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www.redebrasilatual.com.br BEBEDOURO nº 33 Agosto de 2014 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA jornal brasil atual jorbrasilatual Jornal Regional de Bebedouro 92 cidades com mais de 200 mil eleitores estão habilitadas Pág. 2 ELEIçõES 2014 VOTO EM TRÂNSITO Pesquisa revela decadência das escolas públicas no governo Alckmin EDUCAçãO NOTA ZERO O ex-volante que foi um andarilho do futebol interiorano Pág. 7 PERFIL ADILSON MANOEL TRANSPORTE Tarifa pode aumentar ainda mais e qualidade é incerta; passageiros reclamam do custo-benefício Pág. 3 LICITAçãO NãO ASSEGURA MELHORIAS NO SISTEMA Servidores não conseguem se aposentar por insalubridade Pág. 6 CIDADE FUNCIONALISMO

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www.redebrasilatual.com.br BeBedouro

nº 33 Agosto de 2014

DistribuiçãoGratuita

jornal brasil atual jorbrasilatualJornal Regional de Bebedouro

92 cidades com mais de 200 mil eleitores estão habilitadas

Pág. 2

eleições 2014

voto em trânsitoPesquisa revela decadência das escolas públicas no governo Alckmin

educação

nota zero

O ex-volante que foi um andarilho do futebol interiorano

Pág. 7

Perfil

adilson manoel

transPorte

Tarifa pode aumentar ainda mais e qualidade é incerta; passageiros reclamam do custo-benefício

Pág. 3

licitação não assegura melhorias no sistema

Servidores não conseguem se aposentar por insalubridade

Pág. 6

cidade

funcionalismo

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2 Bebedouro

expediente rede Brasil atual – Bebedouroeditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador secretário de redação Enio Lourenço redação Giovanni Giocondo revisão Malu Simões foto capa Leo Martins/Frame/Folhapress diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2820 tiragem: 10 mil exemplares distribuição Gratuita

editorialE a Copa do Mundo deu certo. Opa, dentro dos gramados

foi uma decepção, mas fora, apesar da intensa campanha pes-simista, o resultado foi positivo. O debate sobre os custos do Mundial e as prioridades sociais sempre foi legítimo, embora com muita manipulação de informação.

“A mídia brasileira nos enganou”, disseram as equipes e a mídia internacional. Nosso leitor já havia lido aqui nossos aler-tas contra essas manipulações. A British Broadcasting Corpora-tion (BBC) considerou a melhor de todas as Copas já realizadas.

No transcurso dos jogos tivemos uma inversão total rumo à alegria e à certeza de que o Brasil está mudando para melhor, pois inclui os pobres em seus projetos econômicos, ao contrá-rio do que fazem as elites, que só pensam em si mesmas e em continuar enriquecendo.

Nesta edição destacamos uma reportagem baseada em pesquisa da Apeoesp (sindicato do professorado paulista), que revela um quadro bem ruim na educação durante a gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Os dados estatísticos, no entanto, sugerem que mudanças podem ser feitas, como valorizar os professores, forjar nova relação com as famílias dos alunos e com a comunidade, criar um programa de ensino mais profundo, etc.

Pesquisas como essa jogam luzes na trajetória a ser perse-guida, assim como constatam que é preciso ter, no governo do Estado de São Paulo, pessoas que busquem o melhor para a população.

eleições 2014

Escolha para presidente poderá ser fora da seção originalVoto em trânsito atinge 92 cidades

AC RIO BRANCOAL MACEIÓAM MANAUSAP MACAPÁBA FEIRA DE SANTANABA SALVADORBA VITÓRIA DA CONQUISTACE CAUCAIACE FORTALEZADF BRASÍLIAES CARIACICAES SERRAES VILA VELHAES VITÓRIAGO ANÁPOLISGO APARECIDA DE GOIÂNIAGO GOIÂNIAMA SÃO LUÍSMG BELO HORIZONTEMG BETIMMG CONTAGEMMG GOVERNADOR VALADARESMG JUIZ DE FORAMG MONTES CLAROSMG UBERABAMG UBERLÂNDIAMS CAMPO GRANDEMT CUIABÁPA ANANINDEUAPA BELÉMPA SANTARÉM

