia e os consumidores. Todos os envolvidos estão inseridos numa roda-viva, queiram ou não, e é importante que entendam o que se passa ao redor, independentemente de suas vontades.

A economia compartilhada não é tomar algo emprestado de forma gratuita nem fornecer algo de graça, mas sim consumir algo em conjunto com outras pessoas ou empresas, sejam produtos ou serviços, ou simplesmente “vivências ou experiências” novas de consumo, de lazer ou de facilidades. Esqueça o fato de que sempre haverá um “dono” ou a “posse” de algo. Pelo contrário! A economia compartilhada visa ao coletivo, à divisão,

ao uso conjunto, à economia e à redução de custos e despesas.

Isso é bom? Para quem se vale desse conceito, sim. Mas para as empresas que deixarão de vender e de serem proprietárias de “coisas e situações”, não, pelo menos até que passem a participar dessa nova realidade. Muitas não sobreviverão, pois lhes faltarão o conceito, a cultura, o modelo, ou ainda por terem seus produtos e serviços atropelados pelo novo.

Exemplos de negócios de economia compartilhada que podem atropelar os negócios são os espaços de coworking. Em breve, teremos compartilhamento de equipes de trabalho ou estruturas, o uso comum de suportes e serviços para logística, serviços de telefonia, serviços bancários, o uso de veículos nas cidades, de reúso de equipamentos e assim por diante.

O mundo dos negócios está suportado por paradigmas que estão sendo literalmente destruídos. Ninguém pergunta se “isso pode”, pede permissão. Simplesmente age sem esperar respostas. As realidades desse novo mundo estão à porta.

Paulo anconaSócio-fundador da Vecchi ancona – inteligência Estratégica

SUA EMPRESA NA ECONOMIA

COMPARTILHADA

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Cristina Palmaka

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O prOmissOr mercadO da tecnOlOgia

O que é O prOcessO de transfOrmaçãO digital den-

trO da sap Brasil? quais sãO as OpOrtunidades que

essa tecnOlOgia traz? A transformação digital, hoje, é o caminho obrigatório para as empresas que queiram se manter competitivas. Estudos importantes mostram que o uso mais intensivo de tecnologias digitais pode repre-sentar um acréscimo significativo no PIB das economias globais – no caso brasileiro, de cerca de 97 bilhões de dólares até 2020, ou um aumento anual de 0,5% sobre o crescimento projetado. E esses resultados são fundamen-tais para alavancar o crescimento que todos desejamos para o Brasil. A SAP tem como missão principal propor-cionar as ferramentas mais avançadas para empresas de todos os portes trilharem esse caminho de transforma-ção digital. Internamente, a própria empresa incorpo-

rou os mais modernos processos e soluções de negócios. Externamente, a empresa, hoje, é a grande fornecedora de soluções para gestão de empreendimentos, sobretudo baseadas na nuvem, para mais de 25 tipos de indústrias e serviços públicos e privados, de todos os portes. O cres-cimento que temos alcançado – 3 dígitos no último ano, relativos a vendas de soluções para nuvem – aponta para o acerto da empresa na aposta em tecnologias avança-das como Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), big data, Blockchain, Machine Learning, tendências dominan-tes no cenário mundial. As soluções da SAP baseadas em Internet das Coisas, por exemplo, aliadas a ferramentas analíticas e de big data, já beneficiam setores variados como agricultura, saúde, transportes, portos e, até mes-mo, a prevenção de enchentes em grandes cidades.

ristina Palmaka começou a trabalhar aos 16 anos, como estagiária na

PhiliPs. graduada em ciências contábeis e com Pós-graduação e mba

Pela Fundação getulio Vargas e extensão Pela uniVersidade do texas,

trabalhou na hP e na saP brasil. aPós um Período na microsoFt, retornou

à saP Para assumir o cargo de Presidente da subsidiária brasileira em

2013. na entreVista a seguir, ela Fala sobre transFormação digital no

brasil, internet das coisas, nuVem e tendências do mercado de trabalho

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qual é O papel dO laBOratóriO instaladO em sãO leOpOl-

dO para a sap Brasil? A SAP Labs Latin America é o primeiro e único centro de desenvolvimento de aplicações e serviços de suporte da SAP na América Latina. Foi inaugurada há dez anos e está comprometida em disponibilizar, no país, solu-ções que tornem a gestão pública e privada mais eficiente e transparente e em ajudar a elevar a competitividade do Brasil no cenário global. É o sétimo maior Centro de Inovação da SAP e um dos que mais têm crescido entre os 19 mantidos em todo o mundo. O SAP Labs tem mais de 860 colaboradores, focados em pesquisa, desenvolvimento de soluções para no-vas áreas de negócios e suporte das soluções da multinacional para o Brasil e também para toda a América Latina e países de outros continentes. Investe ainda constantemente na conso-lidação da região como polo de alta tecnologia. a sap Brasil investe em pesquisa sOBre internet das cOisas.

cOmO é O prOjetO que está sendO desenvOlvidO para a

stara, de nãO-me-tOque (rs)? O trabalho conjunto entre a SAP e a Stara, uma das maiores fabricantes de máquinas agrícolas do país, é um case do sucesso e benefícios pro-porcionados por soluções baseadas em Internet das Coisas. O trabalho desenvolvido pela parceria da empresa com o SAP Labs Latin America produziu o protótipo de uma solução ca-paz de monitorar as atividades da fazenda em tempo real, de qualquer lugar. Com os dados de telemetria transmitidos pe-los sensores para o SAP Hana Cloud Platform, foi possível mo-nitorar as atividades previstas para cada parte da plantação,

usando uma interface simples, e integrar as informações dos dados obtidos com os sistemas de gestão da SAP. Desta forma, o agricultor pode monitorar online e em tempo real os pro-cessos de plantios (como quantidade de sementes), de prepa-ro, adubação e correção do solo, pulverização e colheita, e os dados podem ser integrados ao sistema de gestão da fazenda. Também é possível acompanhar metas de trabalho definidas no planejamento da safra; reduzir perdas com o transpasse (plantio de áreas que já foram semeadas) e aprimorar o ge-renciamento de performance dos operadores de máquinas. Os testes mostraram um aumento de 100% na confiabilidade dos dados e de 100% na velocidade da informação para a to-mada de decisão.

cOmO está O mercadO de tecnOlOgia nO Brasil? A onda tecnológica que abrange o uso de avançadas soluções e fer-ramentas como IoT, nuvem, inteligência artificial, que já dominam a cena mundial e constituem tendências defini-tivas para o desenvolvimento de produtos e serviços, ainda não atingiu todo o seu potencial no Brasil. Mas tem alcan-çado setores fundamentais para o desenvolvimento econô-mico, como o da agricultura, cujos resultados comprovam largamente os benefícios dos investimentos direcionados à

Cristina Palmaka

“A onda tecnológica que abrange o uso de avançadas soluções e ferramentas como

IoT, nuvem e inteligência artificial, que já dominam a cena mundial e constituem

tendências definitivas para o desenvolvimento de produtos e serviços, ainda não atingiu todo

o seu potencial no Brasil.”

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transformação digital. A evolução tecnológica do agronegó-cio, que está abraçando esses modernos sistemas baseados em plataformas disruptivas como IoT, big data e analytics, hospedadas cada vez mais na nuvem, onde usufruem de se-gurança, rapidez e flexibilidade, tem gerado alta competiti-vidade e crescimento econômico, proporcionando um signi-ficativo impacto social. O cenário é promissor, porque essas tecnologias estão quebrando barreiras dos setores mais resistentes graças a resultados rápidos e concretos que im-pulsionam velozmente os resultados econômicos das mais diversas áreas de negócios, públicos e privados. apesar da crise nO país, a sap Brasil registrOu cresci-

mentO de três dígitOs cOm a receita tOtal de vendas de

cloud, O que cOntriBuiu para a receita glOBal recOrde

dO negóciO de nuvem da empresa em 2016. a que vOcê

atriBui esse desempenhO? Além de termos um portfólio amplo e tecnologicamente seguro e avançado para nuvem, nossas equipes de consultores sabem entender e formular soluções adequadas para mais de 25 tipos de indústrias e serviços de empresas de todos os portes. Além disso, a SAP se beneficia do cenário atual, amplamente favorável para a adoção da nuvem. Empresas de todos os segmentos estão in-teressadas em adotar a nuvem em função da conveniência, economia de custos e manutenção, além da facilidade de in-

“As modernas expectativas e necessidades da força de trabalho da Geração Y exigem mudanças nos planos de remunerações, na

tecnologia dos colaboradores, aumento do investimento em

treinamento, investimentos em tecnologia de RH.”

tegração e atualização das ferramentas. As previsões para a nuvem são extremamente positivas para os próximos anos. Um estudo da IDC, por exemplo, aponta que esse mercado, mundialmente, deve dobrar até 2019. a OxfOrd ecOnOmics e a sap prOduziram em cOnjuntO a

pesquisa A ForçA de TrAbAlho em 2020. qual será a nOva

face dO traBalhO? A pesquisa aponta que grandes mudan-ças estão chegando ao mercado de trabalho e também trans-formações na natureza do emprego. O mesmo acontece com a composição do quadro de mão de obra. A entrada da ge-ração Millennial, a globalização e as mudanças sociais au-mentam a diversidade de colaboradores. A tendência-chave revelada pelo estudo é a de que a força de trabalho em 2020 será cada vez mais flexível, tendo em vista o aumento da popularidade das alternativas às relações trabalhistas tradi-cionais entre empregadores e empregados. Para gerenciar, compreender e acomodar essas mudanças, será essencial que as empresas adotem uma abordagem de RH mais estra-tégica e se equipem com as ferramentas tecnológicas cer-tas de gestão do capital humano. As modernas expectativas e necessidades da força de trabalho da Geração Y exigem mudanças nos planos de remunerações, na tecnologia dos colaboradores, aumento do investimento em treinamento, investimentos em tecnologia de RH.

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sindicato

Em busca da autossustEntabilidadE

foi fundada a Associação de Empresas Eletrônicas Autorizadas (Ageea). A partir de seu trabalho e do desenvolvimento e implantação de novas tec-nologias no Estado e da vontade de ampliar e representar toda a categoria, independentemente da forma de trabalho ou do porte da empresa, surgiu a necessidade de uma nova entidade. “Precisávamos de uma maior abrangência entre os prestadores de serviços que faziam parte da associação e aqueles que não eram autorizados”, conta Rogério Fonseca, sócio-fundador do Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Eletro-Eletrônicos do RS (Sindat-RS).

O sindicato foi fundado em 13 de abril de 1993, tendo como base territorial o Estado do Rio Grande do Sul. A sua história está costurada à atuação de Fonseca, que esteve na presidência de 1999 a 2007 e retornou à função em 2014 para a atual gestão, que se encerra em 2018. Isso quer dizer que, dos 24 anos de atuação da entidade sindical, em 11 ele esta-va em seu comando.

