balanço do programa de formação de recursos humanos da anp · regulamento técnico anp 03/2015,...

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Balanço do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP O Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP, PRH-ANP, existente desde 1999, tem por objetivo incentivar a formação de mão de obra especializada para a indústria do petróleo, gás natural e biocombustíveis, por meio da inclusão de disciplinas de especialização específicas no currículo de instituições de ensino nacionais. O programa é conduzido pela ANP em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e com as instituições de ensino, que exercem a gestão administrativa do programa. Ao longo destes 17 anos, foram criados 55 programas, distribuídos em 32 universidades do país, localizadas em 16 estados da Federação. Os recursos financeiros para concessão de bolsas de estudos e taxas de bancadas foram exclusivos do MCTIC até o ano de 2010, sendo, a partir de então, complementados por investimentos de empresas petrolíferas que possuem obrigação de aplicar recursos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, no âmbito da Cláusula de P, D & I. O PRH-ANP destinou às instituições de ensino, desde sua criação, cerca de R$ 348 milhões, concedendo 8.290 bolsas de estudo em cursos técnicos, graduação, mestrado e doutorado. Além da qualificação dos estudantes, os resultados até 2015 estão compilados em um representativo acervo técnico de trabalhos publicados (5.116) e premiações recebidas (566), além de participações e publicações em anais de congressos. No balanço deste ano, até Outubro/2016, foram concluídos 21 trabalhos de graduação, 15 dissertações de mestrado e 5 teses de doutorado, abrangendo diversas áreas e temas do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis. O investimento de empresas com obrigação pela cláusula de P, D & I no PRH/ANP está amparado pelo Regulamento Técnico ANP 03/2015, em seu item 3.2.1, o qual estabelece o objetivo de formar ou qualificar técnicos de nível médio, graduados, especialistas, mestres e doutores em temas ou áreas de interesse do setor regulado pela ANP. As empresas petrolíferas interessadas em aplicar recursos da obrigação de investimento em P&D em programas de formação e qualificação de recursos humanos para o setor devem submeter os projetos à ANP para autorização prévia, nos moldes do previsto no Regulamento Técnico ANP 03/2015. Mais informações sobre o programa podem ser acessadas em http://www.anp.gov.br/wwwanp/pesquisa- desenvolvimento-e-inovacao/prh-anp-programa-de- formacao-de-recursos-humanos . Entrevista: Cristiane Miranda, vencedora do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica na Categoria III p. 3 ANP autoriza R$ 21,9 milhões em investimentos em P,D&I em outubro p. 5

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Page 1: Balanço do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP · Regulamento Técnico ANP 03/2015, em seu item 3.2.1, o qual estabelece o objetivo de formar ou qualificar ... Denise

Balanço do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP

O Programa de Formação de Recursos Humanos da

ANP, PRH-ANP, existente desde 1999, tem por

objetivo incentivar a formação de mão de obra

especializada para a indústria do petróleo, gás natural e

biocombustíveis, por meio da inclusão de disciplinas de

especialização específicas no currículo de instituições

de ensino nacionais. O programa é conduzido pela ANP

em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia,

Inovações e Comunicações (MCTIC) e com as

instituições de ensino, que exercem a gestão

administrativa do programa. Ao longo destes 17 anos,

foram criados 55 programas, distribuídos em 32

universidades do país, localizadas em 16 estados da

Federação.

Os recursos financeiros para concessão de bolsas de

estudos e taxas de bancadas foram exclusivos do

MCTIC até o ano de 2010, sendo, a partir de então,

complementados por investimentos de

empresas petrolíferas que possuem obrigação

de aplicar recursos em pesquisa,

desenvolvimento e inovação, no âmbito da

Cláusula de P, D & I.

O PRH-ANP destinou às instituições de

ensino, desde sua criação, cerca de R$ 348

milhões, concedendo 8.290 bolsas de estudo

em cursos técnicos, graduação, mestrado e

doutorado. Além da qualificação dos

estudantes, os resultados até 2015 estão

compilados em um representativo acervo

técnico de trabalhos publicados (5.116) e

premiações recebidas (566), além de

participações e publicações em anais de congressos.