PB CAMPINA GRANDEPB JOÃO PESSOAPE JABOATÃO DOS GUARARAPESPE OLINDAPE PAULISTAPE RECIFEPI TERESINAPR CASCAVELPR CURITIBAPR LONDRINAPR MARINGÁPR PONTA GROSSARJ BELFORD ROXORJ CAMPOS DOS GOYTACAZESRJ DUQUE DE CAXIASRJ NITERÓIRJ NOVA IGUAÇURJ PETRÓPOLISRJ RIO DE JANEIRORJ SÃO GONÇALORJ SÃO JOÃO DE MERITIRJ VOLTA REDONDARN NATALRO PORTO VELHORR BOA VISTARS CANOASRS CAXIAS DO SULRS PELOTASRS PORTO ALEGRERS SANTA MARIASC BLUMENAU

SC FLORIANÓPOLISSC JOINVILLESE ARACAJUSP BARUERISP BAURUSP CAMPINASSP CARAPICUÍBASP DIADEMASP FRANCASP GUARUJÁSP GUARULHOSSP ITAQUAQUECETUBASP JUNDIAÍSP LIMEIRASP MAUÁSP MOGI DAS CRUZESSP OSASCOSP PIRACICABASP RIBEIRÃO PRETOSP SANTO ANDRÉSP SANTOSSP SÃO BERNARDO DO CAMPOSP SÃO JOSÉ DO RIO PRETOSP SÃO JOSÉ DOS CAMPOSSP SÃO PAULOSP SÃO VICENTESP SOROCABASP SUZANOSP TAUBATÉTO PALMAS

confira a relação dos municípios habilitados

Nas eleições gerais de ou-tubro, o eleitor que estiver fora do seu domicílio eleitoral po-derá exercer o direito ao voto em trânsito para a escolha do presidente e do vice-presiden-te da República. Diferente das eleições de 2010, a novidade é que neste ano não são apenas as capitais que oferecerão o benefício, mas todas as cida-des com mais de 200 mil elei-tores (leia o quadro abaixo).

Os interessados têm até o dia 21 de agosto para habilitar o direito junto à Justiça Eleito-ral, confirmando a cidade em que pretendem votar. A partir do momento em que o eleitor

solicitar o voto em trânsito, ele não poderá mais votar na sua seção de origem, a não ser que cancele a habilitação ou altere a cidade – a data limite é a mesma.

Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) indicarão o local onde as urnas do voto em trânsito serão instaladas nas respectivas cidades. No entan-to, essas seções deverão ter no

mínimo 50 e no máximo 600 eleitores. Caso esses números não sejam atingidos, o TRE deverá informar aos eleitores da impossibilidade de exer-cer o direito. A habilitação do voto em trânsito será cancela-da e os eleitores deverão jus-tificar a ausência ou votar na seção de origem.

De acordo com o Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições gerais de 2010, quando a possibilidade ficou restrita às capitais, 80.419 eleitores registraram o pedi-do para votar em trânsito no primeiro turno e 76.458 no segundo turno.

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População já sofre com o reajuste atual da tarifa de ônibus, que pode chegar até R$ 2,69licitação não deve garantir aprimoramento do sistema

reajuste da tarifa X qualidade do serviço oferecido

as esperanças e os medos do processo licitatório

Após quase três décadas de um regime precário de permis-são à iniciativa privada, o trans-porte público de Bebedouro será organizado por uma licita-ção entre empresas de ônibus.

A medida foi definida pela Prefeitura após pressão do Ministério Público Estadual (MP-SP) e do Sindicato dos Empregados das Empresas de Transporte Público de Ribei-rão Preto (Seeturp).

No entanto, o futuro do serviço é incerto, e ainda não

No dia 7 de julho, após quase cinco anos, a Prefeitura de Bebedouro reajustou em 20% o valor da tarifa, que pas-sou de R$ 2 para R$ 2,40.

A empresa Rápido D’Oeste chegou a dizer à Prefeitura que não estava mais interes-sada em continuar à frente do transporte público (onde está desde 2013) se não houvesse reajuste da tarifa – o contrato foi prorrogado até o dia 13 de setembro.

Ela ainda argumenta que o aumento compensaria perdas com a inflação, custos mais altos de manutenção e reposi-ções salariais dos funcionários.

O novo edital é claro no que se refere ao teto do valor da passagem. A previsão é que a nova concessionária possa cobrar até R$ 2,69 pela tarifa.

