benchimol. reforma urbana e revolta da vacina na cidade

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  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    1/29

    eforma urbana e evolta da

    Vacina na cidade do io de aneiro

    aime enchimol

    Pesquisador

    da

    asa

    de Oswaldo ruzlFiocruz e Professor do Progra-

    rna de P s g r a d u a ~ a o em Hist ria das ienciasda Saude

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    2/29

    Em fevereiro de 1906, numa

    pra< a

    recem-ajardinada do Rio de Janeiro, foi

    inaugurado um chafariz de ferro oferecido por industriais portugueses, do

    Porto, ao prefeito Francisco Pereira Passos, que cumpria os ultimos meses de

    seu mandato de dezembro de 1902 a novembro de 1906).

    o

    discurso que

    proferiu entao,

    0

    dr. Aureliano Porrugal, medico da saude publica, enalteceu

    as vi

    tori

    as

    alean

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    3/29

    II

    I1II II I I I I I I1111

    II I

    I 11111 ,,111111 1111 I III VI I I I I I

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    il11ento

    de agua e a recirada ' 'sgotO'l

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    s e r v j ~ o s

    pllbli os , a cargo d emp

    .. SIIS

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    III

    I

    A segunda

    r e v o l u ~ o induscrial- ados

    artefacos de ferr n 0, dos

    III II

    de cap ital , das ferrovias e navios a vapor - consagroll p deri

    1111111 1111

    d I

    Inglaterra, nao obstante outros paises, revolucionados

    tamblSl11

    l ln

    1\1111111

    industria, despontassem como serios concorrentes.

    As

    exporta

    s

    I,

    t II

    tal, sob a forma de emprestimos publicos e investimentos diret

    s,

    illlplil 0

    naram a

    m o d e r n i z ~ o

    de economias perifericas como a brasileiranfl

    II ''''1

    1111

    1.

    metade

    do

    seculo XIX,

    apardhando-as

    para responderem aos

    11

    v s

    rill I

    de materias-primas e produtos industrializados.

    No Brasil, esse processo teve outras dimensoes:

    a b o l i ~ a o

    d Cr< fi

    0 II

    greiro em 1850j

    c o n s o l i d ~ o

    polftica do Imperio; expansao do caf . gill'll

    contra

    0 Paraguai (1864-70); expansao demogrMica; e m p l i ~ o

    gr. dnl

    V.

    do

    trabalho livre, sobretudo nas cidades,

    Na

    decada de 1870, 0 imp 'rio

    lil

    D.

    Pedro

    II

    e dos baroes do cafe parecia viver urn apogeu de grandeza ' .

    t ,

    bilidade, e 0 Brasil, seu destino de pals essencialmente agricola.

    Rio til

    Janeiro era 0 mais prospero emporio comercial e financeiro. No meS111 I'il

    mo em que as fazendas

    do

    vale do Parafba absorviam 0 contingence finol

    I

    escravos

    do

    pals,

    pdo

    trMico interprovincial, abriam-se nessa cidade

    1 1111

    des bolsoes

    para 0 trabjlho

    assalariado. As novas

    r e l a ~ o e s

    de cr::tbnlht

    viabilizaram urn saito de qualidade na c i r c u l a ~ a o de mercadorias, bas

    I

    economia urbana.

    Nao

    obstante a f o r m ~ o de manufaturas

    important s,

    setor produtivo continuava a ser urn apendice da

    i m p o r t ~ o

    e expor t, 0

    I I I , III I

    I(

    II VII I \ 111 II ,

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    disciplinar esferas III

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    reforma urbana foi, na

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    ~ o e s

    de

    I11llltiplas f o r ~ a s ,

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    as

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    IV 11

    : l l l encia, no Brasil, da febre amare1a, peste buboni 1 1'

    l l n l d l l l l I \

    II 1

    stavam

    no

    cerne da

    grande

    controversia

    entre II l:'l',i 011 I III

    I

    111111

    1

    tagionistas em todas as areas de influencia da medi

    inn

    Itrop

    lil (ALII /1111

    1948; Ferreira, 1996, 1999). Isso for ta lecia a ar unl tlLI\ III

    II 111.1

    I'c

    nativos para refutar a

    c r e n ~ a

    disseminada entre cur

    I 'II.', I, 1\\11

    1111

    cos eram irremediavelmente malsaos, degenerativos, illl\. ( 111111\ C

    I

    l i z a ~ a o .

    A febre amarela aportou na capital do Imperio n v '1',\0

    (ho Ill-II)

    justo

    quando

    pareciam despontar nela os primeiros sinais

    1:\(111(,11 'ivil')

    que florescera nas zonas temperadas

    do

    Velho Mund , '1I1:dis:lllllo

    I

    ~ o e s

    que expuseram as entranhas de uma sociedade ainda p

    r

    Oflilldllltll

    comprometida com a escravidao (Chalhoub,

    1999,

    p.

    76). Ao

    .1 lotlll

    providencias que consideravam de cunho cientffico, os higicni IllS I

    iVC'

    de conquistar e s p a ~ o aos defensores

    da

    e x p l i c a ~ a o religiosa,

    qu 'llelll,lV

    o

    chamado vomito

    negro como m a n i f e s t a ~ a o da ira divina, a s r

    :111.1

    com rezas e procissoes. Em c o m p e n s a ~ a o para os fil6sofos mal 'l'i:dh.1

    era

    uma d o e n ~ a

    importada

    pelo trafico africano, daf sua relativa b llil . i

    de para os negros idem 1999, p. 60-96).

    Embora haja evidencias da

    p r e s e n ~ a

    da febre amare1a no Brasil I

    1694,2 foi somente a partir de meados do seculo XIX que se tornotl II

    1\1'l

    1111 I III til III

    II II

    III I II II Ie II11V II I I III l l l l l l l t l l I

    111111

    I , 0 I II 1110 d

    I

    II Ii i

    II

    d Ie 1111 I , 1 / d i l l II C I. I p o l d

    III, IHIII I 01111 I I I

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    pr pri p rt rc cbcu scus prim ir s melh ram

    11-

    III

    rr uinda tc a vapor no cais da

    AI

    Hindcga, ndc

    III

    I

    I) oi

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    m o v i m n t ~ o

    de carga ,

    ( I M'I'vil,:os

    p(,lli

    S -

    i l u m i n a ~ a o a gas, redes domici li ares de agua c

    I 1\11111 , IiIlIP /,:1, Ir:lnsp

    rec

    urbanos etc. instalados por empresas estran

    1\1 I III I 1 111 nlglllls

    ns

    s, naci nais, empregando assalariados, ajudararn a

    II

    Illlv

    I II

    siSI 111:1 s ravista de c i r c u l a ~ a o desses elementos, assim

    como

    a

    I 1I111llldil

    1 ) I I I ~ s t i u em que se fundava a auto-suficiencia das moradas se

    nltlll j I N, oillpanhias de bondes comandaram 0 espraiamento da malha

    III

    It 11111 pnrll III 'Ill do antigo perfmetro da Cidade Velha e seu desdobramen

    III

    Il l 1'1I1t',:l idadc Nova.

    IH

    ..

    :lr

    da

    f r m ~ o

    de

    novos

    bairros,

    i am se

    condensando na area

    I I 1111 r 'Ill idadcs crfticas, oriundas da crescente incompatibilidade entre

    I IlIlil\lI Slrlltllra material e as novas

    r e l a ~ o e s

    economicas capitalistas que

    11111 ,C'

    Ilrai l,avam,

    As

    ruas estreitas e sinuosas

    eram congestionadas

    pe

    II H IlllVON f1l1xos

    de

    homens

    e

    mercadorias,

    inclusive

    artefatos de

    ferro de

    I\I.lntlc

    porte, entre

    0

    terminal

    ferroviario,

    a

    o rl a do

    porto

    e

    0

    dedalo

    III

    1(.lll(il da cidade.

