bases de apoio

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CURSO DE ENGENHARIA DO PETRÓLEO Augusto Cesar Sousa Lemos Leonardo Henrique Paz Rafael Joaquim Alves Tiago Caldeira Vinícius Matzenbacher Rodrigues BASES DE APOIO OFFSHORE Professor: Luiz Filipe Goldfeder Reinecke Logística Integrada BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2015

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Page 1: Bases de Apoio

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CURSO DE ENGENHARIA DO PETRÓLEO

Augusto Cesar Sousa Lemos Leonardo Henrique Paz Rafael Joaquim Alves

Tiago Caldeira Vinícius Matzenbacher Rodrigues

BASES DE APOIO OFFSHORE

Professor: Luiz Filipe Goldfeder Reinecke Logística Integrada

BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2015

Page 2: Bases de Apoio

Introdução Portos desempenham uma função importante no desenvolvimento do comércio internacional. No Brasil, o setor portuário é o segundo mais importante no transporte de cargas, apenas após o setor rodoviário (Spiegel et al., apud Aguiar, 2013).A indústria petrolífera tem impulsionado a atividade portuária no Brasil, visto que as maiores reservas brasileiras de petróleo são marítimas. Além dos portos comuns, tem sido desenvolvidas bases de apoio offshore que permitem uma maior gama de atividades.

Posicionamento dentro da Cadeia Logística do Petróleo

A Logística de Apoio Offshore auta na Cadeia Logística do Petróleo entre a exploração e a produção passando pelo desenvolvimento da produção.

Fonte: Adaptado de Sousa (2007) , apud Aguiar, 2013

Neste sentido está presente em processos que envolvem os armazéns, terminais e a demanda das unidades marítimas.

Fonte: Spiegel et al., 2010, apud Aguiar, 2013

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Uso exemplo simplificado do apoio logístico às estruturas offshore pode ser visto na figura abaixo, esta mostra um esquema simples com os produtos fornecidos, os processos necessários para o apoio, o local destinado para a ligação terra­mar e as unidades marítimas.

Porto e Base de Apoio Offshore Porto: onde uma embarcação recebe ou deixa suas cargas e passageiros;

Terminal de Apoio Offshore: área de atracação capaz de garantir o carregamento dos mais diversos tipos de carga em embarcações distintas que transportam simultaneamente diferentes tipos de carga acondicionadas de formas variadas.

Porto O porto é uma estrutura com:

• Instalações de acostagem para os navios, deste modo deve permitir que um navio ancore sempre que necessário.

• Facilidades para movimentação de carga, essencialmente carregamentos e descarregamentos,

• Deve permitir o abrigo para os navios danificados ou que não tenham condições para navegar.

Page 4: Bases de Apoio

• Áreas de estocagem adequadas para a carga que se destinam a atender, para petróleo é necessário um tanque de líquidos por exemplo.

Bases de Apoio Offshore São complexos que prestam serviços de apoio às plataformas e sondas. Responsáveis por:

­ Fornecimento de suprimentos; ­ Armazenamento de cargas; ­ Embarque e desembarque de produtos; ­ Serviços de reparo e manutenção; ­ Permitir movimento de embarcações de apoio.

Base de Apoio em Dampier, Austrália

Estruturas sobre a terra e sobre a água Uma base de apoio offshore localizada em terra tem parte de suas estruturas sobre o solo e parte sobre a água.

Estruturas sobre a água: serviços de reparo, inspeção de embarcabções abastecimento de combustível e suprimentos.

Estruturas sobre o solo: estocagem, estação de energia, alojamentos e áreas para os trabalhadores como refeitórios, .

Base Implementada em Itapemirim­ES (CTA ­ SERVIÇOS EM MEIO AMBIENTE, 2013)

Localização Onshore e Offshore

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Em alguns casos é interessante ter uma base de apoio localizada offshore para aumentar o raio de ação da resposta, essencialmente a base de apoio localizada offshore deve conter

­ Minimiza tempo de operação; ­ Permite resposta rápida às necessidades de equipamentos. ­ Permite armazenamento rápido da produção.