O subdiretor de Compras

há previsão para que o edital seja tornado público (estão sendo feitas adequações nas planilhas de custos).

A polêmica no setor co-meçou em 2011, quando o ex-prefeito João Batista Bian-chini, o Italiano, tentou rom-per o contrato com a Empresa Bebedourense de Transporte Urbano (EBTU) e firmar um convênio, sem licitação, com a empresa Expresso Ramazini.

A tentativa resultou em ação civil pública por impro-

bidade administrativa contra o ex-prefeito e as duas compa-nhias. Segundo o promotor de Justiça Herbert Oliveira, ini-ciou-se uma “via sacra” para o

cumprimento da liminar judi-cial, que obrigava o município a abrir licitação para o trans-porte público.

Somente em fevereiro de

2014 saiu o edital, mas no mês seguinte duas das potenciais concorrentes (Jabotur e Made-turismo) conseguiram impugnar o documento junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), questionando o excesso de exi-gências de comprovação finan-ceira par participar da licitação.

Segundo o subdiretor de Compras e Licitação da Pre-feitura, Paulo Sérgio García, as mudanças solicitadas pelo TCE não alteraram o conteúdo do edital.

A população já sente os efei-tos do reajuste no bolso. O açou-gueiro Bruno Medeiros, de 26 anos, morador do bairro Pedro Paschoal, considera o aumento uma medida ruim para quem uti-

liza o transporte público diaria-mente. “A gente chega a esperar uma hora no ponto de ônibus, e leva mais uma hora para chegar em casa”, complementa.

A trabalhadora doméstica Isabel Cruz, de 32 anos, acre-dita que o valor da tarifa não condiz com o serviço ofere-cido. Ela é enfática ao falar do sufoco que passa ao tentar usar o transporte público com a sua filha de dois anos.

“De manhã, o ônibus vai lotado. O povo é mal-educa-do, não dá lugar para quem é mãe. Quando eu pego o circu-lar, tenho que ficar em pé com a minha filha me equilibrando

para não cair, [o transporte] está horrível”, analisa.

As reclamações dos mora-dores fazem sentido quando se analisa o edital. Segundo o pre-sidente do Seeturp, João Hen-rique Bueno, as mudanças pre-vistas no documento (ao qual ele teve acesso) não vão melho-rar os problemas estruturais do atual sistema. “Está se criando uma expectativa tão grande com relação à nova concorrência, e ela vai ser frustrante para todos nós”, esclarece.

O que pode garantir a me-lhora é o fato de que a vence-dora da licitação terá de forne-cer ônibus acessíveis a pessoas

com deficiência e uma frota mais “jovem” – com no máxi-mo 5 anos de fabricação. Am-bas as alterações são exigidas por lei federal.

O sindicalista ainda ex-plica que a licitação não prevê mudanças em linhas, horários, menores intervalos entre um ônibus e outro, e nem mesmo a aquisição de mais veículos, além dos oito existentes atualmente.

O edital tampouco versa sobre a integração das linhas, que tornaria o transporte mais ágil e, consequentemente, tra-ria mais passageiros e reduzi-ria os custos da tarifa.

e Licitação da Prefeitura, Paulo Sérgio García, diz que o docu-mento prevê investimentos gra-dativos ao longo dos 15 anos de concessão, que são prorrogá-veis por outros 15 anos.

Para o promotor Herbert Oli-veira, o fato de o transporte pú-blico ser feito anteriormente por meio de um contrato precário fez com que a EBTU jamais melho-rasse a qualidade do serviço.

“A esperança é de que agora uma concessionária com garan-tias contratuais tenha condições de investir, aprimorar e melhorar a prestação do serviço”, pondera.

A equipe do Brasil Atual

fez contato com Eduardo Oliveira, responsável pela empresa Rápido D’Oeste em Bebedouro, mas ele não res-pondeu aos questionamentos da reportagem.

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educação

Pesquisa mostra insatisfação de pais, alunos e professores, e sugere diretrizes Por Giovanni Giocondo

rede pública estadual é reprovada na gestão alckmin

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Professo-res do Ensino Oficial do Es-tado de São Paulo (Apeoesp) e pelo Instituto Data Popular, no primeiro semestre de 2014, revelou que a educação é um dos segmentos mais proble-máticos do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo o estudo, 50% dos pais de alunos entendem que as escolas de seus filhos são regulares, ruins ou péssi-mas. Entre os estudantes, esse índice salta para 67%.

