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AMANDA CORNÉLIA FERREIRA VALE BENEFÍCIOS DO ISOSTRETCHING NO TRATAMENTO DE UMA ADOLESCENTE COM ESCOLIOSE IDIOPÁTICA: estudo de caso PARACATU/MG 2011

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AMANDA CORNÉLIA FERREIRA VALE

BENEFÍCIOS DO ISOSTRETCHING NO TRATAMENTO DE UMA

ADOLESCENTE COM ESCOLIOSE IDIOPÁTICA: estudo de caso

PARACATU/MG

2011

FACULDADE TECSOMA

CURSO DE FISIOTERAPIA

AMANDA CORNÉLIA FERREIRA VALE

BENEFÍCIOS DO ISOSTRETCHING NO TRATAMENTO DE UMA

ADOLESCENTE COM ESCOLIOSE IDIOPÁTICA: estudo de caso

Trabalho de conclusão de curso apresentado

a Faculdade Tecsoma como requisito parcial

a obtenção do título Bacharel em Fisioterapia.

Orientador (a) Geral: M Sc. Michelle Faria

Lima.

Orientador (a) Metodológico: M Sc. Cecília

Maria Dias Nascimento.

PARACATU/ MG

2011

AMANDA CORNÉLIA FERREIRA VALE

Vale, Amanda Cornélia Ferreira

Benefícios do Isostretching no tratamento de uma adolescente com Escoliose Idiopática/ Amanda

Cornélia Ferreira Vale. Paracatu, 2011.

70 p.

Orientadora: Michelle Faria Lima

Monografia (Bacharelado) – Faculdade Tecsoma – FATEC, Paracatu – Minas Gerais, Bacharelado em

Fisiotterapia.

Bibliografia.

1. Escoliose. 2. Tratamento. 3. Isostretching. I. Lima, Michelle Faria; II. Faculdade Tecsoma; III.

Título.

CDU: 615.8

AMANDA CORNÉLIA FERREIRA VALE

BENEFÍCIOS DO ISOSTRETCHING NO TRATAMENTO DE UMA

ADOLESCENTE COM ESCOLIOSE IDIOPÁTICA: estudo de caso

Trabalho apresentado ao curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, Paracatu/ Minas Gerais,

como requisito parcial para obtenção do grau Bacharel em Fisioterapia.

Banca Examinadora:

Orientador (a) Geral:

___________________________________________________________________________

M Sc. Michelle Faria Lima

Faculdade Tecsoma

Orientador (a) Metodológica:

___________________________________________________________________________

M. Sc. Cecília Maria Dias Nascimento

Faculdade Tecsoma

Paracatu- MG, 07 de Novembro, 2011

Dedico este trabalho á minha mãe Eliane, que não

mediu esforços para que meu sonho se tornasse

realidade.

AGRADECIMENTOS

A Deus, por sempre iluminar meus caminhos.

A minha mãe Eliane, por toda dedicação e por nunca medir esforços para tornar esse sonho

uma realidade.

Aos meus avós Ademar e Cornélia, por todo apoio e carinho e por juntamente com minha mãe

me ensinarem valores que sempre levarei comigo.

Aos meus irmãos João Pedro e Sabrina, por tornarem alegres os momentos mais difíceis.

A minha paciente participante deste trabalho, pela confiança, colaboração e dedicação ao

tratamento.

A professora Vanessa que durante a realização deste trabalho sempre esteve disponível todas

as vezes que precisei, e por de maneira tão gentil ter me auxiliado e aconselhado.

A coordenadora Michelle pela dedicação ao curso, competência e exemplo de

profissionalismo.

Aos meus colegas Milena, Pollyana e Ricardo Silva, que gentilmente me ajudaram na

realização deste trabalho.

Aos meus colegas de república Fran, Laysla, Xênia e Gui, pelo companheirismo e amizade, e

por dividirem comigo momentos tão importantes.

Ao meu amigo Ricardo Gonçalves, por sempre se preocupar comigo, pelos conselhos, ajudas

e amizade a mim confiada.

A todos os meus pacientes que confiaram a mim sua recuperação e me ensinaram a grandeza

de lidar com a vida.

A Tia Sirlene, Tia Maria e Tio Cléber, que me ajudaram na realização deste trabalho. Pela

paciência, compreensão e ajuda.

E a todos os meus colegas de classe, professores, familiares e amigos que se fizeram presentes

durante essa caminhada.

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele. O mais Ele fará.”

SI 37:5

RESUMO

O eixo ósseo do corpo é constituído pela coluna vertebral, que está constituída de modo a oferecer

resistência de um pilar e sustentação além da flexibilidade necessária para a movimentação do

tronco. A Escoliose é o desvio lateral da coluna vertebral, uma alteração postural que interfere na

qualidade de vida do indivíduo de maneira insidiosa, se não tratada adequadamente e precocemente

leva a complicações estéticas e funcionais. O objetivo deste estudo foi mensurar os benefícios do

método Isostretching em um paciente com diagnóstico de Escoliose Idiopática. O tratamento foi

aplicado a um paciente do sexo feminino, 15 anos, residente da cidade Paracatu/MG. A avaliação

foi realizada no primeiro dia de tratamento, com reavaliação no último dia do mesmo para

quantificar a flexibilidade e redução do quadro álgico. Após a intervenção fisioterapêutica, que

durou 2 meses, observou-se melhora significativa do quadro álgico, e ganho significativo na

flexibilidade. A reabilitação fisioterapêutica com base no método Isostretching com duração de 15

sessões trouxe benefícios ao paciente, através da melhora de desconfortos causados pela patologia.

Palavras chaves: escoliose, tratamento, isostretching.

ABSTRACT

The bone shaft of the body is formed by the spine, which is formed in order to provide the

resistance of a pillar and sustaining in addition to the necessary flexibility for the movement of the

trunk. Scoliosis is the lateral deviation of the spine, a postural change that interferes with the quality

of life of the individual insidiously, which if it is not treated properly and early leads to functional

and aesthetic complications. The objective of this study was to measure the benefits of the

Isostretching Method in a patient diagnosed with Idiopathic Scoliosis. The treatment was

administered in a female patient, 15 years old, that lives in Paracatu / MG. The medical evaluation

was performed on the first day of treatment, with medical evaluation on the last day of it to quantify

the flexibility and reduction of the pain. After the Physiotherapeutic intervention, which lasted two

months, there was a significant improvement in pain, and significant gain in flexibility. The

Physiotherapeutic rehabilitation based on the Isostretching method which lasted for 15 sessions

brought benefits to the patient, through the improvement of discomfort caused by the pathology.

Keywords: scoliosis, treatment, isostretching.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01: Coluna vertebral especificando suas regiões .......................................................... 18

FIGURA 02: Vértebra típica ........................................................................................................ 19

FIGURA 03: Curvaturas fisiológicas da coluna vertebral............................................................ 25

FIGURA 04: Postura do método Isostretching ............................................................................

FIGURA 05: Dados comparativos da Escala Visual Analógica da Dor realizada na primeira

Avaliação em 09/08/2011 e na avaliação final no dia 18/08/2011 ............................................... 40

LISTA DE TABELAS

TABELA 01: Dados comparativos entre a primeira avaliação goniométrica realizada com os

movimentos de flexão, extensão, flexão lateral e rotação da coluna lombar realizada no dia

09/08/2011 e na avaliação final no dia 18/10/2011 ...................................................................... 37

TABELA 02: Dados comparativos entre o primeiro teste de inclinação lateral do tronco

realizado na avaliação inicial no dia 09/08/2011 e na avaliação final no dia 18/10/2011 ........... 39

TABELA 03: Dados comparativos entre os valores do ângulo de Cobb em radiografias

realizadas em Fevereiro, Agosto e Outubro/2011 ........................................................................ 40

LISTA DE SIGLAS

ADM: Amplitude de Movimento

cm: centímetros

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IV: Intervertebral

LLA: Ligamento Longitudinal Anterior

LLP: Ligamento Longitudinal Posterior

PAF: Pressão Arterial Final

PAI: Pressão Arterial Inicial

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 13

1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 16

1.2 Objetivos ................................................................................................................................ 17

1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................................. 17

1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................... 17

2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 18

2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL ......................................................................... 18

2.1.1 Ligamentos da Coluna Vertebral ...................................................................................... 19

2.1.2 Músculos da ColunaVertebral .......................................................................................... 20

2.1.3 Músculos do Abdome ...................................................................................................... 21

2.1.3.1 Diafragma ......................................................................................................................... 22

