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SEMINÁRIO JURÍDICO DA FEEB28 DE OUTUBRO, ÀS 8h, NO HOTEL PORTOBELLO

Edição Diária 7316 | Salvador, segunda-feira, 16.10.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

BANCO DO BRASIL

O caos do INSS para os trabalhadoresReforma tributária de Temer só atrapalhaPágina 2Página 4

Sindicato cobra e agências reabrem

mácio souza

Em resposta aos questionamentos e à cobrança do Sindicato, a Superintendência Regional do BB informou que algumas agências do banco, sobretudo do interior, que havia sofrido ataques, vão voltar a funcionar. Melhor para os bancários e a população.Página 3

Sindicato procura a Superintendência do BB para tratar sobre as agências fechadas após ataques

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, segunda-feira, 16.10.20172 BRASIL

Auxílios são negados, mesmo que a pessoa tenha pleno direitoFEliPE iRuAtãimprensa@bancariosbahia.org.br

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

O trabalhador brasileiro sofre com o INSS

informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MtE 879 DRt-BA. Chefe de Reportagem: Rose lima - Reg. MtE 4645 DRt-BA. Repórteres: Ana Beatriz leal - Reg. MtE 4590 DRt-BA e Rafael Barreto - Reg. SRtE-BA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

DURANTE este mês, monu-mentos de diversas partes do país ganham cara nova em ce-lebração ao movimento mun-dial Outubro Rosa. O objetivo é conscientizar a população, em especial as mulheres, para a importância do diagnóstico precoce e da prevenção contra o câncer de mama.

Em Salvador, o Elevador La-cerda, no Comércio, a escultura das Gordinhas, em Ondina e o monumento do Cristo, na Bar-ra, são alguns dos pontos turís-ticos que recebem a cor rosa. O jornal O Bancário também par-ticipa da campanha e põe um laço rosa na capa do jornal, em alusão à campanha.

No Brasil, as taxas de morta-

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) desrespeita o tra-balhador. O exemplo do descaso é uma bancária do Santander que desde 2016, quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), respira com cilindro de oxigênio e precisa carregá-lo para todos os lugares. Além dos problemas respiratórios, as se-quelas corporais são aparentes.

Mas, o INSS negou por duas ve-zes o auxílio-doença da funcioná-ria. A bancária está há oito meses sem receber salário e o benefício.

Assim como a bancária, outros tantos trabalhadores brasileiros passam pela mesma dificuldade. Mesmo inaptos para retornar ao

trabalho, têm o pedido de bene-fício negado pela Previdência So-cial, ficam sem fonte de renda e ainda precisam arcar com os cus-tos do tratamento médico.

A situação se agrava após a operação pente fino do governo Temer, cujos objetivos são revisar os benefícios, economizar R$ 10 bilhões por ano e cancelar pelo menos 80% dos auxílios-doença e aposentadorias por invalidez.

De acordo com o balanço de agosto, 210.649 perícias foram realizadas e 168.396 benefícios cancelados. Por conta da au-sência dos convocados, houve o corte de outros 20.304. Ao todo, 89,5% dos benefícios revistos ti-veram cancelamento.

No caso da aposentadoria por invalidez, serão revisados 1.004.886 benefícios. Já foram enviadas 22.057 cartas de con-vocação. Não foi divulgado ba-lanço. Os dados são do Ministé-rio do Desenvolvimento Social.

Juventude se mobilizaem defesa da educaçãoEM DEFESA da universidade pública e contra os retrocessos promovidos pelo governo Te-mer, a UNE (União Nacional dos Estudantes) convoca os es-tudantes brasileiros para ampla mobilização, na quinta-feira.

Temer não considera a im-portância da universidade pú-blica como alicerce vital de um projeto nacional de desenvolvi-mento. A vê como mera pres-tadora de serviços. A ofensiva conservadora catapultada por um Congresso Nacional re-

trógrado, que não representa a pluralidade do povo brasileiro retrocede avanços e ameaça as universidades públicas e movi-mentos sociais.

Vale salientar que a crise não pode ser resolvida com o fim das políticas públicas e o au-mento dos custos da classe tra-balhadora e da juventude. A UNE ainda aprovou manifesto em defesa da Universidade Pú-blica, que vai angariar apoio na sociedade para além do movi-mento estudantil.

Outubro, mês da prevençãolidade por causa da doença são elevadas, especialmente porque é diagnosticada em estágios avan-çados. O autoexame é essencial.

