bem-vindo - 10 · 2020-03-14 · de rastreios gratuitos que o hospital de cascais realiza...

10 ANOSdo Hospital de Cascais de dedicaçãode excelênciade inovaçãoMuito mais do que ser a Parceria Público-Privada mais antiga no setor hospitalar em Portugal, o Hospital de Cascais é hoje uma referência nacional e internacional na prestação de cuidados de saúde.Uma consequência da estratégia traçada pela Lusíadas e da excelência profissional daqueles que todos os dias procuram ser melhores na missão de cuidar de mais de 300 mil pessoas nos Concelhos de Cascais e Sintra.

Edição comemorativa dos 10 anos do Hospital de Cascais

Ir de bom para excelente

na prestação de cuidados

de saúde em Portugal

Construído e montado em tempo recorde, o Hospital de Cascais chegou

mais longe do que todos os outros. A chave do sucesso?

A paixão e entrega das equipas.

Nasceu para ser um Hospital Sem Papel e em 10 anos alcançou a maturidade, sempre aperfeiçoan-do o modo como usa a tecnologia para assegurar uma melhor prestação de cuidados de saúde. O caminho foi duro e difícil, afirma Vasco Antunes Pereira, mas fruto do trabalho de uma equipa forte, que se manteve unida e firme, com uma motivação clara: “Se a nossa Missão é ajudar as pessoas a viver vidas mais saudáveis e contribuir para um sistema sustentável para todos, obvia-mente que queremos ter o melhor resultado clíni-co, bater todos os outros em termos de resultados, estar ao nível dos melhores dos melhores, contri-buindo para reduzir os custos de saúde”.

Um trabalho exigente para todos, feito em tempo recorde: “Os bastidores de um processo transformacional baseiam-se na frustração. A lógica é que, essencialmente, nós falhámos, fa-lhámos inúmeras vezes, mas muito depressa”, explica, acrescentando que, para continuar a superar os desafios, foi essencial “a força aními-ca” das lideranças do Hospital: foram “demons-trações que nunca tinha visto.”

O trabalho gerou o reconhecimento interna-cional, levando a feitos como o alcançar do ní-vel 7 (o máximo) da escala EMRAM do HIMSS Analytics, que colocou os sistemas e tecnologias de informação do Hospital entre uma elite de quatro hospitais europeus. Um exemplo rele-vante, dada a dimensão de Portugal. “Somos um país pequeno e temos muitos bons gestores, mas temos um modelo de gestão que não é muito propício à eficiência e à excelência”, refere. Hoje, a aplicação da tecnologia por parte do Hospital é dada como exemplo em conferências interna-cionais. Porquê? “As pessoas veem um proces-so altamente analítico, baseado em factos, mas contado com uma emoção absoluta: toda a gente fala do projeto como sendo deles.”

Vasco Antunes Pereira termina referindo que “pessoalmente, e porque estive à frente da Unidade durante 4 anos, não poderia estar mais orgulhoso dos resultados alcançados. Hoje so-mos uma referência nos resultados clínicos que atingimos, na experiência que damos aos nossos utentes e colaboradores, na proximidade que te-mos à comunidade e na forma como usamos a tecnologia para reduzir a variabilidade clínica. Só posso estar agradecido por todos os que fize-ram parte desta viagem. Muito obrigado!”

1,5 milhões de euros/ano Ganhos de eficiência alcançados. A forma como o Hospital olha para a eficiência valeu-lhe o 1.º prémio do Kaizen Institute para a excelência no setor da saúde, em 2017.

Vasco Antunes Pereira2015-2020

Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Cascais

Atual Presidente do Conselho de Administração da Lusíadas Saúde

1,4 milhões de eurosCustos relacionados com a segurança hospitalar que foram evitados pelo Hospital. Foi um dos resultados da implementação do projeto High Care, lançado em 2015.

117 requisitosNúmero de exigências que o Hospital teve de cumprir para chegar ao HIMSS Analytics nível 7, em 2017. Envolvimento de 7 equipas diferentes.