Uma das principais contribuições do sindicato foi o desen-volvimento da união da categoria. “Os integrantes passaram a conversar, trocar experiências e auxiliar no trabalho diário,

Na década de 80, mais precisameNte em 27 de abril de 1987,

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agregando valor e conhecimento aos negócios”, lembra. No período de 1999 a 2008, foram realizados cursos de atualiza-ção e de formação em eletrônico básica, com foco na necessi-dade de aperfeiçoamento da categoria. Em 2011, foi compra-da a nova sede do sindicato, onde a instituição funciona até hoje, na rua Professor Annes Dias, no centro de Porto Alegre.

Sua principal bandeira é atuar na defesa dos interesses dos representados com ética e independência. Neste senti-do, a entidade participa com o Sistema Fecomércio-RS de mobilizações junto a deputados e vereadores, como no po-sicionamento contrário à aprovação do piso regional 2017, uma vez que o reajuste eleva os custos da atividade econô-mica no território gaúcho, desestimulando o crescimento e afastando os novos investimentos.

Atualmente, o sindicato representa mais de 6 mil empresas em 490 municípios, das quais 20 são associadas. Aproximada-mente 80% são pequenas e médias. São diversas as categorias profissionais representadas pela entidade (veja no quadro ao lado). “O Sindat-RS iniciou com um grupo específico de ele-trônicas e refrigeração. Após alguns anos fomos registrando a entrada de empresas de segurança eletrônica, automotivo e, nos últimos anos, o ingresso de empresas de informática, que hoje formam a maioria do cadastro”, conta Fonseca.

As metas da atual gestão estão atreladas ao que se proje-ta para o futuro do sindicato. “Nosso objetivo é alcançar 100 sócios até o final desta gestão e adquirir uma subsede no in-terior do Estado. A ideia é aumentar o número de associados para tornar o Sindat-RS autossustentável”, pontua Fonseca.

Para este ano, o líder prevê chamar novos associados para integrarem a diretoria e firmar os convênios necessá-rios. “Nosso principal objetivo é aumento do quadro social. O questionamento maior dos empresários se refere aos pro-dutos e serviços que temos para oferecer que sejam atrativos para motivar a associatividade. Por isso, temos feito convê-nios em diversos segmentos e instituímos um serviço que tem sido bastante utilizado pelos filiados, que são consultas de assessoria jurídica”, reitera o presidente. Entre outros benefícios, a entidade disponibiliza cursos de gestão, pro-pondo novas alternativas, e de aperfeiçoamento técnico.

A diretoria está trabalhando para atualizar o texto do código de ética da entidade, criado em 1994 no intuito de disseminar diretrizes básicas necessárias para melhorar a imagem dos eletroeletrônicos junto à sociedade. Em termos

de responsabilidade social, destaca-se a atenção ao lixo ele-trônico. Foram realizadas diversas reuniões de discussão sobre o assunto, que segue na pauta dos dirigentes. “Por tratar-se de um tema que está regulamentado pelo gover-no, toda a nossa movimentação perante a sociedade deve ser muito clara, sem ferir a lei nem os interesses dos nossos representados. Outra preocupação é com a destinação do material, de modo que seja feita sem gerar custos à catego-ria”, afirma o presidente, que planeja lançar uma campanha voltada ao lixo eletrônico.

catEGoRias PRoFissionais

O Sindat-RS epresenta em sua base estadual as em-presas prestadoras de serviços que atuam na instala-ção, manutenção e conserto de:

equipamentos de som, áudio e vídeo

televisores/telas

som e vídeo automotivos

câmaras/filmadoras

Videogames

eletrodomésticos em geral

equipamentos de segurança

porteiros eletrônicos

equipamentos contra incêndio

circuitos internos

refrigeradores/freezers

climatização/Ventilação/aquecimento

informática/hardware

redes/cabeamento (infraestrutura)

computadores

impressoras/copiadoras

telefonia em geral (fixa e móvel)

montagens de som, áudio e vídeo

aparelhos hospitalares de alta precisão (eletromedicina)

luminosos/quadro de comando/placas

aparelhos e instrumentos de medição

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planejamento

é uma preocupação para a maioria dos empresários. Se a preparação para as férias muitas vezes já é difícil, como fazem as empresárias que estão grávidas, e ainda por cima, tocam o empreendimento sozinhas, sem sócios para dividir as tarefas? Quem é funcionária de uma empresa tem direito a pelo menos 4 meses de licença, com afastamento integral da atividade, mas e a empresária?

“Geralmente, mesmo sem sócios, as empresárias têm al-guém de confiança, com quem podem contar durante a li-cença-maternidade”, conta Rose Russowski, diretora do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina da consultoria LHH. “Esta pessoa passa a assumir o dia a dia da empresa no momento em que a empresária sai de licença. Esta é a situação mais

QualQuer período maior de afastamento dos negócios

ão há fórmulas prontas nem

para a maternidade nem para a

gestão de uma empresa. o certo

é que, quando os dois caminhos

se cruzam, o planejamento se

torna ainda mais importante

para as empresárias

nBeBê a Bordo

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recomendada, pois a outra pessoa conhece o funcionamento do negócio”, recomenda.

Em sua primeira gravidez, Ana Paula Grison, proprietária e professora da Idiomas Four, em Canoas, ficou apenas 15 dias afastada de sua escola, pois teve mudanças no quadro de fun-cionários. A experiência a ajudou a planejar a segunda gravi-dez. “Por mais que eu consiga ficar mais tempo longe, sempre existe alguma mudança no quadro de funcionários, especial-mente no de professores. Farei da mesma forma como foi com meu primeiro filho: quando for muito necessário que eu vá até a escola, volto com uma babá que irá ficar na escola comi-go, tomando conta do bebê”, revela.

Já Roberta Marinho, responsável pela loja de roupas da Mariños Estética e Moda Feminina, se planejou para ir uma vez por semana ao local de trabalho. “Fiquei afastada da loja apenas dez dias. Após esse período, eu trabalhava todas as sextas-feiras, na parte da tarde. Assim fui voltando gradati-vamente”, conta a empresária, mãe de Benício, de oito meses. “Entre o real e o ideal há uma grande diferença. Se eu pudesse ficaria afastada por um ano, para me dedicar exclusivamente à maternidade”, acrescenta.

Possíveis caminhos

As diferentes soluções – que incluem home office, contra-tar alguém temporário ou empresa terceirizada para assumir parte das tarefas, destacar alguém da própria equipe, anteci-par decisões estratégicas, visitas semanais à empresa – devem ser analisadas caso a caso. “Vai depender muito do negócio dessa empresária: prestação de serviços, vendas, alimenta-ção, consultoria”, comenta Rose. No caso de destacar alguém para orientar a operação do dia a dia, podem ser feitos infor-mes semanais ou quinzenais sobre as vendas, os projetos e questões com clientes. Neste caso, aponta a diretora, a ques-tão é a mulher estar confortável com quem deixará à frente da operação e entender que cada pessoa tem uma forma de trabalhar. “É preciso delegar e confiar”, orienta.

O planejamento é fundamental e deve começar assim que a mulher descobre que está grávida. Questões que en-volvem prazos devem ser acertadas de antemão para que a gestora possa sair e deixar o mínimo de pendências. Já quem é muito ativa sente uma grande diferença na rotina do pós-parto, quando deve ficar mais tempo em casa e com

menos interação profissional e mais interação familiar. Se-gundo Rose, isso pode gerar um desgaste emocional e um sentimento de subaproveitamento que muitas profissionais chegam a referir como um medo de ficar obsoleta ou desco-nectada do mercado. “É bom lembrar que cada uma tem o seu ritmo, rede de apoio, e, sobretudo, os bebês são sempre muito diferentes entre si. O mais importante é se planejar, mas saber que a partir do nascimento muita coisa poderá ser reavaliada e os planos podem mudar. A dica é não se cobrar demais tentando se encaixar naquele plano inicial. Cada uma tem o seu tempo e ritmo para retomada de sua carreira e negócios.”

Roberta planejou a gestação, fazendo uma programação de em quais meses ela poderia engravidar, pois não poderia estar fora da loja nos meses de novembro e dezembro. Ela descartou contratar alguém para o seu lugar. “A minha função mexe di-retamente com o financeiro da empresa, então precisaria de alguém de muita confiança, o que não é simples de encontrar. Haveria um aumento considerável nos custos operacionais, le-vando em conta salário e impostos”, argumenta.

Marinheira de segunda viagem, Ana Paula sabe que cada criança é diferente e que o planejamento pode ser alterado se o Gael não se adaptar tão bem como o irmão mais velho, San-tiago. “É preciso ter a consciência de que não vai ser fácil. Ter uma boa estrutura familiar é fundamental. É preciso um bom preparo psicológico também porque tu não vais conseguir ter dedicação exclusiva ao teu filho como mães que são funcioná-rias e têm licença de quatro meses ou até de seis. Eu não. Tenho o filho e a escola para cuidar, 24 horas por dia. É uma responsa-bilidade bem grande, que pesa no psicológico”, reflete.

opções

De acordo com Rose Russowski, as diferentes op-ções para as empresárias que serão mães variam de acordo com a área e o tipo de empreendimento:

o mais comum é as mães empresárias tirarem licenças cur-

tas, de até 2 ou 3 meses.

em alguns casos, em 10 ou 15 dias elas voltam a trabalhar

em meio turno.

em outros, suspendem o trabalho por um prazo determinado,

avisando clientes e antecipando pedidos e projetos.

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AgendA LegisLAtivA chegA à sextA edição reunindo 86 projetos

que impActAm diretAmente o setor de bens, serviços e turismo.

Ao Longo do Ano, A Fecomércio-rs FAz o AcompAnhAmento

dAs proposições em âmbitos estAduAL e FederALAdo povo brasileiro, que encontra em seus repre-

sentantes uma maneira de garantir força e legitimidade em suas reivindicações. Como forma de contribuir com o processo legislativo, a Fecomércio-RS vem participando ao longo de sua trajetória de discussões importantes para o Estado, em âmbitos federal e estadual, como as Refor-mas Trabalhista e da Previdência, e o fim de pagamento de subsídios a ex-governadores, entre outros projetos. Por meio do acompanhamento constante de projetos em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, mantém-se em constante diálogo com parlamentares e lideranças, de forma a contribuir com proposições e su-gestões de mudanças em textos já existentes, deixando

A lutA por direitos e interesses fAz pArte dA históriA

Legis

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Em dEfEsa do sEtor tErciário

texto Cláudia Boff

imagem de abertura ©istock.com/Ajfilgud

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claro o seu posicionamento em assuntos de interesse do setor. Como resultado desse trabalho, organiza desde 2010 um documento próprio: a Agenda Legislativa. “A cada edição dela, temos a responsabilidade de apresentar avanços no trabalho da Federação na defesa dos interes-ses do setor terciário da economia gaúcha. O acompanha-mento, a compreensão e o debate acerca das proposições legislativas estaduais e federais já se tornaram rotina nas comissões e conselhos da entidade”, afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. A publicação chega à sua sexta edição trazendo um compilado de 86 proje-tos que impactam diretamente o funcionamento dos 112 sindicatos patronais ligados à entidade. Eles representam mais de 570 mil estabelecimentos do comércio de bens,

serviços e turismo, que geram cerca de 1,6 milhão de em-pregos formais no Estado.