Exemplo de uso de uma Base Localizada Offshore (AKSELSEN, 2014)

Possível aplicação no Mar de Barents

(HAUGEN, 2012) Critérios Locacionais Os critérios locacionais são usados para definir a qualidade da região para receber uma base de apoio ou um porto. São eles: ­ Facilidade de acesso terrestres­ Os modais terrestres que existem o escoamento dos

produtos produzidos no mar. ­ Calado­ Deve ter a profundidade necessária para os navios de supply. ­ Zonas de proteção e reservas­ Não é possível construir numa destas zonas. ­ Largura do canal de acesso­ Deve acompanhar a geometria ­ Espaço para construção de berços de atracação­Essencial para permitir reparos. ­ Disponibilidade de área para construção­ Necessária para construção das estruturas

onshore. ­ Características de relevo e vento­ Devem ser avaliadas para evitar problemas na

construção e no uso dos navios. ­ Características socioeconômicas­ É importante escolher uma região próxima a

grandes centros, no entanto é necessário que estas regiões não influam de modo

Page 6: Bases de Apoio

signifcante no escoamento dos produtos.

Fluxo logístico de recebimento e saída de produtos no terminal

Esquema simples que demonstra o fluxo.

Fonte: AGUIAR, R.A., p.20

Etapas do Processo 1­ Requisição de Transporte (RT)

É o documento que dá início ao transporte dos materiais. A RT é emitida pelo proprietário do material para que ele chegue corretamente até seu destino. Contém diversas informações sobre o produto (descrição do material; dimensões; peso; quantidade; valor unitário; local de origem; local de destino; modal de transporte; requisitante; prazo para o atendimento).

É disponibilizado para que o pessoal do armazém encaminhe o material para a unitização.

2­ Armazenamento

2.1­ Armazenamento;

A mercadoria fica acondicionada sobre condições específicas para preservar suas características. Os materiais são classificados e cada classificação deve ser armanezada sempre no mesmo local.

Page 7: Bases de Apoio

2.2­ Separação/Picking;

O processo de separar os produtos requeridos em uma RT

2.3­ Expedição.

Envio dos produtos separados para o destino.

3­ Unitização de Cargas

Agrupamento dos produtos em embalagens superiores para que sejam transportados de uma vez só. São usados

Caixa Metálica Cesta Metálica Fonte: ROVERTI, V., p.4

Skid, container fechado comum e frogorífico Fonte: ROVERTI, V., p.5

4­ Porto Pré­Embarque

Pré­Embarque é uma área de transferêcia do modal terrestre para o marítimo.

A carga é inspecionada; caso haja irregularidades, é solicitada a correção ou a devolução do material; caso esteja regular, ela é mandada para a área de pré­embarque.

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RT é carimbada e assinada pelo conferente;

5­ Transporte Marítimo

O transporte marítimo é programado de acordo com cronogramas de viagens. O agrupamento das unidades a serem atendidas é definido pela posição geográfica, ou seja, unidades na mesma região serão atendidas pelas mesmas embarcações (CAIXETA­FILHO, 2010 apud ROVERTI, V.).

Platform Supply Vessel (PSV) Fonte: ROVERTI, V., p.6

6­ Backload

É o retorno de materiais das sondas para a base marítima, estes podem ser ferramentas e equipamentos, embalagens de unitização reutilizáveis, resíduos e rejeitos.Também é iniciado com uma RT.

7­ Retroporto

Área que recebe previamente as cargas desembarcadas.

Inspeção nas cargas de Backload, semelhante ao pré­embarque.

Após checagem de regularização, as cargas são desembarcadas.

Cada tipo de material é destinado a uma área específica.

Movimentação de cargas numa operação portuária de apoio offshore

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. Fonte: Adaptado de Caulliraux et al., 2010, apud Aguiar, 2013

Capacidade Operacional Capacidade é o volume que um sistema é capaz de atingir em um período específico de tempo.