Colaboradores inestimáveisGostava de salientar o facto de a aber-tura do Hospital ter sido feita no dia previsto, sem qualquer atraso, o que foi um marco importante de credibi-lidade. Tivemos a ajuda de uma exce-lente equipa, de colaboradores inesti-máveis — como é normal, as equipas é que fazem os líderes. Gostaria de publicamente manifestar a minha gratidão para com todos os colabora-dores que conseguiram abrir o Hospi-tal sem problemas, na altura própria e depois de uma transferência em que tudo decorreu com naturalidade.Na gestão, o primeiro desafio foi agregar equipas. A minha principal preocupação foi ter uma equipa coe-sa apesar de culturas tão diferentes de organização hospitalar. Há sem-pre alguma resistência à mudança, mas a nossa equipa conseguiu ultra-passar os problemas.

Tivemos três objetivos muito cla-ros: o controlo rigoroso do contrato a cumprir com o Estado, sobretudo na parte da produção contratuali-zada; garantir uma qualidade assis-tencial acima de qualquer suspeita; e a humanização e qualidade do atendimento, para que os doentes sentissem que toda a equipa estava a trabalhar para o bem deles. Em ter-mos gerais, o balanço é muito positi-vo, embora nos primeiros anos tenha sido uma gestão muito apertada do ponto de vista económico-financeiro. Espero que o Hospital, seja em parce-ria, seja no setor público, continue a ser um Hospital de enorme qualidade e que continue a servir os utentes do concelho de Cascais.

José Miguel Boquinhas

2008-2011 Presidente do Conselho

de Administração

Pedro Dias Alves

2009-2011Administrador

2013-2015Presidente do Conselho

de Administração

Um projeto desafianteFui administrador em dois períodos. O primeiro foi marcado pelo projeto de abertura do novo hospital: a entrega do novo edifício; a transferência dos servi-ços e dos doentes para as novas insta-lações; e a desocupação das instalações do velho Hospital de Cascais. Uma fase caracterizada por uma enorme expecta-tiva, um projecto motivador que a todos desafiava. Tudo decorreu com "serenida-de" graças à capacidade de planeamen-to, entrega generosa e profissionalismo de todos os envolvidos. Guardo uma memória muito gratificante do esvazia-mento das instalações. Com o envolvi-mento de cerca de 50 entidades de apoio social, identificadas com a colaboração das câmaras municipais de Cascais e de Sintra, foi possível concretizar um rele-vantíssimo projeto de responsabilidade social, dando um fim socialmente útil a todos os equipamentos.

Em 2013, depois de dois anos na ad-ministração da holding, quando o gru-po Amil comprou os HPP, fui desafiado pelo então presidente a assumir a lide-rança do projeto da PPP Cascais. Mais uma vez pude contar com o empenho, motivação e competência da equipa na concretização do objetivo de solidificar a estabilização do projeto. Conseguiu--se o turnaround económico e finan-ceiro, em simultâneo com os objetivos de assistência clínica e de qualidade contratualmente definidos.

Tive o privilégio de vir a ser rendido pelo atual presidente do grupo Lusía-das e de poder assistir à “revolução tec-nológica” do Hospital de Cascais. Sou um dos que melhor pode apreciar a di-mensão e impacto desta diferenciação.

São 10 anos que nos orgulham a todos, essencialmente por termos conseguido prestar à população de Cascais e Sintra cuidados de excelência ao nível dos melhores hospitais da Europa. A nossa responsabilidade agora passa não apenas por manter os exigentes padrões de qualidade, como continuar a apostar na melhoria contínua dos cuidados que prestamos. Sei que isso acontecerá porque sei que contamos com uma equipa de profissionais dedicados, que elevaram o Hospital a este nível de referência e em quem apostamos de forma a manter este rumo de sucesso coletivo, com clínicos de excelência realizados profissionalmente. Porque só em equipa e com profissionais motivados podemos cuidar do mais importante: os nossos utentes.

José Bento2020Atual Presidente do Conselho de Administração


Foco na Comunidade

O Hospital faz parte de um ecossistema de entidades dos concelhos

de Cascais e Sintra que colaboram de forma estreita para promover

os melhores cuidados de saúde e um estilo de vida mais saudável.