2.2 Funções da Coluna Vertebral ................................................................................................. 22

2.3 Movimentos da Coluna Vertebral .......................................................................................... 23

2.4 Curvaturas Fisiológicas da Coluna Vertebral ......................................................................... 24

2.5 Postura .................................................................................................................................... 25

2.6 Escoliose ................................................................................................................................. 26

2.6.1 Classificações da Escoliose .............................................................................................. 27

2.6.2 Escoliose Idiopática no Adolescente ................................................................................ 28

2.7 Tratamento da escoliose ......................................................................................................... 29

2.8 Isostretching ........................................................................................................................... 30

2.8.1 Aplicação Prática do Isostretching ................................................................................... 31

2.8.1.1 Trabalho Respiratório ....................................................................................................... 31

2.8.1.2 Autocrescimento ............................................................................................................... 32

2.8.1.3 Contração Isométrica ........................................................................................................ 32

3 METODOLOGIA ................................................................................................................... 33

3.1 MÉTODO ............................................................................................................................... 33

3.2 População Pesquisada ............................................................................................................. 33

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 36

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 42

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 43

7 APÊNDICES ......................................................................................................................... 50

8 ANEXOS ............................................................................................................................... 61

13

1 INTRODUÇÃO

O eixo ósseo do corpo é constituído pela coluna vertebral, que está constituída de

modo a oferecer resistência de um pilar e sustentação, além da flexibilidade necessária para a

movimentação do tronco (DÂNGELO; FATTINI, 2005).

O alto grau de flexibilidade apresentado pela coluna vertebral é possibilitado pelo

desenho anatômico da mesma. O grau de movimento se difere em suas várias regiões (PRENTICE;

VOIGHT, 2003).

A coluna vertebral é formada por 33 vértebras, que se encontram subdivididas em

cinco grupos. De acordo com sua morfologia e localização classificam-se em cervicais, torácicas,

lombares, sacrais e coccígenas (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).

As vértebras são formadas pelo corpo vertebral e pelo arco posterior, delimitando

então o canal medular. A movimentação fisiológica da coluna vertebral é efetuada pelos músculos e

limitada pelos ligamentos, facetas e discos (PRADO; RAMOS; VALLE, 2007).

Ao longo da coluna, há um sistema de ligamentos longitudinais anteriores e

posteriores, responsáveis pela estabilidade passiva da mesma. A estabilidade ativa da coluna é

auxiliada pelos músculos da coluna e do abdome, que são de grande importância (PETERSON;

RESNTRÖM, 2002).

Os músculos da região do dorso dividem-se em extrínsecos e intrínsecos. Os

extrínsecos produzem e controlam os movimentos respiratórios, respectivamente. Os músculos

intrínsecos são os que atuam diretamente na coluna vertebral, produzindo seus movimentos e

mantendo a postura (MOORE; DALLEY, 2007).

Na postura considerada ideal ou padrão, a coluna vertebral apresenta as curvaturas

normais, ossos dos membros inferiores em alinhamento ideal para sustentação do peso, pelve em

14

posição neutra, tórax e dorso em posição favorável ao funcionamento dos órgãos respiratórios e

cabeça ereta (KENDALL et al., 2007).

A sequência das curvaturas fisiológicas é essencial para manter a postura ereta, já que

através dessa sequência a coluna é capaz de suportar compressões no sentido longitudinal (axial)

(DÂNGELO; FATTINI, 2005).

As curvaturas proporcionam à coluna vertebral uma flexibilidade adicional,

aumentando ainda mais aquela proporcionada pelos discos intervertebrais, oferecem saliência com

absorção de choque e flexibilidade ao esqueleto axial (MOORE; DALLEY, 2007).

A excessividade dessas curvaturas é patológica, que são as chamadas lordose - excesso

da curvatura lombar, e cifose - excesso da curvatura torácica. A coluna vertebral não apresenta

qualquer curvatura lateral, nesse caso é também uma situação patológica, denominada Escoliose

(SPENSE, 1991).

“A Escoliose é uma curvatura lateral anormal da coluna vertebral” (DRAKE; VOGL;

MITCHELL, 2005).

É uma enfermidade grave, causadora de morbidade notável, podendo tornar-se até

mortal caso comprometa as funções cardiorrespiratórias. Além de ser uma patologia antiestética,

por provocar deformidades torácicas que comprometem o aspecto e a qualidade de vida

(TRIBASTONE, 2001).

Segundo Miranda (2006), a Escoliose é classificada quanto á forma de sua curva:

curva simples, que pode ser à direita ou à esquerda (conhecida como escoliose em "C"), curva

dupla, uma à direita e outra à esquerda (conhecida como escoliose em "S"). É classificada também

como estrutural e não estrutural.

A Escoliose estrutural envolve uma curvatura lateral irreversível com rotação fixa das

vértebras, no sentido da convexidade da curva (KISNER; COLBY, 2005).

15

Já a Escoliose não-estrutural, também conhecida como funcional e postural apresenta como

causas desigualdade no comprimento dos membros inferiores, desequilíbrio muscular ou hábitos

posturais errôneos, e geralmente no movimento de flexão anterior da coluna ocorre o

desaparecimento da curvatura (GOLD III, 1993).

A maioria dos casos de Escoliose se encaixa na categoria Idiopática, por não

apresentar causa evidente. Escoliose Idiopática é a deformidade mais frequente da coluna vertebral,

geralmente encontrada na região da coluna torácica. O crescimento desempenha um papel

importante para o aumento da curvatura. A curvatura escoliótica tende a aumentar durante o

crescimento da adolescência (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

Por apresentar risco evolutivo, toda Escoliose deve ser tratada o mais precocemente

possível (FORNAZARI; PEREIRA, 2008). Fatores como idade e ângulos da curva, são levados em

consideração mediante a conduta terapêutica que geralmente apresenta dois caminhos: tratamento

cirúrgico e tratamento conservador (TRIBASTONE, 2001).

O tratamento cirúrgico geralmente é indicado quando a curvatura escoliótica

ultrapassa os 45º no ângulo de Cobb, quando a curva apresenta índices de progressão ou quando

existir comprometimento das funções cardiorrespiratórias. Não havendo nenhuma dessas

possibilidades, é ideal que seja realizado o tratamento conservador que se baseia em observação da

velocidade do aumento da curva, correção postural, promoção da flexibilidade e fortalecimento da

musculatura do tronco (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

Embora haja uma série de técnicas fisioterapêuticas que visam um trabalho postural

global, o Isostretching destaca-se por ser uma técnica mais completa, que busca o fortalecimento

dos diferentes grupos musculares que sustentam o corpo e desenvolvem a consciência de posições

corretas da coluna (BATISTA; LIMA, 2008).

16

O Isostretching é um método postural global, visto que os exercícios são executados

com o máximo de alinhamento vertebral possível, com toda a musculatura corporal sendo recrutada,

e exigindo da coluna vertebral um auto alongamento (CARVALHO; ASSINI, 2008).

Redondo (2001) descreve que o Isostretching é um método global, postural e ereto.

Global porque, a cada exercício, todo o corpo é trabalhado, postural, já que a maioria de suas

posturas são realizadas no maior alinhamento vertebral possível, e eretas porque em sua execução é

solicitado um autoengrandecimento da coluna vertebral.

1.1 JUSTIFICATIVA

A Escoliose é uma alteração postural que interfere na qualidade de vida do indivíduo

de maneira insidiosa, se não tratada adequadamente e precocemente leva a complicações estéticas e

funcionais.

O Isostretching é um método que favorece a atividade postural, melhora a

flexibilidade, previne e/ou corrige posturas habituais defeituosas e possibilita a realização de

alongamento, fortalecimento e conscientização corporal. Portanto, as características do referido

método lhe oferecem um papel importante na prevenção do aumento e adaptação da curvatura

escoliótica.

Além das características do método serem favoráveis na correção de alterações

posturais, o Isostretching destaque-se por ser um método de baixo custo, com utilização de

materiais de fácil acesso, além de poder ser realizado por pessoas de qualquer idade.

17

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Demonstrar os efeitos do método Isostretching no tratamento de paciente com

Escoliose Idiopática.

1.2.1 Objetivos específicos

Averiguar ganho de flexibilidade;

Avaliar diminuição do quadro álgico;

Avaliar redução da curvatura escoliótica.

18

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral em geral é constituída de 33 vértebras que, dependendo da região

do corpo onde se encontram, são separadas em cinco tipos diferentes: Cervicais que são as 7

primeiras vértebras, seguidas pelas Torácicas que são 12, 5 Lombares, 5 sacrais que no adulto

unem-se em um único osso, o sacro e 4 coccígenas que fundem-se para formar o cóccix (Figura 01)

(SPENSE,1991).