A Fecomércio-RS foi a primeira entidade empresarial do país a criar um impresso de caráter democrático sobre o tema, sendo pioneira também no Estado na elaboração e divulgação de um documento com sua opinião e contribui-ções legislativas. O objetivo da Agenda, segundo Bohn, é dar transparência aos posicionamentos tomados pela Federação na defesa dos interesses do setor: “Essas proposições produ-zem impactos diretos no funcionamento das empresas re-presentadas pela entidade”. Neste ano, o documento traz 32 proposições estaduais e 54 federais, abrangendo temas rele-vantes para os empresários e que repercutem no cotidiano de suas atividades. A publicação foi dividida em três gran-

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des temáticas, diretamente relacionadas ao que é defendido pela Fecomércio-RS – presentes em seu planejamento estra-tégico. O eixo de Gestão Pública tem relação com a bandeira de Gestão Pública Eficiente e Eficaz. Já Sistema o Tributário está associado à Racionalização dos Tributos, enquanto Le-gislação Trabalhista está ligado à Modernização da Relação Capital e Trabalho. Por fim, as Relações de Consumo têm li-gação com a Formalização e Longevidade das Empresas.

Divulgação Da 6ª eDição

Parlamentares da bancada federal gaúcha tiveram acesso à Agenda Legislativa 2017 durante um café da ma-nhã realizado em 15 de março, no restaurante escola do Senac, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O lança-mento da publicação, já consolidada no calendário po-lítico, contou com a presença de 13 deputados e um se-nador, além de vice-presidentes da Federação. “Teremos um ano de muito trabalho pela frente, com a oportunida-de das reformas tão aguardadas pela sociedade”, afirmou Bohn. Para o presidente do Sescon-RS e vice-presidente da Fecomércio-RS, Diogo Chamum, a Agenda “é um traba-lho bem fundado, muito técnico, feito a várias mãos, que representa bem o olhar da Fecomércio-RS nas necessida-des percebidas”.

O documento também conta com o apoio da Confede-ração Nacional do Comércio (CNC), que realiza encontros

periódicos com representantes da assessoria legislativa, além da troca de informações com as federações regio-nais, sobre pautas de interesse conjuntos. “Agradecemos a iniciativa da Fecomércio-RS no sentido de promover uma agenda legislativa que contempla assuntos em âm-bito nacional, possibilitando que possamos estreitar o re-lacionamento com os parlamentares, em especial a ban-cada gaúcha. Esse evento foi muito importante para essa aproximação, agregando muito valor”, afirma o chefe da Assessoria Legislativa da CNC, Roberto Veloso.

Segundo ele, há vários projetos da Agenda Legislativa gaúcha em que a Confederação tem interesse e com os quais está em consonância, como a Reforma Trabalhista

agenda Legislativa 2017 foi lançada em 15

de março na Câmara dos deputados

projetos em Debate

conFirA ALgumAs proposições

presentes nA AgendA LegisLAtivA 2017

que representAm o posicionAmento

dA Fecomércio-rs em projetos

em trAmitAção nA AssembLeiA

LegisLAtivA do rio grAnde do suL e do

congresso nAcionAL

reLações de ConsumoPL 10/2011: determina que as latas de bebidas comerciali-

zadas no estado possuam selo higiênico na superfície onde

o consumidor tenha contato bucal com a lata. em caso de

bebidas industrializadas fora do estado, que não possuam o

selo higiênico, a responsabilidade pela colocação do selo é

das empresas distribuidoras.

posicionamento: contrário ao projeto, por entender que, além

de transferir uma obrigação dos fabricantes para os distribui-

dores, a obrigação referida não garante aos consumidores

as condições sanitárias adequadas, considerando que no

percurso entre a indústria e as distribuidoras esses produtos

estarão expostos a diversos agentes de contaminação.

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e o redirecionamento das contribuições sociais do Sesc e do Senac para uma nova estrutura formada pela Confede-ração Nacional da Saúde. “Essas matérias são primordiais para o bom andamento da sociedade e da boa relação ca-pital/trabalho. Elas constam no sistema da Rede Nacional de Assessorias Legislativas (Renaleges), formada por sete federações nacionais e 27 estaduais”, explica Veloso.

Em Porto Alegre, 20 deputados conheceram a Agenda em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa Gaú-cha, em 22 de março. Na oportunidade, Bohn destacou que, nos municípios, a Federação incentiva os sindicatos a estarem cada vez mais próximos das prefeituras e das câmaras de vereadores, participando ativamente da to-mada de decisões locais.

De acordo com o presidente, os posicionamentos ado-tados nessa edição da publicação são resultados do traba-lho da diretoria da Federação nas Comissões e Conselhos da entidade. “Eles fazem a análise das proposições legis-lativas e sugerem posicionamentos que são avaliados em um colegiado maior. Caso o posicionamento seja aceito por toda a diretoria e acatado pelo presidente, ele passa a fazer parte da publicação”, descreve.

Como a Fecomércio-RS atua de maneira sistêmica com a CNC e os sindicatos filiados, ele reforça que o documen-to reflete a opinião do Sistema no RS. Ao longo do ano, representantes da Federação fazem o monitoramento das proposições presentes na Agenda Legislativa. Além do

acompanhamento da tramitação dos projetos, a entidade também articula a realização da ação parlamentar junto aos políticos envolvidos, visando à aprovação, modifica-ção ou rejeição das propostas.

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A cada edição da Agenda Legislativa, temos a

responsabilidade de apresentar avanços no trabalho da Federação na defesa dos interesses do setor terciário da economia gaúcha.

”“

luiz carlos bohn

presidente da fecomércio-rs

PL 116/2011: dispõe sobre a vedação de cobrança de taxa

por emissão de carnê ou boleto bancário no âmbito do

estado do rio Grande do sul.

posicionamento: divergente, por entender que a proposição

elimina a possibilidade de clientes e empresas acordarem

sobre quais as condições que as partes desejam celebrar

em contrato. As empresas, em geral, já disponibilizam aos

consumidores diversos meios alternativos de pagamento de

contas que substituem o tradicional “carnê”, que por muitos

anos foi a única maneira de os consumidores comparem

por crédito, buscando adequar-se ao dia a dia dos clientes.

no entanto, todos os meios têm seus custos operacionais.

portanto, ainda que o projeto pretenda isentar a cobrança

de boleto aos cidadãos, os custos seriam inevitavelmente

repassados ao consumidor final, diminuindo a transparên-

cia das relações contratuais.

PL173/2015: pede a obrigatoriedade de instalação de

salas de apoio à amamentação materna em empresas

privadas localizadas no estado do rio Grande do sul.

determina que as empresas que contratem mulheres,

sob qualquer forma, deverão instalar salas de apoio à

amamentação para extração e armazenagem de leite

materno durante o horário expediente.

posicionamento: contrário à proposição, por dois motivos

principais. o primeiro é o vício de constitucionalidade,

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Direitos e reformas

Um dos projetos apoiados pela entidade é o que acaba com o pagamento de subsídios a ex-governadores do Estado. “A grave situação fiscal do Rio Grande do Sul não comporta mais benefícios desta ordem”, salienta o presidente da Feco-mércio-RS. Além disso, ganha o aval da entidade a proposta que exige a realização de plebiscito para a criação de empre-sas públicas. “Há um desequilíbrio na Constituição do Estado, uma vez que exige a realização de plebiscito para a extinção de empresas estatais ou sociedades de economia mista, mas não faz a mesma exigência para a criação”, argumenta Bohn.

O presidente diz que o Poder Legislativo Estadual no Bra-sil é constitucionalmente limitado, e isso traz reflexos à vi-sibilidade parlamentar. “Como os deputados estaduais têm dificuldades em dar publicidade ao seu trabalho, é comum realizarem proposições que visam a estabelecer regras às relações de consumo, que são facilmente percebidas pelos eleitores”, expõe. Por isso, na maioria dos casos, segundo ele, as proposições presentes na Agenda Legislativa 2017 já são reguladas por lei federal, ou impõem obrigações às em-presas. “Há diversas proposições na Assembleia gaúcha que podem parecer positivas aos consumidores, mas, na prática, se forem aprovadas trarão apenas incrementos nos custos ou responsabilização indevida às empresas, como a obriga-toriedade de instalação de salas de apoio à amamentação materna em empresas privadas”, exemplifica.

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Já o Poder Legislativo Nacional, conforme o presidente, dispõe de maior amplitude de prerrogativas, tratando dos grandes temas nacionais. “Neste ano, a Câmara dos Depu-tados e o Congresso Nacional estão engajados em reformas importantes para toda a sociedade, como a trabalhista e da Previdência, que podem produzir mudanças significativas no ambiente de que as empresas dispõem para se desenvol-ver e assim gerar resultados positivos e sustentáveis”, argu-menta. Além disso, ele lembra que no âmbito federal trami-tam em maior quantidade proposições que tratam de temas relacionados à gestão pública, como é o caso do fim do foro privilegiado – uma das bandeiras da Fecomércio-RS.

pois a competência para legislar sobre matéria trabalhista é

exclusiva da união. Mas o mais importante é a questão da

razoabilidade do projeto. enquanto a lei federal, que já regra

o assunto, exige salas de amamentação às empresas com

mais de 30 mulheres trabalhando, o projeto de lei estadual

impõe esta obrigação a todas as empresas do estado do

rio Grande do sul, impossível de ser cumprida por milhares

de empresas que não possuem estrutura física ou financeira

para manter as salas de apoio.

gestão PúbLiCaPeC 470/2005 e PeC 10/2013: ambas as proposições tra-

tam sobre o fim do foro privilegiado. A primeira extingue o

apresentação da agenda 2017 se deu na

assembleia Legislativa em 22 de março

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A Agenda Legislativa 2017 possui matérias primordiais para o

bom andamento da sociedade e da boa relação

capital/trabalho.”“

roberto veloso

Chefe da Assessoria legislativa da CnC

mento. Outro fator positivo apontado pelo presidente é a aproximação de lideranças políticas. “Eles se tornaram mais próximos da entidade, procurando a Casa para apre-sentar e debater suas proposições.”

benefício para deputados federais e senadores; a segunda

extingue o foro privilegiado por prerrogativa de função nos

casos de crimes comuns.

posicionamento: apoio às duas propostas, por entender

que o foro privilegiado é um benefício injustificável, e sua

extinção representa uma sociedade mais justa, com maior

equidade de direitos e deveres.

sistema tributárioPeC 123/2015: veda a instituição e o aumento de tributos

por um período de quatro anos.

posicionamento: convergente a esta proposição, por entender

que a carga tributária brasileira já atingiu o limite do suportável

para a população brasileira. nos últimos 20 anos, a carga

tributária, que era de aproximadamente 20% do piB, cresceu

para 36%, sem que a qualidade dos serviços prestados pelo

estado tenha melhorado na mesma proporção.