O Hospital de Cascais ser-ve milhares de munícipes do concelho de Sintra, sendo o seu desempenho e capacidade de prestar um bom serviço na área da saúde, fundamental para o nosso concelho.

Gostaria de deixar um agradecimento a todos os profissionais de saú-de que nos últimos dez anos, diariamente, servi-ram a nossa população. A sua dedicação é uma das garantias da qualidade de vida da nossa população.

A dedicação dos seus profissionais é uma das garantias da qualidade de vida da nossa população.Basílio Horta Presidente da Câmara Municipal de Sintra

Câmara Municipal de Sintra

Câmara Municipal de Cascais

A abertura do Hospital de Cascais representou um novo tempo na prestação de cuidados de saúde no concelho. Independente da natureza de gestão, o que preocupa os cascalenses é a qualidade dos serviços de saúde. E, desse ponto de vista, a mudança foi radical. Para melhor. Temos mais saúde. Temos melhor saúde. Temos um Estado Social Local reforçado.

Por outro lado, ao assumir-se como referên-cia, o Hospital de Cascais subiu a barra de exi-gência para todos os outros prestadores. Em Cascais, estamos neste momento a investir 15 milhões de euros em três novos Centros de Saúde. Para que a qualidade seja transversal a toda a oferta concelhia.

Em resumo: com o novo Hospital de Cascais, ganhou Cascais, ganhámos todos.

Parabéns à Lusíadas Saúde e a todos os seus colaboradores em Cascais.

Com o novo Hospital de Cascais, ganhou Cascais, ganhámos todos.Carlos Carreiras Presidente da Câmara Municipal de Cascais


GNR de Alcabideche

CascaiShoppingDesde a sua abertura, há 10 anos, que o Hospital de Cascais e o CascaiShopping mantêm uma relação de parceria, que se materializa em importantes iniciativas para a comunidade. Exemplo desta parceria são as ações de rastreios gratuitos que o Hospital de Cascais realiza periodicamente no CascaiShopping, as reuniões do CAP – Community Advisory Panels e a colaboração no simulacro “Exercício de Catástrofe Externa”, realizado em 2019 no âmbito da Semana da Proteção Civil de Cascais e da Semana Europeia do Teste VIH, que alertou para a importância do diagnóstico precoce.

Agrupamento de Centros de Saúde de Cascais

Bombeiros de Alcabideche

A relação com o Hospital começou ainda como HPP Cascais. Desde a primeira hora que o Hospital se preocupou com a devida implementação do Plano de Emergência Interno e por isso foi pedida a colaboração dos Bombeiros de Alcabideche para formar todos os colaboradores na atuação com meios de 1.ª intervenção. Nos últimos 6 anos, esta colaboração veio a estender-se a todo o Grupo Lusíadas. Por outro lado, temos um protocolo, desde há 4 anos, para assegurar a operação do heliporto do Hospital no que diz respeito à atuação em caso de incêndios. Temos uma relação privilegiada e aberta com o Hospital, tendo as duas entidades colaborado entre si aos mais diversos níveis.

José PalhaComandante dos Bombeiros de Alcabideche

O ACES de Cascais tem mantido uma relação próxima com o Hospital, unidos por um objetivo: prestar os melhores cuidados de saúde ao cidadão de Cascais. Esta relação traduz-se num trabalho de continuidade, com equipas das duas Instituições, como a Unidade Coordenadora Funcional da Mulher e da Criança e a Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes. As direções clínicas com os profissionais do ACES e do Hospital têm elaborado protocolos de referenciação em várias áreas clínicas. Esta partilha de cuidados levou à realização das 1.as, 2.as e 3.as Jornadas Conjuntas do ACES/Hospital/Câmara de Cascais. O ACES de Cascais e o Hospital mantêm-se unidos em vários projetos na Comunidade. O mais emblemático é o Fast-Track Cities — na Via Rápida para acabar com a epidemia do VIH e das Hepatites Víricas em Cascais.

