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Hueder Paulo Moisés de Oliveira [email protected] BC0102: ESTRUTURA DA MATÉRIA TABELA PERIÓDICA E LIGAÇÕES QUÍMICAS 1

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Hueder Paulo Moisés de Oliveira

[email protected]

BC0102: ESTRUTURA DA MATÉRIA

TABELA PERIÓDICA E LIGAÇÕES QUÍMICAS

1

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Calendário

2

Semana Aulas expositivas

1

07/06

• Introdução ao curso (Informações sobre

provas, conceitos);

• Macro ao micro;

• Teoria atômica.

2

11/06

14/06

• Teoria atômica (continuação).

• Hipótese atômica;

• Equações químicas;

• Substâncias químicas.

3

21/06

• Comportamento dos gases;

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Calendário

3

Semana Aulas expositivas

4

25/06

28/06

• Evidências do elétron.

• Revisão de ondas;

• Radioatividade;

• Modelos atômicos.

5

05/07

• Dualidade onda-partícula;

• Função de onda;

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Calendário

4

Semana Aulas expositivas

6

09/07

12/07

• Orbitais atômicos;

• Spin do elétron, princípio da exclusão de Pauli

e regras de seleção;

• Prova 1

7

19/07

• Átomos multi-eletrônicos;

• Distribuição eletrônica;

• Tabela periódica.

8

23/07

26/08

• Ligações químicas (Parte I).

• Interações Moleculares;

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Calendário

5

Semana Aulas expositivas

9

02/08 • Ligações Químicas (Parte II): TLV e TOM.

10

06/08

09/08

• Prova 2

• Prova Substitutiva

11

16/08 • REC

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Os elétrons são arranjados em:

CAMADAS (n)

SUBCAMADAS (l)

ORBITAIS (ml)

Revisão: Átomos Multieletrônicos

6

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Evidência experimental do spin eletrônico

1922: Stern e Gerlach obtiveram sucesso ao

separar um feixe de átomos neutros (Ag) em

dois grupos, passando através de um campo

magnético não-homogêneo.

O campo magnético separa o

feixe em dois, sugerindo que

há somente dois valores

equivalentes para o campo

magnético do próprio elétron.

Revisão: Átomos Multieletrônicos

Otto Stern

(1888-1969)

Nobel (Física): 1943

Walther Gerlach

(1889-1979)

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1925: G. Uhlenbeck e S. Goudsmith

As linhas espectrais originalmente tidas como

únicas em átomos multieletrônicos eram poucos

espaçadas significando que haviam duas vezes

mais níveis de energia do que se supunha.

Postularam que os elétrons tinham uma

propriedade intrínseca chamada de SPIN

ELETRÔNICO.

Número quântico magnético de spin (ms) ms = +1/2

ms = -1/2

O elétron se comporta como se estivesse girando

em volta de um eixo através de seu centro

gerando um campo magnético cuja direção

depende do sentido da rotação

Revisão: Átomos Multieletrônicos

George Eugene

Uhlenbeck

(1900-1988)

Samuel Abraham

Goudsmit

(1902-1978)

8

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Revisão: Átomos Multieletrônicos Número quântico magnético de spin

9

https://www.youtube.com/watch?v=2Q7Co5EvYBU

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Revisão: Átomos Multieletrônicos Número quântico magnético de spin

Diamagnetismo - Substâncias repelidas por um campo

magnético (elétrons emparelhados).

10

Paramagnetismo - Substâncias atraídas por um

campo magnético (elétrons desemparelhados).

Ferromagnetismo – forma de paramagnetismo em que

seu efeito magnético é muito intenso (elétrons

desemparelhados alinhados).

OBS: Metais Fe, Co, Ni e Nd uma vez alinhados os

domínios num campo magnético o metal torna-se

permanentemente magnetizado.

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Diagrama de Energia

1925: Princípio da exclusão de Pauli:

“Em um átomo, 2e- no orbital não podem ter o mesmo conjunto

de 4 números quânticos (n, l, ml e ms)”.

Revisão: Átomos Multieletrônicos

Wolfgang Ernst Pauli

(1900-1958)

Nobel (Física): 1945

Princípio da Construção (Aufbau): No estado

fundamental de um átomo multieletrônico, os elétrons

tendem a ocupar preferencialmente os orbitais de menor

energia. O número máximo de elétrons que pode ocupar

um orbital é limitado de acordo com o Princípio da

Exclusão de Pauli.

11

Nenhum orbital atômico pode conter mais do que dois elétron

(spin opostos).

ms = +1/2

ms = -1/2

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Os dois campos magnéticos opostos levam a separação das

linhas espectrais em pares muito próximos

Revisão: Átomos Multieletrônicos

12

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A teoria da mecânica quântica descreve o comportamento

dos elétrons nos átomos;

Os elétrons nos átomos estão nos orbitais;

A descrição dos orbitais ocupados por elétrons é chamado

de configuração eletrônica.

Revisão: Átomos Multieletrônicos Configuração eletrônica

13

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Configuração eletrônica

Revisão: Átomos Multieletrônicos

14

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1H: 1s1

2He: 1s2

3Li: 1s2 2s1

4Be: 1s2 2s2

5B : 1s2 2s22p1

6C : 1s2 2s22p2

7N : 1s2 2s22p3

8O : 1s2 2s22p4

9F : 1s2 2s22p5

10Ne: 1s2 2s22p6

11Na: [Ne] 3s1

12Mg: [Ne] 3s2

21Sc : [Ar] 4s2 3d1

21Sc : [Ar] 3d1 4s2

13Al: [Ne] 3s2 3p1

14Si: [Ne] 3s2 3p2

15P : [Ne] 3s2 3p3

16S : [Ne] 3s2 3p4

17Cl: [Ne] 3s2 3p5

18Ar: [Ne] 3s2 3p6

19K : [Ar] 4s1

20Ca : [Ar] 4s2

Revisão: Átomos Multieletrônicos Diagrama de energia

15

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21Sc : [Ar] 3d1 4s2

22Ti : [Ar] 3d2 4s2

23V : [Ar] 3d3 4s2

24Cr: [Ar] 3d5 4s1

25Mn: [Ar] 3d5 4s2

26Fe : [Ar] 3d6 4s2

27Co : [Ar] 3d7 4s2

28Ni : [Ar] 3d8 4s2

29Cu : [Ar] 3d10 4s1

30Zn : [Ar] 3d10 4s2

31Ga : [Ar] 3d10 4s2 4p1

Camada semi-preenchida 3d

Inversão de

Configuração

Camada 3d totalmente preenchida

Menor energia – mais estável

16

Revisão: Átomos Multieletrônicos

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Propriedades Periódicas

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Propriedades Periódicas

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Revisão: Átomos Multieletrônicos

