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Banco de Artigos Promover a educação sexual nas escolas Elaboração do texto: ECOS - Estudos e Comunicação em Sexualidade e Reprodução Humana. Apoio Fundação MacAtur [email protected]  A !am"lia# os meios de comunicação# as escolas e outros a$entes sociais t%m papel determinante no comportamento dos  &o'ens. A !am"lia# mesmo (ue não dialo$ue abertamente sobre sexualidade# ) (uem d* as primeiras noç+es sobre o (ue ) ade(uado# ou não# por meio de $estos# express+es# recomendaç+es e proibiç+es. Os meios de comunicação# (uando 'eiculam cenas de conte,do ertico# !re(entemente re!orçam preconceitos. E a escola muitas 'e/es deixa de o!erecer um espaço para (ue ocorram debates sobre sa,de reproduti'a e sexualidade de uma !orma continuada. Em $eral isso acontece por !alta de pessoal capacitado na *rea# por acar o assunto desimportante ou# ainda# por !alta de apoio da direção# dos $o'ernos# etc. O Estatuto da Criança e do Adolescente 0ECA1 de!ine (ue todas as crianças e adolescentes t%m direito 2 proteção inte$ral# e (ue são su&eitos com direitos especiais por(ue são pessoas em processo de desen'ol'imento. O ECA en!ati/a 3a import4ncia de asse$urar como prioridade para as crianças e adolescentes# a e!eti 'ação desses direitos !undamentais onde se incluem# entre outros# o direito 2 'ida# 2 sa,de# 2 alimentação e 2 educação3. A educação sexual pode ser entendida# portanto# como um direito (ue todos t%m de conecer seu corpo e 3ter uma 'isão positi'a da sexualidade# uma comunicação clara em suas relaç+es# ter pensamento cr"tico# compreender seu prprio comportamento e o do outro e tomar decis+es respons*'eis a respeito de sua 'ida sexual# a$ora e no !uturo3 05uia de Orientação Sexual: 'e&a box1. 6ma das possibilidades ) a Secret aria de Educação do munic"pio incenti'ar a inclusão do estudo da sexualidade no curr"culo escolar. 7M89EME;A<AO 6m bom começo# pode ser a criação de um n,cleo para estudo e implantação do pro&eto# !ormado por pro!issionais (ue tenam interesse em trabalar com o tema# com a !unção de ser um polo irradiador das ati'idades# e respons*'el pelas aç+es de sensibili/ação# mobili/ação# capacitação # implantação# execução e a'aliação. = importante (ue a primeira ati'idade deste n,cleo se&a reali/ar um dia$nstico para entender a realidade municipal no (ue di/ respeito a este tema. 8ara isso# pode-se reunir estat"sticas nacionais e locais sobre o tema da sexualidade e da relação entre os $%neros> ar(ui'ar arti$os de &ornais (ue tratem do assunto> !a/er um le'antamento das necessidades das escolas do munic"pio en'ol'endo pro!essores# alunos# pais e a comunidade em $eral. 6m se$undo passo ) entrar em contato com or$ani/aç+es (ue possam compartilar com os interesses da Secretaria de Educação sobre a necessidade de se implantar este tipo de pro&eto uma 'e/ (ue# os pro!issionais da secretaria de educação somente serão capa/es de modi!icar a 'ulnerabilidade dos &o'ens !rente a Aids ou de diminuir os casos de $ra'ide/ na adolesc%ncia articulando-se com outros se$mentos da sociedade. 6ma boa !orma de se estabelecer parcerias )# inicialmente# 'eri!icar (ue tipos de pro$ramas na *rea da educação e da sa,de t%m sido o!erecidos 2 comunidade nas (uais as escolas estão inseridas e (ue or$ani/aç+es o!erecem esses pro$ramas# entrar em contato com essas or$ani/aç+es e propor compartilar id)ias e recursos para a implantação deste tipo de pro&eto# e'itando a duplicação de es!orços# e clareando o (ue cada um dos atores en'ol'idos $ostaria de discutir sobre o tema. 6ma outra alternati'a# complementar# ) reunir uma comissão consulti'a (ue a'alie as metas do pro$rama# os conte,dos e os recursos. 8ode incluir pais# mães# !uncion*rios# educadores# orientadores pro!issionais e adolescentes. Esta comissão ) importante no desen'ol'imento de um pro$rama baseado na comunidade. ?uando o pro$rama esti'er es(uemati/ado e re'isado pode ser di'ul$ado 2 comunidade escolar. CA8AC7;A <@O E 8ROF7SS7OA7S 8ropor (ue a escola trate as (uest+es da sexualidade# de $%nero e da pre'enção das S;BAids numa perspecti'a dos direitos e sob os princ"pios da e(idade# remete imediatamente 2 (uestão da !ormação pro!issional# uma 'e/ (ue os pro!essores são peças-ca'e para a implantação do pro$rama. Se por Educação Sexual entendemos um processo de inter'enção (ue !a'oreça a re!lexão sobre a sexualidade e a sa,de reproduti'a# contemplando não s a in!ormação sobre aspectos biol$icos# mas tamb)m a discussão sobre sentimentos# 'alores# crenças# preconceitos# experi%ncias pessoais# etc.# ) necess*rio (ue o pro!issional participe de um processo amplo e apro!undado de !ormação# tanto em termos de conecimento (uanto de uma metodolo$ia ade(uada# (ue d% se$urança para (ue tanto os meninos (uanto as meninas se sintam tran(ilos e moti'ados para expressarem suas opini+es sobre o assunto. A capacitação de'e pre'er os se$uintes aspectos: Conecimento ;e rico - para atuar como a$ente no pro&eto de Educação Sexual da escola# cada pro!issional# al)m de seu o conecimento espec"!ico# de'e buscar conecimento terico e desen'ol'er uma postura cr"tica acerca de al$umas tem*ticas !undamentais# como aspectos biol$icos# psico-a!eti'os e socioculturais relacionados ao corpo> relaç+es de $%nero> desen'ol'imento das relaç+es a!eti'as> construção da auto-estima e !ormação da identidade sexual> m)todos contracepti'os> doenças sexualmente transmiss"'eis e aids# dro$as# etc. Esta capacitação de'e abordar as di!erentes etapas do desen'ol'imento umano# uma 'e/ (ue cada !aixa et*ria possui caracter"sticas prprias (ue de'em ser le'adas em consideração para se $arantir a compreensão das mensa$ens (ue serão passadas. Conecimento Metodol$ico - a metodolo$ia (ue tem se mostrado mais satis!atria para desen'ol'er os temas de