Isabel PardalPresidente do Conselho Clínico e de Saúde do ACES Cascais

O nosso objetivo principal na colaboração com o Hospital de Cascais é a proteção de pessoas e bens, principalmente no serviço de Urgência, em duas vertentes: a proteção dos profissionais de saúde e a dos utentes. Destaco a realização de formações aos profissionais de saúde – formação teórica sobre matéria legal e também formação prática de defesa pessoal. Destaco ainda os simulacros que já fizemos, sobretudo o primeiro do rapto de um bebé a nível nacional. Desde 1 de janeiro está a decorrer, no Hospital de Cascais e no Amadora- -Sintra, um projeto- -piloto inovador a nível nacional relacionado com violência doméstica. A partir do momento em que a pessoa chega à triagem, o enfermeiro contacta diretamente um militar da GNR especializado nessa matéria e, a partir daí, a ação será mais fácil e rápida. Este projeto é dinamizado pelo Hospital com a GNR, a Lusíadas e a Ordem dos Enfermeiros.

Inês RabaçaTenente Comandante da GNR, Subdestacamento Territorial de Alcabideche


Excelência ClínicaNúmeros que nos orgulham

Projetos inovadores e uma equipa empenhada fazem do Hospital de Cascais uma referência no país.

NUNO CÔRTE-REAL

Atual Diretor Clínico

FILOMENA NUNES Diretora Clínica

(2013-2015)

Somos um projeto de saúde ímpar. Os nossos profissio-nais e a nossa gestão são as forças para transformar um escrutínio permanente, ine-rente a uma PPP, numa lide-rança regular nos rankings de excelência clínica que eno-brece Cascais e o País. Nes-tes 10 anos promovemos um maior acesso em qualidade, aumentámos as especialida-des, reforçámos os cuidados intensivos (adultos e pediátri-cos), e fomos mais eficientes: fizemos mais, melhor e com menos custo para todos.

Somos, também, a agili-dade de uma organização. Uma agilidade que se reflete na poupança que geramos ao Estado com uma PPP foca-da nas pessoas e que faz das suas obrigações uma missão financeira e clínica.

Os nossos números são o resultado desta missão que começa na segurança e qua-lidade, na articulação com os cuidados primários pres-tados à comunidade e no investimento na formação. Tudo, para fazer deste um projeto cada vez mais único e inovador na hora de ofere-cer a melhor resposta às po-pulações.

Nestes 10 anos promovemos um maior acesso em qualidade, aumentámos as especialidades,

reforçámos os cuidados intensivos (adultos e pediátricos), e fomos mais eficientes.

Ao longo de 5 anos tive o privilégio de liderar a área médica do Hospital

de Cascais e, consequentemente, liderar o ambicioso processo que nos levou a alcançar a excelência clínica na prestação de cuidados.

Foi um processo intenso, mas que valeu a pena. Conseguimos reduzir a variabilidade dos atos que prestamos, com auxílio da

tecnologia mas sempre garantindo uma maior humanização dos

cuidados. Não poderia estar mais orgulhosa de ter liderado esta

verdadeira equipa de vencedores.

EDUARDA REISDiretora Clínica

(2015-2019)Atual Presidente do Conselho

Médico da Lusíadas Saúde


de redução do tempo médio até à cirurgia dos casos de Fratura de Colo do Fémur.

50%

201480hAntes da Fast Track

Com a implementação da atual Fast Track da Fratura do Colo do Fémur, a partir de 2017, o Hospital reduziu em mais de 50% o tempo médio de resposta cirúrgica a estes doentes em relação a 2014: passaram a ser operados, em média, 36 horas depois de entrar no Hospital. Os profissionais organizaram-se de forma diferente para se chegar mais rapidamente à cirurgia, fundamental para a sobrevivência destas pessoas, por norma, idosas — o índice de mortalidade de 0,2%, face a uma média nacional de 6%, comprova o sucesso da estratégia. O protocolo foi usado para fazer um algoritmo no processo clínico eletrónico do doente: logo que

entra e é triado pelo enfermeiro com situações-chave, o sistema informático alerta para que se possa tratar de uma fratura do colo do fémur e dispara uma série de alarmes baseados em algoritmos que apoiam a decisão clínica — desde pedidos de análises, de radiografia ou aviso para a anestesia. Este é um caso de estudo e vai até servir para inspirar as futuras diretrizes nacionais para o manuseamento destes doentes.