PeC 140/2015: reinstitui a CpMf para custeio da

previdência social.

posicionamento: de oposição ao retorno da CpMf, por ser

contrária ao aumento da carga tributária, e também pela

experiência negativa de sua utilização em períodos ante-

riores. Mesmo com a vigência da contribuição, os serviços

de saúde pública a que ela se propunha a financiar não

tiveram melhora.

muitas conquistas

De acordo com Bohn, o retorno das cinco edições ante-riores da Agenda Legislativa foi positivo. “Temos um per-centual de 86% das tomadas de decisão, por parte das Casas Legislativas, de acordo com os posicionamentos da entida-de”, avalia. Esse percentual, segundo ele, é medido anual-mente, a cada votação de projeto elencado na publicação, tendo pouca variação desde o início deste trabalho. “Isso significa que nossos posicionamentos são compreendidos e, em grande medida, acatados pelo setor político.”

No âmbito federal, Veloso acredita que o resultado das ar-ticulações referentes à publicação de 2016 chega a 70%. “Na sessão legislativa anterior, que contempla os projetos fede-rais do ano passado, tivemos mais vitórias do que derrotas, ação desde a obstrução de votações, aprovações de sugestões até mudanças no conteúdo de textos ruins”, informa.

O pioneirismo e a periodicidade da Agenda Legislati-va, conforme Bohn, têm rendido ótimos resultados para a defesa de interesses do setor terciário da economia. “Muitos deles, apesar de positivos, não são mensuráveis. No entanto, é possível notar um aumento da relevância da opinião da Fecomércio-RS junto ao setor político, que valoriza a transparência de posicionamentos fornecida pela publicação”, analisa. Segundo ele, há relatos de par-lamentares que admitem orientar seus votos a partir dos posicionamentos apresentados pela entidade nesse docu-

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maismais & menos

Varejo / Compra de vestuário muda de perfil

a recessão dos últimos anos no país tem feito os brasilei-ros refrearem o seu consu-mo em geral – e o mercado de têxteis e vestuário foi um dos mais atingidos. De acordo com o Estudo de Comportamen-to de Compra do Consumidor de Vestuário, do Iemi Inteligência de Mercado, o país caiu de um

volume de vendas de 6,5 bilhões de peças, em 2014, para 5,8 bilhões em 2016. Entre quem adquiriu novas peças de roupas recentemente, houve a diminui-ção de 3,3 peças para 3, uma redução que beira os 10%. Contudo, o tíquete médio, valor gasto por compra, subiu em 25%, uma vez que a média de R$ 237 em compras passou para R$ 299. Enquanto em 2014 o atendimento era fator decisivo na hora das compras de itens de vestuário, em 2016, o que mais pu-xou as compras foram as ofertas de preços baixos, item mencionado por 34% dos entrevistados. Além disso, 52% dos consumidores relatam que as marcas continuam decisivas na escolha do produto, índice que se manteve em relação à pré-crise. A compra também deve atrair o consumidor, de maneira que pro-dutos básicos são preteridos em relação aos diferenciados e inovadores, que possuam apelos mais jovem, despojado, diferente, sexy ou romântico.

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CulturaPesquisa da GFK revela que 53%

dos brasileiros leem livros diariamente

ou ao menos uma vez por semana.

A média global fechou em 59% dos

entrevistados declarando serem leitores

recorrentes. Dividindo por gênero, na

média mundial, 32% das mulheres têm

o costume de ler todos ou quase todos

os dias, enquanto a porcentagem

entre os homens fica em 27% dos

participantes do levantamento.

eConomiaO Brasil ganhou 2 mil novos

milionários em 2016 – é o que revela a

Associação Brasileira das Entidades dos

Mercados Financeiro e Capitais. Estas

pessoas se juntaram à outras 116 mil,

que contam com mais pelo menos

R$ 1 milhão em investimentos.

teleComuniCaçõesNo Brasil, no primeiro trimestre do

ano, mais de 1 milhão de trocas

entre operadoras de telefonia foram

realizadas. No Rio Grande do Sul, foram

feitas 74,4 mil migrações. Destas,

22,89 mil (31%) são na telefonia fixa e

a móvel representa 51,51 mil (69%).

automóVeisPela primeira vez em 26 meses,

sobe a venda de veículos novos.

O dado é da Fenabrave, que credita o

bom desempenho a cinco dias úteis a

mais em março e também às vendas

a pessoas jurídicas, como locadoras,

produtores rurais e frotistas.

impostosMais de metade das empresas afirmam

que resolver disputas tributárias ficou

mais difícil, de acordo com estudo

da KPMG. Entre os entrevistados, para

60% dos executivos da área de tributos

no mundo e 50% no Brasil está

cada vez mais trabalhoso lidar com as

autoridades fiscais.

Consumo / população 60+ em foCoo Brasil é um país com cada vez mais idosos – segundo apontamentos do IBGE, a população acima de 60 anos chegará a cerca de 89 milhões de pessoas, contabilizando 39% da população brasileira. Confira três carac-terísticas relevantes do grupo, compiladas pela SBVC, que revelam mais sobre a experiência de compra dos idosos:

Filas, atendimento ruim e lojas cheias são os fatores que mais prejudicam

a experiência dos consumidores acima de 60 anos em lojas físicas.

Mais de 70% dos consumidores idosos já compraram online, uma vez que

é um público já inserido no universo da internet. Cai por terra a ideia de

analfabeto digital nesta faixa.

No e-commerce, o público segue as preocupações do consumidor

em geral – segurança e confiabilidade dos sites ainda são entraves às

compras online. Contudo, o touch and feel do varejo ainda é importante

para a faixa etária.

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reCursos Humanos / Gestão de pes-

soas em foCo e perspeCtiVas para

2017 O estudo Tendências e Práticas

de Recursos Humanos, realizado pela

consultoria Korn Ferry, expõe os prin-

cipais desafios a serem vencidos na

área, de maneira que as empresas se

desenvolvam cada vez mais. Para este

ano, 52% das empresas têm perspec-

tivas macro de negócios melhores do

que foram em 2016, e destas, 60%

acreditam em maiores faturamentos

em relação ao ano passado. Contudo,

entre os desafios, estão atrair, reter e

desenvolver talentos com baixos orça-

mentos. Ano passado, 62% das empre-

sas reduziram seu orçamento em RH,

e em 2017, a perspectiva é de 71%

manterem ou baixarem os orçamentos

na área. O desemprego, grande vilão

de 2016, promete arrefecer este ano

– apenas 38% das empresas plane-

jam medidas de contenção de custos

trabalhistas e 27% das organizações

afirmam querer aumentar os quadros

de funcionários para este ano.

publiCidade / Millennials valorizam o entretenimentoao nos aproximarmos do fim da segunda década do novo século, novos padrões de consumo estão se tornando realidade no mundo todo. Um dos grupos que mais inspiram cuidados é o dos millennials, que aos poucos se estabelece como consumidor também. Hiperconectados, rápidos e antenados, os nativos da geração Z são um grande desafio para a mídia, que busca agora desenvolver ações que abranjam o gosto do grupo. De acordo com o relatório AdReaction – A publicidade entre as gerações, da Kantar Millward Brown, eles possuem uma re-lação midiática muito mais ligada ao entretenimento, o que demonstra que o consumo fica em segundo lugar nas prioridades – eles querem se divertir. Além disso, o estudo também aponta que entre os millennials não há preferência en-tre meio digital e tradicional, uma vez que eles não diferenciam mundos on e offline. Por isso, o grande desafio da publicidade agora é construir narrativas com relevância para o grupo, que inspirem conectividade e interesse da parte dos espectadores. Em relação aos anúncios já em vigência, é de suma impor-tância para essa geração que haja controle sobre eles – ver ou não, fechar ou assistir. Este poder fundamenta a re-lação com o que está veiculado, uma vez que há aceitação quando o anún-cio não é obrigatório. Para chamar a atenção, o levantamento revela que o que mais chama a atenção entre os millennials é o humor, a música e tam-bém o storytelling, uma vez que o con-sumo em real time e o uso conjuntos de meios potencializa o anúncio.

sustentabilidade / Cuidado Com as Crianças deve melhorar entre as empresas da amériCa do sulas empresas da América do Sul têm o poder de proteger, informar e ajudar as crianças locais, e podem fazer mais para melhorar a qualidade de vida dos pequenos. É o que aponta o estudo do Global Child Forum Os Direitos da Criança e o Setor Corporativo da América do Sul. Segundo o levantamento, as empresas sul-americanas alcançaram um índice de 2,2 de um máximo de 9 em relação à integração e informação sobre os direitos das crianças. Apesar de ter muito a melhorar, a pesquisa revela que o desempenho das empresas está superior ao de outras regiões do mundo em vários indicadores. Um deles é o fato de 59% das empresas avaliadas terem políticas contra o trabalho infantil, mas apenas 24% declara-rem os resultados de suas ações. Além disso, menos de 10% dessas empresas contam com conselhos administrativos ou líderes para assumir a responsabilidade pelos direitos infantis. Pelo lado bom, 21% das empresas fazem questão de informar sobre questões ligadas às crianças, índice alto comparado a outras regiões do mundo.

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Pedro Isaias Lucas/Divulgação Sesc-RS

orto Alegre e mAis

13 cidAdes do estAdo

recebem espetáculos

do circuito pAlco

girAtório, Até novembro.

coletivo gAúcho é o

homenAgeAdo dA edição

comemorAtivA do projeto

Pé a marca registrada do Palco Gi-

ratório em seus 20 anos de existência. “O projeto sempre se caracterizou pela diversidade, com teatro de rua, adul-to, espetáculos para espaços alternativos, teatro de bone-cos, animação de objetos, infantil, dança e tantos outros”, descreve a coordenadora de Arte Cênicas e Visuais do Sesc-RS, Jane Schoninger, que também integra a curado-ria nacional do Palco Giratório Sesc. Pela primeira vez, o circuito nacional do projeto conta com uma performance: a dança-instalação de Maikon K (PR), intitulada DNA de DAN. “A programação nacional contempla a experimentação por parte do espectador, de diversos formatos da linguagem”. A edição comemorativa tem uma série de apresentações, que passam por todo o país e estão no Rio Grande do Sul desde abril. “Temos a circulação de grupos que têm um trabalho continuado, como os Parlapatões de São Paulo, com Os meque-trefe, e o Clowns de Shakespeare (RN), que apresenta Abrazo. São espetáculos de grande qualidade estética”, destaca.

A PLuRALIDADe De gêneRoS, foRmAtoS e LInguAgenS ARtíStIcAS

20 anos de diversidade nos Palcos

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Mobilização no Dia Do Desafio maio é marcado

por um momento de conscientização em prol da

saúde. tradicionalmente, na última quarta-feira do

mês, 31, ocorre em todo continente americano

o Dia do Desafio, que estimula as pessoas a

pausarem suas atividades para praticar ao menos

15 minutos de qualquer atividade física. A ação

proporciona uma disputa saudável entre duas

cidades de mesmo porte populacional, que devem

mobilizar o maior número de pessoas para vencer

o confronto. no RS a iniciativa é promovida pelo

Sistema fecomércio-RS/Sesc desde 1997, em

parceria com as prefeituras e o governo estadual,

por meio da Secretaria de esporte e Lazer.

exibições Da Mostra sesc De cineMa Quatro

curtas e dois longas da região Sul foram

selecionados para a etapa nacional da mostra Sesc

de cinema 2017. Já a mostra estadual teve 19

filmes escolhidos, sendo a maioria deles curtas (17).