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Banco de Artigos

Promover a educação sexual nas escolas

Elaboração do texto:ECOS - Estudos e Comunicação em Sexualidade e Reprodução Humana.Apoio Fundação [email protected]  

A !am"lia# os meios de comunicação# as escolas e outros a$entes sociais t%m papel determinante no comportamento dos &o'ens. A !am"lia# mesmo (ue não dialo$ue abertamente sobre sexualidade# ) (uem d* as primeiras noç+es sobre o (ue )

ade(uado# ou não# por meio de $estos# express+es# recomendaç+es e proibiç+es. Os meios de comunicação# (uando'eiculam cenas de conte,do ertico# !re(entemente re!orçam preconceitos. E a escola muitas 'e/es deixa de o!erecerum espaço para (ue ocorram debates sobre sa,de reproduti'a e sexualidade de uma !orma continuada. Em $eral issoacontece por !alta de pessoal capacitado na *rea# por acar o assunto desimportante ou# ainda# por !alta de apoio dadireção# dos $o'ernos# etc.

O Estatuto da Criança e do Adolescente 0ECA1 de!ine (ue todas as crianças e adolescentes t%m direito 2 proteção inte$ral#e (ue são su&eitos com direitos especiais por(ue são pessoas em processo de desen'ol'imento. O ECA en!ati/a 3aimport4ncia de asse$urar como prioridade para as crianças e adolescentes# a e!eti'ação desses direitos !undamentaisonde se incluem# entre outros# o direito 2 'ida# 2 sa,de# 2 alimentação e 2 educação3. A educação sexual pode serentendida# portanto# como um direito (ue todos t%m de conecer seu corpo e 3ter uma 'isão positi'a da sexualidade# umacomunicação clara em suas relaç+es# ter pensamento cr"tico# compreender seu prprio comportamento e o do outro etomar decis+es respons*'eis a respeito de sua 'ida sexual# a$ora e no !uturo3 05uia de Orientação Sexual: 'e&a box1.6ma das possibilidades ) a Secretaria de Educação do munic"pio incenti'ar a inclusão do estudo da sexualidade no

curr"culo escolar.

7M89EME;A<AO

6m bom começo# pode ser a criação de um n,cleo para estudo e implantação do pro&eto# !ormado por pro!issionais (uetenam interesse em trabalar com o tema# com a !unção de ser um polo irradiador das ati'idades# e respons*'el pelasaç+es de sensibili/ação# mobili/ação# capacitação# implantação# execução e a'aliação.

= importante (ue a primeira ati'idade deste n,cleo se&a reali/ar um dia$nstico para entender a realidade municipal no(ue di/ respeito a este tema. 8ara isso# pode-se reunir estat"sticas nacionais e locais sobre o tema da sexualidade e darelação entre os $%neros> ar(ui'ar arti$os de &ornais (ue tratem do assunto> !a/er um le'antamento das necessidadesdas escolas do munic"pio en'ol'endo pro!essores# alunos# pais e a comunidade em $eral.