Entre 2009 e 2015 houve uma redução do número de cesarianas

em 13%, uma das maiores descidas a

nível nacional em tão pouco tempo - valor

que se mantém estável e com bons resultados.

Esta redução é um indicador

de qualidade dos cuidados

de saúde, por haver

riscos associados às cesarianas.

39%2009

26%2015

Taxa de Cesarianas

Entre 2010 e 2020, o Hospital aumentou de apenas três para nove serviços que podem formar médicos especialistas no âmbito do Internato Complementar (idoneidade formativa que é atribuída pelos colégios de cada especialidade). Este é o resultado do investimento na formação pré-graduada e pós-graduada e um fator de garantia de qualidade e excelência nos serviços.

201836h Depois da Fast Track

Fast Trackpara as fraturas do colo do fémur

Cirurgia

Medicina Interna

Pediatria

Ginecologia- -Obstetrícia

Ortopedia

Neurologia

Psiquiatria

Medicina Física e de Reabilitação

Medicina Intensiva3

9

Formação pós-graduada

2010 2020

feitos entre 2016 e 2019 no âmbito do Programa Focus, que promove o rastreio precoce de infeções por VIH e VHC (hepatite C) em pessoas que recorram ao Serviço de Urgência e que o consintam. Até 2019 foram diagnosticadas 35 pessoas infetadas pelo VIH e 54 pelo VHC, o que permitiu uma abordagem precoce.

20mil rastreios


junto da pessoa com um PC portátil. Esta e outras inovações permitiram ganhos: quase duas horas junto do doente por enfermeiro por dia. "Ou seja, nessas duas horas ganhei em proximidade. Os enfermeiros estavam cá, mas em salas ou num computador fixo." Quando implementou as altera-ções feitas no âmbito do projeto High Care, iniciado em 2015, a equipa sabia que o processo funcionava interna-mente pois maximizava o uso da tec-nologia para prestar um nível de cui-dados humanizados, mas qual seria o impacto para os doentes e familiares?

Para o saber, em 2017 a equipa li-gou àqueles que estiveram internados nos meses anteriores para avaliar os cuidados de enfermagem. A resposta foi avassaladora, diz Dulce Gonçal-ves: “Tivemos um aumento brutal nas avaliações”. Nos primeiros seis meses

após a aplicação das mudanças, a avaliação segundo o Net Promoter Score (NPS), que mede a lealdade do utente numa escala de -100 a 100, passou de 23 em janeiro para 73 em junho. Estava confirmado: sentiram a diferença — o acompanhamento era mais humanizado.

Eu não devo ser refém da tecnologia, tenho de usar a

tecnologia em benefício do doente, do que ele precisa, e garantir que

os pressupostos que quero para o doente, seja qual

for a tecnologia usada, são garantidos.

Dulce GonçalvesEnfermeira Diretora

Nascido para ser um Hospital Tecno-lógico, a Unidade estreou em 2010 um circuito do medicamento automatiza-do. No entanto, nos primeiros anos, subsistiam lacunas no caminho até à digitalização plena. No período an-terior a 2015, quando um enfermeiro ia fazer a coleta de dados (como os sinais vitais) ia ter com os doentes, registava tudo num papel, ia para a sala de enfermagem e inseria-os no computador. Resultado: os profissio-nais estavam longe das pessoas inter-nadas — 33% do tempo de enferma-gem era despendido numa cadeira, a fazer registos. Tal era um problema: é que apesar de a tecnologia reduzir a possibilidade de erro porque tudo es-tava informatizado, também era um empecilho.

“Não devo ser refém da tecnologia, tenho de usar a tecnologia em benefí-cio do doente, do que ele precisa e ga-rantir que os pressupostos que quero para o doente, seja qual for a tecnolo-gia usada, são garantidos”, diz Dulce Gonçalves, atual Enfermeira Direto-ra. A solução foi adaptar os sistemas de informação às necessidades dos profissionais — e não o inverso.

