bastidores na capital poucos ouvintes candidatura …2019/09/13  · cional e as perspectivas foi...

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Na Capital Parlamento Campo Grande-MS | Sexta-feira, 13 de setembro de 2019 A3 Poucos ouvintes O deputado Renato Câmara (MDB) usou a tribuna para falar da complexa situação dos limites de municípios em Mato Grosso do Sul, assunto ao qual tem se dedicado nos últimos meses, prestando detalhadas contas do que vinha sendo feito. Foi ouvido por apenas quatro deputados em plenário. Situ- ação melhor que do Cabo Almi, na última parte da sessão, que falou para apenas um colega nas cadeiras. Na Mesa, nos dois casos, ressalve-se, os parlamentares estavam a postos. Palestra do CRA O Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul promove na próxima quinta-feira (19) uma palestra como parte da Semana de Administração de MS, que reúne os des- taques da profissão no Estado. Para discutir a conjuntura na- cional e as perspectivas foi convidado o jornalista, economista e colunista da revista “Isto É” Luís Artur Nogueira. Café com a Imprensa Na mesma data e um pouco mais cedo, às 9h, o Insti- tuto Brasileiro de Direito Administrativo e o Insitituto de Direito Administrativo de Mato Grosso do Sul promovem um café da manhã com a imprensa para divulgar a progra- mação do XXXIII Congresso Brasileiro de Direito Adminis- trativo, que será realizado em Campo Grande de 16 a 18 de outubro, e deve reunir representantes de todos os estados brasileiros. O evento será capitaneado pelo presidente do IBDAQ, conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios de Goiás, Fabricio Motta, e pelo presidente do IDAMS, João Paulo Lacerda Silva. Na surdina O governador Reinaldo Azambuja correu a Brasília na tarde-noite de quarta-feira para uma apertada agenda admi- nistrativa e política. Mal teve tempo para descansar, depois de uma série de contatos inclusive com dirigentes de outros par- tidos, articulando (ou desarticulando), no Planalto Central, manobras que vinham sendo urdidas nas planícies e nos cer- rados daqui. Ontem cedo já estava em Três Lagoas, cuidando da instalação do governo na cidade. Continuava com um olho no peixe e outro no gato. Em Bonito O deputado Luis Ovando (PSL-MS) manteve um encontro no Congresso Nacional com o ministro da Embaixada da China no Brasil, Song Yang, tratando detalhes do encontro de representantes dos Brics (Brasil, Russia, India, China e África do Sul), em Bonito, no próximo dia 26. Estarão sentados na mesma mesa os ministros dos setores de agricultura desses países, para discutir políticas comuns de mercado, coope- ração internacional e políticas de controle sanitário, além de trocar oportunidades de negócios no grupo que tem se forta- lecido no contexto internacional. Ministro I O ministro Tarcisio Vieira, do TSE, estará em Campo Grande na segunda-feira (16) para uma palestra pro- movida pela faculdade Insted. Vai falar sobre fake news, novas regras nas eleiçõpes do ano que vem, participação da mulher na política, financiamento eleitoral, entre outros assuntos. Tudo de que todos os envolvidos na eleição muni- cipal precisam saber. Ministro II No dia seguinte, terça-feira (17), será a vez do ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Claudio Brandão, fazer a abertura da 9ª Semana Nacional de Execução Trabalhista, que terá como sede Campo Grande. Vai falar sobre vários temas relacionados à melhoria do desempenho da Justiça do Trabalho. Na Capital representantes de todos os Tribunais Regionas do Trabalho, além de profissionais do Direito nessa área de todos os estados. Omelete A troca sutil de mensagens entre os tucanos de Reinaldo Azambuja e os pessedistas de Marquinhos Trad tem sempre como pano de fundo a aliança em Campo Grande. Por en- quanto, oficialmente, falam em deixar tudo para o ano que vem, mas sabe-se que desde já um tenta provocar no outro reações que permitam abrir o diálogo e começar a colocar as primeiras condições na mesa. Tão certo quanto não se pode fazer omelete sem quebrar ovos, os entendimentos vão custar incômodos e transtornos, concessões e recuos para uns e ou- tros. Sem isso, não se faz aliança. DEPUTADO CAPITÃO ASSUMÇÃO (PSL-ES), pedindo a “cabeça” de um acusado de homicídio Guilherme Filho R$ 10 mil daqui do meu bolso para mandar matar esse vagabundo. Eu tiro do meu bolso quem matar esse vagabundo. Não vale localizar o cara, tem que trazer o cara morto, aí eu pago Bastidores POLÍTICA Partidos de menor estrutura se dividem entre coligação e disputa pela prefeitura Candidatura própria não é consenso entre as bancadas Presidente da Assembleia condena Lei Kandir e apoia “PEC paralela” Fotos: Izaias Medeiros Luciana Nassar ALMS Divulgação Laura Brasil De olho nas eleições do ano que vem, procurando garantir a eleição de suas bancadas e uma participação maior na disputa do ano que vem, os partidos de menor estrutura, na Câmara Municipal, se di- videm entre lançar candidato próprio ou buscar uma co- ligação, a exemplo do que acontece nas bancadas mais numerosas, onde também não chega a existir um consenso. Influenciado pela mudança nas regras, que preveem in- clusive o fim das coligações para a eleição de vereadores, o Solidariedade está se orga- nizando, e segundo o vereador Papy o partido tem trabalhado com os nomes dos deputados estaduais Lucas de Lima (Sol) e Herculano Borges (Sol), além do subsecretário de Relações Institucionais, Alessandro Menezes, para