    No populoso centro

    coexistiam

    escritorios

    e ban

    I

    lIN, 10j11S,

    depositos, oficinas, trapiches,

    predios

    publicos,

    moradias

    par

    tHldnr 'S

    111 sobrados

    e casas terreas, armazens freqiientemente associados

    COI'I i ~ o s

    e estalagens, velhos casaroes

    aristocraticos subdivididos

    em

    ,

    IllOd

    s exfguos e sujos para famflias inteiras de trabalhadores. Uma

    1I11i11 idao heterogenea, flutuante, morava e

    labutava

    na a re a c entr al do

    It io d Janeiro. Havia total contigiiidade

    entre

    0 mercado

    onde

    essa for

    \,1 d trabalho, agora livre, se

    punha

    avenda e 0

    mercado on

    de as diarias

    C

    os '1 1I1hos

    incertos

    se

    convertiam nos elementos

    indispensaveis

    a

    sua

    ,obI' vivencia,

    ,MJl

    I I 1111 N HI

    - JAN IR

    236

    237

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    5/29

    II III II I I 1111111 IIII

    II

    1 III I

    1I111AII I

    II

    1111 II V

    111111

    1111 IIIIAIII

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    III ii i 1/1111 111

    d I (111111 I JI I 1111111 I ,'I II( I I 1111

    II

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    1110

    tel do I III

    111111

    lilli, (1) 1/; AI

    1111

    1111, (()HII).

    It

    lilt Iii

    I I I illve III

    111 IV 11

    III

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    11111

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    II

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    (;1 11 II II d

    IlIl'.i I I P(.llin I '(nzin, t nn illtuit I I V'I' t pl't Vt'lI11

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    d dnd s btid Scom :luxfli cla:l tr

    11

    mia, g graCia, 10 rill, 1I11 11111

    llist ria, c n mia c cstat(sti a,

    Ano de mangas, ana de febre amarela , diziam s c ari as, 'xp t Itld

    'm linguagem coloquial a r e l a ~ a o que os medicos cstabcl iam

    'lIll

    0 IIlc I

    a umidade e

    as

    epidemias de febre amarela. Excetuando-sc s, nos I, I

    Hil

    a 1869, elas davam com a regularidade de outros frutes saz

    liniN, (,111(11

    na e s t a ~ a o calmosa , aquela longa temporada de calor e chuvas I I

    0111

    ~ a v a lei por novembro e s6 terl11inava em

    m r ~ o

    ou abri\. As :lllnlogiaN

    1 0111

    mundo

    vegetal

    nao

    terminavam af: supunha-se que,

    como

    Olltras pl.lll .' ,

    febre amarelase ambientavaa

    p e r f e i ~ a o

    nas baixadas litorancas,

    'S\ i:111I1I1I1

    nas cidades portueirias, onde as materias em p u t r e f a ~ a o de orig III vq',I'I,d

    animal, constitufam humo ideal para ela.

    As epidemias de

    vadola

    aconteciam, em geral,

    no

    inverno.

    0

    I

    I

    II

    1

    giu

    0

    Rio de Janeiro em 1855-56, na cauda

    da

    terceira pandemia

    cl ,'1111

    XIX,

    e

    na

    decada de

    1890,

    pouco

    tempo

    antes de 0 Brasil ser alcan ndo I

    outra pandemia, a da peste bubonica. A tuberculose, as disenterias n l l:d

    II

    e febres chamadas po r dezenas de nomes crepitavam como f1agelo

    na capital e nas provfncias,

    Os higienistas foram os primeiros a formular urn discurso arti IIlado

    bre

    as c o n d i ~ 6 e s

    de

    vida

    no

    Rio

    de

    Janeiro, propondo i n t e r v e n ~ o SHlni 0

    menos

    dreisticas

    para

    restaurar 0 equillbrio do

    organismo

    urbano. S (l I

    tanos, como dissemos, eram considerados os principais focos de

    exab

    : 0 d

    miasmas, os pestfferos gases que causavam as d o e n ~ a s epidemicas.

    Hlel

    1111 I

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    nSI t s da vida urbana a aI'S da [gr j ,d a ~ m : l r .

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    Illci quela crise san it :h i,

    I ,11 1(11 p(d Ii 'n S t rnou I11petencia de

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    poder

    autonolllo. Em 5 d

    v( I

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    d I/L

    0,

    Mini terio do Imperio formou uma Comissao Central

    ~ l l I d t

    1 (,1 Ii

    'n, . mp sta de oito membros da Academia, um professor da

    I(

    IIldllck d . M

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    ina e

    0

    presidente da Camara Municipal, medico tam

    111,

    11,111

    S

    'I

    'lIIbr ,cxtinta a epidemia, a Assembleia Geral criou uma Co-

    II It Eng ' nh i ros,

    que

    durou

    s6

    ate

    1859,

    e

    uma

    Junta

    de

    Higien

    (oi rcgulamentada em setembro de 1851. Com

    pouco

    pessoal,

    IClI tll1 (1I1l ,:

    S falta de unidade e recursos, nao resolveu os problemas sob

    tic; Ida atll u

    pouco

    nas provfncias, Em

    1886,

    a

    Junta Central de

    Higie

    l l(hli

    'n

    tr:lIlsformou-se em Inspetoria Geral de Higiene, dela se separan

    I

    I I l ~ p 'I

    ria Geral de Saude dos Portos. 0 raio de desses 6rgaos

    I

    I

    illgin-s a cidades litoraneas, com total predominancia

    da

    c a b e ~ a ur

    d pars, 0 Rio de Janeiro.

    ( NIllcdicos que se ocupavam da higiene publica situavam as multiplas

    1 1 1 ~ n s b

    febre amare la e de outras

    o e n ~ s

    epidemicas, de urn lado, nas

    I'l'disp i oes organicas dos indivfduos, de outro,

    no

    meio ambiente - tanto

    11111 \ll cza

    daquelas

    lati tudes t6rridas,

    consideradas

    como

    hostis

    a

    j l I 1 : l t : \ ~ i i o do europeu,

    como

    0 ambiente artificialmente criado

    pelo ho-

    'III 1l0S cadinhos em e b u 1 i ~ a o que eram as cidades oitocentistas, Os

    corpos

    10 'ntes eram perscrutados

    por

    meio do ferramental da clfnica e das novas

    238

    239

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    6/29

    II

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    como

    f

    rmcntadores OU

    plltrcf:lt ri 5, lib 'rnlld

    IlllVt'1I

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    ll1i:'tsm:lS

    sobre

    a c idade, s h i gi en ist as

    condcnavam

    I1tro

    asp

    II I dn viua III'bnna:

    corpos cram entcrrados

    nas igrejas,

    a l ~ i m a i s

    mort Ser:l111

    III

    I ItI( II I II f l I : l ;

    p r

    todos

    os lados havia

    monturos de

    l ixo e valas a cel l

    abcrt

    '

    ,

    III

    1l.ldOllr lIgues,

    mercados eram perigosos tanto do

    ponto

    de

    vista d

    1I1('p,ridll

    Ids alimentos

    como pOI'

    serem potenciais

    corruptores do ar;

    Illhi i

    ':\S,

    h spirais e pris6es igualavam-se

    na ausencia de

    regras

    h i g i i n i c ~ s

    c

    dill i pli nn r ; as r uas e s tr ei ta s e

    tortuosas

    dificultavam a r e n o v a ~ a o

    do

    ar e a

    p

    '11('1 mc;:1

    da luz

    do

    sol ; as

    praias eram imundos depositos de

    fezes e l ixo;

    qll Ise nil havia

    p r a ~ a s arborizadas

    no

    Rio de Janei ro , que

    era assim como

    'orpo

    scm pulmoes,

    s II igienistas

    puseram

    em evidencia a maior

    parte

    dos

    nos g

    dios

    que

    1111

    ('l1l;l'nhciros

    tentariam

    desatar, A

    cidade

    edificada sem

    meto- 0

    e sem gos

    In I ,v 'rill SCI'

    submetida

    a u rn plano

    racional que

    assegurasse a r e m o ~ o dos

    pnlll'l's

    tin area central,

    a

    expansao para bairros

    mais salubres, a

    i m p o s i ~ a o

    dl lit I'Inns para tornar mais higienicas as casas, maislargase retilineas as ruas

    c'll',

    1\1 ja

    los

    em

    i n s t i t u i ~ o e s

    cuja

    capacidade

    de

    influir

    nas decisoes

    do

    Esta

    do

    '

    tI

    capi tal foi muito menor do

    que supoem

    os

    historiadores de

    vies

    lOll

    'lIultiano, os higienistas,

    ainda

    assim,

    contribuiram para que

    fossem

    pro

    IIl1dgadas as primeiras leis

    regulando 0 crescimento da

    cidade.