Figura 01: Coluna Vertebral especificando suas regiões.

Fonte: MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002.

19

Embora as vértebras das várias regiões da coluna vertebral apresentem diferenças,

pode-se descrever uma vértebra típica (Figura 02). A vértebra típica apresenta corpo vertebral, arco

posterior e lâminas, pedículos que são originados verticalmente ao corpo e unem-se às partes

interarticulares, processos espinhosos e transversos, originados respectivamente das lâminas e da

junção entre pedículos e lâminas, e facetas articulares superiores e inferiores (HEBERT et al.,

2003).

Figura 02: Vértebra Típica

Fonte: SOBOTA, 2005.

Entre os corpos vertebrais a coluna apresenta um disco intervertebral (IV), depressível,

fibrocartilaginoso, capaz de absorver aumentos da pressão numa sobrecarga súbita da coluna e

conferir mobilidade entre vértebras adjacentes (DANGELO; FATTINI, 2006).

2.1.1 Ligamentos da Coluna Vertebral

Em toda sua extensão, a coluna é reforçada por ligamentos, que dão a mesma uma

estabilidade estática. Os principais são: ligamento longitudinal anterior (LLA), ligamento

longitudinal posterior (LLP) e o ligamento supra-espinhal (STARKEY; RYAN, 2001).

20

O LLA é uma banda grande e forte, que se estende na face anterior dos corpos

vertebrais (PRENTICE; VOIGHT, 2003). Em conjunto com a musculatura da coluna, auxilia na

estabilidade da mesma, além de oferecer suporte e reforço aos discos, durante levantamento de

cargas pesadas (GOLD III, 1993).

O LLP está contido dentro da coluna vertebral e colocado na região posterior dos

corpos vertebrais (PRENTICE; VOIGHT, 2003). Ele não se prende firmemente aos corpos

vertebrais, mas passa por cima da concavidade posterior do corpo vertebral, o que facilita o acesso

dos vasos sanguíneos às vértebras, visto que eles transitam por baixo do LLP para penetrar no osso

(MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

O ligamento extra-espinhal, avança por toda extensão da coluna vertebral, na região

cervical, é denominado ligamento nucal. Esse ligamento desempenha a função de restringir a flexão

ao longo de toda extensão da coluna vertebral (STARKEY; RYAN, 2001).

2.1.2 Musculatura da Coluna Vertebral

Os músculos da coluna organizam-se em grupos superficiais, médios e profundos. Os

músculos do grupo superficial e médio são extrínsecos, porque embriologicamente se originam de

locais diferentes do dorso, já os músculos do grupo profundo são intrínsecos, por se originarem no

dorso (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).

Os músculos extrínsecos são os que produzem e controlam os movimentos dos

membros e movimentos respiratórios, respectivamente, e intrínsecos são os que atuam

especificamente sobre a coluna vertebral, produzindo seus movimentos e mantendo a postura

(MOORE; DALEY, 2007).

21

Drake, Vogl e Mitchell, (2005), caracterizam os grupos musculares do dorso:

Grupo Superficial: Incluem o trapézio, latíssimo do dorso, romboide maior, romboide

menor e levantador da escápula. São profundos à pele e à fáscia superficial. Fixam-se à parte

superior do esqueleto apendicular, ao esqueleto axial.

Grupo médio: Composto por serrátil posterior superior e serrátil posterior inferior,

duas camadas musculares delgadas nas regiões superior e inferior do dorso. Saem obliquamente da

coluna vertebral e fixam-se nas costelas, o que sugere uma função respiratória.

Grupo Profundo: Incluem os músculos espinotransversais, eretores da espinha,

interespinhais e intertransversários. Estendem-se da pelve ao crânio e são inervados por segmentos

dos ramos posteriores dos nervos espinhais.

2.1.3 Musculatura Abdominal

Os músculos abdominais possuem grande importância para todas as funções do terço

inferior da coluna vertebral, através do enduro, força e coordenação que esses músculos possuem

(MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

A resistência da parede da cavidade abdominal é formada inteiramente por músculos

já que não há suporte esquelético nessa região. As fibras de cada um dos músculos correm em

diferentes direções promovendo uma resistência adicional (SPENSE, 1991).

São quatro os principais músculos da parede abdominal: reto abdominal, oblíquo

externo, oblíquo interno e transverso do abdome. O reto abdominal é, antes de tudo, um flexor da

coluna lombar. É um músculo longo e plano, que se estende por todo o comprimento anterior da

parede abdominal. O oblíquo externo participa da flexão e rotação da coluna vertebral, já o oblíquo

22

interno é menor e mais delgado que o oblíquo externo. O transverso do abdome é o mais profundo

da parede abdominal (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2005; MANOLE; MCPOIL; NITZ, 2002).

2.1.3.1 Diafragma

O diafragma é uma estrutura musculotendínea fina, que separa a cavidade torácica da

cavidade abdominal e preenche a abertura torácica inferior. Uma das principais funções desse

músculo é alterar o volume do tórax e, assim, movimentar o ar para dentro e para fora dos pulmões

(DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).

Além de sua função respiratória, desempenha um papel particular dentro da estática

corporal. Ele deverá ser flexível e móvel o suficiente para aumentar ou reduzir o papel respiratório,

conforme a demanda, e ser suficientemente sólido para se tornar um reforço que vai solidificar o

conjunto e controlar a pressão visceral (REDONDO, 2001).

2.2 FUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

Deliberato, (2002) destaca as principais funções da coluna vertebral:

Proteção da medula espinhal contida em seu interior;

Favorecimento de movimentos de diversas áreas do tronco;

Pivô na sustentação e mobilidade da cabeça;

Fixação a diversos músculos;

23

Suporta e transmite a maior parte do peso do corpo aos ossos do quadril através das

articulações sacro-ilíacas.

2.3 MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL

Flexão, extensão, flexão lateral e rotação são os movimentos que a coluna vertebral é

capaz de realizar. A amplitude de movimento da coluna varia de acordo com cada indivíduo

(MOORE; DALEY, 2007).

Na flexão a coluna curva-se anteriormente, na extensão a coluna arqueia-se

posteriormente, seria uma flexão posterior. Já a flexão lateral, pode ser tanto à direita quanto à

esquerda. A rotação da coluna é o resultado da soma de pequenas torções entre vértebras adjacentes,

permitidas por seus discos intervertebrais (DANGELO; FATTINI, 2006).

O alto grau de flexibilidade apresentado pela coluna vertebral é possibilitado pelo

desenho anatômico da mesma. O grau de movimento se difere em suas várias regiões (PRENTICE;

VOIGHT, 2003).

A coluna lombar pode apresentar no movimento de flexão de 0 - 95º, de 0 - 35º no

movimento de extensão, de 0 - 40ª na flexão lateral e de 0 - 40º no movimento de rotação. Já a

coluna cervical apresenta de 0 - 65º na flexão, de 0 -50º na extensão, de 0 - 40º na flexão lateral e de

0 -55º na rotação (MARQUES, 2003).

24

2.4 CURVATURAS FISIOLÓGICAS DA COLUNA VERTEBRAL

No adulto, a coluna vertebral apresenta quatro curvaturas fisiológicas: duas primárias

ou posteriores, denominadas assim por estarem presentes no recém-nascido e a convexidade ser

posterior, e duas curvaturas secundárias, que recebem esta denominação por se desenvolverem á

medida que a criança aprende a erguer a cabeça e depois a ficar em pé, e pelo fato da convexidade

ser anterior. (KISNER; COLBY, 2005).

As curvaturas torácica e sacral (primárias) são côncavas anteriormente, refletindo a

forma original do embrião e mantendo-se nas regiões torácica e sacral nos adultos. As curvaturas

cervical e lombar (secundárias) são posteriormente côncavas, formam-se nas regiões sacral e

lombar e trazem o centro de gravidade para uma linha vertical permitindo que o peso do corpo se

distribua na coluna vertebral de modo que se gaste o mínimo de energia muscular para manter um

posicionamento bípede ereto (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005).

As curvaturas (Figura 03) proporcionam à coluna vertebral uma flexibilidade

adicional, aumentando ainda mais aquela proporcionada pelos discos IV, oferecem saliência com

absorção de choque e flexibilidade ao esqueleto axial (MOORE; DALLEY, 2007).

25

Figura 03: Curvaturas Fisiológicas da Coluna Vertebral

Fonte: DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2005.