6m se$undo passo ) entrar em contato com or$ani/aç+es (ue possam compartilar com os interesses da Secretaria de

Educação sobre a necessidade de se implantar este tipo de pro&eto uma 'e/ (ue# os pro!issionais da secretaria deeducação somente serão capa/es de modi!icar a 'ulnerabilidade dos &o'ens !rente a Aids ou de diminuir os casos de$ra'ide/ na adolesc%ncia articulando-se com outros se$mentos da sociedade. 6ma boa !orma de se estabelecer parcerias)# inicialmente# 'eri!icar (ue tipos de pro$ramas na *rea da educação e da sa,de t%m sido o!erecidos 2 comunidade nas(uais as escolas estão inseridas e (ue or$ani/aç+es o!erecem esses pro$ramas# entrar em contato com essasor$ani/aç+es e propor compartilar id)ias e recursos para a implantação deste tipo de pro&eto# e'itando a duplicação dees!orços# e clareando o (ue cada um dos atores en'ol'idos $ostaria de discutir sobre o tema.

6ma outra alternati'a# complementar# ) reunir uma comissão consulti'a (ue a'alie as metas do pro$rama# os conte,dos eos recursos. 8ode incluir pais# mães# !uncion*rios# educadores# orientadores pro!issionais e adolescentes. Esta comissão )importante no desen'ol'imento de um pro$rama baseado na comunidade. ?uando o pro$rama esti'er es(uemati/ado ere'isado pode ser di'ul$ado 2 comunidade escolar.

CA8AC7;A<@O E 8ROF7SS7OA7S

8ropor (ue a escola trate as (uest+es da sexualidade# de $%nero e da pre'enção das S;BAids numa perspecti'a dosdireitos e sob os princ"pios da e(idade# remete imediatamente 2 (uestão da !ormação pro!issional# uma 'e/ (ue ospro!essores são peças-ca'e para a implantação do pro$rama. Se por Educação Sexual entendemos um processo deinter'enção (ue !a'oreça a re!lexão sobre a sexualidade e a sa,de reproduti'a# contemplando não s a in!ormação sobreaspectos biol$icos# mas tamb)m a discussão sobre sentimentos# 'alores# crenças# preconceitos# experi%ncias pessoais#etc.# ) necess*rio (ue o pro!issional participe de um processo amplo e apro!undado de !ormação# tanto em termos deconecimento (uanto de uma metodolo$ia ade(uada# (ue d% se$urança para (ue tanto os meninos (uanto as meninas sesintam tran(ilos e moti'ados para expressarem suas opini+es sobre o assunto.

A capacitação de'e pre'er os se$uintes aspectos:Conecimento ;erico - para atuar como a$ente no pro&eto de Educação Sexual da escola# cada pro!issional# al)m de seuo conecimento espec"!ico# de'e buscar conecimento terico e desen'ol'er uma postura cr"tica acerca de al$umastem*ticas !undamentais# como aspectos biol$icos# psico-a!eti'os e socioculturais relacionados ao corpo> relaç+es de

$%nero> desen'ol'imento das relaç+es a!eti'as> construção daauto-estima e !ormação da identidade sexual> m)todos contracepti'os> doenças sexualmente transmiss"'eis e aids#dro$as# etc. Esta capacitação de'e abordar as di!erentes etapas do desen'ol'imento umano# uma 'e/ (ue cada !aixaet*ria possui caracter"sticas prprias (ue de'em ser le'adas em consideração para se $arantir a compreensão dasmensa$ens (ue serão passadas.

Conecimento Metodol$ico - a metodolo$ia (ue tem se mostrado mais satis!atria para desen'ol'er os temas de

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Educação Sexual ) a de lina participati'o-construti'ista# partindo do princ"pio de (ue o conecimento ) uma construção#e o!erecendo ao aluno uma possibilidade maior de autonomia de racioc"nio e de ação# isto )# na medida em (ue a pessoa) capa/ de construir o prprio conecimento# torna-se mais capacitada para entender e interpretar a realidade e a !a/erinter'enç+es no mundo em (ue 'i'e. esse sentido# de'e-se partir sempre do conecimento (ue o aluno &* possui sobreo assunto e ir preencendo as lacunas nas in!ormaç+es. O trabalo em Educação Sexual na escola não de'e tra/errespostas prontas# mas problemati/ar# le'antar (uestionamentos e ampliar o le(ue de conecimentos e de opç+es para(ue cada um escola seu prprio camino. in4micas de $rupo# &o$os educati'os# estudos de casos# dramati/aç+es# etc.#produ/em um bom resultado nesse sentido.