No contexto portuário offshore referente às embarcações de apoio, é considerada capacidade das embarcações o tempo necessário em dias para atendimento às Unidades Marítimas.

Existem três tipos de capacidade:

Capacidade instalada: É o tempo de operação sem interrupção durante uma jornada de trabalho, ou seja desconsiderando o tempo perdido com manutenção, acidentes e etc.

Capacidade efetiva: Capacidade efetiva é o tempo de operação considerando apenas o tempo perdido que foi planejado, tais como setups (tempo de preparação), manutenções preventivas,

Page 10: Bases de Apoio

auditorias da qualidade, trocas de turnos, intervalos de operações, etc.

Capacidade realizada: É a capacidade real em determinado período. Ou seja é a capacidade efetiva porém considerando perdas no tempo de operação não planejadas também. Que seriam: Atrasos, erros de funcionários, acidentes, falta de energia, máquinas defeituosas, falta de manutenção corretiva, etc.

Indicadores de Desempenho em Terminais Portuários

Representam características de produtos e processos, que são utilizados para controlar e melhorar a qualidade do desempenho dos terminais portuários ao longo do tempo. Os indicadores de desempenho viabilizam a busca da melhoria contínua da qualidade dos serviços e da produtividade portuária.

Os indicadores de desempenho medem:

• A intensidade de carga de trabalho, dada pelo volume de produção movimentado.

• A eficácia ou o grau em que o serviço atende aos padrões estabelecidos de adequação, suficiência e fidelidade aos objetivos.

• A eficiência, medida através da produção ou grau de produtividade na oferta do serviço, em termos de rapidez ou velocidade.

• A economicidade, dada pelo nível dos preços dos serviços.

Referências

AKSELSEN, Cathrine. Optimization of Supply Base and Hub Location Supplying Oil and Gas Installations in the Barents Sea. 2014. 127 f. Dissertação (Mestrado) ­ Curso de Marine Technology, Norwegian University Of Science And Technology, Trondheim, 2014. Disponível em: <http://www.diva­portal.org/smash/get/diva2:746103/FULLTEXT01.pdf>. Acesso em: 25 out. 2015. HAUGEN, Sunniva Fossen.An Offshore Supply Base (OSB) concept for the Barents Sea. 2012. 77 f. Dissertação (Mestrado) ­ Curso de Tecnologia Marinha, Norwegian University Of Science And Technology, Trondheim, 2013. Disponível em: <http://www.diva­portal.org/smash/get/diva2:603579/FULLTEXT01.pdf>. Acesso em: 25

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out. 2015. AGUIAR, R.A., 2013, “Estudo do Impacto da Ampliação de Berço e de Área de Pátio no Aumento da Capacidade Operacional de uma Base de Apoio Offshore”, Vitória­ES;

ROVERTI, V., “Apoio Logístico Terrestre e Off Shore: Backload de resíduos sólidos em unidades marítimas”, Simpósio Internacional de Ciências Integradas da UNAERP Guarujá;

MMA Offshore. Disponível em <http://www.mmaoffshore.com/index.phtml>.

CTA ­ SERVIÇOS EM MEIO AMBIENTE (Espírito Santo) (Org.). RIMA ­ Relatório de Impacto Ambiental. Itapemirim: Cta, 2013. Disponível em: <http://www.meioambiente.es.gov.br/download/RIMA_CPORT_LOGISTICA_OFFSHORE_56222432.pdf>. Acesso em: 25 out. 2015.

NUNES, Gustavo et al. PROPOSTAS DE CRITÉRIOS LOCACIONAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE BASES DE APOIO LOGÍSTICO OFFSHORE À SERVIÇO DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO.Marine Engineering Proceedings,Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p.444­455, ago. 2014. Disponível em: <http://pdf.blucher.com.br/marineengineeringproceedings/spolm2014/126488.pdf>. Acesso em: 25 out. 2015.