2.5 POSTURA

Postura é a atitude ou posição do corpo, ou uma maneira característica de sustentar o

mesmo. A gravidade impõe uma carga às estruturas responsáveis por manter o corpo em uma

postura ereta. Normalmente, a linha da gravidade passa pelas curvaturas fisiológicas da coluna

vertebral e elas ficam equilibradas (KISNER; COLBY, 2005). A linha de gravidade é uma linha

imaginária que permite determinar, teoricamente, o equilíbrio ou desequilíbrio dos segmentos

corporais (MIRANDA, 2006).

26

A boa postura é importante porque diminui o estresse colocado sobre os ligamentos,

músculos e tendões, além de melhorar a função e diminuir a quantidade de energia muscular

necessária para manter o corpo ereto (LIPPERT, 2003).

Na postura considerada ideal ou padrão, a coluna vertebral apresenta as curvaturas normais,

ossos dos membros inferiores em alinhamento ideal para sustentação do peso, pelve em posição

neutra, tórax e dorso em posição favorável ao funcionamento dos órgãos respiratórios e cabeça ereta

(KENDALL et al., 2007).

A causa de disfunções posturais pode ser associada à adoção de maus hábitos posturais

prolongados, são necessários bons hábitos posturais no adulto para evitar síndrome de dor postural e

disfunções posturais, na criança os bons hábitos relacionados à postura são importantes para evitar

sobrecargas anormais nos ossos em crescimento e alterações adaptativas nos músculos e tecidos

moles (KISNER; COLBY, 2005).

2.6 ESCOLIOSE

Originária de palavra grega, Escoliose significa curvatura e é usada em Medicina para

denominar qualquer curvatura lateral da coluna vertebral (HEBERT et al., 2003).

A Escoliose é uma enfermidade grave, causadora de morbidade notável, podendo

tornar-se até mortal caso comprometa as funções cardiorrespiratórias. Além de ser uma patologia

antiestética, por provocar deformidades torácicas que comprometem o aspecto e a qualidade de vida

(TRIBASTONE, 2001).

Na Escoliose ocorre uma curvatura lateral anormal, seguida por rotação das vertebras.

Os processos espinhosos giram-se em direção à curvatura anormal, quando o indivíduo realiza uma

27

flexão da coluna, as costelas giram posteriormente no lado da convexidade aumentada (MOORE;

DALLEY, 2007).

2.6.1 Classificações da Escoliose

A Escoliose pode ser classificada:

Quanto á forma de sua curva: curva simples, que pode ser à direita ou à esquerda

(conhecida como escoliose em "C"), curva dupla, uma à direita e outra à esquerda

(conhecida como escoliose em "S") (MIRANDA, 2006).

Quanto à sua etiologia: quanto à etiologia pode ser classificada em estrutural e não

estrutural (KISNER; KOLBY, 2005).

A Escoliose estrutural é causada por um defeito na estrutura óssea da coluna vertebral,

caracterizada pelo fato de que não se corrige durante a flexão lombar anterior, pois a curvatura

lateral é acompanhada por uma rotação, o paciente terá uma gibosidade ao realizar flexão lombar

anterior caso a Escoliose seja estrutural. Já a Escoliose não-estrutural, também conhecida como

funcional e postural apresenta como causas desigualdade no comprimento dos membros inferiores,

desequilíbrio muscular ou hábitos posturais errôneos, e geralmente no movimento de flexão anterior

da coluna ocorre o desaparecimento da curvatura (GOLD III, 1993).

28

2.6.2 Escoliose Idiopática no Adolescente

A escoliose idiopática é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral, de causa

desconhecida, acompanhada de modificações globais no tronco, as quais repercutem sobre as

extremidades (BIOT et al., 2002 apud SOUZA, 2004).

A maioria dos casos de Escoliose, mais que 70%, são diagnosticadas na categoria

idiopática, por sua causa ser desconhecida. Essa é responsável pela maioria dos casos de escoliose

estrutural, podendo ocorrer na infância e na adolescência. A curva tende a aumentar até a cessação

do crescimento esquelético (THOMSNON; PIERCY, 1994 apud BONORINO; BORIN; SILVA,

2007).

A Escoliose Idiopática é a deformidade mais frequente da coluna vertebral, geralmente

encontrada na região da coluna torácica. O crescimento desempenha um papel importante para o

aumento da curvatura. A curvatura escoliótica tende a aumentar durante o crescimento da

adolescência (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

Crianças e adolescentes em fase de crescimento passam longos períodos realizando

suas atividades em posição estática. Posturas inadequadas por longos períodos, quando não

corrigidas levam o indivíduo a alterações posturais. Estudos mostram que durante o crescimento

existe uma grande variação fisiológica na postura, e que o período de crescimento na adolescência

está relacionado com desenvolvimento e acentuação de desvios posturais (BRACC, 2000 apud SÁ;

LIMA, 2003).

29

2.7 TRATAMENTO DA ESCOLIOSE

Quando não há intervenção de tratamento para Escoliose a curvatura escoliótica tende

a progredir, o risco de progressão aumenta juntamente com o aumento do grau da curvatura.

(MOLINA; CAMARGO, 2003 apud SOUZA, 2004).

Por apresentar risco evolutivo, toda Escoliose deve ser tratada o mais precocemente

possível (FORNAZARI; PEREIRA, 2008). Fatores como idade e ângulos da curva, são levados em

consideração mediante a conduta terapêutica que geralmente apresenta dois caminhos: tratamento

cirúrgico e conservador (TRIBASTONE, 2001).

O tratamento cirúrgico deve ser considerado sempre que a curvatura ultrapassar os 45º

e quando houver indícios de que a mesma tende a aumentar. Nesse tipo de tratamento é

fundamental que seja levado em consideração não apenas as razões estéticas, mas também as

possíveis complicações do sistema cardiorrespiratório (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

No caso do tratamento conservador, que é um tipo de tratamento sem intervenção

cirúrgica, é importante ressaltar que independentemente do método escolhido, a visão globalizada

do paciente deve ser enfocada para que a efetividade do método e qualidade de vida do paciente

sejam enfatizados (LOPES et al., 2006).

O tratamento conservador baseia-se em observação da velocidade do aumento da

curva, correção postural, promoção da flexibilidade e fortalecimento da musculatura do tronco

(MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

O tratamento postural deve atingir a globalidade do sistema musculoesquelético,

devido à interação existente entre os segmentos corporais, não havendo a possibilidade de a

disfunção atingir uma única articulação ou músculo (LIANZA, 2007).

30

2.8 ISOSTRETCHING

O método Iso-Stretching se traduz como corretivo, educativo, preventivo,

flexibilizante, tonificante e não traumatizante. Os exercícios são efetuados através de

posturas eretas que são mantidas durante uma expiração longa, ao mesmo tempo em

que se solicita o autocrescimento do tronco, contração isométrica dos abdominais,

glúteos, músculos da coxa e cintura escapular. (MARTINS, 2004 p. 2).

O Isostretching é uma ginástica que se faz respeitosa pela sua definição: ginástica

postural, global e ereta. Postural, porque a maioria dos exercícios são realizados dentro de uma

posição vertebral correta, durante o tempo de uma expiração longa. Global, porque trabalha todo o

corpo a cada exercício. Ereto, porque solicita à coluna vertebral um autoengrandecimento, a fim de

trabalhar mais especificadamente a musculatura paravertebral profunda (REDONDO, 2001).

Embora haja uma série de técnicas fisioterapêuticas que visam um trabalho postural

global, o Isostretching destaca-se por ser uma técnica mais completa, que busca o fortalecimento

dos diferentes grupos musculares, que sustentam o corpo, desenvolvendo a consciência de posições

corretas da coluna (BATISTA; LIMA, 2008).

O Isostretching proporciona a quem é submetido às aplicações de suas posturas

(Figura 04) conscientização corporal através da correção dos exercícios, mobilidade proporcionada

pelos alongamentos musculares, tonicidade e força em decorrência das contrações musculares

(REDONDO, 2001).

31

Figura 04: Postura do método Isostretching

Fonte: REDONDO, 2001.

2.8.1 Aplicação prática do Isostretching

A finalidade do método reside mais na qualidade corretiva da postura que na

quantidade de repetições. A base do Isostretching é o controle respiratório associado ao domínio das

sensações, da posição, acrescentados a um intenso trabalho muscular. Afim de não gerar

sobrecarga, cada posição é repetida de 3, 6 ou 9 vezes se simétricos, 2, 4 ou 8 vezes se assimétricos.