As produções locais podem ser conferidas em Porto

Alegre de 5 a 9 de junho, no cinema universitário

da ufrgs, Sala Redenção (Av. Paulo gama, 98). Já

os trabalhos que participarão da mostra nacional

têm exibições previstas para o segundo semestre de

2017. A listagem dos filmes está disponível em www.

sesc.com.br/portal/site/mostradecinema.

agenda de eventos

31/Mai e 25/Junnovas etapas do circuito de corridas

o rs conta com 14 etapas do circuito sesc/caixa de corridas. as próximas provas serão em Porto alegre (31/05) e em são leopoldo (25/06). inscreva-se em www.sesc-rs.com.br/circuitodecorridas.

4 a 28/Mai festival Palco Giratório sesc Porto alegre

a capital gaúcha sedia, de 4 a 28/05, o 12º Festival Palco giratório sesc/Porto alegre. o evento terá peças para crianças, jovens e adultos, exposições de artes visuais, musicais e atividades formativas. Confira a programação em www.sesc-rs.com.br/palcogiratorio.

Ao todo, nove atrações teatrais podem ser conferidas no Estado até novembro. A programação itinerante acontece em Porto Alegre, Lajeado, Caxias do Sul, Montenegro, Novo Ham-burgo, São Leopoldo, Canoas, Passo Fundo, Carazinho, Ijuí, San-ta Rosa, Alegrete, Santa Maria e Camaquã. De 4 a 28 de maio, também será realizada a 12ª edição do Festival Palco Giratório Sesc/Porto Alegre, em diversos locais da capital. Serão 20 espe-táculos do Circuito Nacional e 33 atrações convidadas. “Serão mais de 100 sessões artísticas, contemplando apresentações de teatro, dança, circo, intervenção e performance, além de expo-sições de artes visuais e atividades formativas, como o Seminá-rio Práticas de Emergência Cênica, informa Jane.

Gaúchos homenageados

Com 39 anos de atuação, em meio aos desafios do teatro de rua, o coletivo Tribo de Atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz é o homenageado dos 20 anos de Palco Giratório. “O projeto iden-tifica-se com a atuação do grupo, que tem o referencial muito forte para atuação na política cultural do país e da cidade, com obras de vanguarda na sua história. Muitos artistas locais já passaram pela Terreira da Tribo. A escolha mostra a importân-cia de utilizarmos a rua com a arte”, afirma a curadora. Os gaú-chos estrearam o espetáculo Caliban – A tempestade, de Augusto Boal, no lançamento do Circuito Nacional, em 29 de março, em Campina Grande (PB). A montagem foi a ganhadora do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2015.

Para a atriz Tânia Farias, a homenagem vem em boa hora. “É um projeto pelo qual temos grande carinho, com importân-cia singular, sendo o maior do gênero no país. Vemos como re-conhecimento por uma trajetória de quase 40 anos, que chega em um momento tão delicado no país, de crise generalizada. É a certeza de que teremos um ano de encontros, reflexões e em-poderamentos.” O grupo participa pela terceira vez do projeto, devendo passar neste ano por 19 cidades brasileiras.

Ao longo do ano, o Palco Giratório também proporciona mostras de arte e cultura, organizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc: no Estado, os Aldeias Sesc ocorrem em Ca-xias do Sul, São Leopoldo, Santa Maria e Santa Rosa. A iniciativa possibilita que os trabalhos selecionados pela curadoria nacio-nal dialoguem com a produção local. Em 19 edições, o circuito soma 9.526 apresentações em todo o país. Confira a programa-ção completa em www.sesc-rs.com.br/palcogiratorio.

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finanças

o único estímulo laboral na busca de exce-lentes resultados, mas ignorar sua importância é caminhar para a ruína. Uma equipe de vendas desmotivada pode colo-car abaixo todo o planejamento e o desempenho de uma em-presa. Não adianta apresentar preços competitivos, grandes condições de pagamento e inovações se os responsáveis pelo atendimento e captação de clientes mandam propostas mal-feitas, agem de forma negligente ou desconhecem o negócio em que estão envolvidos.

Há várias formas de calcular a comissão de vendas (veja quadro), mas antes da escolha do melhor modelo o empresário precisa fazer contas. “Quanto o vendedor precisa trazer para a empresa para pagar seu custo? Quanto ele gostaria de ga-nhar? Quanto é realmente possível de vender? Qual a lucrati-vidade esperada para a loja se manter aberta? Essas questões devem ser analisadas, com um olho nos resultados atuais e na tributação e outro no que a concorrência está praticando”,

A políticA de remunerAção por vendAs do vArejo pode não ser

stímulo financeiro motiva

equipe comercial a superar

metas, mas é preciso saber

qual o melhor modelo para

cada negócio

e

Comissão para vender mais

©istock.com/media photos

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detalha o diretor do IBVendas, Carlos Cruz. O varejista que não faz contas pode fixar metas inatingíveis, e isso frustra o colaborador. Infelizmente, isso ainda é comum. “O dono do negócio foge dessa matemática porque não sabe como reali-zá-la, porque age no improviso ou porque não quer. Alguns, especialmente os pequenos, também misturam as contas da empresa com as contas pessoais”, lembra o executivo. O valor da comissão de vendas precisa ser atraente para reter os bons profissionais e estimulá-los a bater as metas. Outra boa dica, uma vez definido o método, é estipular também aceleradores de renda, com percentuais maiores quanto mais vendas aci-ma da meta forem realizadas.

Vinícius Mayrink, gerente de produto e instrutor na Out-bound Marketing, reforça o papel motivacional da definição de comissões de acordo com o esforço individual. “Caso contrário, quando o vendedor demonstrar seu valor, outras empresas vão abordá-lo com propostas maiores, e o lojista vai precisar en-contrar novos talentos, treiná-los, e o seu investimento final será, com certeza, muito maior do que o de retenção”, salienta. A estrutura de comissionamento deve premiar os bons vende-dores, aqueles que batem metas e vendem para compradores qualificados, sem impactar o churn (quantidade de clientes perdidos ou cancelamento de pedidos). O primeiro passo, na visão dele, é definir uma sazonalidade. É comum, em empresas menores, o pagamento ser mensal, permitindo aos vendedores prever melhor seus ganhos e distribuir os gastos, mas grandes empresas possuem pagamento de bônus trimestralmente. No primeiro caso, o vendedor percebe o valor que está gerando mais rapidamente, em fatias menores. O pagamento trimestral entrega o acumulado. “Prefiro o modelo trimestral. A provisão de despesas e receitas fica mais clara e, independentemente do modelo de comissionamento, as metas do time são mensais e destrinchadas em acompanhamentos semanais e diários, en-tão nem a cobrança nem os resultados se alteram”, conta.

Claudir Dullius é proprietário da rede de 21 lojas que leva seu sobrenome, com quase 38 anos de experiência no varejo. Ao longo desse tempo, já testou muitos modelos de pagamen-tos aos colaboradores. “Admiro o modelo coletivo de comissio-namento, mas este funciona melhor em lojas de autosserviço e os colaboradores recebem por rendimento total da loja, sem-pre implicando um conjunto de regras para atingimento das metas. É o mais democrático e promove um clima amistoso na equipe, embora também possa criar acomodação”, reflete.

Na visão dele, é preciso tirar o vendedor da zona de confor-to. “A vontade de ser cada vez melhor e se superar a si mesmo e aos outros e crescer cada vez mais tem grande importância no varejo”, explica. “O modelo de meritocracia gera competitivi-dade e mais produtividade, embora tenha como consequência atritos entre colegas e estresse.” Atualmente, as Lojas Dullius trabalham com um salário fixo e uma escala de bônus de co-missionamento, crescente em percentual conforme as vendas alcançadas, o mesmo acontecendo no crediário.

O empresário ressalta que só pagar comissão não é sufi-ciente para obter bons resultados. É preciso gerir o aperfeiço-amento do colaborador, com treinamentos e cultura de foco. “O vendedor precisa ter fome de venda. Quem é bom na área, embora ganhe mais, sai barato para o empreendimento”, diz. No ano passado, a Dullius cresceu 6,5%, e neste ano pretende chegar a 10%. A rotatividade é alta no setor.

Conheça algumas maneiras de CalCular a Comissão de vendasPagamento com percentual fixo por venda (sobre o preço do

produto) – A vantagem é a facilidade de implementação e de

entendimento por parte da equipe. A desvantagem é que o

portfólio pode ter produtos caros, porém com margem de lucro

menor. nesse caso, a empresa é quem sai perdendo.

Pagamento de acordo com a margem de lucro – Forma que

contribui mais para que o negócio seja sustentável. o vende-

dor pode combinar salário com a porcentagem fixa por ven-

da realizada, mas calculada sobre a margem de lucro obtida.

o próprio vendedor, assim, pode dar descontos ao cliente.

Pagamento em função do faturamento – nesse método, o

vendedor recebe sua comissão com base no faturamento do

mês anterior, mesmo que as vendas tenham sido em parcelas.

Pagamento em função dos recebimentos de vendas –

o modelo leva em conta se a venda foi à vista ou parcelada,

entre outras formas. A vantagem é o melhor controle do fluxo

de caixa, já que o pagamento das comissões aos vendedores

só ocorre quando o dinheiro entra na empresa.

Incentivos e bônus aos vendedores – podem ser estipulados

de acordo com diferentes metas com base em faturamento,

lucro, unidades de um determinado produto que esteja en-

calhado, vendas à vista. As premiações podem ser tanto em

dinheiro como em qualquer outra forma que a empresa e os

funcionários estiverem de acordo.

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seNACM

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8 a 12 de maio em todas as suas unidades no Estado. Em sinergia com o mercado, a instituição oferece chances de aperfeiçoamento que aten-dem não só as expectativas do mercado, mas também às transformações do mundo do trabalho. Em Porto Alegre, as atividades acontecem até sábado, 13 de maio, com uma programação no Shopping Total, onde haverá atendimen-tos gratuitos de saúde e beleza, além de oficinas de gastro-nomia e idiomas para crianças. Tradicional no calendário gaúcho, a expectativa é de que mais de 100 mil pessoas se-jam atendidas gratuitamente por meio de palestras, ofer-tas de emprego, workshops, orientação profissional e aten-dimentos ao público.