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Z (n-1)d ns

21 ao 30 3d antes do 4s

39 ao 48 4d antes do 5s

57 ao 80 5d antes do 6s

89 ao 103 6d antes do 7s

Metais de transição d Lantanídeos

64Gd : [Xe] 4f7 5d1 6s2

(n-2)f 6s

57Ce : [Xe] 4f2 6s2

(n-2)f (n-1)d 6s ou

Revisão: Átomos Multieletrônicos Inversão de configuração

20

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Revisão: Orbitais Atômicos

1. A solução da E.S é uma combinação linear de funções

onda que satisfazem a equação:

21

Rnl (r) : função radial

Ylml (,) : função angular

H E

coordenadas polares

: Função de onda

2 : Densidade de probabilidade

4 r 2 2 : Função de distribuição radial

: Rnl(r)Ylml(,)

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Revisão: Orbitais Atômicos

22

2. A combinação linear das funções de onda formam os

orbitais atômicos.

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Revisão: Orbitais Atômicos

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Evolução dos modelos atômicos

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Orbitais s

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Revisão: Orbitais Atômicos

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Orbitais p

25

Revisão: Orbitais Atômicos

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Orbitais d

26

Revisão: Orbitais Atômicos

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Orbitais f

27

Revisão: Orbitais Atômicos

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Átomos hidrogenóides Átomos multietrônicos

( H, He+, Li2+, Be3+ ...)

Para um mesmo valor de n os orbitais s, p, d, f:

a) tem energias iguais b) tem energias diferentes

(orbitais degenerados) (orbitais não degenerado)

Triplamente degenerado

E=-Rh/n2 Depende de n e l R=mee4/8h30 n = 1, 2, ...

Revisão: Orbitais Atômicos

28

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Regra de Hund

“Para orbitais degenerados, a menor energia será

obtida com a máxima multiplicidade de spin.”

Ne

Revisão: Orbitais Atômicos

Friedrich Hermann

Hund

(1896-1997)

O arranjo mais estável dos elétrons em subcamadas é aquele

que contém o maior número de spin paralelos. 29

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Propriedades atômicas dos elementos

30

Propriedades Periódicas

Átomos multi-eletrônicos

Penetração, blindagem, e carga nuclear efetiva;

Raios atômicos;

Energia de ionização;

Afinidade eletrônica

Mas afinal, como definir elemento

químico? Como diferenciar elemento químico

de átomo?

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31

Propriedades Periódicas

Julius Lothar Meyer

(1830-1895)

1864-1869: 50 elementos

Propriedades: Volume molar, ponto de ebulição e dureza,

em função da massa atômica.

Observação de um padrão

das propriedades dos elementos quando a disposição

era em ordem crescente das massas atômicas.

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32

Propriedades Periódicas

Dmitri Ivanovic

Mendeleev

(1834-1907)

1869-1871: Previsão de elementos desconhecidos

Propriedades: Volume molar, ponto de ebulição e dureza

em função da massa atômica. Entretanto, a noção de núm

ero atômico já era subentendida.

Mendeleev, artigo

de 1869

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33

Propriedades Periódicas

1869-1871: Previsão de elementos desconhecidos

Problema: Mendeleev não

conseguia explicar porque

certos padrões entre os

elementos existiam…

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34

Propriedades Periódicas

Período

Gru

po

(fa

mília

)

As semelhanças nas propriedades dos elementos são

consequências das semelhanças das configurações eletrônicas da

camada de valência.

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35

Propriedades Periódicas Grupo 1 - Metais alcalinos

Grupo 2 - Metais alcalinos terrosos

Grupo 13 - Família do boro

Grupo 14 - Família do carbono

Grupo 15 - Família do nitrogênio

Grupo 16 - Chacolgênios

Grupo 17 - Halogênios

Grupo 18 - Gases nobres

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A energia (En)de um elétron em átomo é função de:

2ef

n H 2

ZE R

n

RH: Constante de Rydberg para o

hidrogênio;

n: número quântico principal

Carga nuclear efetiva (Zef ou Z*)

-

-

12+

Elétrons de valência (3s2)

10e-

Nucleo (12+)

Cerne de [Ne] Mg = [Ne]3s2

Propriedades Periódicas

36

Johannes Robert

Rydberg

(1854-1919)

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Carga nuclear efetiva

37

Propriedades Periódicas

A carga nuclear efetiva que atua sobre um elétron é dada por:

Z: carga nuclear verdadeira (no atômico). Cada elétron externo está

parcialmente protegido pelos elétrons internos;

S: constante de blindagem. Representa a extensão em que a carga

nuclear total é protegida dos elétrons mais externos pelos outros

elétrons existentes na estrutura

Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a

carga nuclear efetiva (Zef) diminui;

Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta e Zef diminui.

Zef = Z* = Z - S

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A VARIAÇÃO DA CARGA NUCLEAR EFETIVAQUE ATUA SOBRE O

ELÉTRON MAIS EXTERNO

Para elementos do mesmo grupo da tabela periódica:

A carga nuclear efetiva que atua sobre o elétron mais externo dos

elementos do mesmo grupo da tabela periódica é

aproximadamente a mesma, como pode ser vista na Tabela;

A justificativa é que Z aumenta e S também aumenta de cima

para baixo no grupo e, como os aumentos são aproximadamente

iguais, o valor de Zef é aproximadamente o mesmo.