No balanço deste ano, até Outubro/2016, foram

concluídos 21 trabalhos de graduação, 15 dissertações

de mestrado e 5 teses de doutorado, abrangendo

diversas áreas e temas do setor de petróleo, gás natural e

biocombustíveis.

O investimento de empresas com obrigação pela

cláusula de P, D & I no PRH/ANP está amparado pelo

Regulamento Técnico ANP 03/2015, em seu item 3.2.1,

o qual estabelece o objetivo de formar ou qualificar

técnicos de nível médio, graduados, especialistas,

mestres e doutores em temas ou áreas de interesse do

setor regulado pela ANP.

As empresas petrolíferas interessadas em aplicar

recursos da obrigação de investimento em P&D em

programas de formação e qualificação de recursos

humanos para o setor devem submeter os projetos à

ANP para autorização prévia, nos moldes do previsto no

Regulamento Técnico ANP 03/2015.

Mais informações sobre o programa podem ser

acessadas em http://www.anp.gov.br/wwwanp/pesquisa-

desenvolvimento-e-inovacao/prh-anp-programa-de-

formacao-de-recursos-humanos.

Entrevista: Cristiane Miranda, vencedora

do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica

na Categoria III p. 3

ANP autoriza R$ 21,9 milhões em

investimentos em P,D&I em outubro p. 5

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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EXPEDIENTE

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Diretor-geral em exercício Aurélio Cesar Nogueira Amaral

Diretores José Gutman Waldyr Martins Barroso

Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Tathiany Rodrigues Moreira de Camargo - Superintendente Luciana Maria Souza de Mesquita – Superintendente-Adjunta José Carlos Tigre – Assessor Técnico de Mercado e Política Industrial

Denise Coutinho da Silva – Assistente de Georreferenciamento

Secretárias Margarete de Souza Campos Rosane Cordeiro Lacerda Ramos

Coordenação de Projetos de P&D Anderson Lopes Rodrigues de Lima – Coordenador Geral Ana Amélia Magalhães Gomes Martini Andrei da Silva Ramos Maria Regina Horn Mirian Reis de Vasconcelos

Coordenação de Fiscalização de P&D Marcos de Faria Asevedo – Coordenador Geral Aelson Lomonaco Pereira Alex de Jesus Augusto Abrantes Jorge Eduardo de Campos Pinto Luiz Antonio Sá Campos Moacir Amaro dos Santos Filho Silvani Marques Junior

Coordenação do PRH-ANP Eduardo da Silva Torres – Coordenador Geral Bruno Lopes Dinucci Diego Gabriel da Costa Krongnon Wailamer de Souza Regueira Rafael Cruz Coutinho Ferreira Rômulo Prejioni Hansen

Coordenação de Estudos Estratégicos Alice Kinue Jomori de Pinho – Coordenadora Geral Joana Duarte Ouro Alves José Lopes de Souza Márcio Bezerra de Assumpção Ney Mauricio Carneiro da Cunha Patricia Huguenin Baran Victor Manuel Campos Gonçalo

Elaboração Denise Coutinho da Silva Joana Duarte Ouro Alves Victor Manuel Campos Gonçalo

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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“Foi um prazer ter feito parte do desenvolvimento do primeiro projeto de pesquisas da área da cimentação com a Schlumberger, e o projeto ter tido sucesso e reconhecimento.”

A entrevistada desta edição do

Boletim de P&D é Cristiane

Richard de Miranda, coordenadora

do projeto vencedor do Prêmio

ANP de Inovação Tecnológica na

Categoria III, inovação tecnológica

desenvolvida no Brasil por

empresa fornecedora de grande

porte do segmento de petróleo, gás

natural e biocombustíveis em

colaboração com empresa

petrolífera. Nesta breve entrevista,

ela fala um pouco sobre o sistema

de cimentação desenvolvido, as

vantagens de sua utilização e as

perspectivas para novos

desenvolvimentos. Ressalta, ainda,

os benefícios da parceria na

execução do projeto, que envolveu

equipes da Petrobras e da

Schlumberger.