O levantamento intitulado “Qualidade da Educação nas Escolas Estaduais de São Pau-lo”, que entrevistou 700 pais de alunos, 700 professores e 700 estudantes, confirma as impressões da sociedade pau-lista quanto à rede estadual de ensino: péssimas condições de trabalho aos professores, in-fraestrutura inadequada para o aprendizado dos alunos, admi-nistração antidemocrática das escolas, entre outras.

Para a presidenta da Apeo-esp, Maria Izabel Azevedo

Noronha, o estudo expressou o que há muito tempo vem sendo utilizado como palavra de ordem dos protestos reali-zados pela entidade.

Já a deputada estadual Bea- triz Pardi (PT), professora aposentada da rede pública estadual e integrante da Co-missão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), entende que a pesquisa comprova o período de decadência mais rápida da história das escolas públicas de São Paulo.

falta de valorização do professor: o principal gargaloProfessores ouvidos na

pesquisa Apeoesp/Data Po-pular relataram que a baixa remuneração oferecida pelo governo do Estado de São Paulo – atualmente, profis-sionais com licenciatura ple-na ingressam na rede esta-dual ganhando R$ 2.415,89, em jornada de 40 horas se-manais – os obriga a lecio-nar em mais de uma escola ou em vários períodos.

O excesso de trabalho favorece a abstenção e com-promete o tempo de prepa-ração de aulas e correção de trabalhos e provas.

O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), membro da Frente Parla-mentar em Defesa da Esco-la Pública no Estado de São Paulo, entende que é neces-sário um plano estadual de educação, que compreenda metas, diretrizes e objeti-

vos. “A educação em São Pau-lo está à deriva”, critica.

Para o parlamentar, que é diretor de escola pública, tam-bém deve ser criado um plano de carreira para os professores capaz de atrair novos profis-sionais. “Sem investimentos em salários dignos não há a mínima condição de avançar em outras áreas”, comenta.

Ele ainda acusa o governa-dor Geraldo Alckmin de desres-peitar a Lei do Piso, aprovada em 2008 pelo Congresso Na-cional, por não atender às exi-gências trabalhistas firmadas.

A norma diz que os profes-sores devem utilizar um ter-ço das 40 horas semanais de trabalho em atividades extra-classe, como a preparação das aulas e as correções de ativi-dades. E para isso, o docente deve ser remunerado, o que o governo paulista não faz.

A precariedade dos regi-

mes profissionais do professo-rado paulista se evidencia nas distintas categorias com mais e menos benefícios. Os profes-sores temporários da “catego-ria O”, por exemplo, não são estatutários, nem celetistas. “Se eles ficarem doentes, não podem usar o Iamspe (Institu-to de Assistência Médica do

Servidor Público Estadual)”, complementa a sindicalista Maria Izabel.

No ano passado, após in-tensa pressão da Apeoesp sobre o Palácio dos Bandei-rantes, que incluiu 22 dias de greve na rede estadual, foi realizado o maior concurso público da história da educa-

ção paulista, que até o fim de sua vigência (2017) deve contratar quase 120 mil no-vos professores.

O desafio, agora, é tor-nar o concurso periódico, estabelecendo um “gatilho” toda vez que o número de docentes temporários al-cançar o índice de 10% do quadro de profissionais, conforme prevê o artigo 81 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

A pesquisa ouviu de 34% dos pais, 40% dos alu-nos e 39% dos professores a afirmação: “Professor qualificado e valorizado é sinônimo de educação de qualidade”. E para qualifi-car, a sindicalista e os par-lamentares concordam que é necessária uma formação continuada aos docentes, com cursos adequados aos horários de trabalho.

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comunidade escolar refuta progressão continuada

investimentos providenciais Papel da escola

conselhos escolares para democratizar a instituição

A progressão continuada, implementada em meados da década de 1990, é apontada como um dos itens prejudiciais ao ensino público no Estado de São Paulo. O estudo constatou que 94% dos pais, 75% dos alunos e 63% dos professores são contra o sistema.

Na opinião do deputado estadual Carlos Giannazi, o método que originalmen-

Para a deputada estadual Beatriz Pardi (PT), a escola é uma das instituições que mais guardou “recordações” da dita-dura civil-militar (1964-1985).