38

Propriedades Periódicas Carga nuclear efetiva

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39

Propriedades Periódicas Carga nuclear efetiva

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Li Be B C N O F Ne

Z

1s

2s

2p

3

2,69

1,28

--

4

3,68

1,91

--

5

4,68

2,58

2,42

6

5,67

3,22

3,14

7

6,66

3,85

3,83

8

7,76

4,49

4,45

9

8,65

5,13

5,10

10

9,64

5,76

5,76

H He

Z 1 2

1s 1,00 1,69

1963: Clementi et al.:

Maior precisão:

Propriedades Periódicas Carga nuclear efetiva

40

Clementi, E., and D. L. Raimondi. "Atomic Screening Constants from SCF

Functions." Journal of Chemical Physics, volume 38, number 11, 1963, pp.

2686–2689. doi:10.1063/1.1733573

Enrico Clementi

(1931)

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Regra de Slater

a) As camadas eletrônicas são divididas nos

seguintes grupos com o objetivo de calcular a

constante de blindagem (S).

...

Os níveis ns e np estão sempre próximos. Já os

níveis nd e nf são separados.

1s (2s2p) (3s3p) 3d (4s4p) 4d 4f (5s5p)

níveis anteriores a (n-1) (n-1) n

John Clarke Slater

(1900-1976)

Propriedades Periódicas

41

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b) Elétrons s e p em um nível n:

b1) elétrons no nível n blindam o “e- periférico” com fator 0,35

(exceto 1s que blinda com fator 0,30). Exemplo: H, He;

b2) elétrons no nível (n-1) blindam com fator 0,85;

b3) elétrons anteriores ao nível (n-1) blindam com fator 1.

c) Elétrons nd e nf:

c1) elétrons no nível (nd ou nf) blindam com fator 0,35; c2) elétrons anteriores ao nível (nd ou nf) blindam com fator 1.

A contribuição de S é zero para qualquer orbital exterior ao considerado.

Propriedades Periódicas

Regra de Slater

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Calcule a Z* do elétron 4s do átomo de 21Sc

Sc (Z = 21): (1s)2 (2s2p)8 (3s3p)8 3d1 4s2 e- periférico

1s (2s2p) (3s3p) 3d 4s

níveis anteriores a (n-1) (n-1) n

Z* = Z – S

Z*4s = 21-18 = 3

S4s = 0,35 + 7,65 + 10,00 = 18,00 1) nível n = 4: 1e- x 0,35 = 0,35

2) nível n - 1= 3: 9e- x 0,85 = 7,65

3) níveis anteriores a n-1: 10e- x 1= 10,00

Propriedades Periódicas Exemplo 1: cálculo da carga nuclear efetiva

43

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Considere o elétron de valência no átomo de 7N e determine a Z* do

elétron de valência. N (Z = 7): (1s)2 (2s2p)5

e- periférico

1s (2s2p)

(n-1) n

Z* = Z – S

Z*2s = 7,0 - 3,1 = 3,9

S2s = 1,40 + 1,70 = 3,10 1) nível n = 2: 4e- x 0,35 = 1,40

2) nível n-1 =1: 2e- x 0,85 = 1,70

Propriedades Periódicas Exemplo 2: cálculo da carga nuclear efetiva

44

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F (Z = 9): (1s)2 (2s2p)7

e- periférico

1s (2s2p)

(n-1) n

Z* = Z – S

Z*2s = 9,0 - 3,8 = 5,2

S2s = 1,40 + 1,70 = 3,80 1) nível n = 2: 6e- x 0,35 = 2,10

2) nível n-1 = 1: 2e- x 0,85 = 1,70

Propriedades Periódicas Exemplo 3: cálculo da carga nuclear efetiva

Considere o elétron de valência no átomo de 9F e determine a Z* do

elétron de valência.

45

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Carga nuclear efetiva e blindagem

46

Propriedades Periódicas

Em átomos multieletrônicos, os elétrons além da

repulsão elétron – elétron, os elétrons são

simultâneamente atraídos em direção ao núcleo.

Os elétrons nos orbitais mais externos são blindados da

atração nuclear efetiva pelos elétrons mais próximos do

núcleo.

Como resultado da blindagem, os elétrons mais externos

sofrem uma carga nuclear efetiva mais fraca.

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Carga nuclear efetiva e blindagem

47

Propriedades Periódicas

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Carga nuclear efetiva e blindagem

48

Propriedades Periódicas

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Penetração

49

Propriedades Periódicas

A atração que os elétrons sentem pelo núcleo é chamado de

penetração, obedecendo a lei de Coulomb:

Dessa forma, a força que o elétron sente depende da distância da

carga, e da quantidade de carga. Quanto maior distância, menos o

elétron vai atraído pelo núcleo e portanto menor o efeito de

penetração.

OBS: A penetração não é o elétron “entrando” no núcleo, mas COMO o

elétron sente o núcleo.

1 22

0

1

4

Q QF

r

constante k

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Penetração

50

Propriedades Periódicas

Como a penetração descreve a proximidade do elétron

em um orbital com o núcleo, quanto maior o efeito de

penetração menor é a blindagem do elétron e maior a

carga nuclea efetiva sentida por ele.

Os elétrons em diferentes orbitais possuem diferentes

funções de onda, e portanto diferentes distribuições ao

redor do núcleo.

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Penetração

51

Propriedades Periódicas

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Penetração

52

Propriedades Periódicas

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Penetração

53

Propriedades Periódicas

Número de

nodos: (n – l – 1)

A penetração de um elétron 3s na camada

interna é maior do que de um elétron 3p;

Os elétrons 3s são menos blindados do que

os elétrons 3p.

