barragens tipos ope vulnerab

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  • Barragens Tipos, operacionalidade

    e vulnerabilidades

  • 1 - Descarregador sobre a Barragem

    2 - Descarga livre no controlada por comportas

    3 - Queda livre com dissipao de energia no leito (Almofada de

    gua)

    Barragem de abbada em beto(Bou Portugal)

  • 1 - Descarregador sobre a Barragem

    2 - Descarga controlada por comportas

    3 - Queda guiada em canal com trampolim de sada.

    Barragem de abbada em beto(Picote Portugal)

  • 1 - Descarregador sobre a Barragem

    2 - Descarga controlada por comportas

    3 - Queda guiada e dispositivos de dissipao de energia

    Barragem de Contrafortes em beto

    (Miranda Portugal)

  • 1 - Descarregador em Orficio sobre a barragem

    2 - Descarga controlada por comportas

    3 - Queda livre junto ao p da barragem e dispositivos de dissipao

    de energia

    4 Rocha de boa qualidade; lajes de beto armado ancoradas fundao;

    almofada ou colcho de gua (aude a jusante)

    Barragem de abbada em beto(Caniada Portugal)

    4

  • 1 - Descarregador em Poo inclinado

    2 Galeria sob a barragem, construda a cu aberto na

    fundao da barragem

    Barragem de Abbada em beto

    (Cabril Portugal)

    Vantagem do poo?

    Por vezes permitem a utilizao de parte das

    galeiras de desvio

  • 1 - Descarregador de cheias de superfcie;

    2 Descarregador de cheias com dois orifcios de

    fundo (necessariamente controlados por

    comportas);

    Barragem deAbbada em beto(Funcho Portugal)

  • Barragem deAbbada em beto

    (Cahora Bassa Portugal)

    1 - Descarregador de cheias com oito orificios de meio fundo;

    2 Descarregador de cheias de superfcie;

  • 1 - Canal Colector (descarregador lateral)

    2 - Canal evacuador

    3 - Bacia de Dissipao

    1

    2

    3

  • 1 Descarregador em Poo

    2 - Canal evacuador

    3 - Bacia de Dissipao

    1

    2

    3

  • Barragem do Picote

    1 Descarregador em Trampolim

    2 Pormenor do bordo de saida (a) para fracturao do escomento (aumenta a rea de impacto e o

    emulsionamento de ar);

    3 Em funcionamento (b)

    (a) (b)

  • Descarregadores de cheia. Classificao e principais caractersticas (adaptado de QUINTELA, 1990).

  • Descarregadores de cheia. Classificao e principais caractersticas (adaptado de QUINTELA, 1990).

  • Descarregador em degraus no Mxico sobre a barragem

    Descarga Livre

    Bacia de amortecimento

  • Descarregador em degraus sobre a barragem

    Descarga Livre

    Bacia de amortecimento

    Canal de restituio convergente

  • Descarregador de superficie sobre a barragem no Mxico

    Descarga Livre

    Bacia de amortecimento?

  • Aude no Iro datado de 1650

    123 m de comprimento

    24 arcos

  • Descarregador em degraus de seco trapezoidal

    Sobre a barragem

    Descarga Livre

    Canal de restituio?

  • Descarregador em degraus convergente Frana

    Sobre a barragem?

    Descarga Livre?

    Canal de restituio

  • Descarregador WES Mxico

    Sobre a barragem

    Descarga Livre

    Canal Evacuador

    Trampolim de saida

    Bacia de amortecimento?

  • Soleira descarregadora em Bico de Pato

    Pilares de arejamento

    Canal rectangular Evacuador?

  • Descarregador de cheias WES da barragem do Lucefecit

    Dois vo equipados com comportas de segmento

    Canal rectangular Evacuador?

  • Descarregador de cheias em Poo da barragem da paradela

    Soleira Circular

  • Barragem de Paradela;

    Descarregador de cheias em poo vertical com tnel a jusante;

    Corte longitudinal.