a disputa da prefeitura. Para o vereador um nome de “calibre forte” tem uma probabilidade de melhor de eleição. Papy explica que a candi- datura própria é o essencial nesse formato de chapa pura e muito provável que outras siglas também lancem nomes próprios. “Para obedecer à legislação, faz com que os partidos caminhem para uma eleição de majoritária pura também. Haja vista que, coli- gados, os partidos terão muita dificuldade para fazer as suas cadeiras de vereador no mo- delo de chapa pura. Então, de forma estratégica, para ter mais sucesso em relação Julia Renó O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Paulo Corrêa (PSDB), utilizou a tribuna ontem (12) para esclarecer os pontos dis- cutidos durante a reunião de quarta-feira (11) com repre- sentantes de todas as Assem- bleias do país, em Brasília. De acordo com ele, foram estabe- lecidos acordos relativos à lei paralela e à extinção da Lei Kandir, desejo unânime entre os estados. A intenção dos parlamentares é aumentar a distribuição de renda para os estados e garantir a eles a condição de tributarem mi- nimamente os produtos de exportação, que hoje são livres de qualquer imposto estadual. Para extinguir a lei, Corrêa declarou que os estados estão dispostos a abrir mão do cré- dito com o governo federal. Atualmente, Mato Grosso do Sul deveria receber R$ 13 bi- lhões, mas, em razão de uma dívida de R$ 8 bilhões à União, o total a ser recebido seria de R$ 5 bilhões. Além disso, o Estado paga multa equivalente a R$ 50 milhões mensais e, se- gundo o presidente, o governo não irá pagar o que deve. “Quem paga a conta? Nin- guém paga a conta, o governo federal foge desse assunto e não quer nem saber”, criticou. O plano dos parlamentares é que, a partir da reunião, seja criada uma PEC (projeto de emenda à Constituição) que acabe com a lei e permita que os estados cobrem até 3% de ICMS sobre os produtos de exportação. “Nós estamos onerando por que fazemos uma balança comercial do Brasil muito forte e o governo federal se coloca como ba- lança comercial positiva, com o produto primário que nós exportamos de MS [boi, soja, milho e algodão], fazendo graça com isso, ao passo que Mato Grosso do Sul paga juros de R$ 50 milhões. Não tem graça nenhuma, a gente quer que encerre esse assunto”, argumenta. A reunião de quarta-feira também abordou a PEC para- lela, que pretende incluir os es- tados e municípios na reforma da Previdência. A intenção é que os estados possam propor leis ordinárias que estabele- ceriam a adoção das mesmas medidas nacionais, as quais seriam votadas por maioria simples em plenário. Pacote de projetos O presidente Paulo Corrêa previu, para depois da reforma da Previdência, a adesão dos estados e municípios às regras nacionais a partir da apro- vação de projetos de lei esta- duais. Isso significa que Mato Grosso do Sul, mesmo tendo reformado recentemente o seu sistema previdenciário, poderá aproveitar as novas re- gras, que unificarão questões como prazos e limites para aposentadoria das diferentes categorias. Em seu pronunciamento ele não chegou a abordar a possibilidade do encaminha- mento, a partir da próxima semana, de um pacote de projetos do governo do Es- tado tratando de questões importantes relacionadas ao equilíbrio das financças es- taduais. Este assunto ainda está sendo tratado com re- servas pelos parlamentares. Alem de Corrêa, outros de- putados como o líder do go- verno, deputado Barbosinha (DEM), já admitem o en- caminhamento de projetos relacionados ao controle de gastos, cortes de despesas e eventualmente redução de pessoal, ainda antes do en- caminhamento da mensagem com o orçamento do ano que vem, prevista para outubro. (Com Guilherme Filho) Coincidência Papy, do Solidariedade, defende candidatura própria, como o tucano Antonio Cruz à eleição de vereadores, nós precisamos de majoritária”, explica ele, que assumiu re- centemente a presidência es- tadual do partido. O Rede, por sua vez, quer montar uma boa chapa com a chance de conquistar duas novas cadeiras na Câmara Mu- nicipal. Já para o Executivo, o vereador Eduardo Romero não descarta a ideia de fazer coligação. A princípio não há intenção de lançar um nome para a prefeitura da Capital. “E ainda não definimos qual será o caminho. Isso será dis- cutido pelo partido no mo- mento adequado e definiremos qual a candidatura de majori- tária vamos nos envolver.” Único nome do PROS na Câmara Municipal, a Enfer- meira Cida Amaral destaca que o partido está em busca de filiar novos quadros e pos- teriormente avaliar se tem um nome de representatividade e forte para disputar a majori- tária e proporcional. “Como em qualquer partido existe a ambição e a orientação para que se disputem cargos majo- ritário, no entanto temos con- versado com todos os partidos e atores da política para no momento oportuno decidirmos sobre esta questão.” Confirmando que o con- senso não existe nem mesmo nas bancadas maiores, o tu- cano Antonio Cruz (PSDB), ao contrário da maioria dos seus companheiros, é claro em de- fender o lançamento de candi- datura própria. Na contramão dos que defendem a aliança do PSDB com o prefeito Marqui- nhos Trad, do PSD, candidato à reeleição, Cruz sustenta que um candidato próprio pode “dar ainda mais legitimidade no eventual mandato”. Ele considera cedo para se falar no nome do candidato para a cadeira de prefeito e segue focado no próprio mandato, mas espera que o partido aponte um nome para prefeito.