O projeto “Cimento

autorreparável com CO2” foi

vencedor do Prêmio ANP de

Inovação Tecnológica na

Categoria III – Inovação

Tecnológica desenvolvida no

Brasil por empresa fornecedora

de grande porte do segmento de

petróleo, gás natural e

biocombustíveis em colaboração

com empresa petrolífera. Como

a notícia foi recebida pelas

empresas envolvidas nesta

pesquisa?

Cristiane: Com grande felicidade

e emoção, foi uma torcida não só

por parte das pessoas envolvidas

diretamente no desenvolvimento

do projeto, Fatma Daou, Bernardo

Engelke e Dayse Petersen da

Schlumberger e eu por parte da

PETROBRAS, mas também das

equipes das duas empresas. O fato

de o projeto ter sido finalista já

havia sido motivo de

comemoração, a premiação nos

deu a sensação de maior

reconhecimento do trabalho e do

resultado atingido. Foi muito

gratificante!

Da esquerda para a direita:Bernardo

Engelke (Schlumberger), Dayse Petersen

(Schlumberger), Cristiane Richard

(Petrobras), Jeferson Oliveira (CENPES,

Equipe da área de cimentação), Gabriella

Cavalcante (CENPES, Equipe da área de

cimentação)

O projeto buscou desenvolver

uma formulação de sistema

cimentício destinado a oferecer

aumento de segurança para

integridade do poço em ambiente

de CO2. De forma geral, como

funciona a tecnologia?

Cristiane: O aumento da garantia

da integridade em poços onde há

CO2 no reservatório, como é o

caso de vários poços do Pré-sal, ou

em poços em que o CO2 é injetado

para recuperação secundária,

ocorre por meio do fechamento de

fissuras no cimento pelo contato

com CO2. A existência de

microanular (pequeno espaço entre

cimento e revestimento ou cimento

e formação) e de eventuais fissuras

na matriz do cimento no poço de

petróleo cria caminhos

preferenciais para a migração do

CO2. A presença de um

componente no material

cimentante que se expande pelo

contato com o CO2, fechando a

fissura existente, permite

restabelecer a integridade da

matriz de cimento, e

consequentemente do poço.

Já houve a utilização desta

tecnologia em campo? Quais

foram os resultados obtidos e

como foi avaliada a qualidade da

cimentação?

Cristiane: Sim, essa tecnologia foi

utilizada na cimentação de um

poço de terra no Espírito Santo

para testar o sistema quanto à

execução da operação de

cimentação e quanto à qualidade

da cimentação, que foi avaliada

por meio de perfil sônico e

ultrassônico. Não houve nenhum

problema na mistura da nova pasta,

no seu deslocamento no poço e a

qualidade da cimentação foi

considerada excelente. Estamos no

processo de negociação para

utilizar essa formulação em

operações de cimentação no Pré-

sal em poços que apresentem CO2

no reservatório.

ENTREVISTA – Cristiane Richard de Miranda

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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Há perspectivas para

continuidade das pesquisas neste

tema ou em áreas afins?

Cristiane: Sim, pois a garantia da

integridade de poço constitui um

tema importante na engenharia de

poços. Temos projetos em

andamento sobre o tema, além de

planos para projetos futuros que

estão sendo discutidos para

desenvolvimento de sistemas que

aumentem a garantia da

integridade do poço, tanto pelo

incremento da resistência

mecânica quanto química do

cimento.

Quais são as expectativas para

inserção do produto no mercado

nacional ou internacional?

Cristiane: Nacionalmente a

Schlumberger e a PETROBRAS

estão em negociação para

aplicação desse sistema em poços

no Pré-Sal. Essa tecnologia já

havia recebido prêmios de

inovação e de relevância comercial

na Schlumberger, portanto

essa tecnologia tem potencial de

ser aplicada no mercado nacional e

internacional.