3s: 3 - 0 - 1 = 2

3p: 3 - 1 - 1 = 1

3d: 3 - 2 - 1 = 0

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Penetração

54

Propriedades Periódicas

Ordem de energia:

ns < np < nd < nf

As curvas das energias dos

orbitais s e p são paralelas;

Níveis de energias de átomos

multieletrônicos.

Orbitais 3d penetram mais no 4s;

O número atômicos cresce e sua energia diminui;

1a inversão (n-1)d ns, n =4;

A energia do 3d está abaixo

do 4s a partir do Sc (Z = 21);

K e Ca = 4s 3d;

Sc = 3d 4s.

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55

Átomo de hidrogênio: possui apenas 1 elétron, portanto este não

sofre blindagem e os orbitais s, p, d, … de um mesmo nível n têm a

mesma energia;

Átomos multieletrônicos: para um dado número quântico principal,

os elétrons se aproximam menos do núcleo à medida que l aumenta

e, como resultado dos efeitos combinados de penetração e de

blindagem, a ordem de energia dos subníveis é s < p < d < …

Energias relativas de orbitais atômicos

Propriedades Periódicas

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Dimensões dos átomos

O núcleo fica envolto por uma nuvem de

elétron e não por uma superfície impenetrável.

Os átomos não atuam como uma esfera rígida (bola de

bilhar);

As nuvens eletrônicas dos orbitais atômicos não têm

fronteiras muito bem definidas;

A nuvem de elétrons é mais densa próxima ao núcleo

(maior probabilidade de encontrar o elétron);

2 é a densidade de probabilidade;

Distância r90 é o raio da esfera dentro da qual se

encontra o elétron em 90% do tempo.

Orbital 1s

2

56

Propriedades Periódicas

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1,0 pm = 1x10-12 m

Raio Atômico A metade da distância entre os

núcleos de dois átomos vizinhos

Quando átomos empacotam-se em sólidos

e moléculas, seus centros são encontrado a

distância definidas um do outro.

A maneira mais simples para determinar as

dimensões dos átomos envolve os

comprimentos de ligação.

Propriedades Periódicas

57

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A metade da distancia internuclear de uma molécula diatômica gasosa simples (raio de van der Waals).

Aplica somente se o elemento forma compostos moleculares!

Qual é a distância entre C e Cl na molécula CCl4?

- Molécula diatômica Cl2 (Cl-Cl 200 pm)

- Diamante C (C-C 154 pm)

(Valor exp = 177pm)

Raio Covalente

A maneira mais simples para determinar as dimensões

dos átomos envolve os comprimentos de ligação.

Propriedades Periódicas

58

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Raio atômico (pm)

59

Propriedades Periódicas

Utilizamos dois átomos não ligados, pois a medida do raio de um átomo

isolado não pode ser feita com precisão, uma vez que a eletrosfera não

tem um limite determinado. Em geral, átomos com muitos elétrons

apresentarão raios maiores.

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Raio atômico

60

Propriedades Periódicas

O raio atômico é uma PROPRIEDADE PERIÓDICA.

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No grupo: Conforme n aumenta, a distância dos elétrons externos

do núcleo tornam–se maiores e o raio atômico aumenta.

Z* constante (que age sobre os elétrons externos)

No período: O raio atômico decresce com o aumento de Z*.

Portanto, existe um aumento na atração entre o núcleo e os

elétrons externo causando uma diminuição no raio atômico.

*

1

ZR

Propriedades Periódicas

Raio atômico

61

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O tamanho dos átomos é determinado pelos elétrons mais

externos;

Nos grupos apresentam valores de n maiores;

No mesmo período (n constante) envolve a adição de um próton

e um elétron (aumenta a Zef) – atração eletrostática.

*

1

ZR

Propriedades Periódicas Raio atômico

62

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Raio atômico

63

Propriedades Periódicas

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*

1

ZR

A contribuição de um íon para a distância entre íons vizinhos em um composto iônico sólido.

A distância entre os centros dos íons Mg2+ e O2-

no MgO é 212 pm.

O raio do íon Mg2+

= 212 pm – 140 pm = 72 pm

Propriedades Periódicas

Raio iônico

64

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Raio iônico

65

Propriedades Periódicas

N.C. (número de coordenação) é uma quantidade importante e

significa o número de vizinhos mais próximos ligados a um íon central.

É interessante observar que o raio iônico efetivo aumenta com o

aumento do N.C. para um determinado íon. Para cátions e ânions,

como o N.C. aumenta, a repulsão entre os contra-íons (íons de mesma

carga, mas oposta àquela do íon central) aumenta (tem mais íons de

mesma carga próximos de um único íon de carga oposta), fazendo

com que os raios iônicos aumentem, ou seja, as distâncias inter-

iônicas cátion-ânion aumentem. Isso deve se refletir numa menor

estabilidade do retículo. Alternativamente, para um N.C. baixo, os

contra-íons têm mais facilidade de se aproximar do íon central,

ocasionando uma diminuição de r e, consequentemente, dos raios

iônicos. É importante mencionar que os N.C.s também são obtidos

experimentalmente.

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Raio iônico

66

Propriedades Periódicas

Separação inter-iônica (r):

Difração de raios X e mapas de densidade eletrônica;

Os raios aumentam com o aumento do NC: Maior repulsão entre os

contra-íons :

Para NC = 4: r (Ag2+) = 93 pm;

Para NC = 6: r (Ag2+) = 108 pm;

Para um dado NC: os raios das espécies catiônicas diminuem com

o aumento do NOX:

Para NC = 6: r (Au+) = 151 pm;

r (Au3+) = 99 pm.

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Raio iônico

67

Propriedades Periódicas

Cátions são menores que os correspondentes átomos neutros.

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Raio iônico

68

Propriedades Periódicas

Ânions são maiores que os correspondentes átomos neutros.

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Li,152 pm

(3p, 3e-)

+

Li+, 78pm

(3p, 2e-)

CÁTIONS são menores do que seus átomos precursores;

A atração elétron/próton cresce e o tamanho do átomo decresce.