A professora aposentada acredita que o autoritarismo da instituição começa pelas ordens da Secretaria Esta-dual de Educação, passando pelas diretorias regionais de ensino, até chegar às salas de aula, onde projetos impostos pelo governo transformam os professores em meros “operadores pedagógicos”.

Parte da democratização

dessa estrutura verticalizada passa pela criação de instâncias e órgãos colegiados que interfi-ram na gestão das escolas.

A pesquisa Apeoesp/Data Popular mostrou, por exem-plo, que 70% dos pais entre-vistados afirmaram nunca terem ido a uma reunião do conselho da escola do filho.

Maria Cecília Luiz, profes-sora e coordenadora do curso de Fortalecimento dos Conselhos Escolares da Universidade Fe-deral de São Carlos (UFSCar) – desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação (MEC)

–, considera este quadro pre-ocupante. Segundo ela, não basta aumentar o número de membros nos conselhos, mas deve-se garantir que esses conselheiros compreendam a importância de sua participa-ção nesses órgãos.

“A escola é um espaço de construção da cidadania, de liberdade de expressão de ideias e de crescimento pessoal e social”, explica.

A acadêmica entende que deve haver o envolvimento da comunidade local e dos profissionais da educação.

A Constituição estabelece que todos os Estados devem investir no mínimo 30% de seu Orçamento na Educação. Ao observar a LDB na Co-missão de Educação e Cultura da Alesp, a deputada Beatriz Pardi verifica que dificilmente esse índice é superado em São Paulo. Em sua opinião, o go-verno paulista deveria elevar o volume de recursos destinados ao setor durante um período de ao menos 10 anos para “pôr

em ordem” o que está fora de lugar, tornando a manutenção do sistema mais barata.

Um dos diagnósticos da pesquisa é que a falta de in-fraestrutura nas escolas esta-duais, visível na ausência de equipamentos e laboratórios, representa piora na qualidade da educação.

Reportagem da Rede Brasil Atual feita em março mostrou, com base em dados da Secreta-ria da Fazenda, que o governo

estadual reduziu em 36,62% os investimentos na construção e ampliação dos prédios e na compra de materiais escolares, entre 2013 e 2014.

No levantamento, quase 90% dos entrevistados dizem que faltam bibliotecas nas esco-las. Datashow e televisão estão ausentes em 82% e 84% dos casos, respectivamente. “Uma criança que fica o dia inteiro olhando para a lousa não tem estímulo”, observa a deputada.

Para 48% dos pais, o prin-cipal papel da escola é formar cidadãos. Já 35% dos estu-dantes entendem que cabe à

escola preparar o aluno para o mercado de trabalho.

Segundo a presidenta da Apeoesp, é “um sonho unir essas pretensões à transmissão do conteúdo das disciplinas”. Assim como “tornar a escola mais plural, com mais investi-mento, respeito aos professo-res e democracia nos projetos pedagógicos, mais condizen-tes com os objetivos da comu-nidade”, conclui Maria Izabel.

te prevê a avaliação do aluno em ciclos foi distorcido para se tornar a simples aprovação automática.

“A progressão continuada é importante porque ela respeita o estágio de aprendizagem e o ritmo de cada aluno. Ela é fun-damental, mas nunca foi im-plantada de verdade no Estado de São Paulo”, explica.

A Secretaria Estadual de

Educação, por meio de nota, defende-se informando que, ao final de 2013, aprimorou o sistema, ampliando as possibi-lidades de retenção e também permitindo a correção de even-tuais defasagens de forma mais prematura.

E como se garantir melho-rias de ensino quando 46% dos estudantes entrevistados dizem já ter passado de ano sem ter

aprendido a matéria? A presi-denta da Apeoesp, Maria Iza-bel, acredita que este método é uma forma de exclusão de oportunidades a longo prazo, seja no mercado de trabalho ou na continuidade dos estu-dos. “O aluno está sendo ex-cluído do direito de acesso a um conhecimento que histo-ricamente foi acumulado pela sociedade”, pondera.

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cidade

Prefeitura não tem médicos e engenheiros do trabalho, que realizem perícias sobre insalubridadeservidores municipais não conseguem se aposentar

relatos das trabalhadoras com aposentadoria vencida

Os servidores públicos mu-nicipais de Bebedouro estão enfrentando dificuldades para se aposentar, principalmen-te aqueles que trabalham em condições especiais de insalu-bridade (exposição a agentes nocivos à saúde).