    Ainda que nao

    'Ilham

    conseguido

    deter

    as

    epidemias, ajudaram

    a

    promover m u d n ~ s

    as

    v 'zcs substanciais

    t an to nos pad roes de

    sociabilidade

    como

    nas formas de

    r I n i z a ~ a o do e s p a ~ o

    (Machado,

    1978;

    Costa,

    1979;

    Rodrigues,

    1997),

    A

    Illcdicina social

    que praticavam mostrou-se

    eficaz,

    sobrerudo, na sedimenta

    de

    urn discurso

    sobre 0

    urbano cujos

    argumentos

    se

    repetem,

    ate

    0

    co

    do

    seculo

    XX,

    em

    tudo 0 que escreveram os

    engenheiros,

    politicos e

    atores

    sociais, Esse

    discurso infiltrou-se no senso comum das

    eli tes e

    2 4 0

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  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    7/29

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    dios publicos e

    pani

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    dade

    do

    Rio de Janeiro.

    Viajou de novo

    para

    a Europa em

    1880

    e visit

    11

    bri

    ':IS,

    t'llIJlI

    I I, t il

    transporte, siderfugicas e obras publicas na Belgica eH landa. Erll

    :11

    ril dc' IHH I

    foi contratado como engenheiro consultor pela ompagn i 11

    ,'nlc'

    tI '

    Chemins de Fer Bresiliens, constitufda pOI' Gustave Delahanl

    pI'

    pl'i'l IIi i

    dos ate li es de Bacalan, em Bordeus , e Aime

    Durieux, dirNor d. S

    i 1

    Anonyme des Ateliers de la Dyle, em Louvain,6 Passos fixou-se n Par:ln, It)

    regressar, e quando a ferrovia entrou em operarao em 1882

    as

    .

    , ,surnlll , 11

    de.

    J a n ~ l r o

    a

    ~ r e s i d e n c i a

    da

    Companhia

    de Car ris (Ieia-se b nde ) de

    Sao Cnstovao.

    DO s

    anos depois, adquiriu

    para

    ela

    0

    projeto de uma avenid:l

    elaborado pelo arquiteto italiano Giuseppe Fogliani. A ser executada

    no

    centr

    da cidade, era

    a n t e c i p a c ~ o

    futura\avenida Central, que seria realiza

    da em sua ges tao como ~ r e f e l t o V l l t ~ ano\ depois.

    No

    Congresso, 0 proJeto da avelllda fO

    apadrinhado

    pelo senador Fran

    cisco,Belisario S o ~ r e s de Sousa, que

    o ~ ~

    Passos em sua ultima via

    gem a Europa.? Tmham ficado impressionados com

    as

    renovac;6es urban

    as

    no Velho

    Mundo.

    Nao se pense no Brasil que somente as capitais ricas e

    p o p u l o s a ~

    se lanc;am em tais empresas, nao: e urn arrastamento geral que das

    grandes cldades partiu para

    as mais pequenas, sao obras consideraveis em

    preendidas ao mesmo tempo em toda

    parte,

    com

    0

    fim de salubridade co

    modidade

    e

    beleza. Os

    discursos de Soares de Souza

    (1882

    p

    122 ' )

    . ,. e segs.

    martelavam Idelas a que boa parte das eli tes ja havia aderido: era urgente

    submeter a cabec;a urbana

    do

    pafs a cirurgia

    tao

    drastica

    quanto

    a executada

    pOI'

    Haussmann em Paris. As grandes empresas a executariam, cabendo ao

    Estado a tarefa de conceder-lhes privi legios jurfdicos e fiscais inclusive a

    garantia de juros

    que

    dava

    as

    empresas ferroviarias, para que f ~ s s e viavel e

    lucrativa a

    o ~ e r a c a o 0

    senador tomava

    como

    exemplo Bruxelas,

    onde

    uma

    e ~ ~ r e s realizara excelente neg6cio

    demolindo

    todo urn bairro

    popular

    e

    edlfIcando, em seu lugar, urn bairro burgues. Lamentava a situac;ao do Rio

    de Janeiro, cuja populac;ao era vftima de

    toda casta de febres que a natureza espalhou pelo mundo, a

    come11

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    de

    terra, demolier-cs, onStI'lI'; , III III

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    escala, tudo isso constil:uindo, como esabido, fat

    rcs

    d . pro \llId

    I II 11111

    baerno no seio de uma sociedade bem consolidada, m II1nis (Wil

    I II

    lilt

    de

    um

    aglomerado efervescentee instavel [00'] em plena

    fos

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    III fell 11111 .1

    1111

    II I

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    Superando

    as

    epidemias anteriores, a febre amarela abriu t I I l l

    III

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    ell

    I,

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    I

    mortos em

    1891,

    sobretudo nas freguesias centrais, onde I'll m,liol (111111111

    1 0 de

    h a b i t a ~ 6 e s

    coletivas, conceito que abrangia, sobretud

    'Oil

    I II I

    lagens e casas de comodos,

    a s , v e z e s , t ~ m b e m

    q u a r t e i s p r i s ~

    ,lc'lIlloll 1111 ,

    manicomios, hospitais etc, vanola Vlt1mou

    3,944

    habltanrc ,

    A III d I II III

    responsavel

    pOl'

    2,235 6bi to A tuberculose , na o menos rer r v

    1

    l

    till

    I

    inacessfvel a uma profilaxia rigorosa , ceifara

    2.202

    vidas em 18 0

    ('

    ,I

    1 1

    no ana seguinte.

    Segundo Bento

    o n ~ a l v e s

    Cruz, fazia-se

    tudo

    quanto era ra

    i

    n.lIlIcll

    te aconselhavel para reduzir

    0

    impacto dessas

    d o e n ~ a s

    - visitas cor r

    aumento das a c o m o d a ~ e s dos hospitais de isolamento, d i s t r i b u i ~ a I ,I,

    'p;:C6quias de medicos para fiscalizar as c o n d i ~ 6 e s de higiene etc. -funda IN

    sim, reconhecia

    0

    insucesso bem pouco lisonjeiro dessas medidas,

    Al

    '

    ()

    c o m e ~ o de

    1891,

    escreveu 0 medico demografisra Aureliano Portugal, pll

    recia ser uma questao inteiramente resolvida e elucidada 0 magno pI' bl I IHI

    do saneamento da cidade do Rio de Janeiro [... ], 0 acordo entre os higi lIis ..

    tas brasi leiros era, pelo menos aparentemente, unanime, A e x e c u ~ a o dlls

    medidas propostas pelo

    II

    Congresso de Medicina faria surgir, como sc d II

    ultimamente em Napoles, uma nova cidade salubre e higienica, em substitlli

    d I III \

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    II.

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    11111 dl : I

    do minislro In Fazenda

    do governo

    republican

    pr vi

    1 1)1

    I III II I hosn slibslilllill u ro , omo Jastro das emiss6es bancarias,

    pOI'

    dildos dlt d vi h f I ral, atribuindo a bancos de tres regi6es geogdfi

    ::IS

    II

    II I illd.ld

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    '1I1itir bilhetes com valor monerario, Surgiram, enrao, num

    0

    1'/ 1I1J1rCNilS merciais e indusrriais, houve desenfreada e s p e c u l a ~ a

    II I loiN I

    :\ 0

    ,b de dois anos, falencias e

    i n f l a ~ a o

    incontrolavel. AI m

    il l Ill'gocinrem projetos como 0 da

    grande

    avenida (Vaz e

    Cardoso,

    1

    '

    111 ), fll1l1bram-se diversas fabricas de bens de consumo

    corrente.