Movimento estudantil se mobiliza pelas universidades públicas e de qualidade

Do total de 210.649 perícias realizadas, 168.396 benefícios foram cancelados Monumentos fortalecem campanha

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SBBA cobra do BB informações sobre unidades sinistradasREnAtA AnDRADE imprensa@bancariosbahia.org.br

jOSé cruz - agêNcIa braSIl

pOrtal crIatIva ONlINe

Agências atacadas em debate

O SINDICATO dos Bancários da Bahia cobrou do Banco do Bra-sil informações sobre as agências que sofreram ataques e estavam sem funcionar. Segundo a Supe-rintendência do BB, nos últimos dois anos 69 agências ou postos de atendimentos foram atacados (explosão ou arrombamento), sen-do que 51 ainda estão fechadas ou funcionando parcialmente.

No dia 29 de setembro, foi de-terminado o fechamento defi-nitivo de seis agências atacadas. São as de João Dourado, Cora-ção de Maria, Caldeirão Grande, Jussiape, Boa Nova e Ibititá.

Ainda não há definição sobre as outras agências porque de-pende da avaliação do Grupo de Trabalho, que envolve diversos setores do Banco do Brasil. Em relação à agência de Irecê, os re-presentantes do BB informaram que voltará a funcionar com dinheiro em até 30 dias, pois aguarda a liberação do plano de segurança. O funcionamento pleno da unidade está previsto para junho de 2018.

Também voltará a atender com numerário a unidade de Co-ronel Sá. Os representantes da entidade foram informados que o BB de Itagi, fechado em dezem-bro de 2016, está funcionando há 15 dias. Ainda questionaram so-bre a agência de Brejões. O Sin-dicato recebeu denúncias que os funcionários têm trabalhado em condições precárias.

O presidente do SBBA, Au-

gusto Vasconcelos, afirmou que a entidade está atenta para cobrar a responsabilidade dos bancos com a sociedade e os trabalhadores. O diretor Fabio Ledo lembra que “o Banco do Brasil se comprometeu em não

fechar as agências nos municí-pios onde há apenas uma uni-dade. A população não pode ser prejudicada”. A reunião, que também contou com a presença da secretária geral Jussara Bar-bosa, aconteceu na sexta-feira.

investigação bancária ameaçadaA MEDIDA Provisória que amplia os poderes punitivos do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobili-ários) para investigar bancos e outras instituições financeiras pode ir por água abaixo, por causa de um atrito na Câmara Federal e um erro de redação na formulação do texto come-tido no Senado.

A MP pode perder a va-lidade se não for aprovada pela Câmara e pelo Senado até quinta-feira. Os pontos da medida têm um reflexo im-portante na coibição de frau-des no mercado financeiro permitindo os acordos de le-niência semelhante aos que o Ministério Público Federal negociou com empresas como Odebrecht e a J&F, envolvidas na Operação Lava Jato.

Ação contra a lei trabalhistaA ANAMATRA (Associação dos Magistrados da Justiça do Tra-balho) acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para requerer ADI (Ação Direta de Inconstitu-cionalidade) 5766, de autoria da PGR (Procuradoria-Geral da Re-pública), para questionar pontos da nova lei trabalhista, que entra em vigor em novembro.

De acordo com a Associação, a reforma impõe “restrições in-constitucionais à garantia de

gratuidade judiciária aos que comprovem insuficiência de re-cursos, na Justiça do Trabalho”. A Anamatra requer ainda o di-reito de se manifestar oralmen-te no dia do julgamento.

A ADI destaca a inconstitu-cionalidade do artigo 790-B da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), responsabilizando a parte vencida pelo pagamento dos honorários ainda que bene-ficiária da Justiça gratuita.

APóS luta dos bancários e vi-gilantes, dois artigos foram re-tirados do projeto de lei que vai substituir o Estatuto de Segu-rança Bancária. O tema compõe o substitutivo da Câmara Fede-ral (SDS 6/2016) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 135/2010. Grande vitória.

O relator do projeto, sena-dor Vicentinho Alves (PR-TO), aprovou a modificação supri-mindo os artigos 31, que trans-forma a atividade do bancário em essencial, e 33, que dispen-sa a mínima estrutura de segu-rança em agências e postos em cidades com menos 500 mil ha-bitantes.

O artigo 31, por exemplo, in-terfere negativamente na ferra-menta de luta e mobilização do bancário: a greve, já que pela le-gislação o direito do movimen-to grevista é restringido às ativi-dades consideradas essenciais. Seria um retrocesso.

Avanço na segurança

Denúncias indicam que BB de Brejões, após ataque, funciona precariamente

Anamatra questiona pontos da nova lei trabalhista, que vigora em novembro

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, segunda-feira, 16.10.20174

SAQUE

REFORMA TRIBUTÁRIA

Sem desconcentrar renda, Brasil não voltará a crescer AnA BEAtRiz lEAlimprensa@bancariosbahia.org.br

A proteção social em risco

DIFICILMENTE o Brasil vai re-tomar o caminho do crescimen-to de forma sustentável enquan-to não reduzir as desigualdades sociais e a concentração de ren-da. A saída passa pela correção da injustiça do sistema tributá-rio e da ampliação das políticas

públicas, realizadas nos últimos anos, e que hoje correm risco

com o governo Temer. A agenda de reformas traba-

lhista e previdenciária vai na contramão da redução das injus-tiças sociais. Além disso, a situ-ação se agrava com a aprovação do teto dos gastos públicos, atra-vés da desvinculação constitu-

cional de recursos para a despesa social (de 20% para 30%).