O projeto envolveu uma parceria

entre a Petrobras e a empresa

Schlumberger Serviços de

Petróleo no desenvolvimento da

tecnologia pretendida. Na sua

avaliação, quais os benefícios e

as dificuldades na execução de

projetos de pesquisa,

desenvolvimento e inovação

envolvendo a petrolífera e

grandes empresas prestadoras

de serviços para o setor.

Cristiane: Foi muito gratificante

trabalhar com a Schlumberger no

desenvolvimento de um projeto de

pesquisa. Pessoalmente, já

trabalhava com essa empresa há

mais de 20 anos, mas foi a

primeira vez que tive a experiência

de um novo tipo de

relacionamento, o de desenvolver

em conjunto um projeto de

pesquisa. Apesar de ser uma forma

diferente de trabalho entre

operadora e companhia de serviço,

em relação à forma tradicional, não

houve nenhuma dificuldade, todo o

processo foi muito claro e aberto.

Foi um prazer ter feito parte do

desenvolvimento do primeiro

projeto de pesquisas da área da

cimentação com a Schlumberger e

o projeto ter tido sucesso e

reconhecimento.

Cristiane Richard de Miranda tem graduação em Química pela UFRJ, mestrado em Química Inorgânica pela PUC-RJ e doutorado em Ciências dos

Materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME). Atua na gerência de Fluidos, Cimentação e Estimulação do Centro de Pesquisas da PETROBRAS

(CENPES) como Consultora Sênior.

“A garantia da

integridade de poço

constitui um tema

importante na

engenharia de poços.

Temos projetos em

andamento e planos para

desenvolvimento de

sistemas que aumentem

a garantia da

integridade do poço,

tanto pelo incremento da

resistência mecânica

quanto química do

cimento”

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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ANP autoriza R$ 21,9 milhões em investimentos em P,D&I em outubro

Em outubro de 2016, a ANP concedeu autorização

prévia para 16 projetos de investimento em P,D&I,

contemplando despesas com infraestrutura laboratorial,

nos termos das disposições transitórias estabelecidas no

Capítulo 7 do Regulamento Técnico ANP nº 3/2015.

Assim, autorizou-se neste mês o valor total de R$ 21,9

milhões relativas à infraestrutura associada a projetos de

P,D&I, conforme tabela a seguir.

Autorização prévia de outubro de 2016

Concessionária Projeto Instituição Executora

Valor Autorizado (R$)

Petrobras Projeto de Avaliação das Técnicas de Permeabilidade Relativa em Regimes Transiente e Permanente na PUC-RS

PUC-RS 5.299.894

Petrobras Estudos experimentais para determinação do comportamento geomecânico de rochas carbonáticas

PUC-Rio 4.492.567

Petrobras Monitoramento Sismológico e Oceanográfico de um Segmento na Margem Sudeste do Brasil: Norte da Bacia de Santos ao Sul da Bacia do Espírito Santo

ON / UFSC 2.265.474

Petrobras Desenvolvimento de tecnologia de separação de CO2 do gás natural baseado em velocidades supersônicas

UFRJ 2.168.250

Petrobras

Avaliação da velocidade de resposta das técnicas de monitoração da corrosão intrusivas e não intrusivas em condições dinâmicas considerando fluidos contendo CO2, H2S, salinidade e inibidor de corrosão

IPT-SP 1.948.842

Petrobras

Investigação geofísica da relação mecânica entre o arcabouço estrutural da Bacia de Volta Redonda e do seu embasamento e implicações para reativações de estruturas cronocorrelatas nas bacias de Santos e Campos

UFF 914.299

Petrobras Modelagem Centrífuga do Comportamento de Dutos sob Carga Lateral de Deslizamentos Submarinos

UENF 884.006

Petrobras Estudo e desenvolvimento de sistemas para avaliação da interação rocha fluido