    Com

    II

    I pl'i

    III iI

    I v o l u ~ a o industrial inglesa, 0

    setor

    de ponta

    era

    0 de

    f i a ~ a o

    I Ic' : tg 'Ill, que se i ns ta lou em bairros afastados

    do cen tr o d o

    Rio de

    / , lI lr i l o. A p r o d u ~ a o de carateI ' a rtesanal e

    manufatureira

    expandiu-se,

    I IIlIh I l l , na idade Nova, na orIa

    portuaria

    de Saude e Gamboa e em Sao

    .,ISI

    IV:

    ,

    bairro que perdeu

    0

    antigo prestfgio aristocratico, converten

    In NC 111 densa zona industrial.

    (;1' 'sccram os bairros residenciais servidos pelas linhas de bonde, ao suI e

    10 III

    rt

    e os suburbiosmais distantes, ao longo dos eixos ferroviarios. Ape

    ,ll'diss

    epicentro da crise era ainda, e cada vez mais, 0 miolo do Rio de

    /,111 'ir , a Cidade Velha e adjacencias, onde progredia a c o n d e n s a ~ a o

    poplIbcional em h a b i t a ~ 6 e s coletivas e onde as epidemias causavam devas

    I It;

    'S

    jamais vistas, exacerbando a fama internacional que

    0

    Rio tinha de

    'i

    hde

    empestada e mortffera,

    No relat6rio da Inspetoria Geral de Higiene Publica - transferida, na

    t 'ptlblica, para a esfera municipal-, de janeiro de

    1891

    a maio de

    1892,13

    244

    245

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    9/29

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  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

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  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

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    m tese sobrc A veiculafJo microbiana pelas agllis

    E,

    jan ir de 1893, Oswaldo Cruz casou-se com Emilin dn

    JlOl1s('(

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    I d ' 11111 rico ncgociante portugucs, e com cia teria seis

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    d I, pI vel' a subsistencia da familia levou-o a assumir a clfni a do

    IHI

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    fal cra no ano anterior, meses depois de assumir

    0

    cargo de illNI '10l

    /II I

    I

    d . J-[igiene. Em agosto de 1894, Oswaldo Cruz conhecel1 scu full1ro II

    (jill

    I

    f , 0 dr. Salles Guerra,

    numa

    conferencia medica a rua Jardim

    B t.

    lIil II

    pareceu-me modesto, timido, pouco loquaz , escreveria Guerr. (I '10, p

    25). Tinha 22 anos e ja e ra pai de uma men ina de meses, que ad 'II dhl

    dcpois. Chamado para examina-Ia, Guerra deparou, em ampla saln 10 t I

    reo, com provido laboratorio de analises e pesquisas, aparelhad 1 111

    I

    I

    pensei eu, para 0 numero provavel de exames que profissional til

    jove

    II

    poderia ter [...]

    Nao

    escapou a Oswaldo Cruza minha Tacita surprcS:1, I'

    1111

    diu logo: 'Foi presente de meu sogro, presente de casamento'' ' .

    Em 1896, com a ajuda do sogro, Oswaldo Cruz viajou aFran a par I C

    a p e r f e i ~ o a r

    no Instituto Pasteur, Tenciona estudar apenas a bacteri

    1\11

    suas a p l i c a ~ e s asaude publica, mas repetiam-Ihe [...] laboratorio e ba I I 0

    logia nao rendem para a m n t e n ~ da familia [. ..] receoso e mal cony nj 10

    sedecidiu pelo estudo da urologia apesar de 'abominar a clinica domicili. rin '

    Ao relatar os dois anos de permanencia de Oswaldo Cruz em Paris, lIl'll

    lid,I 1111111\ IVIIIIII dl

    I

    111 111111 III

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    depois denominado Plasmodilllll

    /( ).

    IIl1t .,

    fOrtlll1

    alguns epis6dios do conflituoso processo transcorrido nn

    i H1.1

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    H( 0, cnvolvcndo diversos atores sociais em desacordo sobr

    111110,

    til'o, :1 profilaxia e

    0

    tratamento de o e n ~ s que grassavam nos

    Cll

    II I ball Sdo Sudeste brasileiro ja convulsionado pelo colapso da escravi

    II , II I ll XIIrrada imigratoria, as turbulencias politicas decorrentes da

    I I I ~ I t ; f i o

    do Republica e as turbulencias economicas associadas

    a

    crisc

    I

    II

    ( : II

    ssa r e v o l u ~ a o industrial retardataria ,

    Ollt I () ' pi s6dio bem documentado foi a chegada da pes te bubonica a

    111

    1899,

    e os conflitos s u s i t ~ l o diagnostico feito

    por

    Adolfo

    Vit:ll Brazil,

    Chapot

    Prevost e 6swaldo Cruz, e

    contestadopelos

    clini

    I' ,

    mcrciantes daquela cidade portuaria, que escoava grande parte da

    odtl(;iio cafeeira do Brasil (Telarolli, 1996; Antunes

    et

    i 1992). A peste

    )11

    a

    c r i a ~ a o

    dos institutos soroteriPicQ.-d(Butanta e de Manguinhos.

    pri ll l ' iro, chefiado por Vital Brazil, logo se desprenderia do Instituto Bac

    1 iol ) i 0 de Sao Paulo, singularizando-se pelos trabalhos fundamentais na

    do fidismo. Oswaldo Cruz assumiu a d i r e ~ a o tecnica

    do

    Instituto

    2 50

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  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    12/29

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    c o n s e q i i ~ n c i a

    das facadas desferidas pe lo

    II )II

    \.111,

    Mnr

    Iin

    Bi

    po de Melo. Salles Guerra alonga-se no

    relato

    da

    t 0 Dr yills,

    qu

    , cm 1898, cindiu a F r a n ~ a em

    dois

    campos host is , um

    Itlo (0111 as (01 as de r e a ~ a o polftica, militar e anti-semita, outro for

    1.10

    pi 1.11i l. orr IItes libcrais e socialistas galvanizadas

    pelas

    audaciosas pa

    I do C1'ilOr

    Emile

    Zol a. Foi um l evedo

    que fez

    fermentar os animos,

    t 1IIII'II1e

    OIllO

    a

    revolt

    entre nos , e sc reveu Oswa ldo Cruz. o n h e ~ o

    I, i ll lc ira s face ladas

    pela divergencia das opini6es

    em ta l

    assunto.

    ()

    waldo r uz ( re qi ie nt ou 0 Ins ti tuto Pasteur em pleno

    boom

    de

    desco

    ( It , Ik

    mi

    organismos patogenicos

    e

    quando pareciam ilimitadas

    as

    pers

    0

    IIv

    N

    II: 0 apenas das

    vacinas, para

    a p r e v e n ~ a o de d o e n ~ a s

    infecciosas,

    I I

    l.ltllb Ill da

    soroterapia,

    com fins curativos, com base na tecnologia

    re

    II I d( Nl nvolvida para 0 tetano e a

    difteria

    pOI'

    Emil

    von Bhering, Shibasaburo

    11.1 ,110 ~ m i l e Roux, e pOI

    este

    apresentada ao VIn Congresso Internacio

    II

    (It-

    Iii Ii ne e Demografia, realizado em Budapeste, em setembro

    de

    1894,

    Ao I

    C

    ressar

    ao Brasil, em 1899,

    Oswaldo

    Cruz

    montou urn consultorio

    In

    nr,:as geniturimirias e

    urn laboratorio

    de

    analises

    clfnicas - 0 primeiro

    C

    Ipital - na travessa de Sao

    Francisco,

    atual rua

    Ramalho

    Ortigao,

    Sua primeira experiencia importante como bacteriologista a s e r v i ~ o

    da

    Itld Pllblica

    teve lugar antes

    da

    viagem

    a F r a n ~ a pOl

    ocasiao

    da

    epidemia

    S('11 (I I

    4)

    dCIi lIil1n

    ''t

    olllngiol1iNllIO

    1 01111111\11111 ..