De acordo com o diretor regional do Senac-RS, José Pau-lo da Rosa, a ação – criada em alusão ao Dia do Trabalhador (1º de maio) – já figura como um dos mais importantes

A 12ª edição dA FeirA de oportunidAdes do senAc-rs ocorrerá de

Quem se destaca muda de vida12ª Feira de OpOrtunidades

dO senac-rs prOmete

capacitar gratuitamente

mais de 100 mil pessOas,

pOr meiO de ações em

tOdas as unidades dO riO

grande dO sul

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Armário SociAl: SenAc cAnoAS coletA roupAS

o senac canoas promove a ação Armário Social: acervo

de roupas para aprendizagem técnica de moda até o

dia 15 de maio. A proposta é coletar doações da comu-

nidade para construir um acervo de roupas que irá auxiliar

no processo de aprendizagem dos cursos de moda da

unidade. As peças recebidas serão analisadas pelo corpo

docente da escola, e aquelas que não forem utiliza-

das serão doadas para uma instituição de caridade. As

doações devem ser feitas no senac canoas, localizado

na rua Mathias Velho, 255, das 8h às 20h. Mais informa-

ções podem ser obtidas pelo telefone (51) 3476-7222 ou

através do site www.senacrs.com.br/canoas.

AlunoS do SenAc BAgé nA FeBrAce 2017 os alunos

João Victor Alessandro de Azambuja, Lucas Mengotti

Amaro e daiane rodrigues, do senac Bagé, representa-

ram a escola na Feira Brasileira de ciências e engenharia

(Febrace), que aconteceu em são paulo entre 21 e 24 de

março. os estudantes, ganhadores da Feira de projetos do

senac-rs 2016, na categoria cursos Livres, apresentaram

o projeto Entre a Vida e o Uniforme, feito sob orientação

do docente deividi ribeiro Quintana. o trabalho foi desen-

volvido pensando na praticidade e segurança das roupas

dos trabalhadores, para que eles consigam retirá-las caso

a peça fique presa a algum equipamento.

agenda de eventos

eventos de incentivo à educação profissional do Rio Gran-de do Sul. “Este ano não será diferente, estamos buscando um recorde de atendimentos nos 497 municípios gaúchos. Muito nos orgulha ter um momento especial para mostrar a importância da qualificação profissional no país”, ressalta o diretor. Ao longo de 11 edições, a iniciativa já totalizou 579.685 mil atendimentos e mais de 4 mil horas de ativida-des e ações sistemáticas.

O tema do evento este ano é Quem se destaca muda de vida. “Queremos mostrar que a busca da qualificação profissional é o caminho para melhores oportunidades de trabalho, em ramos e locais onde a pessoa possa atingir seu potencial e sobressair”, explica José Paulo da Rosa. As palestras de cada unidade atendem a anseios e necessidades da população re-gional e abordam diversos assuntos sobre o comércio de bens, serviços e turismo, como a tecnologia da informação, novas competências que o mercado pede, a arte da fotogra-fia, a construção de network, tendências de penteado, primei-ros socorros, postura profissional e o mundo da moda, entre muitos outros. As atividades são abertas ao público e o valor da inscrição é simbólico, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível.

Num cenário de altos índices de desemprego (são quase 15 milhões de brasileiros sem trabalho), a 12ª Feira de Oportu-nidades do Senac-RS permite que os interessados aprendam mais sobre o mercado e suas exigências para mitigar as ca-rências de mão de obra. “As empresas que desejam contratar novos funcionários queixam-se da falta de candidatos com a formação necessária para assumir as vagas disponíveis, e esse é um desafio da nossa instituição”, diz José Paulo, lembrando o alto índice de empregabilidade dos egressos do Senac-RS.

12/mai3ª edição da madrugada desenhada

Para quem gosta de desenho e quer aprender mais, o senac 24 Horas (av. assis Brasil, 3522, Porto alegre) promove palestras e workshops das 23h às 6h da manhã de sábado, com profissionais das artes visuais. Fone: (51) 3366-0520. 20/mai Seminário de Software livre tchelinux

a Faculdade senac Porto alegre promove o evento gratuito, com arrecadação de alimentos para doa-ção, das 9h às 12h e das 12h às 18h, no auditório campus i (R. cel. genuíno, no centro de Porto alegre). Fone para contato: (51) 3022-1044.

saiBa mais

evento: 12ª Feira de oportunidades do senac-rs

programação: cursos, palestras, ofertas de

emprego, oficinas, workshops, orientação profissional e

atendimentos ao público

data: 8 a 13 de maio

inscrição: doação de alimento não perecível

onde: em todas as unidades do senac-rs

informações: www.senacrs.com.br/feiradeoportunidades

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dossiê Câmeras fotográficas

câmera fotográfica

eterniza momentos especiais

em nossas vidas e tornou-se

acessório de bolso e item

de uso diário para muitas

pessoas ao redor do globo

Anas redes sociais por pessoas em

todos os continentes, segundo estimativas que englobam Facebook, Snapchat, Instagram e WhatsApp. Transforma-da em acessório de bolso com os telefones celulares, a câ-mera fotográfica é mais popular hoje do que em qualquer outro momento na História. A necessidade de documen-tar fatos importantes, mostrar momentos felizes, captar flagras engraçados ou simplesmente selfies faz dela um item de uso pessoal e profissional constante.

“Não tiramos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os fil-mes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que ama-

MAis de 4 bilhões de fotogrAfiAs são coMpArtilhAdAs diAriAMente

©istock.com/extreme-photographer

Instantes eternIzados

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do

mos.” A frase do célebre fotógrafo americano Ansel Adams (1902-1984) mostra a razão pela qual essa prática virou arte e inspirou o ditado: “Uma imagem vale mais do que mil palavras”. O instante de tempo congelado na tela ou no papel pode ser descartável ou durar para sempre, revelan-do tanto uma fração do fotografado como do fotógrafo.

Segundo o professor universitário e autor de livro sobre o tema, Ivan Lima, a fotografia, antes de tudo, é um testemunho. “Quando se aponta a câmara para al-gum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma his-tória, cabendo a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-las.” Instrumento captador de luz em diferentes lap-sos de tempo e intensidade, a câmera é objeto de desejo para muitos compradores e sua versatilidade motivou a criação de diversas lentes, tripés, filtros, novas funções e layouts modernos.

Invento do século 19

A primeira fotografia de que se tem notícia, do francês Joseph Niépce, data de 1826. Ela foi feita sobre uma placa de estanho sensibilizada com sais de prata. Foi, no entan-to, o seu conterrâneo Louis Daguerre quem apresentou a primeira câmera fotográfica, em 7 de janeiro de 1839, na Academia Francesa de Ciência, em Paris. Ele descobriu como reduzir o tempo de exposição de várias horas para cerca de meia hora e resolveu o proble-ma da fixação da imagem. O processo foi chamado Daguerreotipia.

Até o início do século 20, a tarefa de tirar uma fotografia envolvia enormes placas fotossensíveis, com tempos de exposição de um minuto ou mais, em um processo muito caro ao bolso do consu-midor comum. Aí que entra a figura do canadense George Eastman (1854-1932), fundador da Eastman Kodak, que estava decidido a popularizar a fotografia.

De acordo com o livro 50 Máquinas que Mudaram o Rumo da História, de Eric Cha-line, em 1884, Eastman patenteou em 1884 o primeiro filme em rolo de papel

de uso prático. Ele contratou Frank Brownwell para aju-dá-lo a desenvolver uma câmera em que pudesse utilizar o novo filme Kodak.

câmera por US$ 1

Em 1888, os dois lançaram a primeira câmera Ko-dak, mas o preço, de US$ 25, era muito caro para a maioria dos norte-americanos. Em 1900, a sua em-presa lançou o modelo Brownie, talvez a máquina fo-tográfica mais célebre na História, pois tornou a fo-tografia um meio de registro ao alcance de todos. A câmera proporcionava fotografias de qualidade (para a época), no formato 6x6 cm, sobre um rolo de filme. Quan-do foi lançada, ela era voltada para o público infantil e custava um dólar. Pequena, leve e fácil de usar, seu rolo de filme podia ser carregado à luz do dia. O fácil manu-seio inspirou o slogan: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto.” Os primeiros modelos eram basicamente caixas de papelão ou de madeira, com uma lente de menisco na frente, dois visores, sem flash ou regulagem de foco. Só podia ser usada ao ar livre e de dia para captar imagens paradas a meia distância.

Modelo Leica I foi a mais importante

câmera de 35mm de todos os tempos

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dossiê Câmeras fotográficas

cUriosidAdes

DIgItalA primeira câmera digital foi

criada em 1975, pelas mãos de

steve sasson, sendo que o aparelho

por ele desenvolvido levava em

torno de 23 segundos para formar

as imagens.

OlhOS vermelhOSo fenômeno fotográfico acontece

por causa do reflexo do flash no

sangue da retina. A luz entra na

pupila, que costuma estar dilatada

por causa da pouca luminosidade, e

reflete os vasos do fundo do olho.

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A revolução no mundo das câmeras fotográficas co-meçou em 1925, com o surgimento da câmera Leica I, a primeira a tornar o formato de 35mm (o mais popular) realmente viável. O formato de alta qualidade e sua por-tabilidade inspiraram muitos profissionais, como Henri Cartier-Bresson, e ela passou a ser objeto de desejo pelo mundo inteiro. Seu visor ficava no topo e ela possuía um obturador (dispositivo que calcula o tempo de exposição do filme à luz) que variava de 1/25 a 1/500. Hoje em dia, os primeiros modelos viraram itens de colecionadores e custam centenas ou milhares de dólares.

As primeiras décadas do século 20 marcaram o sur-gimento de diversas marcas consagradas de câmeras fo-tográficas, como Nikon, Pentax, Olympus, Rollei e Zeiss Ikon. Em 1948, outro ícone dava as caras no mercado: a Polaroid. Criada pelo americano Edwin Land, a mais fa-mosa câmera instantânea imprimia a imagem logo após o clique do fotógrafo. A foto era quadrada, o filme bem mais caro do que os 35mm que necessitavam de revelação, mas ela encontrou muitos compradores até a indústria falir,

lambe-lambeera o fotógrafo ambulante que re-

tratava as pessoas nas ruas, no início

do século 20. o nome é referência

à técnica utilizada para avaliar a

qualidade da fixação da imagem no

papel, durante a lavagem.

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toc

k.c

om

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xipho

to

em 2001. Já a Zenit é uma marca russa de câmeras foto-gráficas, produzida a partir de 1952 em Moscou.

Outro modelo bem popular, especialmente no Brasil dos anos 80, foi a Love. Anunciada como a única máquina fotográfica descartável do mundo, não exigia a colocação nem retirada de filme. Totalmente automática, muito leve, prática e com flash acoplado, podia ser manuseada por crianças e adultos. Depois de tiradas as 20 fotos co-loridas no tamanho 10x13cm, o proprietário enviava a câmera de volta para a fabricante e recebia as fotos reve-ladas e uma Love novinha em folha.

Com o surgimento da fotografia digital, os modelos de filme caíram em desuso. A Kodak, que dominava 90% das vendas de filmes e 85% de câmeras nos Estados Unidos, demorou a apostar no formato e pediu falência em 2012, desistindo de fabricar câmeras. Suas patentes foram com-pradas por Apple, Samsung e outras empresas. A maioria dos usuários atualmente utiliza as câmeras de celulares, mas os modelos que permitem ajustes manuais continuam atraindo profissionais e aficionados.