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Page 1: Bastidores Na Capital Poucos ouvintes Candidatura …2019/09/13  · cional e as perspectivas foi convidado o jornalista, economista e colunista da revista “Isto É” Luís Artur

Na Capital

Parlamento

Campo Grande-MS | Sexta-feira, 13 de setembro de 2019 A3

Poucos ouvintesO deputado Renato Câmara (MDB) usou a tribuna para

falar da complexa situação dos limites de municípios em Mato Grosso do Sul, assunto ao qual tem se dedicado nos últimos meses, prestando detalhadas contas do que vinha sendo feito. Foi ouvido por apenas quatro deputados em plenário. Situ-ação melhor que do Cabo Almi, na última parte da sessão, que falou para apenas um colega nas cadeiras. Na Mesa, nos dois casos, ressalve-se, os parlamentares estavam a postos.

Palestra do CRAO Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do

Sul promove na próxima quinta-feira (19) uma palestra como parte da Semana de Administração de MS, que reúne os des-taques da profissão no Estado. Para discutir a conjuntura na-cional e as perspectivas foi convidado o jornalista, economista e colunista da revista “Isto É” Luís Artur Nogueira.

Café com a ImprensaNa mesma data e um pouco mais cedo, às 9h, o Insti-

tuto Brasileiro de Direito Administrativo e o Insitituto de Direito Administrativo de Mato Grosso do Sul promovem um café da manhã com a imprensa para divulgar a progra-mação do XXXIII Congresso Brasileiro de Direito Adminis-trativo, que será realizado em Campo Grande de 16 a 18 de outubro, e deve reunir representantes de todos os estados brasileiros. O evento será capitaneado pelo presidente do IBDAQ, conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios de Goiás, Fabricio Motta, e pelo presidente do IDAMS, João Paulo Lacerda Silva.

Na surdinaO governador Reinaldo Azambuja correu a Brasília na

tarde-noite de quarta-feira para uma apertada agenda admi-nistrativa e política. Mal teve tempo para descansar, depois de uma série de contatos inclusive com dirigentes de outros par-tidos, articulando (ou desarticulando), no Planalto Central, manobras que vinham sendo urdidas nas planícies e nos cer-rados daqui. Ontem cedo já estava em Três Lagoas, cuidando da instalação do governo na cidade. Continuava com um olho no peixe e outro no gato.