    \ m i l l d P

    'I

    t

    III) 'I' '01 r pnp ,I TU

    -inl las

    -Oil lit;

    ('S illl I

    jl

    II

    f,

    Ill'

    1IId), I ,1(I1,j liS nn nlivn 5 U innlividnd

    cl

    s I m s do

    11'1'1

    dl 11

    Iras

    I l I ~ a s

    'X

    'I' i. nsid 1 , v

    ,I

    influlln in

    115 ap

    naS sol

    I ,I

    11111 I

    sail

    it .

    ria d val d

    Parafba

    m s

    bre

    a

    mpre

    nsa

    da ( bl l :1111111

    II,

    1/11 permitia

    cxplicar

    archer az nal e a e pecifi j dad g r. fit I dlt dt II

    S gllnd

    a oden theorie (teoria do s

    10), para

    qu

    0

    rress \111UI qllde

    111

    ram

    necessarios

    quatro fatores: a lcm do germe, d e t c r m j n a d n ~ (Olldl

    rclativas

    ao lugar, ao tempo e aos

    indivfduos. POl'

    si

    s6,

    0 g rn l

    11:

    ( ),

    II I

    I

    n d o e n ~ a 0 qu e exclufa 0 contagio direto, A

    suscetibilidad

    j

    Il

    livid

    importante, mas

    variaveis

    relacionadas ao

    clima

    e a o s ol o c ram i l l d i ~ p l II

    veis para

    explicar tanto os acometimentos

    como as

    imunidad

    s

    de

    illdiv dlll

    e

    regi6es:

    tais

    variaveis

    agiam

    sobre 0 germe , que

    amadurc ia

    Ir 1111 10

    maya em

    materia

    infectante de

    maneira

    analoga a transformas;ii

    eln S

    lilt

    I

    em planta,

    Para os partidarios

    de

    Pettenkoffer no Rio deJaneiro

    - 0

    citad AIlI I'll

    Portugal era urn deles a insalubridade urbana deitava rafzes n p,III.1I1

    abafado que

    existia debaixo da cidade, reple to

    de

    materia organi

    a

    {'I ll

    I l

    t r e f a ~ a o ;

    quando exposto as

    o s c i l a ~ 6 e s

    do

    lenr;ol d agua

    subterran ,1111

    II

    te

    os

    ver6es chuvosos,

    ativavam-se os

    germes

    la depositados

    e

    clo Ii II II I

    epidemias

    (Benchimol,

    1999, p, 249-298;

    Hume,

    1925,

    p,

    350-39 ), ) .

    neamento

    do

    solo e a drenagem

    do

    subsolo

    do

    Rio de Janeiro

    foram,

    11

    as

    medidas consideradas mais urgentes dentre aquelas votadas no S 1:\11111

    Congresso Nacional de Medicina e Cirurgia , em 1889, para sanear a ,tpll,

    brasileira,

    Em

    1892, Floriano

    Peixoto,

    chefe do governo republ ican

    pi OV

    sorio,

    tentou contratar Pettenkoffer

    pa ra que

    arrancasse a

    febre amardll

    d

    solo da cidade ,u

    Foram sondados , tambem, Emilie

    Duclaux,

    SUCCS5(

    I'

    d

    Pasteur na d i r e ~ a o do

    instituto parisiense;

    Rubner, di re tor do InstitllW d

    Higiene

    de

    Bedim;

    Friedrich Loffler,

    descobridor

    do bacilo da difteri:l;

    ('

    2 5 3

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    13/29

    II

    II 111'1111111

    1111

    II II II II

    1111111111

    II Vil l i

    II

    V

    I lilA II

    111111111

    1111 11111 III

    IAIJ l I

    f

    II

    I 11111 II I III I I II I I . t l l l l t l l ld AI IIld I II lilt

    1111111 til

    11111

    I tltt

    A II I t 11/ 1 /lIl I Yt I'/// (I H/tIl) (I ll (III 1'111 11'1. IY I II I pI I III I Id

    tI 11111 1111

    1111

    '1110 til'

    'till

    I s I l Ig l ( :1, I'llldlllll,lN,

    I ti l \ 1 I 1 1 ~

    IP )

    II r i ~ I 10

    (' 1,1

    Il v:d' 10 (1l1nl Ill, III \lVI 1I0Y 1 ,til l I,

    til

    I lh t l

    I II qlll ' ill Til1lillllVlll1I

    bll' il

    S

    omo )S

    ng

    'nt dn

    (d) nlllIlI' 'llI,

    t i l l I 111.1 ,IIIP,()I' 1,:111'1 il. ti

    'os Silllil;lr

    n

    8

    80l OS

    antit

    t,

    IIi IllitJi(1 'ri

    ) II '

    1

    1 'III IIl1lis

    illll

    ortnnl I

    'sS'

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    i I (vi iU8 'I P

    S:lI1:Jr

    'Ili,

    'x-

    III I lillI

    h,1

    Iniolo/jisln il:Jli:1n

    q ll

    lrab::dh:Jr:J

    11

    Instiluc PJ

    Celli

    Jnces d

    f

    I

    111111/

    II ,do, elo

    g

    v'rll urllgll:Ji

    para implantar

    a higi n e

    experimen-

    I

    d

    I III

    MOIlI

    'vi

    I'll.

    m

    Juxfli d

    jovcns

    ba te ri l og is ta s

    do Rio de

    )

    II I

    10

    j1

    I ~ S

    1111

    ,Ii

    tol1l nce n cncallfo

    do

    micr6bi

    da

    febre amarela e,

    t i l l I (III

    ()f',I '1'1:1 d

    h:lIna

    10

    bacilo

    icter6ide, Meses

    depois,

    iniciou

    em

    Sao

    I l ldo (cSI 's d amp

    de

    urn SOl O curativo. Seus lances

    rapidos

    obriga-

    I

    IIIl

    OII lll'

    b:1

    I 'ri

    I

    gi tas bras ileirosa

    destamparem

    os

    resultados

    parciais

    fill lis

    nl al l :Jd

    s

    no mesmo ter ri torio de pesquisaY

    A OJ illiiio pllblica

    do Ri o

    de

    Janeiro

    e

    de out ras cidades

    ja ass imilara a

    III

    Iii

    II ) Ie

    CI ' a (

    bre

    amarela era causada pOl

    urn

    dos microbios

    inscritos

    na

    11\ 'lid I do I 'bate

    cientffico

    ou,

    quem

    sabe,

    nao

    descobertos

    ainda. Orelati-

    VII

    lOllS 'n

    fundamentado

    na

    teoria

    miasmatica

    a

    respeito do que

    se devia

    f il l. I pnl'n higienizar portos

    como

    0 Rio

    deJaneiro deu

    lugar a urn impasse e

    II

    111

    I

    'Ill p olemic as

    sobre

    os eIos

    que

    deviam ser

    rompidos

    na cadeia

    da

    ill ,dill ridade urbana. As escolhas variavam

    conforme

    os habitats e as neces

    .1

    In

    I

    'S

    I,

    ada germe incriminado,

    e

    0

    ponto de

    vista

    dos

    varios

    atores

    so-

    i lis intcrcssados na reform

    a

    do

    espac;o

    urbano.

    A

    n

    va sa fr a de

    germes

    da

    febre

    amareia

    foi

    recebida com

    exasperaC;ao

    p

    ,I:IS

    ntegorias sociais e profissionais

    que pressionavam

    pelo

    tao

    esperado

    1,111 'am nto do Rio de

    Janeiro.

    A

    i n c a p . a c i d a e J e d ~

    medicos

    de

    decidirem,

    inlmmllros e interpares

    quem

    havia

    encontrado 0

    meiO'de desatar

    0 no g6rdio

    tin sa (Ide publica brasileira levou, inclUSIve,

    a

    proposilfaO, no

    Congresso

    e

    na

    impr I1sa,

    de

    t r i b u n a t S n Q _ q u a i ~ J U l ~ t a o pudesse

    ser

    dirimida.