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Os anOs 80 e 90 marcam uma mudança significativa na forma de produzir em todo o mundo. Empresas buscaram ganhos de eficiência e produtividade associando-se a outras empresas especializadas na prestação de determinado serviços. Formaram-se verdadeiras cadeias produtivas em que parte da produção e da atividade é terceirizada. Lamentavelmente ocorreu, em paralelo, um desvirtuamento do sistema por alguns, tendo como único objetivo a redução de custos baseada em precarização de direitos trabalhistas e sonegação de verbas salariais, fundiárias e previdenciárias.

Com a ausência de uma lei regulamentando a terceirização, a Justiça do Trabalho acabou definindo os seus contornos legais. Em 1993 a matéria passou a ser tratada pelo Enunciado 331, que afirma a ilegalidade da contratação de trabalhadores por empresa interposta, salvo os casos de trabalho temporário, e admite que não se forma o vínculo de emprego com o tomador de serviço quando se tratar de serviço de vigilância, de asseio e conservação e serviços especializados ligados à atividade-meio.

Os conceitos de atividade-meio e atividade-fim não estão objetivamente previstos. Assim, a definição da legalidade é de natureza subjetiva, levando a uma grande insegurança jurídica. Neste

contexto, foi saudada pela sociedade organizada a edição da Lei 13.429/17. Ela estabelece que empresa prestadora de serviços é aquela que presta à contratante serviços determinados e específicos. Ela contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus empregados ou subcontrata outra empresa. A lei estabelece que não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. O texto, ao referir “a qualquer ramo”, adota regra geral de terceirização não mais limitada às atividades-meio. É importante ressaltar que mesmo com o novo comando legal, se estiverem caracterizadas subordinação, dependência econômica e pessoalidade em relação à empresa tomadora de serviço, o vínculo de emprego provavelmente será reconhecido. Também é evidente que a criação de pessoas jurídicas formadas por ex-empregados para a prática dos mesmos serviços prestados na condição de empregado caracterizará fraude à legislação trabalhista e o vínculo será reconhecido.

Temos lei, e a segurança jurídica poderá ser alcançada. Não é o momento para exageros. Finalizo repetindo o magistrado gaúcho, que adverte que a nova lei deve ser usada com moderação.

Flávio obino Filhoadvogado trabalhista-sindical da Fecomércio-rs

A NovA Lei dA TerceirizAção

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nic

ho Estúdios de música

no Rio de Janeiro. A Casa Edison era comandada pelo imigrante tcheco Frederico Figner, que trouxe para o país um fonógrafo – aparelho criado pelo norte-americano Thomas Edison, em 1877. De lá para cá, profundas alterações ocorreram na indústria musical. Na década de 1970, gravadoras multinacionais invadiram o mercado brasileiro. Em 1980, surgia o CD, e em 1999, o for-mato MP3 ganhou o ouvido da população mundial. Com os lançamentos da Apple, especialmente o iPod, os consumido-res podiam ter mil músicas no seu bolso, como dizia o slogan da marca. Nos últimos anos, os serviços de streaming, para acessar vídeos e áudios online, são a principal novidade.

A forma de ouvir música pode mudar, mas as pessoas não deixam de consumir esse produto. Por isso, o merca-

O primeirO estúdiO de gravaçãO brasileirO surgiu em 1900,

M TEMPOS DE HOME STUDIO, EM

QUE MUITOS MÚSICOS PRODUZEM

CANÇÕES EM CASA, E PROFUNDAS

ALTERAÇÕES NO CONSUMO

MUSICAL COM A EXPANSÃO DAS

PLATAFORMAS DIGITAIS, ESTÚDIOS DE

MÚSICA ENCONTRAM ALTERNATIVAS

PARA SE REINVENTAR

e

NA BATIDA DO SUCESSO

©istock.com/skynesher

texto ludmila Cafarate

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do fonográfico se transforma e sobrevive às modificações ocorridas ao longo da História. Atualmente, existem no Brasil 91.023 pequenas empresas ligadas aos negócios do setor musical, sendo que 83% delas, ou seja, 75.701, atuam no setor de serviços. O estudo Música tocando negócios, de 2015, do Sebrae, também aponta que o país é o nono lugar na lista dos maiores mercados da indústria fonográfica mundial. Naquele ano, o setor cresceu 2%, movimentando US$ 246 milhões. Em relação às vendas, os formatos físi-cos recuaram 15%, enquanto os digitais cresceram 30%. Logo, há espaço para crescer, basta saber investir nas pla-taformas certas.

A maioria dos estúdios de música é fruto da paixão de profissionais que resolveram empreender para conseguir ganhar a vida exclusivamente na área. Esse é o caso do proprietário da Load Studio, de Pelotas, na zona sul do Estado, Clayton Chiesa. Músico desde criança, começou a se interessar pela produção musical aos 16 anos. No início, fazia jingles publicitários com programas de edi-ção que possuía em casa. Em 2007, conseguiu um espaço para montar um estúdio. O local atende artistas e bandas de rock e heavy metal, além das demandas publicitárias. O curso de cinema da Universidade Federal de Pelotas também trouxe oportunidades. “O mais importante é es-tar atento às necessidades da sua região. Se os alunos de cinema da Ufpel precisam de um lugar para produzir as trilhas sonoras dos seus filmes, nós estamos prontos para fazer”, afirma Chiesa.

Uma necessidade local também foi o ponto de partida da Trilha Records, de Caxias do Sul, na Serra gaúcha. Os amigos Alexandre Travi, Jorge Alves Júnior e Felipe No-gueira tinham contato com algumas bandas da cidade e perceberam que elas apresentavam dificuldades para ge-

renciar as suas carreiras. Com o objetivo de oferecer um atendimento completo – que inclui gravação de músicas, organização da agenda de shows, assessoria de imprensa, ensaios fotográficos e gerenciamento de redes sociais –, surgiu, em junho de 2016, a Trilha Records. “Muitos dos nossos agenciados queriam deixar de fazer shows em fe-riados ou no verão para poderem ir à praia. Então, nosso trabalho é também mudar a mentalidade desses músi-cos”, explica Travi.

A TRILHA NÃO É FÁCIL

Para os proprietários de estúdios de música, criar uma trilha de sucesso nem sempre é fácil. A democratização do acesso aos equipamentos e programas de produção musical poderia ser considerada um obstáculo para os empreende-dores da área. No entanto, há quem utilize a nova realidade para qualificar os serviços oferecidos. O casarão da Mar-quise 51, em Porto Alegre, é um exemplo disso. Em 2017, o lugar está completando 10 anos e desde 2015 se tornou uma casa de trabalho colaborativo. Atualmente, oito em-

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Load Studio, em Pelotas, atende artistas e

bandas de rock e heavy metal, além de

demandas publicitárias

trilha Records, em Caxias do Sul, é

especializada em pop rock

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nic

ho Estúdios de música

nic

ho

presas do segmento cultural dividem o espaço. Além do estúdio de música, há um ateliê de ar-tes visuais, produtoras culturais e audiovisuais, além de cursos de gastronomia. Uma das sócias do estabelecimento, Mariana Martinez, afirma que os negócios precisam acompanhar e ante-cipar as mudanças globais: “Nós sentíamos que havia a necessidade de se reinventar. O mundo está mais colaborativo e espaços de coworking são tendências. Mas, nós decidimos ir além, aqui não são apenas pessoas trabalhando em projetos diferentes no mesmo lugar. Na Marquise 51, nós criamos junto”.

Para Mariana, uma das principais dificulda-des do setor é o hábito econômico de menospre-zar a cultura, sobretudo em momentos de crise. “A cultura e a música movimentam toda uma ca-deia produtiva, geram empregos e estimulam o consumo. Por isso, é muito triste que ainda haja pouco investimento público para fomentar o se-

tor ou resistência de empresas privadas em patrocinar eventos”, opina a empresária.

Especializada em pop rock, a Trilha Records fez a sua maior dificuldade ser o principal motivo para atrair artis-tas. Travi relata que os músicos da Serra não querem pagar pelo serviço de um estúdio: “Temos que fazer um trabalho

de convencimento. Mostrar que não é só uma gravação, e sim um cuidado com a imagem, com as redes sociais e com a produção de shows. Nos especializamos para profissiona-lizar os artistas”.

Já Chiesa afirma que o maior desafio dos empresários musicais é o alto custo dos equipamentos, principalmente com os impostos que incidem sobre os importados. No en-tanto, o proprietário da Load Studio também acredita que ter aparelhos de ponta não é suficiente; além das máquinas, é preciso haver uma preocupação na qualidade do trabalho a fim de entregar um som diferenciado para os artistas – algo difícil de conseguir em casa, por exemplo.

DE OLHO NO FUTURO

Com um mercado em constante alteração, os estúdios não podem parar de se modernizar. Neste ano, a Trilha Re-cords deve abrir um bar na recepção do local. A Marquise 51 também tem novidades. Em 2017, deve aumentar o nú-mero de empresas na casa e uma programação especial de shows está sendo preparada para comemorar os 10 anos da empresa. Já o Load Studio pretende investir na aquisição de novos equipamentos.

Para quem deseja empreender na área, a dica dos em-presários gaúchos é buscar qualificação profissional por meio de cursos de produção fonográfica e de gestão de em-presas. O mercado demonstra que o surgimento das plata-formas digitais não acabou com os estúdios, e sim alterou os serviços oferecidos, como já ocorreu com tantas mídias e estabelecimentos.

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1

DADOS DO SETOrO brasil possui 91.023 pequenas empresas no setor musical.

são paulo é o estado com maior número – são 28.176, repre-

sentando 31% do mercado. O rio grande do sul fica em 4º

lugar, com 7.070 negócios. rio de Janeiro e minas gerais ocu-

pam o 2º e o 3º lugar, respectivamente.

72% das vendas musicais no país são de títulos brasileiros, 25%

são de produções internacionais e 3% são de música clássica.

segundo a Federação internacional da indústria Fonográfica, a

américa latina é a única região do mundo com crescimento

no mercado fonográfico.