Formação de CÁTIONS

*

1

ZR

-1e-

Propriedades Periódicas

Raio iônico

69

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F, 71 pm

(9p, 9e-) F-, 133 pm

(9p, 10e-)

-

ÂNIONS são maiores do que os seus átomos precursores;

A atração elétron/próton decresce e o tamanho do ânion aumenta

*

1

ZR

Propriedades Periódicas

Raio iônico

Formação de ÂNIONS

-1e-

70

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Espécies isoeletrônicas: São aquelas que apresentam o mesmo

número de elétrons e diferentes números de prótons.

O número de próton aumenta diminui o raio do íon.

*

1

ZR

Propriedades Periódicas Raio iônico

71

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Raio atômico e iônico

72

Propriedades Periódicas

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*

1

ZRPeríodo:

A metade da distância entre centros de átomos vizinhos em um rede metálica.

rM = d/4

Raio metálico

Propriedades Periódicas

73

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A tendência periódica dos raios dos átomos de metais de transição

é diferente das dos elementos representativos;

Da esquerda para a direita na 1ª série de transição o raio diminui

até o meio da série (aumenta a Zef) e cresce para Cu e Zn

(repulsão intereletrônica) dos grupos 1B e 2B.

Propriedades Periódicas

Raio atômicos dos metais de transição

74

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Raio

atômico

Se o elemento é um METAL pode ser

definido com metade da distância média

entre os centros dos átomos vizinhos na

rede.

Raio

covalente

Se o elemento é um NÃO-METAL pode ser

definido com metade da distância média

entre os núcleos dos átomos ligados por

interações covalentes.

Raio

iônico

Os ÍONS adjacentes participam da distância

um SÓLIDO IÔNICO na rede cristalina.

Propriedades Periódicas

75

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Exercício: Raio atômico

76

Propriedades Periódicas

Arranje cada um dos seguintes pares de íons em ordem

crescente de raio iônico:

(a) Mg2+ e Ca2+;

(b) O2- e F-.

Números atômicos: Mg (12); Ca (20); O (8); F (9).

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Raio atômico e carga nuclear efetiva

77

Propriedades Periódicas

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Efeitos relativísticos

78

Propriedades Periódicas

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Energia de ionização (EI)

79

Propriedades Periódicas

É a energia mínima necessária para se remover um elétron

de um átomo isolado na fase gasosa.

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738 kJ/mol

Energia necessária para remover um elétron de átomo na fase gasosa.

E (kJ/mol)

1a) Mg(g) Mg+(g) + e- 738

1s22s22p63s1

2a) Mg+(g) Mg2+

(g) + e- 1451

1s22s22p6

3a) Mg2+(g) Mg3+

(g) + e- 7733

1s22s22p5

Representa um equilíbrio entre

a atração (e-) - núcleo (Z) e a

repulsão (e-) - (e-)

Propriedades Periódicas Energia de ionização (EI)

80

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Energia de ionização (EI)

81

Propriedades Periódicas

Primeira energia de ionização

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A variação da 1a EI através do período

R

1ZEI *

EI : 1a < 2a < 3a

Quanto maior a EI, mais difícil de remover um

elétron.

Propriedades Periódicas Energia de ionização (EI)

82

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A tendência na energia de ionização não é regular (bloco s e p)!!!

Be (orbital 2s) tem maior EI do que B (orbital 2p);

B tem menor EI do que C e N (Zef aumenta) – normal;

N tem maior EI que O (aumenta a repulsão intereletrônica no O). A

maior repulsão faz com que o elétron seja removido mais facilmente;

O tem menor EI do que F e Ne, aumenta EI (Zef aumenta) - normal.

Ex: de Li ao Ne

2s 2p

N:

O:

F:

Ne:

Propriedades Periódicas Energia de ionização (EI)

83

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Propriedades Periódicas Energia de ionização (EI)

84

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Propriedades Periódicas Energia de ionização (EI)

85

Remover mais elétrons

necessita de uma quantidade

de enegia maior:

Diminuição do tamanho

devido ao maior número de

prótons do que de elétrons;

Os elétrons mais internos

estão mais próximos do

núcleo, portanto são mais

difícies de remover.

Há um grande aumento na

energia quando os elétrons

próximos ao núcleo são

removidos.

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Variação de energia de um átomo no seu estado fundamental gasoso

(isolado) quando recebe um elétron. A adição do 1º elétron geralmente

libera energia.

Cl(g) + e- Cl-(g)

AE = -349,0 kJ/mol

X(g) + e- X-(g)

Tendência (AE)

Propriedades Periódicas Afinidade eletrônica (AE)

86

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H AE (exotérmica):

Cl(g) + e- Cl-(g) H AE < 0

O elétron extra no Ar precisa estar no 4s que tem energia maior que

3p.

O elétron adicionado no Cl entra no 3p que forma a camada totalmente

preenchida (3p6)

H AE (endotérmica):

Ar(g) + e- Ar-(g) HAE > 0

A adição do 1º elétron geralmente libera energia.

Propriedades Periódicas

87

Afinidade eletrônica (AE)

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O átomo de O (Grupo VIIA) tem duas vacâncias nos orbitais p.

O: [He]2s22p4

O(g) + e- O(g) AE = -141 kJ/mol (liberada)

O (g) + e- O2

(g) AE = +844 kJ/mol (absorvida)

O (g) + 2e- O2

(g) AE = +703 kJ/mol (absorvida)

-141 kJ/mol são liberada quando o 1º elétron é adicionado;

+844 kJ/mol devem ser fornecidos para adicionar o 2º elétron por

causa da repulsão provocada pela carga negativa já presente em O ;

A energia total requerida é +703 kJ/mol para produzir O2 a partir de

O. A energia pode ser adquirida em reações químicas (ex. óxidos de

metais). A adição do 1º elétron em um átomo geralmente libera energia;

A adição do 2º elétron em um átomo absorve energia.

Propriedades Periódicas Afinidade eletrônica (AE)

88

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Afinidade eletrônica (AE)

89

Propriedades Periódicas

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Eletronegatividade

90

Propriedades Periódicas

Tendência de cada elemento para atrair elétrons numa molécula.