    Em maio

    de

    I

    H 7,

    as vesperas

    da

    conferencia

    de

    SanareIIi,

    0 deputado Inocencio

    Serzedelo

    :orrca,

    urn

    dos

    Ifderes

    da Sociedade

    Auxiliadora

    da Industria Nacional, pro-

    p s

    Premio Pasteur ,

    a

    ser concedido ao

    bacteriologista

    que apresentasse

    2 54

    P

    1111

    I /1 1111

    111

    t i l l

    II

    II I ti l 1I11llliti IlII til MI til I I I t l t l I II til ) /111

    tlo Itl

    I

    11110 1'111 d

    1I( liJlI do

    11111

    HIIIl

    PII/

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    14/29

    II II I 1 I I I II I t i l l

    varias concess6es rebcionooas soil .. 1/, do pOI to, A 111\1

    IllJlOIIIlIlI

    I I I d I

    Empresa Indus tr ia l de Melhoram ntos d BI .

    ii,

    filII

    In 1\

    01 1 lfl

    l

    )( )

    III III

    engenheiro Paulo de Frontin, que, em novembro d J 0

    SSlIndll

    II du / II

    da Comissao Construtora da Avenida Central . Os pianos d II, 'nlpl I

    tfpico produto do Encilhamento, serviram de base as obras pI j

    I n d n N ~

    Il

    pervisionadas

    pe1a

    Comissao das Obras do Porto, nomeada pd o ministr do

    i a ~ a o Lauro Muller em janeiro de 1903,27 Para a execw;ao dos trabnlholi

    f i contratada a f irma bri tanica

    C.

    H, Walker, que construfra as do as

    I

    B

    'nos Aires. As obras

    do

    porto

    do

    Rio de Janeiro, iniciadas em m a r ~ o d '

    1904 conclufdas so em 1911, representaram urn

    contrato

    de

    4.500.000

    libras mobilizaram, regularmente, cerca de dois mil operarios.

    Az na portuaria inspirava r e a ~ 6 e s duplices as elites: repulsa aos perigos

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    15/29

    \I

    1111

    II

    1111'11111 II N il

    Cidade VelhaY As d e m o l i ~ o e s c o m e ~ r m cm 2 I {.y '1' 'iro

    d

    I

    (0 1 I I

    dias antes da solenidade que inaugurou as dragagcns pnrn a IlSt

    111,,10 10

    novo

    porto

    (Ferrez,

    1983,

    p.

    29-31).

    Milhares de pessoas

    fi

    aram d 'snll'ig ,t

    IS

    e tiveram seu quadro quotidiano de existencia pulverizado pelas brns,

    pt -

    las normas e p r o i b i ~ o e s que foram instituidas concomitantementc. g l l l l 10

    Oliveira Reis

    (1977,

    p.

    22),

    foram demolidos

    700

    predios. Eulalia Lob (1 78)

    v.

    2,

    p.

    504)

    fala em

    641

    casas de comercio desapropriadas.

    Quando 0

    eixo da avenida foi inaugurado, em

    7

    de setembro de

    1904,

    a

    imprensa divulgou os vencedores do

    concurso internacional de fachadas

    ,

    s I i nadas com base em criterios que visavam a elevar aque le

    e s p ~ o

    ao

    , pi ,

    dn hi

    rarquia arquitet6nica da cidade.

    29

    POI' volta de

    1910,

    jase tinham

    . li(i

    'n

    I os

    pI'

    'dio monumentais da avenida, quase todos exuberante

    Illt'llll' . ti 'os, de l jas, clubes, hoteis, jornais e

    do proprio

    Estado,

    como

    a

    1\ coin Nn 'i nat

    Ie

    Bclas-Artes, a Biblioteca Nacional, 0 Supremo Tribunal,

    o

    Jlnl

    'io

    Monr

    ceo Teatro Municipal, majestoso decalque do Theatre de

    1'(

    I

    n,

    d ' Paris, projetado pelo filho do prefeito, engenheiro Francisco de

    liv ,ira Passos. Ao mesmo tempo, no suburbio de Manguinhos, edificava-se

    11m

    m

    numento

    geograficamente desgarrado,

    0 imponente

    castelo mourisco

    qll ainda surpreende quem adentra a cidade pelas movimentadas avenidas

    qlle hoje 0 margeiam. onstruidopelo diretor-geral de Saude Publica

    para

    alojar os novos laborat6rios do instituto soroterapico, que logo seria batiza

    do com seu

    nome

    - Ins ti tu to Oswaldo Cruz equiparava-se aos palacios

    da ayenida Central pelaemergencia volumetrica e requinte decorativo, Cons

    ciente da relevancia

    que

    as

    fachadas tinham

    no

    imaginario

    da

    epoca, Oswaldo

    Cruz usou-as para legitimar junto

    a

    opiniao publica a

    i n s t i t u i ~ a o

    de pesquisa

    que implantava, tomando como modelo 0 Instituto Pasteur de Paris (Stepan,

    1976;

    Benchimol,

    1990).

    A MUNICIPALIDADE

    NA

    RENOVApacabana, Ipanema e Leblon, oncle

    se

    edificavam

    as

    mnis IH YO

    I (

    d I

    ' ias burguesas. Um segundo eixo de c i r c u l ~ o atendeu a tr, Ill) 1 llidlll I

    I

    intenso

    entre

    os bairros das zonas suI e oeste.

    Come

    nnc 110 11111'11 d

    Lapa, a avenida

    Mem

    de

    Sa

    a traves sou a esp lanada d m

    1'1' I )

    S

    I I ld l

    demolido para 0 aterro do porto, terminando na Frei an :1, 1111 1I10V

    mentadissima. Dali part iu a avenida Salvador de Sa,

    para cI

    alII:

    tin IIH

    Estacio de Sa, que foi alargada ate 0 largo do Estacio.

    Varias outras ruas foram alargadas e ou prolongadas pela PI' f

    r

    il\1I I

    ti

    modo a formarem duas arterias conectando

    0

    centro aos largos do list. ( II

    do

    Matadouro p r ~

    da Bandeira),

    pontos

    de convergencia da

    Sind

    H

    vinham dos suburbios

    do

    oeste e noroeste. Cruzavam

    0

    largo da

    :11 10

    I (

    p r ~ Tiradentes,

    onde

    desembarcavam os passageiros dos boncle In

    Z()II

    Norte, Ligando tres p r ~ s -

    15

    de Novembro, Tiradentes e R p{,blil

    I

    a primeira arteria resuitou do alargamento das ruas da Assembleia, ,rim I

    Frei Caneca, convergindo com a avenida Salvador de Sa. A segun

    h

    n

    t

    II

    requereu

    0 alargamento e prolongamento da rua Estreita de Sao J IltI'

    que, com a rua Largade Sao

    ]oaquim,

    se transformou na avenida M:lI

    Ill

    Floriano.

    Com

    a Visconde de Inhauma, tambem alargada, formou um co,

    ,(

    dol' ligan

    do 0

    Cais dos Mineiros,

    junto a

    Aifandega, ao largo de Santn Ril

    I

    a

    e s t ~ o da Estrada de Ferro Central do Brasil, na da Repllbli a. I

    i1

    ate 0 largo do Matadouro, margeando 0 canal do Mangue, seguiam as I ll

    259

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    16/29

    1111

    II 11 1/11111 N il

    Visconde de It alma e Senad r Euz bi :

    f

    1 I11:Ir:lI11 n

    111(118

    III1POI t 1111 V

    il

    dl

    c o m u n i c a ~ f l O da Zona

    Norte

    com 0

    Centr

    atc a ab I tlll n In i1vcllid \ 1 1

    dente Vargas, que a soterrou na decada de

    1940

    (Lim:), J

    0).

    o

    planoda Prefeitura contemplou, ainda, as c o m u n i c ~ ~ s I

    I1tr (

    01\1

    a zona portuaria, separada da cidade pela parede formada pel S 111

    rr l I l1 l l l1 l1Hl l ld id l

    1 1111

    1

    1

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    1111 111

    II I I I I I l pi ,,1110 I I IV I I I I Ill \111\

    111\jIIIlIO 101l lpi II I illOl : 0 III I t lI I I 11111 11) 11111

    111111011\1 II

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    III III I l l ) , l i I hll 11,1111 ()Ill I) l i l l l l l i j 1111

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    I qlliptllll I lOSj tllll I Nas de NCl vie; lS I (Ihli ( S III p:\rti IIIiii I pod I

    II

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    VII II I I

    II Ide.