As posturas são mantidas o tempo todo de uma longa expiração, ao mesmo tempo em que se

demanda um autoengrandecimento do tronco e uma contração isométrica dos músculos dos

membros (REDONDO, 2001).

32

2.8.1.1 Trabalho respiratório

A expiração é um processo passivo quando a pessoa está em repouso, a expiração

forçada leva à contração dos músculos, especificamente os abdominais e intercostais internos

(KISNER; KOLBY, 2005).

O trabalho respiratório no Isostretching é feito através de uma expiração forçada e

prolongada, mantida durante todas as posturas, portanto os músculos da respiração são solicitados

constantemente (REDONDO, 2003 apud YOKOHAMA, 2004).

A musculatura respiratória está diretamente relacionada à coluna, e a postura

consequentemente, entretanto qualquer desvio respiratório pode levar a alterações posturais,

qualquer alteração postural pode levar a complicações respiratórias (YOKOHAMA, 2004).

2.8.1.2 Autocrescimento

O autocrescimento da coluna vertebral possibilitado pelo Isostretching é de grande

importância para a correção de alterações das curvaturas fisiológicas. É importante também para o

aprendizado de como preparar melhor os movimentos, mantendo o corpo ereto e protegido do

relaxamento (MARTINS, 2004).

Os fatores que favorecem o autocrescimento durante a execução do Isostretching são o ganho

da flexibilidade proporcionado pelo alongamento e a força muscular obtida pela contração

isométrica (REDONDO, 2001).

33

A pelve também desempenha um importante papel no autocrescimento, ao adotar posição de

anteversão ou retroversão. Desta forma possibilita alongamentos, diminui a sobrecarga e o trabalho

dos músculos abdominais (MARTINS, 2004).

2.8.1.3 Contração isométrica

No Isostretching a contração isométrica acontece de maneira estática. O alongamento

dos elementos elásticos terá seu equilíbrio proporcionado pela contração dos elementos contráteis

(BIENFAIT, 1993 apud MARTINS, 2004).

A contração isométrica é direcionada aos músculos glúteos, abdominais, músculos da

coxa e da cintura escapular dentro do Isostretching, com o objetivo de buscar equilíbrio estático

(YOKOHAMA, 2004).

Essa musculatura escolhida para participar das contrações isométricas no Isostrteching

é considerada a mais importante. Já que um grande equilíbrio da coluna lombar é solicitado pela

contração da musculatura abdominal, a contração dos músculos da coxa e dos glúteos desempenha

uma importante função de proporcionar estabilidade à estática de base da coluna, e a contração da

cintura abdominal promove estabilidade á estática apical da coluna (SOUZA, 2004).

34

3 METODOLOGIA

3.1 MÉTODO

Foi realizada uma pesquisa quantitativa do tipo estudo de caso. O estudo quantitativo

apresenta uma população de objetos para observação comparável entre si, enfatizando os

indicadores numéricos e percentuais sobre determinado fenômeno pesquisado. Além de apresentar

gráficos, tabelas que podem ser comparativas ou não sobre determinado fenômeno ou objeto

pesquisados. O estudo de caso é baseado em acontecimentos dos fatos e fenômenos sendo realizado

um processo de coleta de dados e observação dos mesmos (MARCONI; LAKATOS, 2004).

3.2 População Pesquisada

Foram aplicadas posturas do método Isostretching em uma paciente do sexo feminino,

15 anos, solteira, raça parda, estudante, com diagnóstico clínico de Escoliose Idiopática, residente

na cidade de Paracatu-MG. A cidade de Paracatu tem uma população de 84.718 habitantes, está

localizada na região Noroeste do estado de Minas Gerais a apenas 220 km da Capital Federal,

Brasília e a 500 km de Belo Horizonte, a Capital Estadual (IBGE, 2010).

A paciente foi selecionada após avaliação fisioterapêutica onde o critério de inclusão

foi ser adolescente portadora de Escoliose Idiopática.

Foram realizadas 15 sessões, 2 vezes por semana com duração de 50 minutos. As sessões

foram realizadas na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma localizada na Rua

Eugênia Martins, nº 75 A, bairro Alto do Córrego, Paracatu-MG. Foram selecionadas 15 posturas

35

do método Isostretching, descritas pelo autor da técnica Bernard Redondo, o nível de dificuldade

das posturas foi evoluindo de acordo com a adaptação da paciente.

Para a aplicação das posturas utilizou-se: colchonete, bastão de 1 m, estetoscópio da marca

BIC e esfigmomanômetro da marca PREMIUM, para aferição da pressão arterial antes e após as

sessões. Para as fotografias foi utilizada câmera digital da marca OLYMPUS.

Foi realizada uma avaliação inicial e final, onde foi aplicada uma ficha de avaliação postural

utilizada pelo curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma (ANEXO B), avaliação da flexibilidade

através da goniometria e do teste de inclinação lateral do tronco, e avaliação do nível da dor através

da escala visual analógica da dor (ANEXO C).

Na avaliação, para obtenção dos resultados foram utilizados: fita métrica de 1,5 m; lápis

dermatográfico da marca FABER-CASTELL; goniômetro da marca FIBRA CIRÚRICA.

Dos métodos utilizados para verificar a reabilitação do paciente podemos citar:

A avaliação postural completa, que compreende a pesquisa da assimetria pélvica, altura da

escápula, assimetria da cintura, assim como o exame completo da mobilidade da coluna

(MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

A goniometria, que refere-se à medida dos ângulos articulares presentes nas articulações dos

seres humano. O instrumento mais utilizado para a amplitude de movimento (ADM) é o goniômetro

universal. O goniômetro apresenta vantagens: é de fácil manuseio, um instrumento barato e as

medidas são tomadas rapidamente (MARQUES, 2003).

O teste de inclinação lateral do tronco, através do qual quem é avaliado realiza uma inclinação

lateral do tronco e a distância do 3º dedo do membro superior do chão é mensurada com uma fita

métrica (ANDREWZ; HARRELSON; WILK, 2005).

Escala Analógica Visual da dor, consiste de uma linha reta graduada de 0 a 10, onde 0

significa ausência de dor, e 10 a pior dor imaginável. Esta escala apresenta a vantagem de

comunicação entre terapeuta e paciente, ao compartilhar a intensidade da dor, e ao paciente um

36

instrumento para se fazer entender o que está sentindo no momento (O’SULLIVAN; SCHIMITZ,

2004).

O exame radiográfico, que permite medir a curva escoliótica através do método de Cobb. Esse

método baseia-se em identificar as duas vértebras superior e inferior, traçando-se uma linha paralela

às suas placas terminais. Em seguida tira-se a perpendicular de cada uma dessas linhas: o ângulo de

cruzamento das linhas determina o ângulo da Escoliose (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2002).

O paciente e seu responsável foram informados e esclarecidos sobre todo o

procedimento, sendo que os mesmos assinaram um termo de consentimento (ANEXO A).

Para apresentação dos resultados foram utilizados tabelas e gráfico elaborados no programa

Microsoft Word 2010.

37

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram realizadas 15 das 20 sessões previstas, a paciente apresentou 5 faltas

justificadas. A avaliação inicial foi realizada no dia 09/08/2011, e a avaliação final no dia

18/10/2011. As radiografias foram realizadas respectivamente nos meses de Fevereiro, Agosto e

Outubro. Os resultados e as discussões serão apresentados abaixo:

Tabela 01: dados comparativos entre a primeira e a última avaliação goniômetrica realizada com

os movimentos de flexão, extensão, flexão lateral e rotação da coluna lombar.

Movimentos Avaliação Inicial

Avaliação Final

Flexão 55º 75º

Extensão

Flexão Lateral Direita

Flexão Lateral Esquerda

Rotação Direita

Rotação Esquerda

30º

30º

30º

30º

30º

39º

50º

55º

52º

50º

Fonte: dados coletados pela autora

Na tabela 01 observa-se que no movimento de flexão anterior da coluna, referente à

Amplitude de Movimento (ADM), foi de 55º na avaliação inicial e de 75º na avaliação final,

obtendo-se um ganho de 20º. No movimento de extensão da coluna os valores da ADM foram de

30º na avaliação inicial e 39º na avaliação final, observando-se um ganho de 9º. Na flexão lateral à

direita, os valores foram de 30º na avaliação inicial e 50º na avaliação final, com ganho de 20º

graus. Na flexão lateral à esquerda a ADM na avaliação inicial era de 30º e na avaliação final

38

apresentou 55º, obtendo um ganho de 25º. Em relação ao movimento de rotação da coluna à direita

os valores foram de 30º na avaliação inicial e 52º na avaliação final, com ganho de 22º. Na rotação

lateral à esquerda observou-se 30º na avaliação inicial e 50º na avaliação final, com ganho de 20º.