UFRRJ 816.270

Petrobras

Desenvolvimento, projeto, construção e avaliação de um dispositivo protótipo com tecnologia proprietária para posicionar e alinhar tubos na etapa de soldagem para a construção de dutovias e tubulações em geral

UFRGS 686.271

Petrobras Estudo ecológico de longa duração de fragmentos de várzea e de floresta aluvial submetidos a derramamento de petróleo no município de Araucária, Paraná

UFPR / UEPG 522.127

Petrobras Coeficientes de transportes e cálculo de equilíbrio multifásico de misturas complexas contendo água/co2/hidrocarbonetos

UFRJ 437.605

Petrobras Desenvolvimento de ferramentas e metodologias de inspeção e avaliação de integridade de vasos de pressão em material compósito prfv

UFRGS 411.840

Petrobras Desenvolvimento de bombas centrífugas de baixo cisalhamento UNIFEI 378.560

Petrobras Remoção dos Contaminantes H2S e CO2 de Gás Natural do Pré-sal por Adsorção - Modelagem de Leito Fixo com Experimentos em Unidade Dinâmica

UEM 314.606

Petrobras Otimização da produção de biossurfactantes lipopeptídeos e de um biossurfactante recombinante que têm propriedades de interesse para aplicações na indústria do petróleo

UFC 167.790

Petrobras Desenvolvimento de Técnicas e Algoritmos para Análise de Dados de Monitoramento da Construção de Poços

UFF 161.732

TOTAL 21.870.134

Fonte: SPD/ANP.

AUTORIZAÇÕES PRÉVIAS

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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Dentre os projetos autorizados esse mês, o destaque é o

que será executado no Instituto do Petróleo e dos

Recursos Naturais da PUC-RS. O projeto tem como

objetivo implementar um laboratório de petrofísica

especial por intermédio da aquisição de novos

equipamentos, customização de equipamentos

existentes e adequação de infra-estrutura física

existente, capacitando a unidade de pesquisa a executar

estudos comparativos entre medidas de permeabilidade

relativas, identificando diferenças para sistemas porosos

nas condições de reservatórios do pré-sal. Com a nova

infraestrutura será possível realizar ensaios de

permeabilidade relativa pelos métodos de estado

transiente e estacionário e medidas de pressão capilar

em condição de laboratório com amostras de óleo. Na

execução do projeto serão adquiridos: sistema de

permeabiliade relativa, centrífuga automatizada, sistema

de limpeza de amostras, além de adequação das

instalações elétricas, instalação de linhas de

gases/pneumáticas e sistema de exaustão.

De 2006 a outubro de 2016, a ANP concedeu 1.438

autorizações prévias, com investimentos em várias

instituições de diversos estados, conforme as tabelas a

seguir.

Fonte: SPD/ANP.

* Estão incluídos 11 projetos Ciência Sem Fronteiras de participação nacional (R$ 793.887.846), um programa que engloba instituições de diferentes

UF’s (R$2.635.737,62), o Programa INCT/MCT (R$15.186.254), o PNPQ/Prominp (R$348.722.780), o primeiro projeto de apoio ao PRH (R$8.122.565),

o projeto para apoio à elaboração de projetos executivos relacionados à implantação de infraestrutura laboratorial (R$20.000.000) e os três poços

estratigráficos (R$ 293.782.508) .

Recursos Autorizados por Unidade Federativa – 2006 a 10/2016

UF Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

Rio de Janeiro 512 1.382.437.372 29,41% São Paulo 242 527.196.289 11,22% Rio Grande do Sul 137 214.925.337 4,57% Pernambuco 42 211.824.096 4,51% Rio Grande do Norte 80 175.674.672 3,74% Bahia 57 139.307.145 2,96% Santa Catarina 51 138.072.227 2,94% Minas Gerais 71 116.570.290 2,48% Sergipe 30 87.335.610 1,86% Espírito Santo 23 78.508.523 1,67% Paraná 41 67.778.581 1,44% Pará 12 66.184.416 1,41% Ceará 32 57.033.125 1,21% Distrito Federal 25 45.088.780 0,96% Maranhão 8 28.914.543 0,62% Alagoas 7 19.530.816 0,42% Amazonas 8 16.919.867 0,36% Paraíba 25 15.169.920 0,32% Goiás 8 9.338.027 0,20% Mato Grosso do Sul 2 7.694.684 0,16% Piauí 1 3.630.090 0,08% Tocantins 1 973.944 0,02% Mato Grosso 1 367.500 0,01% Roraima 0 144.630 0,00% Nacional** 22 1.289.792.928 27,44%