    Na a rea nt ra l residia 11 g rdi d, r n

    V:I

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    lIrbnl1n:

    I

    10

    1

    1

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    1I l1m njunto s ialmente diferen iad de up:\tIl S 10

    ..

    P

    1, (

    111 I 11

    prin ao pOI outros grupos, depoi de ser modifiead

    vn l 1 11:

    Ido P 10 1

    11

    I

    res

    pllblicos. Os

    melhoramentos

    atingiram rens s .\ .

    i(

    1\ Id

    I 111111

    II

    01 jetivo de desarticular a trama de r e l a ~ o e s uja p e r l a n ~ n

    -in, III

    SI 1011\

    \I

    I

    in

    ompatfvel com a cidade requerida pelo grande api lnl , . 0111

    \

    , pH

    requerida pelo Estado republicano. Na linguagem COI11 ql l os lid unlt,lll

    till

    cpoca justificavam esse proposito, as c o n t r a d i ~ o e s reais de inl I S I

    1111

    dissimuladas pela o p o s i ~ a o de gostos arquitetonicos, pela ntrnposie;

    0

    II

    t6rica entre predios modernos e higienicos v sus edi fica 5 :Inti Sl t \ I

    repugnante; eidade civilizada e cosmopolita em lugar da cidad 1 01011

    rotineira...

    Foi precise arrancar do Congresso, a duras penas, novas I is \ l lilt

    r issem ao Estado os mecan ismos jurfdicos e os recursos f inan ir)N p II I I

    obI a de

    d e s t r u i ~ a o

    e

    r e c o n s t r u ~ a o

    planejada, A mais

    importante

    f in

    II

    d

    novembro de

    1903,

    que modificou a base de calculo das desapr

    pl i

    e; H I

    autorizou 0 executivo municipal a vender, em leilao publico, ou

    pernl111,11

    ,I

    sobras de terrenos desapropriados, Pode, assim, repassaI 0 solo val 1. Ido I

    novos adquirentes, abrindo campo a firmas de arquitetura e constru

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    17/29

    II I

    II

    I I I Nil

    11111111 I

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    I I 1111\1i 1111 lliU ii i

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    111111 I 0 HOV '1111 I. 01 III I

    qllbs.

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    11,0 H llIU(, prill il nl:l nr d pI s s , m I I nrn 110 P 10

    1111'1 11I1t ltO P r 'irn Poss S III di sw',lcl rnz, inuivf III s Illitifi ad< s

    till

    I J lO

    I r d . v ntnd , vnrriam a p eira d s me quinh sinter s es hostis

    111111

    0ljl'(\ so. N omp.

    clv

    'm'irio, situavam-se tipos estercotipados:

    I

    I Id (ollillistl r tin ir c rcvoltado,

    Os

    contelldos a de s atribufdos

    Ip Il l

    '111 t i t mnn 'ira lara e saborosa no romance do escritor paraibanoJose

    VI

    II I,

    0

    /lot

    V fix (s

    bre a ambiencia cultural, vel' tambem Sevcenko,

    I I /I i \ ).

    NIlIlI('nt o p presidente da Republica, Pereira Passos

    tomou

    posse como

    p ll

    1 to

    do I ist ri to Federal em 30 de dezembro de 1902, Urn dia antes, 0

    ;011 I l ito Muni ipal foi suspenso, pOl' seis meses, para que pudesse legislar

    IIf II (Ir f r l (S 'realizar operal roes de credito it sua revelia. Verberando 0 estado

    d li o liB idad e a d itadura do prefeito, os deputados da oposil rao e a im

    JlI II

    ,

    OilS 'guiram retardar a

    votal rao

    do projeto de lei que prorrogava seus

    11I1I1t'1 es

    ex

    'pcionais ate que

    se

    consumasse a e1eil rao dos intendentes, em ju

    1110,

    M Sill a im, a reforma dalei o rgan ica do Distrito FederaJ,3 em novem

    III 0 I U :l prefeito os poderes para desencadear as obras,ate entao executadas

    III

    r i l l n ) lento (Benchimol, 1992; Rocha

    &

    Carvalho, 1986; Abreu, 1998).

    A

    'ontnltal rao de emprestimo equivalente a 4 milhoes de libras teve como

    (lHllJ'lpnrtida uma polftica fiscal draconiana que atingiu, pesadamente, as

    I III 11 nt :ls menos favorecidas da populal rao atraves, pOl' exemplo, do imposto

    dt, Ii ' 'nl ras, do imposto sobre caes e das multas

    pOl'

    infral roes de posturas,

    1111

    '

    lriplicaram no primeiro

    ana

    de governo. A centralizal rao do poder em

    III.ION

    d prefeito t raduziu-se no controle mais rigoroso da maquina buro

    'r. t i a, para que agisse com a necessaria severidade- ate incorruptibilidade

    11

    csquadrilhamento da vida economica e social do Rio,

    As

    circulares

    ('digidas pOl' Passos revelam olhar atento aos instrumentos de fiscalizal rao e

    \'obranl ra, em particular

    0

    corpo de guardas e agentes municipais que atua

    V:IIIl nas ruas, tradicionalmente corruptos, mas indispensaveis para reprimir

    .IS atividades banidas em nome da civilizal rao. Ao mesmo tempo em que re

    1110 Iclava, com 0 governo federal, a estrutura ffsica da cidade, 0 prefeito

    2 6 2

    rass m

    '111

    rnz S

    idcol6gic s, s 'u

    m o d e r n i z ~ S

    Comecei pOl' impcdir n v ndn pelas mil d v t l l

    It,

    II I

    tabuleiros cercados pel v60 contfnu tit-

    ill W

    Ii I ll

    'Oil

    dIll pt t \ 1

    repugnante. Ab

    Ii

    igualmente a pratictl d , s ol'd

    'lilt

    Irt'lll

    v,

    I 1

    II

    I I

    II I

    via publica, que iam cobrindo com seus d 'j

    lOS,

    'cn

    IS

    csi

    IS till

    ' 11 111111 III I f I

    tamente achara dignas de uma cidacle civiliz, dtl

    M.

    nd

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    lamb

    Ill,

    d de II

    If

    II

    proceder a apanha e ext inao de milhars d 'S ti l l . V Il',aVilll l pI

    iii

    ( 1111111

    \

    dando-Ihea aspecto repugnante de cenas

    itbd

    S do ricnte 1. ,1 'li'llllll p I l i

    curaclo pOl'

    terma a

    praga dos vendedor S tlmbll .

    nl

    S

    d,

    bilh ,\t d 11111 I

    II

    que,

    pOl' toda

    parte, perseguiam a

    popula

    5 ,

    in

    m Innd(fl

    '0111 JIll

    III d

    grita e

    danda a

    cidade

    0

    aspecto de

    uma

    tavolagcm.

    Muil

    m prt'O 'lip \

    11111

    a extinao cla menclicidade publica [...) punind os fnlsos m 'n

    li'jON

    C (11

    III II

    do

    os verdadeiros

    a

    contingenciade exporcm

    pcbs

    runs slln inf Ii 'i(Jild 1

    ..