Um estudo realizado por Rocha e colaboradores (2008), com 15 pacientes com lombalgia

crônica divididos em 3 grupos: O 1º grupo foi submetido a tratamento com apenas Mobilização

Central, o 2º grupo com apenas posturas do método Isostretching e o 3º grupo foi um grupo

controle. Os pacientes tinham idade média de 33,27 anos, foram realizadas 12 sessões. Em relação à

flexibilidade do grupo submetido ao tratamento com Isostretching, foi observado que a média de

flexão da coluna lombar era de 72,2º antes do tratamento, e passou a ser de 86,6º após o término do

tratamento, observando-se um ganho de 14,4º em média. Já a extensão da coluna lombar

apresentava antes do tratamento uma média de 18,6º, e após o tratamento apresentou uma média de

25,2º com ganho de 6,6º em média. Concluíram que as posturas do Isostretching são eficazes para

ganho de flexibilidade da coluna.

Um estudo realizado por Sassi e colaboradores (2008), em 10 pacientes que apresentavam

diminuição de ADM da coluna lombar, e foram divididos em 2 grupos, um grupo que recebeu

tratamento apenas com posturas do método Pilates e um grupo que recebeu tratamento apenas com

posturas do método Isostretching. Em relação à flexibilidade dos pacientes do grupo Isostretching

foram observadas as seguintes médias: Inclinação lateral à direita: média de 26,5º na avaliação

inicial e de 28,9º na avaliação final, com ganho de 2,4º em média. Inclinação lateral à esquerda:

média de 28,1º na avaliação inicial e de 30,4º na avaliação final, com ganho de 2,3º em média.

Rotação lateral à direita: média de 14,8º na avaliação inicial e 17,9º na avaliação final, com ganho

de 3,1º em média. Rotação lateral à esquerda: média de 13,1º na avaliação inicial e de 17,3º na

avaliação final, com ganho de 4,2º em média. Concluíram que o Isostretching é eficaz para

proporcionar melhora da mobilidade.

39

Um estudo realizado por Gonçalves (2003), com um paciente do sexo feminino, 24

anos, a fim de avaliar o ganho de flexibilidade geral do mesmo através da execução das posturas do

método Isostretching, com realização de 35 sessões, mostrou que na 15ª sessão foi observado um

ganho significativo na mobilidade do paciente.

Tabela 02: Dados comparativos entre os resultados do teste de inclinação lateral do tronco, realizados

na avaliação inicial e na avaliação final.

Teste Avaliação Inicial Avaliação Final

Inclinação Direita 44 cm 42 cm

Inclinação Esquerda 45 cm 40 cm

Fonte: dados coletados pela autora.

Na tabela 02 observa-se que no teste de inclinação lateral do tronco à direita, paciente

apresentou na avaliação inicial 44 cm de distância do dedo médio do membro superior direito do

chão, e na avaliação final 42 cm, obtendo um ganho de 2 cm na flexibilidade do movimento. Já no

teste de inclinação lateral à esquerda paciente apresentou 45 cm de distância do dedo médio do chão

e 40 cm de distância na avaliação final, obtendo um ganho de 5 cm na flexibilidade do movimento.

Em um estudo realizado por Sá e Lima (2003), com um paciente do sexo masculino, 13 anos,

com diagnóstico de Escoliose Idiopática, com total de 11 sessões com aplicações das posturas do

método Isostretching, concluíram após realizar o teste de inclinação lateral do tronco que, assim

como no presente estudo, houve melhora na capacidade e qualidade do movimento devido à

utilização das posturas que permitiram contração e alongamento das musculaturas, o que contribuiu

para o aumento da mobilidade articular e flexibilidade.

40

No estudo realizado por Wilhelms e colaboradores (2010), realizado com 6

participantes do sexo feminino, com média de idade de 20 anos, foram aplicadas posturas do

método Isostretching por 2 semanas, a fim de avaliar se o método era eficaz no ganho de

flexibilidade de cadeias musculares posterior, mostrou que o Isostretching promoveu aumento da

flexibilidade imediatamente após o tratamento, mostrando assim como no presente estudo que o

método é eficaz na promoção de flexibilidade.

No estudo de Lopes e colaboradores (2006), com 20 pacientes com queixa de

lombalgia e consequentemente com diminuição da flexibilidade da coluna, foram realizadas 12

sessões com posturas do método Isostretching. Em relação às variações da flexibilidade da coluna

antes e após o tratamento, foi observado que 11 dos 20 pacientes apresentaram relevante melhora.

Tabela 03: Mensuração do ângulo da curvatura escoliótica através do método de Cobb, em radiografias

realizadas em Fevereiro, Agosto e Outubro de 2011.

Primeira radiografia Segunda radiografia Terceira radiografia

Ângulo de Cobb 30º 35º 32º

Fonte: dados coletados pela autora.

Na tabela 03 nota-se que o ângulo da curvatura escoliótica apresentou 30º em

Fevereiro de 2011 e 35º em Agosto de 2011, em Outubro de 2011 a curvatura apresentou 32º. Nota-

se que a curvatura estava aumentando progressivamente, já que aumentou 5º em 6 meses. Após o

tratamento realizado neste estudo, foi possível verificar, não somente a interrupção do crescimento

da curva, como também uma redução de 3º da mesma, já que o ângulo de Cobb era de 35º antes do

início do tratamento, e passou a ser de 32º ao término do mesmo.

No estudo de Borghi, Antonini e Facci (2008), foram realizadas 24 sessões com

posturas do método Isostretching em 9 pacientes com Escoliose e idade média de 13 anos. Ao final

41

do tratamento observou-se que houve redução da curvatura escoliótica em 5 dos 9 pacientes. As

reduções variaram entre 2º, 4º e 9º.

Em um estudo realizado por Souza (2004), com 6 pacientes com diagnóstico de

Escoliose e idade média de 12 anos, foram realizadas 58 sessões com aplicações de posturas do

método Isostretching e Manipulações Osteopáticas. Ao final do tratamento observou-se que 4 dos 6

participantes apresentaram redução no grau da curvatura escoliótica.

Bonorino e Silva (2007), em um estudo realizado com um paciente do sexo feminino,

19 anos, com 24 sessões aplicando-se posturas de Isostretching e alongamentos na Bola Suíça, o

paciente não apresentou alteração no ângulo de Cobb, o que segundo os autores pode ser justificado

pela maturação óssea do paciente.

Figura 04: Dados comparativos da Escala Visual Analógica da dor realizada na avaliação inicial e na avaliação

final.

Fonte: dados coletados pela autora.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Avaliação Inicial Avaliação Final

Dor

42

Na figura 04 pode-se observar que na avaliação inicial a dor apresentada pelo paciente

era de número 7, o que significa um estado de dor suportável, mas de grande intensidade, e na

avaliação final apresentou nível de dor 0, o que significa ausência total de dor. Esta evolução se deu

com o desenvolver do tratamento, já que a dor lombar está diretamente relacionada com a

diminuição da mobilidade da coluna.

Em um estudo realizado por Mann e colaboradores (2009), com 10 jovens entre 18-30

anos, com queixa de dor lombar a mais de 3 meses, foram aplicadas as posturas do método

Isostretching em 10 sessões, mostrou que dos 10 jovens participantes do estudo, 7 apresentaram

redução significativa no nível da dor, e 3 apresentaram ausência total de dor ao final da intervenção.

Concluíram que a redução da dor lombar se deve a melhoras na flexibilidade adivinhas do

Isostretching.

Em um estudo realizado por Souza (2008), com 5 pacientes com lombalgia crônica,

com idade média de 29 anos, foram aplicadas posturas do método Isostretching em 10 sessões,

mostrou que, ao término da intervenção, 3 dos 5 indivíduos participantes passaram do quadro de dor

intensa para dor suportável. Concluindo que a maioria dos indivíduos participantes apresentou

resultado satisfatório com redução do quadro álgico.

Já no estudo de Macedo, Debiagi e Andrade (2010), realizado com 18 pacientes do

sexo feminino, com idade entre 18-25 anos, divididos em 2 grupos: um grupo ativo (9 participantes)

e um grupo controle (9 participantes). As pacientes do grupo ativo participaram de um programa de

tratamento constituído de posturas do método Isostretching por 20 sessões, ao final do tratamento

pode-se observar que houve diminuição significativa nos níveis de dor através da Escala Visual

Analógica da dor.