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METAIS

tendência de perder elétrons

formam íons positivos (cátions)

AMETAIS

tendência de ganhar elétrons

formam íons negativos (ânions) 91

Propriedades Periódicas Eletronegatividade

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92

Propriedades Periódicas Eletronegatividade

Escala de Pauling

Linus Carl Pauling

(1901-1994)

Nobel (Química): 1954

Nobel (Paz): 1962

Qual é a diferença entre

eletronegatividade e

afinidade eletrônica?

X > 2 :

ligação iônica

2 > X > 0.5:

ligação polar

X < 0.5:

ligação covalente

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93

Propriedades Periódicas

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Polaridade

94

Propriedades Periódicas

Distribuição de carga elétrica entre os átomos.

Não há distinção acentuada entre os tipos de ligação

(iônica/covalente);

A extremidade positiva (ou polo) em uma ligação polar é

representada por δ+ e o polo negativo por δ-;

Os momentos de dipolo () são medidos em debyes (D):

μ=Qr

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Polaridade

95

Propriedades Periódicas

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96

Propriedades Periódicas

A diferença na eletronegatividade entre dois átomos é uma medida da polaridade de ligação;

As diferenças de eletronegatividade próximas a 0 resultam em ligações covalentes apolares (compartilhamento de elétrons igual ou quase igual):

As diferenças de eletronegatividade próximas a 2 resultam em ligações covalentes polares (compartilhamento de elétrons desigual);

As diferenças de eletronegatividade próximas a 3 resultam em ligações iônicas (transferência de elétrons).

Polaridade e eletronegatividade

F2 (4,0 – 4,0) = 0,0

HF (4,0 – 2,1) = 1,9

LiF (4,0 – 1,0) = 3,0

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97

Propriedades Periódicas Polaridade: ligações químicas

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98

Propriedades Periódicas Polarizabilidade: ligações químicas

É a capacidade de distorção da distribuição de cargas sob a ação de

um campo elétrico externo.

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Impacto nas propriedades dos materiais

99

Propriedades Periódicas

CARACTERÍSTICAS DOS METAIS E NÃO-METAIS

Metais Não-Metais

Propriedades Físicas

Bons condutores de eletricidade Maus condutores de eletricidade

Maleáveis Não Maleáveis

Dúcteis Não Dúcteis

Lustrosos Não Lustrosos

Tipicamente: Tipicamente:

Sólido Sólido, líquido ou gás

Alto ponto de fusão Baixos pontos de fusão

Bons condutores de calor Maus condutores de calor

Propriedades Químicas

Reagem com ácidos Não reagem com ácidos

Formam óxidos básicos Formam óxidos ácidos

Formam cátions Formam ânions

Formam halogenetos iônicos Formam halogenetos covalentes

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METAL + AMETAL

ligação iônica = atração eletrostática entre cátions e ânions

cátion ânion

composto iônico: KCl

estrutura organizada

(retículo cristalino)

K+ Cl- K Cl

transferência de elétrons

e-

100

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

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101

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

Ciclo de Born-Haber

Max Born

(1882-1970)

Nobel (Física):

1954

Fritz Haber

(1868-1934)

Nobel (Química):

1918

A energia de interação entre os íons é dada

pela entalpia de rede (ΔHL), identificada como o

calor necessário para vaporizar o sólido sob

pressão constante:

ΔHL = H(g) – H(s)

Quanto maior a entalpia de rede, mais calor é necessário!

A entalpia de rede pode ser determinada com um ciclo de Born-Haber,

onde ocorre formação da rede de um sólido a partir da formação de

íons na fase gás.

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102

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

Ciclo de Born-Haber

Só a entalpia de

rede é

desconhecida;

A soma das

variações de

entalpia é zero,

porque a entalpia

do sistema deve

ser a mesma no

início e no fim do

ciclo.

Composto sólido

–(Entalpia de formação)

Elementos

Entalpia de atomização

Átomos

Entalpia de ionização

Íons na forma de gás

– (Entalpia de rede)

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103

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

Ciclo de Born-Haber

Exemplo 1: KCl

Entalpia de rede (ΔHL):

89 + 122 + 418 – 349 – (–437) – ΔHL = 0

ΔHL = –717 kJ.mol-1

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104

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

Ciclo de Born-Haber

Exemplo 2: KBr

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105

Energia de rede: Energia liberada quando um

número apropriado de íons gasosos é reunido

para formar um mol do sólido iônico

correspondente, a 0 K.

1918: Equação de Born-Landé

Z+: carga do cátion;

Z– : carga do ânion;

e: carga do elétron (1,60.10-19 C);

εo : constante dielétrica do vácuo (8,85.10-12 C2J-1m-1 );

r : separação entre os íons;

A : constante de Madelung;

N : constante de Avogadro;

n : expoente de Born.

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

Max Born

(1882-1970)

Nobel (Física): 1954

Alfred Landé

(1888-1976)

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Valores de A dependem da

geometria de arranjo dos

íons

Tipo de Estrutura A

cloreto de césio 1,763

fluorita 2,519

cloreto de sódio 1,748

rutilo 2,408

106

Energia de rede

Valores de n

He 5

Ne 7

Ar, Cu+ 9

Kr, Ag+ 10

Xe, Au+ 12

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

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NaCl (CFC) CsCl (CS) esfarelita (ZnS) fluorita (CaF2)

wurtzita (ZnS) arseneto de níquel rutilo

perovskita espinélio, AB2O4

Modelos de Sólidos Cristalinos

107

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

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Propriedades de Compostos Iônicos

108

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

São sólidos em condições normais de temperatura (25°C) e

pressão (1 atm);

São duros e quebradiços;

Possuem pontos de fusão e de ebulição elevados, pois a atração

elétrica entre os íons é muito forte, requerendo uma grande

quantidade de energia para quebrá-la;

Em solução aquosa ou em líquidos, eles conduzem corrente

elétrica, pois seus íons com cargas positivas e negativas ficam com

liberdade de movimento e fecham o circuito elétrico, permitindo que

a corrente continue fluindo.