  • Soluo para pequenas quedas (h a montante pequeno)

    Bacia de amortecimento

    Soleira contnua de sada da bacia

  • Soleira descarregadora em Labirinto (Mdulos trapezoidais)

    Canal Convergente a montante

    Pilares de arejamento da veia lquida

  • Barragem do Alvito

    Canal Colector Lateral

    Poo inclinado a jusante

  • Barragem de New Waddell

    Descarregador Principal

    Descarregador de emergncia (Dique Fusvel)

  • Comportas Fusvel do tipo Hydroplus (cria-se uma subpresso por debaixo da comporta que a desiquilibra

    e a derruba para jusante)

    Descarregador de Emergncia

  • Descarregadores de superficie Brazil

  • Descarregadores de superficie Barragem de Itaipu

  • Dissipador de canal, em degraus H =6.5 m (Australia, propsitos agrcolas e de controle da gua)

  • Finalidades

    Os reservatrios podem ser construdos com o propsito de servir

    os seguintes fins:

    - Abastecimento urbano e agrcola

    - Amortecimento e controle de cheias

    - Produo hidroelctrica

    - Recreio e lazer

    - Piscicultura e aquicultura

    - Navegao

    - Reteno de sedimentos

  • Conceitos

    Regularizao redistribuio do escoamento natural num dado perodo de

    uma forma uniforme ou de acordo com um dado consumo. A regularizao

    pode ser diria, semanal, mensal, anual e interanual, se as afluncias se

    concentram sazonalmente e os consumos se localizam na poca seca, utiliza-

    se a designao de inverso para caracterizar esta situao.

    Regularizao especifca de uma albufeira, a relao entre p volume til

    da albufeira e o escoamento anual mdio.

    Grau de utilizao de um curso de gua, a relao entre o volume anual a

    fornecer com uma dada garantia e o escoamento anual mdio ( sempre 1)

  • Caractersticas Fisicas

    Nivel mnimo de explorao (N.M.E)

    o nvel mnimo admitido para a explorao de uma albufeira, medido num

    local determinado.

    h = lmina mnima necessria entre o limite superior da estrutura de tomada

    e o N.M.E para se evitar a formao de vrtices entrada da tomada de

    gua.

    Por exemplo:

  • Volume morto

    Parte do volume total do reservatrio que no serve os fins de captao de

    gua. Corresponde ao volume do reservatrio compreendido abaixo do

    N.M.E.

    OBS: Afluncia anual mdia de sedimentos a uma albufeira em Portugal de

    50 m3/Km2/ano

    O volume morto mantido no reservatrio por razes tcnicas tais como

    de qualidade da gua, cota mnima para bombagem, acumulao de

    sedimentos, etc.

    Volume til

    Volume morto

    N.M.E.

  • Nvel de pleno armazenamento (N.P.A)

    o nvel mais alto permitido normalmente numa albufeira (sem ter em conta

    as sobreelevaes devidas a cheias).

    Corresponde ao nvel de pleno armazenamento da albufeira e define o limite

    superior do volume til do reservatrio. Coincide com a cota da crista do

    descarregador de cheias.

    Volume til

    Volume morto

    N.M.E.

    N.P.A.

  • Volume compreendido entre o N.M.E e o N.P.A, efectivamente destinado

    operao do reservatrio, ou seja, satisfao das necessidades em

    gua.

    Volume til

    Clculo do volume til depende de:

    Variabilidade dos escoamentos afluentes;

    Caractersticas do consumo;

    Garantia pretendida (maior garantia => maior volume til)

    Volume til

    Volume morto

    N.M.E.

    N.P.A.

  • Volume de cheia

    Volume destinado ao amortecimento de ondas de cheia, o qual deve atender

    s restries de vazo a jusante (capacidade de vazo do descarregador,

    estabilidade/requisitos da infra-estrutura). varivel ao longo do perodo

    hidrolgico.

    definido entre o N.P.A (nvel de pleno armazenamento) e o N.M.C (nvel

    de mxima cheia):

    Volume til

    Volume morto

    N.M.E.

    N.P.A. Volume de cheia

    N.M.C.

  • Coroamento da barragem

    Sobrelevao adicional ao N.M.C

    - proteo contra ondas formadas pelo vento (wind setup, run up).

    - free-board: folga adicional de forma a evitar o galgamento em

    condies excepcionais.

    Volume til

    Volume morto

    N.M.E.

    N.P.A. Volume de cheia

    N.M.C.Cota do coroamentoFolga

  • A segurana das barragens est intimamente ligada segurana dos

    vales e esta segurana dos respectivos habitantes e dos valores

    patrimoniais e naturais neles existentes.

    A ocorrncia de intensas e inesperadas cheias constitui um dos

    perigos maiores para os habitantes dos vales, um pesadelo que

    naturalmente todos desejam esquecer.