43

5 CONCLUSÃO

A intervenção fisioterapêutica em casos de Escoliose Idiopática é de suma

importância, pois através desse tratamento obteve-se a interrupção da progressão da curvatura

escoliótica e a diminuição de graus da mesma.

No quesito analisado ADM, a evolução foi nítida, com grande ganho de amplitude e

flexibilidade nos movimentos de flexão, extensão, inclinação lateral e rotação da coluna vertebral.

Este paciente obteve também a extinção do quadro álgico, que inicialmente era intenso

(grau 7), e ao final foi eliminado (grau 0). A eliminação do quadro álgico proporcionou ao paciente

melhora de sua qualidade de vida.

O tratamento fisioterapêutico com base nas posturas do método Isostretching

demonstrou ser de grande eficácia, gerando ao paciente benefícios como redução da curvatura

escoliótica, redução do quadro álgico e ganho de amplitude e flexibilidade.

O tratamento oferece então uma forma de trabalho com resultados satisfatórios, com

baixo custo ao fisioterapeuta, fácil acesso e execução para o paciente.

44

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em: <http://www.unioeste.br/projetos/elrf/monografias/2004-1/tcc/.../renata.PDF> Acesso em: 15

abr. 2011.

MARQUES, A.P. Manual de Goniometria. 2ª edição. São Paulo: Manole, 2003.

MIRANDA, A. Bases de Anatomia e Cinesologia. 6ª edição. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.

MOORE, K.L; DALLEY, A.F. Anatomia Orientada para Clínica. 5ª edição. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2007.

O’SULLIVAN, B.S; SCHIMITZ, T.J. Fisioterapia Avaliação e Tratamento. 4ª edição. São Paulo:

Manole, 2004.

48

PETERSON, L.; RENSTRÖM. Lesões do Esporte: Prevenção e Tratamento. 3ª edição. São

Paulo: Manole, 2002.

PRADO, F.C.; RAMOS, J.; VALLE, J.R. Atualização Terapêutica 2007. 23ª edição. São Paulo:

Artes Médicas, 2007.

PRENTICE, W. E.; VOIGHT, M. L. Técnicas em Reabilitação Musculoesquelética. 2ª Edição.

Porto Alegre: Artmed, 2003.

REDONDO, B. Isostretching a Ginástica da Coluna. 1ª edição. São Paulo: Chiron, 2001.

ROCHA, A. S. M. et al.. Estudo comparativo entre a utilização da técnica de Estabilização

Central e do Isostretching no tratamento de pacientes com lombalgia crônica. Faculdade de

Ciências Biológicas e de Saúde, 2008. Disponível em:

<http://www.quarkmedical.com.br/loja/QUARK/tmp/trab-cientificos/artigo_alinecarla.pdf> Acesso

em: 30 Out. 2011.

SÁ, A.F; LIMA, I.A.X. Os efeitos do método Isostretching na flexibilidade do paciente

portador de Escoliose Idiopática. Universidade do Sul de Santa Catarina. Santa Catarina, 2003.

Disponível em: <http://www.fisio-tb.unisul.br/Tccs/03b/aline/artigoalinefrettadesa.pdf> Acesso em: 26

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SASSI, L.O; MACEDO, A.C.B.; SOUZA, S.D. Análise da aplicação dos métodos Isostretching e

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49

2008. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2011/04/analise-da-aplicacao-

dos-metodos-isostretching.pdf > Acesso em 30 Out. 2011.

SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 20ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.

SOUZA, D.E. Tratamento Fisioterapêutico da Escoliose através de Técnicas de Iso-Stretching

e Manipulações Osteopáticas. Monografias do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do

Oeste do Paraná. Cascavel, fev. 2004. Disponível em:

<http://www.unioeste.br/projetos/elrf/monografias/2004-1/tcc/.../deise.PDF> Acesso em: 26 Mar.

2011.

SOUZA, V.P. Efeitos do Iso Stretching na dor lombar crônica. Monografias do Curso de

Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça, Jun. 2008. Disponível em: <

http://busca.unisul.br/pdf/94299_Vanessa.pdf> Acesso em: 30 Out. 2011.

STARKEY, C.; RYAN, J. Avaliação de Lesões Ortopédicas e Esportivas. 1ª edição, São Paulo:

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SPENSE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ª edição, São Paulo: Manole, 1991.

TRIBASTONE, F. Tratado de exercícios corretivos aplicados à reeducação motora postural. 1ª

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WILHELMS, F. et al.. Análise da flexibilidade dos músculos da cadeia posterior mediante a

aplicação de um protocolo específico de Isostretching. Ciência Saúde, Umuarama, v. 14, n. 1, p.

50

63-71, jan./abr. 2010. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/saude/article/view/3406/2308>

Acesso em: 31 out. 2011.

YOKOHAMA, T.V. A prática do Iso-Stretching na melhora da expansibilidade

toracopulmonar, verificada através da espirometria e da cirtometria. Monografais do Curso de

Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Cascavel, 2004. Disponível em:

<http://www.unioeste.br/projetos/elrf/monografias/2004-1/tcc/.../thama.PDF> Acesso em: 15 abr.

2011.

51

APÊNDICE A- DESCRIÇÃO DAS SESSÕES

1ª sessão dia 09/08/2011

Foi realizada a avaliação inicial.

2ª sessão dia 11/08/2011

PAI: 110/70 mmHg

Posição 1: Deitado. Decúbito dorsal. Pernas dobradas, pés ao solo, braços em cruz.

Posição 2: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal. Pernas dobradas, pés ao solo, braços em cruz.

PAF: 110/70 mmHg.

3ª sessão dia 16/08/2011

PAI: 110/70 mmHg

52

Posição 1: Em pé: Os pés paralelos, espaçados na largura da pelve. As pernas semi-

flexionadas, os braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente abertas e para trás. Punho fletido,

dedos estendidos e abertos.

Posição 2: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal. Pernas dobradas, pés ao solo, braços em cruz.

PAF: 110/70 mmHg.

4ª sessão dia 18/08/2011

PAI: 110/70 mmHg

Posição 1: Em pé: Os pés paralelos, espaçados na largura da pelve. As pernas semi-

flexionadas, os braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente abertas e para trás. Punho fletido,

dedos estendidos e abertos.

Posição 2: Em pé: Os pés paralelos, espaçados na largura da pelve. As pernas semi-

flexionadas, os braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente abertos e para trás. Dedos

serrados uns contra os outros.

53

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal. Pernas dobradas, pés ao solo, braços em cruz.

PAF: 110/70 mmHg

5ª sessão dia 23/08/2011

PAI: 120/80 mmHg.

Posição 1: Deitado. Decúbito dorsal. Pernas dobradas, pés ao solo, braços em cruz.

Posição 2: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal. Pernas dobradas, pés ao solo, braços em cruz.

PAF: 120/80 mmHg.

6ª sessão dia 25/08/2011

PAI: 110/80 mmHg

54

Posição 1: Em pé: Os pés paralelos, espaçados na largura da pelve. As pernas semi-

flexionadas, os braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente abertas e para trás. Punho fletido,

dedos estendidos e abertos.

Posição 2: Em pé: Os pés paralelos, espaçados na largura da pelve. As pernas semi-

flexionadas, os braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente abertos e para trás. Dedos

serrados uns contra os outros.

Posição 3: Em pé, pernas estendidas, pés paralelos, abertos na largura da pelve, um bastão é

passado atrás dos ombros, mantido pelos polegares, os dedos estendidos.

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

PAF: 110/80 mmHg.

7ª sessão dia 30/08/2011

PAI: 110/80 mmHg

Posição 1: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os braços

em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 2: Sentado. Pernas dobradas, pés apoiados ao solo, braços esticados acima da cabeça,

ao nível das orelhas, palmas da mão para frente.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

55

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 5: Em pé: Os pés paralelos, espaçados na largura da pelve. As pernas semi-

flexionadas, os braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente abertas e para trás. Punho fletido,

dedos estendidos e abertos.

PAF: 110/80 mmHg.

8ª sessão dia 01/09/2011

PAI: 120/80 mmHg

Posição 1: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 2: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 4: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os braços

em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 5: Sentado. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão dorsal.

PAF: 120/80 mmHg.

56

9ª sessão dia 06/09/2011

PAI: 110/80 mmHg

Posição 1: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 2: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 4: Sentada. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os braços

em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 5: Sentada. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão dorsal.