No caminho rumo à maturidade tecnológica aperfeiçoaram-se os pro-cessos de tal modo que hoje os enfer-meiros elaboram os registos de enfer-magem e acedem à informação clínica

Usar a tecnologia para prestar cuidados

mais humanizados

A forma como o Hospital aplica a tecnologia é um caso de estudo: garante

que há tempo para ouvir o doente.


Promover a melhor

experiência

Quartos que resguardam a intimidade, um horário de visitas alargado e até sessões

de cinema com pipocas para as crianças — cuidar é saber receber.

Cinema ao sábado na Pediatria Desde 2015 que, aos sábados, a Unidade de Pediatria leva o cinema até às crianças internadas: estas podem assistir a filmes infantis no auditório do Hospital ou no Internamento (quando não podem ir ao Auditório). São as crianças que escolhem o que ver, de acordo com os filmes disponíveis no serviço e são oferecidas pipocas e um pequeno lanche no final do filme. Para que nada falte, pais, avós ou irmãos também são convidados.

doentes a dignidade que lhes faltava no antigo Hospital, o que passou não só pelo espaço, como pela assistência dada aos doentes. Os horários das vi-sitas, por exemplo, antes muito com-partimentados, foram alargados no novo Hospital para que os doentes estivessem mais acompanhados.

A lógica de melhorias implicou também reestruturar a organização dos cuidados da própria equipa de enfermagem. O objetivo foi claro: "Focámo-nos na pessoa e na família e pensámos como seria melhor orga-nizarmos as equipas, os cuidados e os circuitos no novo Hospital”, relembra Isabel Pereira Lopes sobre a reestru-turação que liderou na altura.

Se fosse possível sintetizar numa frase as diferenças no conforto e bem-estar que doentes e famílias ga-nharam na transferência das velhas instalações do Centro Hospitalar de Cascais para o novo Hospital de Cascais, inaugurado em 2010, seria assim: "Melhoraram em mil por cen-to", afirma Isabel Pereira Lopes, En-fermeira Diretora entre 2009 e 2018.

Nos antigos hospitais, cujos ser-viços foram concentrados na nova Unidade de Alcabideche em 2010, “as condições estruturais e físicas não promoviam minimamente os cuida-dos humanizados", recorda. "Não ha-via espaço, as pessoas estavam aca-madas umas em cima das outras.” E esta falta de condições, que se alar-gava também à equipa de enferma-gem, afetava o serviço prestado. "Se tiver profissionais motivados, estes podem entregar melhores cuidados aos doentes, mais humanizados." Doente no centroUma das inovações estreadas pelo novo Hospital de Cascais foi no inter-namento: todos os quartos passaram a ter apenas duas camas e, em casos específicos, quartos com apenas uma cama. Preservar a intimidade foi um ponto essencial — era preciso dar aos

Focámo-nos na pessoa e na família e pensámos

como seria melhor organizarmos as equipas, os cuidados e os circuitos

no novo Hospital.

Isabel Pereira LopesEnfermeira Diretora

(2009-2018)


TestemunhosO Hospital pelas palavras de utentes e colaboradores

Durante estes 10 anos trabalhei com diferentes administrações, vários presidentes. Rapidamente me adaptei às novas formas de trabalhar. Todos os dias saio com a sensação de dever cumprido. Este Hospital é a minha vida. Estou cá para dar o melhor de mim.

Anabela Cunha Secretária do Conselho de Administração do Hospital de Cascais

Nem todos têm o privilégio de construir um hospital de raiz.(...) É um dos meus filhos e os filhos, com muito amor e carinho, vamos acompanhando. Foi e continua a ser um projeto que muito me estimula e em que muito gosto de participar.Abílio Casaleiro Secretário-Geral do Hospital de Cascais

Gosto muito de trabalhar no Hospital de Cascais. Distribuo o correio, tiro fotocópias, plastifico documentos, ajudo na copa e arrumo as salas de reuniões. (...) Com ou sem Trissomia, o importante são as pessoas.