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Propriedades de Compostos Iônicos

109

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

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Representação de Lewis e a Regra do Octeto

Regra do octeto: os átomos tendem a ganhar, perder

ou compartilhar elétrons até que eles estejam

rodeados por 8 elétrons de valência (4 pares de

elétrons).

110

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

Gilbert Newton

Lewis

(1875-1946)

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X- X2- X3-

M+ MX M2X M3X

M2+ MX2 MX M3X2

M3+ MX3 M2X3 MX

Estequiometrias Comuns dos Compostos Iônicos

111

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

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Na e Cl K e O Na e N

Ca e F Mg e O Ca e P

Fe e Br Al e O Al e N

Exercício: Estrutura de Lewis

Escrever as estruturas de Lewis dos compostos formados pelos

elementos abaixo:

112

Ligações Químicas: Ligações Iônicas

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AMETAL ou H + AMETAL ou H

ligação covalente: " fusão" da nuvens eletrônicas dos dois átomos

molécula de HCl

H Cl

compartilhamento de elétrons

e- e-

H — Cl

nuvem eletrônica

H Cl HCl

113

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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114

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

Em uma ligação covalente, os elétrons estão compartilhados;

O compartilhamento de elétrons para formar uma ligação covalente não significa compartilhamento igual daqueles elétrons;

Existem algumas ligações covalentes nas quais os elétrons estão mais próximos a um átomo do que a outro;

O compartilhamento desigual de elétrons resulta em ligações polares.

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As ligações covalentes podem ser representadas pelos

símbolos de Lewis dos elementos:

Nas estruturas de Lewis, cada par de elétrons em uma

ligação é representado por uma única linha:

Nos casos mais simples, a regra do octeto é seguida.

Cuidado: há inúmeras exceções à regra do octeto.

Cl + Cl Cl Cl

C l C l H F H O

H

H N H

H C H

H

H

H

Estruturas de Lewis

115

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Exceções à regra do octeto

Existem três classes de exceções à regra do octeto:

i. Moléculas com número ímpar de elétrons;

ii. Moléculas nas quais um átomo tem menos de um octeto, ou seja,

moléculas deficientes em elétrons;

iii. Moléculas nas quais um átomo tem mais do que um octeto, ou

seja, moléculas com expansão de octeto.

116

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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As espécies que têm elétrons com spins não emparelhados são

chamadas de radicais. Eles são, em geral, muito reativos.

CH3

Exceções à regra do octeto: radicais

117

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Espécies as quais demandam a presença de mais do que um octeto de

elétrons ao redor de um átomo, são denominadas hipervalentes. Para

ter octeto expandido, o átomo deve possuir orbitais d vazios na camada

de valência e ter grande raio atômico.

PCl3(l) + Cl2(g) PCl5(s)

Exceções à regra do octeto: octeto expandido

118

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Exceções à regra do octeto: octeto expandido

119

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Ligações Covalentes Coordenadas

120

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Ligações Múltiplas

É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre

dois átomos (ligações múltiplas):

A. Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2);

B. Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (O2);

C. Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2).

Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o

número de pares de elétrons compartilhados aumenta.

H H O O N N

121

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Comprimentos de Ligação

122

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Energias de Ligação

123

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Espectroscopia Vibracional (Infra-vermelho)

124

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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H H

N N

OO O

C O

SO O

N

H

H H

NO O

SO O

O2-

P

O

O O

O

3-

S

O

O O

O

2-

Cl

O

O O

O

-

-

Compostos Iônicos e Covalentes

125

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Compostos poliatômicos comuns

126

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Algumas moléculas têm estruturas que não podem ser

expressas corretamente por uma única estrutura de Lewis.

híbridos de ressonância

A ressonância entre estruturas de Lewis reduz a energia

calculada da molécula e contribui para a distribuição da

ligação sobre toda a molécula.

Ressonância

127

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Uma única estrutura de Lewis para molécula de benzeno, C6H6, não

explica todas as evidências experimentais:

- Reatividade: O benzeno não sofre as reações típicas de compostos

com ligações duplas.

- Comprimento de ligação: Todas as ligações carbono-carbono têm o

mesmo comprimento.

- Evidência estrutural: Só existe um dicloro-benzeno no qual os dois

átomos de cloro estão ligados a carbonos adjacentes.

Evidências experimentais da ressonância

128

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Ressonância: comprimentos de ligação

129

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Polaridade de ligações covalentes

H Cl

Em algumas moléculas, os elétrons não estão "igualmente"

distribuídos entre os dois átomos;

"Distorção" da nuvem eletrônica: elétrons são atraídos para o

lado do elemento mais eletronegativo.

HCl

H H H2

formação de

cargas parciais

+ -

130

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Exemplos:

Cl — Cl :

H — Cl :

H — O :

H — C:

H — H :

apolar

polar

fortemente polar

fracamente polar (momento de dipolo é muito pequeno)

apolar

131

Polaridade de ligações covalentes

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Geometria molecular e polaridade de moléculas

geometria planar

pirâmide trigonal

ligação B — F é polar

vetor momento dipolar resultante = 0

ligação N — H é polar

vetor momento dipolar resultante ≠ 0

molécula é POLAR

molécula é APOLAR

132

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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133

Geometrias de moléculas polares e apolares

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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134

Geometrias de moléculas polares e apolares

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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135

Geometrias de moléculas polares e apolares

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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136

Geometrias de moléculas polares e apolares

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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137

Geometrias de moléculas polares e apolares

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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138

Geometrias de moléculas polares e apolares

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Moléculas Polares e Apolares

139

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Determinar a polaridade de cada ligação e da molécula

como um todo:

CCl4 HCCl3 C2H6

140

Exercício: Polaridade

escala de eletronegatividade

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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É a carga que um átomo teria se os pares de elétrons fossem

compartilhados igualmente. As estruturas de Lewis com baixas cargas

formais geralmente têm a menor energia.

f = V – L – ½ P

onde: V = no. de elétrons de valência do átomo livre;

L = no. de elétrons presentes nos pares isolados;

P = no. de elétrons compartilhados.