    1 11

    Na paisagem urbana colonial, os escravos coloriam as rllas m N IIS t

    I lltn

    de trabalho. No comel r0 do seculo XX, eram negros, mesti s b ,1111 n ,

    brasileiros e europeus, irmanados na condil rao de homens juridi 011\(1111' I

    vres - esc ravos , ago ra ,

    de

    suas necessidades. Na

    obra

    de Luiz E lllllllllic

    (1938) colhem-se vfvidos retratos de personagens desse univers : 1lI( lIilln

    vendendo jornais, negro fabricando cestas na call rada, vendedor d I I V II

    puxando

    burros carregados,

    0

    portugues que toca os perus com a vorn \'0111

    prida

    lha

    000

    Prt

    uuu

    da rada

    60a ,

    0 vendedor de abac< xi

    }

    il,d II

    no do peixe, 0 turco dos fosforos, 0 vassoureiro, 0 comprador d 111 wl II

    garrafeiro, a negra da canjica... Cada

    qual

    contribufa com seus s ns p II \ I

    polifonia das ruas: 0 funileiro badalava urn

    prato

    de cobre,

    0 mascat

    I, P

    11111

    vibrava sua matraca, os doceiros tocavam gaita-de-boca; 0 caldo de

    nil

    I

    1,1

    espremido em carrocinhas com realejos, Muitos desses offcios ja existialll 110

    Rio havia tempos. Outros eram crial roes recentes, como os compradores til

    ratos

    para

    a repartil rao de saude,

    2 6 3

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    18/29

    II III A II I I 1'1/ I I I A

    1111

    I II I 1III1

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    de

    populn

  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    19/29

    II I

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    1'.0,08

    I b Id S J bl N,

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    1 :\111 nll l( I l ion 1011 II I I InviOIl-pd ( 1I Ili I I ItllI

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    Scl11ana 11l:lldita, S m '-C', 111 1

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    ta exortat;:ao, 0 p eca Olavo Uilac n lufa um:1

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  • 8/11/2019 BENCHIMOL. Reforma Urbana e Revolta Da Vacina Na Cidade

    24/29

    II III II

    II I 1 I'll h I II

    1111

    11111111

    11111/11111

    I II Vil l i II V 111111 N 1111 III 1111 11111 lil NIIIIII

    mais explosiva da resistcncia dos grup S

    p

    PlllllI' 'S c:ld ) 'liS ,HI

    pI

    0 '('SSII Ito

    ritario

    de

    transformaao do Rio em capital burgll

    a

    ' OSII\( I lit:l. I\qnl'll'

    povo espezinhado via as concre6es da modernidade burgues:l III S nIb los

    de urn poder opressivo, e por isso foram alvos de sua furia, t an l ql lan l

    vacina. Needell (1993) enfatiza a repressao

    a

    cultura negra

    como f [ment

    n

    revolta, e Cukierman (2001) considera-a

    como 0

    resultado da pratica autori

    taria de cientistas convencidos da superioridade de seu

    conhecimento

    tecnico

    cd seu direito de exercer urn poder tutelar ao qual todos teriam de se sub

    1lIl'1 1 , brigatoriamente (p. 155). Carvalho (1987) revela a simpatia dos ne

    / .IOS P 1:1 Monarquia e sustenta que a hostilidade popular ao reg ime

    I pllbli :lll , externada jaem outras rebelioes, contribuiupara os acontecimen

    tos

    d

    I 04. Esse autor (p. 131-6) atribui

    grande importancia

    a

    campanha

    de

    ( 111 10 Illor:1lista que arregimentou a indignaao das audiencias operarias e

    pc

    qlll'llO-bllrguesas contra a invasao dos lares pelos funcionarios da DGSp,

    llllll:lIllando-se os chefes de familia a defenderem a honra das filhas e mulhe

    '(' , lin Tiam foradas a ~ x p o r braos e coxas

    a

    lanceta dos vacinadores. Para

    (:lIrvnll l , foi este guarda-chuva moral que tornou possive a mobilizaao

    poplllnr de 1904 nas proporoes em

    que

    ela se deu .

    Chalhoub

    (1996, p. 100,

    I

    01

    I,

    180),

    por sua vez, nega que arroubos ret6ricos pudessem ter tido

    r

    iio t50 devastador entre 0 povo, ja que seus valores morais diferiam dos

    111I'gll'se . Ao analisar as vacinaoes de uma perspectiva de mais longa dura

    l 10, halhoub recupera

    uma

    dimensao da revolta que permaneceuinteiramente

    o '1I1la

    tanto

    nos relatos de epoca

    como

    nas fontes historiograficas mais co

    idas: a tradiao

    negra

    de

    combate

    a

    variola pela

    pratica

    ancestral das

    v:lri lizaoes. H a

    uma

    explicaao [...]

    para 0

    fato

    de

    a principal revolta cole

    iVtl

    ontra 0 despotismo

    sanitario' haver

    ocorrido

    em u n ~ o [da] [...] vario

    In: m dos descaminhos tecnicos e burocraticos do servio

    de

    vacinaao em

    10

    10 urn seculo de hist6ria, havia s6lidas raizes culturais negras na tradiao

    V:l 'inof6bica. Urn dos mananciais da revoltaseria, entao,

    0

    culto a

    Omolu, 0

    orix,

    que tinha

    0 poder

    de espalhar a doena e,

    ao

    mesmo

    tempo,de

    defender

    s I\S devotos de estragos maiores [...] por meio da inoculaao ritual de mate

    rial v:1rioloso . Criar obstaculos

    a

    aao dessa divindade

    ou

    impor a vacina animal

    pI' parada

    no Instituto Vacinogenico significava devastaao e motte

    para

    esse

    gJ'llpo social.

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    campanha

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    1111 II

    civilista Rui Barbosa e

    0

    marechal Hermes da F ns n. I\lIlhor.1 In t 1111\

    fdolo nacional,

    nao

    conseguira realizar as metas de s 1I S '1111 10 11\,11,,111111

    frente da DGSP. A

    campanha contra

    a tuberculose eSV:l r:l-S' pOI I I

    til

    recursos e apoio polftico; a regulamentaao

    da

    lei da

    va

    ina brigill II LI1111I1

    nuava

    a ser proteIada, apesar

    da

    epidemia de 1908. As oli n r q i i l ~ t 1,,1111

    respaldadas na Constituiao federalista, bloqueavam as nc; 'S

    :tIl

    I I I till

    governo

    central,

    nao obstante

    a febre

    amarela

    grassass 'nl

    11111111'1

    l id I,

    do Norte e

    Nordeste.

    Na

    decada

    de 1910, os cientistas-s:ll1itl1l i'lI,ll, do III II

    tuto Oswaldo Cruz executariam

    aoes mais ambiciosas 11 ililedm tin

    III

    \ II

    amargem do 6rgao federal de saude publica, financiadas p I Col l l l 110

    I

    vados, inclusive

    com

    repartioes

    do governo

    (Albuquerqu II IIJIII) ()

    relatos que produziram, r icos em observaoes soc io l6gica . t

    l iOn ,

    I I ,

    formam

    0

    primeiro inventario

    moderno das c o n d i ~ o e s de sal ld das I0pII II

    oes rurais

    do

    Brasil. Tiveram

    grande

    repercussao

    entre

    os inl l lll ti

    l ll

    cidades

    litoraneas

    - 0 Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, e bom exempl)

    I

    t1

    _ municiando os debates acerca da questao nacional, que com

    nVI1 I

    NC

    I

    ,

    redimensionada nos termos da visao dualista, de longa persisten in 'Ill

    1101

    so pensamento social brasileiro (Lima, 1999). A e x l t ~ o ufanista 1:\ iVI

    lizaao do Brasil, insuflada

    ap6s

    a r emodel aao do Rio de Janeiro, Inl

    duramente golpeada pelas revelaoes sobre aquele outro pais, mis 'I', vri c

    doente,

    Durante a Primeira Guerra

    Mundial,

    a revoluao

    pasteuriana

    realiz II tl

    feito

    de

    limitar a e v s t ~ o das doenas infecciosas, deixando os ex 'I' i tos

    entregues ao morticfnio das

    armas

    (Salomon-Bayet,

    1986),

    mas foi de ) I. I lIS

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