Luís Filipe Farrolas Assistente Operacional do Hospital de Cascais


Desde que entrei nas Urgências com um prognóstico de cancro da mama, em 2012, e depois todo o acompanhamento — exames, consultas, cirurgia e tratamentos — apanhei sempre equipas excecionais. Por esse motivo é que decidi, passados sete anos, ter lá o meu bebé.

Estava com o meu marido muito mal em casa, chamei a ambulância para o trazer cá. Esteve pouco tempo, morreu, mas saber que foi bem tratado e que na hora de morrer tinha uma pessoa de família à volta dele, que não estava sozinho, é o maior consolo que ele me deixou.

Maria de Lourdes Ferreira de Sousa Utente

Poder contar com o Hospital é importante como recurso numa questão de saúde - que é fundamental -, mas sobretudo por saber que o processo é célere. Sempre que foi necessário recorrer ao nível da Pediatria ou da Urgência, a experiência foi positiva tendo em conta os cuidados médicos e a resposta rápida.

Fátima Henriques Utente

Cátia Frutuoso Utente

Estive no Hospital porque tive um AVC. Só tenho a dizer bem. Fui bem tratado por médicos, auxiliares e enfermeiros e inclusivamente estive num quarto sozinho.

Joaquim Cachata Utente


10 factosque não sabia sobre o seu Hospital de Cascais

Viatura Médica de Emergência e Reanimação

(VMER) Veículo usado

para transportar uma equipa médica para

junto do doente

VMER Cascais: pioneira em PortugalO Hospital de Cascais foi o primeiro do país a ter o Serviço de Emergência Médica Móvel, então designado por VMIR (Viatura Médica de Intervenção Rápida). Surgiu em 1991 e resultou dos esforços da Câmara Municipal de Cascais, do Hospital e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O INEM disponibilizou a viatura e o equipamento que transportava, além de promover formação às tripulações. A Câmara Municipal assegurou motoristas, a manutenção da viatura e fornecia combustível. Já o Hospital garantiu a base local da viatura, médicos e o estado de prontidão dos equipamentos. Até 1999 as equipas eram formadas por médico e tripulante, quando estes foram substituídos por enfermeiros, e o INEM passou a gerir todas as viaturas, que estão agora de norte a sul do país.

4 413 Número médio de unidoses preparadas diariamente na farmácia do Hospital em 2019.

O valor compreende as unidades reembaladas e etiquetadas.

Somos um Hospital sem papelSabia que no Hospital o processo clínico é totalmente informatizado, com soluções de software e hardware pensadas para ir ao encontro das necessidades dos utilizadores, melhorar a qualidade dos cuidados e minorar os riscos para o doente? Além de promover o rigor da informação clínica e a eliminação de transcrições e redundâncias desnecessárias — que podem causar incidentes e efeitos adversos — tal permite que se torne num Hospital Sem Papel. Veja o impacto na sustentabilidade ambiental: desde o grande projeto de redução de consumo de papel, em 2017, economizou-se por dia cerca de 3 000 folhas de papel, o que se traduz em um milhão de folhas por ano e corresponde a 50 árvores poupadas, por ano, à Natureza.

700Chamadas atendidasO contact center, que recebe as chamadas dos utentes, atende em média cerca de 700 chamadas por dia útil. A equipa é composta por sete elementos.

500Número médio de artigos

esterilizados todos os dias — há contentores com

mais de 50 instrumentos.

Ir de carrinho de brincar para o bloco operatórioO Hospital tem um circuito da criança na cirurgia de ambulatório pediátrico adaptado às necessidades dos mais novos. O trajeto da Pediatria até ao bloco é feito num vagão de comboio ou num carro elétrico, como se tudo fosse uma brincadeira.


Canhão a meio da rotundaSabia que no meio da rotunda do parque de estacionamento do Hospital está um canhão? É uma das três peças de artilharia que fazia parte da primeira bataria do Regimento de Artilharia de Costa (RAC), que dava proteção à baía de Cascais. O RAC era uma unidade do Exército Português que assegurava a defesa dos portos de Lisboa e de Setúbal e foi extinto em 1998. Era composto por oito batarias, que são plataformas utilizadas para dispor uma ou mais bocas de fogo numa fortificação.

Refeitório: num dia...