Em Bonito

O deputado Luis Ovando (PSL-MS) manteve um encontro no Congresso Nacional com o ministro da Embaixada da China no Brasil, Song Yang, tratando detalhes do encontro de representantes dos Brics (Brasil, Russia, India, China e África do Sul), em Bonito, no próximo dia 26. Estarão sentados na mesma mesa os ministros dos setores de agricultura desses países, para discutir políticas comuns de mercado, coope-ração internacional e políticas de controle sanitário, além de trocar oportunidades de negócios no grupo que tem se forta-lecido no contexto internacional.

Ministro IO ministro Tarcisio Vieira, do TSE, estará em Campo

Grande na segunda-feira (16) para uma palestra pro-movida pela faculdade Insted. Vai falar sobre fake news, novas regras nas eleiçõpes do ano que vem, participação da mulher na política, financiamento eleitoral, entre outros assuntos. Tudo de que todos os envolvidos na eleição muni-cipal precisam saber.

Ministro IINo dia seguinte, terça-feira (17), será a vez do ministro

do Tribunal Superior Eleitoral, Claudio Brandão, fazer a abertura da 9ª Semana Nacional de Execução Trabalhista, que terá como sede Campo Grande. Vai falar sobre vários temas relacionados à melhoria do desempenho da Justiça do Trabalho. Na Capital representantes de todos os Tribunais Regionas do Trabalho, além de profissionais do Direito nessa área de todos os estados.

OmeleteA troca sutil de mensagens entre os tucanos de Reinaldo

Azambuja e os pessedistas de Marquinhos Trad tem sempre como pano de fundo a aliança em Campo Grande. Por en-quanto, oficialmente, falam em deixar tudo para o ano que vem, mas sabe-se que desde já um tenta provocar no outro reações que permitam abrir o diálogo e começar a colocar as primeiras condições na mesa. Tão certo quanto não se pode fazer omelete sem quebrar ovos, os entendimentos vão custar incômodos e transtornos, concessões e recuos para uns e ou-tros. Sem isso, não se faz aliança.

DEPutADO CAPItãO AssuMçãO (PsL-Es), pedindo a “cabeça” de um acusado de homicídio

Guilherme Filho

R$ 10 mil daqui do meu bolso para mandar matar esse vagabundo. Eu tiro do meu bolso quem matar esse vagabundo. Não vale localizar o cara, tem que trazer o cara morto, aí eu pago

Bastidores

Política

Partidos de menor estrutura se dividem entre coligação e disputa pela prefeitura

Candidatura própria não éconsenso entre as bancadas

Presidente da Assembleia condenaLei Kandir e apoia “PEC paralela”

Fotos: Izaias Medeiros

Luciana Nassar ALMS

Divulgação

Laura Brasil

De olho nas eleições do ano que vem, procurando garantir a eleição de suas bancadas e uma participação maior na disputa do ano que vem, os partidos de menor estrutura, na Câmara Municipal, se di-videm entre lançar candidato próprio ou buscar uma co-ligação, a exemplo do que acontece nas bancadas mais numerosas, onde também não chega a existir um consenso.

Influenciado pela mudança nas regras, que preveem in-clusive o fim das coligações para a eleição de vereadores, o Solidariedade está se orga-nizando, e segundo o vereador Papy o partido tem trabalhado com os nomes dos deputados estaduais Lucas de Lima (Sol) e Herculano Borges (Sol), além do subsecretário de Relações Institucionais, Alessandro Menezes, para a disputa da prefeitura. Para o vereador um nome de “calibre forte” tem uma probabilidade de melhor de eleição.

Papy explica que a candi-datura própria é o essencial nesse formato de chapa pura e muito provável que outras siglas também lancem nomes próprios. “Para obedecer à legislação, faz com que os partidos caminhem para uma eleição de majoritária pura também. Haja vista que, coli-gados, os partidos terão muita dificuldade para fazer as suas cadeiras de vereador no mo-delo de chapa pura. Então, de forma estratégica, para ter mais sucesso em relação

Julia Renó

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Paulo Corrêa (PSDB), utilizou a tribuna ontem (12) para esclarecer os pontos dis-cutidos durante a reunião de quarta-feira (11) com repre-sentantes de todas as Assem-bleias do país, em Brasília. De acordo com ele, foram estabe-lecidos acordos relativos à lei paralela e à extinção da Lei Kandir, desejo unânime entre os estados. A intenção dos parlamentares é aumentar a distribuição de renda para os estados e garantir a eles a condição de tributarem mi-nimamente os produtos de exportação, que hoje são livres de qualquer imposto estadual.