Fonte: sebrae

Parte da equipe do casarão

da Marquise 51, em Porto Alegre

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pelo mundo

UrUgUai se destaca na energia elétrica com fontes limpas Reconhecido como um dos países

sul-americanos mais liberais em relação às causas sociais, o Uruguai também está se destacando nas medidas relacionadas ao meio ambiente. O país chamou a atenção na conferência de

clima em Paris, a COP-21, pelos avanços obtidos na mudança de sua matriz energética. A nação apostou nas energias limpas

e, consequentemente, reduziu as emissões de carbono. Se um dia o Uruguai dependia do gás importado da Argentina, agora é autossuficiente em energia e exporta parte de sua produção aos argentinos. Atualmente 94,5% da eletricidade do Uruguai e 55%

da energia total consumida são provenientes de fontes renováveis. Número muito diferente da

média global, de 12%. E durante a convenção da Onu, o país apostou

alto: a meta é reduzir em 88% as emissões de carbono até o final

deste ano, em comparação ao período 2009 a 2013.

robô inteligente detecta infecção grave

e salva vidasApós perder a filha de 18 dias

para a sepse, o analista de sistemas Jacson Fressatto criou

o projeto O Sonho de Laura, desenhando um robô que tem

a capacidade de identificar pacientes com possibilidade de desenvolver a doença. O

robô foi batizado de Laura, em homenagem à menina. A sepse

é uma infecção generalizada que ocorre quando o corpo

reage exageradamente a uma infecção. Se não forem identifi-cados rapidamente os sintomas,

a inflamação se alastra, com-promete os órgãos e o paciente pode não resistir. Com a morte

da filha, Fressatto prometeu que faria algo para evitar ou-tros óbitos. Estudou a doença e em quatro anos desenvolveu o sistema. Usando inteligência

artificial, o programa identifica sinais da doença cruzando nor-mas de protocolos internacionais e os históricos de 7 mil pacientes

internados no Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba,

em 2016. Desses, 2,5 mil apresentaram sintomas de sepse

e cerca de 300 morreram. A partir disso, Laura identifica os quadros de risco e envia alertas

para a equipe médica. O custo do sistema é de R$ 42 mil

por hospital.

indicações de barack obama Em entrevista à revista Wired, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contou quais foram os livros que mais influenciaram e também ajudaram a escrever seus discursos nos últimos anos. Ao todo são oito indicações, mas separamos

as cinco mais interessantes. Confira a lista:

Pete Souza/Divulgação Casa Branca

Divulgação/O Sonho de Laura

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The Collected Works (Abraham Lincoln) – A obra reúne discursos, cartas pes-

soais, perdões e ordens de guerra do 16º presidente dos Estados Unidos.

Parting the Waters: America in the King Years 1954-63 (Taylor Branch) –

O livro narra a entrada de Martin Luther King no movimento pelos direitos civis

dos negros nos EUA.

The Fire Next Time (James Baldwin) – Os ensaios mostram as tensões raciais e as

desigualdades do início dos anos 1960 nos EUA.

Andy Grove: The Life and Times of an American (Richard S. Tedlow) – A obra

conta a história de Andry Grose, CEO da Intel durante a fase mais importante da

empresa. O livro narra a trajetória de um dos maiores empresários do século.

Rápido e Devagar (Daniel Kahneman) – Neste livro, o psicólogo desvenda as

diversas características do pensamento humano.

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Rafael PandolfoConsultor tributário da Fecomércio-RS

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Ao julgAR o ReCuRSo Extraordinário 574.706, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ICMS não integra a base de cálculo do PIS e da Cofins. A maioria dos ministros entendeu que o imposto estadual não integra a receita bruta das empresas. Como se observa, a decisão possui um espectro muito mais amplo que o PIS/Cofins, pois, na realidade, fixa um conteúdo constitucional mínimo para “receita bruta”, grandeza econômica amplamente utilizada no direito tributário. É preciso pontuar alguns desdobramentos das premissas adotadas pelo julgamento:

1 – Eficácia da decisão: a Fazenda pedirá, através de um recurso chamado embargos declaratórios, que a decisão do STF comece a valer a partir de janeiro de 2018. O pedido – anterioridade contra o contribuinte – é inusitado e não encontra respaldo em nenhum precedente da Corte, que sempre respeitou as ações já ajuizadas até a decisão. É esperar para ver.

2 – Receita bruta: a decisão do STF excluiu do conceito de receita bruta o ICMS. Isso autoriza o questionamento de pagamento a maior dos demais tributos que utilizam a mesma base de cálculo, como, por exemplo,

o IRPJ e a CSLL dos optantes pelo lucro pre-sumido, bem como a contribuição previden-ciária substitutiva.

3 – Crédito de PIS/Cofins: a decisão também pode afetar o valor dos créditos de PIS/Cofins no regime não cumulativo. No meu ponto de vista, entretanto, a restrição do crédito (excluindo o ICMS) exige alteração legal, pois configura aumento de tributo e possui fundamento legal distinto do analisa-do no julgamento do STF.

4 – Caos fiscal: em uma economia em recessão, a decisão do STF é uma impor-tante injeção de recursos na economia, sem qualquer reflexo inflacionário. Salvará empresas da bancarrota, permitirá a regularização fiscal de outras e, caso gere resultado, um terço do mesmo ficará com o governo (IRPJ/CSLL). Não concordo com o cenário de caos pintado pela Procuradoria. O próprio Henrique Meirelles já relativizou o impacto suscitado como argumento ad terrorem durante o julgamento.

Enfim, o tema não é simples e está ainda indefinido. As empresas, desde já, devem analisar a fundo todos os impactos dessa importante decisão sobre as suas atividades.

STF, PIS/CoFInS e o ConCeITo de reCeITa bruTa

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monitor de juros mensal

O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de

crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.

O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira

semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis

modalidades de crédito à pessoa jurídica.

Capital de Giro Com prazo até 365 dias

Cheque espeCial

anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito

no

tas

Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias

Conta Garantida

desConto de Cheques

Na modalidade de capital de

giro com prazo até 365 dias, o

Citibank permaneceu com a

menor taxa média de

concessão em abril, seguido

por Banco Safra e Itaú. Na

outra ponta, a Caixa

permaneceu com a maior taxa

média de juros no mês.

Na modalidade de cheque

especial, sem muitas alterações

em geral, o Banco Safra registrou

redução em sua média, passando

ao primeiro lugar em abril.

Praticamente empatado na primeira

posição, aparece o Banrisul, como

já é usual. Por sua vez, o Bradesco

registra a maior taxa média de juros

da modalidade.

Na modalidade de

antecipação de faturas de

cartão de crédito, o Banco

Safra apresentou a menor

taxa média mensal de juros.

O Itaú, com redução expressiva

em sua taxa média de

concessão, aparece no

segundo lugar em abril.

Para prazos maiores que um

ano, na modalidade de capital

de giro, o Banco Safra seguiu

reduzindo sua taxa média de

juros, permanecendo na primeira

colocação em abril. O Banco do

Brasil também registrou redução,

aparecendo no segundo lugar. Por

outro lado, o Banrisul apresentou a

taxa média mais elevada no mês.

Na modalidade de conta

garantida, com o aumento na

média do Citibank, Banco do

Brasil e Banrisul aparecem

com as menores taxas de

juros em abril. Fora isso, não

houve mudanças significativas

no mês. Santander e Itaú

aparecem na terceira e quarta

posição, respectivamente.

Na modalidade de desconto

de cheques, a taxa média de

juros do Banco Safra seguiu

em redução em abril, permanecendo

como a mais baixa. O Banco do Brasil,

apesar de permanecer na

última colocação da modalidade,

também registrou queda em sua

taxa média de concessão.

1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito efinanceiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal.2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre elas.3) Período de coleta das taxas de juros: 3/04/2017 a 7/04/2017.

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Mar

1,46

2,16

1,84

2,64

2,48

2,91

3,35

Mar

10,35

9,72

13,30

13,66

11,82

13,67

13,91

Mar

1,50

3,60

3,08

3,04

3,28

Mar

1,81

2,29

2,12

2,32

2,32

2,19

1,78

Mar

3,10

3,02

3,30

3,63

4,73

1,52

11,34

Citibank

Banco Safra

Itaú

Bradesco

Santander

Banrisul

Caixa

Banco Safra

Banrisul

Itaú

Banco do Brasil

Santander

Caixa

Bradesco

Banco Safra

Itaú

Banco do Brasil

Bradesco

Santander

Banco Safra

Banco do Brasil

Itaú

Caixa

Bradesco

Santander

Banrisul

Banco do Brasil

Banrisul

Santander

Itaú

Bradesco

Citibank

Banco Safra

Banco Safra

Banrisul

Santander

Bradesco

Itaú

Caixa

Banco do Brasil

abr

1,38

2,05

2,28

2,58

2,66

2,78

3,29

abr

10,35

9,72

13,30

13,66

11,82

13,67

13,91

abr

1,36

1,80

2,83

3,24

3,40

abr

1,34

1,46

1,99

2,17

2,19

2,27

2,52

abr

3,05

3,12

3,28

3,71

4,66

5,62

11,07

abr

2,03

2,52

2,81

3,10

3,16

3,34

3,41

Mar

2,31

2,57

2,88

3,03

3,17

3,30

3,70

É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não se responsabiliza por atos/interpretações/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.

/ abril 2017

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DICAS DO MÊS

Convite à reflexão de possibilidades

Ao trazer novas abordagens para um tema recorrente nos últimos

anos, O despertar para uma empresa inclusiva, da psicóloga

e especialista em RH Soraia Neidenbach, oferece uma nova

visão histórico-social sobre a questão das pessoas

com deficiência. Assim, Soraia promove uma reflexão

crítica sobre o papel dos Recursos Humanos em prol da

sensibilização da população e também da construção de

novos valores. Cria-se então um debate sobre a existência de

um novo cenário empresarial, no qual se garanta a inclusão de pessoas com deficiência na

sociedade. Soraia discute ainda a necessidade de superação

de barreiras nas relações interpessoais, de maneira que

se abandonem preconceitos e se ofereçam mais oportunidades

para as pessoas com deficiência, enxergando suas possibilidades e

não apenas suas limitações.

livro

Ficha técnicaTíTulo: O despertar para uma empresa inclusiva

AuTores: Soraia Neidenbach

ediTorA: All print

Ano: 2013

em grupo, mas separadosJá pensou chegar a uma empresa pronto para disputar uma vaga e se

deparar com protestos contra uma reunião realizada no mesmo prédio em que você se prepara para a seleção? É esta a premissa de O que você

faria, filme espanhol de 2005, que mostra sete candidatos a executivos em um processo seletivo diferenciado, chamado Método Grönhom. O grupo

é recluso em uma sala e passa por testes por com-putador que visam à análise da interação entre os executivos. Ao passar, coletivamente, pelas

provas, eles colocam à prova as suas habilidades em relações interpessoais. E então entendemos que o principal objetivo desta seleção não é en-

tender o quanto os candidatos estão preparados para assumir vaga, mas sim como eles conse-

guem instrumentalizar os seus conhecimentos (incluindo teoria e relações humanas). Ainda, compreende-se que, apesar de necessitarem

se desenvolver em dinâmicas de grupo, o modo como os sete candidatos atuaram teve o fim de criar uma performance de si para se

legitimarem aos outros.

doCum

entÁ

rio

Ficha técnicaTíTulo: O que você faria?

Gênero: Suspense

direção: Marcelo Piñeyro

durAção: 117 minutos

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rod

uçã

o

Site

fotografia para todos Uma das maiores bibliotecas do mundo, a Biblioteca Pública de Nova York disponibilizou

uma database virtual que expõe toda a história da fotografia. O material conta com mais de 190 mil registros cadastrados no Ca-tálogo de Identidades Fotográficas, que mostra profissionais,

estúdios, manufatureiros e negociadores artísticos, entre outras pessoas envolvidas no processo. A Biblioteca quer,

como principal objetivo, ser a primeira fonte de pesquisado-res de fotografia, com a abundância de materiais disponíveis para acesso e download (alguns em alta resolução) gratuitos.

Para facilitar a busca, as pesquisas podem ser divididas por inte-

resse, por nome de um fotógrafo específico, nacionalidade, data ou

então por ordem alfabética. O site está disponível pelo endereço

www.nypl.org.

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