    Reconhece-se a impossibilidade de eliminao total do risco de

    ocorrncia de acidentes ou incidentes em barragens. Deste modo,

    torna-se indispensvel o controlo da segurana estrutural, hidrulica,

    operacional e ambiental das mesmas (Regulamento de Segurana de

    Barragens, Decreto-Lei n11/90, de 6 de janeiro, designado por R. S.

    B.).

  • GESTO DO RISCO NOS VALES

    Do ponto vista hidrulico a gesto do risco nos vales tem por objectivo

    fundamental o controlo ou mitigao dos potenciais danos induzidos por

    acidentes hidrogeolgicos naturais ou por acidentes e incidentes em

    barragens. A gesto do risco compreende, do ponto de vista conceptual

    duas partes diferentes:

    - Avaliao do risco;

    - mitigao do risco.

    Avaliao do risco

    A avaliao do risco inclui por seu turno os seguintes dois aspectos: 1)

    caracterizao e identificao das zonas em perigo; 2) anlise do risco

    associado.

  • No caso de cheias induzidas por acidentes em barragens, o perigo a

    jusante est associado a quatro grandezas: o nvel mximo de gua

    atingido, a rea submersa mxima, a taxa de subida do nvel de gua e

    as velocidades extremas do escoamento. Este aspecto parcialmente

    reconhecido pelo R.S.B. (Artigo 42) quando considera que as medidas

    a prever tero em conta o estudo de ondas de inundao... que

    incluir a determinao das alturas a atingir nas zonas inundveis e dos

    respectivos tempos de chegada, constituindo o mapeamento dessas

    zonas uma carta de riscos.

  • Os mapas de inundao constituem, assim, uma pea fundamental na

    preparao de estratgias no mbito da gesto do risco nos vales. Os

    mapas representaro as reas inundadas pelas cheias correspondentes a

    cada cenrio e devero ter informaes adicionais que permitam uma

    adequada caracterizao da respectiva seriedade, nomeadamente:

    - tempos de chegada do caudal mximo e da cota mxima de gua;

    - isolinhas de altura mxima de gua;

    - isolinhas de velocidade mxima do escoamento;

    - isolinhas dos valores mximos instantneos do produto altura de gua

    pela velocidade de escoamento.

  • A representao desta informao em escala adequada actualmente feita

    com base num sistema de informao geogrfica (S.I.G.). Estes mapas

    devero ser periodicamente actualizados por forma a incluirem a ocupao

    real do solo. A realizao destes mapas, com as incertezas prprias, pode

    dar origem a delicadas questes relativas com a uma eventual perda de

    valor econmico de propriedades face localizao das mesmas.

  • A anlise do risco envolve simultneamente a probabilidade de ocorrncia

    do evento e as respectivas consequncias ou danos provocados pelo

    mesmo. Os mapas de inundao permitiro uma primeira avaliao das

    zonas potenciais atendendo ao tipo de ocupao do solo, incluindo a

    densidade populacional.

    Na avaliao dos danos provocados pelas cheias inesperadas os elementos

    em risco (pessoas ou bens) h que ter em conta a respectiva

    susceptibilidade. Esta depender da exposio fsica aos efeitos da cheia

    (localizao nos mapas de inundao) e da vulnerabilidade a qual traduzir

    a tolerncia fsica social e econmica ao acidente.

    ATENO: O mapa de inundao no uma carta de riscos!!

  • Mitigao do risco

    Face avaliao do risco e, em particular, anlise do risco efectuada para

    os cenrios de rotura de barragem, a prxima etapa consiste na mitigao ou

    atenuao do risco. A mitigao compreende a reduo do risco

    propriamente dita e a resposta em caso de crise ou gesto de crise.

    A reduo do risco baseia-se, fundamentalmente, em medidas estruturais

    envolvem basicamente as medidas de planeamento e de ordenamento da

    ocupao do solo tendo em conta a identificao das zonas em perigo. Uma

    medida tpica consiste no zonamento do vale com limitaes de ocupao

    permanente.

  • Um componente fundamental do dispositivo de segurana e do sistema de

    gesto do risco nos vales a jusante de barragens o sistema de aviso e

    alerta (SAA) s populaes. Este um dos meios de mitigao dos

    potenciais danos resultantes de um acidente e, de um modo geral, da

    vulnerabilidade humana nos vales em causa.