O último suspiro da proteção social pode vir com a reforma tributária, que tramita no Con-gresso Nacional. Além de não corrigir a discrepância na co-brança de impostos, não há in-tenção de alíquotas mais altas do Imposto de Renda, combate às isenções para rendas de capi-tal e taxação sobre transações fi-nanceiras, herança, patrimônio e grandes fortunas.

A simplificação do sistema de impostos é necessária. A ques-tão é que os tributos vinculados à Constituição para a proteção social estão em risco. O obje-tivo do governo é desmontar o financiamento das políticas as-seguradas constitucionalmente.

Ricos pagam menos tributosEM DETRIMENTO da maior parcela da população brasileira, os ricos são beneficiados. De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em média, as 100 mil pessoas mais ricas pa-gam menos impostos.

O estudo analisou que a alí-quota do tributo direto cresce conforme o rendimento aumen-ta, mas somente de R$ 24,4 mil anuais até R$ 325 mil, quando atinge 12% dos ganhos. Quando o rendimento supera o patamar estabelecido, o índice entra em trajetória de queda, chegando a 7% para quem ganha mais de R$ 1,3 milhão por ano.

Ou seja, o sistema tributário brasileiro proporciona a concen-tração de renda no país, um dos 15 mais desiguais do mundo.

Sorteio para show de JauOS BANCÁRIOS sindicaliza-dos concorrem a ingressos para o show do cantor e compositor Jau, que acontece sábado, às 17h, no Terminal Náutico de Salvador, no Comércio. Para participar, é necessário baixar o aplicativo do Sindicato dos Bancários da Bahia, disponível no Google Play e App Store.

O repertório do artista con-tará com a atual música de tra-balho Com Carinho e antigos sucessos, como Flores da fave-la e Sandália de couro. O resul-tado do sorteio será divulgado na quinta-feira, na página ele-trônica e nas redes sociais do Sindicato.

Reforma tributária discutida na Câmara Federal aprofunda as desigualdades

Show de Jau acontece sábado

davI rIbeIrO

OBRIGAÇÃO A demissão do delegado Carlos Renato de Melo Ribeiro demonstra que até o governador tucano Geraldo Alck-min considera uma arbitrariedade a invasão da casa do filho de Lula baseada unicamente em denúncia anônima do Disque Dro-gas. Agora, falta o Conselho Nacional de Justiça punir a juíza que autorizou a operação, Marta Brandão Pistelli. É o mínimo que o CNJ pode fazer em defesa do Estado democrático de direito.

TREVAS Pura verdade. "Reacionários não gostam de artes, porque não gostam de questionamentos”. É a opinião da filóso-fa Márcia Tiburi, que condena os ataques sofridos ultimamente pelas artes, diante do avanço das visões fascistas. "Há uma onda de violência contra as artes, que nunca fizeram mal a ninguém. Ao contrário, arte é algo que faz bem às pessoas porque melhora a sensibilidade, a inteligência e, desse modo, o agir no mundo”.

LUCRATIVO Em matéria na revista Fórum, o jornalista Lucas Vásquez denuncia a atividade lucrativa, do ponto de vista políti-co e até financeiro, que se tornou o denuncismo e o punitivismo no Estado policialesco do Brasil pós golpe. “A destruição de re-putações, por intermédio de abuso de autoridade e acusações de corrupção, se transformou em um excelente negócio”. Ele inclui entre as vítimas o reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Luís Carlos Cancellier de Olivo, induzido ao suicídio.

LIBERTAÇÃO A China e a Rússia anunciam a abolição do dólar nas relações comerciais entre os dois países. Uma notícia de impacto, que envolve duas potências e representa um passo fundamental para a tentativa do desmonte gradual da moeda norte-americana como referência em todo mercado internacional, efetivada logo depois da II Guerra Mundial, na chamada Conferência de Breton Woods. Um direto de direita no imperialismo yanque.

INCONSEQUÊNCIA Bem ao nível do governo Temer que, jus-tamente por ser fruto de um golpe jurídico-parlamentar-midiáti-co, tem sido espaço fértil para episódios excepcionais. Durante palestra no Instituto Rio Branco, o general Sérgio Westphalen Etchegoyen fez elogios à ditadura civil militar (1964-1985). Cau-sou o maior mal estar entre os diplomatas.