Total 1.438 4.700.413.410 100,00%

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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Recursos Autorizados por Instituição – 2006 a 10/2016

Instituição Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos UFRJ 276 530.680.810 11,29% PUC-Rio 63 165.556.347 3,52% UFPE 39 161.541.460 3,44% UFSC 47 130.236.977 2,77% UNICAMP 73 123.857.912 2,64% UFRN 71 114.042.859 2,43% UFRGS 78 105.273.406 2,24% USP 69 100.042.014 2,13% UFF 30 82.422.339 1,75% IEAPM 2 73.877.740 1,57% UFS 21 57.799.229 1,23% UFES 22 57.729.280 1,23% UFSCar 23 54.736.905 1,16% UFBA 41 54.447.562 1,16% UERJ 29 53.152.091 1,13% IPT-SP 17 51.341.123 1,09% CIABA 1 47.881.369 1,02% INT 15 43.226.487 0,92% UFMG 24 38.658.760 0,82% CIAGA 2 36.275.211 0,77% Instituições Diversas 492 2.268.910.748 48,27% PNQP/Prominp 3 348.722.780 7,42%

Total 1.438 4.700.413.410 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

*Programas de capacitação de recursos humanos que envolvem várias instituições no Brasil.

O quadro abaixo mostra uma divisão dos projetos por área temática.

Recursos Autorizados por Área – 2006 a 10/2016

Área Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

Exploração 161 271.549.355 5,78%

Produção 369 831.032.427 17,68%

Abastecimento 241 447.360.228 9,52%

Gás Natural 19 32.705.892 0,70%

Biocombustíveis 110 178.100.569 3,79%

Meio Ambiente 128 217.087.730 4,62%

Estudos de Bacias com Aquisição de Dados 22 468.881.653 9,98%

Temas Transversais e Outros 141 412.413.619 8,77%

Recursos Humanos – PRH 210 507.959.774 10,81%

Recursos Humanos - Ciência sem Fronteiras 22 869.711.396 18,50%

Recursos Humanos – Prominp* 6 432.879.361 9,21%

Recursos Humanos – Outros** 9 30.731.405 0,65%

Total 1.438 4.700.413.410 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

* Inclui as despesas previstas nos projetos: PNQP/Prominp, Ciaga/Marinha do Brasil e Ciaba/Marinha do Brasil. Inclui despesas de infraestrutura

laboratorial no valor de R$ 66.388.520,60.

** Inclui despesas de infraestrutura laboratorial no valor de R$ 14.974.779,52.

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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A Figura abaixo mostra a distribuição dos recursos de P,D&I autorizados, por estado e região.

Fonte: SPD/ANP.

A tabela ao lado apresenta os

concessionários que receberam

autorizações prévias para contratação

de projetos, necessária para algumas

categorias, conforme a

regulamentação. A ANP fiscaliza o

cumprimento anual da obrigação de

investimentos em P,D&I por meio da

análise técnica de informações

encaminhadas pelos concessionários,

relativas a todos os projetos

contratados, previamente e não

previamente autorizados, e das

despesas efetuadas, conforme

padrões estabelecidos em

Regulamento Técnico.