1 400 Refeições servidas aos doentes (pequeno-almoço, meio da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia)

300Refeições servidas aos funcionários (almoço e jantar servidos no refeitório)

24 horas no Hospital de Cascais

46 Cirurgias

10 Partos

634 Consultas

454 Urgências

19 940 kw Eletricidade

892 m3 Gás

156 m3

Água

30 220€ Despesas de

medicamentos e material de

consumo clínico

Dados de 2019.

Equipa do refeitório do Hospital de Cascais

VoluntáriosAlém dos seus profissionais, há uma equipa muito especial no Hospital: os voluntários. A Liga dos Amigos do Hospital de Cascais tem cerca de 90 voluntários que, além de orientarem quem chega, acompanham os doentes quando os seus familiares não o podem fazer. O voluntário é o familiar que o doente não tem: ajuda-o nas atividades que seriam suportadas por um familiar como fazer companhia ou ler um livro. Na Pediatria, estão na área da sala de brincadeiras e mantêm atividades com as crianças e na Neonatologia ajudam a servir de referência aos bebés. O Hospital conta ainda com a presença regular da Operação Nariz Vermelho, através das visitas de palhaços cujo objetivo é levar alegria à criança hospitalizada, bem como com a Associação Nuvem Vitória, que ajuda a adormecer as crianças contando histórias de embalar.

Maria da Luz Calado, presidente da Liga dos Amigos

do Hospital de Cascais


GANHA PRÉMIO INÉDITO EM PORTUGALPrimeira unidade de saúde portuguesa a vencer o GS1 Healthcare Award – Best Provider Implementation Case que distingue uma organização, departamento ou individualidade pela efetiva implementação do Sistema GS1 em pelo menos um dos processos da unidade.

2013 2016

INAUGURAÇÃO A 23 de fevereiro, pouco mais de um ano depois de a HPP Saúde ter assumido a gestão em regime de Parceria Público-Privada, o Hospital de Cascais abre as portas num novo e moderno edifício, construído num consórcio entre a HPP e a Teixeira Duarte.

2010

20111.º HOSPITAL DO PAÍS COM CERTIFICAÇÃO AMBIENTALPioneiro na certificação ambiental nos domínios da prestação de cuidados de saúde na área médica, cirúrgica, diagnóstico e terapêutica, pela Bureau Veritas Certification.

AMIL COMPRA HPP SAÚDE A brasileira Amil Participações, o maior grupo privado de saúde do Brasil, compra a HPP Saúde. A Amil integra o UnitedHealth Group.

2014REBRANDING HPP PARA LUSÍADASNuma iniciativa de modernização da marca, o grupo HPP Saúde é alvo de um rebranding e passa a designar-se Grupo Lusíadas Saúde.

Em 2016 é o primeiro hospital em Portugal certificado pelo HIMSS Analytics nível 6. Apenas 2,5% de hospitais a nível europeu tinham chegado, nesta altura, a este patamar nesta escala de avaliação tecnológica internacional.


2017 2019Em 2017, recebe a certificação de nível 7 atribuída pelo HIMSS Analytics, a máxima nesta escala. É o único hospital português neste nível e torna-se no hospital mais tecnológico do país.

COLABORAÇÃO FAST-TRACK CITIESProtocolo assinado entre entidades do concelho de Cascais para, através da definição de metas e ações, acabar com a epidemia VIH/SIDA até 2020 e com a hepatite C até 2030.

PROTEÇÃO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICAÉ assinado um protocolo com o Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), a Ordem dos Enfermeiros e a GNR para proteger e assistir as vítimas de violência doméstica.

PARCERIA COM A CASCAIS AMBIENTE NO ÂMBITO DO PROGRAMA OXIGÉNIOAdoção, durante 5 anos, de uma parcela de floresta inserida no Parque Natural Sintra-Cascais.

TOP 5: HOSPITAL COM MELHOR DESEMPENHOTrês vezes consideradocomo o hospital de média dimensão com Melhor Desempenho Global do SNS (Sistema Nacional de Saúde).

20162015

2020

O Hospital faz parte de uma elite de quatro hospitais na Europa com este nível de classificação

20182018

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