Para extinguir a lei, Corrêa declarou que os estados estão dispostos a abrir mão do cré-dito com o governo federal. Atualmente, Mato Grosso do Sul deveria receber R$ 13 bi-lhões, mas, em razão de uma dívida de R$ 8 bilhões à União, o total a ser recebido seria de R$ 5 bilhões. Além disso, o Estado paga multa equivalente a R$ 50 milhões mensais e, se-gundo o presidente, o governo não irá pagar o que deve. “Quem paga a conta? Nin-guém paga a conta, o governo federal foge desse assunto e não quer nem saber”, criticou.

O plano dos parlamentares é que, a partir da reunião, seja criada uma PEC (projeto de emenda à Constituição) que acabe com a lei e permita que os estados cobrem até 3% de ICMS sobre os produtos de exportação. “Nós estamos onerando por que fazemos uma balança comercial do Brasil muito forte e o governo federal se coloca como ba-lança comercial positiva, com o produto primário que nós exportamos de MS [boi, soja, milho e algodão], fazendo graça com isso, ao passo que Mato Grosso do Sul paga juros de R$ 50 milhões. Não tem graça nenhuma, a gente quer que encerre esse assunto”, argumenta.

A reunião de quarta-feira também abordou a PEC para-lela, que pretende incluir os es-tados e municípios na reforma da Previdência. A intenção é que os estados possam propor leis ordinárias que estabele-ceriam a adoção das mesmas medidas nacionais, as quais seriam votadas por maioria simples em plenário.

Pacote de projetosO presidente Paulo Corrêa

previu, para depois da reforma da Previdência, a adesão dos estados e municípios às regras nacionais a partir da apro-vação de projetos de lei esta-

duais. Isso significa que Mato Grosso do Sul, mesmo tendo reformado recentemente o seu sistema previdenciário, poderá aproveitar as novas re-gras, que unificarão questões como prazos e limites para aposentadoria das diferentes categorias.

Em seu pronunciamento ele não chegou a abordar a possibilidade do encaminha-mento, a partir da próxima semana, de um pacote de projetos do governo do Es-tado tratando de questões importantes relacionadas ao

equilíbrio das financças es-taduais. Este assunto ainda está sendo tratado com re-servas pelos parlamentares. Alem de Corrêa, outros de-putados como o líder do go-verno, deputado Barbosinha (DEM), já admitem o en-caminhamento de projetos relacionados ao controle de gastos, cortes de despesas e eventualmente redução de pessoal, ainda antes do en-caminhamento da mensagem com o orçamento do ano que vem, prevista para outubro.(Com Guilherme Filho)

Coincidência Papy, do Solidariedade,

defende candidatura própria, como o tucano

Antonio Cruz

à eleição de vereadores, nós precisamos de majoritária”, explica ele, que assumiu re-centemente a presidência es-tadual do partido.

O Rede, por sua vez, quer montar uma boa chapa com a chance de conquistar duas novas cadeiras na Câmara Mu-nicipal. Já para o Executivo, o vereador Eduardo Romero não descarta a ideia de fazer coligação. A princípio não há intenção de lançar um nome para a prefeitura da Capital. “E ainda não definimos qual será o caminho. Isso será dis-cutido pelo partido no mo-mento adequado e definiremos qual a candidatura de majori-

tária vamos nos envolver.” Único nome do PROS na

Câmara Municipal, a Enfer-meira Cida Amaral destaca que o partido está em busca de filiar novos quadros e pos-teriormente avaliar se tem um nome de representatividade e forte para disputar a majori-tária e proporcional. “Como em qualquer partido existe a ambição e a orientação para que se disputem cargos majo-ritário, no entanto temos con-versado com todos os partidos e atores da política para no momento oportuno decidirmos sobre esta questão.”

Confirmando que o con-senso não existe nem mesmo

nas bancadas maiores, o tu-cano Antonio Cruz (PSDB), ao contrário da maioria dos seus companheiros, é claro em de-fender o lançamento de candi-datura própria. Na contramão dos que defendem a aliança do PSDB com o prefeito Marqui-nhos Trad, do PSD, candidato à reeleição, Cruz sustenta que um candidato próprio pode “dar ainda mais legitimidade no eventual mandato”.

Ele considera cedo para se falar no nome do candidato para a cadeira de prefeito e segue focado no próprio mandato, mas espera que o partido aponte um nome para prefeito.