PAF: 110/80 mmHg.

10 ª sessão dia 08/09/2011

Paciente não compareceu a sessão.

11ª sessão dia 13/09/2011

PAI: 110/70 mmHg

Posição 1: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 2: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

57

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 4: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os braços

em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 5: Sentado. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão dorsal.

PAF: 110/70 mmHg.

12ª sessão dia 15/09/2011

PAI: 110/80 mmHg

Posição 1: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 2: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 4: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os braços

em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 5: Sentado. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão dorsal.

PAF: 110/80 mmHg.

58

13ª sessão dia 20/09/2011

Paciente não compareceu a sessão.

14ª sessão dia 22/09/2011

Paciente não compareceu a sessão.

15ª sessão dia 27/09/2011

Paciente não compareceu a sessão.

16ª sessão dia 29/09/2011

PAI: 110/70 mmHg

Posição 1: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os braços

em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 2: Sentado. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão dorsal.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

PAF: 110/70 mmHg.

59

17ª sessão dia 06/10/2011

PAI: 120/80 mmHg

Posição 1: Sentado. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão dorsal.

Posição 2: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os braços

em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

Posição 4: : Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

PAF: 120/80 mmHg.

18ª sessão dia 11/10/2011

PAI: 120/80 mmHg

Posição 1: Sentado. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão

dorsal.

Posição 2: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os braços

em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas na

vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

60

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal, braços

ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas para o alto.

Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

PAF: 120/80 mmHg.

19ª sessão dia 13/10/2011

PAI: 120/80 mmhg

Posição 1: Sentado. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão

dorsal.

Posição 2: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os

braços em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas

na vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal,

braços ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas

para o alto. Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

PAF: 120/80 mmHg.

61

20ª sessão dia 18/10/2011

PAI: 120/80 mmHg

Posição 1: Sentado. Pernas esticadas e fechadas, braços em cruz, as mãos em flexão

dorsal.

Posição 2: Sentado. As pernas dobradas, joelhos em contato, pés plantados ao solo, os

braços em cruz e estendidos, punho fletido, dedos serrados, pontas viradas para o alto.

Posição 3: Deitado. Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, as pernas são fletidas

na vertical, os pés na direção da pelve, a planta dos pés ficam face a face.

Posição 4: Deitado. Decúbito dorsal, pernas estendidas ao solo. Pés em flexão dorsal,

braços ao prolongamento do corpo, mãos em contato pela borda externa, as palmas viradas

para o alto. Fletir uma perna sobre o tronco.

Posição 5: Deitado. Decúbito dorsal, braços no prolongamento do corpo, palmas da mão

viradas para o alto, dedos serrados e estendidos, pernas fletidas, joelhos juntos, o apoio sobre os

calcanhares.

PAF: 120/80 mmHg.

Foi realizada a avaliação final.

62

ANEXO A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96).

Eu,___________________________________________________,RG_____________,

abaixo qualificado(a), DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui devidamente

esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Benefícios do Isostretching no tratamento

da Escoliose Idiopática, desenvolvido pela aluna Amanda Cornélia Ferreira Vale, do curso de

graduação em fisioterapia da faculdade Tecsoma, quanto aos seguintes aspectos: Esoliose

significa curvatura e é usada para denominar qualquer curvatura lateral da coluna vertebral.

Alterações posturais como a Escoliose interferem na qualidade de vida do adolescente,

pois este período está relacionado com a instalação, desenvolvimento e acentuação das

alterações posturais. Será realizada uma pesquisa, do tipo relato de caso, com uma

adolescente portadora de Escoliose Idiopática. O tratamento consistirá de aplicações de

posturas da técnica Isostretching, com intuito de verificar os resultados desse método para

melhora da flexibilidade e redução da dor e da curvatura escoliótica. Esta pesquisa será

realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, durante o estágio

supervisionado da disciplina Ortopedia.

Durante ou após a pesquisa, não haverá nenhum risco ou desconforto, bem como

benefícios sobre o paciente. O paciente terá a liberdade de recusar a sua participação ou retirar

o seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao

seu atendimento e cuidado. É garantido o sigilo e privacidade dos dados confidenciais

envolvidos na pesquisa. Os dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados

com fins de publicação e produção de trabalho de conclusão de curso em bacharel em

fisioterapia.

63

DECLARO, outrossim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter

entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente a participação do meu

filho_________________________________________________ nesta pesquisa.

64

QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Objeto da pesquisa

Nome:..................................................................................................................................

RG.............................. Data de nascimento:........ / ........ / ........ Sexo: M ( ) F ( )

Endereço: ..................................................................................................... nº................

Bairro:.................................... Cidade:............................ Cep:..................... Tel:..............

_____________________________________

Assinatura do Declarante

DECLARAÇÃO DO POSQUISADOR

DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no Capítulo IV da

resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária o termo livre e esclarecido do

declarante acima qualificado para realização desta pesquisa.

Paracatu, 13 de setembro de 2011.

___________________________________________

65

ANEXO B- FICHA DE AVALIAÇÃO POSTURAL

FICHA DE AVALIAÇÃO POSTURAL

CURSO DE FISIOTERAPIA - 2011

Dados Pessoais:

Nome: ________________________________________________________________

Data Nascimento: __________ Sexo: _____________ Data da Avaliação:____________

Avaliação Postural

Vista Lateral

1) Articulações dos tornozelos: Ângulo tíbio-társico ( ) Preservado

( ) Aumentado D/E

( ) Diminuído D/E

2) Articulações dos joelhos: ( ) Alinhados

( ) Fletidos D/E

( ) Hiperestendidos D/E

3) Articulações dos quadris: ( ) Alinhada

( ) Fletida D/E

( ) Estendida D/E

4) Pelve: ( ) Alinhada

( ) Retroversão

( ) Anteversão

66

5) Coluna Lombar: ( ) Curvatura Lateral

( ) Aumento da Lordose

( ) retificação da Lordose

( ) Aumento da lordose tóraco-lombar

6) Coluna Torácica: ( ) Curvatura normal

( ) Aumento da cifose

( ) Retificação

7) Articulação do cotovelo: ( ) Alinhada

( ) Aumento da flexão D/E

( ) Com hiperextensão D/E

8) Articulação dos ombros: ( ) Alinhados

( ) Com rotação medial D/E

( ) Com rotação lateral D/E

( ) Com protação D/E

( ) Com retração D/E

9) Coluna Cervical: ( ) Curvatura Normal

( ) Aumento da lordose

( ) Retificação da lordose

10) Cabeça: ( ) Alinhada

( ) Com retração

67

( ) Com protação

Vista Posterior

1) Articulações dos tornozelos: ( ) Alinhados

( ) Com varo D/E

( ) Com valgo D/E

2) Articulações dos joelhos: ( ) Alinhados

( ) Com valgo D/E

( ) Com varo D/E

3) Coluna Lombar: ( ) Alinhados

( ) Convexidade D/E

4) Coluna Torácica: ( ) Alinhada

( ) Convexidade D/E

5) Ângulos inferiores da escápula: ( ) Alinhados

( ) Desalinhados mais alto D/E

6) Posição das escápulas: ( ) Alinhadas

( ) Alada (s) D/E

( ) Abduzida (s) D/E

( ) Aduzida (s) D/E

68

7) Triângulo de Tales: ( ) Simétrico

( ) Maior D/E

8) Articulações dos ombros: ( ) Alinhados

( ) Ombro mais alto D/E

9) Cabeça: ( ) Alinhada

( ) Inclinação lateral D/E

( ) Rotação D/E

Vista Anterior:

1) Hálix: ( ) Alinhado

( ) Valgo D/E

2) Articulações dos joelhos: ( ) Alinhada

( ) Valgo D/E

( ) Varo D/E

3) Patelas: ( ) Alinhadas

( ) Patela mais alta D/E

( ) Patela rodada lateralmente

( ) Patela rodada medialmente

4) Articulações dos ombros: ( ) Alinhados

( ) Ombro mais alto D/E

69

( ) Rotação medial D/E

( ) Rotação lateral D/E

5) Cotovelos: ( ) Alinhados

( ) Aumento da flexão D/E

( ) Hiperextensão D/E

6) Cabeça: ( ) Alinhada

( ) Inclinação Lateral D/E

( ) Rotação D/E

70

ANEXO C- ESCALA VISUAL ANALÓGICA DA DOR

71

ANEXO D- RADIOGRAFIAS

Fevereiro 2011- 30º Cobb

Agosto 2011- 35° Cobb

Outubro 2011- 32º Cobb