Geralmente a estrutura de menor energia é aquela com:

(1) A menor carga formal nos átomos;

(2) A estrutura na qual ao elemento mais eletronegativo é atribuída uma

carga formal negativa e ao elemento menos eletronegativo é atribuída

uma carga formal positiva.

Carga formal

141

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Carga formal

142

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Forma espacial das moléculas

Para prevermos a forma molecular, supomos que os elétrons de

valência se repelem e, conseqüentemente, a molécula assume a

geometria 3D que minimize essa repulsão.

Denominamos este processo de teoria de Repulsão do Par de

Elétrons no Nível de Valência (RPENV) ou VSEPR (do inglês

Valence Shell Electron Pair Repulsion).

143

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Forma espacial das moléculas

144

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Efeito dos pares isolados de elétrons no modelo VSEPR

Os pares de elétrons isolados do átomo central de uma

molécula são regiões de densidade de elétrons elevada e

devem ser considerados na identificação da forma

molecular.

145

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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O ângulo de ligação H-X-H diminui ao passarmos do C para o N e

para o O:

(tetraédrica) (piramidal) (angular)

Conseqüentemente, os ângulos de ligação diminuem quando o

número de pares de elétrons não-ligantes aumenta.

104.5O107O

NHH

H

C

H

HHH109.5O

OHH

146

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

Efeito dos pares isolados de elétrons no modelo VSEPR

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C OCl

Cl111.4o

124.3o

Efeito de ligações múltiplas no modelo VSEPR

147

(trigonal planar)

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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148

Formas espaciais de moléculas

(bipirâmide trigonal)

(octaédrica)

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Para moléculas maiores...

149

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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O

O

HH

H

H C2H4O2

Tetraédico

Trigonal

plano Angular

150

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Mais formas espaciais de moléculas ...

151

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Estruturas de moléculas com pares isolados de elétrons

152

Moléculas com pares de elétrons isolados no átomo central:

Fórmula Geral: AXnEm

onde:

A = átomo central;

X = átomo ligado;

E = par isolado.

Os pares de elétrons isolados do átomo central de uma

molécula são regiões de densidade de elétrons elevada e

devem ser considerados na identificação da forma

molecular.

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Exemplo: SF4

Geometria “gangorra” é mais estável.

153

Fórmula Geral: AX4E

Estruturas de moléculas com pares isolados de elétrons

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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154

Exemplo: ClF3

Geometria em “T”.

Fórmula Geral: AX3E2

Estruturas de moléculas com pares isolados de elétrons

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

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Moléculas do tipo AX4E2

quadrado planar

155

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

Estruturas de moléculas com pares isolados de elétrons

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156

Ligações Químicas: Ligações Covalentes

Exercícios

Escreva as estruturas de Lewis para os seguintes

compostos e indique, em cada caso, o formato espacial

das moléculas:

a) metanal ou formaldeído, H2CO;

b) metanol, CH3OH;

c) fosfina, PH3

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Metais

Propriedades Físicas:

Brilho;

Maleável (formar folhas finas);

Dúctil (ser alongada em fios);

Conduz eletricidade;

Sólidos, alto PF;

Bons condutores de calor.

Tem baixo potencial de ionização;

A maioria dos M (neutro) é oxidado;

Todos os M do grupo 1A formam M+;

Todos os M do grupo 2A formam M2+.

Luz atravessa a

folha fina de ouro

Características

157

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Metais

158

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Metais

159

Metais alcalinos

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Metais

160

Reação dos metais alcalinos com água

Metais Alcalinos são oxidados ao íon +1;

A H2O se divide em H2(g) e no íon OH−;

Li, Na, and K são menos densos do que a água, então eeles flutuam;

Os íons atacam um do outro formando ligações iônicas;

A reação é exotérmica, liberando calor formando H2(g).

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Li:

Transição 2p2s Na:

Transição 3p3s K:

Transição 4p4s

Rb: Transição 5p5s

Cores da emissões dos íons metais alcalinos

Vermelho

carmim

Violeta

(lilás)

161

Metais

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Não-brilhantes;

Não-maleáveis;

Maus condutores de eletricidade;

Não-Dúcteis ;

Sólido, líquido ou gás, baixo PF;

Maus condutores de calor.

Enxofre

(Sólido quebradiço)

Propriedades Físicas:

Não-Metais

162

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Exemplo:

Silício - apresenta brilho metálico, alto PF mas é quebradiço.

Metalóides-Semimetais

Tem a aparência e algumas propriedades de um metal mas comporta-se

quimicamente como um não-metal.

163

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Principais estados de oxidação

Metais: formam cátions Não-metais formam ânions

Metais, Metalóides e Não-metais

164

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Metais, Metalóides e Não-metais

caráter metálico crescente

165

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Citações de Tomás de Aquino

(Summa Theologica I, 50, 4, 1268),

“Se, portanto os anjos são compostos de matéria e

forma, como foi dito acima, segue que seria impossível

terem-se dois anjos da mesma espécie ... O movimento

de um anjo pode ser contínuo ou descontínuo como ele

deseja.... E, portanto, um anjo pode estar num momento

em lugar e no outro instante em outro lugar não

existindo em qualquer instante intermediário”

166

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Materiais usados em Tecnologia Stealth Espuma de Poliuretana

167

carregada com negro de fumo condutor (partículas esféricas de ferro carbonila e / ou

partículas de grafite cristalino) em misturas com várias porcentagens e cortada em

pirâmides quadradas com dimensões definidas específicas para os comprimentos de onda

de interesse

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Carbeto de Silício

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Pintura com Ferro Esférico

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Pintura com esferas de ferro. Ela contém pequenas esferas revestidas com ferro

carbonila ou ferrita