A denúncia foi feita por um grupo de funcionárias do setor da saúde, que continuam trabalhando após o tempo re-gulamentar de contribuição à Previdência Social e sofrem, sem exceção, perseguição por reivindicar o direito trabalhis-ta – por esse motivo, seus no-mes serão mantidos em sigilo

O presidente do Sindica-to dos Servidores Públicos Municipais de Bebedouro, Lourival Basílio, informa que vem alertando a Pre-feitura há pelo menos cinco anos sobre a inexistência desses profissionais.

Todos os avisos, no en-tanto, foram ignorados, as-sim como os pedidos da nossa reportagem, que não obteve resposta do Serviço Assistencial dos Funcioná-rios e Servidores Municipais de Bebedouro (SASEMB). A diretora do órgão, Edna Soares, disse não ter autori-zação para falar do tema.

As mulheres com quem a reportagem conversou afir-mam trabalhar na “linha de frente das Unidades Básicas de Saúde”, e dizem ter em comum a rotina estressante e a subvalorização do trabalho.

Uma técnica de enfer-magem, constantemente ir-

nesta reportagem. O problema também atinge guardas-civis e funcionários do Serviço Au-tônomo de Água e Esgoto de Bebedouro (SAAEB).

Em abril de 2014, o Su-

premo Tribunal Federal (STF) editou a súmula vinculante nº 33, que regulamentou a Emen-da Constitucional nº 47, de 2005, conforme explica André Marques, presidente do Insti-

tuto dos Advogados Previden-ciários (IAPE). O documento equiparou o servidor munici-pal ao servidor público em ge-ral, por analogia à legislação do Regime Geral do Instituto Nacional de Seguridade So-cial (INSS).

“A Lei Federal 8.213/91, em seus artigos 57 e 58, pre-via expressamente a aposen-tadoria especial para aqueles trabalhadores que compro-vassem a exposição a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física pelo pe-

ríodo equivalente à concessão do benefício.”

Para conseguir se aposen-tar, os servidores municipais precisam atestar ter trabalhado nessas condições durante pelo menos 25 anos.

O problema, porém, é que a Prefeitura de Bebedouro não possui um médico do trabalho e um engenheiro de segurança do trabalho, responsáveis pelo lau-do pericial – Perfil Profissiográ-fico Previdenciário (PPP) – e por monitorar ambientes insalubres, respectivamente. O PPP, quando apresentado ao INSS, garante a aposentadoria especial.

ritada com o abandono dos órgãos públicos, diz já ter se afastado duas vezes do traba-lho por motivo de saúde. Sua aposentadoria deveria ter saí-do há quatro anos.

Outra funcionária denun-cia o acúmulo de funções. De quatro pessoas, seu setor agora só tem duas para fazer a coleta domiciliar, inclusive a mani-pulação de amostras de san-gue de pessoas soropositivas e com outras doenças sexual-mente transmissíveis (DSTs). Além da atividade original, a servidora também atua como motorista sem receber gratifi-cação extra. Ela deveria estar aposentada há três anos.

O salário de R$ 764,53 é um dos receios quando o as-sunto é a aposentadoria. Mes-mo querendo “descansar”, uma delas teme perder bene-fícios, como o do programa Estratégia Saúde da Família, que garante mais R$ 185 no

holerite. Ou até mesmo a ces-ta básica, cortada automatica-mente no ato da aposentadoria. “Apesar de perder tudo isso, o que mais queremos é nos apo-sentar. Principalmente a nossa mente. Depois de 25 anos, nin-guém aguenta mais”, explica.

“Meu filho fala: ‘Mas todo dia você está estressada, mãe. Você trata os seus pacientes assim?’”, conta, desconfortá-vel, outra técnica em enferma-gem, que faz questão de lem-brar que a remuneração baixa

faz com que ela e suas colegas se endividem com emprésti-mos bancários.

Todas afirmam que são per-seguidas constantemente e têm suas opiniões censuradas. A fal-ta de médicos, de medicamen-tos e de equipamentos é cobra-da delas, que dizem resolver os problemas diários com atenção, o que não ocorre da parte do po-der público com elas.