Recursos Autorizados por Empresa - 2006 a 10/2016

Concessionário Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

Petrobras 1.282 4.363.770.431 92,84%

BG 39 193.771.223 4,12%

Statoil 19 36.857.048 0,78%

Petrogal 14 26.334.152 0,56%

Shell 5 23.510.770 0,50%

Sinochem 12 16.964.173 0,36%

Repsol 10 10.363.982 0,22%

Queiroz Galvão 32 9.621.165 0,20%

Chevron 9 6.365.974 0,14%

Parnaíba Gás Natural 2 5.566.581 0,12%

Frade Japão 1 3.157.523 0,07%

BP 2 2.321.858 0,05%

GeoPark 3 672.903 0,01%

ONGC 2 503.790 0,01%

Brasoil 2 236.250 0,01%

QPI Petróleo 2 192.289 0,00%

Rio das Contas 1 111.101 0,00%

Total Brasil 1 92.198 0,00%

Total 1.438 4.700.413.410 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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Mais duas unidades de pesquisa foram credenciadas em outubro

Com o credenciamento de mais duas unidades de

pesquisa no mês de outubro, é de 718 o número de

unidades de pesquisa credenciadas segundo a

regulamentação vigente. Estas unidades de pesquisa

representam o total de 126 instituições de P,D&I

credenciadas pela ANP.

Para executar projetos com recursos oriundos da

Cláusula de Investimento em P,D&I, as instituições

interessadas devem ser credenciadas pela ANP. O

credenciamento é o reconhecimento formal de que a

instituição atua em atividades de pesquisa e

desenvolvimento em áreas de relevante interesse para o

setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, e que

possui infraestrutura e condições técnicas e operacionais

adequadas para seu desempenho. Uma vez credenciada,

a instituição se torna apta a receber recursos

provenientes da cláusula presente nos contratos para

exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e

gás natural.

O credenciamento de instituições de P,D&I por parte da

ANP obedece as regras, as condições e os requisitos

técnicos estabelecidos pela Resolução ANP nº 47/2012,

alterada pela Resolução ANP nº 36/2014, e o respectivo

Regulamento Técnico ANP nº 7/2012. O processo de

credenciamento consiste em quatro etapas: cadastro de

informações e envio da solicitação por intermédio do

Sistema de Gestão de Investimento em Pesquisa e

Desenvolvimento (Siped) no sítio na ANP na internet;

protocolo, no escritório central da ANP, do documento

de solicitação gerado no sistema; avaliação da

solicitação, que consiste em análise técnica do pedido e,

a critério da ANP, em visita técnica à instituição; e

emissão de parecer e formalização da decisão do

credenciamento.

A instituição interessada pode apresentar a solicitação

de credenciamento a qualquer tempo, pois o processo é

contínuo, não havendo data limite para seu

encerramento. Uma mesma instituição pode ter mais de

uma unidade de pesquisa credenciada, em função das

peculiaridades de sua estrutura organizacional e das

atividades de P,D&I por ela desenvolvidas.

No sítio da ANP, no endereço www.anp.gov.br >>

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação >>

Credenciamento das Instituições, podem ser acessados

as Resoluções ANP e o Regulamento Técnico ANP nº

7/2012, bem como arquivo tutorial contendo instruções

para acesso ao Siped e preenchimento dos dados.

Esclarecimentos podem ser obtidos pelo e-mail:

credenciamentop&[email protected].

As unidades de pesquisa de instituições credenciadas

podem ser consultadas no sítio da ANP, no endereço

www.anp.gov.br >> Pesquisa, Desenvolvimento e

Inovação >> Credenciamento de Instituições >>

Instituições Credenciadas.

O sistema permite realizar consultas por Unidade

Federativa, área de pesquisa, temas, ou ainda listar todas

as unidades de pesquisa das instituições credenciadas.

Além disso, estão disponibilizadas informações dos

coordenadores e equipe técnica de cada unidade de

pesquisa e a cópia da autorização publicada no Diário

Oficial da União com a relação de linhas de pesquisa em

que a unidade atua.

CREDENCIAMENTO EM P&D

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Edição nº 39 – Novembro de 2016

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A figura a seguir mostra a localização regional das instituições credenciadas pela ANP até 30/10/2016, segundo

regulamentação vigente.

Fonte: SPD/ANP