8ostura 8ro!issional - ?uem coordena os encontros não pode restrin$ir seu desempeno ao plano intelectual-co$niti'o# depro'edor de in!ormaç+es e conecimentos. Sua inter'enção de'e sensibili/ar os participantes para a necessidade demudar 'alores e atitudes associados 2 sexualidade# 2 sa,de reproduti'a e 2 relação entre os $%neros. Seu papel de'e ser

mais de um coordenador e !acilitador da participação do $rupo. esse sentido# pro!essores de (ual(uer disciplina podemreali/ar um trabalo em Educação Sexual.

ESCO9HA OS MA;ER7A7S E6CA;7OS

Com a pr*tica e o conecimento do $rupo# a Secretaria da Educação pode ter condiç+es de criar o seu prprio material.o entanto# de in"cio# poder* adaptar a maior parte dos materiais !eitos por outras pessoas e instituiç+es.6m bom material para se trabalar com Educação Sexual ) a(uele (ue não d* respostas prontas# mas (ue incenti'a adiscussão e a possibilidade do uso de uma metodolo$ia mais participati'a. 8or esta ra/ão# ) importante analisar bem ummaterial antes de antes de utili/*-lo# 'eri!icando se corresponde ao (ue se precisa e se ) ade(uado para a localidade. =importante (uestionar# por exemplo:

a1 A lin$ua$em ) apropriadaD = claraD O texto ) !*cil de lerD

b1 Os desenos ou !oto$ra!ias cont%m mensa$ens clarasD

c1 As in!ormaç+es são ob&eti'as e não rotulam as pessoasD

d1 As in!ormaç+es são ,teis e de con!iançaD

e1 O material estimula uma discussãoD

o caso de d,'ida# o ideal ) experimentar os materiais com um $rupo de &o'ens com caracter"sticas semelantes 2s do$rupo com o (ual se 'ai trabalar# solicitando a&uda para escoler os materiais para o pro$rama e !a/endo as mesmasper$untas (ue ser'iram para a an*lise dos pro!issionais. = importante obser'ar as reaç+es dos &o'ens en(uanto estãoexperimentando o material e perceber se as $arotas e os $arotos t%m as mesmas reaç+es> se todos são capa/es de !a/era ati'idade ou entender o &o$o> o (ue ) considerado en$raçado# etc.

8ARME;ROS C6RR7C69ARES AC7OA7S

esde GG# as escolas brasileiras passaram a contar com uma proposta ino'adora em termos educati'os: os 8ar4metrosCurriculares acionais 08C1. Elaborados pelo Minist)rio da Educação# com apoio de di'ersos especialistas# podem ser,teis não s para implantar conte,dos de Sexualidade e Sa,de Reproduti'a# mas tamb)m na discussão de princ"piosdemocr*ticos como di$nidade# i$ualdade de direitos# participação e co-responsabilidade.

A proposta tratar trans'ersalmente temas como meio ambiente# )tica# pluralidade cultural# trabalo e consumo# educaçãosexual# podendo ser abordados a (ual(uer momento e em (ual(uer disciplina. A se$uir# exemplos relati'os 2 educaçãosexual.9"n$ua 8ortu$uesa - iscutir as re$ras do idioma (ue estabelece# por exemplo# (ue o plural no masculino inclui asmuleres# mas o plural no !eminino exclui os omens.

Matem*tica - 8es(uisar com os alunos dados estat"sticos sobre a Aids em di!erentes populaç+es e locais.

Histria - 7ncluir conte,dos sobre sexualidade em di!erentes culturas# tempos# lu$ares e a istria das muleres# suaslutas pela con(uista de direitos nas di'ersas partes do mundo.

5eo$ra!ia - Analisar as conse(%ncias das mi$raç+es na situação das muleres# nos arran&os !amiliares# nas ocupaç+espro!issionais. Fa/er um le'antamento das S;BAids em di!erentes cidades e re$i+es do Irasil.

Educação F"sica - Mostrar a import4ncia de se respeitar o corpo e os sentimentos como a base para um relacionamentoenri(uecedor com o outro. ?uestionar os padr+es de bele/a impostos pelos meios de comunicação. 5arantir as mesmasoportunidades de participação nas pr*ticas esporti'as para $arotas e $arotos. Ensinar os cuidados necess*rios para e'itara in!ecção pelo H7.

Artes - ;rabalar as situaç+es de discriminação. 8or exemplo# os atributos relacionados 2 sensibilidade art"stica costumamser associados ao !eminino e um $aroto (ue mostra aptidão muitas 'e/es so!re al$um tipo de preconceito. 8ode-semontar peças teatrais e elaborar carta/es (ue tratem do tema das S;BAids.