    A definio de um SAA fivel e eficaz no fcil. H que ter em conta os

    seguintes aspectos: previso/deteco de emergncias ou da possibilidade

    de acidente a curto prazo, identificao da situao de prontido adequada;

    processo de notificao da cadeia de deciso; procura de desencadeamento

    do alarme e do aviso s populaes; definio de critrios de actuao de

    proteco civil incluindo o processo de evacuao de populaes.

  • O sistema de aviso e alerta deve ser desencadeado com base nas

    eventuais condies de perigo ou de emergncia da barragem e na

    respectiva identificao operacional pelo responsvel da explorao e

    segurana da mesma.

    A zona abrangida pode estender-se a distncias relativamente longas e

    incluir zonas densamente habitveis do tipo urbano ou zonas de habitao

    dispersa. Prever um SAA aplicvel e eficaz poder exigir meios de

    comunicao especiais e extraordinrios, incluindo a aplicao de novas

    tecnologias de informao automatizadas de base colectiva ou personalizada

  • O suporte do SAA, de tipo fixo e exclusivo

    (e. g. sirenes), de tipo mvel (e. g.

    Helicpteros) ou de tipo colectivo (e. g.

    meios de comunicao social e agentes de

    segurana), vai influenciar o grau de

    fiabilidade do mesmo a longo prazo. A

    informao e a preparao do pblico e das

    autoridades locais e regionais (exerccios

    ou ensaios peridicos) so elementos a ter

    em conta no plano de emergncia.

  • Vulnerabilidade nos vales a jusante de barragens

    De uma forma simplificada define-se a vulnerabilidade humana numa

    determinada rea do vale, da seguinte forma:

    FV = FC.AE.OS.SI.CS.NP

    FC- depende das caractersticas hidrodinmicas da cheia, correspondente

    ao cenrio de rotura considerado, na zona em anlise.

    AE-depende do tipo de sistema de aviso e alerta e da eficcia operacional

    do mesmo, incluindo a antecipao do alarme e a periodicidade de treinos

    e exerccios.

    OS- ndice de ocupao do solo por actividades econmicas e zonas

    habitacionais.

    SI- susceptibilidade fsica das estruturas ao impacto das cheias.

    CS- caractersticas sociolgicas das populaes em risco.

    NP- nmero de pessoas expostas ao perigo.

  • Componente social na gesto do risco

    Para alm da caracterizao sociolgica das populaes que habitem o vale

    a jusante e que constituem elementos de risco face a cenrios de rotura ou

    de acidente, h a considerar a interveno da psicologia social nas

    diferentes fases do processo:

    - Fase de projecto do empreendimento, na apresentao s populaes do

    mesmo, incluindo a quantificao do risco acrescido face aos benefcios,

    tendo por objectivo conseguir um risco aceite e partilhado.

    - Fase de elaborao do plano de emergncia, nomeadamente do sistema de

    aviso e alerta e de preparao da gesto em situaes de crise.

    - Fase de explorao da barragem, no que se refere implementao de

    incidentes e acidentes s populaes em risco e na resposta a situaes de

    crise.

  • Existem razes tericas e vantagens prticas em decompor o plano de emergncia em:

    - Plano de Emergncia Interno (PEI) cujo desenvolvimento da responsabilidade do dono da obra e est centrado na barragem; materializado por um documento, identificando o conjunto de procedimentos ou de aces para assegurar o controlo da segurana na barragem e a resposta eficaz a situaes de incidente ou de acidente que ponham em causa a segurana do vale a jusante;

    Planeamento de Emergncia

  • - Plano de Emergncia Externo (PEE) cujo desenvolvimento da responsabilidade do Sistema de Proteco Civil e est centrado no controlo do risco no vale a jusante; materializado por um documento onde se identificam as aces que devem ser tomadas para assegurar o controlo da segurana no vale a jusante, tendo em vista uma rpida e adequada interveno das autoridades e da populao potencialmente afectada no caso da ocorrncia de um acidente na barragem; um documento vinculativo que determina as ligaes hierrquicas e funcionais dos principais intervenientes, fixando as respectivas misses e a coordenao dos meios materiais e recursos tcnicos e humanos necessrios para fazer face s consequncias de um acidente, obrigando ainda, definio de zonamentos de risco, de planos de evacuao e de exerccios peridicos.