O presidente do Sindica-to dos Servidores Municipais, Lourival Basílio, enfatiza que

a entidade já impetrou cerca de 300 unidades de mandados de injunção na Justiça – re-cursos pelos quais o muni-cípio é obrigado a conceder a aposentadoria especial aos servidores. Até que o STF de-cidisse em prol dos trabalha-dores, em abril, mais de 5.000 mandados haviam sido inter-postos judicialmente no país.

Para o presidente do IAPE, André Marques, o prejuízo ao funcionário que continua na atividade após o período legal, além de finan-ceiro, é médico, “pois sua saúde tende a piorar, quanto mais tempo ficar exposto aos agentes de risco”.

Marques atenta que “o ser-vidor poderá pedir ao municí-pio judicialmente indenização por danos morais ou materiais que entenda haver sofrido em face da demora em atender ao seu pedido de aposentadoria especial”.

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Perfil

O ex-jogador bebedourense conta com nostalgia suas aventuras pelo mundo da bolaadilson manoel, um desbravador do futebol interiorano

Muitas histórias a lem-brar, e outras ainda para viver e compartilhar. Assim é que o bebedourense Adilson Manoel, de 54 anos, conta um pouco de sua trajetória. Durante mui-tos anos, esse caminho passou pelo relvado verde onde o co-ração pulsava em alto e bom som na ponta da chuteira.

Sem filhos e atualmente fun-cionário de uma editora evan-gélica, o torcedor do Santos Futebol Clube guarda consigo memórias de um tempo em que o futebol era, acima de tudo, paixão e vontade de vencer.

Volante de origem e des-tro, ele começou a jogar no campinho de terra que ficava na Praça de Nossa Senhora Aparecida (ao lado da Igre-ja). “Eu apanhei muitas vezes dos meus pais, porque o tem-po todo eu queria estar num campo de futebol”, revela com bom humor.

Outras brincadeiras dos tempos de criança, como sol-tar pipa, não tinham espaço. “O meu negócio era o fute-

bol, e isso é notório até hoje”, constata o ex-volante, que se considerava um “coringa”, já que também atuava como meia-direita, meia-esquerda e lateral-esquerdo.

Do divertimento infantil, o esporte passou a ser coisa sé-ria na adolescência. No campo da Internacional de Bebedou-ro, Adilson passou de gandu-la a integrante das categorias de base do clube, logo aos 12 anos de idade, quando era treinado pelo saudoso Carlos Bento, o Pacau. E os desafios só aumentaram.

Com a ajuda de Laudemir

Moreno, atleta do time profis-sional da Inter na época, e ami-go até os dias de hoje, o volan-te chegou à Ponte Preta, onde atuou nas equipes juvenis en-tre os anos de 1976 e 1978.

Em Campinas, ele conhe-ceu um diretor chamado Luiz Carlos de Oliveira, o Bolão, que se interessou por seu fu-tebol e passou a ser o seu agente. Para onde Bolão fosse trabalhar, Adilson ia com ele: Comercial (de Ribeirão Preto) e Noroeste (de Bauru) foram alguns desses clubes

O desafio maior, entretan-tanto, veio com uma transfe-

rência para o Matsubara (do Paraná), que iniciava sua his-tória no futebol. “Fui um dos pioneiros”, rememora. Pelo clube da pequena cidade de Cambará disputou a 1ª Divisão do Campeonato Paranaense, enfrentando os grandes clubes do Estado, como Atlético Pa-ranaense e Coritiba.

Do Matsubara, Adilson ainda passou pela Ferroviária (de Araraquara), Cruzeiro (do Vale do Paraíba), Andradina e Monte Cristo (de Goiânia).

Um pouco desiludido com a carreira, com 25 anos, Adil-son achou por bem retornar a

Bebedouro. Mas, ele foi sur-preendido com um convite para voltar a jogar pela Inter-nacional, quando estava traba-lhando como frentista na cida-de. O volante jogou por mais dois anos até encerrar o seu ciclo no futebol profissional.

Hoje, Adilson Manoel ain-da é visto em campo nos amis-tosos de futebol veterano. E não se furta a criticar o fute-bol atual, que considera muito voltado ao dinheiro e ao vigor físico, em detrimento da qua-lidade individual do jogador e da amizade entre os atletas.

Como um analista dos jo-gos profissionais na televisão, ele diz ter previsto a fragili-dade que levou à derrocada da seleção brasileira na Copa de 2014. Ainda assim, elege como “sucessor” na gana pelas vitórias e na entrega em cam-po um jogador que, se teve fa-lhas, não deixou de lutar para chegar ao ápice: David Luiz. “Eu sempre fui assim, aguerri-do. É um jogador com o meu estilo, admiro muito.”

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Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais ehorizontais, nem nos quadrados menores (3x3).

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL

BANCO 122

ECGPSANTOPADRETSEVICIAR

PARSENACSDESTRONADO

DETRANHONTORAAMARRARIRARAG

NEGRAOIPESICAAMPANTEONBC

COSINSOCIONTEIAALEMTRETARONAIOIPLANOCSOLARGRATO

Que perdeua posiçãodominante

(fig.)

(?) Tse-tung,

estadistachinês

Faixa de-marcada

na piscinaolímpica

Órgão es-tadual detrânsito(sigla)

O Penta-teuco da

Bíbliahebraica

Letra-símbolo dotamanhopequeno

Rogério(?), maiorgoleiro-

artilheiro

"O Troncodo (?)", ro-mance re-gionalista

(?) namanga: a

"armasecreta"

Elemento da QuímicaOrgânica(símbolo)

"(?) Re-beldes",

minissériede TV

Barra fun-damental de motoresà explosão

De cantomelodioso

(a ave)

Cada parteda sequên-cia de umconcurso

(?) majori-tário: temo poder naempresa

Artifíciopara enga-nar alguém

(pop.)

Cora (?), jornalista e escritorabrasileira

Saudaçãocomum nodia a dia

(?) Piloto,projeto

urbanísticode Brasília

A energia necessáriaà fotos-síntese

Dirigir uma naçãoPeça

derrubadano boliche

(?)-se:ficar comvergonha

Parte docorpo quepode indi-car febre

Arremesso preciso nobasquete, fora da linhados 6,75 m NelsonSargento, sambista

Maltratar fisicamente

O estilovintage

Instituiçãomantida

pelo comér-cio (sigla)

O "outromundo"

Organiza-ção civil

Altarprimitivo

Agradecido

Armadilhada aranhaCidade doRedentor

A etnia es-cravizadano Brasil

Temploromano

dedicado a todas as divindades

CorrentereforçadaArte, em

latimAnimal conhecidocomo papa-melInflamação da mucosa nasal

O númerocuja

divisão por dois

não deixaresto(Mat.)

Denomina-ção pelaqual é

conhecidoo papa

Breve conselho (bras.)

Criação como ValériaPultz ("Zorra Total")

ou Mr. Bean

Vitaminaantigripal

Assim, emitalianoNorte

(abrev.)

A formado sifãoO alertaorgânico

3/ars — ong. 4/cosi — torá. 5/biela — irara — retrô. 7/panteon.

Sol

ução

6271348593582691744195876329437182655769423181823564978946735212658917437314259866000616

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6 98 2 9 1

1 34 7 8 6

8 3 6 99 2

5 8 1 77 6

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais ehorizontais, nem nos quadrados menores (3x3).

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Bíbliahebraica

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Rogério(?), maiorgoleiro-

artilheiro

"O Troncodo (?)", ro-mance re-gionalista

(?) namanga: a

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O "outromundo"

Organiza-ção civil

Altarprimitivo

Agradecido

Armadilhada aranhaCidade doRedentor

A etnia es-cravizadano Brasil

Temploromano

dedicado a todas as divindades

CorrentereforçadaArte, em

latimAnimal conhecidocomo papa-melInflamação da mucosa nasal

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não deixaresto(Mat.)

Denomina-ção pelaqual é

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Breve conselho (bras.)

Criação como ValériaPultz ("Zorra Total")

ou Mr. Bean

Vitaminaantigripal

Assim, emitalianoNorte

(abrev.)

A formado sifãoO alertaorgânico

3/ars — ong. 4/cosi — torá. 5/biela — irara — retrô. 7/panteon.

foto síntese – Posto de saúde do Pedro Paschoal

sudoku

PalaVras cruzadas diretas

Solu

ção

6271348593582691744195876329437182655769423181823564978946735212658917437314259866000616

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6 98 2 9 1

1 34 7 8 6

8 3 6 99 2

5 8 1 77 6

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais ehorizontais, nem nos quadrados menores (3x3).

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ioc

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